Você está na página 1de 81

WWW.GRUPOGEN.COM.

BR

Silvio Aparecido Crepaldi


Guilherme Simões Crepaldi

AUDITORIA CONTÁBIL
Teoria e prática
AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

CAPÍTULO 6

Normas de Auditoria

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Origens
As normas de auditoria orientam os auditores na realização de seus exames e na preparação
de relatórios.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Determinam a estrutura dentro da qual o auditor decide sobre o que é necessário à elaboração de
um exame de demonstrações financeiras e à redação do relatório.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Normas brasileiras de auditoria


As Normas Brasileiras de Auditoria são as As Normas Brasileiras de Contabilidade compreendem:
normas e as regras ditadas pelos órgãos
1) Código de Ética Profissional do Contador
reguladores da profissão contábil do Brasil e têm
(Res. no 1.560/2019, NBC PG 01)
por objetivo a regulação da profissão e
2) Normas de Contabilidade
atividades, bem como estabelecer diretrizes a
serem seguidas pelos profissionais no 3) Normas de Auditoria Independente e Asseguração
desenvolver de seus trabalhos. 4) Normas de Auditoria Interna

5) Normas de Perícia

Essas normas são classificadas em Normas Técnicas e


Normas Profissionais.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

NORMAS são para controlar a qualidade do exame e do relatório.

PROCEDIMENTOS descrevem as tarefas realmente cumpridas pelo auditor, na realização do exame.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

▪ A norma Noclar – Responding to Non-Compliance with Laws and Regulations, editada


pelo International Ethics Standards Board for Accountants (Iesba), objetiva melhorar as relações
entre a administração pública e o setor privado, atendendo assim ao interesse público.

▪ A norma orienta contadores e auditores a comunicar às autoridades competentes quando


descobrirem, no exercício de suas funções, desvios de leis e regulamentos, como práticas de
corrupção, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Conceito de normas
Regras estabelecidas pelos órgãos regulares da profissão contábil com o objetivo de regulamentar o
exercício da função de auditor, estabelecendo orientação de diretrizes a serem seguidas por esses
profissionais no exercício de suas funções.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Normas gerais (pessoa)


Referem-se, primordialmente, a caráter, atitudes e treinamento de auditores e são também conhecidas
como normas pessoais. Dizem respeito:

▪ ao treinamento técnico e competência do auditor;

▪ à experiência;

▪ ao zelo profissional;

▪ à atitude de independência mental.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Normas de execução dos trabalhos


Os auditores têm que examinar evidências suficientes, tiradas dos registros contábeis e financeiros
do cliente, e os dados que as fundamentam, para justificarem a emissão da opinião.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Normas de opinião
É de extrema importância que se faça o relatório de modo profissional e que sirva de orientação
global para a preparação do relatório.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Importância das normas de auditoria


As Normas de Auditoria, juntamente com os Procedimentos para sua implementação, estabelecem
a ordem e a disciplina na realização do trabalho.

A observância dessas normas leva à realização de auditorias completas e objetivas, com resultados e
recomendações palpáveis, fundamentos possíveis de serem justificados.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Fraude
A fraude é considerada o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos
responsáveis pela governança, empregados ou terceiros que envolva dolo para obtenção de
vantagem injusta ou ilegal.

NBC TA 240 – Responsabilidade do Auditor em


Relação a Fraude no Contexto da Auditoria de
Demonstrações Contábeis

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Risco de auditoria
É o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações
contábeis contiverem distorção relevante.

O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Na Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade
e do seu Ambiente, os procedimentos de avaliação de riscos incluem:

▪ indagações à administração e a outros na entidade que, no julgamento do auditor, possam ter


informações com probabilidade de auxiliar na identificação de riscos de distorção relevante devido a
fraude ou erro;

▪ procedimentos analíticos;

▪ observação e inspeção.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Fraude e erro
FRAUDE

Ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e


demonstrações contábeis.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Fraude e erro
A fraude pode ser caracterizada por:

▪ Manipulação, falsificação ou alteração de registros ou documentos, de modo a modificar os registros


de ativos, passivos e resultados.

