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Aula 04

Prefeitura de Garanhuns-PE /
ISS-Garanhuns-PE (Auditor Fiscal da
Receita Municipal) Auditoria - 2024
(Pós-Edital)

Autor:
Guilherme Sant Anna, Tonyvan de
Carvalho Oliveira

15 de Fevereiro de 2024

00107478340 - JACKSON NASCIMENTO DA SILVA


Guilherme Sant Anna, Tonyvan de Carvalho Oliveira
Aula 04

Sumário
MOTIVAÇÃO DA AULA ................................................................................................... 2
1. CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................................. 3
2. RISCO DE AUDITORIA ................................................................................................. 4
3. RELEVÂNCIA NA AUDITORIA ...................................................................................... 16
3.1 Relevância como Características da Evidência de Auditoria ..................................... 16
3.2 Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria .................................... 18
4. RISCO E MATERIALIDADE - AUDITORIA GOVERNAMENTAL.............................................. 26
5. LISTA DE QUESTÕES ................................................................................................ 29
Risco de Auditoria ............................................................................................................ 29
Relevância / Materialidade ............................................................................................... 39
6. GABARITO ............................................................................................................. 43
7. QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS .................................................................... 44
Risco de Auditoria ............................................................................................................ 44
Relevância / Materialidade ............................................................................................... 72
8. RESPOSTAS DAS QUESTÕES SUBJETIVAS ..................................................................... 82
9. RESUMO EM MAPAS E ESQUEMAS ............................................................................. 85
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................. 86

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MOTIVAÇÃO DA AULA
Vamos pensar um pouco no tema da aula de hoje? Tente responder as perguntas a seguir.

LISTA DE PERGUNTAS
1. O que define o Risco de Auditoria?
2. O que é Risco de Detecção?
3. O que é Risco de Distorção Relevante?
4. O que é Risco Inerente?
5. O que é Risco de Controle?
6. Qual a relação entre o Risco de Detecção e o Risco de Distorção Relevante?
7. O que significa relevância, no contexto das evidências de auditoria?
8. Quando uma distorção é considerada relevante?
9. O que é materialidade para execução de auditoria?
10. Como se dá a determinação da materialidade em auditoria?
11. É possível revisar a materialidade? Quando?

12. Qual a relação entre risco e relevância?

Se você não tem certeza de uma ou algumas das respostas a esses questionamentos, não se
preocupe. Fique atento que esses temas serão abordados ao longo da aula de hoje!

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1. CONTEXTUALIZAÇÃO
O Risco de Auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante.
Percebam então que há risco de auditoria quando:
1. O auditor expressa opinião INADEQUADA (não menciona que há distorção);
2. As demonstrações CONTÊM distorção relevante.
Na situação oposta, ou seja, o auditor opina que há distorções quando elas não estão presentes (não
há distorção relevante), não estamos diante de um Risco de Auditoria.
Os exames de auditoria devem ser planejados e executados na expectativa de que os eventos
relevantes relacionados com as demonstrações contábeis sejam identificados. A relevância deve ser
considerada pelo auditor quando: i) determinar a natureza, oportunidade e extensão dos
procedimentos de auditoria; ii) avaliar o efeito das distorções sobre os saldos, denominações e
classificação das contas; e iii) determinar a adequação da apresentação e da divulgação da
informação contábil.
Finalmente, pode-se dizer que há uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível
estabelecido de relevância; isto é, quanto menor for o risco de auditoria, maior será o valor
estabelecido como nível de relevância, e vice-versa. O auditor independente toma essa relação
inversa em conta ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria.
Por exemplo, se na execução de procedimentos específicos de auditoria, o auditor independente
determinar que o nível de risco é maior que o previsto na fase de planejamento, o nível de relevância
preliminarmente estabelecido deve ser reduzido.

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2. RISCO DE AUDITORIA
O Risco de Auditoria é tratado primordialmente na NBC TA 200 (R1). Há outras normas que acabam
abordando o tópico de forma direta ou indireta, como é o caso da NBC TA 315 (R1) – Identificação e
Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e do seu
Ambiente, e da NBC TA 330 (R1) – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados.
O objetivo do auditor, segundo a NBC TA 315, é identificar e avaliar os riscos de distorção relevante
independentemente se causada por fraude ou erro, nos níveis da demonstração contábil e das
afirmações, por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle
interno, proporcionando assim uma base para o planejamento e implementação das respostas aos
riscos identificados.
Deve-se planejar e realizar a auditoria de forma tal que seja obtida segurança razoável para emitir
uma opinião adequada sobre as demonstrações financeiras. Essa opinião é decorrente de um
trabalho que foi planejado para obter segurança razoável, mas não absoluta, de que as
demonstrações não contêm distorção relevante. Se a segurança não é absoluta, então existe algum
risco de que as demonstrações tenham algum erro que o auditor não conseguiu detectar durante a
auditoria (Boynton et al), sendo sua responsabilidade reduzir tal risco a um nível aceitavelmente
baixo.
Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando
as demonstrações financeiras contiverem distorção relevante, ou seja, é o risco de que o auditor
possa inadvertidamente não modificar sua opinião sobre demonstrações financeiras que contêm
distorções relevantes.
Como dissemos na contextualização, na situação oposta, ou seja, quando o auditor opina que há
distorções e elas não estão presentes (não há distorção relevante), não estamos diante de um Risco
de Auditoria.
Percebe-se que o risco de auditoria está relacionado de forma inversamente proporcional à
segurança pretendida para o trabalho de auditoria, ou seja, quanto maior o risco, menor será a
segurança do auditor e quanto menor o risco, maior será a segurança do trabalho. Na prática, o
risco de auditoria é inevitável. Cabe ao auditor decidir qual o tamanho do risco que ele está disposto
a tolerar para chegar uma conclusão sobre os demonstrativos financeiros (TCE, 2012).
É neste contexto que a abordagem de auditoria baseada em risco orienta os auditores na coleta de
evidências, de modo a permitir alcançar o desejado grau de segurança das conclusões do trabalho,
ou seja, reduzir o risco de emitir uma opinião inadequada sobre demonstrações financeiras que
apresentam distorções relevantes.
O risco de auditoria é uma função do risco de distorção relevante e do risco de detecção, a seguir
discriminados.
O risco de distorção relevante é composto dos riscos inerente e de controle. Esses são os chamados
riscos da entidade, e existem independentemente da auditoria. Representam o risco de que as
demonstrações financeiras contenham distorções relevantes, antes da auditoria.

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O risco inerente é a suscetibilidade de afirmações da administração a respeito de transações, saldos


contábeis ou divulgações conterem distorções relevantes, pressupondo que não haja controles
relacionados.
O risco de controle é a possibilidade de que os controles internos adotados pela administração não
sejam eficazes para prevenir, detectar e corrigir tempestivamente distorções nas afirmações que,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, possam ser relevantes.
Já o risco de detecção se relaciona com os procedimentos que são determinados pelo auditor para
reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável. É, portanto, função da eficácia do
procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor.
Podemos afirmar que os riscos de distorção relevante são os riscos da ENTIDADE enquanto que o
risco de detecção é risco do AUDITOR.

Para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo, o auditor:


a) avalia os riscos de distorção relevante, que envolve o risco inerente e o risco de controle; e
b) controla o risco de detecção, estabelecendo a extensão (quantidade ou amostra) de
procedimentos substantivos necessários, bem como a natureza e a época em que deverão ser
realizados. Isso pode ser conseguido realizando procedimentos que respondam aos riscos
identificados de distorção relevante, em nível de demonstrações financeiras e de afirmações para
classes de transações, saldos contábeis e divulgações (IFAC, 2010).

Reparem que o auditor pode apenas “avaliar” os riscos de distorção relevante, ao passo que pode
“controlar” os riscos de detecção!
A seguir, apresentaremos “na veia” os principais tópicos da NBC TA 200 (R1) que dizem respeito ao
risco de auditoria. Sempre que necessário, faremos os esclarecimentos devidos:
13. Para fins das NBCs TA, os seguintes termos possuem os significados atribuídos a seguir:
[...]
(c) Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é
uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
[...]

(e) Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir
o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente
que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.

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[...]
(n) Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham
distorção relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a seguir no
nível das afirmações:
(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo
contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados;
(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre
uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e
corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade.
[...]
Esclarecendo: como dissemos anteriormente, os riscos de distorção relevante são os riscos da
ENTIDADE enquanto que o risco de detecção é risco do AUDITOR. Atentem-se às palavras-
chave de cada espécie do risco de auditoria: risco de detecção (“procedimentos executados
não detectem uma distorção”); risco de distorção relevante (“demonstrações contenham
distorção antes da auditoria”); risco inerente (“afirmação suscetível a distorção relevante
antes da consideração de quaisquer controles”); risco de controle (“distorção que possa
ocorrer em uma afirmação não seja prevenida, detectada e corrigida pelo controle interno”).

Risco de auditoria
A34. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de
detecção. A avaliação dos riscos baseia-se em procedimentos de auditoria para a obtenção de
informações necessárias para essa finalidade e evidências obtidas ao longo de toda a auditoria.
A avaliação dos riscos é antes uma questão de julgamento profissional que uma questão
passível de mensuração precisa.

A35. Para fins das NBCs TA, o risco de auditoria não inclui o risco de que o auditor possa
expressar uma opinião de que as demonstrações contábeis contêm distorção relevante
quando esse não é o caso. Esse risco geralmente é insignificante. Além disso, o risco de
auditoria é um termo técnico relacionado ao processo de auditoria; ele não se refere aos riscos
de negócio do auditor, tais como perda decorrente de litígio, publicidade adversa ou outros
eventos surgidos em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis.

Risco de distorção relevante


A36. Os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis:
• no nível geral da demonstração contábil; e

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• no nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações.

A37. Riscos de distorção relevante no nível geral da demonstração contábil referem-se aos
riscos de distorção relevante que se relacionam de forma disseminada às demonstrações
contábeis como um todo e que afetam potencialmente muitas afirmações.

A38. Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação são avaliados para que se
determine a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria
necessários para a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente. Essa evidência
possibilita ao auditor expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis em um nível
aceitavelmente baixo de risco de auditoria. Os auditores usam várias abordagens para cumprir
o objetivo de avaliar os riscos de distorção relevante. Por exemplo, o auditor pode fazer uso de
um modelo que expresse a relação geral dos componentes do risco de auditoria em termos
matemáticos para chegar a um nível aceitável de risco de detecção. Alguns auditores julgam
tal modelo útil no planejamento de procedimentos de auditoria.

A39. Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação consistem em dois componentes:


risco inerente e risco de controle. O risco inerente e o risco de controle são riscos da entidade;
eles existem independentemente da auditoria das demonstrações contábeis.
Observação: o esquema apresentado abaixo permite uma melhor visualização do risco de
auditoria e suas espécies.

A40. O risco inerente é mais alto para algumas afirmações e classes relacionadas de
transações, saldos contábeis e divulgações do que para outras. Por exemplo, ele pode ser mais
alto para cálculos complexos ou contas compostas de valores derivados de estimativas
contábeis sujeitas à incerteza significativa de estimativa. Circunstâncias externas que dão
origem a riscos de negócios também podem influenciar o risco inerente. (...).

A41. O risco de controle é uma função da eficácia do desenho (controles estabelecidos), da


implementação e da manutenção do controle interno pela administração no tratamento dos
riscos identificados que ameaçam o cumprimento dos objetivos da entidade, que são
relevantes para a elaboração das demonstrações contábeis da entidade. Contudo, o controle
interno, independentemente da qualidade da sua estrutura e operação, pode reduzir, mas não
eliminar, os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, por causa das
limitações inerentes ao controle interno. Essas limitações incluem, por exemplo, a possibilidade
de erros ou equívocos humanos, ou de controles contornados por conluio ou burla inapropriada
da administração. Portanto, algum risco de controle sempre existe. As NBCs TA oferecem as
condições nas quais existe a exigência, ou a possibilidade de escolha pelo auditor, de testar a

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eficácia dos controles na determinação da natureza, época e extensão de procedimentos


substantivos a serem executados.
Observação: destacamos o termo “SEMPRE” – utilizado acima. Já alertamos que, em muitos
casos, podemos considerar falsos enunciados de questões que falam que “sempre” há
determinado tipo de situação. Temos aqui uma exceção, uma vez que a norma assevera que
“um risco de controle sempre existe”. Isso por conta das limitações inerentes ao trabalho do
auditor.

Risco de detecção
A44. Para um dado nível de risco de auditoria, o nível aceitável de risco de detecção tem uma
relação inversa com os riscos avaliados de distorção relevante no nível da afirmação. Por
exemplo, quanto maiores são os riscos de distorção relevante que o auditor acredita existir,
menor é o risco de detecção que pode ser aceito e, portanto, mais persuasivas são as evidências
de auditoria exigidas.
Esclarecendo: percebe-se que há relação INVERSA entre o Risco de Detecção e o Risco de
Distorção Relevante (no nível da afirmação). Tenhamos em mente que o auditor pode
influenciar somente o Risco de Detecção (lembrem-se que o risco de distorção relevante é o
risco da entidade). Por isso, se houver um alto risco de distorção relevante presente, o auditor
deve tolerar um baixo risco de detecção, agindo assim no sentido de coletar evidências
persuasivas e aplicar procedimentos efetivos.

A45. O risco de detecção se relaciona com a natureza, a época e a extensão dos procedimentos
que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável.
Portanto, é uma função da eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo
auditor. Assuntos como:
• planejamento adequado;
• designação apropriada de pessoal para a equipe de trabalho;
• aplicação de ceticismo profissional; e
• supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado, ajudam a aprimorar a eficácia do
procedimento de auditoria e de sua aplicação e reduzem a possibilidade de que o auditor possa
selecionar um procedimento de auditoria inadequado, aplicar erroneamente um procedimento
de auditoria apropriado ou interpretar erroneamente os resultados da auditoria.

A46. A NBC TA 300 e a NBC TA 330 estabelecem exigências e fornecem orientação sobre o
planejamento da auditoria das demonstrações contábeis e as respostas do auditor aos riscos
avaliados. O risco de detecção, porém, só pode ser reduzido, não eliminado, devido às
limitações inerentes de uma auditoria. Portanto, sempre existe risco de detecção.

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Observação: da mesma maneira que ocorre com o Risco de Controle (uma das espécies do
risco de distorção relevante), não é possível eliminar totalmente o Risco de Detecção, de
maneira que sempre existe risco de detecção. Tanto para o risco de controle, quanto para o
risco de detecção, a causa para a impossibilidade de eliminação é a mesma: a limitação
inerente da auditoria.

Limitação inerente da auditoria


A47. O auditor não é obrigado e não pode reduzir o risco de auditoria a zero, e, portanto,
não pode obter segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de
distorção relevante devido a fraude ou erro. Isso porque uma auditoria tem limitações
inerentes, e, como resultado, a maior parte das evidências de auditoria que propiciam ao
auditor obter suas conclusões e nas quais baseia a sua opinião são persuasivas ao invés de
conclusivas. As limitações inerentes de uma auditoria originam-se da:
• natureza das informações contábeis;
• natureza dos procedimentos de auditoria; e
• necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de tempo razoável e a
um custo razoável. [Grifos não constantes no original]

Finalmente, apresentaremos algumas definições presentes na NBC TA 315 (R1), relacionadas ao


Risco.
4. Para fins das normas de auditoria, os termos têm os seguintes significados:
[...]
(b) Risco de negócio é o risco que resulta de condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta
de ações significativas que possam afetar adversamente a capacidade da entidade de alcançar
seus objetivos e executar suas estratégias, ou do estabelecimento de objetivos ou estratégias
inadequadas.
[...]
(d) Procedimentos de avaliação de riscos são os procedimentos de auditoria aplicados para a
obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente, incluindo o controle interno da
entidade, para a identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante,
independentemente se causados por fraude ou erro, nos níveis das demonstrações contábeis e
das afirmações.
(e) Risco significativo é o risco de distorção relevante identificado e avaliado que, no
julgamento do auditor, requer consideração especial na auditoria.
Procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas
5. O auditor deve aplicar procedimentos de avaliação de riscos para fornecer uma base para a
identificação e avaliação de riscos de distorção relevante nos níveis das demonstrações

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contábeis e das afirmações. Os procedimentos de avaliação de riscos por si só, porém, não
fornecem evidências de auditoria apropriada e suficiente para suportar a opinião da
auditoria.
6. Os procedimentos de avaliação de riscos incluem:
(a) indagações à administração, às pessoas apropriadas da auditoria interna (se houver essa
função) e a outros na entidade que, no julgamento do auditor, possam ter informações com
possibilidade de auxiliar na identificação de riscos de distorção relevante causados por fraude
ou erro;
(b) procedimentos analíticos;
(c) observação e inspeção.
7. O auditor deve considerar se as informações obtidas no processo de aceitação ou
continuidade do cliente são relevantes para a identificação de riscos de distorção relevante.
8. Se o sócio do trabalho executou outros trabalhos para a entidade, ele deve considerar se as
informações obtidas nesses trabalhos são relevantes para a identificação de riscos de distorção
relevante.
9. Quando o auditor pretende usar as informações obtidas em sua experiência prévia junto à
entidade e em procedimentos de auditoria executados em auditorias anteriores, o auditor deve
determinar se as mudanças que ocorreram desde a auditoria anterior podem afetar a sua
importância para a auditoria corrente.
10. O sócio do trabalho e outros membros-chave da equipe encarregada do trabalho devem
discutir a suscetibilidade de distorção relevante nas demonstrações contábeis da entidade e a
utilização da estrutura de relatório financeiro aplicável aos fatos e circunstâncias da entidade.
O sócio do trabalho deve determinar quais assuntos devem ser comunicados aos membros da
equipe encarregada do trabalho não envolvidos na discussão.
Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante
25. O auditor deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante:
(a) no nível das demonstrações contábeis; e
(b) no nível de afirmação para classes de transações, saldos de conta e divulgações;
Para fornecer uma base para a concepção e a execução de procedimentos adicionais de
auditoria.
Risco que exige consideração especial da auditoria
27. Como parte da avaliação de riscos, o auditor deve determinar se qualquer um dos riscos
identificados é, no seu julgamento, um risco significativo. Ao exercer esse julgamento, o auditor
deve excluir os efeitos dos controles identificados relacionados ao risco.
28. Ao exercer o julgamento quanto a quais riscos são significativos, o auditor deve considerar
pelo menos o seguinte:

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(a) se o risco é um risco de fraude;


(b) se o risco está relacionado com recentes e significativos eventos de natureza econômica,
contábil ou de outro tipo, e que, portanto, exijam atenção específica;
(c) a complexidade das transações;
(d) se o risco envolve transações significativas com partes relacionadas;
(e) o grau de subjetividade na mensuração das informações contábeis relacionadas ao risco,
especialmente as mensurações que envolvam uma vasta gama de incerteza de mensuração; e
(f) se o risco envolve transações significativas que estejam fora do curso normal do negócio
para a entidade ou que de outra forma pareçam não usual
29. Se o auditor determinou que existe risco significativo, o auditor deve obter entendimento
dos controles da entidade, inclusive das atividades de controle, relevantes para esse risco

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(FCC/ ISS Teresina – Auditor Fiscal – 2016) O risco de distorção relevante é o risco de que as
demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. Segundo a NBC TA
200, podem ocorrer no nível
(A) geral da demonstração contábil e no nível da afirmação para classes de transações, saldos
contábeis e divulgações.
(B) de controle das normas e registros contábeis e no nível dos processos operacionais e
administrativos.
(C) da implementação e manutenção do controle interno e no nível da afirmação para classes de
transações, saldos contábeis e divulgações.
(D) de controle das normas e registros contábeis e no nível da afirmação para classes de
transações, saldos contábeis e divulgações.
(E) geral da demonstração contábil e no nível dos processos operacionais e administrativos.
Comentários:
Questão trata dos níveis em que pode ocorrer os Riscos de Distorção Relevante. De acordo com a
NBC TA 200 (R1):
Item A36. Os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis:
• No nível geral da demonstração contábil; e
• No nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações.
Gabarito: A.

