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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Laboratório de Circuitos Elétricos I

Guia de Aulas

Prof. Diógenes Cecílio da Silva Júnior


Prof. Flávio Henrique Vasconcelos
Prof. Ivan José da Silva Lopes
Profa. Wadaed Uturbey da Costa
Prof. Antônio Emílio Angueth de Araújo

– 2008 –
(Revisão 2009/2)
Laboratório de Circuitos Elétricos I

EMENTA: Organização de laboratórios. Segurança em laboratórios. Medição


de grandezas elétricas. Experimentos básicos com elementos de circuitos:
circuitos resistivos, circuitos com fontes dependentes, circuitos com
capacitores e indutores, circuitos em regime transitório e em regime
permanente senoidal.

PROGRAMA DE CURSO / CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

Aula Tema
1 Apresentação do Curso. Introdução: segurança e organização de laboratórios.
2 Utilização básica de instrumentos de medição I: Instrumentos analógicos
3 Utilização básica de instrumentos de medição II: Plataforma Educacional NI-ELVIS
4 Circuitos resistivos: Análise nodal e análise de malhas.
5 Circuitos resistivos: Divisão de tensão e divisão de corrente
6 Circuitos resistivos: Linearidade e o princípio da superposição; Equivalente
Thevenin e a Máxima Transferência de Potência
7 Avaliação Prática I
8 Circuitos com Amplificadores Operacionais I – Funcionamento básico do AmpOp
9 Circuitos com Amplificadores Operacionais II – Configurações básicas
10 Circuito RC: Resposta transitória
11 Circuito RL: Resposta transitória
12 Circuito RLC: Resposta transitória
13 Circuitos RC e RL: Regime permanente senoidal
14 Circuito RLC: Regime permanente senoidal
15 Avaliação Prática Final
Relatórios de Atividades
O Relatório de Atividades de laboratório tem por objetivo estimular o(a) aluno(a) a
organizar as informações sobre as atividades desenvolvidas nas aulas práticas, apresentar os
resultados obtidos e interpretá-los.

A elaboração do Relatório é ainda importante para que o aluno desenvolva a habilidade


de comunicar informações técnicas de maneira clara e objetiva. O texto deve ser elaborado
individualmente, manuscrito (4 a 6 páginas de papel almaço pautado) e é importante também
ter cuidado com a caligrafia, para que as informações sejam compreendidas pelos leitores. As
seções devem ser organizadas em uma seqüência que reflita a ordem em que as atividades
ocorreram.

O Relatório deve conter, basicamente, os seguintes itens abaixo discriminados:


Cabeçalho Objetivos; Introdução; Procedimentos; Resultados e Discussão; Questões para
o Relatório, Conclusões; e Referências.

Cabeçalho
Título, identificação do autor, membros do grupo que realizaram a atividade e datas de
realização das atividades.

Objetivos
Descrição sucinta das atividades desenvolvidas e os ganhos obtidos.

Introdução (= Pré-Relatório)
Uma breve abordagem da fundamentação teórica sobre o tema da prática. Deve-se incluir aqui
todo o trabalho preparatório de anotações e memória dos cálculos realizados antes da aula.

Procedimentos
Descrição detalhada de cada experimento realizado, instrumentos utilizados e diagramas
ilustrativos que permitam compreender como os dados foram coletados.

Resultados e discussão
Os resultados obtidos devem ser relatados. É importante que sejam apresentados de forma
compreensível e, sempre que necessário, por meio de tabelas, gráficos ou figuras elaborados
para possibilitar fácil entendimento dos mesmos.

Questões para o Relatório


A maioria das práticas propostas tem, ao seu final, algumas perguntas que devem ser
respondidas

Conclusões
Comentários – feitos com coerência e conhecimento – sobre os resultados obtidos, inclusive
com a explicação para eventuais desvios que tenham acontecido.

Referências
Todo o material consultado pelo aluno para a elaboração do relatório deve ser
convenientemente citado ao final do mesmo.
MODELO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS


Departamento de Engenharia Elétrica
Curso de Graduação em Engenharia Elétrica
Laboratório de Circuitos Elétricos I - Prof. ...

Relatório No. __
Aluno: No. Matrícula: Turma:
Data:

Título:

1 - Objetivos:

2 - Introdução: (Pré-Relatório(s))

3 - Procedimentos:
(apresentar a relação dos instrumentos utilizados e diagramas esquemáticos das
montagens realizadas, incluindo os pontos de medição de tensão, corrente,
potência, etc.)

4 - Resultados e discussão:
(apresentar, além dos resultados de medições, memória de cálculo dos valores
esperados para as grandezas medidas e/ou simulações computacionais, quando
for o caso)
(discutir os resultados obtidos no laboratório comparados aos valores calculados
e/ou simulados, quando for o caso)

5 – Questões para o Relatório:


(responder as perguntas propostas ao final da prática, quando for o caso)

6 - Conclusões:
(elaborar uma conclusão geral sobre os experimentos realizados e os resultados
obtidos)

IMPORTANTE:

Relacionar os nomes dos alunos que participaram do experimento e que,


portanto, tem os mesmos resultados a apresentar.

O relatório é individual e deve ser manuscrito. Clareza e objetividade são


dois aspectos importantes da avaliação.
Laboratório de Circuitos Elétricos 1
Aula 1

Segurança e Organização do Laboratório

Por que devemos nos preocupar com a


segurança nos Laboratórios?

A eletricidade, reconhecidamente, apresenta


grande risco a vida das pessoas que, ao seu
contato, ficam sujeitas a sofrer choques elétricos,
queimaduras, lesões, etc. Em um laboratório de
eletricidade ou eletrônica, os usuários estão
expostos às partes vivas dos circuitos

Por que acidentes acontecem?


