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Escola Secundária Afonso Lopes Vieira

Crescimento económico selvagem:

Trabalho realizado por:


Andreia Gomes nº1
Camila Fernandes nº3
Clara Gomes nº4

Professor Adalberto Montenegro


Introdução…………………………………………………………………..…………….3
História do trabalho infantil………………………………………………………………4
Evolução do trabalho infantil………………………………………………..……………5
Consumismo…………………………………………………………………...…………7
Papel da criança na sociedade……………………………………………………………9
Situação em portugal…………………………………………………………….………10
Trabalho infantil e direitos humanos…………………………………………….………11
Conclusão…………..……………………………………………………………………13
Webgrafia…………………………………………………………………………..……14
No âmbito da disciplina de Economia C, foi-nos proposto a realização de um
trabalho de investigação no âmbito da Unidade 4, O Desenvolvimento e os Direitos
Humanos.
Optámos pelo presente tema “O crescimento económico selvagem: trabalho
infantil” pois foi, de entre os vários temas disponibilizados pelo docente, o que mais nos
cativou.
Neste trabalho procuramos aprofundar os nossos conhecimentos no âmbito do
trabalho infantil, relacionando-os com os direitos humanos presentes neste trabalho e
analisando criticamente os problemas que decorrem do crescimento económico de
algumas grandes empresas.
Segundo a Organização das Nações Unidas, os Direitos Humanos são direitos
inerentes a todos os seres humanos, independentemente da sua raça, sexo,
nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Procuramos expor
com este trabalho as inúmeras violações dos direitos humanos que, infelizmente, ainda
ocorrem hoje em dia derivadas do trabalho infantil.
Para a realização do trabalho iremos tirar partido das ferramentas que nos são
disponibilizadas como as informações presente na Internet e no manual escolar adotado.
DO TRABALHO INFANTIL

O trabalho infantil é caracterizado pela realização de qualquer forma de trabalho,


remunerada ou não, por crianças menores de idade, de acordo com a legislação de cada
país. Desse modo, o trabalho infantil priva crianças e adolescentes de uma infância
normal e impede o desenvolvimento de todas as capacidades e habilidades do
indivíduo de uma maneira saudável.
A exploração da mão de obra infantil foi uma prática muito comum ao longo da
história. Além disso, apesar de ser uma prática considerada condenável, ainda é,
infelizmente, a realidade de inúmeras crianças ao redor do mundo.
Os primeiros relatos de mão de obra infantil registaram-se na Idade Média, em
que o trabalho das crianças era usado como forma de complementar a renda familiar,
devido à pobreza extrema que a maioria da população daquela época enfrentava. Já nos
séculos XI, XII e XIII, onde a Europa se regulava pelo sistema político, económico e
social, o feudalismo, as crianças eram tratadas como aprendizes de artesãos, o que trazia
vantagens para os senhores feudais.
Porém, o pico da mão de obra infantil só aconteceu por volta de 1760, com o
início da Revolução Industrial. Com a necessidade de produzir mais e com a crescente
procura de mão de obra, as crianças começaram a trabalhar nas fábricas de forma a
poderem garantir uma renda extra para a sua família. O horário de trabalho destas
crianças era exaustivo. Começavam a trabalhar com 6 anos de idade em turnos de 14
horas e ganhavam 5 vezes menos do que uma pessoa adulta. As crianças eram
submetidas a abusos físicos e sexuais e as duras condições de trabalho provocaram
várias mortes.
DO TRABALHO INFANTIL

