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As demonstrações contábeis no processo

de tomar decisões
AULA 6:
“Auditoria Contábil”
Profº Diógenes Lima de
Mello
• Professor de ensino superior, pesquisador e conteudista.

• 16 anos em Auditoria Externa, Interna, Controladoria e


Contabilidade. Trabalhei em empresas como Banco HSBC,
E&Y, PwC, CCEE, Grupo Portobelo S/A e Klabin S/A.

• Sócio e proprietário da Atleta Smart.

• Mestre (2020) e Bacharel (2005) em Ciências Contábeis –


FECAP e em fase de conclusão do MBA Executivo em
Gestão e Marketing Esportivo (2022) – Trevisan Escola de
Negócios.
NBC TA 250 – CONSIDERAÇÃO DE LEIS E
REGULAMENTOS NA AUDITORIA DE
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
NBC TA 250 – CONSIDERAÇÃO DE LEIS E REGULAMENTOS
NA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Esta Norma trata da responsabilidade do auditor pela consideração de


leis e regulamentos ao executar uma auditoria de demonstrações
contábeis.
Esta Norma não se aplica a outros trabalhos de asseguração em que o
auditor seja especificamente contratado para testar e relatar
separadamente sobre a conformidade com leis ou regulamentos
específicos
NBC TA 250 – CONSIDERAÇÃO DE LEIS E REGULAMENTOS
NA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Responsabilidade pela conformidade com leis e regulamentos


É responsabilidade da administração, sob a supervisão dos
responsáveis pela governança, assegurar que as operações da entidade
sejam conduzidas em conformidade com as disposições de leis e
regulamentos, inclusive a conformidade com as disposições de leis e
regulamentos que determinam os valores e divulgações reportadas nas
demonstrações contábeis da entidade.
NBC TA 250 – CONSIDERAÇÃO DE LEIS E REGULAMENTOS
NA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Responsabilidade do Auditor
O auditor é responsável pela obtenção de segurança razoável de que
as demonstrações contábeis, tomadas em conjunto, estão livres de
distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou
erro.
NBC TA 250 – CONSIDERAÇÃO DE LEIS E REGULAMENTOS
NA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Fatores Limitadores ao Trabalho e Opinião do Auditor


No contexto de leis e de regulamentos, os efeitos potenciais de
limitações inerentes à capacidade do auditor de detectar distorções
relevantes são maiores por razões como as seguintes:

• muitas leis e regulamentos, relacionados principalmente com


aspectos operacionais da entidade, que geralmente não afetam as
demonstrações contábeis e não são capturados pelos sistemas de
informação da entidade relevantes para as informações contábeis
NBC TA 250 – CONSIDERAÇÃO DE LEIS E REGULAMENTOS
NA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Os objetivos do auditor são:


(a) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente no que se refere
à conformidade com as disposições de leis e de regulamentos geralmente
reconhecidos por terem efeito direto na determinação dos valores e nas
divulgações relevantes nas demonstrações contábeis;
(b) executar procedimentos de auditoria específicos para ajudar a
identificar casos de não conformidade com outras leis e regulamentos que
possam ter efeito relevante sobre as demonstrações contábeis; e
(c) responder adequadamente à não conformidade ou suspeita de não
conformidade com leis e regulamentos identificada durante a auditoria.
NBC TA 250 – CONSIDERAÇÃO DE LEIS E REGULAMENTOS
NA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Fatores Limitadores ao Trabalho e Opinião do Auditor

• Não conformidade pode envolver conduta destinada a ocultar as


distorções relevantes, como conluio, falsificação, falha deliberada no
registro de transações, transgressão dos controles ou representações
imprecisas e intencionais da administração para o auditor;

• se um ato constitui uma não conformidade, é, em última instância, um


assunto a ser determinado por tribunal ou outra autoridade legal
apropriada.
NBC TA 250 – CONSIDERAÇÃO DE LEIS E REGULAMENTOS
NA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Consideração pelo auditor da conformidade com leis e regulamentos


Como parte da obtenção do entendimento da entidade e do seu
ambiente, conforme a NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos
Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e
do seu Ambiente, item 11, o auditor deve obter entendimento geral:
(a) da estrutura legal e regulamentar aplicável à entidade e à atividade
ou setor de atividade em que opera; e
(b) como a entidade está cumprindo com essa estrutura.
NBC TA 250 – CONSIDERAÇÃO DE LEIS E REGULAMENTOS
NA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Consideração pelo auditor da conformidade com leis e regulamentos


