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Contabilidade
(Cv5)

Modulo: APCIEPAI

Formador:
Emir M. Issufo

Formanda:
Mércia Xavier

Tema: Riscos Da Auditoria E Fase De Planeamento

Nampula
2022
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Índice
Introdução .................................................................................................................................. 3

Riscos Da Auditoria ................................................................................................................... 4

Análise E Avaliação De Riscos ............................................................................................. 4

Risco Inerente ............................................................................................................................ 6

Risco De Controlo...................................................................................................................... 7

Risco De Deteção ....................................................................................................................... 7

Fases Do Processo Da Auditoria................................................................................................ 8

Fase Do Planeamento ................................................................................................................. 8

Fase De Exame Ou Execução .................................................................................................... 9

Fase Da Elaboração Do Relatório .............................................................................................. 9

Conclusão................................................................................................................................. 11

Bibliografia .............................................................................................................................. 12
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INTRODUÇÃO

O trabalho de auditoria, para que seja bem-sucedido, tem de atravessar três fases:
Planeamento, Execução e Elaboração do Relatório, tendo todas elas subjacentes um
conjunto de etapas. O presente estudo tem como objetivo primordial abordar a
importância da fase do Planeamento da Auditoria Financeira na condução do trabalho
do Auditor. Para tal, serão identificadas as etapas implícitas nesta fase,Há, porém, a
necessidade de apreciar o risco de forma estratégica e operacional, desde logo em sede
de planeamento.
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RISCOS DA AUDITORIA

existem duas grandes classificações de risco:

1) Risco de Negócio;
2) Risco de Fraude,

em que o que os distingue é que o Risco de Fraude resulta de uma ação deliberada
de uma ou mais pessoas.

“O Risco de Fraude relaciona-se com acontecimentos ou condições que indicam um


incentivo ou pressão para cometer fraude ou proporcionam uma oportunidade para
cometer fraude”, isto é, a possibilidade de ocorrer “um ato intencional por um ou
mais indivíduos, envolvendo o uso propositado de falsidades para obter uma vantagem
injusta ou ilegal

Na perspetiva de Almeida (2017, p. 148) o Risco de Auditoria pode ser de dois


tipos:

 .A possibilidade de o auditor expressar uma opinião revelando que as


demonstrações financeiras apresentam uma imagem verdadeira e apropriada,
quando efetivamente não apresentam;

 A possibilidade de o auditor referir na sua opinião que as demonstrações


financeiras não apresentam uma imagem verdadeira e apropriada, quando na
verdade elas não se encontram distorcidas.

ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS

Risco em auditoria é a possibilidade de as demonstrações contábeis conterem erros


relevantes que o auditor não conseguiu identificar, e, portanto não relatou em seu
relatório (BOYNTON; JOHNSON; KELL, 2002)

Boyton, Johnson e Kell (2002) ainda complementam que o risco de auditoria pode
ocorrer em três situações:

a) risco inerente: Erro ou classificação indevida, relevante, supondo que não haja
controle interno que se relacione com o erro.
b) risco de controle: Erro ou classificação indevida que seja relevante, mas que
não foi identificado e evitado pelos controles internos.
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c) risco de detecção: O risco de que o auditor não identifique o erro ou


classificação indevida que seja relevante.

Portanto a avaliação de riscos é de alta importância para a administração da empresa,


pois através dela a gerência pode identificar riscos que possam interferir .nas
atividades do negócio.

Em auditoria, a expressão “risco” pode ser endereçada em várias dimensões:

 No contexto específico da auditoria financeira, corresponde ao risco de o


auditor expressar uma opinião de auditoria inapropriada, quando as
demonstrações financeiras estão materialmente distorcidas. Nestas auditorias,
o risco da auditoria é uma função do risco de distorção material, o qual
engloba dois riscos: o risco inerente e o risco de controlo. E, engloba ainda
o risco de deteção, i.e. o risco de que os procedimentos executados pelo
auditor não detetem uma distorção que existe e que pode ser material, quer
individualmente quer quando agregada a outras distorções.

 No âmbito da ação de auditoria de desempenho ou de conformidade, o


risco é igualmente entendido como a possibilidade de as constatações,
conclusões e recomendações serem inapropriadas ou incompletas, porque as
evidências são-no também, ou porque o próprio processo de auditoria é
inadequado ou, ainda, porque há intenção da parte auditada de omitir ou
manipular, intencionalmente ou não, a informação.