▪ Apropriação indébita de ativos.

▪ Supressão ou omissão de transações nos registros contábeis.

▪ Registro de transações sem comprovação.

▪ E aplicação de práticas contábeis indevidas.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Fraude e erro
ERRO

▪ Ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração


de registros e demonstrações contábeis.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Tipos de erros:

▪ erros aritméticos na escrituração contábil ou nas demonstrações contábeis;

▪ aplicação incorreta das normas contábeis;

▪ interpretação errada das variações patrimoniais.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Objetivos do auditor:

▪ identificar e avaliar os riscos de distorção relevantes


nas demonstrações contábeis decorrentes de NBC TA 240

fraudes; Responsabilidade do
Auditor em Relação à
▪ obter evidências de auditoria suficientes e
apropriadas sobre os riscos identificados de distorção Fraude no Contexto da

relevante decorrente de fraude, por meio da definição; Auditoria de


Demonstrações Contábeis
▪ implantação de respostas apropriadas;

▪ responder adequadamente face à fraude ou à


suspeita de fraudes identificada durante a auditoria.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Comunicação de fraude aos responsáveis


AOS RESPONSÁVEIS PELA GOVERNANÇA
À ADMINISTRAÇÃO Caso haja a participação da administração e/ou
Em caso de detecção de funcionários-chave da organização
de fraudes, mesmo que irrelevantes. nas fraudes.
Em caso de fraudes relevantes.

AOS ÓRGÃOS REGULADORES


E DE CONTROLE

Nos casos de exigências legais.


Exemplo: Fraudes em instituições financeiras,
comunica-se ao BACEN.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Responsabilidade do auditor × dos dirigentes da empresa


A Empresa, por meio de seus dirigentes, é responsável:

▪ pelo estabelecimento de diretrizes contábeis adequadas,

▪ pela proteção de ativos,

▪ pelo planejamento e manutenção de um sistema de controle interno que possa assegurar a


apresentação adequada das demonstrações financeiras.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Ameaças à independência
A responsabilidade do auditor limita-se à emissão da opinião sobre as demonstrações executadas.

NBC TA 200

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Contexto da NBC TA 200


Nível de segurança e limitação inerente de uma auditoria:

O auditor não é obrigado e não pode reduzir o risco de auditoria a zero e, portanto, não pode obter
segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante devido a
fraude ou erro. Isso porque uma auditoria tem limitações inerentes e, como resultado, a maior parte das
evidências de auditoria de que o auditor extrai suas conclusões e na qual baseia a sua opinião são
persuasivas em vez de conclusivas.

As limitações inerentes de uma auditoria originam-se de:

▪ a natureza das informações financeiras;

▪ a natureza dos procedimentos de auditoria; e

▪ a necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de tempo e a um custo


razoáveis.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

NBC TA 540
Em relação às estimativas contábeis realizadas pela empresa auditada, o auditor independente deve
revisar os julgamentos e decisões feitos pela Administração na elaboração destas estimativas
contábeis, para identificar se há indicadores de possível tendenciosidade da administração.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Normas gerais ou relativas à pessoa do auditor – NBC P1


COMPETÊNCIA TÉCNICO-PROFISSIONAL

Deve manter seu nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado das NBCs, das
técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos
conceitos e técnicas administrativas e da legislação específica aplicável à entidade auditada.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Competência técnico-profissional
O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar adequadamente capacitado para
desenvolvê-los, contemplada a utilização de especialistas noutras áreas, face à especialização
requerida e aos objetivos do contratante.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Independência
É a capacidade que a entidade de auditoria tem de julgar e atuar com integridade e objetividade,
permitindo a emissão de opiniões imparciais em relação à entidade auditada, aos acionistas, aos
sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as demais partes que possam estar relacionadas com
o seu trabalho.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Ameaças à independência
As ameaças à independência do auditor em trabalhos de auditoria independente são:

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Ameaça de interesse É a ameaça de que interesse financeiro ou outro interesse influenciará de forma não
próprio apropriada o julgamento ou o comportamento do auditor.