O auditor deve executar os seguintes procedimentos de auditoria para
ajudar a identificar casos de não conformidade com outras leis e
regulamentos que possam ter efeito relevante sobre as demonstrações
contábeis (ver itens A13 e A14):
(a) indagações à administração e, quando apropriado, aos responsáveis
pela governança, para determinar se a entidade tem cumprido com
tais leis e regulamentos; e
(b) inspeção de correspondência, se houver, com as autoridades
responsáveis por licenciamento e regulamentação.
NBC TA 250 – CONSIDERAÇÃO DE LEIS E REGULAMENTOS
NA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Procedimentos de auditoria quando da identificação ou da suspeita de


não conformidade
Se o auditor suspeitar que possa haver não conformidade, ele deve discutir o
assunto, salvo se proibido por lei ou regulamento, com o nível apropriado da
administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança.
Se a administração ou, quando apropriado, os responsáveis pela governança
não fornecerem informações suficientes que comprovem que a entidade está
cumprindo com leis e regulamentos e, no julgamento do auditor, o efeito da
suspeita de não conformidade puder ser relevante para as demonstrações
contábeis, ele deve considerar a necessidade de obter assessoria legal.
NBC TA 250 – CONSIDERAÇÃO DE LEIS E REGULAMENTOS
NA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Comunicação de não conformidade identificada ou suspeita de não


conformidade

A menos que todos os responsáveis pela governança estejam envolvidos


na administração da entidade e, portanto, tenham conhecimento de
assuntos que envolvam não conformidade identificada ou suspeita de
não conformidade já comunicada pelo auditor, este deve comunicar,
salvo se proibido por lei ou regulamento, aos responsáveis pela
governança, exceto quando tais assuntos forem claramente
inconsequentes.
NBC TA 250 – CONSIDERAÇÃO DE LEIS E REGULAMENTOS
NA AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Comunicação de não conformidade identificada ou suspeita de não


conformidade à autoridade competente externa à entidade

Se o auditor identificou ou tem suspeita de não conformidade com leis e


regulamentos, ele deve determinar se leis, regulamentos ou requisitos éticos
relevantes.

(a) exigem que o auditor comunique à autoridade competente externa à entidade; e

(bas quais a comunicação ) estabelecem responsabilidades segundo à autoridade


competente externa à entidade pode ser apropriada nas circunstâncias.
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – NBC TA
260 (R2), DE 17 DE JUNHO DE 2016
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – NBC TA 260
(R2), DE 17 DE JUNHO DE 2016

Os objetivos do auditor são:

(a) comunicar claramente aos responsáveis pela governança as suas responsabilidades em


relação à auditoria das demonstrações contábeis, e uma visão geral do alcance e da
época planejados da auditoria;
(b) obter dos responsáveis pela governança informações relevantes para a auditoria;
(c) fornecer, tempestivamente, aos responsáveis pela governança as observações
decorrentes da auditoria que sejam significativas e relevantes para a sua
responsabilidade de supervisionar de modo geral o processo de relatórios financeiros;
e
(d) promover a efetiva comunicação recíproca entre o auditor e os responsáveis pela
governança.
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – NBC TA 260
(R2), DE 17 DE JUNHO DE 2016

Para fins desta norma, os termos a seguir têm os seguintes significados:

(a) Responsáveis pela governança são as pessoas ou organizações com responsabilidade


pela supervisão geral da direção estratégica da entidade e das obrigações relacionadas
à responsabilidade da entidade. Isso inclui a supervisão geral do processo de relatórios
financeiros. Para algumas entidades em algumas circunstâncias, os responsáveis pela
governança podem incluir pessoal da administração, por exemplo, membros executivos
do conselho de administração de entidade do setor público ou privado, ou sócio
proprietário. Para discussão sobre a diversidade das estruturas de governança.
(b) Administração são as pessoas com responsabilidade executiva pela condução das
operações da entidade. Para algumas entidades, os responsáveis pela governança
podem incluir pessoal da administração, por exemplo, membros do conselho de
administração ou sócio proprietário.
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – NBC TA 260
(R2), DE 17 DE JUNHO DE 2016

O auditor deve comunicar aos responsáveis pela governança


(a) a visão do auditor sobre aspectos qualitativos significativos das
práticas contábeis da entidade, incluindo políticas e estimativas
contábeis, e divulgações nas demonstrações contábeis. Quando for o
caso, o auditor deve explicar aos responsáveis pela governança por
que o auditor considera uma prática contábil significativa, que é
aceitável pela estrutura de relatório financeiro aplicável, como não
sendo a mais apropriada para as circunstâncias específicas da
entidade;
(b) dificuldades significativas, se houver, encontradas durante a auditoria;
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – NBC TA 260
(R2), DE 17 DE JUNHO DE 2016

(c) a menos que todos os responsáveis pela governança estejam envolvidos na


administração da entidade:
(i) assuntos importantes decorrentes da auditoria que foram discutidos ou tratados
por correspondência com a administração; e
(ii) representações formais (por escrito) exigidas pelo auditor;