(FCC/ ALESE – Analista Legislativo - Contabilidade – 2018) A NBC TA 200, que estabelece os
objetivos gerais do auditor independente e a condução da auditoria em conformidade com
normas de auditoria, definiu alguns termos e expressões de relevância para interpretação destas
Normas. De acordo com a referida NBC TA 200,
a) risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma
função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
b) asseguração razoável é, no contexto da auditoria de demonstrações econômico-financeiras da
entidade, a interpretação de dados desta natureza, flexibilizada pelo ceticismo profissional.
c) risco de distorção relevante é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para
reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente
que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto, com outras distorções.

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d) risco de detecção é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante


antes da auditoria.
e) ceticismo profissional é postura do auditor que reflete a maneira de processar, cautelosamente,
informação expressa em termos financeiros, a respeito de eventos econômicos positivos ocorridos
em períodos passados, relativamente a uma entidade específica.
Comentários:
Questão aborda aspectos gerais da NBC TA 200, especialmente aqueles ligados ao Risco de
Auditoria. Vamos analisar cada assertiva:
Letra A – Correta (nosso gabarito): trata-se da definição exata do Risco de Auditoria.
Letra B – Errada. Vimos anteriormente que asseguração razoável é um nível elevado, mas não
absoluto de segurança.
Letra C – Errada. Assertiva traz o conceito do Risco de detecção.
Letra D – Errada. Assertiva traz o conceito do Risco de distorção relevante.
Letra E – Errada. Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta
para condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação
crítica das evidências de auditoria.
Gabarito: A.

(VUNESP/ DESENVOLVE – Auditor – 2014) Risco de auditoria é o risco de que


a) o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis
contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção
relevante e do risco de detecção.
b) os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível
aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante.
c) os procedimentos inadequadamente executados pelo auditor para a condução da auditoria a
um nível aceitável e, também, não apresentecondições de evidenciar e detectar operações que
envolvam riscos que possam ser caracterizadas como relevantes.
d) o auditor apresente sua opinião de auditoria de forma contundente a respeito de pontos
relevantes das demonstrações contábeis sobre as quais possua apenas conhecimento superficial.
e) o auditor expresse sua opinião de auditoria de forma superficial sobre distorções nas
demonstrações contábeis.
Comentários:
Questão aborda o conceito de Risco de Auditoria. Você deve ficar atento às palavras-chaves:
“opinião inadequada” e “distorção relevante”. Segundo a NBC TA 200 (R1):
13. Para fins das NBCs TA, os seguintes termos possuem os significados atribuídos a seguir:
[...]

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(c) Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma
função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
Gabarito: A.

(CESPE – AUDITOR FISCAL/SEFAZ RS – 2019) A emissão de opinião inadequada do auditor sobre


demonstrações contábeis finais que contenham distorção relevante caracteriza o risco
a) de auditoria.
b) de controle.
c) de detecção.
d) de distorção relevante.
e) inerente.
Comentários:
Mais uma que aborda a definição do Risco de Auditoria. Segundo a NBC TA 200 (R1):
Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma
função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
As demais assertivas dizem respeito às espécies do Risco de Auditoria.
Portanto, alternativa correta é A.

(FUNDATEC - Auditor do Estado (CAGE RS)/2014) De acordo com a NBC TA 315 – Identificação e
Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e do seu
Ambiente, o auditor deve aplicar procedimentos de avaliação de riscos para fornecer uma base
para a identificação e avaliação de riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis e
nas afirmações. No processo de avaliação dos riscos, o auditor deve aplicar os seguintes
procedimentos:
a) Inspeção de documentos, tais como planos e estratégias de negócio, e indagações à
administração e a outros na entidade com probabilidade de auxiliar na identificação de riscos de
distorção relevante devido a fraude ou erro.
b) Contagem de caixa e circularização de bancos para identificar a existência de risco de fraude
por apropriação indébita.
c) Circularização de advogados e de partes relacionadas com vistas a avaliar o risco de
contingências.
d) Acompanhamento do inventário físico, reexecução de controles internos de faturamento e
inspeção de imobilizado, com vistas a avaliar o risco de distorção relevante nos ciclos operacionais
relevantes.

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e) Análise de uma amostra de notas fiscais de faturamento emitidas no final do ano e os


respectivos comprovantes de embarque da mercadoria, com vistas a identificar o risco de
faturamento antecipado.
Comentários:
Questão trata dos “procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas”, previstos na
NBC TA 315. De acordo com o normativo, os procedimentos de avaliação de riscos incluem:
(a) indagações à administração, às pessoas apropriadas da auditoria interna (se houver essa
função) e a outros na entidade que, no julgamento do auditor, possam ter informações com
possibilidade de auxiliar na identificação de riscos de distorção relevante causados por fraude
ou erro;
(b) procedimentos analíticos;
(c) observação e inspeção.
Em decorrência da previsão acima, nosso gabarito é a letra A.

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3. RELEVÂNCIA NA AUDITORIA
Podemos estudar a chamada Relevância da Auditoria sob 2 aspectos. O primeiro diz respeito à
relevância como atributo, ou característica, da evidência de auditoria. A segunda está relacionada à
materialidade no planejamento e na execução da auditoria. Nesse último caso, muitas vezes as
expressões relevância e materialidade são usadas de forma indistinta.

3.1 Relevância como Características da Evidência de Auditoria

Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria, o auditor deve considerar a relevância e a


confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria. A qualidade de toda
evidência de auditoria é afetada pela relevância e confiabilidade das informações em que ela se
baseia.
Percebam então que a relevância é uma das características da evidência de auditoria, que afeta
diretamente sua qualidade. Devemos recordar que a medida de qualidade da evidência de auditoria
é chamada de Adequação, enquanto a medida de quantidade é denominada Suficiência.
Vejamos abaixo a definição de relevância, trazida pela NBC TA 500 (R1) – Evidência de Auditoria.
Adiantamos que se trata de um conceito abstrato, de difícil assimilação. Saibam, porém, que quando
aparece em provas geralmente exige-se a literalidade do que consta na norma.
A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento de auditoria
e, quando apropriado, a afirmação em consideração. A relevância das informações a serem
utilizadas como evidência de auditoria pode ser afetada pela direção do teste. Por exemplo, se a
finalidade de um procedimento de auditoria é testar para verificar se há superavaliação na existência
ou valorização das contas a pagar, testar as contas a pagar registradas pode ser um procedimento
de auditoria relevante. Por outro lado, para testar se há subavaliação na existência ou valorização
das contas a pagar, testar as contas a pagar registradas não seria relevante, mas testar informações
como desembolsos subsequentes, faturas não pagas, faturas de fornecedores e exceções apontadas
nos relatórios de recebimento de mercadorias podem ser relevantes.
Um dado conjunto de procedimentos de auditoria pode fornecer evidência relevante para certas
afirmações, mas não para outras. Por exemplo, a inspeção de documentos relacionados com a
cobrança de contas a receber após o fim do período pode fornecer evidência de auditoria referente
à existência e valorização, mas não necessariamente ao corte. Similarmente, a obtenção de
evidência de auditoria referente a uma afirmação específica, por exemplo, a existência de estoque,
não substitui a obtenção de evidência de auditoria referente a outra afirmação, por exemplo, a
valorização desse estoque. Por outro lado, evidência de auditoria de diferentes fontes ou de
diferente natureza pode ser relevante para a mesma afirmação.
A evidência de auditoria tem natureza cumulativa e é obtida principalmente a partir dos
procedimentos realizados durante o curso do trabalho. Como vimos acima, a relevância está
associada à adequação da evidência de auditoria. Adequação é a medida da qualidade da evidência

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de auditoria, isto é, sua relevância e sua confiabilidade para fornecer suporte às conclusões em que
se fundamenta a opinião do auditor.

(CS UFG – Auditor (UFG) – 2017) A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a
finalidade do procedimento de auditoria e, quando apropriado, sobre a afirmação da
administração em consideração. A relevância das informações a serem utilizadas como evidência
de auditoria pode ser afetada
a) pela direção do teste.
b) pelas fontes de evidência.
c) pelas amostras disponíveis.
d) pela natureza da transação.
Comentários:
Questão aborda aspecto pontual acerca da relevância em auditoria, que pode ser afetada pelo
teste a ser aplicado pelo auditor na busca de evidências para fundamentar a sua opinião. A
evidência é relevante se for relacionada, de forma clara e lógica, aos critérios e objetivos da
auditoria; que expõe apenas aquilo que tem importância dentro do contexto e que deve ser levado
em consideração em face dos seus objetivos.
Segundo a NBC TA 500(R1):
Relevância
A27. A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento de
auditoria e, quando apropriado, a afirmação em consideração. A relevância das informações a
serem utilizadas como evidência de auditoria pode ser afetada pela direção do teste.
Nesse tipo de questão, deve ser observada a literalidade da norma, pois é exatamente assim que
as bancas costumam cobrar.
Portanto, alternativa correta é A.

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3.2 Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria

A NBC TA 320 (R1) – Materialidade no Planejamento e na Execução da Auditoria trata da


responsabilidade do auditor independente de aplicar o conceito de materialidade no planejamento
e na execução de auditoria de demonstrações contábeis.
O objetivo do auditor é aplicar o conceito de materialidade adequadamente no planejamento e na
execução da auditoria.
Inicialmente, a norma delimita o que é considerado “Distorção Relevante”, além de apresentar
outros importantes conceitos.

Distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes quando for razoavelmente


esperado que essas possam, individualmente ou em conjunto, influenciar as decisões
econômicas de usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis.

Julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias envolvidas, e são
afetados pela magnitude e natureza das distorções, ou a combinação de ambos.

Julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários das demonstrações
contábeis são baseados em considerações sobre as necessidades de informações
financeiras comuns a usuários como um grupo. Não é considerado o possível efeito de
distorções sobre usuários individuais específicos, cujas necessidades podem variar
significativamente.

Percebam que – nesse contexto – relevância, materialidade e concretude são sinônimos.


A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é
afetada pela percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das
demonstrações contábeis. Vejam então que não há uma regra (ou valor) pré-definida sobre o que é
material ou relevante em auditoria.
O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da auditoria, e
na avaliação do efeito de distorções identificadas na auditoria e de distorções não corrigidas, se
houver, sobre as demonstrações contábeis e na formação da opinião no relatório do auditor
independente.
Mas, afinal, o que é materialidade?
Para fins das normas de auditoria, materialidade para execução da auditoria significa o valor ou
valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis

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como um todo, para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções
não corrigidas e não detectadas em conjunto, excedam a materialidade para as demonstrações
contábeis como um todo. Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se, também,
ao valor ou valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou níveis de materialidade para classes
específicas de transações, saldos contábeis e divulgações.
A definição acima não é nada intuitiva. Saibam, porém, que não há muito como fugir da literalidade
desse conceito nas provas da nossa matéria.
Podemos entender a materialidade como um valor (ou faixa de valores) a partir do qual o Auditor
começa a se preocupar no momento de selecionar os testes e procedimentos a serem executados,
ou ainda no momento de classificar como relevante uma distorção identificada. Em outras palavras,
a materialidade é o montante máximo pelo qual o auditor considera que as demonstrações
contábeis possam estar distorcidas, sem que isso seja materialmente relevante para os seus
utilizadores.
A determinação de materialidade para execução de testes não é um cálculo mecânico simples e
envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado pelo entendimento que o auditor possui
sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela
natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas
expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente.
Assim como ocorre com o planejamento da auditoria propriamente, o auditor deve revisar a
materialidade para as demonstrações contábeis como um todo (e, se aplicável, o nível ou níveis de
materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação) no caso de
tomar conhecimento de informações durante a auditoria que o teriam levado a determinar
inicialmente um valor diferente. Em outras palavras, a determinação da materialidade não é algo
imutável.
O auditor deve incluir na documentação de auditoria os seguintes valores e fatores considerados
em sua determinação:
(a) materialidade para as demonstrações contábeis como um todo;
(b) se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos
contábeis ou divulgação;

(c) materialidade para execução da auditoria; e


(d) qualquer revisão ocorrida nos itens listados acima (“a” a “c) com o andamento da auditoria.

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Apresentaremos a seguir algumas definições presentes na NBC TA 320 (R1), usualmente cobradas
em provas.
2. A estrutura de relatórios financeiros frequentemente discute o conceito de materialidade no
contexto da elaboração e apresentação de demonstrações contábeis. Embora a estrutura de
relatórios financeiros discuta materialidade em termos diferentes, ela em geral explica que:
• Distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes quando for razoavelmente
esperado que essas possam, individualmente ou em conjunto, influenciar as decisões
econômicas de usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis;
• Julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias envolvidas, e são
afetados pela magnitude e natureza das distorções, ou a combinação de ambos; e
• Julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários das demonstrações contábeis
são baseados em considerações sobre as necessidades de informações financeiras comuns a
usuários como um grupo. Não é considerado o possível efeito de distorções sobre usuários
individuais específicos, cujas necessidades podem variar significativamente.
A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação
de Demonstrações Contábeis indica que, para entidade com fins lucrativos, considerando que
são os investidores que fornecem o capital de risco para o empreendimento, o fornecimento de
demonstrações contábeis que atendam suas necessidades atendem, também, a maioria das
necessidades dos outros usuários das demonstrações contábeis.

4. A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e


é afetada pela percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários
das demonstrações contábeis. Neste contexto, é razoável que o auditor assuma que os usuários:
(a) possuem conhecimento razoável de negócios, atividades econômicas, de contabilidade e a
disposição de estudar as informações das demonstrações contábeis com razoável diligência;
(b) entendem que as demonstrações contábeis são elaboradas, apresentadas e auditadas
considerando níveis de materialidade;
(c) reconhecem as incertezas inerentes à mensuração de valores baseados no uso de
estimativas, julgamento e a consideração sobre eventos futuros; e

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(d) tomam decisões econômicas razoáveis com base nas informações das demonstrações
contábeis.

6. Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre as distorções que são


consideradas relevantes. Esses julgamentos fornecem a base para:
(a) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliação de risco;
(b) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante; e
(c) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria.

A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece necessariamente


um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão
sempre avaliadas como não relevantes. As circunstâncias relacionadas a algumas distorções
podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam abaixo do limite de
materialidade. Não é praticável definir procedimentos de auditoria para detectar todas as
distorções que poderiam ser relevantes somente por sua natureza. No entanto, a consideração
da natureza das potenciais distorções nas divulgações é relevante para o planejamento dos
procedimentos de auditoria para tratar os riscos de distorção relevante. Adicionalmente, ao
avaliar o efeito de todas as distorções não corrigidas sobre as demonstrações contábeis, o
auditor deve considerar não apenas a magnitude, mas, também, a natureza de distorções não
corrigidas, e as circunstâncias específicas de sua ocorrência.
Esclarecendo: cuidado com questões que afirmam que há um valor mínimo para classificação
da relevância ou materialidade. Como vimos acima, não se determina necessariamente um
“piso” para materialidade. Isso porque as circunstâncias relacionadas a algumas distorções
podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam abaixo do limite global
de materialidade.

9. Para fins das normas de auditoria, materialidade para execução da auditoria significa o valor
ou valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as demonstrações
contábeis como um todo, para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de que
as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto, excedam a materialidade para as
demonstrações contábeis como um todo. Se aplicável, materialidade para execução da
auditoria refere-se, também, ao valor ou valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou
níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos contábeis e divulgações.
Esclarecendo: podemos entender a materialidade como um valor (ou faixa de valores) a partir
do qual o Auditor começa a se preocupar no momento de selecionar os testes e procedimentos

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a serem executados, ou ainda no momento de classificar como relevante uma distorção


identificada.

10. Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve determinar a materialidade


para as demonstrações contábeis como um todo. Se, nas circunstâncias específicas da entidade,
houver uma ou mais classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação para as
quais se poderia razoavelmente esperar que distorções de valores menores que a materialidade
para as demonstrações contábeis como um todo influenciem as decisões econômicas dos
usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis, o auditor deve determinar, também,
o nível ou níveis de materialidade a serem aplicados a essas classes específicas de transações,
saldos contábeis e divulgações.
Esclarecendo: durante o planejamento da auditoria, o auditor deve determinar a materialidade
global (para as demonstrações contábeis como um todo). Caso haja necessidade, o auditor
determina também níveis de materialidade específicos. Esses níveis são, de acordo com a
norma, menores que a materialidade global.

11. O auditor deve determinar a materialidade para execução da auditoria com o objetivo de
avaliar os riscos de distorções relevantes e determinar a natureza, a época e a extensão de
procedimentos adicionais de auditoria.

A1. [...] A materialidade e os riscos de auditoria são levados em consideração durante a


auditoria, especialmente na:
(a) identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante;
(b) determinação da natureza, época e extensão de procedimentos adicionais de auditoria; e
(c) avaliação do efeito de distorções não corrigidas, se houver, sobre as demonstrações
contábeis e na formação da opinião no relatório do auditor independente.

A2. A identificação e a avaliação dos riscos de distorção relevante envolve o uso de julgamento
profissional para identificar as classes de transações, os saldos contábeis e as divulgações,
incluindo divulgações qualitativas, cuja distorção pode ser relevante (ou seja, em geral,
distorções são consideradas relevantes se puder ser razoavelmente esperado que elas
influenciem as decisões econômicas de usuários tomadas com base nas demonstrações
contábeis como um todo). Ao considerar se distorções em divulgações qualitativas podem ser
relevantes, o auditor pode identificar fatores relevantes, tais como:
• as circunstâncias da entidade para o período (por exemplo, a entidade pode ter se envolvido
na combinação de negócios significativa durante o período);

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• a estrutura de relatório financeiro aplicável, incluindo mudanças nessa estrutura (por


exemplo, nova norma para apresentação de relatório financeiro pode exigir novas divulgações
qualitativas que sejam significativas para a entidade);
• divulgações qualitativas que são importantes para os usuários das demonstrações contábeis
devido à natureza da entidade (por exemplo, divulgações de risco de liquidez podem ser
importantes para os usuários das demonstrações contábeis de instituição financeira).

A3. No caso de entidade do setor público, os legisladores e reguladores são frequentemente os


principais usuários das demonstrações contábeis. Além disso, as demonstrações contábeis
podem ser utilizadas para se tomar outras decisões que não sejam econômicas. A
determinação da materialidade para as demonstrações contábeis como um todo (e, se
aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos
contábeis ou divulgação) em uma auditoria das demonstrações contábeis de entidade do
setor público é, portanto, influenciada por lei, regulamentação ou outra autoridade e pelas
necessidades de informações financeiras de legisladores e do público em relação a programas
do setor público.
Esclarecendo: podemos inferir que a determinação da materialidade em entidades do setor
público é diferente em relação a entidades privadas. Isso decorre das necessidades específicas
de usuários (legisladores, etc.), da própria função pública (em que por vezes o interesse
econômico é secundário), e também por previsões legais ou regulamentares.

