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PUBLICAÇÃO DO

Conselho Regional de Medicina Veterinária Revista Centauro v.7, n.1, p 17 - 33, 2016
do Estado do Rio Grande do Norte Versão On-line ISSN 2178-7573
http://www.crmvrn.org.br

ALIMENTOS ALTERNATIVOS PARA AVES ISA LABEL


NO RIO GRANDE DO NORTE - BRASIL
Alex Martins Varela de Arruda1; Raimunda Thyciana Vasconcelos Fernandes2;
Samantha Larissa Gonçalves da Silva2; Aurora da Silva Melo2; Danilo Rodrigues
Fernandes2; Francisco Diego Teixeira Dantas2; Thales Marcel Bezerra Filgueira2

RESUMO - Com o objetivo de avaliar a resposta produtiva e a viabilidade econômica


de rações com inclusão de fenos de forrageiras alternativas para aves em sistema semi-
intensivo (tipo caipira), foram realizados ensaio de desempenho de corte no setor de
avicultura da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN,
Parnamirim) e ensaio de desempenho de postura no setor de avicultura da Universidade
Federal Rural do Semiárido (UFERSA, Mossoró). Em cada ensaio foram usados cinco
tratamentos, sendo a ração controle de corte (RCOC) e de postura (RCOP) baseadas em
milho grão e farelo de soja, suplementadas com minerais e vitaminas, e utilizadas como
referência para a inclusão de fenos de forrageiras na formulação de rações
experimentais, sendo 20% para frangos de corte e 10% para galinhas poedeiras,
respectivamente, pelos fenos de Flor de Seda (RFS), Maniva de Mandioca (RMM),
Mata Pasto (RMP) ou Leucena (RLE). No ensaio de desempenho de corte foram
utilizadas 600 aves da linhagem Isa Label, com seis repetições e vinte aves por parcela,
uniformizadas com base no peso vivo inicial no desempenho de corte. As médias para
consumo de ração RCOC, RMM, RFS, RMP e RLE foram de 0,1050; 0,1470; 0,0888;
0,1411 e 0,1441 kg/ave/dia, respectivamente; e os preços das rações foram 1,489; 1,209;
1,189; 1,179 e 1,249 (R$/kg), respectivamente; assim, o custo total com alimentação no
período de 84 dias de semiconfinamento das aves para cada ração foi de R$1.950,67;
R$1.790,70; R$1.061,90; R$1.676,04 e R$1.813,60 (R$ - reais), respectivamente. Esses
resultados demonstraram uma queda relativa no custo com alimentação com a inclusão
dos fenos das forrageiras alternativas nas rações, mas ao avaliar o desempenho
produtivo em ganho de peso e rendimento de carcaça das aves, a receita total foi menor
em cada uma das rações como fenos de forrageiras, e assim, os índices de eficiência
econômica e custo médio foram melhores com a ração RCOC, entretanto, a RMM
apresentou rentabilidade superior às outras rações com fenos. Por sua vez, no ensaio
com aves em postura, foram utilizadas 120 aves da linhagem Isa Label, entre 24 e 40
semanas de idade, com seis repetições e quatro aves por parcela. As médias para o
consumo de ração para a RCOP, RMM, RFS, RMP e RLE foram 0,1470; 0,1550;
0,1315; 0,1560 e 0,1580 kg/ave/dia, respectivamente. Os preços por kg da ração foram

1
Professor, Departamento de Ciências Animais, Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Av. Francisco Mota, 572,
Costa e Silva, Mossoró, RN. CEP: 59625900. E-mail: alexmva@ufersa.edu.br
2
Graduados em Zootecnia pela Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Av. Francisco Mota, 572, Costa e Silva,
Mossoró, RN. CEP: 59625900.

Correspondências devem ser enviadas para: revistacentauro@crmvrn.gov.br


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de 1,3210; 1,2510; 1,2410; 1,2360 e 1,2710 (R$/kg), respectivamente; o custo total com
a alimentação das aves no período de 16 semanas para cada ração foi de R$521,94;
R$521,17; R$438,62; R$518,25 e R$539,76 (R$ - reais), respectivamente. O custo total
da alimentação com a ração RLE foi superior a todos os tratamentos devido ao maior
consumo dessa ração, porém, as aves que receberam as rações RMP, RMM e RLE,
demonstraram desempenho semelhante às aves que receberam a RCOP, enquanto a
ração RFS prejudicou a produtividade de ovos e inviabilizou rentabilidade. Assim,
comparando-se apenas as forrageiras alternativas nas rações das aves, o feno de leucena
propiciou melhor massa e pigmentação da gema dos ovos, aliado ao melhor índice de
eficiência econômica.

Unitermos: Alimentos forrageiros; Avicultura caipira; Rentabilidade financeira.