A variedade de riscos nos laboratórios é muito ampla, seja devido à exposição direta à
eletricidade, seja devido à utilização de equipamentos cuja operação envolve
fenômenos como alteração de temperatura ou radiações que podem significar riscos ao
usuário. Dentre as causas de acidentes nos laboratórios, podemos citar:
– instruções inadequadas;
– supervisão insuficiente e ou inapta do executor;
– uso incorreto de equipamentos; e
– alterações emocionais e exibicionismo.

Os acidentes que advêm dessas causas geralmente são


– Intoxicações;
– Queimaduras térmicas ou químicas;
– Choques elétricos;
– Incêndios;
– Explosões, contaminações por agentes biológicos; e
– Radiações.
Medidas de segurança para o laboratório
1. Não trabalhe sozinho, principalmente fora do horário de expediente.
2. Ao ser designado para trabalhar em um determinado laboratório, é imprescindível o
conhecimento da localização dos acessórios de segurança.
3. Procure conhecer o equipamento antes de utiliza-lo. Leia as instruções de uso,
manuais, etc.
4. Certifique-se da tensão de trabalho dos equipamentos antes de conectá-los à rede
elétrica. Quando não estiverem em uso, os aparelhos devem permanecer
desconectados.
5. Planeje sua experiência, procurando conhecer os riscos envolvidos, precauções a
serem tomadas e como descartar corretamente os resíduos.
6. Use roupas adequadas como calças compridas e sapatos fechados. Se usar cabelos
compridos, conserve-os presos.
7. Não são permitidos alimentos nas bancadas, armários e geladeiras dos laboratórios.
8. Comunique todos os acidentes ao professor.

Laboratório não é lugar para brincadeiras!


Concentre-se no que estiver fazendo.

Organização do Laboratório

- O laboratório deve estar sempre organizado.


- Não deixe sobre as bancadas materiais estranhos ao trabalho,como bolsa, livro,
blusa, etc.
- Ao realizar uma experiência, assegure-se de que mais pessoas sejam informadas
disso.

Uso de Equipamentos Elétricos


-Nunca ligue equipamentos elétricos sem antes verificar a tensão correta.
- Só opere equipamentos quando fios, tomadas e plugues estiverem em perfeitas
condições; o fio terra deve estar convenientemente conectado;
- Não opere equipamentos elétricos sobre superfícies úmidas;
- Não use equipamentos elétricos que não tiverem identificação de tensão. Solicite a
instrumentação que faça a medida;
Efeitos do choque elétrico provocado por uma corrente de 60 Hz no ser humano

1 mA Limiar de sensibilidade (Formigamento)

5 a 15 mA Contração muscular (Dor)

Contrações violentas
15 a 25 mA Impossibilidade de soltar o objeto
Morte aparente (Asfixia)

Fibrilação ventricular
25 - 80 mA
Respiração artificial (Massagem cardíaca)
> 80 mA Desfibrilação elétrica

>1 A Queimaduras (necrose)


Morte

- 1 condutor fase (sob tensão em relação ao neutro) e


- 1 condutor neutro (aterrado no padrão) que é o referencial de tensão e serve como
retorno de corrente.
O condutor de terra (aterrado localmente e disponível em todas as tomadas da
residência com seu terceiro pino) ainda não é exigido pela concessionária apesar de já
mencionado nas normas.
Laboratório de Circuitos Elétricos 1
Aula 2

Utilização básica de instrumentos de medição


Parte 1: Instrumentos analógicos

Objetivo: Utilização correta do osciloscópio, gerador de sinais e multímetro. Medição de


valores de tensão de sinais elétricos.

Apresentação:
O Osciloscópio

O osciloscópio é um instrumento que possibilita a visualização e a medição de sinais


elétricos variáveis no tempo. Geralmente, é capaz de mostrar dois ou até quatro sinais
simultaneamente. Os principais blocos são:
o Mostrador, CRT ou LCD;
o Controles gerais;
o Disparo (trigger);
o Canais de entrada; e
o Gerador da base de tempo.

O mostrador é uma tela reticulada que pode constituir-se de um tubo de raios catódicos ou
ser uma tela de cristal líquido em que, geralmente, no eixo vertical temos a amplitude e no
eixo horizontal o deslocamento do sinal elétrico ao longo do tempo.
Nos tubos de raios catódicos (CRT) um feixe de elétrons é produzido por um filamento
aquecido (chamado de canhão de elétrons), que é então acelerado em direção à tela. Este
feixe passa por dois pares de placas metálicas ortogonais. Aplicando uma diferença de
potencial a estas placas, Vx e Vy, o feixe é defletido e então colide em uma tela plana. A
superfície interna da tela é revestida por uma camada de material fosforescente que, ao ser
atingido pelo feixe de elétrons emite luz, produzindo um ponto na tela. Ao se desligar o feixe
de elétrons, o ponto de luz se apaga. Contudo, o tipo do material fosforescente pode
apresentar um efeito de persistência, mantendo o ponto aceso na tela por algum tempo.

Existem alguns controles gerais usados para ligar e desligar o equipamento, controlar a
intensidade e foco do feixe luminoso etc.

Os canais de entrada são usados para amplificar ou atenuar os sinais elétricos a serem
mostrados na tela. Cada canal pode ser modificado individualmente, estabelecendo-se uma
relação da amplitude do sinal com a retícula da tela. O usuário seleciona o fator de
referência da retícula, por exemplo, 5V/div, e a amplitude do sinal pode então ser medida
diretamente na tela. Existe a possibilidade de acoplamento do sinal de entrada, podendo ser
direto (DC), sem componente contínua (AC) e terra (GND). Este sinal amplificado é aplicado
às placas paralelas horizontais (Vy). Desta maneira, o feixe de elétrons se desloca
verticalmente e proporcionalmente à amplitude do sinal de entrada.

