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TRABALHO ESCRAVO NA ATUALIDADE

• O QUE É O TRABALHO ESCRAVO?


Nos dias atuais inclui todo e qualquer trabalho
forçado ou por dívida, condições degradantes, altas
jornadas e agressões físicas e psicológicas.

O Brasil foi a última nação do mundo ocidental a abolir o


trabalho escravo de forma oficial, o que ocorreu no final do
século XIX. No entanto, em termos práticos, esse problema
ainda persiste nos dias atuais. De acordo com informações
recentes, estima-se a ocorrência de 200 mil trabalhadores no
país vivendo em regime de escravidão, segundo dados do
Índice de Escravidão Global, elaborado por Organizações Não
Governamentais (ONGs) ligadas à Organização Internacional
do Trabalho (OIT).
No Brasil, isso ocorre, em maior parte, em espaços rurais
distantes de centros urbanizados e rotas de transporte para
fuga, onde os trabalhadores são geralmente coagidos a
continuarem laborando sob a alegação da existência de
dívidas com fazendeiros.
• QUAIS OS IMPACTOS DO TRABALHO ESCRAVO?
O analfabetismo, a ignorância da titularidade dos
direitos e a falta de perspectiva de vida e de
oportunidades de trabalho os alienam nesse mundo de
escravidão, para onde frequentemente retornam,
mesmo após a conquista da tão desejada liberdade
física.

• QUEM SÃO AS PRINCIPAIS VÍTIMAS DO


TRABALHO ESCRAVO?
O trabalho forçado afeta todos os grupos
populacionais, jovens e velhos, homens e mulheres. No
entanto, alguns grupos são mais vulneráveis do que
outros.
De acordo com a OIT (Organização Internacional do
Trabalho) mulheres e meninas estão ligeiramente em
maior risco do que homens e meninos, e representam
a grande maioria das vítimas de exploração sexual
forçada. As crianças representam um quarto de todas
as vítimas. Quase metade de todas as vítimas migrou
dentro do seu país ou através de fronteiras
internacionais antes de acabar numa situação de
trabalho forçado, confirmando que a mobilidade é um
fator de vulnerabilidade importante.

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• QUAL A PUNIÇÃO PARA QUEM PRATICA O
TRABALHO ESCRAVO?
De acordo com o Art. 149 do Código Penal, reduzir
alguém a condição análoga à de escravo, quer
submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada
exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes
de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua
locomoção em razão de dívida contraída com o
empregador ou preposto: (Lei nº 10.803, de
11.12.2003).
Pena - Reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da
pena correspondente à violência. (Lei nº 10.803, de
11.12.2003).

• O PAPEL DAS GRANDES EMPRESAS MEDIANTE O


TRABALHO ESCRAVO
Grandes empresas, visando elevar em escalas
extraordinárias seus lucros, se utilizam de muitos
meios, um deles é a mão de obra na condição análoga
ao trabalho escravo, diminuindo ainda mais os custos
na produção. Muitas são conhecidas mundialmente
por seu produto ou serviço e suas campanhas, e
algumas acabaram por abafar os casos expostos
utilizando de seu capital e reconhecimento.

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ENTRE ALGUMAS DELAS ESTÃO:
• APLLE
• COCA COLA
• NIKE
• HERSHEY'S
• MARISA
• PERNAMBUCANAS
• ZARA
• SADIA/PERDIGÃO

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Dois centros de distribuição de produtos da Coca-Cola
em Minas Gerais identificou 179 caminhoneiros e
ajudantes trabalhando por jornadas exaustivas,
chegando a fazer me média 80 horas extras semanais.
Além disso Foi acusada em investigação do The
Independent de utilizar trabalho escravo em uma
plantação de laranjas na Calabria, Itália com imigrantes
africanos.

Zara, uma grande marca de roupas, com lojas por todo


mundo, foi punida por trabalho escravo muitas vezes.
Houve notícias nos anos de 2011, 2014, 2015, 2017.
Todas as vezes por manter linhas de produção de suas
roupas sob um regime de análogo a escravidão,
chegando a ser multada em 5 milhões de reais.

A magazine de roupas Marisa, se envolveu com


trabalho escravo e foi denunciada duas vezes: em 2007
e 2010. A rede também utilizava mão de obra boliviana
em regime análogo a escravidão na produção de suas
peças.
Entre várias outras!

