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O século XXI ainda não erradicou a escravatura, existindo hoje mais pessoas em situação de escravidão do que em
qualquer outro momento da história.
Nos últimos cinco anos, 89 milhões de pessoas foram submetidas a várias formas de escravatura moderna por um
período que varia de alguns dias a cinco anos.
Estimativas recentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) calculam o número de vítimas do trabalho forçado,
incluindo a exploração sexual forçada, em 40,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais 10 milhões são crianças.
Mais de 25 milhões de crianças, mulheres e homens vivem em situação de escravidão moderna, o equivalente a 3 em
cada 1.000 pessoas em todo o mundo.
Ø No continente africano, os países com índices de escravidão moderna mais elevados são a República Centro-africana
o Sudão do Sul, o Sudão e a República Democrática do Congo.
Com mais de nove milhões de pessoas em situação de escravidão, África tem um dos níveis mais elevado de todos os
continentes.
A escravatura moderna é um dos negócios mais rentáveis do mundo.
Um estudo recente da Organização Internacional do trabalho estimou que
a escravatura moderna gera mais de 150 biliões de lucro todos os anos, o
equivalente à soma dos lucros das quatro empresas mais rentáveis do
mundo.
Em todo o mundo, 40,3 milhões de pessoas são vítimas da escravatura
moderna: 24,9 milhões de pessoas foram submetidas a trabalho forçado e
15,4 milhões de pessoas tiveram de casar contra a sua vontade.
As crianças representam 37% das vítimas de casamentos forçados, 21,3% de exploração sexual forçada e 19% do trabalho
forçado.
O trabalho infantil, envolve 152 milhões de crianças – 64 milhões de meninas e 88 milhões de meninos. Ou seja, uma em
cada dez crianças de todo o mundo.
Muitas delas estão envolvidas em trabalhos perigosos pondo em risco a sua saúde, segurança e desenvolvimento moral. Na
faixa etárias entre os cinco e os 14 anos, há 36 milhões de crianças que trabalham e não estão escolarizadas.
Para Grace Forrest, da Walk Free a face da escravatura moderna mudou radicalmente:
Segundo referiu, a estimativa de mulheres e raparigas sujeitas a estas novas formas de escravatura, (…) não tem em
conta o que aconteceu durante a pandemia, em que se registaram “significativos aumentos das situações de
casamentos forçados e envolvendo menores de idade e dos casos de exploração no trabalho em todo o mundo”.
A Victoria’s Secret, costumava ter a garantia de “comércio justo” nas etiquetas dos seus
produtos. Até que uma investigação, em 2011, denunciou a utilização de mão de obra
escrava para o fabrico do seu algodão orgânico. Uma reportagem contou a história de uma
jovem de 13 anos da África Ocidental, que tinha sido retirada da escola, sofrendo
frequentes abusos dos seus patrões, sendo obrigada a trabalhar na produção de algodão. A
marca limitou-se a retirar a garantia de “comércio justo” das etiquetas.
A investigadora da Amnistia Internacional Meghna Abraham diz que em “gigantes empresariais como a Colgate, a Nestlé
e a Unilever (…) os seus produtos usam ‘óleo de palma (…) produzido com recurso a trabalho infantil ou a trabalho
forçado.”
A Amnistia Internacional está a fazer campanha para que as empresas informem devidamente os consumidores se o óleo de
palma que é usado em produtos como: os gelados Magnum, os dentífricos Colgate, os cosméticos Dove, as sopas Knorr, os
chocolates KitKat, os champôs Pantene, os detergentes Ariel e as massas Pot Noodle são produzidos com óleo que recorre a
mão de obra escrava.
Pretendem acabar com abusos como:
Ø mulheres obrigadas a trabalharem excesso de horas recebendo cerca de 2,36 euros por dia e
sem direito a reformas nem a seguros de saúde
Ø crianças de apenas oito anos desempenham trabalhos duros e perigosos, abandonado a escola
para ajudarem os pais nas plantações,
Ø trabalhadores que sofrem lesões graves devido a intoxicação com um químico fortemente tóxico
usado nas plantações
Ø trabalhadores sofrem penalizações por não apanharem frutos caídos no chão ou por
apanharem frutos que ainda não estão maduros.
E nós de que modo podemos contribuir para combater esta situação?