É a ameaça de que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de


Ameaça de
julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por ele nos quais o auditor
autorrevisão
confiará para formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual.

Ameaça de defesa de É a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a
interesse do cliente ponto de que a sua objetividade fique comprometida.

É a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou próximo com o cliente, o


Ameaça de
auditor torna-se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu trabalho sem muito
familiaridade
questionamento.

É a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir objetivamente em decorrência


Ameaça de intimidação de pressões reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer influência indevida
sobre o auditor.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Quando são identificadas ameaças, exceto aquelas, claramente, insignificantes, devem ser definidas e
aplicadas salvaguardas adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável.
Essa decisão deve ser documentada.

A natureza das salvaguardas a aplicar varia conforme as circunstâncias.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Sigilo
Não revelar, em nenhuma hipótese, as informações que obteve e tem conhecimento em função de seu
trabalho na entidade auditada.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Dever do sigilo
Deve ser observado na relação do auditor independente:

▪ e a entidade auditada;

▪ entre os auditores independentes;

▪ e os organismos reguladores e fiscalizadores;

▪ e demais terceiros.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Utilização de trabalho de especialistas


Ao utilizar-se de trabalhos executados por outros especialistas legalmente habilitados, o auditor deve
obter evidência suficiente de que tais trabalhos são adequados para fins de sua auditoria.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Referência ao especialista na opinião do auditor


A responsabilidade do auditor fica restrita à sua competência profissional. Em se tratando de uma
opinião sem ressalva, o auditor independente não pode fazer referência do trabalho de especialista na
sua opinião.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Referência ao especialista na opinião do auditor


Em situações onde especialista legalmente habilitado for contratado pela entidade auditada, sem
vínculo empregatício, para executar serviços que tenham efeitos relevantes nas demonstrações
contábeis, este fato deve ser divulgado nas demonstrações contábeis e o auditor, ao emitir a opinião
de forma diferente da opinião sem ressalvas, pode fazer referência ao trabalho do especialista.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Guarda de documentação
O auditor deve conservar em boa guarda, pelo prazo de cinco anos a partir da data de emissão de sua
opinião, toda a documentação, correspondência, papéis de trabalho, relatórios e opiniões relacionados
com os serviços realizados.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Normas relativas à execução do trabalho


Consiste na obtenção de evidências apropriadas e suficientes para respaldar as conclusões da
auditoria. As principais atividades realizadas durante a execução do trabalho são:

▪ desenvolvimento dos trabalhos de campo – consiste na coleta de dados e informações, as quais


devem ser precisas, completas e comparáveis;

▪ análise dos dados coletados, representados por entrevistas, questionário e observação direta.

▪ elaboração da conclusão.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Planejamento e supervisão
O auditor deve planejar seu trabalho consoante as Normas Profissionais de auditor independente, as
Normas Brasileiras de Contabilidade e de acordo com os prazos e demais compromissos
contratualmente assumidos com a entidade.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Relevância

Distorção é a diferença entre o


Os exames de auditoria devem valor, classificação, apresentação
ser planejados e executados na ou divulgação de um item
expectativa de que os eventos informado nas demonstrações
relevantes relacionados com contábeis e o valor requerido
as demonstrações contábeis para que o item esteja de acordo
sejam identificados. com a estrutura de relatório
financeiro aplicável.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Distorção
Pode ser decorrente de erro ou de fraude e pode ser oriunda de:

▪ imprecisão na coleta ou no processamento de dados usados na elaboração das demonstrações


contábeis;

▪ omissão de valor ou divulgação;