(d) circunstâncias que afetam a forma e o conteúdo do relatório do auditor, se houver;


e

(e) quaisquer outros assuntos decorrentes da auditoria que, no julgamento profissional


do auditor, sejam relevantes para a supervisão geral do processo de relatórios
financeiros (ver itens A26 a A28).
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
NBC TA 265 – COMUNICAÇÃO DE
DEFICIÊNCIAS DE CONTROLE INTERNO
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC TA 265 –
COMUNICAÇÃO DE DEFICIÊNCIAS DE CONTROLE INTERNO

O objetivo do auditor é comunicar apropriadamente, aos responsáveis


pela governança e à administração, as deficiências de controle interno
que o auditor identificou durante a auditoria e que, no seu julgamento
profissional, são de importância suficiente para merecer a atenção deles.
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC TA 265 –
COMUNICAÇÃO DE DEFICIÊNCIAS DE CONTROLE INTERNO

Deficiência de controle interno existe quando:

(i) o controle é planejado, implementado ou operado de tal forma que


não consegue prevenir, ou detectar e corrigir tempestivamente,
distorções nas demonstrações contábeis; ou

(ii) falta um controle necessário para prevenir, ou detectar e corrigir


tempestivamente, distorções nas demonstrações contábeis.
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC TA 265 –
COMUNICAÇÃO DE DEFICIÊNCIAS DE CONTROLE INTERNO

Deficiência significativa de controle interno é a deficiência ou a


combinação de deficiências de controle interno que, no julgamento
profissional do auditor, é de importância suficiente para merecer a
atenção dos responsáveis pela governança (ver item A5).
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC TA 265 –
COMUNICAÇÃO DE DEFICIÊNCIAS DE CONTROLE INTERNO

O auditor deve incluir na comunicação por escrito das deficiências


significativas de controle interno:

(a) descrição das deficiências e explicação de seus possíveis efeitos; e

(b) informações suficientes para permitir que os responsáveis pela


governança e a administração entendam o contexto da comunicação.
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC TA 265 –
COMUNICAÇÃO DE DEFICIÊNCIAS DE CONTROLE INTERNO

(i) o objetivo da auditoria era o de expressar uma opinião sobre as


demonstrações contábeis;

(ii) a auditoria incluiu a consideração do controle interno relevante para a


elaboração das demonstrações contábeis com a finalidade de planejar
procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não
para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia do controle interno; e

(iii) os assuntos comunicados estão limitados às deficiências que o auditor


identificou durante a auditoria e concluiu serem de importância suficiente para
comunicar aos responsáveis pela governança.
NBC TA 300 (R1) – PLANEJAMENTO DA
AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
Planejamento de Auditoria

No que diz respeito à auditoria independente das demonstrações contábeis, julgue o


item que se segue.

O planejamento da auditoria inicia-se depois de finalizada a fase de avaliação para a


contratação dos serviços e é concluído quando o auditor finaliza os trabalhos
preliminares, com o atendimento dos principais objetivos, os quais se referem à
obtenção do conhecimento das atividades da entidade auditada, suas práticas
operacionais e outros aspectos que possam vir a ser fixados segundo as circunstâncias
de cada trabalho.

( ) Certo
( ) Errado
Planejamento de Auditoria

No que diz respeito à auditoria independente das demonstrações contábeis, julgue o


item que se segue.

O planejamento da auditoria inicia-se depois de finalizada a fase de avaliação para a


contratação dos serviços e é concluído quando o auditor finaliza os trabalhos
preliminares, com o atendimento dos principais objetivos, os quais se referem à
obtenção do conhecimento das atividades da entidade auditada, suas práticas
operacionais e outros aspectos que possam vir a ser fixados segundo as circunstâncias
de cada trabalho.

( X ) Certo
( ) Errado
Planejamento de Auditoria

O planejamento das atividades de auditoria requer a definição de algumas informações


acerca do objeto a ser auditado.
São consideradas informações essenciais, EXCETO:

(a) escopo do trabalho;


(b)local de realização dos trabalhos de auditoria;
(c)avaliação sumária do risco inerente ao objeto a ser auditado;
(d) faixas de remuneração do pessoal que compõe a equipe de trabalho;
(e)cronograma com definição de data de início e término dos trabalhos.
Planejamento de Auditoria

O planejamento das atividades de auditoria requer a definição de algumas informações


acerca do objeto a ser auditado.
São consideradas informações essenciais, EXCETO:

(a) escopo do trabalho;


(b)local de realização dos trabalhos de auditoria;
(c)avaliação sumária do risco inerente ao objeto a ser auditado;
(d) faixas de remuneração do pessoal que compõe a equipe de trabalho;
(e)cronograma com definição de data de início e término dos trabalhos.
Planejamento de Auditoria

