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INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E AUDITORIA DE

MOCAMBIQUE
LINCENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA

CÉSAR AUGUSTO MIAMBO

CHAQUIRA DA TERESA MATSINHE

NIVALDA MERCI SAPATO

SHÉLZIO FIRMINO CHIULELE

COMPROMISSO E PLANEAMENTO DE UMA AUDITORIA

Maputo
2022
CÉSAR AUGUSTO MIAMBO
CHAQUIRA DA TERESA MATSINHE
NIVALDA MERCI SAPATO
SHÉLZIO FIRMINO CHIULELE

COMPROMISSO E PLANEAMENTO DE UMA AUDITORIA

Trabalho de apresentação a ser

Apresentado no Instituto Superior de

Contabilidade e Auditoria de

Moçambique (ISCAM), como requisito


parcial para conclusão do 2° Grau
acadêmico em Contabilidade e Auditoria

Docente: Deolinda Sinate

Maputo
2022
Índice
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1

2. Problemática .............................................................................................................. 2

3. Objectivo geral: ..................................................................................................... 2

4. Objectivos específicos: .......................................................................................... 2

5. Abreviações ............................................................................................................... 2

6. Compromisso em auditoria ....................................................................................... 3

6.1 Objectivos do compromisso............................................................................... 3

6.2 Carta de compromisso de auditoria ........................................................................... 3

6.2.1 Exemplo da carta de compromisso................................................................. 4

7 Condições de compromisso....................................................................................... 4

8. Planeamento de uma auditoria .................................................................................. 6

9. Actividades do planeamento de uma auditoria. ........................................................ 8

9.1 Actividades preliminares do planeamento da auditoria ..................................... 8

9.2 Actividades do planeamento na auditoria .......................................................... 8

10. Documentação ........................................................................................................... 9

11. Risco .......................................................................................................................... 9

11.1 Tipos de risco ..................................................................................................... 9

12. Risco de demonstrações financeiras. ....................................................................... 10

12.1 Responsabilidade do auditor pelas demonstrações financeiras. ...................... 10

13. Risco em auditoria. .................................................................................................. 11

13.1 Tipos de risco em auditoria .............................................................................. 11

14. Funções do risco. ............................................................................................. 11

15. Metodologia ............................................................................................................ 12

16. Conclusão ................................................................................................................ 13

17. Referências bibliográficas ....................................................................................... 14


1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho cumpre fazer uma abordagem inerente a matéria referente ao
“compromisso e planeamento de uma auditoria” como tema principal, uma temática
muito pertinente pela sua natureza crucial de uma das áreas de auditoria. Esse trabalho,
tem como tarefa ser um instrumento útil que ajuda a tornar fácil os estudos, possibilitar e
clarificar ainda mais os conteúdos presentes nesse trabalho, visto que está inserido numa
das áreas de auditoria.

No entanto, relativamente ao tema em análise, importa referir que, falar de compromisso


numa auditoria, é falar, portanto, de uma responsabilidade que adquirimos em virtude de
uma afirmação verbal ou escrita para com o cliente e vice versa, e o planeamento de uma
auditoria envolve estabelecer a estratégia global de auditoria para o desenvolvimento de
um plano de auditoria, afim de reduzir o risco da auditoria a um nível baixo aceitável.

Não obstante, ao longo da elaboração e materialização deste trabalho, iremos discutir


vários assuntos distintos, que constituem foco na matéria pesquisada.

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2. Problemática
Segundo Marconi e Lakatos (2003), “O problema é uma dificuldade, teórica ou prática,
no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar uma
solução”.

Segundo Quivy e Campenhoudt (2005), “Problemática é a abordagem ou a perspectiva


teórica que decidimos adoptar para tratarmos o problema formulado pela pergunta de
partida. É uma maneira de interrogar os fenómenos estudados.”

Sabemos que para a realização de uma certa actividade, seja qual for, é necessário um
planeamento, e se for entre duas ou mais partes, é necessário um compromisso, que serve
de vínculo entre as partes negociadoras. Se tem de exístir esse vínculo o qual tratamos
por compromisso e para realizar as actividades de acordo com o planeamento, qual é a
importância que tem este mesmo compromisso e planeamento, especificamente em
auditoria?