A13. Planejar a auditoria somente para detectar distorção individualmente relevante


negligencia o fato de que as distorções individualmente irrelevantes em conjunto podem levar
à distorção relevante das demonstrações contábeis e não deixa margem para possíveis
distorções não detectadas. A materialidade para execução da auditoria (que, conforme
definição, é um ou mais valores) é fixada para reduzir a um nível adequadamente baixo a
probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto nas
demonstrações contábeis excedam a materialidade para as demonstrações contábeis como
um todo. Da mesma forma, a materialidade para execução da auditoria relacionada a um nível
de materialidade determinado para classe específica de transações, saldos contábeis ou
divulgação é fixada para reduzir a um nível adequadamente baixo a probabilidade de que as
distorções não corrigidas e não detectadas em conjunto nessa classe específica de transações,
saldos contábeis ou divulgação excedam o nível de materialidade para essa classe específica de
transações, saldos contábeis ou divulgação. A determinação de materialidade para execução
de testes não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional.
É afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a
execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções
identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em
relação a distorções no período corrente.

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(FCC/ SEFAZ SP – AFR – 2013) Uma demonstração contábil apresenta distorções relevantes,
quando o valor de distorções
(A) corrigidas não foi divulgado nas notas explicativas e supera a materialidade global estabelecida
pelo auditor.
(B) corrigidas, individualmente ou em conjunto, é maior que a materialidade global estabelecida
para o trabalho.
(C) não corrigidas, individualmente, é menor que a materialidade global.
(D) não corrigidas, individualmente ou em conjunto, é maior que a materialidade global
estabelecida para o trabalho.
(E) não corrigidas, individualmente ou em conjunto, supera o valor de R$ 10.000.000,00.
Comentários:
Para fins das normas de auditoria, “materialidade para execução da auditoria significa o valor ou
valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis
como um todo, para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções
não corrigidas e não detectadas em conjunto, excedam a materialidade para as demonstrações
contábeis como um todo. Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se,
também, ao valor ou valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou níveis de materialidade
para classes específicas de transações, saldos contábeis e divulgações.” (Item 9 NBC TA 320 - R1).
Podemos entender a materialidade como um valor (ou faixa de valores) a partir do qual o Auditor
começa a se preocupar no momento de selecionar os testes e procedimentos a serem executados,
ou ainda no momento de classificar como relevante uma distorção identificada. Em outras
palavras, a materialidade é o montante máximo pelo qual o auditor considera que as
demonstrações contábeis possam estar distorcidas, sem que isso seja materialmente relevante
para os seus utilizadores.
Ora, pelo exposto acima (sublinhado, inclusive), nosso gabarito só pode a letra D. As assertivas
que falam em distorções CORRIGIDAS (letras A e B) nem merecem nossa atenção, uma vez que a
materialidade está ligada às distorções NÃO CORRIGIDAS (como visto acima no item 9 da norma).
A letra C peca ao falar que é relevante a distorção não corrigida e MENOR que a materialidade
global. Não há um valor pré-definido com relação à materialidade (letra E errada).
Gabarito: D.

(VUNESP/ IPSM SJC – Analista de Gestão Municipal / Contabilidade – 2018) Suponha que, ao
auditar determinada entidade, se descubra, dentre seus registros operacionais, que, no conjunto
de demonstrações contábeis consta a informação de uma Receita de Vendas no valor de

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R$ 1.000.000; mas, na verdade, esse recebimento foi fruto do ganho de um processo judicial pela
empresa. Esse fato configura um problema do ponto de vista de sua materialidade, em função
a) de seu potencial de alterar decisões dos usuários.
b) da norma da objetividade.
c) do princípio da entidade e do postulado da continuidade.
d) da norma da consistência dentre os períodos.
e) de já ter ocorrido o recebimento.
Comentários:
Questão cobra o conhecimento do item 2, da NBC TA 320. Veja mais uma vez:
2. A estrutura de relatórios financeiros frequentemente discute o conceito de materialidade no
contexto da elaboração e apresentação de demonstrações contábeis. Embora a estrutura de
relatórios financeiros discuta materialidade em termos diferentes, ela em geral explica que:
• Distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes quando for razoavelmente
esperado que essas possam, individualmente ou em conjunto, influenciar as decisões econômicas
de usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis [...];
Gabarito: A.

(CESPE/ Polícia Científica PE – Ciências Contábeis – 2016) Acerca de auditoria de demonstrações


contábeis, assinale a opção correta.
c) O conceito de materialidade é objetivo, de utilização obrigatória e está expressamente
determinado nas Normas Brasileiras de Contabilidade.
Comentários:
Vamos analisar somente a alternativa C, uma vez que as demais estão fora do escopo dos temas
tratados neste relatório.
Como dissemos, não há uma regra (ou valor) pré-definida sobre o que é material ou relevante. “A
determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é afetada
pela percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das
demonstrações contábeis.” (Item 4 - NBC TA 320 R1). Assim, podemos entender a assertiva em
comento como INCORRETA, uma vez que o conceito de materialidade não é objetivo.
Gabarito: assertiva ERRADA.

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4. RISCO E MATERIALIDADE - AUDITORIA GOVERNAMENTAL


Segundo a ISSAI 100, tanto o Risco de Auditoria quanto a Materialidade fazem parte dos chamados
Princípios Gerais da Auditoria no Setor Público. Vejamos:

Figura 1 Princípios Gerais - ISSAI 100

Nesse contexto, é fundamental compreender que os auditores devem gerenciar os riscos de


fornecer um relatório que seja inadequado nas circunstâncias da auditoria.
O risco de auditoria é o risco de que o relatório de auditoria possa ser inadequado. O auditor executa
procedimentos para reduzir ou administrar o risco de chegar conclusões inapropriadas,
reconhecendo que as limitações inerentes a todas as auditorias significam que uma auditoria nunca
pode fornecer absoluta certeza da condição objeto.
Quando o objetivo é fornecer asseguração razoável, o auditor deve reduzir o risco de auditoria a um
nível aceitavelmente baixo, dadas as circunstâncias da auditoria. A auditoria pode também visar
fornecer asseguração limitada, caso em que o risco aceitável de não conformidade com critérios é
maior do que em uma auditoria de asseguração razoável. A auditoria de asseguração limitada
fornece um nível de asseguração que, no julgamento profissional do auditor, será significativo para
os usuários previstos.
A ISSAI 400 (Auditoria de Conformidade) complementa que as auditorias devem ser conduzidas de
forma a administrar ou reduzir o risco de auditoria a um nível aceitável. O risco da auditoria é o risco
de que o relatório de auditoria – ou mais especificamente a conclusão ou opinião do auditor – possa
ser inadequado às circunstâncias da auditoria. A consideração do risco da auditoria é pertinente
tanto em trabalhos de certificação quanto em trabalhos de relatório direto. O auditor deve
considerar três dimensões diferentes do risco de auditoria – risco inerente, risco de controle e
risco de detecção – em relação ao objeto e ao formato do relatório, isto é, se o objeto é quantitativo
ou qualitativo e se o relatório de auditoria deve incluir uma opinião ou uma conclusão. A importância
relativa dessas três dimensões do risco de auditoria depende da natureza do objeto, de a auditoria
ser para fornecer segurança razoável ou limitada e se é um trabalho de relatório direto ou de
certificação.

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No modelo de risco de auditoria do AICPA (2007), representado na Figura abaixo, os únicos riscos
que o auditor controla são o de detecção (RD) e, por meio deste, o de auditoria (RA) já que o risco
de distorção relevante (RDR), que é composto pelos riscos inerente e de controle, são riscos da
administração da entidade. Portanto, cabe ao auditor determinar o nível de risco de detecção
aceitável para manter o risco de auditoria no nível estabelecido para o trabalho.

Em relação à materialidade, a ISSAI 100 prevê que os auditores devem considerar a materialidade
durante todo o processo de auditoria.
A materialidade é relevante em todas as auditorias. Uma questão pode ser julgada materialmente
relevante se o seu conhecimento é suscetível de influenciar as decisões dos usuários previstos.
Determinar a materialidade é uma questão de julgamento profissional e depende da interpretação
do auditor acerca das necessidades dos usuários. Esse julgamento pode se relacionar a um item
individual ou a um grupo de itens, tomados em conjunto. A materialidade é muitas vezes
considerada em termos de valor, mas também tem aspectos quantitativos, bem como
qualitativos. As características inerentes a um item ou grupo de itens podem tornar uma questão
material por sua própria natureza. Uma questão pode, também, ser material por causa do contexto
em que ela ocorre.
As considerações sobre materialidade afetam as decisões relativas à natureza, época e extensão dos
procedimentos de auditoria, e a avaliação dos resultados da auditoria. Essas considerações podem
incluir preocupações das partes interessadas, interesse público, exigências regulatórias e
consequências para a sociedade.
O Manual de Auditoria Operacional (MAO) do TCU nos ensina que a materialidade pode ser definida
como a importância relativa (ou significância) de um assunto dentro do contexto na qual é
considerada. Além do valor monetário, a materialidade inclui questões de importância social e
política, conformidade, transparência, governança e accountability. A materialidade pode variar ao
longo do tempo e pode depender da perspectiva dos usuários previstos e das partes responsáveis
(ISSAI 300/33, 2013; ISSAI 3000/84).
Nesse contexto, auditor deve considerar a materialidade em todas as fases do processo de
auditoria, incluindo os aspectos financeiros, sociais e políticos do objeto, com o objetivo de agregar
tanto valor quanto seja possível (ISSAI 3000/83).

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(TCE RJ / 2021) No que se refere ao plano de auditoria baseado no risco, julgue os itens
subsequentes.
O auditor deve considerar a materialidade em todas as fases do processo de auditoria, incluindo os
aspectos financeiros, sociais e políticos do objeto, com o objetivo de agregar tanto valor quanto seja
possível.
Comentários:
É exatamente isso o que prevê a ISSAI 3000, conceito replicado no MAO (TCU.
Item, portanto, CERTO.
(TCDF / 2021) Considerando as Normas Internacionais das Entidades Fiscalizadoras Superiores
(ISSAI), julgue os itens a seguir.
Para conferir objetividade aos trabalhos de auditoria, a materialidade deve ser um critério
exclusivamente quantitativo.
Comentários:
A ISSAI 100 nos ensina o contrário do que prevê o enunciado, ou seja, que materialidade é muitas
vezes considerada em termos de valor, mas também tem aspectos quantitativos bem como
qualitativos. O MAO (TCU) reforça esse entendimento ao estatuir que, além do valor monetário, a
materialidade inclui questões de importância social e política, conformidade, transparência, governança e
accountability.
Item, portanto, ERRADO.

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5. LISTA DE QUESTÕES

Risco de Auditoria

1. (CESPE / TCDF – 2021)


Em cada um dos itens que se seguem, é apresentada uma situação hipotética acerca do
planejamento de auditoria, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Raul, analista de controle externo de tribunal de contas, ao auditar determinada entidade
governamental, manifestou preocupação de não haver um bom sistema de controle interno
que prevenisse ou detectasse, em tempo hábil, erros ou irregularidades relevantes. Nessa
situação, a preocupação manifestada pelo servidor se refere ao risco de controle.
2. (CESPE / TCE RJ – 2021)
Acerca do plano de auditoria baseado em risco, julgue os itens subsecutivos.
Há risco de controle quando não se consegue evitar ou detectar erro ou fraude em um
processo, mesmo que este tenha sido submetido a um efetivo controle interno.
3. (CESPE / TCE RO – 2019 – Adaptada)
Com relação ao plano de auditoria baseado no risco, assinale a opção correta.
b) Quanto maior for o risco de distorção relevante, maiores serão os riscos de a detecção ser
consentida pelo auditor.
4. (CESPE / CGE CE – 2019)
Um dos dois componentes de determinado risco é a suscetibilidade de uma afirmação a
respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser
relevante; outro componente é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma
afirmação ou em conjunto com outras distorções não seja prevenida, detectada e corrigida
tempestivamente pelo controle interno da entidade. Essas informações caracterizam o risco
a) de auditoria.
b) de controle.
c) inerente.
d) de distorção relevante.
e) de detecção.
5. (CESPE / SEFAZ RS – 2019)
Com relação a riscos, julgue os itens a seguir.
I Risco do negócio ocorre quando o auditor independente necessita de laudos externos para a
avaliação de alguma informação.

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II Se identificar risco significativo, a equipe de auditoria deverá solicitar interrupção do contrato


com o cliente até que a questão seja sanada.
III A avaliação do risco de distorção relevante pode mudar durante o curso da auditoria.
IV Observação e inspeção são procedimentos utilizados para a avaliação de riscos.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.
6. (CESPE / SEFAZ RS – 2019)
A emissão de opinião inadequada do auditor sobre demonstrações contábeis finais que
contenham distorção relevante caracteriza o risco
a) de auditoria.
b) de controle.
c) de detecção.
d) de distorção relevante.
e) inerente.
7. (CESPE / SEFAZ RS – 2019)
Há maior risco de ocorrerem distorções em valores, na classificação, na apresentação ou
divulgação de informações contábeis quando
a) os cálculos ou princípios contábeis são muito simples.
b) verificados altos índices de transações rotineiras na entidade.
c) obtenção e o processamento de dados exigem significativo volume de transações manuais.
d) as avaliações contábeis se baseiam em metodologias diferenciadas.
e) realizada pouca ou nenhuma intervenção da alta administração na determinação do
tratamento contábil.
8. (CESPE / SEFAZ RS – 2019)
Na avaliação inicial de uma empresa auditada, o auditor independente detectou a possibilidade
de a entidade não vir a concretizar um importante contrato de financiamento, por não atender
aos pré-requisitos estabelecidos pela instituição financeira.
Nessa situação hipotética, de acordo com as normas de auditoria vigentes, identifica-se um
exemplo de risco

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a) de negócio.
b) inerente.
c) de controle.
d) significativo.
e) de fraude.
9. (CESPE - Auditor Estadual (TCM-BA) /Controle Externo - 2018)
Entre os riscos envolvidos em uma auditoria, o único que existe apenas em função da realização
do trabalho de auditoria é o risco
a) residual.
b) de controle.
c) de detecção.
d) de distorção relevante.
e) inerente.
10. (CESPE – Analista Portuário (EMAP) /Financeira e Auditoria Interna – 2018)
Considerando as etapas e as atividades envolvidas no planejamento e na execução dos
trabalhos do auditor, julgue o item que se segue.
Quando da avaliação do risco de detecção, o auditor deve levar em conta que a organização
está exposta ao risco independentemente de quaisquer ações gerenciais que possam reduzir a
probabilidade de sua ocorrência ou seu impacto.
11. (CESPE - Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Julgue o item a seguir, relativo ao planejamento de auditoria.
Na fase de planejamento, um dos aspectos a serem considerados na análise de risco é a
extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de especialistas.
12. (CESPE - Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Julgue o item a seguir, relativo ao planejamento de auditoria.
Os principais aspectos não atrelados aos riscos, mas que deverão ser observados na fase de
planejamento incluem a verificação e a comunicação de eventuais limitações relacionadas aos
procedimentos da auditoria interna, tendo em vista o volume ou a complexidade das
transações e das operações.
13. (CESPE - Analista de Controle (TCE-PR)/Contábil - 2016)
A respeito dos procedimentos preliminares de auditoria relacionados à identificação e
avaliação de riscos, assinale a opção correta.
a) Todas as informações obtidas pelo auditor em auditorias prévias na mesma entidade
auditada terão de ser consideradas na avaliação de riscos.

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b) No exame dos riscos decorrentes do uso da tecnologia de informação, cabe exclusivamente


ao auditor a tarefa de verificar a fidedignidade dos relatórios eletrônicos que forem gerados.
c) As conclusões e os pareceres da auditoria interna a respeito das demonstrações contábeis
são considerados irrelevantes para o auditor independente.
d) Os riscos de negócio devem constituir declarações da administração, explícitas ou não,
incorporadas às demonstrações contábeis.
e) Procedimentos analíticos de avaliação de riscos incluem a análise de informações como, por
exemplo, a relação entre compras e volume de produtos em estoque.
14. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Ciências Contábeis/Fiscalização - 2016)
De acordo com as Normas Técnicas de Auditoria (NBC TA) estabelecidas pelo Conselho Federal
de Contabilidade (CFC), julgue o item a seguir.
Risco inerente consiste na possibilidade de que uma afirmação a respeito de uma classe de
transação seja distorcida; risco de controle é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de
uma transação, saldo contábil ou divulgação.
15. (CESPE - Auditor do Estado (CAGE RS) - 2018)
Com relação às afirmações e aos riscos relativos às demonstrações financeiras, assinale a opção
correta.
a) Os riscos e as afirmações se relacionam às demonstrações de maneira parcial.
b) Os riscos se relacionam de forma generalizada às demonstrações financeiras como um todo.
c) A existência é uma afirmação restrita às transações de contas que englobam bens tangíveis.
d) A ocorrência é uma afirmação que se refere a todos os saldos iniciais.
e) As afirmações e os riscos restringem-se às contas de resultado nas demonstrações.
16. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Ciências Contábeis /Fiscalização - 2016)
De acordo com as Normas Técnicas de Auditoria (NBC TA) estabelecidas pelo Conselho Federal
de Contabilidade (CFC), julgue o item a seguir.
O auditor deve preparar respostas gerais para tratar dos riscos que podem advir de distorções
relevantes constatadas na auditagem de demonstrações contábeis. Esse procedimento
contribuirá para que o auditor defina e execute procedimentos apropriados, como testes e
investigações, com o objetivo de obter evidências de auditoria.
17. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Administração/ Fiscalização - 2016)
Com relação aos instrumentos de fiscalização da auditoria bem como ao seu planejamento e à
sua execução, julgue o item seguinte.
O nível aceitável de risco de detecção está diretamente relacionado com os riscos avaliados de
distorção relevante no nível da afirmação. Desse modo, quanto menores forem os riscos de
distorção relevante que o auditor pensa existir, menor será o risco de detecção que pode ser
aceito.

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18. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/2016/ Administração/Administrativa - 2016)


Com relação ao planejamento da auditoria, julgue o item subsequente.
Para a determinação do risco de auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da
entidade, que compreende, entre outros aspectos, a definição das competências e
responsabilidades de cada setor ou empregado, bem como o sistema de aprovação e registro
das transações.
19. (CESPE - Contador (DPU) - 2016)
Acerca dos procedimentos e testes de auditoria no setor público, julgue o seguinte item.
A correta aplicação dos procedimentos de auditoria por parte do auditor elimina o risco de
detecção.
20. (CESPE – Auditor (FUB) - 2013)
No que se refere ao planejamento de auditoria e suas etapas, julgue o próximo item.
O risco inerente deve ser avaliado desconsiderando-se a existência de controles na instituição;
por sua vez, o risco de controle é avaliado quanto à vulnerabilidade do sistema de controles
internos. O risco de detecção, diferentemente, relaciona-se ao fato de o auditor não descobrir
eventuais erros ou irregularidades relevantes por não estarem inclusos na pauta do trabalho
realizado.
21. (CESPE / TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2015)
Julgue o item, acerca das normas técnicas de auditoria.
O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor, por algum motivo alheio a sua vontade, vir
a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis
significativamente incorretas. Para fins de análise, o risco de auditoria divide-se em três
componentes: risco inerente, risco de controle e risco de detecção.
22. (FCC/ ALESE – Analista Legislativo - Contabilidade – 2018)
A NBC TA 200, que estabelece os objetivos gerais do auditor independente e a condução da
auditoria em conformidade com normas de auditoria, definiu alguns termos e expressões de
relevância para interpretação destas Normas. De acordo com a referida NBC TA 200,
a) risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é
uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
b) asseguração razoável é, no contexto da auditoria de demonstrações econômico-financeiras
da entidade, a interpretação de dados desta natureza, flexibilizada pelo ceticismo profissional.
c) risco de distorção relevante é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para
reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção
existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto, com outras distorções.

