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PROPOSTA DE REDAÇÃO ENEM - 1

Professor Breno Augusto Alves Pereira Rosa

Texto 01.

Igualdade ou Equidade de Gênero?

Enquanto o sexo biológico é determinado por características


genéticas e anatômicas, o gênero é uma identidade adquirida e refere-
se à variedade de papéis e relacionamentos construídos pela sociedade
para os dois sexos. Por isso, o gênero muda ao longo do tempo e varia
grandemente dentro das diferentes culturas em todo o mundo.

A igualdade de gênero descreve o conceito de que todos os


seres humanos, tanto mulheres como homens, são livres para
desenvolver as suas capacidades pessoais e fazer escolhas sem as
limitações impostas por estereótipos. Igualdade de gênero não
significa que as mulheres e homens têm de ser idênticos, mas que os
seus direitos, responsabilidades e oportunidades não dependem do fato
de terem nascido com o sexo feminino ou masculino.

Assim, a equidade en tre gêneros significa que homens e mulheres são tratados de forma justa, de acordo com as respectivas
necessidades. O tratamento deve considerar, valorizar e favorecer de maneira equivalente os direitos, benefícios, obrigações e
oportunidades entre homens e mulheres.

Fonte: Princípios de Empoderamento das Mulheres – Igualdade significa negócios, publicação do Pacto Global da ONU e ONU
Mulheres.

Texto 02.

“Não passa um único dia sem que vejamos nas notícias a violação dos direitos das mulheres. Nos últimos meses, horríveis episódios
de violência contra mulheres e meninas, ocorridos desde Nova Deli até Joanesburgo e Cleveland, provocaram a indignação pública e
deram margem a manifestações pelo fim dos abusos.

Em Bangladesh e Camboja, a escandalosa perda de vidas de trabalhadores do setor têxtil, entre eles muitas mulheres, desatou um
debate mundial sobre como garantir empregos seguros e decentes em nossa economia globalizada. Na Europa seguem estampando
manchetes sobre o impacto desproporcional que os cortes de austeridade tiveram sobre as mulheres, assim como o uso do sistema de
cotas para que as mulheres ocupem postos em diretorias corporativas.

Embora as mulheres tenham conquistado verdadeiros avanços, os fatos nos recordam continuamente que ainda falta muito para que a
igualdade entre homens e mulheres seja uma realidade.

Quando assinaram a visionária Declaração do Milênio no ano 2000, as e os líderes mundiais reconheceram que a discriminação e a
violência contra as mulheres e meninas são onipresentes. Entre os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) incluíram
o que se refere a promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.”

Fonte: http://www.onu.org.br/um-objetivo-mundial-em-materia-de-igualdade-de-genero-direitos-e-empoderamento-das-mulheres/

Texto 03.

“A igualdade de gêneros é considerada uma das bases para construir uma sociedade com menos preconceito e discriminação. ‘A
igualdade de gêneros é fundamental para as sociedades democráticas e igualitárias. Muita coisa mudou desde a década de 1970,
quando as mulheres entraram massivamente para o mercado de trabalho, mas ainda existem muitas disparidades. Por exemplo, as
estatísticas nos mostram que as mulheres ainda têm salários menores que os dos homens e ganham 70% do que eles ganham, em
média’, afirma Eleonora Menicucci, ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.”

Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/igualdade-genero-756416.shtml

Texto 03.

“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana
assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que
qualificam de feminino. Somente a mediação de outrem pode constituir um indivíduo como um Outro. Enquanto existe para si, a
criança não pode apreender-se como sexualmente diferenciada. Entre meninas e meninos, o corpo é, primeiramente, a irradiação de
uma subjetividade, o instrumento que efetua a compreensão do mundo: é através dos olhos, das mãos e não das partes sexuais que
apreendem o universo. O drama do nascimento, o da desmama desenvolvem-se da mesma maneira para as crianças dos dois sexos;
têm elas os mesmos interesses, os mesmos prazeres; a sucção é, inicialmente, a fonte de suas sensações mais agradáveis; passam
depois por uma fase anal em que tiram, das funções excretórias que lhe são comuns, as maiores satisfações; seu desenvolvimento
genital é análogo; exploram o corpo com a mesma curiosidade e a mesma indiferença; do clitóris e do pênis tiram o mesmo prazer
incerto; na medida em que já se objetiva sua sensibilidade, voltam–se para a mãe: é a carne feminina, suave, lisa, elástica que suscita
desejos sexuais e esses desejos são preensivos; é de uma maneira agressiva que a menina, como o menino, beija a mãe, acaricia-a,
apalpa-a; têm o mesmo ciúme se nasce outra criança; manifestam-no da mesma maneira: cólera, emburramento, distúrbios urinários;
recorrem aos mesmos ardis para captar o amor dos adultos.

