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Sumário
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................... 3

PONTOS IMPORTANTES .......................................................................................................................................... 4

TEMA 01: NBC TA 240 - RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A FRAUDE ...................... 5

BASE TEÓRICA ........................................................................................................................................................ 5

Erro ou Fraude ................................................................................................................................................... 5

Responsabilidade pela prevenção e detecção de fraude .................................................................... 6

Responsabilidade do auditor ........................................................................................................................ 6

Objetivos do auditor......................................................................................................................................... 7

Procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas ..................................................... 8

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DE QUESTÃO DISSERTATIVA – EQT 20ª EDIÇÃO ............................... 12

TEMA 02: NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL PARA TRABALHOS DE ASSEGURAÇÃO ..................... 14

BASE TEÓRICA ...................................................................................................................................................... 14

O que são trabalhos de asseguração? ....................................................................................................... 14

Elementos do trabalho de asseguração ................................................................................................... 16

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DE QUESTÃO DISSERTATIVA – EQT 19ª EDIÇÃO ............................... 20

CONDIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................................................... 22

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APRESENTAÇÃO
Salve, salve, amigos da Contabilidade! Tudo tranquilo com vocês?
Professor Fábio Vasconcelos na área para darmos início a mais uma aula do nosso curso para o Exame
de Auditor Independente aqui no Passei EQT! Essa é a nossa primeira aula sobre as questões
dissertativas! A ideia aqui é trazer alguns temas, explicá-los e dar uma sugestão de resolução
(nessa sequência).
Outra coisa, essas não são as questões dissertativas que darão direito à correção. Com o passar das
aulas irei propor temas de Auditoria para que você elabore uma dissertação. Você vai poder
escolher dois temas e enviar para correção, beleza? Por fim, busque aprimorar a sua escrita!
Fique atento a esse ponto, pois é extremamente importante.
Sem mais delongas... vamos nessa!

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PONTOS IMPORTANTES
Reservei esse espaço para trazer algumas informações acerca das questões dissertativas que cairão na
sua prova.

• Primeira coisa que você deve saber é que, por prova, teremos 2 questões dissertativas. Ou
seja, se você for fazer a prova de QTG, terá duas questões dissertativas. Se optar pela prova da
CVM, também terá 2 questões dissertativas, e assim por diante;
• Geralmente temos uma questão tratando do tema de Auditoria e a outra cobrando
conhecimentos de Contabilidade Geral (mas não é a regra);
• Outra coisa que você deve saber é que a prova dissertativa é constituída de 50 pontos no
total. Ou seja, como são 2 questões por prova, cada questão dissertativa vale 25 pontos;
• Em cada questão dissertativa, o examinando será avaliado quanto ao domínio do conteúdo
dos temas abordados e da Língua Portuguesa;
• As respostas das questões devem ser elaboradas pelo próprio candidato, à mão, em letra
legível, com caneta esferográfica preta ou azul;
• As folhas de textos definitivos das questões dissertativas não poderão ser assinadas,
rubricadas e/ou conter palavra e/ou marca que as identifiquem em outro local que não seja o
estabelecido para isso, sob pena de anulação da resposta elaborada pelo candidato;
• Nos casos de fuga ao tema; de texto definitivo escrito à lápis; de inexistência de texto; ou de
qualquer marca identificadora, ao candidato será atribuída a nota ZERO na questão;
• Será avaliado e receberá a nota, limitada a 25 pontos em cada questão, considerando:
a) domínio técnico (aderência ao conhecimento específico)
b) estrutura de texto (introdução, desenvolvimento e conclusão)
c) redação (coerência e coesão, regras gramaticais e ortografia)
d) referência técnica (citação: norma, legislação e literatura)
e) vocabulário técnico (uso adequado de terminologia)

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TEMA 01: NBC TA 240 - RESPONSABILIDADE DO AUDITOR EM RELAÇÃO A


FRAUDE
(EQT 20ª edição) Baseado nas disposições da norma que trata da responsabilidade do auditor
em relação a fraude, no contexto da auditoria de demonstrações contábeis, descreva e
explique: (i) de quem é a responsabilidade primária na detecção e prevenção da fraude e (ii)
quais os procedimentos de auditoria a serem aplicados para mitigar o risco de auditoria a esse
respeito.

BASE TEÓRICA
Bom, futuro(a) Auditor(a)... essa Norma foi objeto de aula nossa aqui no curso e aqui vou fazer uma
espécie de revisão para que você entenda os pontos.

Erro ou Fraude
A primeira coisa que você deve saber sobre a NBC TA 240 é que ela trata da responsabilidade que o
Auditor tem no que se refere à FRAUDE no contexto da auditoria. Lembro a você que as distorções nas
demonstrações contábeis podem originar-se de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraude e erro
está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção nas
demonstrações contábeis.