▪ estimativa contábil incorreta decorrente da falta de atenção aos fatos ou de interpretação errada dos
fatos;

▪ julgamento da administração sobre estimativas contábeis que o auditor não considera razoável, ou a
seleção e aplicação de políticas contábeis que o auditor considera inadequadas.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Risco de auditoria
Risco Inerente
Risco de
Distorção
Relevante
Risco de auditoria Risco de Controle

Risco de
O auditor expressar uma Detecção O modelo de risco de
opinião de auditoria
inadequada quando as auditoria orienta os
demonstrações contábeis auditores na coleta de
contiverem distorção evidências, para que
relevante. possam emitir uma
opinião, com razoável
segurança.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Análise dos riscos


A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos, considerando a
relevância de:

EM NÍVEL GERAL
considerando as demonstrações contábeis, bem como as atividades, qualidade de
administração, avaliação do sistema contábil e de controles internos e a situação
econômica e financeira;

NÍVEIS ESPECÍFICOS
relativos ao saldo das contas ou naturezas e volume de transações.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Tipos de riscos da auditoria


DETECÇÃO
é o risco de não se identificar erros ou irregularidades relevantes, por ser o
exame efetuado em base de testes.

CONTROLE
é o risco de que os sistemas contábeis e de controle interno deixem de
detectar uma distorção de saldo que poderia ser relevante.

INERENTE
é o risco de que o saldo de uma conta ou classe de transações tem uma
distorção que poderia ser relevante, presumindo que não houvesse NBC TA 200
controles internos correlatos.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Relação entre os diferentes tipos de riscos


Há relação inversa entre o risco de detecção e o risco de distorção relevante. Quanto maior o risco de
detecção, menor o risco de distorção relevante a ser aceito pelo auditor (e vice-versa).

Risco de Risco de Risco de


Risco inerente
auditoria controle detecção

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Relação entre os diferentes tipos de riscos


Há uma relação inversa entre o risco de detecção e o risco de distorção relevante. Quanto maior o risco
de detecção, menor o risco de distorção relevante a ser aceito pelo auditor (e vice-versa).

Risco de Risco de Risco de


Risco inerente
auditoria controle detecção

Quando o auditor se depara com alto risco de


distorção relevante, deve garantir que o risco de
detecção será baixo.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Relação entre os diferentes tipos de riscos


Há uma relação inversa entre o risco de detecção e o risco de distorção relevante. Quanto maior o risco
de detecção, menor o risco de distorção relevante a ser aceito pelo auditor (e vice-versa).

Risco de Risco de Risco de


Risco inerente
auditoria controle detecção

Quando o auditor se depara com alto risco de


distorção relevante, deve garantir que o risco de
detecção será baixo.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Nível dos riscos de distorção relevante


Os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis, no nível geral da demonstração contábil e
no nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações.

Nível geral da demonstração contábil Nível da afirmação

Riscos relacionados ao nível de classes de


Riscos que se relacionam de forma
transações, saldos contábeis e divulgações
disseminada às demonstrações contábeis
e são avaliados para que se determine a
como um todo e que afetam potencialmente
natureza, a época e a extensão
muitas afirmações.
dos procedimentos.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Gerenciamento de riscos
Gerenciamento de riscos dentro da empresa é uma atividade fundamental que servirá de apoio
para diversas outras atividades, como planejamento estratégico, auditoria interna etc.

O auditor interno deve avaliar e monitorar os riscos dos processos auditados, verificando as
consequências quando os objetivos não são atingidos e se os controles associados mitigam os
riscos existentes.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Risco de negócio
Resulta de condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de ações significativas que possam afetar
adversamente a capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias, ou do
estabelecimento de objetivos ou estratégias inadequadas.