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d) risco de detecção é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção


relevante antes da auditoria.
e) ceticismo profissional é postura do auditor que reflete a maneira de processar,
cautelosamente, informação expressa em termos financeiros, a respeito de eventos
econômicos positivos ocorridos em períodos passados, relativamente a uma entidade
específica.
23. (FCC/ TCE RS – Auditor Público Externo – 2018)
Em auditoria, risco é a possibilidade de que uma distorção relevante nas demonstrações
contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro, passe despercebida e cause
manifestação incorreta do auditor. Acerca dos riscos e seu controle:
a) alguns riscos, na opinião do auditor, requerem uma consideração especial e, por esse
motivo, são definidos como significativos.
b) os procedimentos de avaliação de riscos, por si só, fornecem evidências de auditoria
apropriadas e suficientes para suportar a opinião da auditoria.
c) na avaliação de riscos, não se deve realizar indagações à administração, à auditoria interna
ou a outros da própria entidade, por tendenciosidade de respostas.
d) para a avaliação de riscos, a estrutura societária da entidade auditada ou sua natureza é
irrelevante.
e) o auditor deve tomar o cuidado de não empregar sua experiência prévia com a entidade
auditada como fonte de informações para avaliação de riscos.
24. (FCC/ MPE PE – Analista Ministerial – Auditoria – 2018)
Segundo as normas de auditoria, o risco de negócio resulta de:
a) distorção relevante identificada e avaliada que, no julgamento do auditor, requer
consideração especial na auditoria.
b) condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de ações significativas que possam afetar
adversamente a capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias.
c) processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis pela governança,
administração e outros empregados para fornecer segurança razoável quanto à realização dos
objetivos da entidade.
d) declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às demonstrações
contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais
que possam ocorrer.
e) procedimentos de auditoria aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do
seu ambiente, para a identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante.
25. (FCC/ ISS Teresina – Auditor Fiscal – 2016)

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O risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham


distorção relevante antes da auditoria. Segundo a NBC TA 200, podem ocorrer no nível
(A) geral da demonstração contábil e no nível da afirmação para classes de transações, saldos
contábeis e divulgações.
(B) de controle das normas e registros contábeis e no nível dos processos operacionais e
administrativos.
(C) da implementação e manutenção do controle interno e no nível da afirmação para classes
de transações, saldos contábeis e divulgações.
(D) de controle das normas e registros contábeis e no nível da afirmação para classes de
transações, saldos contábeis e divulgações.
(E) geral da demonstração contábil e no nível dos processos operacionais e administrativos.
26. (FCC/PGE MT – Analista – Contador – 2016)
Os riscos de distorção relevante no nível de afirmação foram classificados pela Norma Brasileira
de Contabilidade do Trabalho de Auditoria 200 (NBC TA 200) (R1) em dois componentes: riscos
inerentes e riscos de controle. NÃO representa risco inerente:
a) cálculos complexos ou contas compostas de valores derivados de estimativas contábeis
sujeitas à incerteza significativa de estimativa.
b) circunstâncias externas que dão origem a riscos de negócios.
c) desenvolvimentos tecnológicos que tornam obsoleto um produto específico e alteram o
valor do estoque.
d) erros ou equívocos humanos, intencionais ou não.
e) informação específica como a falta de capital de giro suficiente para a continuidade das
operações.
27. (FCC/ TCE CE – Técnico Controle Externo – Auditoria TI – 2015)
O planejamento de procedimentos adicionais de auditoria de sistemas de informação
contábeis deve considerar as razões para a avaliação atribuída ao risco de distorção relevante
no nível de afirmações para cada classe de transações, saldo de contas e divulgações, incluindo:
I. o risco inerente às características particulares da classe de transações eletrônicas e seus
dados.
II. obter evidência de auditoria para determinar se os controles estão operando eficazmente.
III. obter evidência de auditoria mais persuasiva quanto menor for a avaliação de risco do
auditor.
IV. o esgotamento da análise dos riscos avaliados de distorção relevante no nível de afirmações.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.

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b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
e) I e II.
28. (FCC/ TCE SP – Auditor – 2013)
Em auditoria, o denominado risco de detecção:
A) independe da suficiência e adequação das evidências de auditoria coletadas pelo auditor
para emissão de seu relatório.
B) é uma função direta da eficácia dos controles internos da entidade que está sendo auditada.
C) é invariável, qualquer que seja a atividade da entidade e as classes de transações por ela
praticadas.
D) existe independentemente da auditoria das demonstrações contábeis, ou seja, é inerente à
entidade.
E) está diretamente relacionado com a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de
auditoria.
29. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – Gestão Tributária – 2018)
Quanto aos riscos de auditoria, um exemplo de risco de controle é:
a) a não presença de um funcionário no caixa, o que pode facilitar furtos.
b) quando, mesmo havendo um funcionário no caixa, este cometer erros.
c) quando o auditor, ao fazer testes, usa amostras muito pequenas.
d) quando o desenvolvimento tecnológico pode tornar um produto obsoleto.
e) quando oscilações financeiras comprometem o patrimônio da empresa.
30. (VUNESP/ DESENVOLVE – Auditor – 2014)
Risco de auditoria é o risco de que
a) o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações
contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de
distorção relevante e do risco de detecção.
b) os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível
aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante.
c) os procedimentos inadequadamente executados pelo auditor para a condução da auditoria
a um nível aceitável e, também, não apresentecondições de evidenciar e detectar operações
que envolvam riscos que possam ser caracterizadas como relevantes.

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d) o auditor apresente sua opinião de auditoria de forma contundente a respeito de pontos


relevantes das demonstrações contábeis sobre as quais possua apenas conhecimento
superficial.
e) o auditor expresse sua opinião de auditoria de forma superficial sobre distorções nas
demonstrações contábeis.
31. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – Gestão Tributária – 2015)
Segundo a NBC TA 200, o risco de auditoria é função dos riscos
a) de amostragem e de aderência.
b) inerentes e sistemáticos.
c) sistemáticos e não sistemáticos.
==ad78c==

d) de distorções relevantes e de detecção.


e) de aderência e materialidade.
32. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – TI – 2015)
O risco que está intimamente relacionado com a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos realizados pelo auditor é denominado risco
a) inerente.
b) de controle.
c) de detecção.
d) anômalo.
e) de aderência.
33. (VUNESP/ Pref. SP – AMCI – Geral – 2015)
Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção
relevante antes da auditoria. Nesse caso, a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma
transação, saldo contábil ou divulgação a uma distorção que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer
controles relacionados, refere-se a um risco
a) de controle.
b) de opinião.
c) subjetivo.
d) inerente.
e) de procedimento.
34. (FUNDATEC / SEPLAG POA – 2019)
Ao tratar do tema risco de auditoria, as normas brasileiras de contabilidade definem diversos
conceitos. Sobre tais definições, assinale a alternativa correta.

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A) Risco de auditoria é o risco que existe antes da consideração de quaisquer controles, sua
identificação é de responsabilidade da entidade auditada.
B) Risco de controle é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção
relevante em razão de fraudes cometidas pelo controle interno.
C) Risco de detecção é o risco de que os procedimentos adotados pelo auditor não detectem
uma distorção relevante.
D) Risco de distorção relevante é o risco de que uma distorção relevante não seja detectada
pela auditoria.
E) Risco inerente é o risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante.
35. (FUNDATEC - Auditor do Estado (CAGE RS)/2014)
De acordo com a NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por
meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente, o auditor deve aplicar procedimentos
de avaliação de riscos para fornecer uma base para a identificação e avaliação de riscos de
distorção relevante nas demonstrações contábeis e nas afirmações. No processo de avaliação
dos riscos, o auditor deve aplicar os seguintes procedimentos:
a) Inspeção de documentos, tais como planos e estratégias de negócio, e indagações à
administração e a outros na entidade com probabilidade de auxiliar na identificação de riscos
de distorção relevante devido a fraude ou erro.
b) Contagem de caixa e circularização de bancos para identificar a existência de risco de fraude
por apropriação indébita.
c) Circularização de advogados e de partes relacionadas com vistas a avaliar o risco de
contingências.
d) Acompanhamento do inventário físico, reexecução de controles internos de faturamento e
inspeção de imobilizado, com vistas a avaliar o risco de distorção relevante nos ciclos
operacionais relevantes.
e) Análise de uma amostra de notas fiscais de faturamento emitidas no final do ano e os
respectivos comprovantes de embarque da mercadoria, com vistas a identificar o risco de
faturamento antecipado.
36. (FUNDATEC - Auditor do Estado (CAGE RS)/2014)
A NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução de uma Auditoria em
Conformidade com Normas de Auditoria, estabelece que o risco de distorção relevante é o
risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria.
Este consiste em dois componentes, quais sejam:
a) Risco do negócio e risco de detecção.
b) Risco de detecção e risco de controle.
c) Risco de controle e risco inerente.

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d) Risco inerente e risco de detecção.


e) Risco significativo e risco de controle.

Relevância / Materialidade

37. (CESPE / TCE RO – 2019 – Adaptada)


Com relação ao plano de auditoria baseado no risco, assinale a opção correta.
a) O auditor, no caso de ter tido conhecimento de informações que o tenham levado a
encontrar um valor distinto para as demonstrações contábeis, deverá revisar a materialidade
para essas demonstrações no seu todo.
38. (CESPE – TCE PR – Analista de Controle – Administração – 2016)
Assinale a opção correta, com referência à determinação da materialidade e da relevância no
planejamento e na execução da auditoria.
a) No caso de entidades com fins lucrativos, as demonstrações contábeis tidas como relevantes
para o público em geral podem não ser relevantes para os investidores que fornecem o capital
de risco para o empreendimento.
b) Na determinação da materialidade, o auditor deve pressupor que os usuários do relatório
de auditoria desconhecem os negócios e a atividade da entidade auditada.
c) É indispensável determinar um valor mínimo para a classificação de relevância das distorções
encontradas.
d) Nas auditorias das demonstrações contábeis, a definição de materialidade para entidades
públicas segue as mesmas regras e condições adotadas para as entidades privadas.
e) Determinada distorção pode ser considerada irrelevante em termos materiais, ainda que
afete a decisão de um usuário específico da informação contábil.
39. (CESPE – TCE PA – Analista de Controle Externo – Direito – 2016)
Com relação aos instrumentos de fiscalização da auditoria bem como ao seu planejamento e à
sua execução, julgue o item seguinte.
No planejamento da auditoria, os pisos de valores adotados para determinar a materialidade
para as demonstrações contábeis como um todo podem ser superiores aos utilizados para
transações específicas; dependem de como distorções de valores menores possam influenciar
as decisões dos usuários dessas informações.
40. (FCC / ISS Manaus – 2019)
Na avaliação de materialidade, é razoável que o auditor assuma que os usuários de
demonstrações financeiras
a) possuem aprofundado conhecimento de economia.

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b) não sabem que as demonstrações contábeis são auditadas considerando níveis de


materialidade.
c) possuem conhecimento razoável de contabilidade.
d) não possuem disposição para estudar as informações contábeis com diligência.
e) possuem aprofundado conhecimento das atividades econômicas.
41. (FCC/ TCE RS – Auditor Público Externo – 2018)
O controle que funciona é o controle preventivo, o controle substantivo, que elege prioridades
e acompanha paripassu a execução de projetos. O controle que funciona é aquele que orienta,
esclarece e alerta, que concentra e aprofunda sua fiscalização naquilo que é essencial,
mediante critérios de materialidade, relevância, risco e oportunidade.
(LIMA, Luiz Henrique. O Controle da Responsabilidade Fiscal e os Desafios para os Tribunais
de Contas em Tempos de Crise. In: LIMA, Luiz Henrique; DE OLIVEIRA, Weder; CAMARGO, João
Batista. Contas Governamentais e Responsabilidade Fiscal: Desafios para o Controle Externo.
Belo Horizonte: Fórum, 2017, p.135)
Acerca da materialidade e planejamento em auditoria, assevera-se:
a) O planejamento, como etapa antecedente e isolada da auditoria, consiste primeiramente na
identificação dos riscos de distorções relevantes e subsequentemente na determinação da
materialidade.
b) É possível, na ponderação de materialidade, estabelecer um valor abaixo do qual as
distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não
relevantes.
c) Independentemente das informações reveladas no transcurso da auditoria, é importante
que o auditor não revise a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo.
d) No controle de legalidade que faz o Tribunal de Contas, não se deve levar em conta a
materialidade, pois todas as transações devem ser individualmente apreciadas.
e) A avaliação de relevância de eventuais distorções é o fundamento para determinação da
época, extensão e natureza de procedimentos a aplicar.
42. (VUNESP/ PAULIPREV – Controlador Interno – 2018)
“Julgamentos sobre a materialidade são estabelecidos levando-se em consideração as
circunstâncias envolvidas e são afetados pela percepção que o auditor tem das necessidades
dos usuários das demonstrações contábeis e pelo tamanho ou natureza de uma distorção, ou
por uma combinação de ambos.” (NBC-TA 200 (R1))
Esse texto está ligado ao conceito fundamental de materialidade, a respeito do qual é correto
afirmar que
a) em geral, as distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se for razoável
esperar que, individual ou conjuntamente, elas influenciem as decisões econômicas dos
usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis.

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b) a opinião do auditor considera as demonstrações contábeis em todas as suas partes e,


portanto, o auditor é responsável pela detecção de distorções, ainda que não sejam relevantes
para as demonstrações contábeis como um todo.
c) é aplicado pelo auditor apenas no planejamento da auditoria, pois, na fase de execução,
deve vigorar o princípio do conservadorismo, o qual determina que qualquer distorção nas
demonstrações contábeis deve conduzir a uma opinião negativa.
d) julgamentos sobre materialidade são feitos em termos abstratos, apartados das
circunstâncias concretas envolvidas, e são afetados pela magnitude e natureza das distorções,
ou pela combinação de ambos.
e) na avaliação da materialidade, é considerado o possível efeito de distorções sobre usuários
individuais específicos, visto que suas necessidades podem variar significativamente.
43. (VUNESP/ IPSM SJC – Analista de Gestão Municipal / Contabilidade – 2018)
Suponha que, ao auditar determinada entidade, se descubra, dentre seus registros
operacionais, que, no conjunto de demonstrações contábeis consta a informação de uma
Receita de Vendas no valor de R$ 1.000.000; mas, na verdade, esse recebimento foi fruto do
ganho de um processo judicial pela empresa. Esse fato configura um problema do ponto de
vista de sua materialidade, em função
a) de seu potencial de alterar decisões dos usuários.
b) da norma da objetividade.
c) do princípio da entidade e do postulado da continuidade.
d) da norma da consistência dentre os períodos.
e) de já ter ocorrido o recebimento.
44. (VUNESP/ Pref. Registro – Analista Contábil – 2018)
O conceito de ____________ é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da
auditoria, e na avaliação do efeito ______________ na auditoria e de distorções não corrigidas,
se houver, sobre as demonstrações contábeis e na formação da opinião no relatório do auditor
independente.
Com base nas Normas Brasileiras Contabilidade, no que tange a procedimentos de auditoria,
assinale a alternativa que completa a frase, correta e respectivamente.
a) Amostra … da seleção estatística
b) Procedimento de auditoria … dos processos analisados
c) Programa de auditoria … da leitura dos controles internos
d) Risco … dos erros da administração
e) Materialidade … de distorções identificadas
45. (VUNESP/ CGM São Paulo - Auditor Municipal de Controle Interno – 2015)

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Na revisão da materialidade no decorrer do processo de auditoria, se o auditor concluir que é


apropriada a materialidade mais baixa para as demonstrações contábeis tomadas em conjunto
(e, se aplicável, para o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações,
saldos contábeis ou divulgação) do que inicialmente determinado, o auditor deve
a) definir um novo nível de materialidade para execução da auditoria, independentemente da
natureza e da extensão dos procedimentos adicionais.
b) informar as pessoas envolvidas que não é possível realizar a auditoria com a materialidade
previamente determinada, uma vez que a materialidade nunca pode ser revisada para baixo.
c) revisar a materialidade para execução da auditoria e solicitar aprovação do superior imediato
para a execução dos novos níveis adotados, não sendo necessário, nesse momento, verificar a
adequação dos procedimentos adicionais.
d) perguntar para os envolvidos nos trabalhos qual seria o nível mais adequado para a definição
da nova materialidade.
e) determinar se é necessário revisar a materialidade para execução da auditoria e se a
natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria continuam
apropriados.

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6. GABARITO

1. CERTO 16. CERTO 31. D


2. CERTO 17. ERRADO 32. C
3. ERRADA 18. CERTO 33. D
4. D 19. ERRADO 34. C
5. C 20. CERTO 35. A
6. A 21. CERTO 36. C
7. C 22. A 37. CERTO
8. A 23. A 38. E
9. C 24. B 39. CERTO
10. ERRADO 25. A 40. C
11. CERTO 26. D 41. E
12. ERRADO 27. E 42. A
13. E 28. E 43. A
14. ERRADO 29. B 44. E
15. B 30. A 45. E

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7. QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS

Risco de Auditoria

1. (CESPE / TCDF – 2021)


Em cada um dos itens que se seguem, é apresentada uma situação hipotética acerca do
planejamento de auditoria, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Raul, analista de controle externo de tribunal de contas, ao auditar determinada entidade
governamental, manifestou preocupação de não haver um bom sistema de controle interno
que prevenisse ou detectasse, em tempo hábil, erros ou irregularidades relevantes. Nessa
situação, a preocupação manifestada pelo servidor se refere ao risco de controle.
Comentários
No caso em tela, o auditor percebeu um risco de que os controles internos da entidade (sistema
de controle interno) pudessem NÃO prevenir, detectar ou corrigir distorções (erros,
irregularidades) relevantes.
Nesse caso, estamos diante do risco de controle.
Gabarito: “CERTO”.

2. (CESPE / TCE RJ – 2021)


Acerca do plano de auditoria baseado em risco, julgue os itens subsecutivos.
Há risco de controle quando não se consegue evitar ou detectar erro ou fraude em um
processo, mesmo que este tenha sido submetido a um efetivo controle interno.
Comentários
A assertiva menciona o risco de que um efetivo controle interno, ou seja, um controle
estabelecido efetivamente, possa NÃO evitar, detectar (ou mesmo corrigir) uma distorção
causada por erro ou fraude.
Nesse caso, estamos diante do risco de controle.
Gabarito: “CERTO”.

3. (CESPE / TCE RO – 2019 – Adaptada)


Com relação ao plano de auditoria baseado no risco, assinale a opção correta.
b) Quanto maior for o risco de distorção relevante, maiores serão os riscos de a detecção ser
consentida pelo auditor.
Comentários

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Há uma relação inversa entre os riscos avaliados de distorção relevante e o risco de detecção
a ser consentido (ou aceitado) pela auditoria. É o que nos ensina a NBC TA 200. Vejamos:
Risco de detecção
A44. Para um dado nível de risco de auditoria, o nível aceitável de risco de detecção tem uma
relação inversa com os riscos avaliados de distorção relevante no nível da afirmação. Por
exemplo, quanto maiores são os riscos de distorção relevante que o auditor acredita existir,
menor é o risco de detecção que pode ser aceito e, portanto, mais persuasivas são as evidências
de auditoria exigidas.
Assertiva, portanto, ERRADA.
Gabarito: “ERRADA”.

