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"Desenvolvimento sustentável" e o "Mundo do trabalho"

A sociedade de hoje em dia já melhorou bastante, mas é ainda


extremamente visível as desigualdades que existem. Estas desigualdades já são
reconhecidas por todos nós e até mesmo combatidas pela organização das
nações unidas, que, juntamente com a organização Internacional do Trabalho
(OIT) e com a organização não governamental Recursos Humanos Sem
Fronteiras, lançaram um desafio a todos os cartunistas com o objetivo de
“aumentar a sensibilização para a escravatura moderna”.
Perante este desafio, Vasco Gargalo elabora o cartoon vencedor, no qual
apresenta uma criança debaixo de uma máquina de costura gigante ilustrada
com o mapa do mundo, e que está a costurar um vestido vermelho de uma
mulher. O cartoon é uma representação direta sobre o trabalho forçado, contudo
remete também a alguns objetivos do desenvolvimento sustentável lançados
pela ONU, em concreto a erradicação da pobreza, o acesso geral a trabalho
digno e crescimento económico e por fim a redução das desigualdades sociais.
Assim falamos concretamente das desigualdades sociais nos seguintes
domínios: educação de qualidade, saúde de qualidade, oportunidade de
emprego e paz e justiça.
Sendo que o trabalho escravo contemporâneo é o trabalho forçado que
envolve restrições à liberdade do trabalhador, onde ele é obrigado a prestar um
serviço, sem receber um pagamento ou receber um valor insuficiente para suas
necessidades e as relações de trabalho costumam ser ilegais, este tipo de
trabalho constitui um ataque à humanidade das pessoas nestas condições.
Forçadas à realização de trabalho indigno, estes por falta de poder económico e
muitas vezes educação de qualidade também são restringidos ao acesso de
saúde de qualidade.
As principais causas que originam o trabalho forçado são a pobreza, a
desigualdade, a descriminação e a falta de fiscalização das autoridades
competentes. Muitas vezes este tipo de trabalho começa já em crianças, como
é o exemplo representado no cartoon, sendo assim, desde pequenas, privadas
de educação de qualidade e por sua vez não se soltam deste ciclo horrível que
implica que sem educação não terão oportunidades justas de trabalho e que por
sua vez sem poder económico não terão acesso a saúde de qualidade.
Diante destas condições, as pessoas se conseguem desvincular do
trabalho e criam um estado de insatisfação que poderá constituir posteriormente
numa instabilidade política perante as injustiças que estas pessoas vivenciam.
Para finalizar, é de extrema importância que o tema trabalho forçado seja
discutido, já que é algo muito recorrente no mundo, e visto que existem muitas
normas, códigos, convenções e tratados internacionais que condenam tal
prática, mas que mesmo com inúmeros dispositivos proibindo tal ato, muitas
pessoas ainda são sujeitas a esta modalidade de trabalho. Desta forma teremos
de ver também formas com que estas disparidades podem ser esbatidas. Isto
passaria primeiro por aumentar a sensibilização sobre estas questões, através
das redes sociais, cartoons, e outros recursos que tragam maior consciência e
exponham isto para todo o mundo. Por outro lado, podemos recorrer a
organizações internacionais como a ONU e participar de projetos como este que
eles lançaram ou outros mais perto de nós. Regionalmente, podemos tentar
ajudar, percebendo em que sectores este tipo de trabalho é mais usado. Por
exemplo, muita gente sabe que a empresa do sector textil, “Shein” já foi acusada
inúmeras vezes de usar trabalho infantil para fazer os seus produtos e os poder
vender por baixos preços, e por sua vez muitas pessoas pararam de comprar
estes produtos, mas muitas ainda o fazem, não tento tanto impacto este ato de
revolução. Assim devemos ao máximo boicotar este tipo de empresas e espalhar
a mensagem para que mais gente tenha conhecimento do que se passa ao seu
redor.
Concluindo, mais do que nunca, é necessária uma ação urgente para
eliminar o trabalho forçado que atinge o mundo inteiro, apesar de não estar a
vista de todos mas que para isso os cartoons podem abrir os olhos, combater a
indiferença e, por fim, levar as pessoas a agir. Sendo assim espero que eles
façam as pessoas compreender que o trabalho forçado está à nossa volta, e que
nenhuma região, ou setor económico está isento de trabalho forçado cabendo-
nos a todos acabar com isso.

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