Será que com o compromisso e planeamento em auditoria, ela se torna 100% eficaz?

Em quais condições pode haver um compromisso em auditoria?

Quais são as etapas de do planeamento de auditoria?

Quais são os tipos de risco em auditoria que o auditor pode correr ao realizar?

3. Objectivo geral:
 Falar do compromisso e de planeamento de auditoria;

4. Objectivos específicos:
 Saber qual é a importância do compromisso e planeamento em auditoria;
 Saber em quais condições pode haver um compromisso em auditoria;
 Identificar etapas do planeamento de auditoria;
 Identificar os tipos de risco em auditoria em auditoria;

5. Abreviações
ISA: International Standards of Auditing;

ISQC: Controlo de qualidade para as Firmas que executam revisões;

DRA: Relatório de Revisão/ Auditoria;

Revisão de literatura.

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6. Compromisso em auditoria.

Compromisso é uma forma, pública ou não, de se vincular ou assumir uma obrigação com
alguém, com algum objectivo.

Segundo Ilídio Tomas Lopes 2013 – contabilidade Financeira pg 30 “há diversos tipos
de compromisso, como por exemplo: compromisso religioso, compromisso amoroso,
compromisso de negócios. Compromisso, portando, uma responsabilidade adquirida em
virtude de uma afirmação verbal ou escrita, feita por nós mesmo”.

6.1 Objectivos do compromisso


 Os auditores internos têm que efectuar uma avaliação preliminar dos riscos
relativos à actividade sob análise. Os objectivos do trabalho têm que reflectir os
resultados desta avaliação.
 Os auditores internos têm que considerar a probabilidade de erro, fraudes,
incumprimentos e outras exposições relevantes, ao desenvolverem os objectivos
do compromisso.

6.2 Carta de compromisso de auditoria


A ISA 210 refere as condições dos compromissos de auditoria, o auditor e o seu cliente
devem acordar sobre os termos do compromisso os quais necessitam de ser registados
numa carta de compromisso de auditoria ou noutra forma conveniente de contrato. Essa
carta deve ser enviada pelo auditor ao seu cliente e por este aceite antes do início da
auditoria, a fim de se evitar possíveis mal entendidos. Na carta devem estar incluídos
o objectivo e âmbito da auditoria, a responsabilidade do órgão de gestão pelas
Demonstração Financeira e a forma de quaisquer relatórios ou outras comunicações sobre
os resultados do compromisso. A carta deve ainda alertar para a existência de um risco
inerente de que alguma distorção materialmente relevante possa ser dectada e explicitar
o acesso, sem restrições, do auditor a quaisquer registos, documentos e informações
relacionadas com a auditoria.

Outros aspectos que poderão ser incluídos na carta são os seguintes :

 Acordos referentes ao planeamento da auditoria;


 Expectativa de recepção do órgão de gestão e declarações escritas relativas a
esclarecimentos prestados relacionados com a auditoria;

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 Pedido para o cliente confirmar as condições do compromisso, acusando a
recepção da carta compromisso;
 Descrição de quaisquer outras cartas ou relatórios que o auditor espera emitir para
o cliente;
 Bases sobre as quais são calculados os honorários e respectiva forma de
facturação;

De acordo com a mencionada ISA os principais aspectos a incluir na carta geralmente


fazer referências:

 Ao objectivo da auditoria das demonstrações financeiras.


 A forma de quaisquer relatórios ou outras comunicações de resultados do trabalho.
 Ao acesso não restritivo a quaisquer registos, documentação e a outra informação
exigida em ligação com a auditoria.
 A responsabilidade do órgão de gestão pelas demonstrações financeiras.

O Auditor pode também desejar incluir na carta:

 Acordos com respeito desejar incluir na carta.


 Pedido para o cliente confirmar os termos do trabalho acusando a recepção de
compromisso.

6.2.1 Exemplo da carta de compromisso

Solicitaram-nos que auditássemos as demonstrações financeiras da empresa grupo 4,


que compreende o balanço e a demonstração dos resultados, a demonstração de
alterações no capital próprio e a demonstração do fluxos de caixas relativos ao ano
findo naquela data e um resumo das políticas contabilísticas significativas e de outras
notas explicativas. Temos o prazer de confirmar, através desta carta, a nossa aceitação
e o entendimento deste trabalho. A nossa auditoria será efectuada com o objectivo de
expressamos uma opinião sobre as demonstrações financeiras.