NBC TA 315 – Identificação e avaliação dos


riscos de distorção relevante por meio do
entendimento da entidade e de seu ambiente

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Avaliação do sistema contábil e de controle interno


O auditor deve efetuar o estudo e avaliação do sistema contábil e dos controles internos da
entidade, com base para determinar a natureza, oportunidade e extensão da aplicação dos
procedimentos de auditoria, considerando:

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Avaliação do sistema contábil e de controle interno

Os sistemas de
O tamanho e a
informação contábil,
complexidade das As áreas de risco de
para efeitos tanto
atividades da auditoria
internos quanto
entidade
externos

A natureza da
O grau de
documentação, em O grau de
descentralização de
face dos sistemas envolvimento da
decisão adotado
de informatização auditoria interna, se
pela administração
adotados pela existente
da entidade
entidade

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Normas relativas à opinião


O que é? Características do relatório do auditor

O relatório de auditoria é o ▪ O auditor assume responsabilidade técnico-profissional, por meio do


produto final da auditoria relatório de auditoria.
que deve conter a ▪ É endereçado às pessoas para quem o relatório de auditoria é
expressão da opinião do elaborado, frequentemente para os acionistas ou para os responsáveis
auditor, sobre se as pela governança da entidade.
demonstrações contábeis
(que inclui as respectivas ▪ Deve identificar as demonstrações contábeis sobre as quais o auditor
notas explicativas) são está expressando sua opinião (nome da entidade e datas).
elaboradas, de acordo com ▪ Deve ser assinado pelo contador responsável pelos trabalhos e conter
a estrutura de relatório seu CRC.
financeiro aplicável. ▪ O relatório não pode ter data anterior à data em que o auditor
independente obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente
NBC TA 700 para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Modelo de relatório – NBC TA 700


▪ Título

▪ Destinatário

▪ Parágrafo introdutório

▪ Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeis

Composição do ▪ Responsabilidade do auditor


relatório de
auditoria ▪ Opinião do auditor

▪ Outras responsabilidades relativas à emissão do relatório de auditoria

▪ Assinatura do auditor

▪ Data do relatório do auditor independente

▪ Endereço do auditor independente


Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.
AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Tipos de opinião de auditoria

A opinião classifica-se, segundo a natureza da opinião


do auditor independente, em...

Sem ressalva Com ressalva Adverso Com abstenção de


opinião

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Tipos de opinião modificada

Opinião com ressalva

Opinião modificada compreende... Opinião adversa

Abstenção de opinião

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Opinião com ressalva

Tendo obtido As distorções, individualmente ou


evidência de em conjunto, são relevantes, mas
auditoria apropriada não generalizadas nas
e suficiente demonstrações contábeis

Opinião com
ressalva

Os possíveis efeitos de distorções


Não consegue obter não detectadas, se houver sobre as
evidência apropriada demonstrações contábeis
e suficiente poderiam ser relevantes, mas não
generalizadas

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Parágrafos de ênfase e outros assuntos

Referente a um assunto apropriadamente apresentado ou


divulgado nas demonstrações contábeis que, de acordo
Parágrafo de ênfase com o julgamento do auditor, é de tal importância, que é
fundamental para o entendimento pelos usuários das
demonstrações contábeis

Se refere a um assunto não apresentado ou não divulgado


nas demonstrações contábeis e que, de acordo com o
Parágrafo de outros
julgamento do auditor, é relevante para os usuários
assuntos
entenderem a auditoria, a responsabilidade do auditor ou o
relatório de auditoria

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Opinião sem ressalva

A opinião sem ressalva indica que o auditor está convencido de que:

▪ As demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com a estrutura do


relatório financeiro aplicável.

▪ Há apropriada divulgação de todos os assuntos relevantes às demonstrações


contábeis.

▪ Tendo havido alterações em procedimentos contábeis, os seus efeitos foram


adequadamente determinados e revelados nas demonstrações contábeis.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Relatório com opinião de auditoria

Circunstâncias que modificam a opinião do auditor:

▪ Discordância com a administração da entidade a respeito do


conteúdo e/ou forma da apresentação das demonstrações
contábeis.
Com Ressalva
ou Adverso
▪ Normas contábeis, próprias ao segmento econômico (entidades
com regulação específica), que forem significativamente
conflitantes com as práticas contábeis brasileiras.