4. (CESPE / CGE CE – 2019)


Um dos dois componentes de determinado risco é a suscetibilidade de uma afirmação a
respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser
relevante; outro componente é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma
afirmação ou em conjunto com outras distorções não seja prevenida, detectada e corrigida
tempestivamente pelo controle interno da entidade. Essas informações caracterizam o risco
a) de auditoria.
b) de controle.
c) inerente.
d) de distorção relevante.
e) de detecção.
Comentários
A primeira parte do enunciado diz respeito ao Risco Inerente, um dos componentes do Risco
de Distorção Relevante. Vejamos mais uma vez:
Risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo
contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados;
Já a parte final do enunciado faz menção ao Risco de Controle. Veja:
Risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre
uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e
corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade.
Os riscos inerente e de controle são componentes do Risco de Distorção Relevante.
Gabarito: “D”.

5. (CESPE / SEFAZ RS – 2019)

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Com relação a riscos, julgue os itens a seguir.


I Risco do negócio ocorre quando o auditor independente necessita de laudos externos para a
avaliação de alguma informação.
II Se identificar risco significativo, a equipe de auditoria deverá solicitar interrupção do contrato
com o cliente até que a questão seja sanada.
III A avaliação do risco de distorção relevante pode mudar durante o curso da auditoria.
IV Observação e inspeção são procedimentos utilizados para a avaliação de riscos.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.
Comentários
Vamos avaliar cada item à luz das normas de auditoria:
Item I: ERRADO. Definição carece totalmente de previsão normativa e é, em certa medida,
absurda. Risco de negócio, nos termos da NBC TA 315, é o risco que resulta de condições,
eventos, circunstâncias, ações ou falta de ações significativas que possam afetar adversamente
a capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias, ou do
estabelecimento de objetivos ou estratégias inadequadas. O risco de negócio é mais amplo do
que o risco de distorção relevante das demonstrações contábeis, embora inclua este último.
Item II: ERRADO. Risco significativo, nos termos da NBC TA 315 é o risco de distorção relevante
identificado e avaliado que, no julgamento do auditor, requer consideração especial na
auditoria. Requerer consideração especial não significa demandar interrupção do contrato. DO
contrário, ainda nos termos da NBC TA 315, se o auditor determinou que existe risco
significativo, o auditor deve obter entendimento dos controles da entidade, inclusive das
atividades de controle, relevantes para esse risco.
Item III: CERTO. É razoável supor que a avaliação de riscos de distorção relevantes não é algo
estático. Devemos lembrar que a evidência de auditoria possui natureza cumulativa, sendo
razoável considerar que, a cada nova evidência obtida, a avaliação de riscos pode ser alterada.
A consequência disso é que a aplicação de procedimentos de auditoria previamente planejados
também é dinâmica, podendo mudar conforme a avaliação de risco feita pelo auditor. A NBC
TA 315 corrobora esse entendimento. Vejamos:
Revisão da avaliação de risco
31. A avaliação pelo auditor dos riscos de distorção relevante no nível da afirmação pode mudar
durante o curso da auditoria, à medida que evidências adicionais de auditoria são obtidas. Nas

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circunstâncias em que o auditor obtém evidências de auditoria executando procedimentos


adicionais, ou se são obtidas novas informações, incompatíveis com as evidências de auditoria
em que o auditor originalmente baseou a avaliação, o auditor deve revisar a avaliação e,
portanto, modificar os procedimentos adicionais de auditoria planejados.
Item IV: CERTO. Conforme o item 5 da NBC TA 315 (R1), “o auditor deve aplicar procedimentos
de avaliação de riscos para fornecer uma base para a identificação e avaliação de riscos de
distorção relevante nos níveis das demonstrações contábeis e das afirmações.”
No item 6, a norma menciona como procedimentos de avaliação de riscos:
- Indagações à administração, às pessoas apropriadas da auditoria interna (se houver essa
função) e a outros na entidade que, no julgamento do auditor, possam ter informações com
possibilidade de auxiliar na identificação de riscos de distorção relevante causados por fraude
ou erro;
- Procedimentos analíticos;
- Observação e inspeção.
Gabarito: “C”.

6. (CESPE / SEFAZ RS – 2019)


A emissão de opinião inadequada do auditor sobre demonstrações contábeis finais que
contenham distorção relevante caracteriza o risco
a) de auditoria.
b) de controle.
c) de detecção.
d) de distorção relevante.
e) inerente.
Comentários
Questão simples, que traz no enunciado a definição de risco de auditoria. Vejamos mais uma
vez:
Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações financeiras contiverem distorção relevante.
Gabarito: “A”.

7. (CESPE / SEFAZ RS – 2019)


Há maior risco de ocorrerem distorções em valores, na classificação, na apresentação ou
divulgação de informações contábeis quando
a) os cálculos ou princípios contábeis são muito simples.
b) verificados altos índices de transações rotineiras na entidade.

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c) obtenção e o processamento de dados exigem significativo volume de transações manuais.


d) as avaliações contábeis se baseiam em metodologias diferenciadas.
e) realizada pouca ou nenhuma intervenção da alta administração na determinação do
tratamento contábil.
Comentários
O enunciado pede uma situação que indique maior risco de distorção relacionados às
informações contábeis. Ora, é razoável supor que os riscos são maiores (ou mais significativos)
quando há cálculos complexos (ao invés de simples), índices elevados de transações não
rotineiras (ao invés de rotineiras ou simples), alto volume de transações manuais (isso por
conta da suscetibilidade ao erro humano), alto nível de intervenção da administração no
trabalho da contabilidade (o que pode acabar por pressionar ou induzir a erro), etc.
Esse entendimento é corroborado pelo que dispõe a NBC TA 315, ao estatuir sobre a
identificação de riscos significativos. Antes de tudo, vamos relembrar que risco significativo é
o risco de distorção relevante que requer consideração especial da auditoria. Vejamos o que
diz a NBC TA 315:
Identificação de riscos significativos
A141. Riscos significativos normalmente estão relacionados com transações não rotineiras
ou assuntos que envolvem julgamento. Transações não rotineiras são transações não usuais,
devido ao tamanho ou à natureza e que, portanto, não ocorrem frequentemente. Os assuntos
que envolvem julgamento podem incluir o desenvolvimento de estimativas contábeis para as
quais há incerteza de mensuração significativa. Transações rotineiras, não complexas,
sujeitam-se a processamento sistemático e têm menos probabilidade de dar origem a riscos
significativos.
A142. Riscos de distorção relevante podem ser maiores para transações não rotineiras
significativas decorrentes de assuntos como os seguintes:
• maior intervenção da administração para determinar o tratamento contábil;
• maior intervenção manual para obtenção e processamento de dados;
• cálculos ou princípios contábeis complexos;
• a natureza das transações não rotineiras, que pode dificultar a implementação pela entidade
de controles efetivos sobre os riscos.
Pelo exposto, podemos eliminar de pronto as letras A, B e E (o maior risco advém, na realidade,
de cálculos complexos, transações não rotineiras, maior intervenção da administração).
O gabarito, por previsão previsão normativa expressa, é a letra C. Como dissemos, o uso de
intervenção manual para obtenção e processamento de dados pode ocasionar, por exemplo,
erro humano (de cálculo, de erro na transcrição de informações, etc.).
A letra D é mais polêmica. Não há base normativa expressa para sua incorreção (e nem
tampouco para sua correção). Uma metodologia diferenciada, por si só, não adeveria alterar a

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avaliação de risco. Seria necessário um número maior de informações para chegarmos a uma
conclusão a respeito. Entendemos que, em questões desse tipo, deve-se buscar a “mais
correta”. Nesse caso, não há dúvidas de que a “mais correta” é a letra C.
Gabarito: “C”.

8. (CESPE / SEFAZ RS – 2019)


Na avaliação inicial de uma empresa auditada, o auditor independente detectou a possibilidade
de a entidade não vir a concretizar um importante contrato de financiamento, por não atender
aos pré-requisitos estabelecidos pela instituição financeira.
Nessa situação hipotética, de acordo com as normas de auditoria vigentes, identifica-se um
exemplo de risco
a) de negócio.
b) inerente.
c) de controle.
d) significativo.
e) de fraude.
Comentários
O enunciado faz menção a um risco advindo da possibilidade da entidade não alcançar um
objetivo (no caso, a concretização de um contrato de financiamento). Segundo as normas de
auditoria, esse é o chamado risco de negócio. Noss gabarito, portanto, é a letra A. Vejamos,
abaixo, a definição de risco de negócio e dos demais riscos mencionados nas assertivas.
Risco de negócio: é o risco que resulta de condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de
ações significativas que possam afetar adversamente a capacidade da entidade de alcançar
seus objetivos e executar suas estratégias, ou do estabelecimento de objetivos ou estratégias
inadequadas.
Risco Inerente: é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo
contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados.
Risco de controle: é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre
uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e
corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade.
Risco significativo: é o risco de distorção relevante identificado e avaliado que, no julgamento
do auditor, requer consideração especial na auditoria.
Risco de fraude não é uma expressão presente nas normas de auditoria. Há, por outro lado, os
chamados fatores de risco de fraude, que são eventos ou condições que indiquem incentivo ou
pressão para que a fraude seja perpetrada ou ofereçam oportunidade para que ela ocorra.

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Gabarito: “A”.

9. (CESPE - Auditor Estadual (TCM-BA) /Controle Externo - 2018)


Entre os riscos envolvidos em uma auditoria, o único que existe apenas em função da realização
do trabalho de auditoria é o risco
a) residual.
b) de controle.
c) de detecção.
d) de distorção relevante.
e) inerente.
Comentários
Como dissemos em nossa aula, os riscos de distorção relevante são os riscos da ENTIDADE
enquanto que o risco de detecção é risco do AUDITOR. Só com esse entendimento já podemos
chegar ao nosso gabarito (letra C). Vejamos abaixo os conceitos do risco de detecção, bem
como das demais espécies de risco de auditoria presentes nas assertivas.
Segundo a NBC TA 200 (R1):
13. Para fins das NBC TAs, os seguintes termos possuem os significados atribuídos a seguir:
[...]
Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma
função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
[...]
Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o
risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que
possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.
[...]
Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção
relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a seguir no nível das
afirmações:
(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo
contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados;
(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre
uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e
corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade. [grifo nosso]

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O Risco Residual não aparece nas normas de auditoria independente, porém é apresentado
pelas normas de auditoria governamental (do TCU notadamente) e também pela doutrina,
conforme descrito a seguir:
Os riscos são avaliados em duas dimensões, uma antes e outra após a aplicação de controles,
conforme a seguir (BRASIL, 2009):
• Risco inerente: é o risco do negócio, do processo ou da atividade, independente dos controles
internos administrativos adotados.
• Risco residual: é o risco que remanesce após a mitigação por controles internos.
Assim, o risco residual é a parcela do risco inerente que permanece após a implementação de
atividades administrativas que permitam reduzir a probabilidade e/ou impacto do evento, de
modo a evitar, reduzir, compartilhar ou, ainda, aceitar o risco.
Gabarito: “C”.

10. (CESPE – Analista Portuário (EMAP) /Financeira e Auditoria Interna – 2018)


Considerando as etapas e as atividades envolvidas no planejamento e na execução dos
trabalhos do auditor, julgue o item que se segue.
Quando da avaliação do risco de detecção, o auditor deve levar em conta que a organização
está exposta ao risco independentemente de quaisquer ações gerenciais que possam reduzir a
probabilidade de sua ocorrência ou seu impacto.
Comentários
Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o
risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que
possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.
O enunciado fala em ações gerenciais que possam reduzir a chance de ocorrência do risco. Ora,
tais ações estariam ligadas à implantação de controles internos (cujos responsabilidade é da
administração da entidade).
Dessa maneira, o risco que leva em conta a exposição independente de ações gerenciais (ou
controles internos) é o Risco Inerente. Veja:
Risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo
contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados.
Gabarito: “ERRADO”.

11. (CESPE - Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Julgue o item a seguir, relativo ao planejamento de auditoria.
Na fase de planejamento, um dos aspectos a serem considerados na análise de risco é a
extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de especialistas.

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Aula 04

Comentários
Questão trata dos Riscos da Auditoria Interna, tema apresentado em outras aulas dos nossos
cursos, mas que possui correlação com o assunto desta.
Segundo a NBC TI 01, a análise dos riscos é feita na fase de planejamento, estando relacionado
à possibilidade de não se atingir o objetivo dos trabalhos de forma satisfatória. A norma cita
ainda os aspectos que devem ser considerados durante a análise dos riscos. Veja:
12.2.2 – Riscos da Auditoria Interna
12.2.2.1 – A análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita na fase de planejamento dos
trabalhos; estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o objetivo
dos trabalhos. Nesse sentido, devem ser considerados, principalmente, os seguintes aspectos:
a) a verificação e a comunicação de eventuais limitações ao alcance dos procedimentos da
Auditoria Interna, a serem aplicados, considerando o volume ou a complexidade das transações
e das operações;
b) a extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de especialistas.
[grifo nosso]
Gabarito: “CERTO”.

12. (CESPE - Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa) - 2018)
Julgue o item a seguir, relativo ao planejamento de auditoria.
Os principais aspectos não atrelados aos riscos, mas que deverão ser observados na fase de
planejamento incluem a verificação e a comunicação de eventuais limitações relacionadas aos
procedimentos da auditoria interna, tendo em vista o volume ou a complexidade das
transações e das operações.
Comentários
Questão parecida com a anterior, que trata dos aspectos que devem ser considerados durante
a análise dos riscos da auditoria interna. Veja mais uma vez:
12.2.2 – Riscos da Auditoria Interna
12.2.2.1 – A análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita na fase de planejamento dos
trabalhos; estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o objetivo
dos trabalhos. Nesse sentido, devem ser considerados, principalmente, os seguintes aspectos:
a) a verificação e a comunicação de eventuais limitações ao alcance dos procedimentos da
Auditoria Interna, a serem aplicados, considerando o volume ou a complexidade das
transações e das operações; [grifo nosso]
O erro do item está na expressão “não atrelados aos riscos”. Pelo exposto acima, a verificação
e a comunicação de limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria aplicados é sim um
aspecto relacionado à análise dos riscos da auditoria interna.
Gabarito: “ERRADO”.

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13. (CESPE - Analista de Controle (TCE-PR)/Contábil - 2016)


A respeito dos procedimentos preliminares de auditoria relacionados à identificação e
avaliação de riscos, assinale a opção correta.
a) Todas as informações obtidas pelo auditor em auditorias prévias na mesma entidade
auditada terão de ser consideradas na avaliação de riscos.
b) No exame dos riscos decorrentes do uso da tecnologia de informação, cabe exclusivamente
ao auditor a tarefa de verificar a fidedignidade dos relatórios eletrônicos que forem gerados.
c) As conclusões e os pareceres da auditoria interna a respeito das demonstrações contábeis
são considerados irrelevantes para o auditor independente.
d) Os riscos de negócio devem constituir declarações da administração, explícitas ou não,
incorporadas às demonstrações contábeis.
e) Procedimentos analíticos de avaliação de riscos incluem a análise de informações como, por
exemplo, a relação entre compras e volume de produtos em estoque.
Comentários
Como dissemos ao longo da aula, há outras normas – que não a NBC TA 200 (R1) que abordam
o tópico Risco de Auditoria. É o caso da NBC TA 315 (R1), cujos entendimentos são cobrados
nesta questão (difícil, frise-se). Analisando cada alternativa:
Letra A) ERRADA. Ao utilizar informações obtidas em experiências prévias junto à entidade, o
auditor deve determinar se as informações obtidas em períodos anteriores continuam
relevantes. Isso significa que ele não deve considerar todas as informações obtidas (como diz
a assertiva), mas apenas aquelas que continuam relevantes. Veja:
9. Quando o auditor pretende usar as informações obtidas em sua experiência prévia junto à
entidade e em procedimentos de auditoria executados em auditorias anteriores, o auditor deve
determinar se as mudanças que ocorreram desde a auditoria anterior podem afetar a sua
relevância para a auditoria corrente.
A20. O auditor independente deve determinar se as informações obtidas em períodos
anteriores continuam relevantes, caso ele pretenda usar essas informações na auditoria
corrente. Isso porque mudanças no ambiente de controle, por exemplo, podem afetar a
relevância das informações obtidas no ano anterior [grifo nosso]
Letra B) ERRADA. A norma diz que a administração pode tomar ações para enfrentar riscos
específicos ou pode decidir aceitar um risco que pode surgir em decorrência de sistemas de
informação novos ou remodelados. Portanto, não cabe exclusivamente ao auditor (como diz a
assertiva) a tarefa de verificar a fidedignidade dos relatórios eletrônicos que forem gerados.
Veja:
4. Os riscos relevantes quanto à fidedignidade das demonstrações contábeis incluem eventos
externos e internos, transações ou circunstâncias que possam ocorrer e afetar adversamente a
capacidade da entidade de iniciar, registrar, processar e reportar dados financeiros compatíveis
com as afirmações da administração nas demonstrações contábeis. A administração pode

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iniciar planos, programas ou ações para enfrentar riscos específicos ou pode decidir aceitar
um risco por causa do custo ou de outras considerações. Os riscos podem surgir ou se modificar
em decorrência de circunstâncias tais como: (...) Sistemas de informação novos ou remodelados
(...). (NBC TA 315 R1, Apêndice 1, item 4).
Letra C) ERRADA. Ao contrário do que menciona a alternativa, obter entendimento da função
de auditoria interna contribui para que o auditor independente obtenha entendimento da
entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno. Veja:
Função de auditoria interna
A113. Se a entidade tem função de auditoria interna, obter entendimento dessa função
contribui para que o auditor obtenha entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive
do controle interno, em particular o papel que a auditoria interna desempenha no
monitoramento do controle interno sobre as demonstrações contábeis. Esse entendimento,
juntamente com as informações obtidas por meio das indagações do auditor independente,
conforme item 6(a) desta Norma, também podem fornecer informações que sejam diretamente
relevantes para a identificação e avaliação de riscos de distorção relevante pelo auditor. [grifo
nosso]
Letra D) ERRADA. Houve a inversão nos conceitos de “afirmações” ao invés de “risco de
negócio”. Veja:
4. Para fins das normas de auditoria, os termos têm os seguintes significados:
Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às
demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de
distorções potenciais que possam ocorrer.
Risco de negócio é o risco que resulta de condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de
ações significativas que possam afetar adversamente a capacidade da entidade de alcançar
seus objetivos e executar suas estratégias, ou do estabelecimento de objetivos ou estratégias
inadequadas.[...][grifo nosso]
Letra E) CORRETA. Apesar de não trazer a literalidade da norma (que só menciona a relação
entre vendas e estoque), esse foi o gabarito considerado pela banca. Veja o que diz a NBC TA
315 (R1):
Procedimentos analíticos
A14. Procedimentos analíticos realizados como procedimentos de avaliação de risco podem
identificar aspectos da entidade que o auditor não tinha conhecimento e pode auxiliar na
avaliação de risco de distorções relevantes para fornecer uma base para planejar e
implementar respostas para esses riscos. Procedimentos analíticos realizados como
procedimentos de avaliação de riscos podem incluir informações financeiras ou não
financeiras, por exemplo, a relação entre vendas e a área total do espaço de vendas ou
volume dos produtos vendidos. [Grifos nossos]
Portanto, alternativa correta é E.