Não
Erro
intencional
Distorção
Fraude Intencional

Dois tipos de distorções intencionais são pertinentes para o auditor – distorções decorrentes de
informações contábeis fraudulentas e da apropriação indébita de ativos. Apesar de o auditor
poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele não estabelece
JURIDICAMENTE se realmente ocorreu fraude.

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Atenção aqui #01: distorções são divididas em erros ou fraudes. Erros são não intencionais.
Fraudes são intencionais, alguém comete fraude querendo. Exemplo de uma fraude nas
demonstrações é quando alguma informação é adulterada com intuito de influenciar na
decisão dos usuários.

Responsabilidade pela prevenção e detecção de fraude


A principal responsabilidade (PRIMÁRIA) pela prevenção e detecção da fraude é dos
responsáveis pela governança da entidade e da sua administração. É importante que a
administração, com a supervisão geral dos responsáveis pela governança, enfatize a prevenção da
fraude, o que pode reduzir as oportunidades de sua ocorrência, e a dissuasão da fraude, o que
pode persuadir os indivíduos a não perpetrar fraude por causa da probabilidade de detecção e
punição. Isso envolve um compromisso de criar uma cultura de honestidade e comportamento
ético, que pode ser reforçado por supervisão ativa dos responsáveis pela governança.
A supervisão geral por parte dos responsáveis pela governança inclui a consideração do potencial de
burlar controles ou de outra influência indevida sobre o processo de elaboração de informações
contábeis, tais como tentativas da administração de gerenciar os resultados para que influenciem a
percepção dos analistas quanto à rentabilidade e desempenho da entidade.

Atenção aqui #02: quem possui a responsabilidade PRIMÁRIA na detecção e prevenção de


fraudes no contexto da auditoria não é o auditor, e sim os RESPONSÁVEIS PELA GOVERNANÇA e
a ADMINISTRAÇÃO. Lembre-se que a administração, com supervisão dos responsáveis pela
governança, deve manter controles e culturas que gerem na entidade uma redução nas
oportunidades de burlarem as informações.

Responsabilidade do auditor
O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria é responsável por obter
segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo não contém distorções
relevantes, causadas por fraude ou erro. Acontece que, devido às limitações inerentes da auditoria, há
um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis podem
não ser detectadas, apesar de a auditoria ser devidamente planejada e realizada de acordo com as
normas de auditoria.

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Outro ponto importante é que o risco de não ser detectada uma distorção relevante decorrente
de fraude é mais alto do que o risco de não ser detectada uma fraude decorrente de erro. Isso
porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados,
destinados a ocultá-la, tais como falsificação, omissão deliberada no registro de operações ou
prestação intencional de falsas representações ao auditor. Tais tentativas de ocultação podem ser
ainda mais difíceis de detectar quando associadas a um conluio.
Embora o auditor possa ser capaz de identificar oportunidades potenciais de perpetração de fraude, é
difícil para ele determinar se as distorções em áreas de julgamento como estimativas contábeis foram
causadas por fraude ou erro. Além disso, o risco do auditor não detectar uma distorção relevante
decorrente de fraude da administração é maior do que no caso de fraude cometida por
empregados, porque a administração frequentemente tem condições de manipular, direta ou
indiretamente, os registros contábeis, apresentar informações contábeis fraudulentas ou burlar
procedimentos de controle destinados a prevenir fraudes semelhantes, cometidas por outros
empregados.
Dito isso tudo, na obtenção de segurança razoável, o auditor tem a responsabilidade de manter atitude
de ceticismo profissional durante a auditoria, considerando o potencial de burlar os controles pela
administração, e de reconhecer o fato de que procedimentos de auditoria eficazes na detecção de
erros podem não ser eficazes na detecção de fraude.

Objetivos do auditor
Os objetivos do auditor são:
a) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis decorrente
de fraude;
b) obter evidências de auditoria suficientes e apropriadas sobre os riscos identificados de
distorção relevante decorrente de fraude, por meio da definição e implantação de respostas
apropriadas; e
c) responder adequadamente face à fraude ou à suspeita de fraudes identificada durante a
auditoria.

Obter evidência Responder


Identificar e
que esse risco adequadamente
avaliar o risco
existe à fraude

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Lembrando mais uma vez que o auditor deve manter postura de ceticismo profissional durante a
auditoria, reconhecendo a possibilidade de existir distorção relevante decorrente de fraude, não
obstante a experiência passada do auditor em relação à honestidade e integridade da administração e
dos responsáveis pela governança da entidade.
A não ser que existam razões para crer o contrário, o auditor deve aceitar os registros e os
documentos como legítimos. Caso as condições identificadas durante e auditoria levem o auditor a
acreditar que um documento pode não ser autêntico ou que os termos no documento foram
modificados sem que o fato fosse revelado ao auditor, este deve investigar o caso.

Procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas


O auditor deve aplicar os procedimentos para obter as informações a serem usadas na identificação de
riscos de distorção relevante decorrente de fraude. Esses procedimentos de avaliação de risco
incluem, além de conhecer a entidade e o seu ambiente (inclusive o seu controle interno), fazer
indagações à administração, aos responsáveis pela governança, observar variações inesperadas ou
não usuais na aplicação de procedimentos de revisão analítica e outras informações que falaremos já.
Vou topificar cada procedimento desse, de acordo com a NBC TA 240.

1. Administração e outros responsáveis na entidade


O auditor dever fazer indagações (perguntas) à administração relacionadas com:
a) avaliação pela administração do risco de que as demonstrações contábeis contenham
distorções relevantes decorrente de fraudes, inclusive a natureza, extensão e freqüência de
tais avaliações. A administração é quem tem a responsabilidade pelo controle interno da
entidade e pela elaboração das demonstrações contábeis da entidade, não esqueça. Por
conseguinte, o auditor deve fazer indagações junto à administração sobre como ela avalia
o risco de fraude e os controles implantados para prevenir sua existência e detectá-la. A
natureza, extensão e periodicidade da avaliação de tal risco e dos controles pela administração
podem variar de entidade para entidade. Em algumas entidades, a administração pode fazer
avaliações detalhadas, em base contínua ou como parte de monitoramento contínuo. Em
outras, a avaliação da administração pode ser menos estruturada e menos frequente. A
natureza, extensão e periodicidade dessa avaliação são relevantes para o entendimento
do ambiente de controle da entidade pelo auditor. Por exemplo, o fato de a

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administração não ter realizado uma avaliação do risco de fraude pode, em certas
circunstâncias, indicar que a administração não dá importância ao controle interno;
b) o processo da administração para identificar e responder aos riscos de fraude na
entidade, inclusive quaisquer riscos de fraude específicos identificados pela administração ou
que foram levados ao seu conhecimento, ou tipos de operações, saldos contábeis ou
divulgações para os quais é provável existir risco de fraude;
c) comunicação da administração, se houver, aos responsáveis pela governança em relação
aos processos de identificação e resposta aos riscos de fraude na entidade; e
d) comunicação da administração, se houver, aos empregados em relação às suas visões
sobre práticas de negócios e comportamento ético.

O auditor deve fazer indagações à administração e outros responsáveis da entidade, conforme


apropriado, para determinar se eles têm conhecimento de quaisquer casos reais, suspeitas ou
indícios de fraude, que afetem a entidade. As indagações do auditor junto à administração podem
fornecer informações úteis relativas aos riscos de distorções relevantes nas demonstrações contábeis
decorrentes de fraudes perpetradas por empregados. Entretanto, é improvável que essas indagações
forneçam informações úteis em relação aos riscos de distorção relevante nas demonstrações
contábeis decorrentes de fraude cometida pela administração. Mas qual o motivo? Justamente pelo
fato de a administração estar frequentemente em posição privilegiada para perpetrar fraudes. O
auditor então deve manter o seu ceticismo e cruzar essas as respostas obtidas com outras
informações.
As indagações junto a outras pessoas da entidade podem oferecer uma oportunidade para que essas
pessoas transmitam ao auditor informações que de outra forma não seriam relatadas. Exemplos de
outras pessoas da entidade junto às quais o auditor pode fazer indagações diretas sobre a existência
ou suspeita de fraude:
• Pessoal operacional sem envolvimento direto no processo de elaboração de informação
contábil.
• Empregados com diferentes níveis de alçada.
• Empregados envolvidos na iniciação, processamento ou registro de operações complexas ou
não usuais e os que supervisam ou monitoram esses empregados.
• Assessores jurídicos internos.
• Diretor de ética ou equivalente.

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• Pessoa ou pessoas responsáveis por lidar com alegações de fraude.

Já em relação às entidades que têm uma função de auditoria interna, o auditor independente
deve fazer indagações aos seus responsáveis para determinar se eles têm conhecimento de
quaisquer casos reais, suspeitas ou indícios de fraude, que afetem a entidade, e obter o ponto de
vista deles (auditores internos) sobre os riscos de fraude. O auditor pode fazer indagações sobre
atividades específicas da auditoria interna, incluindo, por exemplo:
• Os procedimentos aplicados, se for o caso, pelos auditores internos ao longo do exercício para
detectar fraude.
• Se a administração respondeu satisfatoriamente a quaisquer fatos identificados por meio
desses procedimentos.