Em 1802, a Inglaterra implantou a primeira lei de controlo do trabalho


infantil nas indústrias nacionais, incentivando outros países a seguir-lhe os passos,
como França e Alemanha. Atualmente, a maioria dos países adotou uma legislação que
proíbe o trabalho infantil, grande parte estimulada pela Organização Internacional do
Trabalho. Na União Europeia, esta proibição exprime-se na Carta dos Direitos
Fundamentais da União Europeia, no Artigo 32º “É proibido o trabalho infantil. A
idade mínima de admissão ao trabalho não pode ser inferior à idade em que cessa a
escolaridade obrigatória, sem prejuízo de disposições mais favoráveis aos jovens e salvo
derrogações bem delimitadas. Os jovens admitidos ao trabalho devem beneficiar de
condições de trabalho adaptadas à sua idade e de protecção contra a exploração
económica e contra todas as actividades susceptíveis de prejudicar a sua segurança,
saúde ou desenvolvimento físico, mental, moral ou social, ou ainda de pôr em causa a
sua educação.”
Segundo a OIT, entre 2000 e 2012, houve uma redução de cerca de 40% do total
de crianças do sexo feminino e 25% do total de crianças do sexo masculino que exerciam
algum tipo de atividade remunerada, atingindo uma queda de 78 milhões de crianças
trabalhadoras em todo o mundo.
No entanto, ainda há um grande caminho a percorrer, visto que o problema do
trabalho infantil ainda não é um problema irradicado. Em 2020, eram 160 milhões o
número de crianças vítimas do trabalho infantil, sendo que em 2018 tinham sido
registadas mais de 150 milhões de cianças a trabalhar. A OIT divulgou que, nesse ano,
um em cada 10 menores estava exposto a esta situação. Numa situação de pandemia,
em que vivemos uma crise económica e social torna-se maior a exposição das
crianças ao trabalho infantil, visto que são um grupo social mais vulnerável,
principalmente se vierem de famílias mais desfavorecidas.
Assim, para prevenir o trabalho infantil é necessário implementar medidas como
assegurar a justiça social equalitária, promovendo a proteção social destas famílias
mais desfavorecidas e promovendo a igualdade de oportunidades, sendo ao nível do
trabalho ou ao nível escolar. Por outro lado, é necessário promover uma educação de
qualidade, também nos países mais propícios ao trabalho infantil, de forma a não
prejudicar o desenvolvimento da criança, não promovendo assim o trabalho infantil, bem
como a criação de leis contra o trabalho infantil e a supervisão de situações de
exposição ao trabalho infantil.
O E O TRABALHO INFANTIL

Após refletir sobre o tema, reconhecemos o consumismo como uma das causas
do trabalho infantil. O consumismo é caracterizado por comportamentos de consumo
irracional e impulsivo, sem critérios e alheio a preocupações ambientais. Um dos
objetivos do Desenvolvimento Sustentável até 2030 é o de garantir padrões de
consumo e de produção sustentáveis, que visa proporcionar a sustentabilidade da
produção e do consumo permitindo erradicar o consumismo.
A sociedade de consumo tem a sua origem no desenvolvimento do processo de
industrialização ocorrido após a Segunda Guerra Mundial. O progresso tecnológico
permitiu a produção em grande escala, produção que era necessário escoar. A
sociedade de consumo é caracterizada pelo consumo de massas, consumo em grande
escala de produtos normalizados e de curta duração, que visa sobretudo o lucro das
empresas.
O consumismo é característico das sociedades capitalistas. Este tipo de sistema
económico tem como objetivo a maximização do lucro e a acumulação de riqueza
apenas numa pequena percentagem da população. Assim, estes objetivos promovem
a desigualdade social e a concentração do poder económico. Para além disso, como
os salários são um dos custos de produção e os capitalistas desejam aumentar o seu lucro,
os salários da classe trabalhadora são reduzidos, intensificando essa desigualdade
social. Visto que as famílias não auferem grande salário, é natural que necessitem de
mais uma fonte de rendimento. Aliado a outros fatores da sociedade, principalmente
em países em desenvolvimento, as crianças tendem a entrar no mundo do trabalho mais
facilmente.
Muitas das empresas cujos produtos consumimos no nosso dia a dia estão
envolvidas em escândalos relacionados com o trabalho infantil. Por exemplo, várias das
empresas de renome no ramo da tecnologia foram citadas no processo de acusação de
trabalho infantil que provocou a morte de crianças e a destruição de áreas residenciais na
República Democrática do Congo. Várias famílias dizem ter perdido os seus filhos nas
minas de cobalto alegadamente exploradas por empresas como a Apple, Google, Dell,
Microsoft e Tesla. O cobalto é essencial para alimentar as baterias de lítio utilizadas em
produtos tecnológicos e a sua procura tem aumentado significativamente ao longo dos
últimos anos no seguimento do aumento do consumo em massa. Cerca de 60% do
cobalto mundial é encontrado na R.D do Congo, sendo este um dos países com menor
IDH do mundo.

Área residencial destruída para campo mineiro

As condições de trabalho destas crianças são deploráveis, sendo que


trabalhavam em grandes minas sem qualquer segurança e recebiam apenas 2 dólares por
dia. Podemos ver assim as condições de vida destas famílias, visto que, as crianças eram
forçadas a trabalhar devido à pobreza extrema em que viviam, não podendo
frequentar a escola e ter acesso a uma infância digna. De acordo com a Declaração
dos Direitos Humanos: Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser
gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino
elementar é obrigatório. [...] (Artigo nº 26).
Desta forma, estas crianças não tinham os seus direitos respeitados devido ao
facto de serem forçadas a trabalhar ao invés de estarem na escola a zelar pelo seu
futuro.
NA SOCIEDADE

