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SEMANA DA ASSIMILAÇÃO DO CONHECIMENTO

PLANO DE ESTUDOS – HISTÓRIA PROFESSORA TÂNIA 24 A 28/07/23


 ESCRAVIDÃO MODERNA OU TRABALHO ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO É CRIME.

Escravidão moderna ou trabalho análogo à escravidão é crime. A lei penal caracteriza o trabalho escravo: trabalhos
forçados, jornadas exaustivas, condições degradantes e restrição à locomoção por dívida com o empregador. O art.
149 do Código Penal determina prisão de 2 a 8 anos e multa pela violência causada à pessoa submetida a trabalho
análogo à escravidão. Embora o Brasil seja referência no combate à escravidão moderna, casos de trabalhadores
resgatados aumentaram nos últimos anos. Veja a entrevista com o advogado trabalhista Luís Camargo. (vídeo 5:15)

https://www12.senado.leg.br/tv/programas/cidadania-1/2023/05/escravidao-moderna-ou-trabalho-analogo-a-
escravidao-e-crime

 TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO E ESCRAVIDÃO COLONIAL: QUAIS AS DIFERENÇAS?


Publicado em 12 de maio de 2023

A abolição formal da escravatura no Brasil, com a assinatura da Lei Áurea, completará 135 anos amanhã (13
de maio). Mas você sabe quais são as diferenças entre a escravidão daquele período e o trabalho escravo
contemporâneo?

A escravidão colonial e imperial era uma instituição legalizada pelo Estado. Já o trabalho escravo
contemporâneo é crime estabelecido pelo Código Penal Brasileiro, além de ser uma grave violação aos
direitos humanos: a prática inclui um conjunto de infrações trabalhistas que submetem as pessoas ao trabalho
forçado, a condições degradantes, à servidão por dívidas e a jornadas exaustivas

Se naquela época escravizar uma pessoa exigia grandes investimentos e era sinônimo de riqueza, atualmente a
situação de vulnerabilidade socioeconômica cria um contingente grande de trabalhadores disponíveis e
sujeitos à exploração, servindo como mão de obra barata para empresas em busca de lucro. Ainda que hoje a
raça não seja um critério seguido pelo empregador para selecionar quem será escravizado, devido ao histórico
da escravidão colonial, a maioria (60%)* desses trabalhadores é afrodescendente.

Para denunciar essa prática criminosa aos órgãos de fiscalização, acesse o canal de denúncias do Sistema Ipê.
Acesso o site do Escravo, nem pensar!, programa educacional da Repórter Brasil, e confira os materiais
disponíveis para pesquisa.

*Dados do Ministério do Trabalho e Emprego

Canal de denúncias Sistema Ipê: https://ipe.sit.trabalho.gov.br/#!/


Escravo, nem pensar! – Educação para a prevenção ao trabalho escravo:
https://escravonempensar.org.br/…/LIVRO-ESCRAVO-NEM…

https://escravonempensar.org.br/educarb/51-trabalho-escravo-contemporaneo-e-escravidao-colonial-quais-as-
diferencas/

 BRASIL RESGATOU 918 VÍTIMAS DE TRABALHO ESCRAVO EM 2023, RECORDE PARA UM 1º TRIMESTRE EM 15
ANOS

Número foi registrado entre janeiro e 20 de março deste ano, por


meio de operações do Ministério do Trabalho. Volume representa
uma alta de 124%, em relação aos primeiros três meses de 2022.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 918 trabalhadores em condições semelhantes à de
escravidão entre janeiro e 20 de março de 2023, uma alta de 124% em relação ao volume dos primeiros três
meses de 2022.

O número é recorde para um 1º trimestre em 15 anos, sendo superado apenas pelo total de 2008, quando
1.456 pessoas foram resgatadas.

Os dados foram compilados a pedido do g1 pelo auditor fiscal Maurício Krepsky, chefe da Divisão de
Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Goiás e Rio
Grande do Sul lideram
Goiás e Rio Grande do Sul foram os estados onde os auditores do Ministério encontraram o maior volume de
trabalhadores em situação análoga à de escravidão.

As operações de resgate em todo o país são realizadas por grupos formados por instituições como o Ministério
do Trabalho e Emprego, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Federal, a Polícia Rodoviária
Federal, a Polícia Federal, a Defensoria Pública da União, entre outras.

Somente em Goiás, 365 pessoas foram resgatadas. Mais da metade foi resgatada no último dia 17 em lavouras
e usinas de cana-de-açúcar nos municípios Itumbiara, Edéia e Cachoeira Dourada, no sul do estado, em uma
operação do MTE que durou três dias.
Entre as irregularidades encontradas pela fiscalização, estão a cobrança de aluguel de barracos usados como
alojamentos, o não fornecimento de alimentação e cobrança pelo uso de ferramentas de trabalho.

No Rio Grande do
Sul, 293 pessoas foram resgatadas até o dia 20 de março.

Um dos casos mais emblemáticos ocorreu durante a safra da uva, em fevereiro, quando 207 trabalhadores
foram encontrados em situações degradantes de trabalho em fazendas do município de Bento Gonçalves.

O caso chamou a atenção pelas agressões cometidas contra os trabalhadores, que afirmaram ter passado por
espancamentos, choques elétricos, tiros de bala de borracha e ataques com spray de pimenta, além de jornadas
exaustivas de trabalho.

Eles foram contratados pela empresa Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde LTDA, que
prestava serviços a três grandes vinícolas da região: Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton.

O responsável pela Fênix, o empresário Pedro Augusto de Oliveira Santana, também está por trás de uma
outra empresa que, em 2021, foi alvo de uma queixa pelo mesmo crime feita à Justiça do Trabalho.

Duas semanas depois deste caso na colheita da uva, uma outra operação do MTE conseguiu resgatar 82
pessoas em situação semelhante à escravidão em duas fazendas de arroz, no interior do município de
Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.

https://g1.globo.com/trabalho-e-carreira/noticia/2023/03/21/brasil-resgatou-918-vitimas-de-trabalho-escravo-em-
2023-recorde-para-um-1o-trimestre-em-15-anos.ghtml

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