2. Responsáveis pela governança


Em alguns casos, todos os responsáveis pela governança estão envolvidos na administração da
entidade, como, por exemplo, uma empresa de pequeno porte onde o único proprietário administra a
entidade e não há outros desempenhando a função de governança. Nesses casos, se houver assuntos
que devam ser comunicados às pessoas com responsabilidades administrativas, e essas pessoas
também têm responsabilidades de governança, os assuntos não precisam ser comunicados novamente
para essas mesmas pessoas no seu papel de governança, não é? O auditor deve, então, ficar satisfeito
de que a comunicação com a pessoa com responsabilidades administrativas inclui todos aqueles que
devem ser comunicados.
Logo, a não ser que os responsáveis pela governança estejam envolvidos na administração da
entidade, conforme já mencionado acima, o auditor deve obter entendimento de como esses
responsáveis fazem a supervisão geral dos processos da administração para identificar e
responder aos riscos de fraudes na entidade e do controle interno que a administração
implantou para mitigar esses riscos. O entendimento da supervisão geral exercida pelos
responsáveis pela governança pode oferecer subsídios sobre a suscetibilidade da entidade a fraude
pela administração, a adequação do controle interno face aos riscos de fraude e a competência e
integridade da administração. O auditor pode obter esse entendimento de várias maneiras, por
exemplo, participando de reuniões onde ocorram tais discussões, lendo atas de tais reuniões
ou fazendo indagações junto aos encarregados da governança.

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Mais uma vez, exceto nos casos em que os responsáveis pela governança estão envolvidos com a
administração da entidade, o auditor deve fazer indagações junto aos responsáveis pela
governança para determinar se eles têm conhecimento de quaisquer casos reais, suspeitas ou
indícios de fraude, que afetem a entidade. Essas indagações servem, em parte, para confirmar as
respostas às indagações da administração.

3. Variação inesperada ou não usual identificada


O auditor deve avaliar se variações inesperadas ou não usuais que foram identificadas durante a
aplicação dos procedimentos analíticos, inclusive aqueles relacionados com as receitas, podem
indicar riscos de distorção relevante decorrente de fraude. A distorção relevante decorrente de
informações contábeis fraudulentas relativas ao reconhecimento de receita muitas vezes é resultado
do seu registro de forma superestimada, por exemplo, o seu reconhecimento prematuro ou o
registro de receitas fictícias. Pode resultar também do registro de receitas inferiores, por
exemplo, transferindo receitas inadequadamente para um período posterior.

4. Outras informações
O auditor deve considerar se as outras informações por ele obtidas indicam riscos de distorção
relevante decorrente de fraude. Além das informações obtidas com a aplicação de procedimentos
analíticos, outras informações obtidas a respeito da entidade e do seu ambiente podem ser úteis na
identificação dos riscos de distorção relevante decorrente de fraude. A discussão entre membros da
equipe pode fornecer informações úteis para a identificação de tais riscos. Além disso, as
informações obtidas nos processos de aceitação e retenção do cliente pelo auditor, a experiência
conseguida em outros trabalhos executados para a entidade, por exemplo, revisão das informações
contábeis intermediárias, podem ser relevantes na identificação dos riscos de distorção relevante
decorrente de fraude.

5. Avaliação de fatores de risco de fraude


Sobre esse ponto, a norma ainda nos diz que o auditor deve avaliar se as informações obtidas com
outros procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas realizadas indicam a presença
de um ou mais fatores de risco de fraude. Embora os fatores de risco de fraude não indiquem
necessariamente a sua efetiva existência, eles muitas vezes estão presentes em ocorrências de fraude
e, portanto, podem indicar riscos de distorção relevante decorrente de fraude.

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O fato de que a fraude geralmente é oculta pode tornar muito difícil a sua detecção. Contudo, o auditor
pode identificar eventos ou condições que indiquem um incentivo ou pressão para a fraude ou que
constituam uma oportunidade para a fraude (fatores de risco de fraude). Por exemplo:
• A necessidade de satisfazer as expectativas de terceiros para obter capital adicional pode criar
pressão para a fraude.
• A concessão de bônus significativos, caso sejam cumpridas metas irreais de lucro, pode criar
um incentivo para se perpetrar uma fraude.
• Um ambiente de controle que não é eficaz pode criar uma oportunidade para a fraude.

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DE QUESTÃO DISSERTATIVA – EQT 20ª EDIÇÃO


Feito esse resumo, futuro(a) Auditor(a), é hora de fazermos a nossa dissertativa. Sugiro que você tente
elaborar a sua dissertação também e, sempre que possível, ir comparando com a que eu vou
disponibilizando nos livros digitais, certo? Não se esqueça que estamos juntos nessa!