Atualmente, no século XXI, ser criança significa ter acesso a direitos como a
educação, saúde, nutrição, … No entanto, a infância nem sempre foi vista desta forma.
Ao longo da História, o papel da criança sempre foi mínimo, sendo sempre
submetida a uma figura paternal. Já durante os Descobrimentos a criança era vista
como mão de obra trabalhadora, tendo ficado exposta à fome, doenças e guerras,
demonstrando a falta de sentimento e importância dada à criança.
Quando, em 1959, a ONU aprova a Declaração Universal dos Direitos da
Criança, que inclui direitos como a igualdade, escolaridade gratuita e alimentação, a
criança passa a ocupar um lugar de destaque na sociedade. Desta forma, a criança do
século XXI tem, supostamente, todas as condições para desenvolver o seu potencial
máximo desde o início da vida. No entanto, o tratamento dado às crianças atualmente
ainda não é o ideal.
Apesar da educação ser um direito fundamental, ainda existem desigualdades no
acesso à educação a nível mundial. A UNESCO divulgou um relatório em que expôs o
facto de cerca de 260 milhões de crianças não tiveram acesso à educação em 2018,
principalmente devido à pobreza extrema e discriminação. A maioria dos países com
menor percentagem de crianças a frequentar a escola situam-se no sul e centro da Ásia e
na África Subsaariana. Estes dados refletem-se no ìndice de trabalho infantil nestes
países.

Assim, concluímos que o facto


destes direitos fundamentais
das crianças não serem
respeitados, principalmente o
direito à educação, contribuem
diretamente para o aumento
do trabalho infantil.
SITUAÇÃO EM

Em Portugal, ainda existem casos de trabalho infantil, especialmente na área das


artes. Muitas das ilegalidades cometidas no que toca à exploração de crianças
prendem-se com o tempo de trabalho excessivo, acima das previstas na lei.
O artigo 32º da Convenção sobre os Direitos das Crianças reconhece o direito
da criança a ser protegida contra a exploração económica e sujeição a trabalhos
perigosos ou capazes de comprometer a sua saúde ou o seu desenvolvimento físico,
mental, espiritual, moral ou social. Apesar da situação do trabalho infantil em
Portugal ter melhorado, ainda existem casos de trabalho infantil principalmente
nas áreas da moda, arte e restauração.
Para além disso, é de notar que os grupos populacionais mais vulneráveis estão
mais expostos aos perigos do trabalho infantil. A pobreza é um dos principais
determinantes do trabalho infantil, sendo que as crianças são um dos grupos sociais
mais afetados pela pobreza. É no seio das famílias mais pobres que se nota uma maior
necessidade de mais elementos que contribuam para o rendimento da família. Desta
forma, as crianças veem-se obrigadas a entrar no mundo do trabalho demasiado cedo, o
que irá comprometer o seu rendimento escolar, visto que as taxas de matrícula escolar
são notoriamente mais baixas entre as crianças que trabalham.
Assim, é necessário assegurar a diminuição das desigualdades sociais e
económicas para conseguir diminuir o trabalho infantil em Portugal, visto que é delas
que decorre a necessidade de recorrer às crianças como fonte de rendimento.
TRABALHO INFANTIL E OS

