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COLÉGIO ESTADUAL BARTOLOMEU DE GUSMÃO

ATIVIDADE DE SOCIOLOGIA

TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL

Em 2018, fiscais identificaram 1,7 mil casos de trabalho escravo no Brasil

A maior parte desses trabalhadores (1,2 mil) estava em áreas rurais e 1,1 mil
foram resgatados, segundo o governo federal
O Globo
28/01/2019 - 20:27 / Atualizado em 28/01/2019 - 20:41

RIO - Em 2018, ações fiscais da Inspeção do Trabalho, do governo federal,


identificaram 1,7 mil casos de trabalho escravo no Brasil. A maior parte desses
trabalhadores (1,2 mil) estava em áreas rurais, onde a prática historicamente é
mais comum. Foram resgatadas 1.133 pessoas. Em todo o ano passado foram
realizadas 231 inspeções. Em um quarto delas houve registro de trabalho análogo
ao de escravo.
 Desde que o governo brasileiro reconheceu a existência dessa prática ilegal e
passou a combatê-la, em 1995, os grupos de fiscalização da Inspeção do Trabalho
resgataram 53.607 trabalhadores nessa condição em todo o país. Nesse período,
foram pagos mais de R$ 100 milhões em verbas salariais e rescisórias durante as
operações.
O resgate do trabalhador, explica a pasta, não se limita à retirada física do local de
trabalho, mas de um conjunto de medidas para cessar o dano causado à vítima,
reparar os prejuízos no âmbito da relação trabalhista e promover o acolhimento por
órgãos de assistência social.
As ocorrências foram registradas no Ceará, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo,
Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Piauí,
Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
O estado de Minas Gerais teve o maior número de fiscalizações e trabalhadores
resgatados (266 resgates em 46 ações fiscais), seguido pelo Pará (107 em 13
operações). As atividades econômicas com mais casos de exploração de mão de
obra em condição análoga à de escravo foram o cultivo de café (302 resgates),
criação de bovinos para corte (106 resgates), produção de carvão vegetal (98
resgates), fabricação de farinha de mandioca e derivados (90 resgates), comércio
varejista de laticínios e frios (80 resgates) e construção de edifícios (69 resgates).

O dia 28 de janeiro é lembrado como Dia Nacional de Combate ao Trabalho


Escravo e Dia Nacional do Auditor-Fiscal do Trabalho, em homenagem aos
auditores-fiscais do trabalho Eratóstenes de Almeida, João Batista Soares Lage e
Nelson José da Silva, e ao motorista Ailton Pereira de Oliveira. Eles foram
assassinados enquanto investigavam denúncias de trabalho escravo em uma
propriedade em Unaí (MG).

No início do ano, a Secretaria de Inspeção do Trabalho, ligada ao Ministério da


Economia, atualizou a relação de empregadores que tenham submetido
trabalhadores a condições análogas à escravidão, mais conhecida como lista suja
do trabalho escravo. Nesta, há 202 nomes . A anterior havia sido divulgada em
outubro e incluía 209 empregadores. Todos os nomes que constam na lista foram
autuados por trabalho análogo ao de escravo por auditores fiscais, e tiveram o
direito de recorrer em duas instâncias administrativas dentro do órgão, mas
perderam.

De acordo com o artigo 149 do Código Penal brasileiro, caracterizam o trabalho


análogo ao de escravo condições degradantes de trabalho (incompatíveis com a
dignidade humana, caracterizadas pela violação de direitos fundamentais
coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador), jornada exaustiva (em que o
trabalhador é submetido a esforço excessivo ou sobrecarga de trabalho que
acarreta a danos à sua saúde ou risco de vida), trabalho forçado (manter a pessoa
no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências físicas
e psicológicas) e servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um
débito e prendê-lo a ele). Os elementos podem vir juntos ou isoladamente.

Responda as perguntas de acordo com o texto:


1º Qual o local de maior ocorrência de trabalho escravo?
2º Como ocorre o resgate do trabalhador?
3º Quais as atividades econômicas como maior ocorrência de trabalho escravo?
4º O que caracteriza um trabalho análogo ao escravo?

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