Todo risco tem as suas consequências, sendo assim, todo autor deixa uma resposta aos
3 tipos de riscos, citados acima, sendo assim, diremos que:

 Após ter conduzido uma avaliação dos riscos pertinentes, a administração


determina como responderá aos riscos.

 As respostas incluem evitar, reduzir, compartilhar ou aceitar os riscos. Ao


considerar a própria resposta, a administração avalia o efeito sobre a
probabilidade de ocorrência e o impacto do risco selecionando, dessa forma,
uma resposta que mantenha os riscos residuais dentro das tolerâncias a risco
desejadas.
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 A administração identifica as oportunidades que possam existir e obtêm,


assim, uma visão dos riscos em toda organização ou de portfólio,
determinando se os riscos residuais gerais são compatíveis com o apetite a
riscos da organização.

RISCO INERENTE

O risco inerente é a suscetibilidade de uma asserção ou classe de transações conter


uma distorção que possa ser materialmente relevante, considerada individualmente ou
quando agregada com distorções em outras asserções, assumindo que não existem os
respetivos controlos internos.

A elaboração do plano anual de auditoria exige a realização da avaliação do risco


inerente. Ao fazer essa avaliação, o auditor usa o juízo profissional para avaliar diversos
fatores:

 A experiência e conhecimento dos recursos humanos afetos à contabilidade;

 As circunstâncias que possam influenciar negativamente a atividade regular dos


serviços de contabilidade;

 A probabilidade de distorção das demonstrações financeiras; A natureza da


atividade das entidades beneficiárias dos apoios, a sua dispersão geográfica e a
idoneidade da respetiva gestão;

 As alterações que possam afetar a área de atividade do Instituto;

 A complexidade das transações e de outros acontecimentos que requeiram o


trabalho de um perito;

 As transações complexas, efetuadas particularmente no final do ano económico;

 As transações não sujeitas a processamento normal;

 Os ativos sujeitos a perdas ou apropriações indevidas.


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RISCO DE CONTROLO

O risco de controlo é a suscetibilidade do sistema de controlo interno da organização


não prevenir, detetar ou corrigir atempadamente qualquer distorção materialmente
relevante que possa vir a ocorrer em qualquer tipo de asserção ou classe de
transações.

Esta avaliação consiste no processo de avaliar a eficácia do sistema de controlo


interno da organização em prevenir, detetar e corrigir distorções materialmente
relevantes. O objetivo dos procedimentos executados para obter uma compreensão do
controlo interno é proporcionar ao auditor o conhecimento necessário para a elaboração
do plano anual de auditoria.

O auditor pode concluir que os procedimentos levados a efeito para obter a


compreensão do sistema de controlo interno constituem prova de auditoria. Essa prova
de auditoria, desde que suficiente, pode ser usada para suportar uma avaliação do risco
de controlo. A gestão reage muitas vezes a situações de risco inerente, concebendo
um sistema de controlo interno para prevenir, detetar e corrigir distorções. Assim, em
muitos casos, o risco inerente e o risco de controlo estão profundamente inter-
relacionados. Nestas situações, o auditor não deve avaliar separadamente o risco
inerente e o risco de controlo, sendo mais apropriado fazer uma avaliação combinada.

RISCO DE DETEÇÃO

O risco de deteção é a suscetibilidade de os procedimentos substantivos executados


pelo auditor não virem a detetar uma distorção que exista numa asserção ou classe de
transações que possa ser materialmente relevante. Neste sentido, o nível do risco de
deteção relacionase diretamente com os procedimentos substantivos executados pelo
auditor.

O risco de deteção pode aumentar na sequência do auditor selecionar procedimentos


inapropriados, executá-los de forma errada ou interpretar incorretamente as conclusões
de auditoria. Este risco pode ser reduzido a um nível negligenciável através de um
planeamento e supervisão adequados e de uma conduta que respeite as normas de
controlo de qualidade. O risco inerente e o risco de controlo diferem do risco de
deteção pelo facto de aqueles existirem independentemente da auditoria das
demonstrações financeiras ou de outras asserções, enquanto o risco de deteção está
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relacionado com os procedimentos do auditor e pode ser alterado ao seu arbítrio,


conforme o seu juízo profissional. Por exemplo, quando o risco inerente e o risco de
controlo forem altos, o risco de deteção aceitável tem de ser baixo para reduzir o
risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo. Por outro lado, quando o risco
inerente e o risco de controlo forem baixos, o auditor pode aceitar um risco de
deteção mais alto e ainda reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente
baixo. Estes componentes do risco de auditoria podem ser avaliados em termos
quantitativos, tais como, em percentagens ou em intervalos de termos não quantitativos,
por exemplo, de um mínimo a um máximo.