A educação é um fator que contribui para o trabalho infantil visto que, quanto
menor é a escolaridade da família, maior é o risco das crianças ingressarem
precocemente no mercado de trabalho. Quando a criança se encontra a trabalhar, a sua
aprendizagem fica naturalmente prejudicada, podendo até abandonar a escola. Segundo a
UNICEF, dos adolescentes que trabalham entre os 15 e os 17 anos, 26% não frequentam
a escola. Assim é necessário que o Estado assegure às crianças condições para se
manterem na escola, bem como ajudas financeiras às famílias mais carenciadas, para que
não tenham de usar os seus filhos como fontes de rendimento.
Como já referimos, a Declaração dos Direitos Humanos visa assegurar este
mesmo bem a todos os cidadãos no seu artigo nº26: Toda a pessoa tem direito à
educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a
correspondente ao ensino elementar fundamental. O
ensino elementar é obrigatório. [...]
Para além disso, um dos objetivos do
Desenvolvimento Sustentável para 2030 é o de garantir
o acesso à educação inclusiva de qualidade e equitativa,
e promover oportunidades de aprendizagem para todos,
que vai de encontro ao próprio direito humano.
O ensino em Portugal é de caráter obrigatório até aos 18 anos ou 12º ano de
escolaridade, desde 2009. O Estado Português defende agora que os 12 anos de
escolaridade são relevantes para o progresso social, económico e cultural da
população e do país.
Para além disso,em Portugal, o ensino está consagrado como universal e
gratuito durante o período da escolaridade obrigatória, havendo também apoios no
âmbito da Ação Social Escolar para os alunos carenciados, o que se reflete na baixa
percentagem de crianças no mercado de trabalho.
Por outro lado, a pobreza e o trabalho infantil estão intimamente relacionados,
visto a pobreza é simultaneamente causa e consequência do trabalho infantil. A nível
mundial a maioria dos pobres são crianças, sendo um dos grupos sociais mais afetados
pela pobreza: "As crianças que vivem na pobreza sofrem uma privação de recursos
materiais, espirituais e emocionais necessários para sobreviver, desenvolver-se e
prosperar, o que lhes impede de usufruir de seus direitos, alcançar seu pleno potencial e
participar como membros plenos e em iguais condições na sociedade […]".
Enquanto que, a pobreza pode levar à necessidade das crianças ingressarem no
mercado de trabalho demasiado cedo, o facto das suas condições de trabalho serem
miseráveis e os seus salários irracionalmente baixos ou até nulos leva a que as crianças
não consigam quebrar o ciclo de pobreza das suas famílias.
De acordo com a Declaração dos Direitos Humanos,
artigo nº23, Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre
escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de
trabalho(...). Para além disso, um dos objetivos do
Desenvolvimento Sustentável é promover o crescimento
económico inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo
e o trabalho digno para todos, que se relacionam com as
condições de trabalho destas crianças, cujos direitos não estão a
ser respeitados.
Diretamente relacionado com este objetivo e direito, o
ODS 1 tem como objetivo erradicar a pobreza em todas as suas
dimensões, em todos os lugares.
Depois de momentos de reflexão, concluímos que os direitos humanos não estão a
ser plenamente respeitados em todas as suas vertentes ao redor do mundo. Estas crianças
que estão neste momento a trabalhar, não podem usufruir dos seus direitos, devido à sua
condição económica e social. Assim, os governos destes países deviam assegurar
condições dignas a todos os seus cidadãos bem como apoios financeiros a todas as
famílias carenciadas para que possam desenvolver-se integralmente. Para além disso, e
analisando a situação atual do mundo, pensamos que os ODS não serão cumpridos até
2030.
Ao realizarmos este trabalho foi-nos possível aprofundar os nossos

conhecimentos relativamente à situação mundial do trabalho infantil. Assim, este

trabalho contribuiu para o nosso desenvolvimento pessoal e académico, servindo

como um alerta para todas as ocorrências de desrespeito dos direitos humanos e

como reflexão sobre a maneira de como poderíamos reverter esta conjuntura. Desta

forma, tentámos também relacionar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para

2030 e os direitos humanos para denunciar as violações dos mesmos.


- https://unric.org/pt/trabalho-infantil-afeta-160-milhoes-de-criancas-o-primeiro-aumento-e
m-duas-decadas/
- https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos
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- https://akatu.org.br/consumismo-o-aliciador-de-trabalho-infantil-nas-cidades/
- https://www.politize.com.br/capitalismo-o-que-e-o/
- https://observador.pt/opiniao/a-economia-do-bem-e-do-mal-desigualdade-e-crescimento
/
- https://thegreenestpost.com/5-empresas-envolvidas-com-trabalho-escravo/
- https://slaveryfootprint.org/
https://macmagazine.com.br/post/2019/12/16/apple-e-processada-por-incentivar-trabalh
o-infantil-forcado-em-minas-de-cobalto/
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d-in-us-lawsuit-over-congolese-child-cobalt-mining-deaths
- https://www.e-konomista.pt/escolaridade-obrigatoria/
- https://www.primeiros1000dias.com.br/artigos/ser-crianca-hoje-historia
- http://m.redeangola.info/a-lista-dos-paises-mais-amigos-do-trabalho-infantil/
- https://ami.org.pt/blog/entrevista-a-diretora-executiva-da-unicef-portugal-sobre-o-trabalh
o-infantil
- https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/ainda-ha-casos-de-trabalho-infantil-em-portugal-n
a-moda-espetaculos-e-desporto-11001876.html
- https://crianca.mppr.mp.br/pagina-1419.html
- https://www.politize.com.br/trabalho-infantil-no-mundo/
- https://livredetrabalhoinfantil.org.br/trabalho-infantil/estatisticas/
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- https://www.e-konomista.pt/escolaridade-obrigatoria/
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- https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/trabalho-infantil-no-mundo.htm
- https://news.un.org/pt/story/2021/06/1753172
- https://crianca.mppr.mp.br/pagina-1419.html

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