7 Condições de compromisso
Uma das decisões mais importantes com que os auditores se deparam é a de aceitarem ou
não um cliente. Os normativos de auditoria (ISQC 1) requerem que as empresas de
auditoria definam políticas e procedimentos a serem seguidos na aceitação de novos

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clientes e na manutenção de actuais clientes. O objetivo é minimizar a possibilidade do
auditor ser associado a clientes em relação aos quais pode ser colocada em causa a sua
independência, falte integridade ao órgão de gestão ou que este aceite um compromisso
para o qual não dispõe de recursos humanos e/ou materiais, diminuindo assim as
possibilidades de distorções materiais não serem detectadas.

Existe um determinado número de factores que afeta a decisão do auditor aceitar ou não
um compromisso, tais quais:

 Integridade do órgão de gestão


 Obrigações de relato
 Transações entre partes relacionadas
 Situação financeira da organização
 Valores éticos
 Adequação dos recursos materiais e/ou humanos
 Planeamento
 Testes aos controlos
 Procedimentos substantivos
 Completar uma auditoria
 Relatórios

Integridade do órgão de gestão: Ao aceitar um compromisso de auditoria o auditor deve


avaliar a integridade do órgão de gestão, bem como incentivos económicos que possam
afetar a sua gestão.

Obrigação de relato: O auditor pode rever relatórios enviados por entidades reguladoras.

Transações entre partes relacionadas: O auditor deve averiguar se existem transações


entre partes relacionadas. Estas transações não devem ser vistas como uma parte “normal”
do negócio, uma vez que o risco de influenciar as demonstrações financeiras, através do
camuflar de perdas ou de uma transferência de rendimentos, é grande logo, necessitam de
ser detalhadamente analisadas pelo auditor.

Situação financeira da organização: Nenhum negócio é alheio “à envolvente”, sendo


influenciado quer pela economia do país, quer pela economia global. Assim, o auditor
deve ter em atenção o potencial impacto que a situação económica do país e a situação
económica global podem ter no seu cliente.

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Valores éticos: O auditor não deve aceitar clientes em relação aos quais possa estar em
causa a sua independência.

Adequação de recursos humanos e/ou materiais: O auditor não deve aceitar um


compromisso para o qual não disponha dos recursos humanos e/ou materiais necessários.

Após tomada a decisão de aceitação/ continuidade de um cliente, o auditor e o órgão de


gestão devem ter um entendimento sobre a natureza e sobre o tempo dos procedimentos
de auditoria a efectuar, sobre honorários e sobre as responsabilidades do auditor e do
órgão de gestão, para o efeito deve preparar uma carta de compromisso onde esteja
patente esse entendimento.

O auditor deve acordar os termos do trabalho de auditoria com o órgão de gestão ou com
os encarregados da governação, conforme apropriado, estes devem ser registados numa
carta de compromisso de auditoria ou em qualquer outra forma apropriada de acordo
escrito e devem incluir:

 O objetivo e o âmbito da auditoria às demonstrações financeiras;


 As responsabilidades do auditor;
 A identificação do referencial de relato financeiro aplicável na preparação das
demonstrações financeiras;
 Uma referência à forma e ao conteúdo esperados do relatório de auditoria e uma
declaração de que podem existir circunstâncias em que um relatório pode diferir
na forma e no conteúdo esperados.

8. Planeamento de uma auditoria

O planeamento de uma auditoria está descrito na ISA 300- planing, segundo o qual
significa desenvolver uma estratégia geral e uma abordagem pormenorizada quanto à
natureza, tempestividade e extensão esperadas de uma auditoria devendo o auditor
planear realizá-la de uma forma eficiente e tempestiva. Desse modo, “ planear uma
auditoria envolve estabelecer a estratégia global para a autoria e desenvolver um plano de
auditoria, afim de reduzir o risco da auditoria a um nível baixo aceitável”.

