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Resumo
Por ser uma realidade mundial, o trabalho análogo ao de escravo, na esfera
internacional, está previsto em convenções e tratados internacionais editados
por organizações como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a
Organização Internacional do Trabalho (OIT). No Brasil, o Código Penal (CP)
tipifica como crime em seu art. 149, onde prevê os elementos que
caracterizam um ser humano a esta situação. Não obstante a sua harmonia
com os tratados e diplomas internacionais, o conceito vigente sofre
constantes ataques no país. O presente estudo refuta ainda a concepção
difundida sobre a capacidade de mitigar o trabalho análogo ao escravo
correlacionando como uma via de mercado de trabalho e traçando paralelos
para conhecer, aplicar e desenvolver Políticas Públicas com intuito de
combater essa prática.
Abstract
As it is a global reality, work analogous to slavery, in the international
sphere, is provided for in international conventions and treaties edited by
organizations such as the United Nations (UN) and the International Labor
Organization (ILO). In Brazil, the Penal Code (CP) typifies as a crime in its art.
149, where it provides the elements that characterize a human being in this
situation. Despite its harmony with international treaties and diplomas, the
current concept suffers constant attacks in the country. The present study also
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Ciranilda da Silva Sousa, Ryermeson Pereira Martins e Samara de Jesus Souza Carvalho
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Orientador
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refutes the widespread conception about the ability to mitigate work analogous
to slavery by correlating it as a way of the labor market and drawing parallels
to know, apply and develop Public Policies in order to combat this practice.
Keywords: work; slave; public policy; Brazil.
1 INTRODUÇÃO
O Trabalho análogo à escravidão é uma mazela que assola o Brasil
desde os tempos mais remotos até os dias atuais, acarretando as mais
complexas consequências do ponto de vista jurídico, social, econômico e
sobretudo humano. Este trabalho, infringe a liberdade, igualdade e aquilo que
está estabelecido em lei, como o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana,
afrontando o mínimo necessário para tais trabalhadores laborar com saúde e
segurança.
Este representa uma grave violação dos direitos humanos, remontando
a práticas históricas que subjugavam indivíduos à condição de propriedade,
negando-lhes liberdade e dignidade. Em pleno século XXI, a persistência
desse fenômeno revela um desafio contínuo para a proteção e promoção dos
direitos fundamentais. Esse tipo de exploração laboral ocorre quando
trabalhadores são submetidos a condições degradantes, jornadas exaustivas,
e têm sua liberdade cerceada, assemelhando-se a formas contemporâneas
de escravidão. O combate ao trabalho análogo à escravidão tornou-se um
imperativo ético e jurídico, fundamental para a salvaguarda da dignidade
humana e a preservação dos valores consagrados nos direitos humanos.
A interseção entre trabalho análogo à escravidão e direitos humanos
evidencia a necessidade de uma abordagem holística na proteção dos
indivíduos vulneráveis a essa prática abominável. A Declaração Universal dos
Direitos Humanos, instrumento central no arcabouço internacional, destaca
princípios fundamentais que são flagrantemente desrespeitados nessas
situações, como o direito à liberdade, à igualdade, e à não submissão à
tortura ou tratamento cruel. Nesse contexto, o enfrentamento do trabalho
análogo à escravidão requer não apenas medidas punitivas, mas também a
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2 METODOLOGIA
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3 REFERENCIAL TEÓRICO
No cenário contemporâneo, o trabalho análogo à escravidão persiste como
uma realidade alarmante, desafiando os avanços históricos na promoção dos
direitos humanos e da dignidade. Em diversas partes do mundo, incluindo regiões
urbanas e rurais, trabalhadores são submetidos a condições de exploração que se
assemelham de maneira perturbadora às práticas históricas de escravidão. Essa
forma contemporânea de violação dos direitos fundamentais ocorre quando
indivíduos são submetidos a jornadas exaustivas, alojamentos precários e até
mesmo cerceamento de sua liberdade, refletindo uma exploração que transcende
fronteiras geográficas e contextos socioeconômicos (SOUZA et al., 2020).
A complexidade do trabalho análogo à escravidão nos dias atuais é agravada
por suas manifestações sutis e multifacetadas. Em alguns casos, trabalhadores são
atraídos por falsas promessas de emprego digno e condições adequadas, apenas
para se encontrarem em situações de exploração extrema, muitas vezes em setores
informais e cadeias de suprimentos globais. Ademais, as vulnerabilidades
socioeconômicas, falta de fiscalização efetiva e a existência de redes de tráfico
humano contribuem para a perpetuação desse flagelo, revelando uma teia complexa
de fatores que demanda uma abordagem abrangente e coordenada (OLIVEIRA,
2022).
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
a persistência do trabalho análogo à escravidão representa uma afronta
inaceitável aos princípios fundamentais dos direitos humanos. A violação
sistemática da dignidade, liberdade e igualdade dos trabalhadores evidencia a
urgência de esforços contínuos para erradicar essa prática abominável. O
enfrentamento do trabalho escravo não é apenas uma responsabilidade legal,
mas uma obrigação moral e ética, essencial para a construção de uma
sociedade verdadeiramente justa e humanitária.
dois a oito anos, e multa, além disso, os infratores estão sujeitos à pena
correspondente às violências impostas às vítimas, conforme estabelecida
na Lei n. 10.803/2003 baseando-se no artigo 149, cujo a pena será
aumentada também quando o crime for cometido contra a criança ou o
adolescente e incluir preconceito de raça, etnia, religião ou origem.
O trabalho escravo contemporâneo considera algumas diferenciações e
termos que delimitam a situação na qual se encontra a pessoa como por
exemplo, no trabalho forçado, é caracterizada a submissão da pessoa que
trabalha, sem possibilidade de deixar o local, seja por conta de dívidas, de
violência física ou psicológica ou qualquer forma de coerção. As condições
degradantes e as jornadas exaustivas ocorrem quando a dignidade humana é
negada ao trabalhador ou à trabalhadora e há risco de vida. Pode-se concluir
que o poder público deveria efetivar políticas públicas mais eficientes como:
fiscalização efetiva nas empresas, realização de Fóruns dedicado a
repreensão do trabalho análogo a de um escravo, campanhas
socioeducativas para sensibilizar e conscientizar para que as pessoas
identifiquem se encontram-se ou quando encontrarem-se em determinada
situação, manter canais de denúncia ativo divulgando o fluxo nacional de
atendimento às vítimas de trabalho escravo; da denúncia ao planejamento,
resgate e pós resgate da vítima.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRITO FILHO, José Claudio Monteiro. Trabalho escravo: caracterização jurídica. LTr
Editora, 2020.