ALTERNATIVE FOODS TO ISA LABEL CHICKENS FROM RIO GRANDE


DO NORTE STATE - BRAZIL

ABSTRACT - The objective of this study was evaluate de productive response and
economic feasibility of diets with alternative forage hay in the free range poultry
system, was realized broiler chicken assay performance in the poultry sector of the Rio
Grande do Norte Agricultural Research - EMPARN (Parnamirim-RN) and laying hen
assay performance in the poultry sector of the Semi-Arid Federal University - UFERSA
(Mossoró-RN), respectively. In each experiment, was used five treatments, the control
diet for broiler chickens (RCOC) and laying hens (RCOP) were based on corn grain and
soybean meal supplemented with minerals and vitamins, as a reference for 20% dietetic
replacement for broilers and as a reference for 10% dietetic replacement for hens,
respectively, by silk flower hay (RFS), maniva cassava hay (RMM), kills pasture hay
(RMP) or leucaena hay (RLE). For the broilers performance assay, were used 600 birds
from Isa Label lineage with six replicates content 20 birds each one (box), based on
standardized by initial live weight. The general averages for feed intake of RCOC,
RMM, RFS, RMP and RLE were 0.1050, 0.1470, 0.0888, 0.1411 and 0.1441 kg / bird /
day, respectively; thefeed price per kg were 0.4102, 0.3331, 0.3275, 0.3248 and 0.3441
(US$ / kg), respectively; thus, the total food cost in the period (84 days) with broilers
for each diet was 537.38, 493.31, 292.54, 461.72 and 499.61 (US$ dollar), respectively.
These results showed a relative decrease in the cost of feeding with hay inclusion like
alternative forage in these diets, but the performance as weight gain and carcass yield
were lowers for all diets containing hay forage inclusion, unsatisfactory comparing to
the RCOC diet, whatever the economic efficiency and average cost were higher for the
RCOC diet, however, the RMM diet showed a profitability index which were best
results compare to the other diets with hay forage. For the other way, to evaluate the
performance of laying hens were used 120 birds from Isa Label lineage between 24 and
40 weeks of age with six replicates content 4 birds each one (box). Averages of feed
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intake for the RCOP, RMM, RFS, RMP and RLE were 0.1470, 0.1550, 0.1315, 0.1560
and 0.1580 kg / bird / day, respectively. The feed price per kg were 0.3639, 0.3446,
0.3419, 0.3405 and 0.3501 (US$ / kg), respectively; thus, the total food cost in the
period (16 weeks) with hens for each diet was 143.78, 143.57, 120.83, 142.77 and
148.69 (US$ dollar), respectively. The total food cost of RLE diet was superior to all
treatments due to higher feed intake, but the hens that received RLE and RMM diets,
demonstrated performance similar to birds fed with the RCOP, however, the RFS diet
results significantly impaired on the quality and quantity of eggs with very low
economic viability. Thus, comparing only alternative forages used in the laying hens
diets, leucaena has provided better mass and yolk color of eggs, also allied to the best
economic efficiency rate.

Keywords: Forage food; Free-range poultry; Financial profitability.

INTRODUÇÃO

No mundo, a avicultura de corte e postura tem sinalizado ganhos de mercado em


virtude de produtividade e lucratividade crescente em clara contraposição mercantilista
de outros produtos de origem animal, aspecto que encoraja empreendedores tendo em
vista as boas perspectivas em modernização tecnológica e expansão de mercado. No
Nordeste brasileiro observa-se a mesma tendência, a avicultura como atividade
zootécnica que mais se desenvolveu nas últimas décadas, possibilitando provimento de
fontes proteicas de alto valor biológico com custos de produção relativamente baixos.
Neste contexto, destaca-se a crescente demanda por aves criadas em sistema
semi-intensivo ou tipo caipira, envolvendo menor investimento em infraestrutura de
criadouro, linhagens de aves que suportem adversidades climáticas e maior resistência a
algumas doenças, resultando em aclimatação e adaptabilidade para atender as
expectativas de rusticidade para agreste e semiárido nordestino. Além disso, carne e ovo
tipo caipira agrega excelente valor socioeconômico devido à tendência atual dos
consumidores por alimentos “naturais e saudáveis”, ou seja, produção avícola que
respeita indicativos do bem estar animal e caracteriza-se pela redução ou ausência de
produtos químicos (ARRUDA e FERNANDES, 2014; HOLANDA et al., 2009).
Por outro lado, na avicultura, a alimentação é responsável pela maior parte dos
custos da produção, sendo as fontes de proteína e energia das rações os componentes
mais onerosos, de tal maneira que as rações baseiam-se no binômio milho grão e farelo
de soja, cuja produção e abastecimento podem condicionar fortes oscilações financeiras
na atividade zootécnica em situações de crise econômica. A constante competição entre
provimento desses ingredientes para humanos e animais, quando acompanhado de
redução global na oferta de milho e soja pode causar elevação de custos na produção de
carne e ovos; assim, devido à grande dependência por esses alimentos convencionais
para uma resposta fenotípica satisfatória das aves têm-se estimulado pesquisas por
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alimentos alternativos ou eventuais substitutivos que possam ser usados nas rações e
melhorar a relação custo-benefício (BRUM et al., 2000; CALDERANO, 2010).
Os custos de formulações de dietas para aves devem considerar o valor de cada
ingrediente em contraste ao seu teor nutritivo, portanto, a avaliação nutricional aliada à
análise econômica torna-se um fator determinante na decisão pela utilização ou não de
um ingrediente alternativo na alimentação das aves, bem como, aresposta produtiva
mediante interpretação da conversão alimentar em ganho de peso vivo e rendimento de
carcaça dos frangos, ou taxa de postura e conversão alimentar em peso ou massa de
ovos, assim, permitindo abordagem de parâmetros zootécnicos e econômicos
simultaneamente (LEESON e SUMMERS, 2005).
Alguns trabalhos de pesquisa envolvendo alimentos alternativos regionais, a
saber, plantas forrageiras tropicais cultivadas ou exploradas tipicamente na região
Nordeste brasileira para alimentação dos animais, demonstram a diversidade vegetativa
do bioma agreste e semiárido equatorial quanto ao uso de plantas nativas ou exóticas, o
que pode certamente conduzir a programas de alimentação personalizados.
Portanto, objetivou-se neste trabalho uma avaliação zootécnica e econômica de
rações regionais contendo fenos de Maniva ou Rama de Mandioca, de Folhas de
Leucena, de Mata Pasto ou de Flor de Seda, sobre a produtividade e rentabilidade de
aves da linhagem Isa Label (pescoço pelado), em termos de desempenho dos frangos
para corte e desempenho das galinhas para postura, em instalações avícolas
experimentais localizadas no Rio Grande do Norte – Brasil.

