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São Cristóvão, SE
2023
CARLA ANIELY ROCHA MONTEIRO
DANIELLY SANTOS MENEZES
EMILY SOUZA DE OLIVEIRA
GABRIEL RIBEIRO COSTA
GABRIELA BARRETO ROCHA
MARIA ANIRALDA SANTANA SOUZA
MARIA LUANA SANTOS MELO
São Cristóvão, SE
2023
“Viver sem conhecer o passado é caminhar no
escuro.”
(Uma história de amor e fúria)
1. INTRODUÇÃO
Uma História de Amor e Fúria é uma obra cinematográfica dirigida por Luiz Bolognesi em
05 de abril de 2013 no Brasil. Ela retrata a história de um indígena Tupinambá de 600 anos
vivendo entre o presente e o passado, mediante uma luta eterna contra Anhangá - espírito da
morte - segundo o filme. Em primeiro lugar, enquanto o indígena procura o seu amor
platônico, Janaína, presume-se que esse sistema de desigualdade social permanecerá até 2096.
De forma assíncrona, o filme tem sua narrativa contextualizada com acontecimentos que
embasaram a Formação sócio-histórica do Brasil, acontecimentos os quais se distanciam em
diversos parâmetros, mas se unem por um marco em comum: opressão da parte dos que detém
o poder ao longo da história do povo brasileiro e da mestiçagem que compõem o país. “Uma
história de amor e fúria”, também é uma história da nossa história, a qual exploraremos a
seguir. Logo, para entender toda esta construção histórica atual é necessário passar por todo
entendimento das particularidades sócio-históricas do Brasil, que se configuram como
particular/singular na sua formação.
No Rio de Janeiro em 1968, após 130 anos em busca de Janaína, o guerreiro imortal
encontra mais uma versão. Dessa vez, em um cenário de regime militar, sendo resistência e
lutando pela democracia. A ditadura é explanada diretamente no filme, os personagens
principais são presos, sem saídas, são conduzidos a anistia e depois morrem lutando. Em 31
de Março de 1964 com um golpe de Estado, dava início a ditadura militar, mais um período
da história brasileira marcado por atrocidades a humanidade, tais como:
A saúde pública era restrita a trabalhadores formais e as massas pobres eram excluídas
dos cuidados básicos à saúde, com isso surgiu o sistema de saúde privada. Ademais, não
existia plano de saúde e o saneamento básico chegava a poucas localidades.
A economia do nordeste sofreu fortes quedas com o governo militar, o que fez a
população migrar para a cidade. Consequentemente, a migração gerou mais pobreza nas
cidades, entretanto, a miséria no campo não foi reduzida.
1.3.9 Desigualdade
No regime militar os trabalhadores tiveram os seus salários defasados e uma vez que
as leis eram ignoradas naquele período, a lei da greve, que havia sido instituída há pouco
tempo, era pouco usada.
“Nada é tão atrativo ao capital do que a possibilidade de exercício de um poder
monolítico, sem questionamentos”, diz Sakamoto, que cita a asfixia dos sindicatos, a falta de
liberdade de imprensa e política foram “tão atraentes a investidores que isso transformou a
ditadura brasileira e o atual regime político e econômico chinês em registros históricos de
como crescimento econômico acelerado e a violência institucional podem caminhar lado a
lado”.
A obra “Uma história de amor e fúria” também relata uma parte despótica, enfatizando
o avanço tecnológico e intitulando a cidade do Rio de Janeiro (RJ), como a mais segura do
país. Porém, mediante as violências vividas na ficção em comparativo com a realidade atual
do RJ, pensando também nos direitos básicos garantidos pela constituição de 1988, é de suma
importância a reflexão crítica de que somos sujeitos políticos. A cidade do Rio de Janeiro se
divide em favelas com falta de água, sem saneamento básico, de difícil acesso à educação e o
lazer, compostas por famílias pretas e pobres; por outro lado, temos as praias de Copacabana,
um dos pontos de lazer, com policiamento, saneamento básico, e de frente para elas, em
prédios luxuosos e caríssimos, geralmente construídos pelas massas que residem nas favelas,
estão os brancos e detentores do poder. Mediante tal comparação entre ficção e fatos reais, o
Rio de Janeiro é a cidade mais segura do mundo para quem? Atualmente, em um governo
democrático, como as autoridades responsáveis têm reagido no que diz cumprimento das leis?
Todas as partes fictícias relatam a história do Brasil pelo olhar do povo brasileiro, que
mesmo em diferentes épocas, algo parece imutável: A LUTA. Mudam-se os nomes e os anos,
mas as raízes dos problemas são as mesmas e nós estamos SEMPRE lutando contra suas
mazelas que tentam nos engolir vivos a todo custo.
2. QUESTÃO RACIAL
3. RELAÇÃO DE GÊNERO
4. CLASSE OPERÁRIA
5. CAPITALISMO
6. CONCLUSÃO
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição
De morrer pela pátria
E viver sem razão
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
(Geraldo Vandré, 1968)
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.
MADEIRO, Carlos. Dez razões para não ter saudades da Ditadura Militar. Portal Geledés,
2014. Disponível em:
https://www.geledes.org.br/dez-razoes-para-nao-ter-saudades-da-ditadura/ Acesso em: 6 out.
2023.