Gerador da base de tempo é usado para deslocar o feixe (já proporcional a amplitude) ao
longo do tempo, ou seja, do eixo horizontal. Para se obter este deslocamento horizontal,
basta aplicar uma onda “dente de serra” às placas paralelas verticais (Vx). Este gerador de
base de tempo produz uma onda em que a rampa de subida é usada para deslocar
horizontalmente o feixe de elétrons. Para continuar visualizando o sinal, o feixe, ao atingir a
extremidade da direita da tela, precisa retornar à posição inicial (à esquerda) e, para tal, é
utilizada a rampa de decida e o feixe é desligado. Este gerador fornece rampas com
freqüências fixas e dentro de um razoável espectro, e está calibrado para que a retícula
horizontal corresponda ao período dos sinais, como por exemplo, 10 ms/div.

Finalmente, o circuito de disparo (trigger) permite que sinais periódicos possam ser
mostrados de uma maneira estável na tela. Para tal, é necessário sincronizar a rampa de
varredura horizontal com o sinal propriamente dito. O circuito de disparo compara a
amplitude do sinal com um determinado valor (que pode ser definido pelo usuário), detecta a
forma de variação (crescente ou decrescente) e, com isso, gera um pulso. O primeiro pulso
dispara a geração da onda “dente de serra”, a rampa de subida desloca o feixe aceso,
desenhando na tela a forma de onda do sinal. Até o feixe atingir a extremidade da direita,
outros pulsos serão ignorados, e então a rampa de descida será gerada. Este
comportamento se repete indefinidamente dando a impressão de uma onda estável na tela.
A fonte de sinal de disparo pode ser qualquer um dos canais de entrada, uma entrada
externa, a rede elétrica, um sinal lógico etc.
O Gerador de Sinais

O gerador de sinais é um instrumento que gera sinais elétricos (tensões) em que é possível
controlar a forma de onda (senoidal, quadrada ou triangular), a amplitude, a freqüência, a
componente de tensão contínua, a varredura de freqüência etc.

O Multímetro

O multímetro é um instrumento de medição que agrega diversos medidores elétricos, tais


como voltímetro, amperímetro, wattímetro e ohmímetro. Alguns multímetros podem verificar
a continuidade de circuitos, testar diodos e medir capacitâncias. Uma chave seletora define
o valor máximo de medição e o tipo de grandeza elétrica, como por exemplo, tensão e
corrente contínuas ou alternadas.
Parte prática:
Material necessário: Manuais do osciloscópio, gerador de sinais e multímetro. Osciloscópio,
gerador de sinais, multímetros e cabo coaxial de 50 Ω.

Parte 1

Com os equipamentos ainda desligados, conecte um cabo coaxial à saída do gerador de


sinais e outro à entrada do canal 1 do osciloscópio. Lembre-se de ligar as garras de
mesma cor.

1. Ligue os equipamentos e obtenha no osciloscópio uma onda senoidal de 1 KHz e


5Vpp.
a. Configure o gerador de sinais, escolhendo a forma de onda e a faixa de
freqüência próxima a 1 KHz.
b. No osciloscópio, selecione a visualização do canal 1 apenas, e ajuste
adequadamente o circuito de disparo (SLOPE, LEVEL, MODE, SOURCE), o
ajuste vertical do canal de entrada (POSITION, MODE, Acoplamento AC-DC,
VOLTS/DIV) e o gerador de base de tempo (SEC/DIV).
c. Ajuste o osciloscópio até obter dois períodos completos da senóide e desenhe
o esboço desta onda no relatório.
2. Repita o passo 1 para uma onda quadrada de período igual a 15 ms.
3. Repita o passo 1 para uma onda triangular de freqüência 500 Hz, amplitude de 4Vpp e
uma componente de tensão contínua de 1V.
4. Repita o passo 3, mudando o acoplamento do canal 1 para AC.

Parte 2

Nesta parte do experimento, você ligará o multímetro em paralelo com o osciloscópio.

5. Repita os passos de 1 a 4, anotando os valores medidos no osciloscópio e no


multímetro.
6. Substitua o gerador de sinais por uma fonte de tensão contínua de 5V e anote os
valores medidos.

Questões para o relatório:

1. Apresente todos os esboços das formas de onda dos passos 1 a 4.


2. Monte uma tabela comparativa de todos os valores obtidos nos passos 5 e 6.
3. Explique as diferenças entre os valores da tabela comparativa.
Laboratório de Circuitos Elétricos 1
Aula 3

Utilização básica de instrumentos de medição


Parte 2 – Apresentação da Plataforma Educacional NI-ELVIS

Objetivo: Obter uma idéia global da Plataforma Educacional ELVIS e utilizar sua
instrumentação básica.

Apresentação:

Parte prática:

1. Ativando a plataforma NI-ELVIS


– Para ligar a plataforma NI-ELVIS, pressione a chave localizada no painel traseiro,
do lado direito do módulo com a placa de prototipação. O LED indicador
correspondente (System Power) irá se acender.
– No painel frontal, ligue a chave para energização da placa de prototipação
(Prototyping Board Power). Os 3 LEDs sobre a placa irão se acender.
– Assegure-se de que a chave de comunicação (Communication Switch) esteja no
modo Normal.
– No computador, com sistema operacional Windows XP funcionando, click em
“Iniciar”, em seguida em “Programas/National Instruments” e, por último, no ícone
NI-ELVIS.
– O Sistema ELVIS irá ser inicializado automaticamente. (Em caso de erros, saia
do programa e assegure-se de que os passos anteriores sejam executados
corretamente).

