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29 | 2015 :
La transformation de l’espace urbain en Amérique Latine (1870-1930) : discours et
pratiques de pouvoir
Resúmenes
Español English
O objetivo deste artigo é apresentar as origens da segregação no Brasil, particularmente a
segregação da população negra. A abordagem segue o percurso histórico dos anos de 1890 até
1930, demarcado por grandes transformações no cenário brasileiro e latino americano: em 1888,
a abolição do trabalho escravo, no ano seguinte a proclamação da República e mais precisamente
nas primeiras décadas do século XX, as metamorfoses da sociedade urbana industrial, com foco
nas cidades de Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Consideramos a segregação de base racial é
estrutural e institucional, portanto, de 1870 até 1930 e, especialmente, no transcorrer do século
XX e o momento atual, a população negra encontra-se nos lugares de subalternidade
socioeconômica e espacial. As cidades brasileiras durante a passagem da sociedade do trabalho
escravagista para a sociedade do trabalho livre, reproduz a lógica da dominação do poder do
capital e das desigualdades. Além das contradições socioeconômicas, é no corpo da cidade que se
dinamizam os lugares do racismo que reflete na sobrerepresentação da população negra em todos
os espaços, lugares e territórios.
The objective of this paper is to present the origins of segregation in Brazil, particularly the
segregation of the black population. The approach follows the historic route of the years 1890 to
1930, marked by major changes in the Brazilian and Latin American scene: in 1888, the abolition
of slavery, the following year the proclamation of the Republic and more precisely in the first
decades of the twentieth century, the metamorphosis of industrial urban society, focusing in
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Salvador, Sao Paulo and Rio de Janeiro. We believe that racial segregation is structural and
institutional therefore from 1870 until 1930 and, especially, in the course of the twentieth century
and the present moment, the black population is in places of socio-economic and spatial
inferiority. The Brazilian cities during the passage of the slave labor society to the free labor
society, reproduces the logic of domination of the power of capital and inequality. In addition to
the socioeconomic contradictions, is the body of the city that streamline places of racism that
reflects the over-representation of black people in all spaces, places and territories.
Texto completo
Introdução
1 As origens ou mais precisamente as raízes da segregação racial no Brasil não é um
tema recente, dos dias de hoje e/ou da história do século XX. Este fenômeno se
apresenta no decorrer do século XIX, com a introdução de medidas socioeconômicas e
políticas que impediram da mão de obra escravizada, no percurso das revoltas, conflitos
e da abolição, de se tornar empreendedora, proprietária e protagonista do espaço e do
território brasileiro.
2 No percurso do século XX, as desigualdades e a distância socioeconômica e política
entre brancos e negros não pararam, continuaram constantes. De um lado, resultando
em benefícios materiais e simbólicos para a população branca de todos os segmentos
sociais e, de outro lado, a falta de oportunidades e o quadro da subalternidade
socioeconômica e política.da população negra.
3 Gradualmente, por intermédio das revoltas e conflitos a população africana e a
diáspora em solo latino americano e brasileiro, inscreveram o fim do escravismo nas
Américas. No território latino americano, fomos o último país a colocar em pratica a
abolição do trabalho escravo.
4 No quadro institucional, em 1888, a monarquia determinou o encerramento do
trabalho escravo com a assinatura da lei Áurea, em 13 de maio de 1888. Pelas mãos da
Princesa Isabel. A abolição determina o fim da sociedade escravagista, tornando
homens e mulheres livres para o exercício de seus direitos sociais, políticos, econômicos
e culturais.
5 No papel, homens e mulheres negras foram considerados livres, mas a abolição não
lhes garantiu a verdadeira cidadania. Em solo brasileiro, não ocorreram as premissas
básicas para a passagem de escravo à cidadão (Ianni, 2004). O acesso e as
oportunidades do exercício à cidadania, como habitação, educação, mercado de
trabalho, rendimento e saúde, em condições de dignidade plena (quantidade e
qualidade), não se inscreveram de forma universal no território nacional, no entanto,
para a população negra, o quadro foi mais dramático: nos últimos 126 anos, foram os
primeiros a entrar no mercado de trabalho e os últimos a sair, exercem as atividades
formais e informais de menor expressão socioeconômica e política, são a maioria nas
habitações impróprias como as favelas, cortiços, palafitas e loteamentos irregulares, na
história e nas últimas décadas, o cenário do homicídio revela que as principais vítimas
são homens, pobres, jovens e negros, enfim, é um contexto que assinala territórios sem
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libertos e de aluguel estavam ali, nos sítios e em suas cercanias, na transição do rural
para o urbano e na região central, ou seja, perfaziam as funções de transporte de
alimentos e todo tipo de carga para abastecer a cidade, eram pedreiros, ferreiros,
carregadores, faziam a limpeza da cidade. Portanto, homens e mulheres negras, dia e
noite, moviam a estrutura socioeconômica das cidades brasileiras. Nas inúmeras fases
da história socioeconômica do país, a população negra esteve a frente, sempre
exercendo os sustentáculos da mão de obra, haja vista os períodos das economias do
açúcar, minério e do café, principalmente a cafeicultura nas últimas décadas da
sociedade escravagista.