Resposta:
A Norma do CFC que trata sobre a responsabilidade que o auditor independente tem em
relação a fraude é a NBC TA 240. Ela, além de outras informações, deixa claro que as distorções podem
ser causadas por erro ou fraude. O que faz a distinção entre um tipo ou outro é a intenção ou não da
ação do agente causador. A norma trata especificamente da responsabilidade do auditor sobre a
distorção por fraude.
A NBC TA 240 diz que a responsabilidade principal sobre a prevenção e detecção da fraude é
tanto dos responsáveis pela governança, quanto da administração da entidade. A administração, com
supervisão dos responsáveis pela governança, deve criar mecanismos buscando evitar a propagação
de fraudes dentro da entidade, como por exemplo a implantação de uma cultura ética e de
honestidade aos seus colaboradores. Outra situação utilizada pela administração é a implementação
de controles internos que busquem fazer a prevenção e detecção de fraudes.
Já a reponsabilidade do auditor, ainda de acordo com a norma supracitada, é de obter
segurança razoável (e não absoluta) de que as demonstrações contábeis auditadas por ele estão livres
de distorções relevantes, sejam elas causadas por erro ou fraude.
O auditor deve aplicar procedimentos para obter as informações a serem usadas na
identificação de riscos de distorção relevante decorrente de fraude. Esses procedimentos de avaliação
de risco incluem, além de conhecer a entidade e o seu ambiente, fazer indagações à administração

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para saber se ela tem conhecimento de casos reais de fraude e como lida com isso, inclusive sobre os
controles internos; fazer indagações aos responsáveis pela governança, quando não estão envolvidos
na administração, para obter entendimento de como eles supervisionam os processos que a
administração utiliza para identificar e responder às fraudes; avaliar, quando da aplicação de
procedimentos analíticos, se as variações inesperadas ou não usuais identificadas podem indicar
riscos de distorção relevante decorrente de fraude; dentre outras situações.
Por fim, vale frisar que, mesmo o auditor conduzindo a sua auditoria de acordo com o
planejado e conforme as normas, ainda existe o risco de uma não detecção de distorções. A fraude, por
ser intencional, envolve esquemas mais organizados na sua execução, dificultando os trabalhos de
auditoria. Com isso, o auditor não deve abrir mão do seu ceticismo profissional na aplicação de
procedimentos que busquem evidências de fraude.

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TEMA 02: NBC TA ESTRUTURA CONCEITUAL PARA TRABALHOS DE


ASSEGURAÇÃO
(EQT 19ª edição) Com base na norma “Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração”,
enumere os cinco elementos essenciais para trabalhos desta natureza e discorra BREVEMENTE
sobre a ESSÊNCIA de cada um deles.

BASE TEÓRICA
A NBC TA Estrutura Conceitual para trabalhos de asseguração trata de facilitar o entendimento dos
elementos e objetivos dos trabalhos de asseguração e dos trabalhos aos quais as NBCs TA, NBCs TR e
NBCs TO (doravante referidas como Normas de Asseguração) se aplicam.
Lembrando que a NBC TA Estrutura Conceitual (eu chamo somente de NBC TA 00, rsrs) não é uma
norma propriamente dita e não estabelece nenhum requisito (nem princípios básicos ou
procedimentos essenciais) para a realização de auditorias, revisões ou outros trabalhos de
asseguração. Um relatório de asseguração não pode, portanto, afirmar que o trabalho foi conduzido de
acordo com esta Estrutura, devendo se referir às normas de asseguração aplicáveis (ou seja, às
diversas NBC TAs que temos e estudamos ao longo do nosso curso). As normas de asseguração
possuem objetivos, requerimentos, aplicações e outros materiais explicativos, introduções e
definições que são consistentes com esta estrutura e devem ser aplicados em auditorias, revisões e
outros trabalhos de asseguração.

O que são trabalhos de asseguração?


Afinal, você lembra o que é um trabalho de asseguração? Vimos isso na nossa primeira aula do curso
regular. Mesmo assim vou refrescar a sua memória, beleza?
Trabalho de asseguração é o trabalho no qual o auditor independente visa obter evidências
apropriadas e suficientes para expressar sua conclusão, de forma a aumentar o grau de
confiança dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação do objeto, de
acordo com os critérios que sejam aplicáveis.
O trabalho de asseguração por sua vez é divido em trabalho de asseguração razoável e trabalho de
asseguração limitada. Vou explicar cada um:
• Trabalho de asseguração razoável: aqui o auditor independente reduz o risco do trabalho
para um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias do trabalho como base para a sua