2. Usando o osciloscópio para visualizar formas de onda produzidas pelo


gerador de sinais
Repita a seqüência proposta na Parte 1 da Aula No. 2.com os Instrumentos do
NI-Elvis
§ Ativando o Gerador de Sinais
° Clique, no painel do NI-ELVIS, em “Function Generator”.
° Coloque no modo Manual. Ajuste a forma de onda do sinal de saída.
° Ajuste a freqüência de saída desejada do sinal do FunGen.
° Ajuste o valor da amplitude.
§ Ativando o Osciloscópio
° Clique, no painel do NI-ELVIS, em “Oscilloscope”.
° Selecione o “Channel A” e escolha FGEN FUNC_OUT como fonte do
sinal.
° Clique, no menu do osciloscópio, em MEAS (measure) e use chave de
ajuste fino de freqüência para ajustar a freqüência do sinal.
° Ajuste a escala vertical do osciloscópio para que o sinal possa ser
visualizado.
° Ajuste a base de tempo.

3. Identificando as trilhas de “protoboards” (do NI-ELVIS)


– Utilizando um multímetro convencional configurado para medição de
continuidade (menor valor de resistência), construa um mapa das trilhas de
“protoboards”, utilizando para isso a placa da plataforma NI-ELVIS ou outra
qualquer.
4. Fazendo medições com o DMM (Digital Multimeter)
– Consultando o Manual:
§ Anote, para duas funções, as principais características do multímetro do NI-
ELVIS tais como
° Funções que disponibiliza;
° Faixa de medição (valores máximos e mínimos que podem ser
medidos), exatidão etc.;
§ Compare com os mesmos dados para o multímetro convencional.

– Fazendo medições:
§ Clique, na tela do NI-ELVIS, em “Digital Multimeter” (DMM).
§ Medição de resistências
o Clique em Ω, na tela do DMM.
o Coloque, no painel frontal do NI-ELVIS, dois cabos (de multímetros)
nos terminais de corrente.
o Pegue 3 resistores de uso eletrônico e de valores ôhmicos diferentes.
o Determine o valor das resistências dos resistores e anote os
resultados.
o Faça o mesmo para o multímetro convencional.
o Anote, com base no código de cores, o valor nominal da resistência.
o Compare os resultados e explique as razões de possíveis
discrepâncias.
§ Ajuste da fonte de tensão
o Ative, no painel do NI-ELVIS, a fonte de tensão (Variable Power
Supplies).
o Ajuste a amplitude do sinal da fonte em 10 V, positivo.
§ Medição de tensão
o Clique, na tela do DMM, em V=
o Escolha a escala mais apropriada, do multímetro convencional, para
medir a tensão da fonte de tensão variável.
o Conecte os cabos do DMM convencional nos terminais “SUPPLY+” e
“GROUND”. Anote o valor indicado.
o Conecte os cabos do DMM do NI-ELVIS nos terminais “SUPPLY+” e
“GROUND”.
o Faça a medição da tensão da fonte de tensão variável usando o DMM
do NI-ELVIS. Anote o valor indicado.
o Desligue os instrumentos e compare os resultados.
Laboratório de Circuitos Elétricos 1
Aula 4

Análise Nodal e Análise de Malhas

Objetivo: Verificar as Leis de Tensões e de Correntes de Kirchhoff utilizando a análise


nodal e análise de malhas.

Parte prática:
1- Monte o circuito da Figura 1, com os seguintes valores de resistores: R1=1KΩ,
R2=2,4KΩ, R3=1,2KΩ, R4 =1KΩ, R5 =1,2KΩ
2- Ajuste o valor da fonte de alimentação do NI-ELVIS Variable Power Supply (Vs)
em 5 Volts.
3- Meça todas as resistências, tensões e correntes, utilizando multímetro
convencional. Com o DDM do NI-ELVIS, meça todas as resistências e tensões.
4- Monte uma tabela com todos os valores medidos.
5- Verifique a LCK para os cinco nós do circuito.
6- Verifique a LTK para as duas malhas do circuito.

Figura 1

Questões:

1- Determine analiticamente as tensões e correntes em cada elemento do circuito.


2- Compare com os valores medidos com ambos os multímetros.
3- Calcule o erro percentual em todos os casos. Explique.
Laboratório de Circuitos Elétricos 1
Aula 5

Circuitos Resistivos: Divisores de tensão e divisores de corrente

Objetivos:
– Verificar as propriedades dos circuitos básicos para atenuação de corrente
e de tensão.
– Verificar as propriedades da ponte de Wheastone.

Parte prática:
1. Propriedade da divisão de corrente:
– Desenvolva, com base no circuito
da figura ao lado, as equações
para as correntes I1 e I2.

– Considere que os valores dos


resistores são Rs=1 kΩ, R1=2,4 kΩ
e R2=5,6 kΩ e calcule os valores
das correntes I1 e I2.
– Monte o circuito da figura ao lado utilizando o proto-board do NI- ELVIS. Use,
como fonte de tensão do circuito, a fonte de +10V (DC Power Supply).
Alternativamente, use a fonte de tensão variável (Variable Power Supply).
– Faça as medições de correntes nos ramos dos resistores R1 e R2 utilizando o
multímetro convencional.
– Compare os valores calculados com os resultados das medições.