O auditor deve realizar a seguinte atividade antes de iniciar a etapa de planejamento:

(a) Definir os procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos de


avaliação de risco.
(b) Realizar uma avaliação da conformidade com os requisitos éticos, inclusive
independência.
(c) Obter entendimento global da estrutura jurídica e o ambiente regulatório aplicável à
entidade.
(d) Determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo.
(e)Definir o envolvimento de especialistas.
Planejamento de Auditoria

O auditor deve realizar a seguinte atividade antes de iniciar a etapa de planejamento:

(a) Definir os procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos de


avaliação de risco.
(b) Realizar uma avaliação da conformidade com os requisitos éticos, inclusive
independência.
(c) Obter entendimento global da estrutura jurídica e o ambiente regulatório aplicável à
entidade.
(d) Determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo.
(e)Definir o envolvimento de especialistas.
Planejamento de Auditoria

Para elaborar o planejamento de auditoria, é necessário seguir algumas condições.


Qual das alternativas não satisfaz a condição para este planejamento?

(a) Conhecimento das atividades da entidade.


(b) Conhecimento das práticas contábeis adotadas.
(c) Criação de normas de regulamentação, sem a necessidade de atender aos prazos
estabelecidos pelas entidades fiscalizadoras.
(d) Necessidade de consultar, se houve trabalho anterior, de outros auditores
independentes. Necessidade de consultar, se houve trabalho anterior, de outros
auditores na entidade.
Planejamento de Auditoria

Para elaborar o planejamento de auditoria, é necessário seguir algumas condições.


Qual das alternativas não satisfaz a condição para este planejamento?

(a) Conhecimento das atividades da entidade.


(b) Conhecimento das práticas contábeis adotadas.
(c) Criação de normas de regulamentação, sem a necessidade de atender aos prazos
estabelecidos pelas entidades fiscalizadoras.
(d) Necessidade de consultar, se houve trabalho anterior, de outros auditores
independentes. Necessidade de consultar, se houve trabalho anterior, de outros
auditores na entidade.
Planejamento de Auditoria

Analise as afirmativas abaixo, considerando a contribuição do planejamento da


auditoria para a execução do trabalho do auditor.

1. O planejamento auxilia o auditor a resolver problemas potenciais da entidade


auditada.
2. O planejamento auxilia o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes
da auditoria.
3. O planejamento auxilia o auditor a selecionar membros da equipe de trabalho de
auditoria.
4. O planejamento auxilia o auditor a coordenar o trabalho realizado por outros
auditores e especialistas.
5. O planejamento auxilia o auditor a organizar o trabalho de gestores da entidade
auditada para que seja eficaz.
Planejamento de Auditoria

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

(a) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.


(b) São corretas apenas as afirmativas 1, 4 e 5.
(c)São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
(d)São corretas apenas as afirmativas 2, 4 e 5.
(e)São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5.
Planejamento de Auditoria

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

(a) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.


(b) São corretas apenas as afirmativas 1, 4 e 5.
(c) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
(d) São corretas apenas as afirmativas 2, 4 e 5.
(e) São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5.
Planejamento de Auditoria

Acerca do plano de auditoria baseado em risco, julgue o item subsecutivo.

A estratégia de auditoria descreve o que fazer, e o plano de auditoria, como fazê-lo.

( ) Certo
( ) Errado
Planejamento de Auditoria

Acerca do plano de auditoria baseado em risco, julgue o item subsecutivo.

A estratégia de auditoria descreve o que fazer, e o plano de auditoria, como fazê-lo.

( X ) Certo
( ) Errado
Planejamento de Auditoria

É a fase em que você pode definir o sucesso ou insucesso na realização do


trabalho. Não que o planejamento não possa ser ajustado no decorrer do
trabalho, entretanto, tais ajustes podem acarretar em retrabalho e gastos de
horas não previstas no contrato firmado junto ao cliente.
Planejamento de Auditoria

Melo & Santos (2016) definem que “planejar é a técnica de pensar hoje
as implicações futuras de uma decisão que pode ser ou não tomada no
presente. É o prever hoje o que poderá ou não ocorrer amanhã”.

Megginson. al. (1998) entendem que o planejamento é “o processo de


estabelecer objetivos ou metas, determinando a melhor maneira de atingi-las”.
Planejamento de Auditoria

De acordo com a NBC TA 300 “O planejamento da auditoria envolve a


definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de
plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria
das demonstrações contábeis de várias maneiras”.
Planejamento de Auditoria

Ainda de acordo com a NBC TA 300 podemos que entender que o


planejamento de auditoria tem como papel:

 Auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria;

 Auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais;

 Auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja


realizado de forma eficaz e eficiente;
Planejamento de Auditoria

• Auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de


capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação
apropriada de tarefas;

 Facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu


trabalho; e

 Auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e


especialistas.
Planejamento de Auditoria

O planejamento nada mais é do que responder as seguintes perguntas:

• Como será feito?