MATERIAL E MÉTODOS

Para realização dos ensaios de desempenho de aves de corte foram utilizadas as


instalações experimentais do setor de avicultura da Empresa de Pesquisa Agropecuária
do Rio Grande do Norte, localizada em Parnamirim-RN, situado nas coordenadas
geográficas de 5°46’ latitude sul e 35°12’ longitude oeste, segundo a classificação de
Köppen, clima tropical chuvoso com verão seco e estação chuvosa adiantando-se para o
outono, temperatura média anual de 28°C e precipitação média anual variando de 1500
a 1800 mm; enquanto, para realização dos ensaios de desempenho das aves em postura
foram utilizadas as instalações experimentais do setor de avicultura da Universidade
Federal Rural do Semiárido, localizada em Mossoró-RN, cujas coordenadas geográficas
são 5º12’ latitude sul e 37º18’ longitude oeste, altitude média de 37 m acima do nível do
mar, segundo a classificação climática de Köppen, semiárido muito quente e com
estação chuvosa no verão atrasando-se para o outono, com temperatura média de 27,4ºC
e umidade relativa média do ar de 68,9%, decorrente de precipitação pluviométrica
anual irregular variando de 146 e 1934 mm (SOBRINHO et al., 2011).
O programa de alimentação das aves foi estabelecido com base nas
recomendações de Oliveira (2005), adaptadas às exigências nutricionais de acordo com
Rostagno (2005). As análises físico-químicas e energéticas dos alimentos e das rações
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foram realizadas conforme metodologias descritas por Silva e Queiroz (2002). Na


Tabela 1, apresentam-se as formulações em ingredientes e seus valores econômicos
enquanto na Tabela 2 apresentam-se as composições nutricionais da ração controle de
corte e ração controle de postura baseadas em alimentos e suplementos convencionais,
as quais serviram para elaboração dos tratamentos ou rações experimentais para os
ensaios de corte e postura, contendo cada um dos fenos de forrageiras regionais do
bioma agreste e semiárido selecionados para este trabalho. Na Tabela 3 apresentam-se
as composições nutricionais dos fenos de Maniva de Mandioca, de Folhas de Leucena
(RLE), Folhas de Mata Pasto ou Folhas de Flor de Seda. Assim, foram estabelecidos
cinco tratamentos a partir da inclusão de 20% de cada feno de forrageira na formulação
da ração controle (sem feno) para aves de corte (RCOC), e analogamente, também
estabelecidos cinco tratamentos a partir da inclusão de 10% de cada feno de forrageira
na formulação da ração controle (sem feno) para aves em postura (RCOP).

Tabela 1. Formulação da ração controle de corte (RCOC) e de postura (RCOP) para


aves e valores econômicos dos alimentos e suplementos
Ingredientes (kg) RCOC RCOP Valor (R$/ kg)
Farelo de milho 68,00 58,00 1,20
Farelo de soja 25,00 22,00 1,80
Farelo de trigo 3,00 10,00 1,00
Fosfato bicálcico 2,00 1,60 3,85
Calcário calcítico 1,00 7,75 0,35
Cloreto de sódio 0,50 0,40 0,12
1
Suplemento mineral e vitamínico 0,25 0,25 18,00
1_Premix mineral e vitamínico (composição/kg): ác. retinóico 12000 UI, colecalciferol 3600 UI, alfa-tocoferol 3500
UI, menaquinona 3000 mg, tiamina 2500 mg, riboflavina 8000 mg, niacina 40000 mg, ác. pantotênico 12000 mg,
piridoxina 5000 mg, biotina 200 mg, ác. fólico 1500 mg, cobalamina 20000 mg, ferro 100 g, cobre 20 g, zinco 100 g,
manganês 160 g, selênio 150 mg, iodo 2 g, excipiente q.s.p. 1000 g.

Tabela 2. Composição bromatológica da ração controle de corte (RCOC) e de postura


(RCOP) para aves
Nutrientes (%) RCOC RCOP
Matéria seca 87,40 88,20
Matéria mineral 2,10 5,40
Cálcio total 0,90 4,10
Fósforo total 0,70 0,90
Fibra detergente neutro 12,80 14,00
Fibra detergente ácido 4,20 4,50
Extrato etéreo 3,60 3,00
Proteína bruta 19,00 17,00
1
Energia metabolizável (kcal/kg) 3000,00 2700,00
1_Valores de energia metabolizável dos alimentos determinados por Arruda et al. (2010).

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Tabela 3.Composição nutricional dos fenos de forrageiras regionais usados nas rações
Nutrientes (%) Maniva de Folhas de Folhas de Flor de
Mandioca Leucena Matapasto Seda
Matéria seca 87,8 89,65 88,87 89,31
Matéria mineral 8,73 7,27 6,04 10,90
Fibra detergente neutro 58,37 49,05 53,75 42,13
Fibra detergente ácido 41,24 26,49 32,26 32,45
Extrato etéreo 2,94 3,50 2,74 5,51
Proteína bruta 10,80 17,50 12,00 10,20
1
Energia metabolizável (kcal/kg) 1653,40 2094,70 1605,97 662,63
1_Valores de energia metabolizável dos alimentos determinados por Arruda et al. (2010).