FASES DO PROCESSO DA AUDITORIA

O auditor utiliza um conjunto de papéis e sistemas de armazenamento que têm como


objetivo auxiliar o planeamento do trabalho, possibilitar uma melhor análise e
coordenação do mesmo e ainda servir de prova de auditoria.

FASE DO PLANEAMENTO

A fase do Planeamento envolve um conjunto de etapas. Antecedente à considerada


como primeira fase do processo de auditoria, verifica-se uma etapa relacionada com a
aceitação de um cliente.

A fase do Planeamento, geralmente considerada a primeira fase de um trabalho de


auditoria e de elevada importância, compreende o desenvolvimento de uma estratégia
global dos trabalhos a serem executados na entidade auditada, de tal forma a que
esses trabalhos sejam executados com eficácia e eficiência.

Um bom planeamento de um trabalho de auditoria permite segurar que cada área


será adequadamente analisada e que os riscos potenciais serão identificados e
dissolvidos.

Segundo Costa (2017, p. 227) “um planeamento adequado ajuda a assegurar que é
dada uma atenção apropriada a áreas importantes da auditoria, que problemas
potenciais são identificados e resolvidos tempestivamente e que o trabalho de auditoria
é devidamente organizado e gerido a fim de ser realizado de uma forma eficaz e
eficiente”.

Um planeamento adequado permite ao auditor:


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 Dedicar atenção apropriada às áreas relevantes da auditoria;

 Identificar e resolver os potenciais problemas em tempo oportuno;

 Organizar e gerir devidamente o trabalho de auditoria, para que seja executado


de forma eficaz e eficiente;

 Selecionar membros da equipa de trabalho com capacidade e competência


apropriadas para responder aos riscos antecipados e afetar adequadamente o
trabalho aos mesmos;

 Obter uma facilitada orientação e supervisão dos membros da equipa de


trabalho e da revisão do seu trabalho;

 Apoiar a coordenação dos trabalhos por auditores de componentes e por peritos.

FASE DE EXAME OU EXECUÇÃO

Na fase de Exame (ou Execução), o auditor deve obter provas de auditoria, com o
objetivo de lhe ser possível formular uma opinião sobre as demonstrações financeiras
da empresa.

A execução inicia-se e conclui-se através de uma reunião com o órgão de gestão,


dirigente máximo do serviço ou seu representante, na qual deverá estar sempre
presente o coordenador da equipa de auditoria e, preferencialmente, o Chefe de Equipa
Multidisciplinar.

FASE DA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO

na fase da Elaboração do Relatório, após o auditor tirar conclusões sobre se foi obtida
uma garantia razoável sobre se as demonstrações financeiras refletem a posição
financeira da empresa de forma verdadeira e apropriada e ter efetuado a comunicação
ao órgão de gestão sobre todas as situações relevantes detetadas no trabalho de
auditoria, deve ser obtida a carta de representação elaborada pelo órgão de gestão.
Esta declaração, contendo várias afirmações do órgão de gestão, constitui uma prova
de auditoria.

Por fim, é então emitido o Relatório do auditor, denominado de Certificação Legal


das Contas (quando advém de imposição legal) onde é expressa a opinião
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independente do auditor sobre se as demonstrações financeiras apresentam uma imagem


verdadeira e apropriada.
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CONCLUSÃO

Chegado ao final conclui que Um planeamento adequado ajuda a assegurar que o


trabalho de auditoria venha a ser realizado de forma eficaz e eficiente,um bom
planeamento proporciona que os riscos potenciais sejam identificados e dissolvidos.
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BIBLIOGRAFIA

Barros, C. (2006). Dependência entre risco inerente e risco de controlo. Revista


Revisores e Auditores.

Bernardo, I. (2010/2011). Fases do processo de investigação. Obtido de SlideShare:


https://pt.slideshare.net/isamab/fases-processo-investigacao-6732539 - Consultado em
17/11/2019

Costa, A., 2007, “Importância Crescente dos Procedimentos Analíticos em Auditoria”,


Revisores/Auditores, nº 38: 36-44

GOMES, José Luís Corrêa. Normas brasileiras de contabilidade: auditoria interna: NBC
TI 01 e NBC PI 01. Conselho Federal de Contabilidade: Publicação eletrônica, 2012.

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