O mesmo tem como objectivo planear a auditoria para que seja executada com eficácia.
E é favorecida de várias formas tais como:

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 Ajudar ao auditor a planear e gerir devidamente o trabalho de maneira eficiente e
eficaz;
 Ajudar ao auditor a resolver potenciais problemas a tempo oportuno;
 Ajudar ao auditor na escolha dos membros para a equipe de trabalho, que estejam
aptos a resolver riscos antecipados e a afectar adequadamente ao trabalho;
 Facilitar na orientação e supervisão dos membros da equipe do trabalho e fazer a
revisão do trabalho;
 Apoiar quando aplicável, a coordenação dos trabalhos dos auditores e dos
componentes e peritos.

Um planeamento adequado de uma auditoria é muito importante, pois permite ao auditor


recolher prova suficiente e apropriada para suportar as suas conclusões minimizando as
possibilidades de litígio, mantendo a relação custo/ benefícios num patamar aceitável e
cumprindo as datas de conclusão do trabalho com que se comprometeu com o seu cliente.

O auditor deve planear o trabalho de campo e estabelecer a natureza, extensão,


profundidade e oportunidade dos procedimentos a adoptar, com vista a atingir o nível de
segurança que deve proporcionar e tendo em conta a sua determinação do risco da revisão/
auditoria e a sua definição dos limites de materialidade.

Um planeamento adequado contribui para que seja dada uma atenção apropriada às
áreas relevantes da auditoria, identificando os principais problemas. Contribui ainda para
que o trabalho seja completado de forma explêndita e dentro dos prazos previstos e para
que as tarefas sejam devidamente distribuídas pelos vários técnicos, em coordenação com
outros auditores e peritos se tal for necessário.

Extensão do planeamento é variável, dependendo da dimensão da entidade a auditar, da


complexidade da auditoria e da experiência que o auditor tem da empresa e do seu
negócio. A responsabilidade do planeamento, por sua vez, está a cargo do auditor
responsável pela mesma, sendo no entanto aceitável que tal técnico o debata com o órgão
de gestão da empresa.

No desenvolvimento do plano global de uma auditoria devem ser levados em conta cinco
temas essenciais :

 Conhecimento do negócio ( ISA 310 / DRA 310);

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 Compreensão do sistema contabilístico e de controlo interno ( DRA 410);
 Risco ( ISA 400/ DRA 400);
 Materialidade ( ISA 320/ DRA 320).

9. Actividades do planeamento de uma auditoria.


9.1 Actividades preliminares do planeamento da auditoria

Nas actividades preliminares o auditor deve:

 Executar os procedimentos de controlo de qualidade da auditoria,


respeitante a continuição de relacionamento com o cliente e do trabalho
específico;
 Apreciar o cumrimento de requisitos éticos, incluindo a liberdade;
 Estabelecer um entendimento dos termos de trabalho de auditoria;
 Comunicar ao seu antecessor, no caso de mudança de auditor, em
conforme aos princípos éticos relevantes;

9.2 Actividades do planeamento na auditoria

Na actividade do trabalho de planeamento o auditor deve estabelecer uma uma estragégia


global que fixe o âmbito, a oportunidade e a direção da auditoria e que oriente o
desenvolvimento do plano da auditoria e ao estabelecer a mesma estragégia, o auditor
deve:

 Identificar as características do trabalho que definem o âmbito;


 Certificar-se dos objectivos do relato de trabalho para planear a oportunidade da
auditoria e natureza das comunições exigídas;
 Considerar os resultados das actividades preliminares e quando aplicável, se é
relevante o conhecimento obtido pelo sócio responsável pelo trabalho noutros
trabalhos executados para a entidade;
 Certificar-se da natureza, oportunidade e extenso dos recursos necessários para
executar o trabalho;

E no seu plano de auditoria deve inlcluir uma descrição de:

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 Da natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de avaliação dos
risos planeados;
 Da natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de adicionais ao
nível de asserção;
 De outros procedimentos de auditoria cuja realização é exigida para que o
trabalho cumpra com as ISA;

10. Documentação

Documentação refere-se à tomada de apontamentos durante a leitura de consulta


e pesquisa.(Severino, António, pág.80)

Na documentação o auditor de incluir na documentação:

