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05/01/2021 Lava Jato do Rio responde à ONU sobre investigação contra Zanin

ESQUEMA S

Lava Jato do Rio responde à ONU sobre investigação contra


escritório de Zanin
Advogados disseram às Nações Unidas que não tiveram direito ao contraditório. MPF os classi ca como
conspiratórios

ANA POMPEU

01/12/2020 19:45 BRASÍLIA

Procuradores da Lava Jato do Rio dão entrevista coletiva / Crédito: Divulgação MPF

O Ministério Público Federal (MPF) disse à Organizações das Nações Unidas (ONU) que
não houve intimidação dos advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins por
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05/01/2021 Lava Jato do Rio responde à ONU sobre investigação contra Zanin

ONU para denunciar que, ao serem alvos da Operação E$quema S, os procuradores da


República induziram um réu colaborador e impossibilitaram o contraditório. O MPF
classi ca a postura dos advogados como conspiratória. Leia a íntegra.

Por meio do ofício de 55 páginas, o MPF ressaltou que não procedem as alegações
narradas às Nações Unidas. Os dois advogados estão entre os 26 primeiros réus da
Operação E$quema S, que investiga crimes envolvendo desvios de recursos federais do
Sesc e Senac do Rio. A operação está com a tramitação suspensa por decisão do
ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O MPF já pediu à
presidência do Tribunal a suspeição do ministro para julgar o caso.

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A força-tarefa informou que as investigações e processos sob competência dela — 51


operações desde novembro de 2016 — miram esquemas de corrupção e outros crimes
praticados no estado do Rio de Janeiro. E Lula não responde a qualquer processo na
Lava Jato do Rio — é investigado em Curitiba, Brasília e São Paulo.

“Ocorre que, leitura atenta do pedido de buscas pelo Ministério Público Federal e da
denúncia criminal que seguem anexos, demonstra claramente que os referidos
advogados não foram investigados e nem acusados pelo exercício de advocacia que
efetivamente prestaram em razão de contratos advocatícios verdadeiros”, diz o
documento. Segundo o MPF, Teixeira e Zanin foram investigados “por crimes
vinculados à simulação de contratos ideologicamente falsos, entre 2012 e 2017”.

Na resposta à ONU, são listados 120 documentos incluídos pelo MPF como elementos
de prova nos autos e que embasaram buscas em escritórios de advogados
supostamente envolvidos com a organização criminosa. A força-tarefa destacou que
os mandados em escritórios de advocacia foram cumpridos na presença de pelo
menos um representante da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB). O MPF informou que os advogados nunca pediram ao Judiciário, nem
identi caram, desde as buscas, o dispositivo com dados do ex-presidente que citaram
à ONU por suposta apreensão indevida.

“É absolutamente esdrúxula e vazia a versão conspiratória apresentada às Nações


Unidas pelo Sr. Roberto Teixeira e pelo Sr. Cristiano Zanin Martins, que, ao invés de
exercerem o seu legítimo direito de defesa pelo uso dos pródigos recursos disponíveis
na legislação brasileira, buscam vias heterodoxas para arti cializar narrativas e
alcançar vitimização e blindagem contra a possível punição por atos criminosos pelos
quais vêm sendo acusados pelo Ministério Público Federal”, ressaltou a força-tarefa
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05/01/2021 Lava Jato do Rio responde à ONU sobre investigação contra Zanin

Wassef
A operação sofreu críticas por parte de advogados, que questionaram a competência
de quem pode atuar no caso, se a Justiça Federal ou a Justiça Estadual. O MPF chegou
a divulgar uma nota explicativa sobre o tema.

De acordo com as investigações do MPF, o esquema teve início com os advogados


Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, que foram denunciados em 9 de setembro. Segundo
a denúncia, eles iniciaram um esquema que desviou ao menos R$ 151 milhões por
meio da Fecomercio. Os valores teriam sido pagos por Orlando Diniz (gestor das
entidades do Sistema S do Rio de Janeiro) e Marcelo Almeida (diretor-regional do Sesc
e o Senac) a pretexto de serviços advocatícios,. Entretanto, estes serviços nunca foram
realizados de verdade.

O MPF sustenta que, como os contratos eram feitos com a Fecomércio-RJ, entidade
privada, o seu conteúdo e os seus pagamentos não eram auditados pelos conselhos
scais do Sesc e do Senac Nacional, pelo TCU ou pela CGU, órgãos que controlam a
adequação dos atos de gestão das entidades paraestatais com a sua nalidade
institucional. Mas como as três entidades eram geridas por Orlando Diniz, os valores
públicos iam para a entidade privada.

O advogado Frederick Wassef teria entrado neste esquema anos depois, de acordo
com o MPF. Wassef não foi denunciado nesta etapa da operação, que ocorreu no dia
9/9, mas no mesmo dia do oferecimento da denúncia foi alvo de buscas em sua casa e
escritório. O JOTA antecipou que Wassef não tardaria a ser denunciado.
Posteriormente, no dia 25/9, ele foi alvo de denúncia do MPF.

ANA POMPEU – Repórter em Brasília. Cobre Judiciário, em especial o Supremo Tribunal Federal (STF), o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Passou pelas redações do ConJur,
Correio Braziliense e SBT. Colaborou ainda com Estadão e Congresso em Foco. Email: ana.pompeu@jota.info

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