13 Nas últimas décadas da escravidão, a cidade de Salvador já era tida como a maior
concentração de negros africanos e afro-brasileiros. Neste ínterim das últimas décadas
da sociedade escravagista, a capital soteropolitana era responsável pela migração de
mão de obra para abastecer as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que se elevaram
no cenário nacional com a economia de exportação, baseada na produção do café.
14 Na capital baiana, reiteramos, a população escravizada, livre e de aluguel perfazia o
cenário da mão de obra, no entanto, a inexpressiva representação de brancos significava
a ocupação dos principais postos e lugares do poder e da hierarquia da estrutura
socioeconômica e política.
15 É inegável a participação da população negra diante da urbanização da cidade de
Salvador. Nesta capital, a força de trabalho de homens e mulheres negras se estabeleceu
no comércio de rua, no tráfego fluvial na Bahia de Todos os Santos, no enraizamento da
cultura no chão de território, por intermédio do candomblé e do legado africano que
foram se incorporando na cultura local, da cidade e do país.
16 Rio de Janeiro foi a segunda capital do país, de 1763 a 1960, durante este período, a
capital nacional era o centro de toda a realização socioeconômica, política e cultural. No
porto do Rio de Janeiro que desembarcou o maior número de africanos trazidos para cá
pelo tráfico negreiro, ali eles foram constituíndo quilombos, territórios e lugares de
insubordinação no decorrer dos séculos XVIII, XIX e XX.
17 Na capital carioca, a população africana e afro-brasileira também deixou suas marcas
no chão do território. Ali, homens e mulheres também produziram, movimentaram e
mudaram a dinâmica do espaço social. Nas ruas, praças, becos e nas habitações
coletivas, eles investiram sua força de trabalho em todas as posições, funções e
realizações.
18 Fora da dinâmica material, a população africana e afro brasileira imprimiu no chão
do território e nas principais capitais em desenvolvimento, a cultura espontânea e
popular. Gradualmente, os sons, cantos e batuques dos negros nas cidades brasileiras
foram se incorporando nos territórios do Brasil. A Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo são
provas vivas da territorialidade negra no espaço, rural e urbano.
19 O universo do samba (percussão, dança e canto) advém da cultura africana e afro
brasileira que no decorrer da historia social, dinamizaram o espaço, especialmente no
contexto urbano. Nas principais urbes em desenvolvimento, a população imprimiu no
chão do território referências culturais que se incorporaram a cultura nacional e local:
por exemplo, na Bahia e em sua capital, o universo do samba está distribuído em todo o
território, nos terreiros de candomblé, nos grupos de capoeira, nos quilombos e nas
territorialidades negras; no Rio de Janeiro, a população negra ocupou os morros com a
edificação das favelas, nos subúrbio e nos lugares da pobreza, perfazendo blocos e
escolas de samba e o dia a dia da identidades dos territórios do samba e da cultura
popular; em São Paulo, a população negra foi se desenvolvendo em meio aos
movimentos do urbano e do rural, sobretudo do urbano, onde se concentraram em
bairros étnicos, haja vista os bairros da Sé, Sul da Sé, Liberdade, Bexiga e Barra Funda,
no decorrer das décadas de 1870 a 1930 (Tinhorão, 1997; Moura, 1983; Rolnik, 1989).
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casa dos 50.000; São Paulo, com 64.934, Porto Alegre, 54.421 habitantes e Belém,
50.064 habitantes.
35 Em 1900, havia quatro cidades com mais de cem mil indivíduos, são elas: Rio de
Janeiro, correspondia a 691.565 habitantes; São Paulo, 239.820; Salvador, 205.813
habitantes; Recife, com 113.106 e Belém, 96.560 habitantes (Santos, 1993).