• Onde será feito?

• Quando será feito? e

• Por quem será feito ?


Planejamento de Auditoria

Aonde será feito?

O planejamento é feito em fase inicial no escritório da firma de auditoria, antes


de entrar em campo.
Quando será feito ?

Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e


iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da
auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual.
Entretanto, o planejamento inclui a consideração da época de certas atividades e
procedimentos de auditoria que devem ser concluídos antes da realização de
procedimentos adicionais de auditoria.
Quem são os
responsáveis pelo
Planejamento de
Auditoria ?
O planejamento de auditoria geralmente é revisado e preparado pelo sócio e o gerente,
supervisor da equipe de auditoria, em alguns casos, por outros membros da equipe, desde que já
definidos anteriormente. É por meio do planejamento que é definido o programa ou plano de
auditoria, a equipe de trabalho, desde o supervisor que coordenará os trabalhos como um todo, o
sênior que será responsável pelos trabalhos de campo e instruir a equipe, os assistentes e trainees,
que realizarão os testes conforme demonstrado a seguir.
Como será feito ?
O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e
a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria.

Ao definir a estratégia global, o auditor deve:

(a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance;


(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a
natureza das comunicações requeridas;
(c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para
orientar os esforços da equipe do trabalho;
(d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando
aplicável, se é relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio do
trabalho para a entidade; e
(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o
trabalho.
Planejamento de Auditoria

O auditor deve realizar as seguintes atividades antes de começar os trabalhos de


auditoria inicial:

(a) aplicar procedimentos exigidos pela NBC TA 220, itens 12 e 13, relativos à aceitação
do cliente e do trabalho de auditoria específico; e

(b) entrar em contato com o auditor antecessor, caso haja mudança de auditores, de
acordo com os requisitos éticos pertinentes (ver item A22).
O planejamento inclui a necessidade de considerar, antes da identificação e
avaliação pelo auditor dos riscos de distorções relevantes, aspectos como:

(a) os procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos


de avaliação de risco;
(b|) obtenção de entendimento global da estrutura jurídica e o ambiente
regulatório aplicável à entidade e como a entidade cumpre com os
requerimentos dessa estrutura;
(c) a determinação da materialidade;
(d) o envolvimento de especialistas;
(e) a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco
Planejamento de Auditoria
O processo de definição da estratégia global auxilia o auditor a determinar, dependendo da conclusão dos
procedimentos de avaliação de risco, temas como:

(a) os recursos a serem alocados em áreas de auditoria específicas, tais como membros da equipe com
experiência adequada para áreas de alto risco ou o envolvimento de especialista em temas complexos;
(b) os recursos a alocar a áreas de auditoria específicas, tais como o número de membros da equipe
alocados para observar as contagens de estoque em locais relevantes, a extensão da revisão do trabalho de
outros auditores no caso de auditoria de grupo de empresas ou o orçamento de horas de auditoria a serem
alocadas nas áreas de alto risco;
(c) quando esses recursos devem ser alocados, por exemplo, se em etapa intermediária de auditoria ou
em determinada data-base de corte; e
(d) como esses recursos são gerenciados, direcionados e supervisionados, por exemplo, para quando
estão previstas as reuniões preparatórias e de atualização, como devem ocorrer as revisões do sócio e do
gerente do trabalho (por exemplo, em campo ou fora dele) e se devem ser realizadas revisões de controle
de qualidade do trabalho.
Qual a diferença entre
Planejamento e
Programa de
Auditoria ?
Planejamento de Auditoria

O principal objetivo do programa de auditoria é criar um procedimento


suficientemente detalhado, que permita ao auditor independente entender os
testes a serem executados, o objetivo dos testes e de que forma os mesmos
devem ser realizados, assim como o escopo do trabalho e quais as evidências o
auditor deve utilizar.
O programa de auditoria pode ser padrão, adaptado de outros planos ou
específico para cada tipo de trabalho, porém, todos devem conter os mesmos
procedimentos.
Planejamento de Auditoria

O plano de auditoria ou programa de auditoria é mais detalhado que a estratégia


global de auditoria visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos
de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho.
O planejamento desses procedimentos de auditoria ocorre no decurso da auditoria, à
medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido.
Por exemplo, o planejamento dos procedimentos de avaliação de riscos ocorre na fase
inicial de auditoria. Entretanto, o planejamento da natureza, da época e da extensão de
procedimentos específicos adicionais de auditoria depende do resultado dessa
avaliação de riscos.
Além disso, o auditor pode iniciar a execução de procedimentos adicionais de auditoria
para alguns tipos de operação, saldos de conta e divulgação antes de planejar todos os
procedimentos adicionais de auditoria
Planejamento de Auditoria