O ensaio de desempenho para corte (crescimento) foi realizado com pintinhos de


1 dia da linhagem Isa Label, vacinados contra marek, gumboro, new castle, bronquite
infecciosa e bouba aviária. As aves foram alojadas em galpões com abrigos tendo
cobertura de telha de barro, piso em concreto, muretas em alvenaria teladas até altura do
pé-direito, com acesso a solário de chão batido devidamente telado e cercado (parcelas).
Usou-se cama tipo cepilho sobre o piso em cada abrigo e círculos de proteção com
campânulas para aquecimento dos pintainhos na primeira semana de vida, e a partir da
quarta semana de vida as aves foram pesadas e selecionadas para iniciar o experimento.
Nesta fase as condições de criação foram padronizadas, usando-se comedouros e
bebedouros tipo infantil, e posteriormente, substituído por comedouros tubulares e
bebedouros pendulares, efetivando-se a distribuição das aves mediante delineamento
inteiramente casualisado em parcelas equivalentes às repetições por tratamento (rações).
O período avaliado foi de 28 a 112 dias de idade, sendo oferecidos água e ração ad
libitum, acompanhado pela oferta diária de capim elefante também à vontade. Os
alimentos e as aves foram pesados a cada quatro semanas para monitorar o consumo de
ração, ganho de peso e conversão alimentar, enquanto para determinação do rendimento
de carcaça, cortes nobres (peito, coxa, sobrecoxa) e vísceras comestíveis (coração,
fígado e moela), os frangos foram sacrificados mediante manejo pré-abate regido por
protocolo convencional em um abatedouro comercial devidamente inspecionado
conforme a fiscalização vigente. Os dados foram submetidos à análise de variância e
teste de médias para interpretação estatística do desempenho e rendimento produtivo.
O ensaio de desempenho em postura foi preparado a partir da transferência das
frangas em recria devidamente vacinadas para adaptação às instalações experimentais,
alojadas em dois galpões convencionais, piso cimentado com cama de maravalha,
subdividido e cercado com tela alambrado (parcelas), coberto com telhas de barro,
equipadas com comedouros tubulares e bebedouros pendulares, estrutura no sentido
leste oeste. O fornecimento de água e capim verde foi à vontade e o de ração foi restrito
para evitar engorda excessiva das aves nessa fase. Para o experimento selecionou-se120

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galinhas com prevalência de postura a partir de 20 semanas, então distribuídas aos


tratamentos em delineamento inteiramente casualisado, iniciando-se o experimento com
24 semanas e finalizando com 40 semanas de idade. As rações foram pesadas ao início e
ao final de cada semana, por diferença, calculou-se o consumo de cada tratamento. A
coleta de ovos diária em cada parcela permitiu ao final de cada semana calcular a taxa
de postura. O peso médio do ovo obtido dividindo-se o peso total dos ovos pelo número
de ovos por cada parcela, bem como, a massa de ovos, multiplicando-se o número de
ovos pelo respectivo peso dos ovos em cada parcela. A conversão alimentar obtida
dividindo-se a ração consumida pela massa de ovos em certo período, no qual, se
identificavam e pesavam alguns ovos para avaliação qualitativa, sendo cada gema
extraída colocada em superfície branca para determinação da pigmentação por leque
colorimétrico. O peso da gema foi obtido em balança de precisão e a porcentagem de
gema pela relação com o peso do ovo, da mesma forma, após lavagem e secagem das
cascas em estufa, obteve-se o peso e a porcentagem de cascas, enquanto, o peso do
albúmen foi determinado por diferença entre o peso total do ovo e a soma dos pesos da
gema e da casca. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste de médias
para interpretação estatística da produção e qualidade dos ovos.
Para verificar a viabilidade econômica da inclusão dos fenos de forrageiras
regionais nas rações das aves de corte e postura, compararam-se as respectivas rações
controle (RCOC e RCOP), custos e receitas em relação ao uso das rações experimentais,
e assim, não foram considerados os custos fixos, os custos de mão-de-obra ou custos de
montagem do experimento, já que foram iguais em todos os tratamentos, portanto, os
custos com a alimentação foram os que apresentaram variação, e constituíram,
juntamente com a receita bruta, a base para a análise econômica. Assim, determinou-se
o custo da ração por quilograma de ganho de peso vivo para desempenho de corte e o
custo da ração de acordo com a massa de ovos para a postura, e em seguida, foi
calculado o índice de eficiência econômica (IEE) e o índice de custo (IC), seguindo
protocolo de Furlan et al. (2001): Yi= Pi x Qi / Gi , em que Yi é o custo da ração por
quilograma de peso vivo ganho por tratamento; Pi é o preço por quilograma da ração
utilizada por tratamento; Qi é a quantidade de ração consumida por tratamento; e Gi é o
ganho de peso por tratamento. Sequencialmente, foram calculados IEE = (MCei / CTei )
x 100 e IC=(CTe/MCe)x100, em que MCe é o menor custo da ração por quilograma
ganho observado entre os tratamentos e CTei é o custo do tratamento respectivo. O
preço do quilograma de carcaça (carne) nos cálculos baseou-se no valor médio de venda
praticado em supermercados e feiras livres na região oeste potiguar, em torno de R$
16,00 a 13,50 respectivamente. No caso do ovo caipira, a sua comercialização é feita
por unidade, e os dados para a análise ou preço do ovo foi obtido da mesma forma
supracitada, valores médios em torno de R$ 0,50 a 0,60 respectivamente.
Os valores usados para avaliação econômica da alimentação descritos na Tabela
1 foram associados aos valores de R$0,50/kg feno de Leucena, R$0,30/kg para feno de
Maniva de Mandioca; R$0,20/kg feno de Flor de Seda; R$0,15/kg feno de Mata Pasto,
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sendo estes obtidos por entrevista com proprietários/produtores na região oeste potiguar
(comunicação pessoal). Os demais ingredientes tiveram seus preços coletados a partir
do contrato com fornecedores de matérias primas alimentares e suplementos para
fábrica de ração da UFERSA (licitação institucional: www.nfe.fazenda.gov.br). Os
indicadores de custos e receitas foram adaptados a partir de Deleco (2007) e Reis
(2002), para avaliação econômica da inclusão dos fenos de forrageiras em cada ração,
sendo comparado pelas seguintes variáveis: receita total (RT) = preço do quilograma de
carcaça multiplicado pelo rendimento de carcaça, ou, preço da unidade do ovo
multiplicado pela produção de ovos; receita adicional (RA) = diferença entre RT em
cada tratamento e a RT da ração controle; custo total da alimentação (CTA) = preço da
ração multiplicado pela quantidade consumida em cada tratamento; custo adicional
(CA) = diferença entre CTA em cada tratamento em relação ao da ração controle; lucro
adicional (LA) = diferença entre RA de cada tratamento e o valor do acréscimo ao gasto
com alimentação (CA); preço de equilíbrio (PE) = relação entre CTA e o peso da
carcaça, ou, relação entre CTA e a produção de ovos; representa o preço mínimo do
quilograma de carne ou unidade de ovo produzido que amortize o CTA por tratamento;
índice de rentabilidade (IR) = relação entre a RT e o CTA, indicativo unitário da
ultrapassagem do custo em função da receita.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 4 apresentam-se parâmetros avaliados no ensaio de desempenho


