A LÓGICA DA COLONIALIDADE E A AUSÊNCIA DE RESPONSABILIZAÇÃO

LEGAL DAS EMPRESAS TRANSNACIONAIS POR VIOLAÇÕES DE DIREITOS

HUMANOS OCORRIDAS NAS CADEIAS DE PRODUÇÃO: o caso do povo
indígena Guarani e Kaiowá no Mato Grosso do Sul

Programa de Pós-Graduação em Direito - UNISINOS

Defesa de Projeto de Dissertação
Orientadora: Profa. Dra. Fernanda Frizzo Bragato
Mestrando Alex Sandro da Silveira Filho
(PROEX/Capes - PPGD Unisinos)

Fonte da imagem: https://cimi.org.br/2018/09/comunidade-guarani-kaiowa-busca-reverter-no-stf-

decisao-que-anulou-demarcacao/
Antecedentes do projeto
• Trabalho conjunto do NDH-Unisinos com o Conselho
Indigenista Missionário (CIMI), Ministério Público
Federal – Procuradoria da República em
Dourados/MS, Universidade Federal da Grande
Dourados (UFGD) e Cardozo Law School (NY-EUA)
desde 2017.
• Estudo acerca das cadeias produtivas do agronegócio
no complexo Guarani-Kaiowá.
Tema
Direitos humanos, pensamento descolonial, empresas
transnacionais e povos indígenas.
Delimitação do Tema
A história dos povos indígenas no Brasil é permeada por
inúmeras violações aos seus direitos territoriais, movidas
especialmente por interesses econômicos e pela
depreciação da figura e das cosmovisões dessas
populações.
Problema
Como a lógica da colonialidade se relaciona com
a ausência de responsabilidade das empresas
transnacionais perante o Direito Internacional
pelas violações de direitos humanos ocorridas
em suas cadeias produtivas?
Hipótese
A lógica da colonialidade se manifesta de forma contundente
na ausência de responsabilização das empresas transnacionais
por violações de direitos humanos na medida que o poder
político e econômico que estas corporações possuem impede
que o Direito Internacional seja modificado de forma a permitir
a sua responsabilização, bem como inviabiliza a existência de
mecanismos eficientes de controle e monitoramento de suas
cadeias de produção. Então, fica permitida a ocorrência de
violações de direitos humanos por empresas transnacionais, na
medida que resta assegurada a impunidade às corporações por
tais atos.
Objetivo Geral
Analisar como a lógica da colonialidade se relaciona com a
ausência de responsabilização de empresas transnacionais por
violações de direitos humanos ocorridas nas suas cadeias de
produção.
Objetivos Específicos
a) apresentar os conflitos fundiários envolvendo terras indígenas
reivindicadas pelos indígenas Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do
Sul;
b) apresentar dados sobre a relação existente entre as empresas
transnacionais que atuam no Mato Grosso do Sul e a produção
agropastoril naquele Estado;
c) analisar os problemas de violação de direitos humanos ao longo
das cadeias de produção das empresas transnacionais, bem como os
fatores que inviabilizam seu controle e monitoramento;
Objetivos Específicos
d) analisar o estado da arte do Direito Internacional dos Direitos
Humanos em matéria de empresas transnacionais, bem como acerca
dos mecanismos existentes para coibir violações de direitos humanos
por parte destas entidades;
e) explicar o que é a lógica da colonialidade, com olhar no papel
histórico das corporações empresariais no colonialismo, e traçar
possíveis relações com a impunidade das empresas transnacionais
por violações de direitos humanos;
f) apresentar possíveis perspectivas teórico-práticas viáveis para o
enfrentamento da ausência de mecanismos vinculantes de
responsabilização das empresas transnacionais por violações de
direitos humanos.
Justificativa
• Relevância social: no mundo todo, todos os dias,
empresas transnacionais cometem violações de direitos
humanos, prejudicando comunidades e ecossistemas
inteiros, comprometendo a vida de milhões de pessoas.
• Relevância jurídica: as empresas transnacionais
raramente são responsabilizadas por violações de
direitos humanos mediante o ordenamento jurídico
interno dos países, considerando a presença de diversos
mecanismos jurídicos de proteção patrimonial dessas
corporações.
Metodologias
• Método de abordagem: indutivo
• Método de procedimento: histórico e
comparativo
• Técnicas de pesquisa: revisão bibliográfica e
levantamento de documentação direta
Sumário Provisório
• Capítulo 1: Agronegócio, Empresas transnacionais e o
povo Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul: conflitos
territoriais e violações de direitos humanos
• Capítulo 2: Empresas transnacionais, cadeias globais de
produção e responsabilização perante o Direito
Internacional dos Direitos Humanos
• Capítulo 3: A lógica da colonialidade e seu papel na
ausência de responsabilização corporativa por violações
de direitos humanos ocorridas nas cadeias de produção
 OBRIGADO!
E-mail: alexsilveirafilho@yahoo.com

Fonte da imagem: https://cimi.org.br/2018/09/comunidade-guarani-kaiowa-busca-reverter-no-stf-

decisao-que-anulou-demarcacao/