36 É diante do quadro de crescimento desordenado, ideologia do branqueamento,
segregação e das desigualdades que as cidades brasileiras se desenvolveram no decorrer
do período de 1890 a 1930.
37 Neste ínterim, de 1890 a 1930, o país experimentou o crescimento populacional,
interno e externo. Do ponto de vista externo, a imigração estrangeira (especialmente de
europeus) teve como princípio responder ao ideal de modernização, com a substituição
do trabalhador nacional (em maior proporção a mão de obra negra) nas áreas mais
dinâmicas do desenvolvimento, como, por exemplo, nos centros do capitalismo
nacional, as urbes de São Paulo e Rio de Janeiro, onde o capitalismo brasileiro e
internacional se fortaleceram (Fernandes, 1965)
38 O projeto de modernização da sociedade brasileira significou, no âmbito político e
socioeconômico, a instalação do projeto de embranquecimento via inserção de
estrangeiros no mercado de trabalho. No decorrer do tempo acreditava-se que a
miscigenação iria fazer desaparecer da sociedade o elemento negro.
39 Portanto, nas primeiras décadas do século XX, ao invés de levar à frente a cidadania
para todos nas cidades brasileiras, o Estado propôs a substituição da mão de obra
nacional, e, em concomitância, nos lugares, territórios e pedaços das cidades habitados
por negros e pobres, como nas cidades de Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro, a
ideologia do embranquecimento foi eficaz com o apoio das políticas de limpeza urbana,
perseguição física e simbólica e o racismo, estrutural e institucionalizado.
40 Os efeitos e cenários da política de embranquecimento, via modernização social e
espacial, foram mais intensos na região sudeste, especialmente nas capitais de São
Paulo e Rio de Janeiro. Nas regiões em que não houve imigração estrangeira em massa,
como o nordeste, a população negra permaneceu nos mesmos lugares, ou seja, nos
lugares, funções e referências da base socioeconômica da estrutura social. Na cidade de
Salvador, negros e negras pouco alteraram suas posições na hierarquia social. Eles
permaneceram nos bairros pobres, distantes e próximos das elites brancas, mas nas
margens do desenvolvimento da cidade.
41 Durante as três primeiras décadas do século XX na cidade de São Paulo, em
diferentes momentos, a população negra foi obrigada a mudar de seu lugar de origem
socioespacial. Estas transformações estão conectadas às transformações da cidade e do
país.
42 Conforme Bernardo (1998), durante as três primeiras décadas do século XX na
capital paulistana, brancos e negros viveram diferentes realidades: para a população
negra, a vida na cidade significava o histórico exercício do lugar de negro, que diz
respeito às habitações, mercado de trabalho, posições sociais, educação, serviços de
saúde e bem estar social, renda e rendimento, em geral, sempre inferiores ao cenário da
população branca. A maior parte da população negra vivia nos bairros populares, em
cortiços e porões, dividiam a habitação com o imigrante. O branco imigrante, em geral,
na parte superior dos cortiços; e o negro, na parte inferior. A imigração, sobretudo a
italiana, foi aproveitada praticamente em todas as funções da sociedade em
desenvolvimento, nas indústrias em expansão, comércio e todo tipo de produção e
reprodução do espaço social.
43 Para homens e mulheres italianas e seus descendentes, a capital paulistana ficou
marcada como a cidade do progresso e do desenvolvimento, para os homens e mulheres
negras, a cidade da escuridão e do desconhecimento (Bernardo, 1998; Oliveira, 2008).
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56 Nos anos de 1890 até os nossos dias, o mito da democracia racial mantém o seu
manto quanto ao quadro da segregação e do direito à cidade. No decurso dos 126 anos
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da abolição, o espaço urbano das cidades brasileiras não é para todos. Aos negros,
principalmente a eles, são reservados os últimos lugares na hierarquia e na estrutura
socioeconômica do país; como bem representa a etnografia sensível, há mais de
cinqüenta anos, registrada pelas lentes de Claude Lévi-Straus.
Considerações finais
57 No decorrer do texto, apresentamos os cenários do espaço urbano em constante
transformação nas cidades brasileiras. Mas é a segregação de base racial que concentra
as nossas atenções, da pré-abolição até as três primeiras décadas do século XX.