produtivo para aves em crescimento, observando-se que o consumo de ração foi maior
com a ração RMM, possivelmente, devido a uma boa aceitabilidade e expressivo teor de
fibra estimulador da motilidade intestinal em concordância com Silva et al. (2000),
sendo seguido pela ração RLE e RMP que permitiram consumo mais elevado que a
ração RCOC (alimentos convencionais), enquanto a ração RFS propiciou menor
consumo devido a provável resiliência de substancias antinutricionais ou fitotóxicas no
feno de flor de seda (MELO et al., 2001; MOREIRA FILHO, 2006). Para o ganho de
peso dos frangos de corte, observou-se maior valor para ração RCOC, seguida pela
ração RMM e ração RLE, similares entre si, mas ainda melhores do que observado com
a ração RMP, no caso do mata-pasto devido à prevalência de taninos (SOUSA, 2004),
enquanto resultado significativamente inferior foi constatado com a ração RFS pelos
fatores supracitados. Esses resultados confirmam que compostos antinutricionais nas
forrageiras regionais podem ser parcial ou totalmente eliminados quando submetidos a
tratamentos térmicos, assim, a fenação pode ter volatilizado o ácido cianídrico na
mandioca (MICHELAN, 2004) e a mimosina na leucena (SUCUPIRA, 2008), gerando
baixa toxidez para monogástricos, ainda que seja assertiva sua restrição dietética para
aves em sistema semi-intensivo. Para os resultados de conversão alimentar,
provavelmente, interações nutricionais envolvendo a fração fibrosa dos fenos de
forrageiras alternativas nas rações, influenciaram absorbabilidade e metabolizabilidade
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de nutrientes na fase de crescimento das aves (ARRUDA et al, 2010), justificando o


melhor valor com a ração RCOC e valores razoáveis com as rações RMM, RLE e RMP,
porém, a ração RFS foi significativamente inferior que os demais tratamentos,
possivelmente, em concordância com Arruda e Fernandes (2014), devido a efeitos
antinutricionais indesejáveis que resultaram na parcial indigestibilidade afetando
intensamente a eficiência alimentar.
Na Tabela 4 verifica-se que os melhores resultados de rendimento produtivo das
aves de corte foram observados para ração RCOC, a qual propiciou melhores médias
para peso vivo ao abate, rendimento de carcaça e peso da carcaça comercializada,
seguido em ordem crescente pelos resultados obtidos com rações RMM, RLE, RMP e
RFS, o que reflete os efeitos metabólicos e fisiológicos destacados no desempenho das
aves, especialmente, em concordância com Campelo et al. (2009), devido à influência
da fibra sobre a conversão alimentar. Da mesma maneira, observou-se diferença
estatística entre os tratamentos com relação ao peso do peito, da coxa, da sobrecoxa, do
coração, do fígado e da moela, ou seja, as aves alimentadas com a ração RCOC
apresentaram melhores resultados, seguido de RMM, RLE, RMP e RFS, evidenciando
que os melhores resultados obtidos com ração RCOC devem-se aos alimentos
convencionais. Todavia, os resultados observados nas rações com fenos de forrageiras,
excetuando-se a ração RFS que gerou os piores resultados devido ao teor residual
fitotóxico da flor de seda (MARQUES et al., 2007), demonstraram certa similaridade,
verificando-se rendimento satisfatório para as aves alimentadas com fenos de mandioca
ou leucena, presumindo-se que a biodisponibilidade de nutrientes tenha sido semelhante
com esses alimentos alternativos.

