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TRABALHO ANÁLAGO A ESCRAVIDÃO EM EVIDÊNCIA

NO BRASIL

Segundo o artigo 149 do Código Penal Brasileiro, o trabalho análogo à escravidão é


caracterizado pela submissão de alguém a trabalhos forçados ou a jornadas exaustivas,
quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer
meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou seu preposto.

CONTEXTUALIZAÇÃO:

 Escravidão no Brasil, na época colonial.


 A abolição da escravatura efetuada de forma muito mal feita, ocasionando na
falta de estrutura e apoio politico e econômico para os negros, os levando a falta
de escolaridade e ficando na margem da pobreza, sendo forçados a adentrarem a
trabalhos análogos a escravidão

CAUSAS

 Isolamento geográfico
 Desigualdade Social
o Falta de formação escolar (falta de oportunidade)

CONSEQUÊNCIAS

 Degradação do ser humano o qual se encontra na situação de pseudo escravidão.


 Privação da dignidade
 Privação de oportunidades de ascensão de classe social
 Privação da sociedade
REPERTÓRIOS:

FILMES/ MIDIAS:

Filme: 7 prisioneiros

Filme: O Patrão: Radiografia de um Crime


A ficção, baseada em fatos reais, ganhou três prêmios da Academia Argentina, sendo um
deles de melhor ator para Joaquín Furriel, que interpretou Hermógenes, homem
analfabeto, que junto a sua esposa Nora (Andrea Garrote), migrou para a capital Buenos
Aires em busca de trabalho. Os dois passam a viver, em condições deploráveis, nas
dependências de um dos açougues do patrão, por causa disso não recebe salário fixo e sua
companheira trabalha como doméstica na casa do chefe. O drama apresenta como a face
embrutecedora do trabalho pode provocar a brutalidade e a reação violenta dos
subalternizados/as.

Série: em uma comunidade rural, revelando uma rede de exploração e trabalho


forçado. "Top of the Lake" (2013-2017) - A série acompanha uma detetive que investiga
o desaparecimento de uma jovem

NOTÍCIAS

 O Fantástico mostrou, há duas semanas, a história do homem que viveu 40 anos como


trabalhador escravizado em uma fazenda de café. Sem identidade, ele era chamado de
João do Brejo, mas a reportagem também pôs fim à busca de uma família: depois de
tantos anos, três filhos finalmente reencontraram o pai. João foi resgatado no fim de
janeiro de condições análogas à escravidão na fazenda de café Bela Vista, em Bueno
Brandão, em Minas Gerais. Ele chegou ao local em 1984, à procura de um trabalho, e
ficou lá vivendo em condições degradantes, sem salário nem registro, durante 39
anos. Diagnosticado com um transtorno neuropsiquiátrico, à época da reportagem ele
não tinha nenhum documento e nenhuma memória da vida anterior à fazenda
 Yolanda, uma mulher negra, hoje com 89 anos, foi submetida a uma situação de
escravidão por cinco décadas. Uma família de Santos, no litoral paulista, a mantinha sem
salário, sem folga e sob abusos físicos e verbais por parte de uma das filhas da dona da
casa. A dignidade de Yolanda foi resgatada com uma denúncia. A história foi descoberta
em 2020 e só agora veio à tona, quando o Ministério Público do Trabalho pediu que a
Justiça reconheça que a vítima foi submetida à situação de trabalho análogo à
escravidão. E que a família pague R$ 1 milhão por danos morais coletivos.

DADOS
“Minas é o estado que mais resgata, com mais atuações do Ministério Público do
Trabalho. A maior parte dos casos, 31,6%, estão na região Norte, sendo a cidade de João
Pinheiro (Noroeste) aquela com o maior número de ocorrências, especialmente na
atividade de carvoaria”.
Conforme o balanço realizado em 2020 pelo MTE, homens jovens, negros e pardos,
com baixa escolaridade ou analfabetos são as principais vítimas do trabalho escravo
contemporâneo no Brasil. Entretanto, mulheres negras são o perfil que compõem a
maioria dos resgatados em Minas Gerais, segundo Lívia.
Número de trabalhadores em condições análogas à escravidão saltou de 938, em 2020, para
2.575, em 2022, segundo o Ministério do Trabalho

CNN 2022: Nos últimos 10 anos, mais de 13,6 mil trabalhadores em condições


análogas à escravidão  foram resgatados no Brasil. No ano passado, foram 1.930, o
maior número desde 2013 e um aumento de 106% em relação a 2020, quando os
registros mostram 936 pessoas.
Segundo o Radar da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), cerca de 55 mil
pessoas foram resgatadas de condições de trabalho análogas à escravidão entre os anos
de 1995 e 2020.

LEIS:

 Podemos perceber que essa ação é vital para atuação do Ministério


Público, sem adentrar na esfera criminal. Regido pela Lei nº 7.347/1985,
respectiva ferramenta tem o intuito de reprimir ou impedir danos ao meio
ambiente; ao consumidor; à ordem urbanística; aos bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; por infrações da
ordem econômica e da economia popular; assim como a outros interesses
difusos ou coletivos

 Agora em dezembro, o Brasil comemora 15 anos da Lei 10.803, de 2003 que


incluiu no Código Penal punições para quem explora o trabalho escravo. A lei,
que teve origem no Senado, prevê pena de 2 a 8 anos de prisão, podendo ser
aumentada quando o crime for cometido contra crianças ou adolescentes. O
senador Paulo Paim (PT–RS) lamenta que o trabalho escravo continue sendo
uma realidade no Brasil. A reportagem é de Edson Gomes, da Rádio Senado.
Ouça o áudio com mais informações.
 Artigo 4°: “Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura
e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos” Este texto acima é o
Artigo 4º da declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)

CITAÇÕES:

CONCLUSÃO:

Leis mais severas


Propaganda de denuncia.

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