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conclusão. A conclusão do auditor independente é expressa de forma que transmita a sua


opinião sobre o resultado da mensuração ou avaliação de determinado objeto de acordo com
os critérios aplicáveis. O auditor afirma em seu relatório, de forma positiva, que as
demonstrações financeiras refletem razoavelmente em todos os seus aspectos relevantes à
situação patrimonial, financeira etc., ou que aquelas demonstrações foram elaboradas em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro estabelecida pelas normas
brasileiras ou internacionais. Ou seja, o trabalho de asseguração razoável é a própria
auditoria em si!
• Trabalho de asseguração limitada: aqui o objetivo é reduzir o risco de trabalho de
asseguração a um nível que possa ser considerado aceitável, levando em conta as
circunstâncias do trabalho, MAS em que o risco seja maior que no trabalho de asseguração
razoável, como princípio para uma forma negativa de expressão da conclusão do auditor
independente. Um exemplo de trabalho de asseguração limitada são as demonstrações
contábeis trimestrais, nas quais o auditor faz um trabalho de revisão, não se aplicando todas as
normas de auditoria. Nesse caso, o propósito não é realizar um parecer sobre as
demonstrações contábeis, mas apenas elaborar um relatório contendo uma opinião negativa,
em que o auditor afirma não ter tomado conhecimento de alguma modificação relevante, que
seria necessária nessas demonstrações contábeis trimestrais.
Dessa forma, em relação aos trabalhos de asseguração, estaremos interessados no de asseguração
razoável, visto que nosso objeto de estudo é a Auditoria. Além do que já foi falado, temos de entender
que Auditoria é espécie do gênero Asseguração. Além disso, é necessário lembrar que o auditor
independente não faz apenas trabalhos de asseguração, mas também trabalhos que não se
encaixam nesse conceito, como serviços de consultoria, por exemplo.
Lembrando que a NBC TA Estrutura Conceitual distingue ainda trabalho de atestação e trabalho
direto. No trabalho de atestação o profissional, que não seja o auditor independente, deve
mensurar ou avaliar o objeto de acordo com os critérios aplicáveis. Um exemplo é quando a própria
entidade mensura e avalia o seu passivo atuarial. Já no trabalho direto, o próprio auditor deve
mensurar ou avaliar o objeto de acordo com os critérios aplicáveis.

Sabendo disso, vamos a um ponto da Estrutura Conceitual que é bastante cobrado em provas de
concursos e foi alvo também do Exame de Qualificação Técnica. Falarei agora sobre os elementos de
trabalho de asseguração.

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Elementos do trabalho de asseguração


Os seguintes elementos do trabalho de asseguração são:
a) relação de três partes envolvendo o auditor independente, a parte responsável e os usuários
previstos;
b) objeto apropriado;
c) critérios aplicáveis;
d) evidências apropriadas e suficientes; e
e) relatório de asseguração escrito no formato apropriado ao trabalho de asseguração 9 razoável
ou de asseguração limitada.

Para lembra, eu chamo carinhosamente de TRÊS CORE. O TRÊS vem de Relacionamento de TRÊS
partes e o CORE são Critérios aplicáveis, Objeto apropriado, Relatório de asseguração e Evidências
apropriadas e suficientes.

Vamos falar agora sobre cada um dos elementos de um trabalho de asseguração.

Relacionamento entre três partes


Todos os trabalhos de asseguração possuem pelo menos três partes: o auditor independente, a parte
responsável e os usuários previstos.

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Relacionamento entre
Auditor

três partes
Parte
responsável

Usuários

O auditor independente (pessoa física ou jurídica) é aquele que conduz o trabalho (geralmente o
sócio responsável pelo trabalho ou outros membros da equipe, ou, conforme adequado, a firma),
aplicando habilidades e técnicas de asseguração para obter segurança razoável ou limitada, conforme
adequado, sobre se a informação do objeto está livre de distorções relevantes.
Parte responsável é a parte responsável pelo objeto. No trabalho de atestação, a parte responsável
geralmente também é o mensurador ou avaliador. A parte responsável pode ser, ou não, a parte que
contrata o auditor independente para realizar o trabalho de asseguração (parte contratante).
Os usuários previstos são os indivíduos, organizações ou grupos que o auditor independente espera
que utilizem o relatório de asseguração. A parte responsável pode ser um dos usuários previstos, mas
não o único.
A parte responsável e os usuários previstos podem ser de entidades diferentes ou da mesma
entidade. Como exemplo do último caso, na estrutura de administração de dois níveis, o conselho de
administração pode buscar a asseguração sobre uma informação fornecida pela diretoria executiva da
entidade. O relacionamento entre a parte responsável e os usuários previstos deve ser visto dentro do
contexto de trabalho específico e pode variar das linhas tradicionalmente mais bem definidas de
responsabilidade. Por exemplo, a alta administração (usuário previsto) pode contratar o auditor
independente para realizar o trabalho de asseguração em aspecto específico das atividades da
entidade que são de responsabilidade imediata de nível mais baixo da administração (parte
responsável), mas pela qual a alta administração é, no fim, responsável.
Tenham em mente uma auditoria que é conduzida pelo AUDITOR. Essa auditoria foi contratada pela
entidade, que por sua vez é a PARTE RESPONSÁVEL, para dar uma credibilidade às suas

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demonstrações. Ao fim do trabalho de asseguração, o auditor emite um relatório endereçado aos


USUÁRIOS daquelas demonstrações auditadas. Lembre desse caminho.