2. Propriedade da divisão de tensão


– Desenvolva as equações para as
tensões V1 e V2 , com base no
circuito da figura ao lado.
– Considere que os valores dos
resistores são R1=5,6 kΩ e R2=1,2
kΩ e calcule os valores das tensões
nos terminais dos resistores R1 e R2.
– Monte o circuito da figura ao lado,
utilizando o proto-board do NI-
ELVIS. Use como fonte de tensão do circuito a fonte de +5V (DC Power Supply).
Alternativamente, use a fonte de tensão variável (Variable Power Supply)..
– Faça as medições de tensão nos terminais dos resistores R1 e R2, utilizando o
multímetro do NI-ELVIS (DMM).
– Compare os valores calculados com os resultados das medições.
– Modifique o circuito colocando ambos resistores com o mesmo valor ôhmico e
igual a 5,6 kΩ. Refaça as medições e os cálculos.

3. Propriedade de circuitos em ponte. Ponte de Wheatstone.


– Modifique o circuito montado no
ítem anterior, colocando um
segundo divisor de tensão, com
resistências de mesmo valor, em
paralelo ao primeiro.
– Desenvolva a equação para a
tensão Vd.
– Considere os resistores de valor
ôhmico R1 =5,6 kΩ e R2 =1,2 kΩ e
determine o valor da tensão Vd.
– Monte o circuito da ponte de Wheatstone ao lado utilizando o proto-board do NI-
ELVIS. Use, como fonte de tensão do circuito, a fonte de +5V (DC Power
Supply). Alternativamente, use a fonte de tensão variável (Variable Power
Supply).
– Faça as medições de tensão nos terminais para determinação da tensão Vd
utilizando o multímetro do NI-ELVIS (DMM).
– Compare os valores calculados com os resultados das medições.

Questão para o relatório:

1. As propriedades de divisão de corrente


poderiam ser aplicadas para as correntes I1 e
I2 no circuito mostrado na figura ao lado?
Explique.
Laboratório de Circuitos Elétricos 1
Aula 6
Linearidade e o Princípio da Superposição; Equivalente Thevenin e a
Máxima Transferência de Potência

Objetivos:
– Investigar a propriedade da linearidade dos componentes de um circuito e verificar o
Princípio da Superposição.
– Verificar o teorema de Thevenin, obtendo o circuito equivalente (Tensão de Thevenin e
Resistência Equivalente de Thevenin).
– Verificar o Teorema de Máxima Transferência de Potência.

Parte prática I - Montagem:


1- Monte o circuito da Figura 1. Meça, com o voltímetro do NI-ELVIS e o convencional, o valor da
tensão de saída Vout para cinco (5) valores da tensão de entrada Vin: 2V, 4V, 5V, 8V e 10V.
Construa uma tabela com todos os valores medidos.
2- Monte o circuito da Figura 2, com uma fonte de tensão de 5V. Meça, com o voltímetro do NI-
ELVIS e o convencional, a tensão de saída Vout.
3- Monte o circuito da Figura 3. Meça, com o voltímetro do NI-ELVIS e o convencional, a tensão
Vout para Vin = 2V, 4V, 5V, 8V e 10V.
4- Some os valores de Vout obtidos com o circuito da Figura 1 com os valores obtidos com o
circuito da Figura 2. Compare esta soma com os valores medidos no circuito da Figura 3.

Figura 1 Figura 2

Questões para o relatório:


a) Determine analiticamente a tensão de saída Vout no circuito da Figura 3, aplicando o Princípio da
Superposição.

Vin

Figura 3

b) Faça um gráfico da tensão Vout em função da tensão Vin. Indique se a propriedade de linearidade se
verifica neste circuito. Explique.

c) Calcule os erros percentuais em todos os casos. Compare os valores medidos com os calculados.
Explique as diferenças.
Parte Prática II - Montagem:

A - Teorema de Thevenin
5- Monte o circuito da Figura 4, utilizando os valores de resistores indicados.
6- Meça o valor da tensão VL utilizando o multímetro convencional e o multímetro do NI-ELVIS.
7- Determinação da tensão de Thevenin VTH:
Retire o resistor RL e meça a tensão de circuito aberto VOC (Figura 5).
8- Determinação do resistor de Thevenin RTH:
Retire a fonte de tensão VS, curto-circuite os terminais a ela ligados, e meça a resistência
equivalente vista entre os nós de interesse (Figura 6).
9- Monte o circuito equivalente de Thevenin (Figura 7) utilizando a fonte de tensão ajustável, um
resistor igual ao valor de RTH determinado no item 8 e o mesmo valor de RL anterior.
10- Meça o valor da tensão em RL, utilizando o multímetro convencional e o multímetro do NI-ELVIS,
e compare com o valor obtido no item 6. Analise os resultados.

Figura 4

Figura 5 Figura 6

Figura 7

B - Máxima transferência de potência

1- Monte o circuito da Figura 4, utilizando seis valores diferentes de RL (utilize resistores iguais,
maiores e menores que o valor RTH determinado na parte A.). Meça a potência dissipada em RL
para cada resistor utilizado.

2- Faça um gráfico da potência dissipada em função de RL.

Questão para o relatório:

Determine analiticamente a tensão VL (Figura 4) e compare os valores calculados com os valores


correspondentes medidos no laboratório. Analise as diferenças.
Laboratório de Circuitos Elétricos 1
Aula 8

Circuitos com Amplificadores Operacionais – Parte I

Objetivo:
- Obter uma visão geral do amplificador operacional e fazer uma análise experimental de seu
funcionamento básico

Parte prática:

A – Característica de Transferência DC

Neste experimento, vamos levantar a curva de transferência de tensão de um AmpOp.

Monte o circuito da figura ao lado. A


pinagem do circuito integrado a ser
utilizado encontra-se no final deste
guia de aula. Meça os valores de VIN e + 15 V
VOUT. V1
10 K +
Para obter a curva VOUT x VIN, você +
V2
precisará de vários valores de - +
entrada.
33 nF VIN
- 15 V VOUT
Inicialmente, obtenha pontos da curva
desejada, variando VIN com V1=+2V e
-
V2= -2V em intervalos de 0,2 V. Em -
seguida, procure obter pontos da
curva mais próximos da região de
transição em torno de 0 V. Para isso,
reduza as tensões de alimentação do
potenciômetro, V1 e V2, para a faixa
de dezenas de mV. Determine o comportamento do circuito para 10 pontos nesta faixa.

