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As funções do auditor, hoje, vão muito além do tradicional conceito de fiscalização. Além de
averiguar e detectar eventuais falhas nos sistemas de controlo e no plano de organização, o
auditor se preocupa também com a manutenção desses sistemas, de forma que as não
conformidades sejam minimizadas, actuando de maneira preventiva e apresentando sugestões
para eventuais desvios (aplicação do conceito de Qualidade Total).
O auditor não é responsável e também não pode ser responsabilizado pela prevenção de
fraudes ou erros. Entretanto, deve planejar seu trabalho avaliando o risco de sua ocorrência,
de forma a ter grande probabilidade de detectar aqueles que impliquem efeitos relevantes nas
demonstrações contábeis.
Embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das normas de auditoria, o
auditor está preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas demonstrações
contábeis. Dois tipos de distorções intencionais são pertinentes para o auditor – distorções
decorrentes de informações contábeis fraudulentas e da apropriação indébita de activos.
Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele
não estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude.
O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de auditoria é responsável por obter
segurança razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não contém distorções
relevantes, causadas por fraude ou erro.
O risco de não ser detectada uma distorção relevante decorrente de fraude é mais alto do que o
risco de não ser detectada uma fraude decorrente de erro. Isso porque a fraude pode envolver
esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados, destinados a ocultá-la, tais como
falsificação, omissão deliberada no registro de operações ou prestação intencional de falsas
representações ao auditor. Tais tentativas de ocultação podem ser ainda mais difíceis de
detectar quando associadas a um conluio. O conluio pode levar o auditor a acreditar que a
evidência é persuasiva, quando, na verdade, ela é falsa.
Além disso, o risco do auditor não detectar uma distorção relevante decorrente de fraude da
administração é maior do que no caso de fraude cometida por empregados, porque a
administração frequentemente tem condições de manipular, directa ou indirectamente, os
registros contábeis, apresentar informações contábeis fraudulentas ou burlar procedimentos de
controlo destinados a prevenir fraudes semelhantes, cometidas por outros empregados.
A ética geral se constitui de normas pelas quais o indivíduo estabelece uma conduta pessoal
aceita. Normalmente, isso leva em conta as exigências impostas pela sociedade, pelos deveres
morais e pelas consequências dos actos da pessoa.
A ética profissional dos auditores nada mais é que uma divisão especial da ética geral e nela o
profissional recebe normas específicas de conduta em questões que reflectem
responsabilidades para com a sociedade, com a organização a que pertence e com outros
membros de sua profissão, assim como para com a própria pessoa.
O que um auditor faz, individualmente, sendo ou não uma atitude típica dos auditores em
geral, às vezes é a única coisa que chama a atenção da organização, do público ou mesmo de
comunidades inteiras. Assim a profissão de auditor, como um todo, pode ser julgada pelas
atitudes de um único profissional.
Fica, ainda, obrigado a guardar total confidencialidade das informações obtidas, não devendo
revelá-las a terceiros, sem autorização específica. Assim sendo, a profissão de auditoria exige
a obediência aos princípios éticos profissionais e qualificações pessoais que
fundamentalmente se apoiam em:
Integridade;
Idoneidade;
Respeitabilidade;
Carácter ilibado;
Padrão moral elevado;
Vida privada irrepreensível;
Justiça e imparcialidade;
Bom-senso no procedimento de revisão e sugestão;
Autoconfiança;
Capacidade prática;
Meticulosidade e correcção;
Perspicácia nos exames;
Pertinácia nas acções;
Pesquisa permanente;
Finura de trato e humanidade.
É visível que de todas as profissões, o auditor é aquele que está mais sujeito a participar de
esquemas espúrios já que sua actividade esta intimamente ligada a apuração do registro de
cifras, apuração de resultados que geram montantes, entre outros, manter-se a margem com
equilíbrio é consequência da postura ética adoptada pelo profissional.
Amostragem
A amostra pode ser definida da seguinte maneira: avaliação e análise dos controles
internos e sistemas contabilísticos e verificação da relevância (materialidade) das operações
(factos contabilísticos/financeiros) – Valor. Na realização do cálculo da amostra tem que dar
importância a relevância das operações realizadas.
Classificação
A amostra seleccionada pelo auditor deve ter relação directa com o volume de
transacções realizadas pela entidade na área ou na transacção objecto de exame, como
também com os efeitos nas posições patrimonial e financeira da entidade e o resultado por
ela obtido no período.
No entanto, o auditor deve levar em consideração os factores:
f. Erro tolerável, é o erro máximo na população aceitável pelo auditor e, ainda sim;
Quanto menor o erro tolerável, maior deve ser o tamanho da amostra; e
NB. Se achar que a população contenha erro ou maior risco, deve examinar amostra maior,
para concluir o erro real da população não excede o erro tolerável e deve ser o tamanho da
amostra;
TIPOS DE AMOSTRAGENS
• amostragem sistemática;
• amostragem numérica.
Amostragem em blocos
É mais utilizado quando se têm universos de pequena dimensão por ser relativamente
fácil verificar se o “bloco” seleccionado é representativo do universo.
Amostragem em blocos
Cada parte da população (bloco), deve ser sequencial e, tanto quanto possível, ser
representativa do universo. Se pretender testar 200 facturas poder-se-á seleccionar 4 blocos de
50 facturas cada, devendo cada bloco ser um conjunto sequencial de 50 facturas e
representativas do universo. Assim os blocos poderiam ser, por exemplo, os seguintes:
1.o 25 a 74
Outra hipótese, será a de considerar como bloco um período de tempo (uma semana, um mês,
etc.,) e testar todas as facturas emitidas nesse período.
Amostragem não estatística
Nesta, escolhe-se de entre uma população determinada uma amostra objectiva, isto é,
seleccionam-se alguns itens de todos os períodos ou processamentos (por exemplo contas,
fichas, dossiers de cada um dos meses de Janeiro a Dezembro).
iv. Seleccionar o item de começo, a partir, por exemplo, de uma tabela de números aleatórios
(sendo este número obrigatoriamente ≤ que o do intervalo);