Tabela 4. Desempenho de aves isa label com ração controle de corte (RCOC) e rações
com feno de leucena (RLE), feno de maniva de mandioca (RMM), feno de mata pasto
(RMP) e feno de flor de seda (RFS) no período de 84 dias em semiconfinamento.
RCO RMM RLE RMP RFS CV %
CRD (g/ave/dia) 130,50b 147,00a 144,20a 141,10a 86,80c 5,40
a b b c d
GPD (g/ave/dia) 41,10 36,20 34,00 32,10 10,20 9,50
CA (g/g) 3,70d 4,90b 5,00b 5,40b 14,80a 12,80
PCC (kg/ave) 3,15a 2,75b 2,55b 2,40b 1,10c 9,30
RCA (%) 80,30a 79,60a 79,50a 79,30a 69,80b 1,55
Peito (g/ave) 750,40a 638,10b 596,90b 561,45c 245,00d 9,72
a b b c d
Coxa (g/ave) 457,50 397,70 368,20 347,10 163,10 10,37
Sobrecoxa (g/ave) 481,85a 417,20b 390,65b 367,90c 169,75d 11,00
a b b b c
Coração (g/ave) 23,85 20,75 20,25 19,40 10,50 12,80
Fígado (g/ave) 48,20a 42,85b 42,20b 40,10b 24,60c 13,40
b a a a c
Moela (g/ave) 58,54 73,75 71,23 69,52 40,50 13,80
a,b,c _
médias seguidas de mesma letra na linha não diferem estatisticamente pelo teste de Student Newman Keulls -
SNK (P<0,05);
CRD: consumo de ração diário; GPD: ganho de peso diário; CA: conversão alimentar; RCA: rendimento de carcaça;
PCC: peso da carcaça comercializada.

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Na Tabela 5, apresenta-se a avaliação econômica fundamentada na relação


receita/custo, mediante os custos variáveis unitários dos ingredientes das rações para
determinar o custo total em função do consumo no período de crescimento das aves em
semiconfinamento, enquanto, a receita total foi determinada pelo preço médio da
carcaça de frango tipo caipira, limpa e resfriada, mediante coleta de dados no comércio
atacadista e varejista na região oeste potiguar. Pode-se notar que o consumo total das
rações RMM, RLE e RMP foram superiores em comparação a RCOC, possivelmente,
em virtude da inclusão dos fenos de forrageiras terem elevado o teor de fibra e
diminuído o teor de energia nas rações, levando a uma tentativa de ingestão
compensatória pelas aves em crescimento (OLIVEIRA et al., 2000). No entanto, a ração
RFS resultou em uma redução significativa de consumo pelas aves pela provável
presença de alguns compostos antinutricionais do tipo glicosídeos, alcaloides e taninos
(MELO et al., 2001).
No entanto, apesar do consumo de ração RCOC ter sido menor em comparação
aos demais tratamentos dietéticos experimentais, seu preço (R$/kg) foi mais elevado por
causa da sua formulação com ingredientes convencionais. Dessa forma, seguindo a
técnica da proporcionalidade para se avaliar o custo com alimentação, a ração RCOC
representou o valor 100, enquanto os demais tratamentos foram estimados em 91,80
para RMM, em 92,97 para RLE; em 85,92 para RMP e em 54,44 para RFS, ou seja,
uma queda relativa no custo com a inclusão das forrageiras regionais. Na Tabela 5,
notam-se nos indicadores de custos e receitas, diferentes rendimentos financeiros
baseados no seguinte pressuposto: os custos de produção só se diferenciam por itens
específicos de despesa, e a receita adicional tem origem nestes custos, ou seja, custos
adicionais geram receitas proporcionais, então, apesar dos custos totais com alimentação
terem sido menores para RMM, RLE, RMP e RFS, ao avaliar o rendimento produtivo
das aves de corte (peso da carcaça comercializada), a receita total desses tratamentos foi
inferior comparado a RCOC.
A diminuição no custo com a alimentação com a inclusão dos fenos de
forrageiras não foi acompanhado pela manutenção do desempenho ou melhoria de
rendimento dos frangos de corte, pois, na verdade, constatou-se redução nos parâmetros
produtivos, consequentemente, houve uma queda relativa na receita, não sendo viável
economicamente a inclusão de 20% destes alimentos alternativos na formulação em
comparação a ração convencional (RCOC). Entretanto, analisando exclusivamente as
rações com os fenos regionais, a RMM e a RLE se mostraram melhores, pois a variação
na receita com alimentação foi menor em comparação com a RMP e mais significativo
para a RFS, portanto, a inclusão dos fenos forçou uma redução na receita, de modo tal
que para cobrir os gastos com alimentação seria necessário aumentar o preço de
equilíbrio. A ração RMM e RLE apresentaram índices de rentabilidade superiores em
comparação com as rações RMP e RFS, então, para cada R$ 1,00 de custo com
alimentação contribui-se R$2,92 ou R$2,75 para a receita, respectivamente. Por fim,
baseando-se na ração RCOC, houve um aumento no índice de custo médio da ração
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para inclusão de 20% de cada forrageira fenada, e assim, os índices de eficiência


econômica não foram viáveis considerando o rendimento produtivo das aves, porém,
vale destacar os melhores índices (IEE) obtidos com fenos de mandioca e leucena.

