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Classificam-se as ações segundo três critérios distintos: espécie, classe e forma. Segundo
a espécie, as ações são:
a) Ordinárias — aquelas que conferem aos seus titulares os direitos que a lei reserva ao
acionista comum. São ações de emissão obrigatória. Não há sociedade anônima sem ações desta
espécie. O estatuto não precisará disciplinar esta espécie de ação, uma vez que dela decorrem,
apenas, os direitos normalmente concedidos ao sócio da sociedade anônima. As ações ordinárias,
em tese, não deveriam ser divisíveis em classes, na medida em que se conceituam justamente por
conferirem um mesmo conjunto de direitos aos seus titulares. No entanto, a lei possibilita aos
estatutos da companhia fechada a previsão de classes de ações ordinárias, em função de sua
conversibilidade em ações preferenciais, exigência de nacionalidade brasileira do acionista ou
direito de eleger, em separado, membros dos órgãos de administração (art. 16). As ações
ordinárias das companhias abertas não poderão ser divididas em classes (art. 15, § 1º).
c) De fruição — são aquelas atribuídas aos acionistas cujas ações foram totalmente
amortizadas. O seu titular estará sujeito às mesmas restrições ou desfrutará das mesmas
vantagens da ação ordinária ou preferencial amortizada, salvo se os estatutos ou a assembleia
geral que autorizar a amortização dispuserem em outro sentido.
O critério de diferenciação entre uma forma e outra leva em conta o negócio jurídico que
opera a transferência de titularidade da ação, ou seja, a maneira pela qual são transmissíveis.
Debêntures
As debêntures, de acordo com a garantia oferecida aos seus titulares, podem ser de quatro
espécies: a) com garantia real, em que um bem, pertencente ou não à companhia, é onerado
(hipoteca de um imóvel, por exemplo); b) com garantia flutuante, que confere aos debenturistas
um privilégio geral sobre o ativo da companhia, pelo qual terão preferência sobre os credores
quirografários, em caso de falência da companhia emissora; c) quirografária, cujo titular
concorre com os demais credores sem garantia, na massa falida; d) subordinada (ou
subquirografária), em que o titular tem preferência apenas sobre os acionistas, em caso de
falência da sociedade devedora.