Com Ressalva ou
▪ Limitação na extensão do seu trabalho.
Abstenção de Opinião

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Relatório com opinião de auditoria


Natureza do assunto que Quais são os efeitos ou possíveis efeitos sobre as
gerou a modificação demonstrações contábeis
O que gerou a modificação Relevante, mas não Relevante e
de opinião? generalizado. generalizado.
As demonstrações contábeis
apresentam distorções Opinião com ressalva. Opinião adversa.
relevantes.
Impossibilidade de obter
evidência de auditoria Opinião com ressalva. Abstenção de opinião.
apropriada e suficiente.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Abstenção de opinião

Limitações impostas pela


Limitação de administração da entidade.
A abstenção de opinião ocorre quando extensão
o auditor deixa de emitir opinião sobre Limitações circunstanciais.
as demonstrações contábeis, por não
ter obtido comprovação suficiente para
fundamentá-la. Fatos incertos que podem afetar
Incertezas as demonstrações e que impeçam
a formação de opinião do auditor.

A abstenção de opinião em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto não elimina a


responsabilidade do auditor de mencionar, no relatório, qualquer desvio relevante que possa influenciar
a decisão do usuário dessas informações.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Quando se deparar com incertezas, o auditor pode...

Quando ocorrer incerteza em relação a fato relevante, mas esteja


Adicionar o parágrafo de
devidamente divulgada nas demonstrações contábeis (opinião
ênfase
continua sem ressalva).

Emitir uma opinião com Se o auditor concluir que a matéria envolvendo incerteza relevante
ressalva ou adversa não está adequadamente divulgada nas demonstrações contábeis.

Emitir uma opinião com


ressalva ou abstenção de Quando as incertezas impedem a formação de opinião do auditor.
opinião

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Eventos subsequentes
Eventos ocorridos entre a data do balanço e a data do relatório de auditoria, bem como a fatos que
chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório que possam
demandar ajustes das demonstrações contábeis.

O auditor deve considerar em sua opinião os efeitos decorrentes de transações e eventos


subsequentes relevantes ao exame das demonstrações contábeis, como:

▪ Perda em contas a receber decorrente da falência do devedor

▪ Pagamento ou sentença judicial

▪ Destruição de estoques ou estabelecimentos em decorrência de sinistro

Paragrafo de Opinião com


Opinião Adversa
Ênfase Ressalva

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Situações de eventos subsequentes


Ocorridos e Conhecidos depois
conhecidos entre a do término do
data do término do trabalho de campo e
exercício social e a a data de emissão
data de emissão do do relatório e antes
relatório (período da divulgação das
subsequente). DCs.

1 2 3

Término do Conhecidos após a


Exercício divulgação das
Social demonstrações
contábeis

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Ocorridos entre a emissão do relatório e a


divulgação das demonstrações contábeis
O auditor não é responsável pela execução de procedimentos ou indagações sobre as
demonstrações contábeis após a data de sua opinião, sendo a administração responsável por
informar ao auditor fatos que possam afetar as demonstrações contábeis.

Quando a administração alterar as demonstrações, o auditor deve executar os procedimentos


necessários nas circunstâncias e fornecer novo relatório sobre as demonstrações ajustadas.

Quando a administração não alterar as demonstrações e o relatório não tiver sido liberado
para a entidade, o auditor deve revisá-lo e, se for o caso, expressar uma opinião com ressalva
ou adversa.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Conhecidos após a divulgação das demonstrações contábeis


O auditor não tem responsabilidade de fazer qualquer
indagação sobre essas demonstrações.