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Gabarito: “E”.

14. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Ciências Contábeis/Fiscalização - 2016)


De acordo com as Normas Técnicas de Auditoria (NBC TA) estabelecidas pelo Conselho Federal
de Contabilidade (CFC), julgue o item a seguir.
Risco inerente consiste na possibilidade de que uma afirmação a respeito de uma classe de
transação seja distorcida; risco de controle é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de
uma transação, saldo contábil ou divulgação.
Comentários
Item trouxe conceitos incompletos e, em alguma medida, invertidos. Vejamos:
O risco relacionado à suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo
contábil ou divulgação (segunda parte do enunciado) é o risco inerente (e não de controle).
Faltou falar que o risco inerente é a suscetibilidade a uma distorção relevante – antes de
considerados quaisquer controles relacionados. A primeira parte da questão poderia dizer
respeito ao risco de controle, caso mencionasse que afirmação estivesse distorcida (de maneira
relevante) em função da não prevenção/detecção/correção pelos controles internos da
entidade.
Gabarito: “ERRADO”.

15. (CESPE - Auditor do Estado (CAGE RS) - 2018)


Com relação às afirmações e aos riscos relativos às demonstrações financeiras, assinale a opção
correta.
a) Os riscos e as afirmações se relacionam às demonstrações de maneira parcial.
b) Os riscos se relacionam de forma generalizada às demonstrações financeiras como um todo.
c) A existência é uma afirmação restrita às transações de contas que englobam bens tangíveis.
d) A ocorrência é uma afirmação que se refere a todos os saldos iniciais.
e) As afirmações e os riscos restringem-se às contas de resultado nas demonstrações.
Comentários
Questão difícil, que mistura conhecimento da NBC TA 200 (R1) e da NBC TA 315 (R1). Vamos
analisar cada assertiva a seguir:
Letra A) ERRADA. Os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis: no nível geral
da demonstração contábil e no nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis
e divulgações. Assim, Riscos de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis
referem-se aos riscos que se relacionam de forma generalizada às demonstrações contábeis
como um todo e que afetam potencialmente muitas afirmações.

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Letra B) CORRETA. Riscos de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis


referem-se aos riscos que se relacionam de forma generalizada às demonstrações contábeis
como um todo e que afetam potencialmente muitas afirmações.
Para analisar as letras C e D, é preciso saber que, de acordo com a NBC TA 315 (R1), as
afirmações usadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais
que possam ocorrer podem se enquadrar nas seguintes categorias:
(a) afirmações sobre classes de transações e eventos e divulgações relacionadas, para o período
sob auditoria:
(i) ocorrência – transações e eventos que foram registrados ou divulgados ocorreram e tais
transações e eventos são da entidade – letra D errada;
(ii) integralidade – todas as transações e eventos que deviam ser registrados foram
registrados; e todas as divulgações relacionadas que deveriam ter sido incluídas nas
demonstrações contábeis foram incluídas;
(iii) exatidão – valores e outros dados relacionados a transações e eventos registrados foram
registrados adequadamente, e respectivas divulgações foram apropriadamente mensuradas
e descritas;
(iv) corte – as transações e eventos foram registrados no período contábil correto;
(v) classificação – as transações e eventos foram registrados nas contas corretas;
(vi) apresentação – transações e eventos estão apropriadamente agregados ou
desagregados e claramente descritos, e as respectivas divulgações são relevantes e
compreensíveis no contexto dos requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável;
(b) afirmações sobre saldos de contas e divulgações relacionadas no fim do período:
(i) existência – ativos, passivos e elementos do patrimônio líquido existem – letra C errada;
(ii) direitos e obrigações – a entidade detém ou controla os direitos sobre ativos e os passivos
são obrigações da entidade;
(iii) integralidade – todos os ativos, passivos e patrimônio líquido que deviam ser registrados
foram registrados, e todas as divulgações relacionadas que deveriam ter sido incluídas nas
demonstrações contábeis foram incluídas;
(iv) exatidão, valorização e alocação – ativos, passivos e patrimônio líquido estão incluídos
nas demonstrações contábeis nos valores apropriados e quaisquer ajustes resultantes de
valorização ou alocação estão adequadamente registrados, e as respectivas divulgações
estão apropriadamente mensuradas e descritas;
(v) classificação – ativos, passivos e patrimônio líquido foram registrados nas contas
adequadas;
(vi) apresentação – ativos, passivos e patrimônio líquido estão adequadamente agregados
ou desagregados e claramente descritos, e respectivas divulgações são relevantes e
compreensíveis no contexto dos requisitos da estrutura de relatório financeiro aplicável.

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Letra C) ERRADA. A afirmação de existência abrange ativos (não somente os tangíveis),


passivos e elementos do patrimônio líquido.
Letra D) ERRADA. A afirmação de ocorrência verifica se transações e eventos que foram
registrados ou divulgados ocorreram e tais transações e eventos são da entidade.
Letra E) ERRADA. Tanto as afirmações quanto os riscos podem afetar as contas de ativo,
passivo e patrimônio líquido de forma indistinta.
Gabarito: “B”.

16. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Ciências Contábeis /Fiscalização - 2016)


De acordo com as Normas Técnicas de Auditoria (NBC TA) estabelecidas pelo Conselho Federal
de Contabilidade (CFC), julgue o item a seguir.
O auditor deve preparar respostas gerais para tratar dos riscos que podem advir de distorções
relevantes constatadas na auditagem de demonstrações contábeis. Esse procedimento
contribuirá para que o auditor defina e execute procedimentos apropriados, como testes e
investigações, com o objetivo de obter evidências de auditoria.
Comentários
Essa informação está em conformidade com a NBC TA 330 (R1) – Resposta do Auditor aos Riscos
Avaliados. Dependendo das repostas gerais dos riscos das distorções relevantes, o auditor irá
avaliar quais os procedimentos a serem realizados, objetivando obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente. Veja:
Respostas gerais
5. O auditor deve planejar e implementar respostas gerais para tratar dos riscos avaliados
de distorção relevante no nível das demonstrações contábeis.
[...]
6. O auditor deve planejar e executar procedimentos adicionais de auditoria, cuja natureza,
época e extensão se baseiam e respondem aos riscos avaliados de distorção relevante no nível
de afirmações.
8. O auditor deve planejar e realizar testes de controle para obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente quanto à efetividade operacional dos controles relevantes (...).
A1. As respostas gerais para tratar os riscos avaliados de distorção relevante no nível das
demonstrações contábeis podem incluir:
• enfatizar para a equipe de auditoria a necessidade de manter o ceticismo profissional;
• designar pessoal mais experiente ou aqueles com habilidades especiais ou usar especialistas;
• fornecer mais supervisão;
• incorporar elementos adicionais de imprevisibilidade na seleção dos procedimentos adicionais
de auditoria a serem executados;

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• efetuar alterações gerais na natureza, época ou extensão dos procedimentos de auditoria


como, por exemplo, executar procedimentos substantivos no final do período ao invés de em
data intermediária ou modificar a natureza dos procedimentos de auditoria para obter
evidência de auditoria mais persuasiva. [Grifos nossos]
Portanto, item certo.
Gabarito: “CERTO”.

17. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Administração/ Fiscalização - 2016)


Com relação aos instrumentos de fiscalização da auditoria bem como ao seu planejamento e à
sua execução, julgue o item seguinte.
O nível aceitável de risco de detecção está diretamente relacionado com os riscos avaliados de
distorção relevante no nível da afirmação. Desse modo, quanto menores forem os riscos de
distorção relevante que o auditor pensa existir, menor será o risco de detecção que pode ser
aceito.
Comentários
Ao contrário do que fora mencionado no item, o nível aceitável de risco de detecção está
inversamente relacionado com os riscos avaliados de distorção relevante no nível da
afirmação. Então, quanto maiores forem os riscos de distorção relevante que o auditor pensa
existir, menor será o risco de detecção que pode ser aceito, nos termos da NBC TA 200 (R1).
Veja:
Risco de detecção
A42. Para um dado nível de risco de auditoria, o nível aceitável de risco de detecção tem uma
relação inversa com os riscos avaliados de distorção relevante no nível da afirmação. Por
exemplo, quanto maiores são os riscos de distorção relevante que o auditor acredita existir,
menor é o risco de detecção que pode ser aceito e, portanto, mais persuasivas são as evidências
de auditoria exigidas. [grifo nosso]
Gabarito: “ERRADO”.

18. (CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/2016/ Administração/Administrativa - 2016)


Com relação ao planejamento da auditoria, julgue o item subsequente.
Para a determinação do risco de auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da
entidade, que compreende, entre outros aspectos, a definição das competências e
responsabilidades de cada setor ou empregado, bem como o sistema de aprovação e registro
das transações.
Comentários
Essa informação está alinhada com a já revogada NBC T 11 e consolidada por posicionamentos
doutrinários acerca do risco. Vejamos o que diz a NBC T 11:

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11.2.3.3 – Para determinar o risco da auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle
da entidade, compreendendo:
a) a função e envolvimento dos administradores nas atividades da entidade;
b) a estrutura organizacional e os métodos de administração adotados, especialmente quanto
a limites de autoridade e responsabilidade;
c) as políticas de pessoal e segregação de funções;
d) a fixação, pela administração, de normas para inventário, para conciliação de contas,
preparação de demonstrações contábeis e demais informes adicionais;
e) as implantações, modificações e acesso aos sistemas de informação computadorizada, bem
como acesso a arquivos de dados e possibilidade de inclusão ou exclusão de dados;
f) o sistema de aprovação e registro de transações;
g) as limitações de acesso físico a ativos e registros contábeis e/ou administrativos; e
h) as comparações e análises dos resultados financeiros com dados históricos e/ou projetados.
Sabemos que em Auditoria, a cobrança de dispositivos de normas já revogadas, infelizmente,
é comum. Em muitos casos, como esse, a doutrina acaba perpetuando alguns entendimentos
desses normativos.
Gabarito: “CERTO”.

19. (CESPE - Contador (DPU) - 2016)


Acerca dos procedimentos e testes de auditoria no setor público, julgue o seguinte item.
A correta aplicação dos procedimentos de auditoria por parte do auditor elimina o risco de
detecção.
Comentários
Segundo a NBC TA 200 (R1), o risco de detecção só pode ser reduzido, não eliminado, devido
às limitações inerentes de uma auditoria. Portanto, sempre existe risco de detecção.
Gabarito: “ERRADO”.

20. (CESPE – Auditor (FUB) - 2013)


No que se refere ao planejamento de auditoria e suas etapas, julgue o próximo item.
O risco inerente deve ser avaliado desconsiderando-se a existência de controles na instituição;
por sua vez, o risco de controle é avaliado quanto à vulnerabilidade do sistema de controles
internos. O risco de detecção, diferentemente, relaciona-se ao fato de o auditor não descobrir
eventuais erros ou irregularidades relevantes por não estarem inclusos na pauta do trabalho
realizado.
Comentários

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Questão trata dos três riscos que compõem o risco de auditoria. Segundo a NBC TA 200(R1),
“Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante”. O risco de auditoria é
uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
O Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham
distorção relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a seguir no
nível das afirmações:
(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo
contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados;
(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre
uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e
corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade.
Já o Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para
reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção
existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções.
Portanto, apesar de não literais, os conceitos trazidos no item em comento estão alinhados às
definições normativas.
Gabarito: “CERTO”.

21. (CESPE / TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2015)


Julgue o item, acerca das normas técnicas de auditoria.
O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor, por algum motivo alheio a sua vontade, vir
a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis
significativamente incorretas. Para fins de análise, o risco de auditoria divide-se em três
componentes: risco inerente, risco de controle e risco de detecção.
Comentários
Segundo a NBC TA 200(R1), “Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma
opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção
relevante”. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de
detecção.
Já o Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham
distorção relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a seguir no
nível das afirmações:
(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo
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(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre
uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e
corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade.
Apesar de não literais, os conceitos trazidos no item em análise estão alinhados às definições
normativas.
Gabarito: “CERTO”.

22. (FCC/ ALESE – Analista Legislativo - Contabilidade – 2018)


A NBC TA 200, que estabelece os objetivos gerais do auditor independente e a condução da
auditoria em conformidade com normas de auditoria, definiu alguns termos e expressões de
relevância para interpretação destas Normas. De acordo com a referida NBC TA 200,
a) risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada
quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é
uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
b) asseguração razoável é, no contexto da auditoria de demonstrações econômico-financeiras
da entidade, a interpretação de dados desta natureza, flexibilizada pelo ceticismo profissional.
c) risco de distorção relevante é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para
reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção
existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto, com outras distorções.
d) risco de detecção é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção
relevante antes da auditoria.
e) ceticismo profissional é postura do auditor que reflete a maneira de processar,
cautelosamente, informação expressa em termos financeiros, a respeito de eventos
econômicos positivos ocorridos em períodos passados, relativamente a uma entidade
específica.
Comentários
Questão aborda aspectos gerais da NBC TA 200, especialmente aqueles ligados ao Risco de
Auditoria. Vamos analisar cada assertiva:
Letra A – Correta (nosso gabarito): trata-se da definição exata do Risco de Auditoria.
Letra B – Errada. Asseguração (ou segurança) razoável é um nível elevado, mas não absoluto
de segurança.
Letra C – Errada. Assertiva traz o conceito do Risco de detecção.
Letra D – Errada. Assertiva traz o conceito do Risco de distorção relevante.
Letra E – Errada. Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e
alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma
avaliação crítica das evidências de auditoria.

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Gabarito: “A”.

23. (FCC/ TCE RS – Auditor Público Externo – 2018)


Em auditoria, risco é a possibilidade de que uma distorção relevante nas demonstrações
contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro, passe despercebida e cause
manifestação incorreta do auditor. Acerca dos riscos e seu controle:
a) alguns riscos, na opinião do auditor, requerem uma consideração especial e, por esse
motivo, são definidos como significativos.
b) os procedimentos de avaliação de riscos, por si só, fornecem evidências de auditoria
apropriadas e suficientes para suportar a opinião da auditoria.
c) na avaliação de riscos, não se deve realizar indagações à administração, à auditoria interna
ou a outros da própria entidade, por tendenciosidade de respostas.
d) para a avaliação de riscos, a estrutura societária da entidade auditada ou sua natureza é
irrelevante.
e) o auditor deve tomar o cuidado de não empregar sua experiência prévia com a entidade
auditada como fonte de informações para avaliação de riscos.
Comentários
Vamos analisar cada item à luz da NBC TA 315 (R1) – Identificação e Avaliação dos Riscos de
Distorção Relevante.
A: CERTA. Risco significativo, de acordo com a NBC TA 315(R1), é o risco de distorção relevante
identificado e avaliado que, no julgamento do auditor, requer consideração especial na
auditoria.
B: ERRADA. A NBC TA 315(R1) diz o contrário, ou seja, os procedimentos de avaliação de riscos,
por si só, NÃO fornecem evidências de auditoria apropriadas e suficientes para suportar a
opinião da auditoria.
C: ERRADA. A indagação à administração ou a outros da entidade é um dos procedimentos de
avaliação de risco previstos no normativo supramencionado. Veja:
6. Os procedimentos de avaliação de riscos incluem:
(a) indagações à administração, às pessoas apropriadas da auditoria interna (se houver essa
função) e a outros na entidade que, no julgamento do auditor, possam ter informações com
possibilidade de auxiliar na identificação de riscos de distorção relevante causados por fraude
ou erro;
(b) procedimentos analíticos;
(c) observação e inspeção.
D: ERRADA. O entendimento da natureza da entidade, incluindo suas estruturas societária e de
governança, é relevante para a avaliação dos controles internos e riscos da entidade.

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E: ERRADA. A experiência prévia do auditor junto à entidade e procedimentos de auditoria


executados em auditorias anteriores pode fornecer uma série de informações relacionadas à
avaliação de riscos (tais como, distorções passadas e se elas foram corrigidas tempestivamente,
mudanças significativas que a entidade ou suas operações possam ter sofrido desde o período
financeiro anterior, etc.).
Gabarito: “A”.

24. (FCC/ MPE PE – Analista Ministerial – Auditoria – 2018)


Segundo as normas de auditoria, o risco de negócio resulta de:
a) distorção relevante identificada e avaliada que, no julgamento do auditor, requer
consideração especial na auditoria.
b) condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de ações significativas que possam afetar
adversamente a capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias.
c) processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis pela governança,
administração e outros empregados para fornecer segurança razoável quanto à realização dos
objetivos da entidade.
d) declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às demonstrações
contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais
que possam ocorrer.
e) procedimentos de auditoria aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do
seu ambiente, para a identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante.
Comentários
Mais uma que cobra definição prevista na NBC TA 315 (R1). Veja o que diz a norma:
Risco de negócio é o risco que resulta de condições, eventos, circunstâncias, ações ou falta de
ações significativas que possam afetar adversamente a capacidade da entidade de alcançar
seus objetivos e executar suas estratégias, ou do estabelecimento de objetivos ou estratégias
inadequadas.
Gabarito: “B”.

25. (FCC/ ISS Teresina – Auditor Fiscal – 2016)


O risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham
distorção relevante antes da auditoria. Segundo a NBC TA 200, podem ocorrer no nível
(A) geral da demonstração contábil e no nível da afirmação para classes de transações, saldos
contábeis e divulgações.
(B) de controle das normas e registros contábeis e no nível dos processos operacionais e
administrativos.
(C) da implementação e manutenção do controle interno e no nível da afirmação para classes
de transações, saldos contábeis e divulgações.

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(D) de controle das normas e registros contábeis e no nível da afirmação para classes de
transações, saldos contábeis e divulgações.
(E) geral da demonstração contábil e no nível dos processos operacionais e administrativos.
Comentários
Questão trata dos níveis em que pode ocorrer os Riscos de Distorção Relevante. De acordo com
a NBC TA 200 (R1):
Os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis:
• No nível geral da demonstração contábil; e
• No nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações.
Gabarito: “A”.