O auditor deve documentar (NBC TA 230 – Documentação de Auditoria,


itens 8 a 11 e A6):
(a) a estratégia global de auditoria;
(b) (b) o plano de auditoria; e
(c) (c) eventuais alterações significativas ocorridas na estratégia global
de auditoria ou no plano de auditoria durante o trabalho de
auditoria, e as razões dessas alterações (ver itens A18 a A21).
O que fazer no
planejamento ?
Objetos do Planejamento

(a) os procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos


de avaliação de risco;
(b) obtenção de entendimento global da estrutura jurídica e o ambiente
regulatório aplicável à entidade e como a entidade cumpre com os
requerimentos dessa estrutura;
(c) a determinação da materialidade;
(d) o envolvimento de especialistas;
(e) a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco.
NBC TA 315 (R2) – IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE
DISTORÇÃO RELEVANTE
Riscos de Auditoria

O risco de auditoria é um dos fatores a serem considerados em um planejamento de


auditoria, pois o mesmo induzirá a natureza, extensão e época dos testes a serem
realizados.

Na definição de Melo & Santos (2016), os riscos de auditoria podem ser classificados em:
• Nível geral das demonstrações contábeis: São os riscos relacionados com a
demonstrações contábeis como um todo, já que afetam muitas contas contábeis; e
• Nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações: Esses
riscos são utilizados para avaliar a natureza, época e extensão dos procedimentos de
auditoria, sendo divididos em dois componentes: risco inerente e risco de controle.
Riscos de Auditoria
O risco de auditoria é um dos fatores a serem considerados em um planejamento de auditoria, pois o mesmo induzirá a natureza, extensão e época dos testes a serem realizados.

Na definição de Melo & Santos (2016), os riscos de auditoria podem ser classificados em:

• Nível geral das demonstrações contábeis: São os riscos relacionados com a demonstrações contábeis como um todo, já que afetam muitas contas contábeis; e

• Nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações: Esses riscos são utilizados para avaliar a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria, sendo divididos em dois componentes: risco inerente e risco de controle.
Riscos de Auditoria

Risco Inerente

É o risco que está atrelado a própria, conta ou operação em


que a empresa opera, como condições econômicas, requisitos
legais, aspectos operacionais da empresa, tipo de gestão, entre
outros;
Riscos de Auditoria

Risco de Controle

Esse risco está atrelado a eficácia do sistema de controles


internos da empresa. De acordo com a NBC TA 200, o risco de
controle é uma função da eficácia do desenho dos controles.
Riscos de Auditoria
Risco de Detecção

Esse risco está atrelado a capacidade que o auditor tem de


detectar qualquer problema em seu trabalho, pois determina a
extensão, natureza e época dos testes executados.

De acordo com Melo & Santos (2016) “O risco de detecção, só


pode ser reduzido, não eliminado, devido às limitações
inerentes de uma auditoria. Portanto, sempre haverá risco de
detecção”.
Riscos de
Auditoria
Riscos de Auditoria

a) a função e envolvimento dos administradores;

b) a estrutura organizacional da empresa e os métodos utilizados pelos administradores, principalmente em


relação ao limite de alçada;

c) a segregação de função e política de pessoal;

d) a fixação em normas para inventário, conciliação de contas, preparação de demonstrações contábeis e


demais informações;

e) as implantações, as modificações, e acesso ao sistema de informações computadorizado, bem como


acesso a arquivos de dados e possibilidade de inclusão ou exclusão de dados;

f) o sistema de aprovação e o registro de transações;

g) as limitações de acesso físico a ativos e registros contábeis e/ou administrativos; e

h) as comparações e as análises dos resultados financeiros com dados históricos e/ou projetados.
Riscos de Auditoria

Na opinião de Melo & Santos (2016), para a mitigar os riscos a auditoria externa pode
fazer uso dos controles internos, uma vez que os mesmos devem ser planejados,
implementados e mantidos para enfrentar os riscos do negócio que possam afetar o
cumprimento de qualquer um dos objetivos da empresa.
Riscos de Auditoria
O auditor deve obter entendimento do processo de avaliação de riscos da entidade relevante
para a preparação das demonstrações contábeis por meio da realização de procedimentos de
avaliação de risco mediante:

(a) entendimento do processo da entidade:


(i) identificar os riscos do negócio relevantes para os objetivos dos relatórios financeiros;
(ii) avaliar a importância desses riscos, incluindo a probabilidade de sua ocorrência; e
(iii) endereçar esses riscos; e

(b) analisa o processo de avaliação de riscos da entidade é apropriado para as circunstâncias


da entidade, considerando a sua natureza e a complexidade.
Riscos de Auditoria
Obtenção de entendimento da entidade, do seu ambiente, da estrutura de relatório
financeiro aplicável e do seu sistema de controles internos.