Quando o auditor tomar conhecimento de fato anterior à data do seu relatório e que, se fosse
conhecido naquela data, poderia tê-lo levado a emitir opinião diversa do que foi, deve decidir se as
demonstrações precisam de revisão, discutir o assunto com a administração e tomar as medidas
apropriadas às circunstâncias.

Administração toma as Administração não toma


medidas necessárias as medidas necessárias

Executa procedimentos adicionais e emite Informar a administração que poderá tomar


novo relatório com paragrafo de ênfase. medidas para impedir que seu relatório seja
Pode julgar desnecessária a alteração das utilizado por terceiros, resguardando, assim,
demonstrações e emissão de novo relatório. seus direitos e obrigações legais.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Comparativo entre as três situações

Entre o término do Entre a emissão do Após a divulgação das


exercício e a relatório e a divulgação demonstrações
emissão do relatório das demonstrações contábeis
O auditor tem responsabilidade
em indagar por eventos SIM NÃO NÃO
subsequentes?
Emite novo relatório com
O que acontece quando a Emite novo relatório (data
Emite opinião sem parágrafo de ênfase (data
administração faz as alterações posterior à data das
ressalvas posterior à data das
necessárias? modificações)
modificações)
O que acontece quando a Medidas para impedir que
Opinião com Opinião com ressalvas ou
administração não faz as o relatório seja utilizado por
ressalvas ou adversa adversa
alterações necessárias? terceiros

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Continuidade operacional e estimativas contábeis


De acordo com o pressuposto de continuidade operacional, a entidade é vista como continuando em
operação em futuro previsível.

Obter evidência de auditoria suficiente sobre a adequação do uso


do pressuposto de contribuidade operacional na elaboração e
Segundo a NBC TA 530, o apresentação das demonstrações contábeis.
auditor deve revisar a
avaliação da
administração sobre a
capacidade operacional. Expressar uma conclusão sobre se existe incerteza significativa
sobre a capacidade de continuidade operacional.

Não cabe ao auditor garantir a continuidade operacional da entidade, pois ele não pode prever eventos ou
condições futuras que venham a causar uma descontinuidade.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Continuidade operacional e estimativas contábeis


Na execução de procedimentos de avaliação de risco, o auditor deve verificar se há eventos ou condições
(= indicadores) que possam levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da entidade.
FINANCEIRAS OPERACIONAIS OUTRAS INDICAÇÕES

Passivo a descoberto. Perda de pessoal chave da Descumprimento de exigências de


Capital Circulante Líquido administração, sem que haja capital mínimo ou de outras exigências
Negativo. substituição. legais ou regulamentadas, inclusive as
Intenções da administração de estatutárias.
Principais índices financeiros
adversos. liquidar a entidade ou interromper Contingências ou processos legais e
as operações. administrativos pendentes contra a
Empréstimos com prazo fixo
Dificuldade na manutenção de mão entidade, que resultem em obrigações
sem previsões realistas de
de obra. que não possam ser cumpridas.
renovação ou liquidação.
Falta de suprimentos importantes. Alterações na legislação ou na política
Utilização excessiva de
governamental que afetem a entidade
empréstimos de custo prazo Perda de mercado importante,
de forma adversa.
para financiar ativos de longo clientes importantes ou principais
prazo etc. fornecedores.
Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.
AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Continuidade operacional e estimativas contábeis


A estimativa contábil é uma previsão quanto ao valor de um item contábil que envolve julgamento baseado
nas melhores evidências disponíveis (normalmente, é feita a comparação com o comportamento dos itens no
período anterior ao das demonstrações contábeis).
▪ Estimativa de Perda (créditos de liquidação duvidosa)
▪ Estoques obsoletos
▪ Provisões para:
– Reduzir ativos ao seu valor provável de realização
– Alocar o custo de itens do ativo durante suas vidas úteis estimadas (depreciação, exaustão
ou amortização)
– Perdas em geral
O cálculo das estimativas contábeis é de exclusiva
– Obrigações decorrentes de garantias responsabilidade da administração da entidade.

