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2022
A partir do conteúdo da disciplina, procure por empresas com uma proposta efetiva de Saúde,
Segurança e Qualidade de Vida (na internet) e traga as informações encontradas para discussão
em sala de aula.
O texto abaixo servirá para a primeira leitura em dupla, respondendo às perguntas sugeridas:
O órgão diz que a empresa empregou trabalho escravo e cometeu tráfico de pessoas em uma
fazenda no Pará, entre as décadas de 1970 e 1980. O caso veio à tona neste fim de semana,
após a publicação de reportagens por veículos da imprensa alemã: a Televisão Pública ARD e o
Jornal SZ (Süddeutsche Zeitung).
Questionada pelo g1, a Volkswagen disse que "reforça seu compromisso de contribuir com as
investigações envolvendo direitos humanos de forma muito séria. A empresa não comentará o
assunto até que tenha clareza sobre todas as alegações".
O MP afirma que os fatos teriam ocorrido na Fazenda Vale do Rio Cristalino, conhecida como
Fazenda Volkswagen, em Santana do Araguaia (PA), de propriedade da Companhia Vale do Rio
Cristalino Agropecuária Comércio e Indústria (CVRC), uma subsidiária da Volkswagen.
Fazenda no Pará
Segundo o MP, as violações incluíam "falta de tratamento médico nos casos de malária,
impedimento de saída da fazenda, em razão de vigilância armada ou de dívidas contraídas
(servidão por dívidas), alojamentos instalados em locais insalubres, sem acesso à água potável e
com alimentação precária".
O MP alega ainda que a Fazenda Volkswagen tinha mais de 139 mil hectares e a vegetação
nativa foi transformada em áreas de pasto, por meio de queimadas e desmatamentos, a partir
de empreiteiros, conhecidos na região como "gatos", que recrutavam lavradores em pequenos
povoados.
As denúncias de tráfico de pessoas e trabalho escravo se referem, em particular, a esses
lavradores aliciados por empreiteiros a serviço da empresa para roçar e derrubar mata na
Fazenda Volkswagen. Eles eram contatados sobretudo no interior do Mato Grosso, do
Maranhão e de Goiás, e também no território que, hoje, forma o estado do Tocantins, segundo
o MPT.
O órgão afirma ainda que a empresa mantinha cerca de 300 empregados diretos, para funções
administrativas, de vaqueiro, segurança e fiscalização. No entanto, os serviços de roçagem e
derrubada da floresta, realizado nas frentes de trabalho, eram executados por trabalhadores
sem vínculo empregatício.
Segundo o Ministério Público, a documentação foi apresentada pelo padre Ricardo Rezende
Figueira, coordenador de grupo de pesquisa sobre trabalho escravo da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ). À época, o padre era coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT),
da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a região de Araguaia e Tocantins.
Investigação
O MPT afirma que o grupo de trabalho formado para apurar o caso, liderado pelo procurador
do Trabalho Rafael Garcia Rodrigues, concluiu pela responsabilidade da Volkswagen pelas
graves violações aos direitos humanos ocorridas dentro da fazenda.
Perguntas:
Quais as infrações que podem ter sido cometidas pela Volkswagen?
Comente, a partir do texto, sobre a importância de se fiscalizar ambientes com vistas a
segurança no trabalho.
Em sua opinião, diante o conteúdo apresentado, qual a importância da disciplina Saúde e
Segurança e Qualidade de Vida para a área de gestão?