No Brasil, o trabalho infantil é permitido a partir dos 16 anos e a aprendizagem dos 14
aos 24 anos. Dos 16 aos 18 anos, o trabalho não pode ocorrer em atividades penosas, perigosas e insalubres. O trabalho infantil acarreta prejuízos ao desenvolvimento físico, psíquico e cognitivo. As principais consequências são: atraso na aprendizagem, fracasso e abandono escolar, prejuízo ao desenvolvimento físico e a saúde tais como lesões, deformidades, fadiga excessiva, distúrbio do sono, irritabilidade e problemas respiratórios. Os casos mais graves de trabalho infantil vão desde a exploração sexual, trabalho doméstico e trabalho escravo, até atividades ilícitas, como o tráfico de drogas. . É de conhecimento de todos a legislação existente e que é nosso dever buscar uma solução para o problema, mesmo porque os prejuízos imediatos em nossas crianças é absurdo, o rendimento escolar, se matriculadas, cai assustadoramente, o desenvolvimento físico e emocional fica severamente comprometido deixando marcas que acompanham o individuo por toda sua vida, pois é quase impossível o desenvolvimento de um ser saudável e equilibrado emocionalmente quando a etapa mais importante de sua vida foi lhe subtraída de uma forma tão brutal.
A legislação pátria consubstanciada principalmente na Constituição federal, o Estatuto
da Criança e do adolescente e a lei de diretrizes e bases da educação e a própria consolidação das leis do trabalho, reconheceram a necessidade de se proteger a criança e o adolescente, tendo-os como parte vulnerável e merecedora de proteção Estatal frente aos abusos, explorações, deficiências e precariedade existentes na realidade social que avassala o país. Contudo, o trabalho infantil é um fator determinante para o trabalho escravo, pois segundo a pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) a relação entre trabalho infantil e trabalho escravo tem como pano de fundo, em primeiro lugar, a vulnerabilidade socioeconômica das crianças e adolescentes e de suas famílias. “A questão socioeconômica é preponderante para que esse tipo de situação acabe se formando. A família não tem condições de dar segurança econômica e social para a criança, que acaba também indo para frente de trabalho.” Aponta ainda que uma relação de “naturalização da exploração”, que leva a pessoa submetida ao trabalho infantil a tornar-se mais vulnerável à situação de trabalho escravo contemporâneo. “A pessoa vai crescendo sempre envolvida em uma situação de trabalho em que há uma relação de exploração. As experiências de vida desse trabalhador, desde muito cedo, são em torno dessa exploração. Então, a pessoa vai – e o termo é justamente esse – se acostumando com essa condição. Você ouve muitos relatos dos trabalhadores como ‘eu trabalho desde os meus onze anos no corte de cana’, ‘eu trabalho desde os meus onze anos em carvoaria’. A pessoa cresce e as experiências de exploração vão acompanhando o desenvolvimento dela. Ela naturaliza essa situação de exploração. E, assim, ela aceita desde ganhar pouco até não ganhar nada e não gozar de direitos” Outro fator de vulnerabilidade ao trabalho infantil e ao trabalho escravo é a educação e o acesso à informação. “A escola, a comunidade escolar, também tem um papel muito importante na difusão de direitos. Sem a educação formal ou mesmo informal, a pessoa perde a percepção de que tem direito, que não pode ser explorada, que tem a lei do lado dela enquanto trabalhadora”. E mais, segundo ela, a educação tem o papel de formar tecnicamente o trabalhador – e, principalmente, de formá-lo a partir de uma perspectiva de cidadania –, de difundir informações sobre direitos e de fazer com que as pessoas saiam da condição de naturalização da exploração. Há que se cuidar do broto para que a vida nos dê flor e fruto” (Milton Nascimento) Diante de tal situação é necessário que se realize um trabalho de conscientização para que os índices apresentem possibilidade de redução. Começamos na escola, um trabalho de conscientização sobre os direitos das crianças e dos adolescentes, seguindo com uma nova reflexão sobre o assunto. Tentando abrir brechas para uma maior conscientização, elaboramos um plano de ação que nos possibilite atingir não só nossos alunos mais toda a mais nocivas ou cruéis de trabalho infantil não apenas são proibidas, mas também constituem crime. Publico Alvo: Alunos da turma do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental da E.E.E.F.Euclides da Cunha. Pais e responsáveis, equipe gestora e a comunidade de modo geral. Duração: 5 meses aproximadamente. Objetivo Geral: Sensibilizar a comunidade escolar na prevenção ao trabalho infantil e a erradicação ao trabalho escravo contemporâneo, em nossa região. Objetivos Específicos: Incentivar os alunos a realizarem tarefas escolares com temas sobre os direitos da criança e adolescente, especialmente sobre o trabalho infantil e as demais formas de exploração à criança e adolescente;
Possibilitar o reconhecimento de que maus – tratos, exploração sexual,
envolvimento de crianças com pornografia ou tráficos de qualquer natureza caracteriza-se crime; Contribuir para a criação e/ou ampliação de uma cultura de direitos, em oposição à aceitação cultural que o trabalho infantil encontra no país;
Possibilitar às vítimas do trabalho escravo contemporâneo uma formação cidadã.
Por meio de ações de prevenção e assistência, viabiliza o acesso ao mundo do trabalho decente e estimula a autoestima e o desenvolvimento pessoal.
Plano de ação/Metodologia: Esse projeto será desenvolvido em diversos momentos:
1º momento: Numa roda de conversa questionam “O que significa trabalho infantil?”, e “Trabalho escravo contemporâneo” logo após listar em cartolina as respostas; 2º momento: Em grupos confeccionar os cartazes utilizando-se de colagem sobre o trabalho infantil e Trabalho escravo contemporâneo; 3º momento: Socialização pelos grupos , o professor fará as intervenções necessárias nesse momento. 4º momento: Leitura e pesquisa de leis sobre o trabalho infantil e trabalho escravo contemporâneo e sua erradicação, em grupos. 5º momento: Socialização da pesquisa, com as intervenções do professor. 6º momento: Entrevista com pais e responsáveis pelos alunos sobre o trabalho infantil e o Trabalho escravo contemporâneo; 7º momento: Construção de gráficos com a coleta da entrevista. 8º momento: Socialização para a turma com todos os dados coletados. 9º momento: Confecção do painel “Infância é tempo de brincar, trabalho é para adultos” (em grupos). 10º momento: Fim.Culninância: exposição de todo material coletado e confeccionado para a comunidade escolar, e sociedade.
computadores, internet, livros, revistas, jornais, etc… Humanos: Diretos, Vice-diretor, coordenador pedagógico, professor, alunos, comunidade e sociedade. Cronograma: Aproximadamente em dois meses será desenvolvido, a preparação do projeto e, contato para os alunos em Agosto, realização das atividades e avaliação em Setembro e o final culminância na primeira quinzena de Outubro. Avaliação: Avaliação será continua de aprendizagem por meio da participação dos alunos durante os diversos momentos do projeto e também no momento da culminância onde será exposto o material confeccionado pelos alunos para a comunidade escolar e sociedade. Se pensarmos pequeno Coisas pequenas teremos Se desejarmos fortemente o melhor O melhor em nossa vida vai se instalar Não importa onde você parou Em que momento da vida você cansou O que importa é que sempre é possível E necessário "Recomeçar" Autor desconhecido
Souza, Anjos, Amazonas e Carvalho - Sic - 10 - Exploração Do Trabalho Infantil No Brasil, o Papel Do Eca Na Garantia Dos Direitos Às Crianças Brasileiras