 Estratégia global: registo das principais decisões consideradas necessárias


para planear devidamente a auditoria e para comunicar as matérias
significativas à equipa de trabalho;
 Plano de auditoria: registo da natureza, oportunidade e extensão planeados
dos procedimentos de avaliação do risco e procedimentos adicionais de
auditoria ao nível de asserção em resposta aos riscos avaliados;
 Quaisquer alterações no trabalho de auditoria à estratégia global ao plano
de auditoria e justificar as mesmas alterações.(ISA 300)

11. Risco
11.1Tipos de risco
Em toda área de trabalho sempre há um risco, um risco só se pode correr no caso de se
assumir uma responsabilidade, no âmbito do seu trabalho, o auditor depara-se com cinco
tipos de risco que se podem correr, nomeadamente:

 Risco em auditoria: O risco associado na expressão de uma opinião de auditoria


inapropriada para tomada de decisão de utilizadores das demonstrações
financeiras enquanto as mesmas estão distorcidas;
 Risco de demonstrações financeiras: O risco associado na apresentação as
demonstrações financeiras aos utilizadores;
 Risco de compromisso: Em que o auditor corre ao estar associado a um
determinado cliente;

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 Risco de negócio: O risco associado a afetação das operações e os resultados das
organizações;
 Risco de amostragem: O risco associado a ao extrapolação das conclusões, com
base numa amostra, para população em estudo, uma vez que não é possível estar
certo a 100% sobre uma probabilidade;

No caso em apresso, ao falar do risco, nos focalizaremos na abordagem detalhada do risco


de demonstrações financeiras e do risco em auditoria.

12. Risco de demonstrações financeiras.


É o risco relacionado com as transações e a apresentação das demonstrações financeiras
para os utilizadores da mesma (Ex: subjetividade na contabilização de imparidade de
activos, estimativas de vida útil, contabilização de provisões, bem como a eficácia do
controlo interno na prevenção e deteção de erros de fraudes, entre outros).

Então neste tipo de risco, o auditor se responsabiliza na análise e apresentação das


demonstrações financeiras de modo a saber se elas estão ou não distorcidas e se a
distorção é ou não material.

12.1Responsabilidade do auditor pelas demonstrações financeiras.


É da responsabilidade do auditor, em primeiro obter segurança razoável as
demonstrações financeiras como um todo, que estão isentas de distorções materiais
devido a erros ou fraudes. E também obter um relatório onde possa expressar uma
opinião sobre a auditoria feita.

Segurança razoável é um nível bem elevado de segurança que serve para detectar as
distorções materiais, mas nem sempre ao executar-se a auditoria de acordo com as ISA
iremos detectar as informações distorcidas materialmente, e é usada pelos auditores para
informar ao cliente que não há uma garantia de que serão detectadas por completo as
distorções materiais nas demonstrações financeiras (Almeida, Bruno,pág 147). E é aí
onde entra o risco em auditoria.

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13. Risco em auditoria.
Risco em auditoria é o risco que o auditor corre em expressar uma opinião de auditoria
inapropriada para tomada de decisão de utilizadores das demonstrações financeiras
enquanto as mesmas estão distorcidas.

Segundo William C. Boyntos, Risco de auditoria é o risco de que o auditor possa


inadvertidamente não modificar adequadamente o seu parecer sobre demonstrações
financeiras que contém erros ou classificações indevidas materiais.

13.1Tipos de risco em auditoria:

Exístem dois tipos de risco em auditoria:

 Erro do tipo I: Em que o auditor pode formar uma opinião das Demonstrações
financeiras com uma imagem verdadeira sendo as mesmas distorcidas;
 Erro do tipo II: Em que o auditor pode formar uma opinião das Demonstrações
financeiras com uma imagem distorcida sendo as mesmas verdadeiras;

14. Funções do risco.


Exístem também duas funções das quais o risco tem uma proveniência, nomeadamente:

 Risco de distorção material, que tem seus níveis:

Global: Que engloba todas as Demonstrações financeiras como um todo;

De asserções: Que engloba os riscos inerente e de controlo;

Risco inerente: A susceptibilidade de uma afirmação a um erro ou classificação indevida


relevante, supondo que não haja controles internos que com ela se relacionem.