26. (FCC/PGE MT – Analista – Contador – 2016)


Os riscos de distorção relevante no nível de afirmação foram classificados pela Norma Brasileira
de Contabilidade do Trabalho de Auditoria 200 (NBC TA 200) (R1) em dois componentes: riscos
inerentes e riscos de controle. NÃO representa risco inerente:
a) cálculos complexos ou contas compostas de valores derivados de estimativas contábeis
sujeitas à incerteza significativa de estimativa.
b) circunstâncias externas que dão origem a riscos de negócios.
c) desenvolvimentos tecnológicos que tornam obsoleto um produto específico e alteram o
valor do estoque.
d) erros ou equívocos humanos, intencionais ou não.
e) informação específica como a falta de capital de giro suficiente para a continuidade das
operações.
Comentários
A NBC TA 200 (R1), em seu item A40, traz um detalhamento acerca do Risco Inerente, o que
incluem alguns exemplos de sua ocorrência. Veja:
A40. O risco inerente é mais alto para algumas afirmações e classes relacionadas de
transações, saldos contábeis e divulgações do que para outras. Por exemplo, ele pode ser mais
alto para cálculos complexos ou contas compostas de valores derivados de estimativas
contábeis sujeitas à incerteza significativa de estimativa. Circunstâncias externas que dão
origem a riscos de negócios também podem influenciar o risco inerente. Por exemplo,
desenvolvimentos tecnológicos podem tornar obsoleto um produto específico, tornando assim
o estoque mais suscetível de distorção em relação à superavaliação. Fatores na entidade e no
seu ambiente, relacionados às várias ou todas as classes de transações, saldos contábeis ou
divulgações também podem influenciar o risco inerente relacionado a uma afirmação
específica. Tais fatores podem incluir, por exemplo, falta de capital de giro suficiente para a

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continuidade das operações ou um setor em declínio caracterizado por um grande número de


falências.
Analisando os trechos acima destacados, percebe-se que a única assertiva que não consta nos
exemplos mencionados é a letra D.
É bem verdade que os erros ou equívocos humanos são exemplos de limitações inerentes ao
trabalho da auditoria, de acordo com a mesma NBC TA 200(R1).Veja:
A41. O risco de controle é uma função da eficácia do desenho (controles estabelecidos), da
implementação e da manutenção do controle interno pela administração (...). Contudo, o
controle interno (...) pode reduzir, mas não eliminar, os riscos de distorção relevante nas
demonstrações contábeis, por causa das limitações inerentes ao controle interno. Essas
limitações incluem, por exemplo, a possibilidade de erros ou equívocos humanos, ou de
controles contornados por conluio ou burla inapropriada da administração. Portanto, algum
risco de controle sempre existe.
Como a questão pede taxativamente exemplos de Riscos Inerentes, o gabarito, de fato, é a
letra D.
Gabarito: “D”.

27. (FCC/ TCE CE – Técnico Controle Externo – Auditoria TI – 2015)


O planejamento de procedimentos adicionais de auditoria de sistemas de informação
contábeis deve considerar as razões para a avaliação atribuída ao risco de distorção relevante
no nível de afirmações para cada classe de transações, saldo de contas e divulgações, incluindo:
I. o risco inerente às características particulares da classe de transações eletrônicas e seus
dados.
II. obter evidência de auditoria para determinar se os controles estão operando eficazmente.
III. obter evidência de auditoria mais persuasiva quanto menor for a avaliação de risco do
auditor.
IV. o esgotamento da análise dos riscos avaliados de distorção relevante no nível de afirmações.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
e) I e II.
Comentários
De acordo com a NBC TA 330 (R1) – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados, dependendo das
repostas gerais dos riscos das distorções relevantes, o auditor irá avaliar quais os

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procedimentos a serem realizados, objetivando obter evidência de auditoria apropriada e


suficiente. Veja:
Respostas gerais
5. O auditor deve planejar e implementar respostas gerais para tratar dos riscos avaliados de
distorção relevante no nível das demonstrações contábeis.
[...]
6. O auditor deve planejar e executar procedimentos adicionais de auditoria, cuja natureza,
época e extensão se baseiam e respondem aos riscos avaliados de distorção relevante no nível
de afirmações.
7. Ao planejar procedimentos adicionais de auditoria a serem realizados, o auditor deve:
(a) considerar as razões para a avaliação atribuída ao risco de distorção relevante no nível
de afirmações para cada classe de transações, saldo de contas e divulgações, incluindo:
(i) a probabilidade de distorção relevante devido às características particulares da classe de
transações, saldo de contas ou divulgação relevantes (isto é, o risco inerente); e
(ii) se a avaliação de risco leva em consideração os controles relevantes (isto é, o risco de
controle), exigindo assim que o auditor obtenha evidência de auditoria para determinar se
os controles estão operando eficazmente (isto é, o auditor pretende confiar na efetividade
operacional dos controles para determinar a natureza, época e extensão dos procedimentos
substantivos); e
(b) obter evidência de auditoria mais persuasiva quanto maior for a avaliação de risco do
auditor.
Pelo exposto, em especial itens acima sublinhados, percebemos que os itens I e II estão
corretos. O item III está errado, pois a evidência deve ser mais persuasiva quanto MAIOR a
avaliação de risco. O item IV está errado, uma vez que não há previsão normativa para esse
“esgotamento” da análise dos riscos avaliados.
Gabarito: “E”.

28. (FCC/ TCE SP – Auditor – 2013)


Em auditoria, o denominado risco de detecção:
A) independe da suficiência e adequação das evidências de auditoria coletadas pelo auditor
para emissão de seu relatório.
B) é uma função direta da eficácia dos controles internos da entidade que está sendo auditada.
C) é invariável, qualquer que seja a atividade da entidade e as classes de transações por ela
praticadas.
D) existe independentemente da auditoria das demonstrações contábeis, ou seja, é inerente à
entidade.

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E) está diretamente relacionado com a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de


auditoria.
Comentários
O risco de auditoria é uma função do risco de distorção relevante e do risco de detecção.
Risco de detecção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o
risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que
possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções
Veja que o risco de detecção se relaciona com os procedimentos que são determinados pelo
auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável. É, portanto, função da
eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor.
Podemos afirmar que os riscos de distorção relevante são os riscos da ENTIDADE enquanto que
o risco de detecção é risco do AUDITOR.
Vejamos o que diz a NBC TA 200(R1):
A45. O risco de detecção se relaciona com a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos que são determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível
baixo aceitável. Portanto, é uma função da eficácia do procedimento de auditoria e de sua
aplicação pelo auditor. Assuntos como:
• planejamento adequado;
• designação apropriada de pessoal para a equipe de trabalho;
• aplicação de ceticismo profissional; e
• supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado, ajudam a aprimorar a eficácia do
procedimento de auditoria e de sua aplicação e reduzem a possibilidade de que o auditor possa
selecionar um procedimento de auditoria inadequado, aplicar erroneamente um procedimento
de auditoria apropriado ou interpretar erroneamente os resultados da auditoria.
Pelo exposto, o gabarito é a letra E. O Risco de detecção depende da suficiência e adequação
das evidências coletadas (letra A errada). A letra B traz elementos do Risco de Controle. Vimos
acima que há assuntos que influenciam a possibilidade de que o auditor possa selecionar ou
aplicar erroneamente algum procedimento de auditoria – o que tem relação direta com a
exposição ao Risco de Detecção. Os riscos inerente e de controle existem independentemente
da auditoria (letra D errada).
Gabarito: “E”.

29. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – Gestão Tributária – 2018)
Quanto aos riscos de auditoria, um exemplo de risco de controle é:
a) a não presença de um funcionário no caixa, o que pode facilitar furtos.
b) quando, mesmo havendo um funcionário no caixa, este cometer erros.

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c) quando o auditor, ao fazer testes, usa amostras muito pequenas.


d) quando o desenvolvimento tecnológico pode tornar um produto obsoleto.
e) quando oscilações financeiras comprometem o patrimônio da empresa.
Comentários
Questão bem interessante, que foge ao padrão usual de cobrança da literalidade das normas.
Vamos iniciar relembrando o conceito de risco de controle.
O risco de controle é a possibilidade de que os controles internos adotados pela administração
não sejam eficazes para prevenir, detectar e corrigir tempestivamente distorções nas
afirmações que, individualmente ou em conjunto com outras distorções, possam ser
relevantes.
As letras “C”, “D” e “E” podem ser eliminadas de pronto, uma vez que não tem nada a ver com
o Risco de Controle. Nos resta avaliar as letras “A” e “B”.
Ora, vejam que – no caso apresentado – o controle a ser considerado é a presença do
funcionário no caixa. Na letra A, não há um controle efetivo (o que aproxima o caso do Risco
Inerente - suscetibilidade de afirmações da administração a respeito de transações, saldos
contábeis ou divulgações conterem distorções relevantes, pressupondo que não haja controles
relacionados). Já no caso da letra “B” (nosso gabarito), há um controle (presença do funcionário
no caixa) incapaz de prevenir ou corrigir erros (espécie de distorção).
Gabarito: “B”.

30. (VUNESP/ DESENVOLVE – Auditor – 2014)


Risco de auditoria é o risco de que
a) o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações
contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de
distorção relevante e do risco de detecção.
b) os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível
aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante.
c) os procedimentos inadequadamente executados pelo auditor para a condução da auditoria
a um nível aceitável e, também, não apresentecondições de evidenciar e detectar operações
que envolvam riscos que possam ser caracterizadas como relevantes.
d) o auditor apresente sua opinião de auditoria de forma contundente a respeito de pontos
relevantes das demonstrações contábeis sobre as quais possua apenas conhecimento
superficial.
e) o auditor expresse sua opinião de auditoria de forma superficial sobre distorções nas
demonstrações contábeis.
Comentários

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Questão aborda o conceito de Risco de Auditoria. Você deve ficar atento às palavras-chaves:
“opinião inadequada” e “distorção relevante”. Segundo a NBC TA 200 (R1):
13. Para fins das NBCs TA, os seguintes termos possuem os significados atribuídos a seguir:
[...]
(c) Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria
inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de
auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.
A letra B traz o conceito de Risco de detecção. As letras C, D e E são absurdas!
Gabarito: “A”.

31. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – Gestão Tributária – 2015)
Segundo a NBC TA 200, o risco de auditoria é função dos riscos
a) de amostragem e de aderência.
b) inerentes e sistemáticos.
c) sistemáticos e não sistemáticos.
d) de distorções relevantes e de detecção.
e) de aderência e materialidade.
Comentários
Como vimos e revimos, o risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e
do risco de detecção.
O risco de distorção relevante é composto dos riscos inerente e de controle. Esses são os
chamados riscos da entidade, e existem independentemente da auditoria.
Já o risco de detecção se relaciona com os procedimentos que são determinados pelo auditor
para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável. É, portanto, função da eficácia do
procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor.
Gabarito: “D”.

32. (VUNESP/ Pref. São José dos Campos – Auditor de Tributos – TI – 2015)
O risco que está intimamente relacionado com a natureza, a época e a extensão dos
procedimentos realizados pelo auditor é denominado risco
a) inerente.
b) de controle.
c) de detecção.
d) anômalo.
e) de aderência.

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Comentários
Vimos que o risco de detecção se relaciona com os procedimentos que são determinados pelo
auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável. Ele é, portanto, função da
eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação pelo auditor.
Gabarito: “C”.

33. (VUNESP/ Pref. SP – AMCI – Geral – 2015)


Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção
relevante antes da auditoria. Nesse caso, a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma
transação, saldo contábil ou divulgação a uma distorção que possa ser relevante,
individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer
controles relacionados, refere-se a um risco
a) de controle.
b) de opinião.
c) subjetivo.
d) inerente.
e) de procedimento.
Comentários
Questão bem direta, que apresenta no enunciado o conceito do Risco Inerente. Bastava bater
o olho no trecho “antes da consideração de quaisquer controles relacionados” para chegar ao
gabarito.
Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção
relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a seguir no nível das
afirmações:
Risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo
contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados;
Gabarito: “D”.

34. (FUNDATEC / SEPLAG POA – 2019)


Ao tratar do tema risco de auditoria, as normas brasileiras de contabilidade definem diversos
conceitos. Sobre tais definições, assinale a alternativa correta.
A) Risco de auditoria é o risco que existe antes da consideração de quaisquer controles, sua
identificação é de responsabilidade da entidade auditada.
B) Risco de controle é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção
relevante em razão de fraudes cometidas pelo controle interno.

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C) Risco de detecção é o risco de que os procedimentos adotados pelo auditor não detectem
uma distorção relevante.
D) Risco de distorção relevante é o risco de que uma distorção relevante não seja detectada
pela auditoria.
E) Risco inerente é o risco de que o auditor expresse uma opinião inadequada quando as
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante.
Comentários
Questão bem fácil, que exige conhecimento do Risco de Auditoria e de suas espécies. Única
correta é a letra C, que define o Risco de Detecção de acordo com a NBC TA 200. Risco de
Detecção é também conhecido como Risco do Auditor.
Demais assertivas:
A: Risco Inerente.
B: Não há previsão normativa.
D: Risco de Detecção.
E: Risco de Auditoria.
Gabarito: “C”.

35. (FUNDATEC - Auditor do Estado (CAGE RS)/2014)


De acordo com a NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por
meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente, o auditor deve aplicar procedimentos
de avaliação de riscos para fornecer uma base para a identificação e avaliação de riscos de
distorção relevante nas demonstrações contábeis e nas afirmações. No processo de avaliação
dos riscos, o auditor deve aplicar os seguintes procedimentos:
a) Inspeção de documentos, tais como planos e estratégias de negócio, e indagações à
administração e a outros na entidade com probabilidade de auxiliar na identificação de riscos
de distorção relevante devido a fraude ou erro.
b) Contagem de caixa e circularização de bancos para identificar a existência de risco de fraude
por apropriação indébita.
c) Circularização de advogados e de partes relacionadas com vistas a avaliar o risco de
contingências.
d) Acompanhamento do inventário físico, reexecução de controles internos de faturamento e
inspeção de imobilizado, com vistas a avaliar o risco de distorção relevante nos ciclos
operacionais relevantes.
e) Análise de uma amostra de notas fiscais de faturamento emitidas no final do ano e os
respectivos comprovantes de embarque da mercadoria, com vistas a identificar o risco de
faturamento antecipado.
Comentários

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Questão trata dos “procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas”, previstos


na NBC TA 315. De acordo com o normativo, os procedimentos de avaliação de riscos incluem:
(a) indagações à administração, às pessoas apropriadas da auditoria interna (se houver essa
função) e a outros na entidade que, no julgamento do auditor, possam ter informações com
possibilidade de auxiliar na identificação de riscos de distorção relevante causados por
fraude ou erro;
(b) procedimentos analíticos;
(c) observação e inspeção.
Em decorrência da previsão acima, nosso gabarito é a letra A.
Gabarito: “A”.

36. (FUNDATEC - Auditor do Estado (CAGE RS)/2014)


A NBC TA 200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução de uma Auditoria em
Conformidade com Normas de Auditoria, estabelece que o risco de distorção relevante é o
risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria.
Este consiste em dois componentes, quais sejam:
a) Risco do negócio e risco de detecção.
b) Risco de detecção e risco de controle.
c) Risco de controle e risco inerente.
d) Risco inerente e risco de detecção.
e) Risco significativo e risco de controle.
Comentários
Nos termos da NBC TA 200, risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações
contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. Consiste em dois componentes,
descritos a seguir no nível das afirmações: risco inerente e risco de controle.
Gabarito: “C”.

Relevância / Materialidade

37. (CESPE / TCE RO – 2019 – Adaptada)


Com relação ao plano de auditoria baseado no risco, assinale a opção correta.
a) O auditor, no caso de ter tido conhecimento de informações que o tenham levado a
encontrar um valor distinto para as demonstrações contábeis, deverá revisar a materialidade
para essas demonstrações no seu todo.
Comentários

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O auditor deve determinar a materialidade no planejamento (materialidade global e, quando


aplicável, específica) e para a execução da auditoria.
Segundo a NBC TA 320, o auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações
contábeis como um todo e, se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes
específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de
informações durante a auditoria que teriam levado o auditor a determinar inicialmente um
valor (ou valores) diferente.
Percebam, portanto, que a materialidade determinada no planejamento da auditoria não é
imutável, devendo ser alterada quando as circunstâncias assim o exigirem.
Gabarito: “CERTO”.

38. (CESPE – TCE PR – Analista de Controle – Administração – 2016)


Assinale a opção correta, com referência à determinação da materialidade e da relevância no
planejamento e na execução da auditoria.
a) No caso de entidades com fins lucrativos, as demonstrações contábeis tidas como relevantes
para o público em geral podem não ser relevantes para os investidores que fornecem o capital
de risco para o empreendimento.
b) Na determinação da materialidade, o auditor deve pressupor que os usuários do relatório
de auditoria desconhecem os negócios e a atividade da entidade auditada.
c) É indispensável determinar um valor mínimo para a classificação de relevância das distorções
encontradas.
d) Nas auditorias das demonstrações contábeis, a definição de materialidade para entidades
públicas segue as mesmas regras e condições adotadas para as entidades privadas.
e) Determinada distorção pode ser considerada irrelevante em termos materiais, ainda que
afete a decisão de um usuário específico da informação contábil.
Comentários
Questão aborda aspectos gerais da materialidade e da relevância no planejamento e na
execução da auditoria, segundo a NBC TA 320. Analisando cada alternativa:
Letra A: ERRADA. A norma diz que, para entidades com fins lucrativos, informações que
atendam às necessidades dos investidores são relevantes (ou também atendem às
necessidades) para o público em geral. Veja o que diz a NBC TA 320 (R1). A assertiva fez
confusão com a relação apresentada pelo normativo.
“A NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação
de Demonstrações Contábeis indica que, para entidade com fins lucrativos, considerando que
são os investidores que fornecem o capital de risco para o empreendimento, o fornecimento
de demonstrações contábeis que atendam suas necessidades atendem, também, a maioria
das necessidades dos outros usuários das demonstrações contábeis”. [Grifos nosso]
Letra B: ERRADA. A NBC TA 320 (R1) diz o contrário. Veja:

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4. A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional


e é afetada pela percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos
usuários das demonstrações contábeis. Neste contexto, é razoável que o auditor assuma que
os usuários:
a) possuem conhecimento razoável de negócios, atividades econômicas, de contabilidade e a
disposição de estudar as informações das demonstrações contábeis com razoável diligência
(...);
Letra C: ERRADA. Essa é uma pegadinha que as bancas gostam de aplicar. As normas dizem o
contrário, ou seja, a determinação da materialidade no planejamento da auditoria não
estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas,
individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não relevantes. Isso porque as
circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como
relevantes mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade. Veja:
6. Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre as distorções que são
consideradas relevantes. Esses julgamentos fornecem a base para:
(a) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliação de risco;
(b) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante; e
(c) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria.
A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece necessariamente
um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão
sempre avaliadas como não relevantes. As circunstâncias relacionadas a algumas distorções
podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam abaixo do limite de
materialidade. Não é praticável definir procedimentos de auditoria para detectar todas as
distorções que poderiam ser relevantes somente por sua natureza. No entanto, a consideração
da natureza das potenciais distorções nas divulgações é relevante para o planejamento dos
procedimentos de auditoria para tratar os riscos de distorção relevante. Adicionalmente, ao
avaliar o efeito de todas as distorções não corrigidas sobre as demonstrações contábeis, o
auditor deve considerar não apenas a magnitude, mas, também, a natureza de distorções não
corrigidas, e as circunstâncias específicas de sua ocorrência.
Letra D: ERRADA. A NBC TA 320 (R1) traz considerações específicas para entidades do setor
público. Grosso modo, a determinação da materialidade nesse tipo de entidade é influenciada
por lei, regulamento ou outra autoridade. Vejamos:
A3. No caso de entidade do setor público, os legisladores e reguladores são frequentemente os
principais usuários das demonstrações contábeis. Além disso, as demonstrações contábeis
podem ser utilizadas para se tomar outras decisões que não sejam econômicas. A
determinação da materialidade para as demonstrações contábeis como um todo (e, se
aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos
contábeis ou divulgação) em uma auditoria das demonstrações contábeis de entidade do
setor público é, portanto, influenciada por lei, regulamentação ou outra autoridade e pelas

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necessidades de informações financeiras de legisladores e do público em relação a programas


do setor público.
Letra E: CORRETA. Julgamentos sobre quais assuntos são relevantes devem considerar as
necessidades comuns a usuários como um grupo. Nesse contexto, não se considera o possível
efeito de distorções sobre usuários individuais específicos. Veja:
2. A estrutura de relatórios financeiros frequentemente discute o conceito de materialidade no
contexto da elaboração e apresentação de demonstrações contábeis. Embora a estrutura de
relatórios financeiros discuta materialidade em termos diferentes, ela em geral explica que:
[...]
• Julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para usuários das demonstrações
contábeis são baseados em considerações sobre as necessidades de informações financeiras
comuns a usuários como um grupo. Não é considerado o possível efeito de distorções sobre
usuários individuais específicos, cujas necessidades podem variar significativamente.
Gabarito: “E”.