• Entendimento da entidade, do seu ambiente e da estrutura de relatório financeiro aplicável;


• Entendimento dos componentes do sistema de controles internos da entidade;
• Ambiente de controle;
• Processo de avaliação de riscos da entidade ;

• Processo da entidade para monitorar o sistema de controles internos ;

• Sistema de informação e comunicação, e atividades de controle ;

• Sistema de informação e comunicação ;

• Atividades de controle;
• Deficiências de controle no sistema de controles internos da entidade
Riscos de COSO – COMMITTEE OF SPONSORING ORGANIZATIONS
OF THE TREADWAYCOMMISSION

Auditoria
Os controles internos de uma
empresa são implementados
levando em consideração os
pontos abordados no COSO,
por meio do mapeamento dos
processos da empresa, assim
como os chamados Processos
Chave, considerados como
aqueles com maior relevância e
que podem impactar
significativamente às
demonstrações contábeis.
Riscos de Auditoria

Exemplo de Deficiências de Controles

• Falta de segregação de função;


• Falta de ambiente automatizado;
• Falta de políticas e procedimentos;
• Ausência de canal de denúncias;
• Falta de revisão dos procedimentos contábeis;
Riscos de Auditoria

Limitações da Auditoria

A limitação dos trabalhos de auditoria pode acontecer de fato que a administração possa
deixar de fornecer documentos ou informações relevantes para a realização do trabalho de
forma intencional ou não, impossibilitando o auditor de ter integridade da informação, mesmo
que executado todos os procedimentos previstos no programa de auditoria.

Isso fará com que o auditor tenha que rever seu planejamento e aumentar
consideravelmente o volume de testes a serem realizados e assegurar-se na emissão de
sua opinião.
Escopo do Trabalho

Definir o escopo dos trabalhos de auditoria

O escopo do trabalho de auditoria, é definido no momento em que auditor planeja o que


pretende executar e o que pretende atingir com seu trabalho, ou seja, qual seu objetivo
com a realização do mesmo.

É nessa fase em que começa a ser preparado o esqueleto do trabalho operacional da


equipe de campo, que é responsável pelos testes realizados.
Escopo do Trabalho

Definir o escopo dos trabalhos de auditoria

Após a verificação do ambiente de controle da empresa, dos trabalhos realizados pela


equipe de controles internos, a revisão dos papéis de trabalho do auditor anterior, quando
houver, a confiabilidade do sistema de informação, analisado pela equipe de especialistas,
cálculo prévio da materialidade, entre outros é iniciada a definição do escopo de
auditoria, em que há a definição da natureza, época e extensão dos trabalhos.
NBC TA 320 (R1) – MATERIALIDADE NO PLANEJAMENTO E NA
EXECUÇÃO DA AUDITORIA
Escopo do Trabalho

Materialidade
O cálculo da materialidade é muito importante para o trabalho da auditoria, uma vez que não há
condições de auditar 100% das contas e transações do balanço, portanto a materialidade auxilia na
definição do que é relevante para o trabalho e o que não trará risco significativo na emissão do
parecer de auditoria. Com base no cálculo da materialidade, o auditor pode definir quais contas serão
auditadas (natureza), qual época algumas contas poderão ser auditadas (época) e a quantidade de
itens a serem testados em cada uma das contas (extensão).
Escopo do Trabalho

Materialidade

Geralmente a materialidade é calculada previamente, pois os primeiros trabalhos de auditoria são


realizados antes do fechamento do período que geralmente é 31/12/XX, sendo assim, a
materialidade é calculada como base no último balancete fechado e atualizada no encerramento do
período. Também há alteração da materialidade em caso de identificação de ajustes, que alterem a
conta utilizada como base de cálculo.
Escopo do Trabalho

Materialidade

O auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo (e, se
aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis
ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de informações durante a auditoria que teriam
levado o auditor a determinar inicialmente um valor (ou valores) diferente.
Escopo do Trabalho

Natureza dos Trabalhos

A natureza dos trabalhos de auditoria define quais os testes que serão executados para cada uma
das áreas do balanço, sempre considerando a materialidade, pois algumas áreas consideradas
imateriais, na grande parte das vezes não passa por qualquer procedimento de detalhes. O tipo de
empresa, o cálculo da materialidade ou o risco que representa a conta, também deverá ser
considerado na definição do escopo de auditoria.
Escopo do Trabalho