Anote todos os valores obtidos em uma tabela, a fim de construir um gráfico da curva de transferência DC de
tensão do dispositivo.

B – O AmpOp como um Comparador

Neste experimento, vamos utilizar um AmpOp como um comparador de tensão, e analisar o seu comportamento
por meio de uma indicação visual, utilizando um diodo emissor de luz (LED).

Um LED é um diodo que, quando polarizado diretamente, emite luz. Para evitar
uma avalanche da corrente direta, um resistor é utilizado para limitar esta
corrente. LED’s verdes e vermelhos, comumente utilizados em instrumentos
sinalizadores, operam com VL=1,7 V e I = 5 mA. Monte o circuito ao lado
utilizando um LED, uma tensão VS=15V. Determine o valor do resistor mais
adequado para o funcionamento do LED.
Funcionamento DC: + 15 V

Usando um divisor resistivo, produza uma +


fonte de referência, VREF, de 1 V, e use
- +
uma das fontes variáveis para a tensão VIN
VIN. Meça o valor de VIN que faz com que
o LED acenda. VREF - 15 V VOUT

+ 15 V
Funcionamento AC:
+
Substitua a fonte de tensão variável pelo
gerador de sinais. Usando um sinal - +
VIN
senoidal de 10 Hz, 1 V de pico, analise o
sinal na saída com o osciloscópio e VREF - 15 V VOUT
registre a forma de onda resultante.
Aumente o valor da tensão VIN para 2 V de -
pico. Desenhe a forma de onda. Como se
comportou o LED?

Questões para o relatório:

1 - Considere o amplificador operacional real, modelo TL 071 ou 741. Pesquise informações sobre o mesmo e
preencha a tabela abaixo. Apresente a equação da curva de transferência levando em conta o modelo real.

Características Valor Ideal Valor Real


Ganho em malha aberta

Corrente de polarização

Impedância de entrada

Impedância de saída

2 - Desenhe a função de transferência DC do AmpOp obtida na Parte A. Comente os resultados.

3 - Proponha um procedimento para melhor caracterizar a curva de transferência DC entre as regiões de


saturação positiva e negativa.

4 - Compare a curva obtida com a de um AmpOp ideal.

Pinagem dos AmpOp’s 741 e 071:


Laboratório de Circuitos Elétricos 1
Aula 9

Circuitos com Amplificadores Operacionais – Parte II

Objetivo:
- Utilização do amplificador operacional, na sua região de funcionamento linear, em algumas
configurações básicas.

Material necessário: circuito integrado 741 ou 071, plataforma Elvis (gerador de sinais, DMM, e
Osciloscópio), multímetro, resistores, capacitor e potenciômetro.

Parte prática:
Entre os tipos básicos de circuitos com amplificadores operacionais incluem-se: o amplificador
inversor, o somador, o amplificador não-inversor, o seguidor de tensão, o amplificador diferencial, o integrador, o
diferenciador, dentre outros. Nesta prática, serão estudados os circuitos inversor e somador.

Parte 1 – Amplificador Inversor

Monte um amplificador inversor com ganho A=10. Use Rf=1,2 kΩ e selecione R1.

A) Levante a função de transferência VOut x VIn deste circuito,


usando o procedimento da aula anterior.

B) Aplique uma onda senoidal de 1 kHz na entrada VIn. Esboce as


formas de onda VIn e VOut. Aplique diferentes amplitudes de VIn e
observe VOut.

C) Aplique uma onda senoidal de 5 kHz, 10 kHz e 100kHz. Esboce


as ondas de VIn e VOut correspondentes.

Parte 2 – Amplificador Inversor Somador


Monte um amplificador inversor operando como somador. Projete o ganho A1=10, para a entrada V1, e A2=1,
para a entrada V2.
Rf
A) Aplique uma senóide com 1VPP e
R1 freqüência de 1 kHz na entrada V1, e
+ 15 V ajuste o potenciômetro até obter um
valor de V2=0V. Desenhe as formas de
+ 15 V --
+
onda de entrada e saída.
V1
V2 R2 +
- +
10 K B) Ajuste o potenciômetro até o limite da
V OUT
- 15 V não saturação de VOUT, para valores de
33 nF -
- 15 V
VIn positivos e negativos. Quais são os valores correspondentes de V2? Esboce as formas de onda.

C) Ajuste o potenciômetro para o seu valor máximo e esboce as formas de onda de entrada e saída
resultantes

Questões:
1. O que aconteceu quando foram aplicados valores elevados de VIn na Parte1, letra B? Explique.

2. Explique os resultados obtidos na Parte 1, letra C.

3. Explique os resultados obtidos na Parte 2, letra C.

Pinagem dos AmpOp’s 071 e 741


Laboratório de Circuitos Elétricos 1
Aula 10

Transitórios em Circuitos RC

Objetivo:
- Estudo da resposta transitória de circuitos RC.

Material necessário: Plataforma Elvis: gerador de sinais e osciloscópio, resistores e capacitores.

Parte prática:
A constante de tempo de um circuito RC é dada pelo produto da capacitância pela resistência
equivalente vista dos terminais do capacitor. Deste modo: τ = RC . A constante de tempo nos fornece uma idéia
do tempo requerido para mudanças nas tensões e correntes do circuito RC. Nesta prática, aplicaremos uma
onda quadrada ao circuito RC série, para analisarmos sua resposta transitória.