Objeto apropriado
O objeto do trabalho de asseguração pode ter várias formas, tais como:
• histórico de desempenho ou condição financeira (por exemplo, histórico de posição
financeira, desempenho financeiro e fluxos de caixa) para o qual a informação do objeto
pode ser o reconhecimento, a mensuração, a apresentação e a divulgação representada nas
demonstrações contábeis;
• condição ou desempenho financeiro futuro (por exemplo, posição financeira,
desempenho financeiro e fluxos de caixa prospectivos) para o qual a informação do objeto
pode ser o reconhecimento, a mensuração, a apresentação e a divulgação representada na
projeção ou previsão financeira;
• condições ou desempenhos não financeiros (por exemplo, desempenho da entidade)
para o qual as informações do objeto podem ser os indicadores principais de eficácia e
eficiência;
• características físicas (por exemplo, capacidade máxima de ocupação do prédio) para o
qual a informação do objeto pode ser documento de especificações;
• sistemas e processos (por exemplo, o controle interno ou o sistema de TI da entidade)
para o qual a informação do objeto deve ser declaração sobre sua efetividade;
• comportamento (por exemplo, governança corporativa, conformidade com
regulamentações, políticas de recursos humanos) para o qual a informação do objeto pode
ser uma declaração de conformidade ou declaração de efetividade.
Em linhas gerais, vamos nos remeter à obra de Franco e Marra (2011) para definir o objeto da
auditoria (em sentido amplo): “conjunto de TODOS OS ELEMENTOS DE CONTROLE DO
PATRIMÔNIO ADMINISTRADO, os quais compreendem registros contábeis, papéis, documentos,
fichas, arquivos e anotações que comprovem a veracidade dos registros e a legitimidade dos atos da
administração, bem como sua sinceridade na defesa dos interesses patrimoniais”.

Critérios aplicáveis
Critérios são referências usadas para mensurar ou avaliar o objeto. Os critérios podem ser
formais, por exemplo, na elaboração das demonstrações contábeis; e os critérios podem ser as

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normas internacionais de relatórios financeiros ou as normas internacionais de contabilidade


do setor público. Ao emitir relatório sobre a efetividade operacional dos controles internos, os
critérios podem ser baseados na estrutura estabelecida de controle interno ou objetivos de controles
individuais, especialmente desenvolvidos para o propósito; e ao emitir o relatório sobre a
conformidade, os critérios podem ser estabelecidos por leis e regulamentos ou contratos. Um exemplo
de critério menos formal seria o código de conduta desenvolvido internamente ou o nível de
desempenho acordado (tal como o número de vezes que se espera que um comitê específico se reúna
no ano).
Os critérios para serem adequados devem apresentar as características de relevância, integralidade,
confiabilidade, neutralidade e compreensibilidade. Descrições vagas de expectativas ou julgamentos
das experiências de indivíduo não constituem critérios aceitáveis.

Evidências apropriadas e suficientes


Os trabalhos de asseguração são planejados e realizados com postura de ceticismo profissional para
obter evidências apropriadas e suficientes no contexto do trabalho sobre o resultado obtido da
mensuração ou avaliação do objeto de acordo com os critérios. O julgamento profissional deve ser
exercido ao considerar a materialidade, o risco do trabalho, bem como a quantidade e a qualidade das
evidências disponíveis ao planejar e realizar o trabalho, especialmente, ao determinar a natureza, a
época e a extensão dos procedimentos.
A evidência suficiente e apropriada está correlacionada. A suficiência é a mensuração da
quantidade de evidências. A quantidade de evidência necessária é influenciada pelos riscos de a
informação do objeto ser distorcida de forma relevante (quanto maior forem os riscos, mais evidência
será necessária) e também pela qualidade dessas evidências (quanto melhor a qualidade, menos será
necessária). Obter mais evidências, contudo, pode não compensar a sua baixa qualidade.
Já a adequação é a mensuração da qualidade da evidência, ou seja, sua relevância e confiabilidade
em fornecer fundamentação para a conclusão do auditor independente.