58 Neste período, as cidades brasileiras, dentre elas, as expressivas capitais de Salvador,
São Paulo e Rio de Janeiro, cada uma foi revelando suas particularidades e o todo. As
particularidades dizem respeito ao quadro de desenvolvimento urbano, desigualdades e
a forma que o espaço, diante da lógica da dominação do poder do capital e das
desigualdades, define os lugares e posições dos diferentes grupos socioeconômicos. No
cenário nacional, o racismo e as desigualdades destinaram à população negra a
sobrerrepresentação na pobreza, na indigência e na marginalização socioeconômica e
cultural. O racismo beneficia a população branca de todos os estratos socioeconômicos,
quanto ao acesso, consumo e produção dos bens e do ambiente construído necessário à
vida nas cidades.
59 De 1890 a 1930, a segregação brasileira manteve os últimos lugares das cidades para
a população negra, em geral, espaços e territórios com ambiente construído de uso
coletivo (público e privado) sempre em condições inferiores para a população negra e
pobre. Aqui, a segregação socioeconômica e racial, separam as pessoas conforme a
classe social e a linhagem de cor e raça.
60 Após 1930, este cenário foi constante, a segregação é resultado da herança do passado
e o transcorrer do século XX. A manutenção da segregação da população negra baseou-
se na ausência de políticas públicas de combate ao racismo e às desigualdades,
centradas e focadas nos territórios de desigualdades raciais nas cidades brasileiras,
sobretudo nas capitais de Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro.
61 A construção do direito à cidade é para todos os habitantes que nela vivem, trabalham
e fazem acontecer o movimento do território. A luta por cidadania e democracia
depende, em especial, das constantes lutas travadas e construídas, desde os quilombos,
favelas e periferias da etapa atual. Parte das lutas dos movimentos sociais negros vem
refletindo em políticas públicas, adotadas pelo Estado e setores privados, visando a
construção de igualdade, direito às diferenças e o reconhecimento das identidades.
62 Nas últimas décadas do século XX e neste início do século XXI, as ações afirmativas,
centradas nas cotas para as populações negra, indígena e pobre, de forma relativa tem
proporcionado o acesso destes segmentos (historicamente excluídos dos direitos
básicos), aos bancos das universidades públicas (federais e estaduais). Além das cotas,
outras estratégias políticas estão sendo colocadas em pratica: a aprovação do Estatuto
da Igualdade Racial, que estabelece a promoção de políticas públicas para a população
negra em diferentes cenários, como o acesso à educação, cultura, saúde, moradia, bem
estar social, terra e mercado de trabalho; as leis 10.639/2003 e 11.648/2008, que
tornam obrigatório o estudo da história e da cultura africana, afro-brasileira e indígena
nas escolas públicas e particulares, e, na perspectiva do bem estar social, a adoção da
Política Nacional de Saúde da População Negra, tendo em vista os ininterruptos
cenários das desigualdades raciais em saúde, desde o nascimento, desenvolvimento,
adoecimento e morte, haja vista o genocídio da população negra e jovem nos últimos
quarenta anos.
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63 Espaço urbano e raça são pautas relegadas e negadas por pesquisadores brasileiros
sobre o urbano nas ciências sociais. Historicamente e na era atual, serão as lutas por
direitos à igualdade e às diferenças que marcarão a história do século XXI e que poderá
definir territórios de cidadania para todos.
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Notas
1 Divisão de povos africanos de diferentes grupos étnicos ; camitas, bantos, sudaneses, insulani,
etc.
2 Foi aprovada em 4 de 1850, é uma legislação brasileira do segundo Reinado, que proibiu o
tráfico interatlántico de escravos. No Brasil, esta lei foi aprovada devido a pressão socioeconômica
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e política da Inglaterra.
3 Em 2014, a irmandade completou 303 anos de existência. A história da instituição está inscrita
no chão e na história da capital paulistana.
4 A Reforma está baseada nos princípios das políticas de limpeza urbana e higienização, tendo
como orientação a ideologia do Barão de Haussmann, que mudou radicalmente a cidade de Paris
(pós-revolução), com a abertura de grandes avenidas, colocando no esquecimento o espaço
público de lutas e história das classes populares que estiveram à frente das lutas em prol da
revolução e da igualdade política e socioeconômica.
Autores
Reinaldo José de Oliveira
Pós-doc do Programa Nacional de Pós-Doutorado da CAPES, vinculado ao Programa de
Estudos Pós-Graduados da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. E-mail:
reinaldo.jose@uol.com.br
Derechos de autor
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