– Indenizações. Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Continuidade operacional e estimativas contábeis


O entendimento dos procedimentos de estimativas contábeis é importante para o auditor planejar a natureza, a
oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria.

Analisar a fundamentação matemático-


estatística dos procedimentos Quando possível, o auditor deve comparar as
utilizados pela entidade na estimativas contábeis de períodos anteriores
quantificação das estimativas. com os resultados reais desses períodos.

Se o auditor apurar que houve uma diferença


Verificar a coerência das estimativas significativa entre as estimativas feitas em
com o comportamento dos itens períodos anteriores e os resultados reais
estimados em períodos anteriores, as desses períodos ele deve verificar se houve o
práticas correntes em entidades competente ajuste nos procedimentos, de
semelhantes, os planos futuros da forma a permitir estimativas mais apropriadas
entidade, a conjuntura econômica e as no período em exame.
suas projeções.
Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.
AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Opinião quando demonstrações contábeis de controladas e


coligadas são auditadas por outros auditores
Quando houver participação de outros auditores independentes no exame das demonstrações contábeis das
controladas e/ou coligadas, relevantes, o auditor da controladora e/ou investidora deve destacar esse fato na
sua opinião.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Opinião sobre demonstrações contábeis condensadas


O auditor pode expressar opinião sobre demonstrações contábeis apresentadas de forma condensada,
desde que tenha emitido opinião sobre as demonstrações contábeis originais.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Toda informação importante, relacionada com ressalva, opinião adversa, abstenção de opinião e/ou
ênfase, constante da opinião do auditor sobre demonstrações contábeis originais, deve estar incluída
na opinião sobre as demonstrações contábeis condensadas.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Demonstrações contábeis não auditadas


Sempre que o nome do auditor estiver, de alguma forma, associado com demonstrações ou
informações contábeis que ele não auditou, estas devem ser claramente identificadas como “não
auditadas”, em cada folha do conjunto.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Tipos de relatórios
RELATÓRIOS FORMAIS RELATÓRIOS INFORMAIS

elaborados de forma escrita e sujeitos a geralmente não consubstanciam a forma


determinadas normas, muitas das quais escrita, mas compreendem apenas
estão contidas nas próprias normas de informações verbais, transmitidas aos
auditoria. administradores da entidade auditada ou
a seus subordinados, e que envolvem
assuntos não relevantes, que podem ser
corrigidos sem que precisem constar de
relatórios formais.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Entre os relatórios formais, podemos distinguir os seguintes tipos principais:

RELATÓRIO DE FORMA RELATÓRIOS DE FORMA


CURTA LONGA

também conhecido por opinião poderão ser bastante analíticos,


do auditor. quanto à descrição dos trabalhos
realizados, mas poderão não
conter uma opinião final e formal
do auditor.

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

Considerações finais
As representações formais são evidências de auditoria necessárias, a opinião do auditor não pode ser
expressa, e o relatório não pode ser datado, antes da data das representações formais.

Como o auditor independente está interessado em eventos que ocorram até a data do seu relatório e
que possam exigir ajuste ou divulgação nas demonstrações contábeis, as representações formais são
datadas o mais próximo possível da data do seu relatório sobre as demonstrações contábeis, mas não
após a data do relatório.

NBC TA 580 (R1)

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


AUDITORIA CONTÁBIL – Teoria e prática

O auditor independente deve avaliar se as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os


aspectos relevantes, de acordo com os requisitos da estrutura de relatório contábil aplicável.

Essa avaliação deve incluir a consideração dos aspectos qualitativos das políticas contábeis da
empresa, incluindo indicadores de possível tendenciosidade nos julgamentos da administração.

NBC TA 700

Copyright @ Editora Atlas Ltda. Reprodução Proibida.


WWW.GRUPOGEN.COM.BR

Você também pode gostar