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1. “[...] Protegidos por sua retirada para regiões de difícil acesso, os Jê do Sul do Brasil
sobreviveram por alguns séculos aos Tupi, logo liquidados pelos colonizadores. Nas
florestas dos estados meridionais, Paraná e Santa Catarina, pequenos bandos selvagens
mantiveram-se até o século XX; talvez ainda subsistissem alguns em 1935, tão ferozmente
perseguidos nos últimos cem anos que se mantinham invisíveis; porém, a maioria fora
aldeada e assentada pelo governo brasileiro, por volta de 1914, em vários centros”
(LÉVI-STRAUSS, C. Tristes Trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 144).
A partir dos significados da cultura segundo a antropologia, da história dos conflitos entre
populações indígenas e outros grupos humanos e do texto de Lévi- Strauss, é correto
afirmar que:
01) a inferioridade cultural dos índios Jê frente a outros grupos humanos foi o principal fator que
contribuiu para o seu desaparecimento.
02) a perseguição feroz a grupos étnicos distintos do grupo socialmente dominante pode levar à
invisibilidade social dos grupos perseguidos.
04) a perseguição e o massacre dos índios Jê no Sul do Brasil foram fortemente motivados por
pontos de vista etnocêntricos, interesses de Estado e ação de grupos sociais diversos.
08) já não existiam grupos indígenas no Sul do Brasil no início do século XX.
16) o etnocentrismo, o preconceito, os interesses econômicos e as relações de poder
influenciaram a maioria dos estados modernos no desrespeito aos direitos e às culturas das
populações nativas que habitam seus territórios.
3. Quanto aos índios brasileiros, a partir dos estudos sociológicos já feitos e existentes hoje, está
correto dizer que:
a) estão em via de extinção posto serem culturas primitivas e atrasadas com relação à sociedade brasileira, daí
se inviabilizarem como grupo social.
b) não há mais índios no país, posto que só existiriam índios quando da descoberta do Brasil e no período
Colonial, quando pelas guerras, doenças e outros fatores advindo do contato com os colonizadores, vieram a se
extinguir.
c) apesar das desigualdades sociais imensas que sofreram e sofrem, marginalizando-os, eles continuam
presentes marcando, atualmente, muito melhor suas identidades e pertencimentos culturais específicos,
abrindo e conquistando espaços políticos dentro da sociedade brasileira.
d) não mais existem índios no Brasil, pois que todos eles já entraram na sociedade brasileira, adquirindo os
bens e serviços desta, daí não haver mais nenhuma cultura indígena pura, verdadeira, a qual possamos nos
referir como legitimamente indígena.
4. Segundo a autora Valéria Pilão, “Há um grupo no estado de São Paulo chamado
‘Carecas do ABC’, cuja atividade coletiva chegou ao extremo de jogarem um garoto pela
janela do trem, pois o mesmo era punk. As manifestações homofóbicas também estão
presentes, o preconceito contra o negro é outra característica que permeia estes
movimentos. Na cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná, recentemente (set/2005)
um grupo pregando ‘o orgulho branco’ agrediu um negro na região denominada setor
histórico. Suas atitudes não pararam por aí, panfletos cujo conteúdo propunha o
preconceito ao homossexual e ao negro foram afixados nos postes do local.”
(PILÃO, V. Movimentos sociais. In: LORENSETTI, E. et al. Sociologia. Curitiba: SEED-PR, 2006, p. 241-242).
Grande do Sul. Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul/Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, 2010, p. 50).
I. O texto defende o fenômeno da aculturação para resolução e integração dos povos indígenas
na sociedade nacional.
II. Segundo os autores, os meios de comunicação de massa são responsáveis pela fiscalização
de políticas indigenistas, representando todos os pontos de vista em seus discursos midiáticos.
III. Conforme o texto, a mídia, de forma recorrente, nega a atualidade dos direitos indígenas na
nação brasileira.
IV. Para os autores, discursos anti-indigenistas baseiam-se na defesa do valor histórico das
populações indígenas.