Até os doze anos a menina é tão robusta quanto os irmãos e manifesta as mesmas capacidades intelectuais; não há terreno em que lhe
seja proibido rivalizar com eles. Se, bem antes da puberdade e, às vezes, mesmo desde a primeira infância, ela já se apresenta como
sexualmente especificada, não é porque misteriosos instintos a destinem imediatamente à passividade, ao coquetismo, à maternidade:
é porque a intervenção de outrem na vida da criança é quase original e desde seus primeiros anos sua vocação lhe é imperiosamente
insuflada.” (Simone de Beauvoir em “O Segundo Sexo”, volume 2. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1967, 2ª edição, pp. 9-10.)

Escreva uma carta argumentativa para uma mulher que ocupe algum cargo político a fim de cobrar dela posturas e políticas
em defesa da igualdade de gênero no Brasil.

Instruções:
1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do
gênero selecionado.
2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende
abordar.
3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura faça estritamente o que estiver informado na
prova ou no caderno do candidato, no caso desta proposta passe um traço (Uniube) ou deixe sem assinatura.
4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.
5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.
6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.
7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.

PROPOSTA DE REDAÇÃO UFU - 2

Texto 01.

Texto 02.

Sobre Rachel Sheherazade, justiceiros e "marginaizinhos"

Porque não é cristão estimular a justiça com as próprias mãos

Por Ricardo Alexandre 5/fev 14:33

Sobre o editorial de Rachel Sheherazade no “SBT


Repórter”, no qual a jornalista defende o grupo que amarrou um
“marginalzinho” nu em um poste no Rio de Janeiro, gostaria de
excepcionalmente usar deste espaço semi-musical para dizer o
seguinte:

A teologia da libertação católica e a teologia da missão


integral protestante celebrizaram o conceito do “pecado estrutural”
que, apesar de ganhar corpo no século 20, remonta a São Basílio
Magno (que dizia que “a fome é inadmissível, assim como
indigência causada pela tua abundância” lá no século quarto) e,
claro, à Bíblia e aos apóstolos. Basicamente, o conceito de pecado
estrutural defende que, além dos pecados pessoais (roubar, matar,
praticar a imoralidade, mentir etc.) há certo tipo de desvio da
vontade de Deus que diz respeito à estrutura das coisas. Ao jeito
que a sociedade se organiza, à forma com que o egoísmo, a
violência e a maldade está entranhada na estrutura das nossas
relações.

A bancada evangélica, por exemplo, embora julgue-se porta voz da justiça divina defendendo os valores da família (ou seja,
em tese, lutando contra o pecado pessoal) cai no pecado estrutural de usar de espaço público para legislar em causa própria, ou atuar
em defesa do grupo que o elegeu a custa da sociedade como um todo. Não é um conceito liberal ou marxista; pelo contrário, é um
conceito muito ortodoxo teologicamente, a ponto do papa Francisco se referir a ele diversas vezes nos últimos tempos.

Provavelmente, Rachel Sheherazade, que se diz cristã, nunca ouviu falar em pecado estrutural. Não deve ter lhe ocorrido que
“o marginalzinho” nu em um poste é tão vítima da estrutura corrompida quanto aquele de quem roubou. O justiceiro, cuja atitude a
jornalista chama de “compreensível”, também é vítima do pecado estrutural, assim como o infeliz que foi deixado amarrado com uma
trava de bicicleta no Flamengo.
Por isso, entre outros motivos, não devemos tomar a vingança em nossas mãos. Por isso não devemos estimular o ódio como
paga pelo ódio. Por isso, a única saída é romper o ciclo de maldade, e não estimulá-lo.

Ela termina o texto com um sorriso sarcástico nos lábios, se dirigindo "aos que se apiedaram do marginalzinho": "Faça um
favor ao Brasil, adote um bandido", disse ela, com a força e eloquência dos que já ouvem a claque imaginária ao fundo. Adotar um
bandido é o que Jesus Cristo mais espera que seus seguidores façam. Que não sejamos cristãos o bastante para isso, é tristemente
compreensível. Orgulhar-se disso em rede nacional, já é triste demais.

Em resumo: gostaria que meus amigos não caíssem na facilidade de acreditar que Sheherazade diz o que diz porque é
evangélica. Ela diz o que diz porque é ignorante sobre as raízes de sua própria fé, e está entorpecida com a possibilidade de ser usada
pelo SBT para ser “porta voz” de certo segmento da sociedade.

O segmento ignorante.

Fonte: http://musica.br.msn.com/blog/post--sobre-rachel-sherazade-justiceiros-e-marginaizinhos

Faça um artigo de opinião sobre a sua concordância ou não a respeito da ação dos justiceiros contra potenciais ou reais
criminosos em cidades brasileiras.

Instruções UFU:

1. Após a escolha de uma das situações, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do
gênero selecionado.

2. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende
abordar.

3. Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. Em hipótese alguma
escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.

4. Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os.

5. Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.

6. ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua redação será penalizada.

7. Mínimo de 25 e máximo de 30 linhas.

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