Trabalho dos Especialistas

• Trabalho de Especialistas

• Especialista tributário

• Especialista em sistemas

• Especialista em atuarial

• Especialista em Contingências

• Consultoria (Engenheiros)
Escopo do Trabalho

Trabalho dos Especialistas


De acordo com a NBC TA 620, independente da utilização dos trabalhos dos especialistas ou não, o
auditor independente será sempre o responsável pelo resultado do trabalho, sendo assim, a
cada conclusão de trabalho de um especialista o auditor deve revisar seu trabalho com a
finalidade de confirmar se todos os riscos foram cobertos em seu trabalho.
Escopo do Trabalho

Revisão do Trabalho do Auditor Anterior

Em uma auditoria de primeiro ano, em que a empresa foi auditada por outra empresa de auditoria no
ano anterior, há a necessidade da revisão dos trabalhos do auditor anterior, para garantir a
confiabilidade dos saldos iniciais, porém, para que isso aconteça o auditor contratado, agenda uma
visita de revisão dos papéis de trabalho, geralmente no escritório do auditor anterior, para que seja
verificado se os procedimentos realizados atendem às normas de auditoria e normas contábeis.
Escopo do Trabalho
Contas a Serem Testadas
A definição do escopo do trabalho também prevê quais contas deverão ser consideradas para os
testes de auditoria, grande parte das contas a serem testadas são definidas com base no cálculo da
materialidade, outra parte é definida pela complexidade e risco que a conta representa para o
parecer do auditor, independentemente de seu valor, como por exemplo as contas de
contingências, em que são registradas as ações impetradas conta a empresa e que têm a
probabilidade de perda definida pelo advogado contratado pela empresa como provável ou então as
contas referente à impostos.

Para essas contas não deverá ser considerado apenas o saldo contábil, pois o risco de haver um
passivo não registrado é muito superior.
Escopo do Trabalho
Escopo da época dos testes

Antes de entrarmos nos detalhes sobre a definição do escopo época/período em que serão realizados os
testes de auditoria, precisamos entender que a época se refere ao momento em que o procedimento de
auditoria é executado, portanto, devemos saber que alguns fatores podem definir a época da realização dos
testes de auditoria.

• a confiança no ambiente de controle: Em casos de ambientes de controles confiáveis, você pode


antecipar alguns testes, para que não sejam todos realizados após o fechamento anual do balanço, fazendo
com que você consiga antecipar os testes.

• sazonalidade da conta: Em alguns casos, alguns procedimentos são realizados em períodos diferentes
dos demais devido à sazonalidade de algumas contas, como por exemplo, pode-se optar em fazer um teste
de estoques ou adiantamentos, considerando que essas contas tenham maiores saldos em período de
maiores vendas, como natal, páscoa, dia das crianças, entre outros.
Escopo do Trabalho
Escopo da época dos testes

• Auditoria em período anterior sem pontos significativos: Em caso de empresas em que já


houveram auditorias em anos anteriores e que mesmo que não tenha sido implantado os
procedimentos de controles internos, porém não tenham sido identificados pontos de controles
relevantes, também há a possibilidade de antecipar alguns testes, facilitando o trabalho da auditoria
para a chamada final de auditoria, em que os testes são realizados após o encerramento do balanço
anual.
Escopo do Trabalho
Escopo da extensão dos testes

A extensão dos trabalhos é definida por meio do cálculo da materialidade, pois a extensão dos
trabalhos está relacionada diretamente ao cálculo da materialidade, uma vez que os testes de
auditoria são baseados em amostragens. Porém antes de continuarmos com tais explicações
precisamos entender o que é população e amostragem.
Escopo do Trabalho
Diversos procedimentos em contas ou grupo de contas têm sua extensão definida com base na
materialidade, como por exemplo:

 Testes de voucher: são procedimentos substantivos realizados em contas de resultado, e baseado


na materialidade determina-se a extensão do procedimento, ou seja, quantidade de itens a serem
testados;

 Testes de detalhes: A exemplo do teste de voucher, são testes substantivos realizados em contas
de resultado. A materialidade determina o valor mínimo de cobertura de testes da conta; e
 Inventário Físico: nesse teste a materialidade também determina sua extensão, uma vez que a
auditoria não acompanha a contagem de 100% dos itens do estoque, sendo assim, trabalha com
base em uma amostragem confiável, que possa resultar em uma opinião segura sobre o
procedimento.
Escopo do
Trabalho
Além do cálculo da
materialidade a confiança
no ambiente de controle da
empresa também impacta
diretamente na extensão
dos testes a serem
efetuados, uma vez que há
a premissa de que quanto
maior a confiança nos
controles da empresa,
menor é quantidade de
testes substantivos.
Exemplo de utilização da materialidade
“O conhecimento lhe dará a oportunidade de
fazer a diferença.”.
Claire Fagin

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