Relatório de asseguração
O auditor independente forma sua conclusão com base nas evidências obtidas e emite o relatório
escrito contendo uma expressão clara dessa conclusão de asseguração. No trabalho de
asseguração razoável, ou seja, na AUDITORIA propriamente dita, a conclusão do auditor
independente é expressa na forma POSITIVA para transmitir a sua opinião sobre o resultado da

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mensuração ou avaliação do objeto. Um exemplo de conclusão expressa de forma POSITIVA é quando


o auditor diz em seu relatório: “Em nossa opinião, as demonstrações contábeis apresentam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da entidade
em [data], o desempenho de suas operações e seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data
de acordo com a estrutura XYZ”.
Já no trabalho de asseguração limitada, ou seja, numa REVISÃO, a conclusão do auditor
independente é expressa de forma NEGATIVA, buscando transmitir se, com base no trabalho
realizado, algum fato chegou ao seu conhecimento que o levasse a acreditar que a informação do
objeto esteja distorcida de forma relevante, como por exemplo, “Com base nos procedimentos
realizados e nas evidências obtidas, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a
acreditar que a entidade não tenha cumprido, em todos os aspectos relevantes, com a lei XYZ.”.

É isso, futuro(a) Auditor(a). Resumi de maneira bem objetiva um pouco da Estrutura Conceitual que
trata dos trabalhos de asseguração, principalmente os cinco elementos que são essenciais para esse
tipo de trabalho. Agora vamos a mais uma proposta de resolução de dissertação!

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DE QUESTÃO DISSERTATIVA – EQT 19ª EDIÇÃO


Mais uma proposta de resolução de questão dissertativa. Novamente, sugiro você a tentar elaborar
sua dissertação daí também e comparar com essa proposta aqui, beleza? Vamos nessa!

Resposta:
A NBC TA Estrutura Conceitual foi emitida com o intuito de facilitar o entendimento dos
objetivos e elementos dos trabalhos de asseguração. Tal Estrutura não é uma norma propriamente
dita, portanto, não traz em seu escopo nenhum tipo de princípio ou procedimento para a realização de
uma auditoria ou revisão. Um dos seus pontos principais é a identificação dos elementos de um
trabalho de asseguração que são o relacionamento entre três partes, objeto apropriado, critérios
aplicáveis, evidências apropriadas e suficientes, e relatório de asseguração.
O relacionamento entre três partes traz os componentes de um trabalho de asseguração:
auditor independente, parte responsável e usuários previstos. O auditor independente é quem conduz
a auditoria, a parte responsável é quem tem a responsabilidade sobre o objeto a ser auditado e os
usuários previstos são aqueles que se utilizam do relatório de asseguração.

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O objeto apropriado é a informação financeira ou não financeira onde o auditor executa


procedimentos de auditoria para buscar evidências apropriadas e suficientes e emitir a sua opinião.
São as demonstrações contábeis como um todo, os registros, documentos, relatórios, etc. Já os
critérios aplicáveis, por sua vez, são as referências que são utilizadas para mensurar e avaliar o objeto.
Critérios podem ser formais como as leis, regulamentos e normas internacionais; ou menos formais
como códigos de conduta, por exemplo.
As evidências apropriadas e suficientes são provas que o auditor vai obtendo no decorrer dos
trabalhos de asseguração para fundamentar a sua opinião. O termo “apropriadas” tem a ver com a
qualidade da evidência obtida, ou seja, se ela é relevante e confiável para alicerçar a opinião do
auditor. Já o termo “suficientes” tem a ver com a quantidade de evidência obtida. Essas evidências
apropriadas e suficientes devem estar correlacionadas. O último elemento do trabalho de asseguração
é o relatório de asseguração. É nele onde o auditor independente expressa, por escrito, a sua opinião
com base nas evidências obtidas. A depender trabalho de asseguração, o auditor emite uma opinião
positiva (trabalhos de asseguração razoável) ou negativa (trabalhos de asseguração limitada).
Com base no exposto, os elementos de um trabalho de asseguração devem ser entendidos como
numa cronologia, onde existe um relacionamento entre as partes e o auditor mensura e avalia o
objeto, com base em critérios aplicáveis, buscando evidências apropriadas e suficientes para a
emissão de uma opinião escrita no relatório de asseguração.

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CONDIDERAÇÕES FINAIS
É isso, futuro(a) Auditor(a)! Chegamos ao final da nossa primeira aula para a sua prova de questões
dissertativas. Busquei trazer os pontos mais importantes sobre os temas abordados e propostas de
como devem ser as dissertações. Óbvio que a sua pode não ser igual a minha, mas busque sempre
treinar escrever sobre esses temas abordados aqui e fazer uma comparação. Observe os pontos onde
você pode sempre corrigir.
Dúvidas, fico à disposição!

Forte abraço,
Prof. Fábio Vasconcelos

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