Monte um circuito RC série conforme a figura, utilizando R = 20 kΩ e C = 100nF .

A) Aplique uma onda quadrada na entrada do circuito com


amplitude 4VPP. Ajuste o osciloscópio de modo a visualizar
as formas de onda VIn e VC(t), simultaneamente. Esboce as
formas de onda obtidas.

B) Repita o procedimento do item “A”, ajustando o


osciloscópio de modo a visualizar, simultaneamente, as
formas de onda de tensão e corrente no capacitor. Esboce
as formas de onda obtidas. Determine, a partir das
medições, a constante de tempo do circuito.

C) Variando a freqüência da onda de entrada conforme a equação f = 1 / 2tp, onde tp corresponde à largura
do pulso, observe a resposta do circuito para três casos. Esboce as ondas VIn, VC(t) e I(t)
correspondentes para: (i) tp=5τ, (ii) tp=25τ, (iii) tp=0,5τ.

D) Repita o procedimento do item “C”, utilizando R = 100 kΩ.

Questões para o relatório:


1. Compare os valores medidos com os valores calculados para as constantes de tempo. Comente os
resultados.

2. Comente os resultados observados no item C.

3. Discuta os efeitos da mudança de componentes no comportamento das grandezas observadas.


Laboratório de Circuitos Elétricos 1
Aula 11

Transitórios em Circuitos RL

Objetivo:
- Estudo da resposta transitória de circuitos RL.

Material necessário: Plataforma Elvis: gerador de sinais e osciloscópio, resistores e indutores.

Parte prática:
A constante de tempo de um circuito RL é dada pela razão entre a indutância e a resistência
equivalente vista dos terminais do indutor. Deste modo: τ = L R . Ela nos dá uma idéia do tempo requerido
para mudanças nas tensões e correntes do circuito RL. Nesta prática, aplicaremos uma onda quadrada ao
circuito RL série, para analisarmos sua resposta transitória.

Monte um circuito RL série conforme a figura, utilizando um dos indutores disponibilizado pelo professor (valores
variáveis entre 6mH e 3H) e R = 500 Ω.

A) Meça a resistência do indutor com um multímetro digital.


Calcule a constante de tempo do circuito.

B) Aplique uma onda quadrada na entrada do circuito com


amplitude 4VPP. Ajuste o osciloscópio de modo a visualizar
as formas de onda VIn e IL(t), simultaneamente. Esboce as
formas de onda obtidas.

C) Repita o procedimento do item “B”, ajustando o osciloscópio


de modo a visualizar, simultaneamente, as formas de onda
de tensão e corrente no indutor. Esboce as formas de onda obtidas. Determine, a partir das medições, a
constante de tempo do circuito.

D) Variando a freqüência da onda de entrada conforme a equação f = 1 / 2tp, onde tp corresponde à largura
do pulso, observe a resposta do circuito para três casos. Esboce as ondas VIn, VL(t) e IL(t)
correspondentes para: (i) tp=5τ, (ii) tp=25τ, (iii) tp=0,5τ.

E) Repita o procedimento do item “D”, utilizando R = 2 kΩ.

Questões para o relatório:


1. Compare os valores medidos com os valores calculados para as constantes de tempo. Comente os
resultados.

2. Comente os resultados observados no item D.

3. Discuta os efeitos da mudança de componentes no comportamento das grandezas observadas.

4. Comente sobre as semelhanças e diferenças entre circuitos RC e RL.


Laboratório de Circuitos Elétricos 1
Aula 12

Regime Transitório em Circuitos RLC

Objetivo:
- Estudar a resposta transitória de circuitos RLC série e paralelo, observando o comportamento das
correntes e tensões destes circuitos.

Material necessário: Plataforma Elvis: gerador de sinais e osciloscópio; capacitores, indutores, resistores e
potenciômetro.

Parte prática:
O circuito RLC é um exemplo de circuito de segunda ordem, pois suas correntes e tensões são
descritas por uma equação diferencial de segunda ordem, apresentando a seguinte forma:

d 2 y (t ) dy (t ) 2
2
+ 2α + ω 0 y (t ) = 0
dt dt
onde:
y(t) = variável comum aos 3 elementos (corrente RLC-série e tensão RLC-paralelo);
1 1 R
ω0 = (freqüência natural), α= (RLC paralelo) ou α = (RLC série), e
LC 2 RC 2L

ωd = ω0 2 − α 2 (freqüência angular amortecida).

2
Tal equação leva à equação característica s 2 + 2αs + ω 0 = 0 , que tem por solução:
2
s = −α ± α 2 − ω0 .

Combinações de valores de ω0 (freqüência natural) e de α (freqüência neperiana) geram soluções diferentes,


o que implica em diferentes comportamentos transitórios do circuito, a saber: subamortecido, superamortecido
ou criticamente amortecido.

Parte 1
Monte o circuito RLC série conforme a figura abaixo, utilizando L = 1.64 mH, C = 10 nF e R variável (máximo
de 10kΩ). Aplique uma onda quadrada na entrada com amplitude de 1.0VPP e frequência de 500 Hz.

A) Varie R e registre as formas de onda Vo(t) e


Io(t), para condições de subamortecimento,
V superamortecimento e amortecimento crítico.
B) Meça a freqüência de oscilação do circuito para a condição de subamortecimento e calcule a freqüência
de oscilação do circuito ωd.

C) Ajuste R para que o circuito tenha amortecimento crítico e meça o valor de R para esta condição.

D) A partir da teoria, calcule o valor de R para a condição de amortecimento crítico. Ajuste R para o valor
calculado. Observe as diferenças em relação ao item C.