Tabela 5. Indicadores de eficiência econômica da alimentação em função da inclusão


quantitativa de 20% dos fenos de maniva de mandioca (RMM), de flor de seda (RFS),
de mata pasto (RMP) ou de leucena (RLE) nas rações de aves isa label para corte.
RCO RMM RLE RMP RFS
CRT (kg/período) 1.315,44 1.480,63 1.452,51 1.420,06 893,41
PR (R$/kg) 1,483 1,209 1,249 1,179 1,189
CAT (R$/período) 1.950,67 1.790,70 1.813,60 1.676,04 1.061,90
PFA (kg/R$) 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00
RT (R$) 6.017,36 5.232,76 4.605,50 4.485,74 2.132,75
RA (R$/ave) 0 -784,60 -1.171,62 -1.411,85 -3.884,61
CA (R$/ave) 0 -159,97 -137,07 -274,63 -888,47
LA (R$) 0 -624,63 -1.034,55 -1.137,22 -2.996,14
PE (R$) 5,18 5,47 5,82 5,98 7,96
IR (R$) 3,08 2,92 2,75 2,67 2,01
ICM 100 109 108 116 184
IEE 1,00 0,92 0,93 0,86 0,54
CRT (consumo de ração total); PR (preço da ração em reais); CAT (custo com alimentação total); PFA (preço médio
do frango tipo caipira no atacado e varejo); RT (receita total); RA (receita adicional); CA (custo adicional); LA (lucro
adicional); PE (preço de equilíbrio); IR (índice de rentabilidade); ICM (índice de custo médio) e IEE (índice de
eficiência econômica).

Na Tabela 6, apresentam-se a produção e qualidade dos ovos observados com aves


isa label em fase de postura, alimentadas com rações contendo10% de inclusão de cada
feno de forrageira alternativa regional. Constatou-se que o consumo de ração RMM,
RLE e RMP foram superiores ao da ração RCOP, possivelmente, em virtude do maior
aporte de fibra e seus efeitos sobre motilidade intestinal, porém, a ração RFS propiciou
um consumo significativamente inferior aos demais tratamentos, o que permite inferir
efeito depreciativo sobre aceitabilidade do alimento e efeitos antinutricionais ou
fitotóxicos da flor de seda sobre as aves (ARRUDA et al., 2010; MELO et al., 2001). A
conversão alimentar por massa de ovos foi melhor com a ração RCOP, seguida pelos
resultados obtidos com as rações RLE, RMM e RMP, as quais não diferiram
estatisticamente entre si. A taxa de postura e a massa de ovos foram similares entre as
rações RCOP, RMM, RLE e RMP, permitindo inferir, que a produtividade de
poedeiras alimentadas com fenos de leguminosas alternativas pode ser mantida desde
que as rações sejam de boa qualidade nutricional (LOPES et al., 2014; NUNES
IRMÃO et al., 2008; NASCIMENTO et al., 2001; ODUNSI, 2003). No entanto, a
conversão alimentar das aves alimentadas com a ração RFS foram significativamente
depreciadas, bem como, índices significativamente inferiores para taxa de postura e
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massa de ovos, sendo permissível remeter as pesquisas de Bhatnagar et al. (1996),


Sechinato et al. (2006) e Arruda e Fernandes (2014), que tal efeito tenha sido
propiciado pelo aporte e metabolização de nutrientes para as aves a partir do consumo
e da digestibilidade da ração RFS.

Tabela 6. Produção e qualidade de ovos de aves isa label alimentadas com ração
controle (RCOP) ou com fenos de maniva de mandioca (RMM), de leucena (RLE), de
matapasto (RMP) ou de flor de seda (RFS), no período de 24 a 40 semanas de idade.
RCOP RMM RLE RMP RFS CV (%)
b a a a c
CR (g/a/d) 147,00 155,00 157,50 156,00 131,50 3,65
c b b b a
CA (g/mo) 3,40 3,73 3,70 3,76 4,45 6,37
a a a a b
TP (%) 73,78 70,75 71,55 70,50 56,50 9,63
a a a a b
MO (g/a/d) 43,05 41,69 42,75 41,65 28,80 7,05
a a a a b
PO (g/un) 59,00 58,90 59,75 58,95 50,10 5,39
a a a a b
CAS (g) 5,95 6,10 6,05 6,00 6,35 3,18
ALB (g) 39,70a 39,39a 40,68a 40,00a 30,20b 4,73
a a a a b
GEM (g) 13,35 13,41 13,02 12,95 13,55 6,71
1 b b a a c
CG 7,00 7,00 9,00 10,00 5,00 3,00
a,b,c _
médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste Student Newman Keulls - SNK
(P<0,05)
CR: consumo de ração, CA: conversão alimentar por massa de ovos, TP: taxa de postura, MO: massa de ovos, PO:
peso do ovo, CAS: peso da casca, ALB: peso albúmen, GEM: peso da gema, CG: cor da gema
1_ leque colorimétrico roche®

Os resultados de qualidade dos ovos apresentados na Tabela 6 permitem notar a


ausência de diferença estatística para valores de peso do ovo, de casca, de albúmen e de
gema, obtidos com os tratamentos dietéticos RCOP, RMM, RLE e RMP, entretanto, os
resultados obtidos com ração RFS foram significativamente inferiores aos demais
tratamentos dietéticos, provavelmente, devido à menor sincronização de nutrientes para
biossíntese dos componentes do ovo pela ave (AHN et al., 1997; LEESON e
SUMMERS, 2005). A coloração da gema diferiu estatisticamente entre os tratamentos,
constatando-se nos ovos das aves com a ração RMM uma pigmentação amarela típica
similar àquelas com aração RCOP, enquanto a ração RFS propiciou menor pigmentação
(amarelo claro), e por sua vez, a ração RLE propiciou maior pigmentação (alaranjado).
Todavia, a intensidade de cor da gema mais elevada foi observada com a ração RMP,
entretanto, uma coloração mesclada exótica, esverdeado escuro, indesejável para
consumo e fora do padrão caipira. A cor da gema responde aos agentes pigmentantes dos
ingredientes da dieta das aves, pois ao ser absorvido via intestinal e transferido para
tecidos hepático, adiposo e cutâneo, entre outros, torna-se factível sua exportação para o
ovário com deposição proporcional à maturidade folicular dos óvulos que se constituirão
nas gemas dos ovos (MACARI e MENDES, 2005; ROMANOFF e ROMANOFF, 1963).
Portanto, a genética da ave e a fenótipo zootécnico podem influenciar a pigmentação da
gema, destacando-se o perfil nutricional da dieta, absorção e metabolização das
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substancias pigmentantes, assim, em concordância com Sucupira (2008), neste estudo, os