Risco de controlo: É o risco de que um erro ou classificação indevida materiais que


possam constar de uma afirmação não sejam evitados ou detectados tempestivamente
pelos controles internos da entidade.

 Risco de deteção/ detectação:

Que é o risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida materiais
que existam em uma afirmação.

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15. Metodologia
Metodologia é um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos utilizados para
atingir o conhecimento. Para que seja considerado cientifico, é necessária a identificação
dos passos para a sua verificação, ou seja, determinar o modo que possibilitou chegar ao
conhecimento.(Gil, António, 2002)que informa acerca da natureza da pesquisa, se a
pesquisa é exploratória, descritiva ou explicativa, que delineamento foi adotado, se foi o
experimental, e quais foram os controles.

No nosso trabalho foi usada a pesquisa exploratória, a qual tivemos como recursos de
obtenção de informação o Manual das Normas Internacionais de Auditoria( IAASB), e
outros manuais de forma de pesquisa bibliográfica em trabalhos já realizados acerca do
compromisso e planeamento de auditoria, consulta em alguns manuais nas bibliotecas e
do plano analítco da cadeira de modo a obter mais informação sobre o tema apresentado.

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16. Conclusão
O presente trabalho teve por objectivo o embaraçamento preliminar na cadeira de
Introdução á Auditoria, tendo como tema, compromisso e planeamento de uma auditoria,
assim como tivemos também a oportunidade de abordar diversos assuntos que achamos
muito pertinente relativamente ao tema, e cremos que tenhamos enriquecido tanto a nós,
assim como aqueles que se dirigem a este trabalho que foi com afecto produzido pra
ajudar-nos no nosso percurso estudantil.

Relativamente ao tema em análise, ficou a ideia de que o compromisso é um vínculo o


qual conecta o auditor e o seu cliente para poder se começar o trabalho, com as condições
aceitáveis para que exista esse acordo, que para começar o trabalho o auditor precisa
realizar um planeamento de modo a facilitar o seu trabalho, a partir das preliminares até
ao final, onde irá depois apresentar o relatório documentado como já vimos antes no
trabalho. No planeamento assim como já no trabalho haverão riscos, como o das
demonstrações financeiras assim como de auditoria, mas que exístem mecanismos os
quais aplicados reduzem o risco de se manterem informações distorcidas, como a
segurança razoável, mas que a mesma não garante que sejam detectados todas as
distorções, logo na auditoria pode haver susceptibilidade de se cometer os erros do tipo I
ou tipo II, sendo o pior do tipo, que ao nosso ver, foi o que contribuiu para que houvesse
o escandâlo financeiro da Enron quando a Arthur Anderssen esteve a realizar o trabalho
de auditoria na entidade.

A ser assim, congratulamo-nos por termos merecido este tema e, bem assim
continuaremos a investigar para retirar daí outras consequências práticas que quiçá, não
se revelaram durante a materialização/ elaboração deste trabalho. Por fim, queremos dizer
que este trabalho enriqueceu bastante a nossa mente e abriu-nos mais para situar-nos no
âmbito da Auditoria.

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17. Referências bibliográficas
 ALMEIDA, B. J. (2017). Manual de Auditoria Financeira. Escolar Editora;
 IAASB. (2015). Manual das Normas Internacionais de Controlo de Qualidade,
Auditoria, Revisão, Outros Trabalhos de Garantia de Fiabilidade;
 LAKATOS, E. M., MARCONI, M. A. (2003). Fundamentos de Metodologia
Científica. 5a Ed. São Paulo: Atlas;
 Gil, A. C. (2002). Como elaborar projectos de pesquisa. 3ª Ed. São Paulo: Atlas;
 Gil, A. C. (2008). Como elaborar projectos de pesquisa. 6ª Ed. São Paulo: Atlas;
 QUIVY, R., CAMPENHOUDT, L. (2005). Manual de Investigação em ciências
sociais. 4ª Ed. Lisboa: Gradiva;
 SEVERINO, A. J. (2000). Metodologia do Trabalho Científico. 21ª Ed. São
Paulo: Cortez Editora;
 LOPES, ILÍDIO. T.(2013). Contabilidade Financeira: Escolar editora;

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