Parte 2
Monte o circuito RLC paralelo conforme a figura abaixo utilizando L = 1.64 mH, C = 10 nF, RIN = 100 kΩ e R
variável (máximo de 10kΩ). Aplique uma onda quadrada na entrada com amplitude de 1.0 VPP e freqüência de
500 Hz.

A) Repita os procedimentos realizados nos itens A, B, C e D da parte 1.

Questões para o relatório:

1. Discuta as semelhanças e diferenças observadas entre os dois circuitos estudados.

2. Discuta as diferenças observadas entre os parâmetros calculados e medidos. Aponte os fatores que
influenciaram na precisão dos resultados.

3. Discuta o efeito da resistência no comportamento dos circuitos em relação ao amortecimento.


Laboratório de Circuitos Elétricos 1
Aula 13
Circuitos RC e RL em Regime Permanente

Objetivo:
- Observar o comportamento de circuitos RC e RL quando submetidos a excitações senoidais de
diferentes freqüências.

Material necessário: Plataforma Elvis: gerador de sinais e osciloscópio; capacitores, indutores e resistores.

Parte prática:
Capacitores e indutores são componentes cujo comportamento, em regime permanente senoidal, depende
da freqüência. Aplicando uma tensão senoidal a estes elementos, as correntes e tensões em seus terminais
apresentarão uma defasagem. A defasagem entre a tensão e a corrente no circuito será dada pela sua
impedância. As impedâncias desses elementos são dadas por:
1
ZC = − j , Z L = jω L
ωC
Parte 1
Monte o circuito RC conforme a figura, utilizando R = 500Ω, C = 100 nF. Aplique uma onda senoidal com
amplitude de 2.0 Vpp nas seguintes freqüências: 1 kHz, 2 kHz, 5 kHz, 10 kHz, 15 kHz, 20kHz e 25 kHz.

A) Registre as formas de onda Vin(t) e Ic(t), para as


freqüências aplicadas.

B) Meça a amplitude da tensão (Vin) e da corrente (Ic) e a


defasagem de Vin em relação a Ic para cada freqüência
aplicada.

Parte 2
Monte o circuito RL conforme a figura, utilizando R = 10 Ω, L = 820 µH. Aplique uma onda senoidal com
amplitude de 2.0 Vpp nas seguintes freqüências: 1 kHz, 2 kHz, 5 kHz, 10 kHz, 15 kHz, 20kHz e 25 kHz.

A) Registre as formas de onda Vin(t) e IL(t), para as


freqüências aplicadas

B) Meça a amplitude da tensão (Vin) e da corrente (IL) e a


defasagem de Vin em relação a IL para cada freqüência
aplicada.

Questões para o relatório:


1. A partir dos valores medidos nos itens “B”, construa curvas da variação do módulo e da fase da
impedância com a freqüência.
2. Discuta as semelhanças e diferenças observadas para a variação da impedância (módulo e fase) com a
frequência para os dois circuitos.
3. Comente as defasagens entre tensão e corrente observadas para os dois circuitos.
4. A partir dos valores medidos nos itens “B”, determine os valores do capacitor C e do indutor L nos dois
casos.
Laboratório de Circuitos Elétricos 1
Aula 14

Circuitos RLC em Regime Permanente

Objetivo:
- Observar o comportamento de circuitos RCL série e paralelo quando submetidos a tensões senoidais
de diferentes freqüências. Observar o fenômeno de ressonância.

Material necessário: Plataforma Elvis: gerador de sinais e osciloscópio; capacitores, indutores e resistores.

Parte prática:
O comportamento das tensões e correntes nos circuitos RLC série e paralelo, em regime permanente
senoidal, depende da impedância do circuito que, por sua vez, depende da freqüência aplicada. Dependendo da
relação entre R, Xc e XL, o circuito apresentará comportamento indutivo, capacitivo ou resistivo.

1  1 1 
Z série = R + j ( X L − X c ) , Y paralelo = + j  −  ,
R X
 c X L 

1
onde: X C = , X L = ωL
ωC

A ressonância ocorre quando a tensão e corrente nestes circuitos estão em fase. Para um circuito RLC série,
isto ocorre quando a impedância se torna puramente resistiva; e para um circuito RLC paralelo, quando a
admitância é puramente real. A freqüência para a qual este fenômeno ocorre é chamada de freqüência de
ressonância:
1
ω0 =
LC

Parte 1

Monte o circuito RCL série conforme a figura, utilizando R = 56 Ω, C = 200 nF e L = 1.64 mH. Aplique uma
onda senoidal com amplitude de 5.0 Vpp nas seguintes freqüências: 1 kHz, 2 kHz, 5 kHz, 10 kHz, 12 kHz, 15 kHz
e 20 kHz.

A) Registre as formas de onda V(t) e I(t), para as


freqüências aplicadas.

B) Meça a amplitude de tensão e da corrente e a


defasagem de V em relação a I para cada
freqüência.

C) Ajuste a freqüência da fonte para a condição de


ressonância.
Parte 2

Monte o circuito RCL paralelo conforme a figura, utilizando Rin = 10 kΩ, R = 56 Ω, C = 200 nF e L = 1.64 mH.
Aplique uma onda senoidal com amplitude de 5.0 Vpp nas seguintes freqüências: 1 kHz, 2 kHz, 5 kHz, 10 kHz, 12
kHz, 15 kHz e 20 kHz.

A) Repita os procedimentos dos itens A, B e C da


parte 1.

Questões para o relatório:

1. A partir dos valores medidos nas partes 1 e 2, construa curvas da variação do módulo e da fase da
impedância com a freqüência.

2. Discuta as semelhanças e diferenças observadas na variação da impedância (módulo e fase) com a


freqüência para os dois circuitos.

3. Compare o valor da freqüência de ressonância medida com o valor teórico esperado.

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