39. (CESPE – TCE PA – Analista de Controle Externo – Direito – 2016)


Com relação aos instrumentos de fiscalização da auditoria bem como ao seu planejamento e à
sua execução, julgue o item seguinte.
No planejamento da auditoria, os pisos de valores adotados para determinar a materialidade
para as demonstrações contábeis como um todo podem ser superiores aos utilizados para
transações específicas; dependem de como distorções de valores menores possam influenciar
as decisões dos usuários dessas informações.
Comentários
Item correto, pelo que consta na parte final do item 6, bem como pelo que consta no item 2,
ambos da NBC TA 320 (R1).
Item 6. (...) A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece
necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas, individualmente ou em
conjunto, serão sempre avaliadas como não relevantes. As circunstâncias relacionadas a
algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam
abaixo do limite de materialidade (...)
Item 2. (...) julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para os usuários das
demonstrações contábeis são baseados em considerações sobre as necessidades de
informações financeiras comuns a usuários como um grupo.
Gabarito: “CERTO”.

40. (FCC / ISS Manaus – 2019)


Na avaliação de materialidade, é razoável que o auditor assuma que os usuários de
demonstrações financeiras

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a) possuem aprofundado conhecimento de economia.


b) não sabem que as demonstrações contábeis são auditadas considerando níveis de
materialidade.
c) possuem conhecimento razoável de contabilidade.
d) não possuem disposição para estudar as informações contábeis com diligência.
e) possuem aprofundado conhecimento das atividades econômicas.
Comentários:
Segundo a NBC TA 320(R1), "a determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de
julgamento profissional e é afetada pela percepção do auditor das necessidades de informações
financeiras dos usuários das demonstrações contábeis. Neste contexto, é razoável que o
auditor assuma que os usuários:
(a) possuem conhecimento razoável de negócios, atividades econômicas, de contabilidade e a
disposição de estudar as informações das demonstrações contábeis com razoável diligência;
(b) entendem que as demonstrações contábeis são elaboradas, apresentadas e auditadas
considerando níveis de materialidade;
(c) reconhecem as incertezas inerentes à mensuração de valores baseados no uso de
estimativas, julgamento e a consideração sobre eventos futuros; e
(d) tomam decisões econômicas razoáveis com base nas informações das demonstrações
contábeis". [Grifos não constantes no original]
Gabarito: “C”

41. (FCC/ TCE RS – Auditor Público Externo – 2018)


O controle que funciona é o controle preventivo, o controle substantivo, que elege prioridades
e acompanha paripassu a execução de projetos. O controle que funciona é aquele que orienta,
esclarece e alerta, que concentra e aprofunda sua fiscalização naquilo que é essencial,
mediante critérios de materialidade, relevância, risco e oportunidade.
(LIMA, Luiz Henrique. O Controle da Responsabilidade Fiscal e os Desafios para os Tribunais
de Contas em Tempos de Crise. In: LIMA, Luiz Henrique; DE OLIVEIRA, Weder; CAMARGO, João
Batista. Contas Governamentais e Responsabilidade Fiscal: Desafios para o Controle Externo.
Belo Horizonte: Fórum, 2017, p.135)
Acerca da materialidade e planejamento em auditoria, assevera-se:
a) O planejamento, como etapa antecedente e isolada da auditoria, consiste primeiramente na
identificação dos riscos de distorções relevantes e subsequentemente na determinação da
materialidade.
b) É possível, na ponderação de materialidade, estabelecer um valor abaixo do qual as
distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não
relevantes.

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c) Independentemente das informações reveladas no transcurso da auditoria, é importante


que o auditor não revise a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo.
d) No controle de legalidade que faz o Tribunal de Contas, não se deve levar em conta a
materialidade, pois todas as transações devem ser individualmente apreciadas.
e) A avaliação de relevância de eventuais distorções é o fundamento para determinação da
época, extensão e natureza de procedimentos a aplicar.
Comentários
Questão traz elementos da materialidade no planejamento e execução da auditoria. Vamos
analisar cada assertiva.
A: ERRADA. Sabemos que o planejamento não é uma fase isolada da auditoria. Ademais,
podemos entender que a determinação da materialidade se dá nas fases de planejamento e
execução da auditoria.
B: ERRADA. A NBC TA 320(R1) diz o contrário. Veja:
Item 6. (...) A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece
necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas, individualmente ou
em conjunto, serão sempre avaliadas como não relevantes. As circunstâncias relacionadas a
algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes mesmo que estejam
abaixo do limite de materialidade (...)
C: ERRADA. O auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como um
todo (e, se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações,
saldos contábeis ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de informações durante a
auditoria que o teriam levado a determinar inicialmente um valor (ou valores) diferente.
D: ERRADA. A materialidade é importante para execução da auditoria com o objetivo de avaliar
os riscos de distorções relevantes e determinar a natureza, a época e a extensão de
procedimentos adicionais de auditoria.
E: CORRETA. De acordo com a NBC TA 320(R1):
6. Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre as distorções que são
consideradas relevantes. Esses julgamentos fornecem a base para:
(a) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos de avaliação de risco;
(b) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante; e
(c) determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria.
Ademais:
11. O auditor deve determinar a materialidade para execução da auditoria com o objetivo de
avaliar os riscos de distorções relevantes e determinar a natureza, a época e a extensão de
procedimentos adicionais de auditoria.
Vimos que, nesse contexto, relevância e materialidade podem ser tomadas como sinônimos.

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Gabarito: “E”.

42. (VUNESP/ PAULIPREV – Controlador Interno – 2018)


“Julgamentos sobre a materialidade são estabelecidos levando-se em consideração as
circunstâncias envolvidas e são afetados pela percepção que o auditor tem das necessidades
dos usuários das demonstrações contábeis e pelo tamanho ou natureza de uma distorção, ou
por uma combinação de ambos.” (NBC-TA 200 (R1))
Esse texto está ligado ao conceito fundamental de materialidade, a respeito do qual é correto
afirmar que
a) em geral, as distorções, inclusive as omissões, são consideradas relevantes se for razoável
esperar que, individual ou conjuntamente, elas influenciem as decisões econômicas dos
usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis.
b) a opinião do auditor considera as demonstrações contábeis em todas as suas partes e,
portanto, o auditor é responsável pela detecção de distorções, ainda que não sejam relevantes
para as demonstrações contábeis como um todo.
c) é aplicado pelo auditor apenas no planejamento da auditoria, pois, na fase de execução,
deve vigorar o princípio do conservadorismo, o qual determina que qualquer distorção nas
demonstrações contábeis deve conduzir a uma opinião negativa.
d) julgamentos sobre materialidade são feitos em termos abstratos, apartados das
circunstâncias concretas envolvidas, e são afetados pela magnitude e natureza das distorções,
ou pela combinação de ambos.
e) na avaliação da materialidade, é considerado o possível efeito de distorções sobre usuários
individuais específicos, visto que suas necessidades podem variar significativamente.
Comentários
Diz a NBC TA 320 (R1), em seu item 2, que: “embora a estrutura de relatórios financeiros discuta
materialidade em termos diferentes, ela em geral explica que:
• distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes quando for razoavelmente
esperado que essas possam, individualmente ou em conjunto, influenciar as decisões
econômicas de usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis (logo a letra A está
correta – nosso gabarito).
Diz ainda que:
• julgamentos sobre materialidade são feitos à luz das circunstâncias envolvidas - (letra D
incorreta);
• julgamentos sobre quais assuntos são relevantes para os usuários das demonstrações
contábeis são baseados em considerações sobre as necessidades de informações financeiras
comuns a usuários como um grupo. Não é considerado o possível efeito de distorções sobre
usuários individuais específicos, cujas necessidades podem variar significativamente. - (letra
E incorreta).

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Faltou comentarmos as alternativas B e C. Vejamos:


B: ERRADA, um vez que “A opinião do auditor considera as demonstrações contábeis como um
todo e, portanto, o auditor não é responsável pela detecção de distorções que não sejam
relevantes para as demonstrações contábeis como um todo” (item 6, NBC TA 200 R1, in fine).
C: ERRADA, uma vez que “o conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no
planejamento e na execução da auditoria, e na avaliação do efeito de distorções identificadas
na auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, sobre as demonstrações contábeis e na
formação da opinião no relatório do auditor independente” (item 5 NBC TA 320 R1).
Gabarito: “A”.

43. (VUNESP/ IPSM SJC – Analista de Gestão Municipal / Contabilidade – 2018)


Suponha que, ao auditar determinada entidade, se descubra, dentre seus registros
operacionais, que, no conjunto de demonstrações contábeis consta a informação de uma
Receita de Vendas no valor de R$ 1.000.000; mas, na verdade, esse recebimento foi fruto do
ganho de um processo judicial pela empresa. Esse fato configura um problema do ponto de
vista de sua materialidade, em função
a) de seu potencial de alterar decisões dos usuários.
b) da norma da objetividade.
c) do princípio da entidade e do postulado da continuidade.
d) da norma da consistência dentre os períodos.
e) de já ter ocorrido o recebimento.
Comentários
De acordo com o item 2, da NBC TA 320.
2. A estrutura de relatórios financeiros frequentemente discute o conceito de materialidade no
contexto da elaboração e apresentação de demonstrações contábeis. Embora a estrutura de
relatórios financeiros discuta materialidade em termos diferentes, ela em geral explica que:
• Distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes quando for razoavelmente
esperado que essas possam, individualmente ou em conjunto, influenciar as decisões
econômicas de usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis [...];
Gabarito, portanto, é a letra A. As demais assertivas são, em certa medida, absurdas.
Gabarito: “A”.

44. (VUNESP/ Pref. Registro – Analista Contábil – 2018)


O conceito de ____________ é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da
auditoria, e na avaliação do efeito ______________ na auditoria e de distorções não corrigidas,
se houver, sobre as demonstrações contábeis e na formação da opinião no relatório do auditor
independente.

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Com base nas Normas Brasileiras Contabilidade, no que tange a procedimentos de auditoria,
assinale a alternativa que completa a frase, correta e respectivamente.
a) Amostra … da seleção estatística
b) Procedimento de auditoria … dos processos analisados
c) Programa de auditoria … da leitura dos controles internos
d) Risco … dos erros da administração
e) Materialidade … de distorções identificadas
Comentários
Questão aborda o item 5 da NBC TA 320 (R1). Veja:
5. O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da
auditoria, e na avaliação do efeito de distorções identificadas na auditoria e de distorções não
corrigidas, se houver, sobre as demonstrações contábeis e na formação da opinião no relatório
do auditor independente.
Gabarito: “E”.

45. (VUNESP/ CGM São Paulo - Auditor Municipal de Controle Interno – 2015)
Na revisão da materialidade no decorrer do processo de auditoria, se o auditor concluir que é
apropriada a materialidade mais baixa para as demonstrações contábeis tomadas em conjunto
(e, se aplicável, para o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações,
saldos contábeis ou divulgação) do que inicialmente determinado, o auditor deve
a) definir um novo nível de materialidade para execução da auditoria, independentemente da
natureza e da extensão dos procedimentos adicionais.
b) informar as pessoas envolvidas que não é possível realizar a auditoria com a materialidade
previamente determinada, uma vez que a materialidade nunca pode ser revisada para baixo.
c) revisar a materialidade para execução da auditoria e solicitar aprovação do superior imediato
para a execução dos novos níveis adotados, não sendo necessário, nesse momento, verificar a
adequação dos procedimentos adicionais.
d) perguntar para os envolvidos nos trabalhos qual seria o nível mais adequado para a definição
da nova materialidade.
e) determinar se é necessário revisar a materialidade para execução da auditoria e se a
natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria continuam
apropriados.
Comentários
Como dissemos ao longo da aula, o auditor deve revisar a materialidade para as
demonstrações contábeis como um todo (e, se aplicável, o nível ou níveis de materialidade
para classes específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação) no caso de tomar

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conhecimento de informações durante a auditoria que o teriam levado a determinar


inicialmente um valor diferente.
De acordo com a NBC TA 320 (R1):
Revisão no decorrer da auditoria
12. O auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo
(...).
13. Se o auditor concluir que é apropriada a materialidade mais baixa para as demonstrações
contábeis tomadas em conjunto (e, se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes
específicas de transações, saldos contábeis ou divulgação) do que inicialmente determinado, o
auditor deve determinar se é necessário revisar a materialidade para execução da auditoria
e se a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria continuam
apropriados.
Gabarito: “E”.

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8. RESPOSTAS DAS QUESTÕES SUBJETIVAS


1. O que define o Risco de Auditoria?
Resposta: Risco de que o auditor expresse uma OPINIÃO de auditoria INADEQUADA quando as
demonstrações contábeis contiverem DISTORÇÕES RELEVANTES.
O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.

2. O que é Risco de Detecção?


Resposta: É o risco de que os PROCEDIMENTOS EXECUTADOS PELO AUDITOR para reduzir o risco de
auditoria a um nível aceitavelmente baixo NÃO DETECTEM uma distorção existente que possa ser
relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções. É também conhecido como
RISCO DO AUDITOR.

3. O que é Risco de Distorção Relevante?


Resposta: É o Risco de que as demonstrações contábeis contenham distorções relevante ANTES DA
AUDITORIA. Também é conhecido como RISCO DA ENTIDADE e é composto pelo Risco Inerente e
pelo Risco de Controle.

4. O que é Risco Inerente?


Resposta: É a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou
divulgação a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras
distorções, ANTES DE QUAISQUER CONTROLES RELACIONADOS.

5. O que é Risco de Controle?


Resposta: É o risco de que uma distorção que possa ocorrer em uma afirmação sobre uma classe
de transação, saldo contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções, não seja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo
CONTROLE INTERNO DA ENTIDADE. O risco de controle é uma função da eficácia do desenho
(controles estabelecidos), da implementação e da manutenção do controle interno pela
administração.

6. Qual a relação entre o Risco de Detecção e o Risco de Distorção Relevante?


Resposta: Há uma relação INVERSA entre o Risco de Detecção e o Risco de Distorção Relevante. O
auditor só pode influenciar o Risco de Detecção (risco do auditor). Dessa maneira, se houver um alto
risco de distorção relevante presente, o auditor deve tolerar um baixo risco de detecção, agindo no
sentido de coletar evidências persuasivas e aplicar procedimentos efetivos.

7. O que significa relevância, no contexto das evidências de auditoria?


Resposta: A relevância é uma das características da evidência de auditoria, que afeta diretamente
sua qualidade. A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento
de auditoria e, quando apropriado, a afirmação em consideração. A relevância das informações a
serem utilizadas como evidência de auditoria pode ser afetada pela direção do teste.

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8. Quando uma distorção é considerada relevante?


Resposta: distorções, incluindo omissões, são consideradas relevantes quando for razoavelmente
esperado que possam, individualmente ou em conjunto, influenciar as decisões econômicas de
usuários tomadas com base nas demonstrações contábeis. Nesse contexto, relevância e
materialidade podem ser entendidas, em termos práticos, como sinônimos. Reparem quão subjetivo
é o conceito de relevância. Para que uma distorção seja considerada relevante, o auditor – no uso
de seu julgamento profissional – tem que considerar razoável supor que ela possa influenciar a
tomada de decisão dos usuários das demonstrações contábeis. Esses julgamentos sobre a
materialidade são feitos à luz das circunstâncias envolvidas (não se pode efetuar o julgamento sem
considerar as circunstâncias específicas envolvidas em cada caso), e são afetados tanto pela
magnitude quanto pela natureza das distorções.
Outro ponto importante, e bastante lógico de entendermos, é: julgamentos sobre quais assuntos
são relevantes para usuários das demonstrações contábeis são baseados em considerações sobre as
necessidades de informações financeiras comuns a usuários como um grupo. Não é considerado o
possível efeito de distorções sobre usuários individuais específicos, cujas necessidades podem variar
significativamente (ora, se o auditor tem que julgar que uma distorção é relevante quando for capaz
de influenciar a decisão dos usuários, ele tem que tomar as necessidades dos usuários como um
grupo – não sendo possível pensar em cada necessidade específica de usuários tomados
individualmente).

9. O que é materialidade para execução de auditoria?


Resposta: Não há uma regra pré-definida sobre o que é material ou relevante. “A determinação de
materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é afetada pela percepção do
auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações contábeis.”
Para fins das normas de auditoria, “materialidade para execução da auditoria significa o valor ou
valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis
como um todo, para adequadamente reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções
não corrigidas e não detectadas em conjunto, excedam a materialidade para as demonstrações
contábeis como um todo. Se aplicável, materialidade para execução da auditoria refere-se, também,
ao valor ou valores fixados pelo auditor inferiores ao nível ou níveis de materialidade para classes
específicas de transações, saldos contábeis e divulgações.”
Podemos entender a materialidade como um valor (ou faixa de valores) a partir do qual o Auditor
começa a se preocupar no momento de selecionar os testes e procedimentos a serem executados,
ou ainda no momento de classificar como relevante uma distorção identificada. Em outras palavras,
a materialidade é o montante máximo pelo qual o auditor considera que as demonstrações
contábeis possam estar distorcidas, sem que isso seja materialmente relevante para os seus
utilizadores.

10. Como se dá a determinação da materialidade em auditoria?


Resposta: O auditor deve determinar a materialidade para execução da auditoria com o objetivo de
avaliar os riscos de distorções relevantes e determinar a natureza, a época e a extensão de
procedimentos adicionais de auditoria.

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Adicionalmente, temos que a determinação de materialidade para execução de testes não é um


cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado pelo
entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos
procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em
auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no
período corrente.

11. É possível revisar a materialidade? Quando?


Resposta: Sim. O auditor deve revisar a materialidade para as demonstrações contábeis como um
todo (e, se aplicável, o nível ou níveis de materialidade para classes específicas de transações, saldos
contábeis ou divulgação) no caso de tomar conhecimento de informações durante a auditoria que o
teriam levado a determinar inicialmente um valor (ou valores) diferente.

12. Qual a relação entre risco e relevância?


Resposta: Existe uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de relevância;
isto é, quanto menor for o risco de auditoria, maior será o valor estabelecido como nível de
relevância, e vice-versa. O auditor independente toma essa relação inversa em conta ao determinar
a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria. Por exemplo, se na execução de
procedimentos específicos de auditoria, o auditor independente determinar que o nível de risco é
maior que o previsto na fase de planejamento, o nível de relevância, preliminarmente estabelecido,
deve ser reduzido (o que significa que o auditor ira selecionar um número maior de itens para
aplicação de testes e procedimentos para, de alguma maneira, “compensar” o maior risco avaliado).

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9. RESUMO EM MAPAS E ESQUEMAS

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Prefeitura de Garanhuns-PE / ISS-Garanhuns-PE (Auditor Fiscal da Receita Municipal) Auditoria - 2024 (Pós-Edital)
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