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• MODA LIVRE E SEU PAPEL NO COMBATE AO
TRABALHO ESCRAVO NO MUNDO DA MODA
ENTRE GRANDES MARCAS

Criado em 2013, o Moda Livre avalia as ações adotadas


por marcas e varejistas para combater o trabalho
escravo entre fornecedores. Também tem dados
atualizados sobre as grifes responsabilizadas por esse
crime durante fiscalizações do governo federal. As
informações do aplicativo mostram que grande parte
do varejo de moda no Brasil ainda não controla
adequadamente os locais onde as suas roupas são
fabricadas.
Mais de 400 costureiros e costureiras foram
encontrados em condições análogas às de escravos no
Brasil. A maioria dos casos ocorre em pequenas
confecções terceirizadas. As vítimas mais comuns são
migrantes sul-americanos que trabalham em oficinas
em condições degradantes. São locais suscetíveis a
incêndios, marcados pela falta de higiene e que muitas
vezes também servem de moradia aos trabalhadores.
Além de analisar o histórico e as ações de combate ao
trabalho escravo que são tomadas pelas marcas mais
relevantes no mercado de moda brasileiro.

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O aplicativo tem como objetivo avaliar como as
empresas monitoram as condições de trabalho de seus
fornecedores a partir de quatro indicadores básicos:
Políticas: compromissos assumidos pelas empresas
para combater o trabalho escravo em sua cadeia de
fornecimento.
Monitoramento: medidas adotadas pelas empresas
para fiscalizar seus fornecedores de roupa.
Transparência: ações tomadas pelas empresas para
comunicar a seus clientes o que vêm fazendo para
monitorar fornecedores e combater o trabalho
escravo.
Histórico: resumo do envolvimento das empresas em
casos de trabalho escravo, segundo dados oficiais.

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• COMO NÓS QUANTO SOCIEDADE PODEMOS
CONTRIBUIR PARA O FIM DO TRABALHO
ESCRAVO?

Quando se fala de escravidão, as pessoas pensam nos


escravos de antigamente, que viviam acorrentados.
Mas hoje em dia a escravidão é diferente e tem várias
formas. Você pode ajudar a mudar esta percepção
antiquada compartilhando os fatos com seus amigos e
conhecidos. Seja um bom exemplo! Se você empregar
alguém, dê-lhe um salário decente e assegure-se de
que tenha um contrato formal. Não faça compras em
uma loja se você souber que naquele local são
vendidos artigos fabricados com mão-de-obra escrava.
Se você não tiver certeza, pergunte. Mesmo se os
comerciantes não sabem de onde vêm seus produtos,
o simples fatos de perguntar mostra que os clientes se
preocupam com isso.
Apoie uma organização local que lute contra a
escravidão moderna na sua região. Há muitas maneiras
para ajudar, do voluntariado às doações.
A escravidão moderna existe por todos os lados,
aprenda a identificar situações de escravidão e
informe-se sobre onde buscar ajuda. Crie ocasiões para
divulgar informações sobre a escravidão tais como um
evento que ajude a conscientizar as pessoas, etc.

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• FONTES, SITES E APPS de onde foram retiradas
informações para a pesquisa:

• https://www.esquerdadiario.com.br/Conheca-9-
marcas-famosas-envolvidas-com-trabalho-escravo
• https://m.brasilescola.uol.com.br/amp/brasil/trab
alho-escravo-no-brasil-
atual.htm#aoh=16190047255046&referrer=https
%3A%2F%2Fwww.google.com&amp_tf=Fonte%3A
%20%251%24s
• https://reporterbrasil.org.br/2018/12/com-
amissima-sao-38-as-marcas-de-moda-envolvidas-
com-trabalho-escravo-no-
brasil/#:~:text=Contato-,Com%20Amissima%2C%2
0s%C3%A3o%2038%20as%20marcas%20de%20m
oda,com%20trabalho%20escravo%20no%20Brasil
&text=A%20Amissima%2C%20que%20comercializ
a%20luxuosos,de%20obra%20an%C3%A1loga%20
%C3%A0%20escravid%C3%A3o
• https://jus.com.br/artigos/82787/o-crime-
previsto-no-artigo-149-do-codigo-penal
• https://www.ilo.org/brasilia/temas/trabalho-
escravo/WCMS_393073/lang--pt/index.htm

• Imagens: Aplicativo Pinterest

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Vou deixar aqui abaixo o link de um vídeo curtinho,
bem dinâmico e explicativo sobre como funciona o
ciclo do trabalho escravo, apenas caso tenha
curiosidade! ☺

https://youtu.be/Q1T9qRb9B8E

OBRIGADO PELA ATENÇÃO.

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PORTFÓLIO DE RESPONSABILDADE SOCIOAMBIENTAL

Turma: Administração III


Professora: Cassia Eline
Aluna: Kauane Vitoria de Lima Linhares

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