compostos carotenóides presentes no feno de leucena que proporcionaram coloração
benéfica na gema do ovo de aves isa label alimentadas com 10% de inclusão desta
forrageira regional na ração.
Na Tabela 7, apresenta-se a avaliação econômica fundamentada na relação
receita/custo, sendo os custos variáveis unitários dos ingredientes das rações para
determinantes do custo total e em função do consumo no período de postura das aves
em semiconfinamento, enquanto, a receita total foi determinada pelo preço médio do
ovo tipo caipira, mediante coleta de dados no comércio atacadista e varejista na região
oeste potiguar. Constata-se que a diferença no consumo de cada tipo de ração reflete-se
diretamente no custo total com alimentação das aves em postura, observando-se maior
valor para ração RLE e menor valor para ração RFS. Apesar do menor preço por kg
para a ração RLE comparado aração RCOP (referencia), o maior consumo pelas aves
resultou em um aumento no custo com a alimentação neste tratamento. Por outro lado, a
taxa de postura não diferiu estatisticamente entre as aves alimentadas com as rações
experimentais, exceto com a ração RFS, de modo tal que a receita com os ovos
produzidos pelas aves neste tratamento foi significativamente insatisfatória em
comparação àquela para ração RCOP. Portanto, a variação na receita adicional foi
inferior ao tratamento controle, consequentemente, houve redução na lucratividade com
a inclusão de 10% de qualquer forrageira regional fenada na ração. No entanto, entre os
alimentos alternativos, vale destacar a viabilidade econômica da ração RLE para as aves
poedeiras, pois o índice de custo e a eficiência econômica foram melhores que os
demais tratamentos, mesmo com o maior custo da alimentação. Cabe ressaltar que no
mercado, os preços são determinados pela relação entre a oferta e a procura, aliado
ainda à satisfação com a qualidade dos ovos, especialmente, valorização e aceitação
da pigmentação da gema, tornando positiva a perspectiva no uso do feno de leucena.

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Tabela 7. Indicadores de eficiência econômica da alimentação em função da inclusão


quantitativa de 10% dos fenos de maniva de mandioca (RMM), de flor de seda (RFS),
de mata pasto (RMP) ou de leucena (RLE) nas rações de aves isa label em postura
RCO RMM RLE RMP RFS
CRT (kg/periodo) 395,15 416,65 424,70 419,35 353,40
PR (R$/kg) 1,32 1,25 1,27 1,23 1,24
CAT (R$/periodo) 522,90 521,15 537,75 520,25 438,60
POC (R$/unidade) 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60
RT (R$) 4.967,80 4.754,40 4.807,80 4.744,20 3.940,80
RA (R$/ave) 0 -203,40 -150,00 -213,60 -1.017,00
CA (R$/ave) 0 -0,76 17,82 -3,69 -83,31
LA (R$) 0 -202,64 -167,82 -209,91 -933,69
PE (R$) 0,063 0,066 0,067 0,066 0,068
IR (R$) 9,50 9,12 9,06 9,15 8,60
ICM 102 103 100 104 123
IEE 0,97 0,96 1,00 0,95 0,80
CRT (consumo de ração total); PR (preço da ração em reais); CAT (custo com alimentação total); POC (preço médio
do ovo tipo caipira no atacado e varejo); RT (receita total); RA (receita adicional); CA (custo adicional); LA (lucro
adicional); PE (preço de equilíbrio); IR (índice de rentabilidade); ICM (índice de custo médio) e IEE (índice de
eficiência econômica).

CONCLUSÕES

A produtividade e a lucratividade de frangos de corte e galinhas poedeiras


alimentados com fenos de maniva de mandioca e folhas de leucena foram bem
satisfatórias para produção de carne e ovos do tipo caipira, respectivamente. O feno de
matapasto propiciou resultados razoáveis, mas prejudicou a cor da gema dos ovos, e
notoriamente, observou-se a inviabilidade do feno de flor de seda em rações para aves.

AGRADECIMENTOS

Ao Pesquisador José Flamarion de Oliveira (in memorian) – EMPARN, pela valiosa


parceria institucional para viabilização e execução deste trabalho.

Ao Professor Frederico Silva Thé Pontes – UFERSA, pela valiosa colaboração na


análise econômica da alimentação das aves neste trabalho.

Ao Empresário Alex Sandro Vasconcelos Valentim – Abatedouro Só Aves


(VASCONCELOS e SANTOS LTDA. ME) pela fraternal presteza de instalações,
equipamentos e funcionários.

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O conteúdo científico dos manuscritos são de responsabilidade dos autores
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PUBLICAÇÃO DO
Conselho Regional de Medicina Veterinária Revista Centauro v.7, n.1, p 17 - 33, 2016
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