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O que é zoneamento

ambiental?
O zoneamento ambiental
é um dos instrumentos
da Política Nacional do
Meio Ambiente e tem por
objetivo regular o uso e a
ocupação do solo,
estabelecendo a divisão
do território em parcelas,
nas quais poderá ser
autorizada ou vetada,
total ou parcialmente, a
realização de
determinadas atividades.

É o Poder Público que irá


indicar os critérios
básicos para esta
ocupação do solo, por
meio de leis e
regulamentos, sendo
indispensável a
participação do cidadão
na elaboração do
zoneamento da sua
cidade, já que a
ordenação do espaço em
que ele vive lhe diz
respeito diretamente.
Trata-se de um exemplo
de limitação
administrativa ao direito
de propriedade, cujo solo
deve ser utilizado, com
base no Princípio da
Função Social da
Propriedade, sempre
obedecendo o interesse
da coletividade.
Fonte Legal: Art. 2º, II e III e
Art. 4º, III, c e V, s da Lei
10.257/01
O Zoneamento Ambiental, ou Zoneamento Ecológico – Econômico (ZEE), é uma
ferramenta da Política Nacional de Meio Ambiente (inciso II, artigo 9º, Lei n.º 6.938/81) e
que tem como principal função o planejamento do uso do solo baseado nas características
de cada localidade e de forma a mapear o potencial de cada região, definindo os usos
possíveis sem comprometer seus recursos naturais e o meio ambiente.

O ZEE é um meio de restringir o uso do solo, uma vez que define quais
atividades podem ou não ser executadas em cada região delimitada.
Essa restrição visa garantir o uso adequado e sustentável em longo
prazo, obedecendo a uma análise minuciosa e integrada de todas as
variáveis envolvidas na questão da influência antrópica na região versus
a capacidade suporte.

O Decreto n.º 4.297 de 10/07/02 estabelece critérios para o Zoneamento


Ecológico – Econômico no Brasil, regulamentando o disposto na Lei n.º
6.938. Entretanto, antes mesmo de haver este decreto algumas formas
de ZEE já haviam sido feitas pelo país, porém elas eram esparsas e
utilizavam metodologias diferentes e, muitas vezes, conflitantes,
dificultando o processo de interpretação.

Segundo o Artigo 2º do Decreto o ZEE é definido como um “…


instrumento de organização do território…” que “… estabelece medidas
e padrões de proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade
ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a conservação da
biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria
das condições de vida da população.”.

Segundo o mesmo artigo do decreto em questão o ZEE é obrigatório


para a “… implantação de planos, obras e atividades públicas e
privadas…”. Mesmo que haja a necessidade de realocar determinadas
atividades consideradas incompatíveis com os objetivos do ZEE.

Outro decreto, o n.º 99.540 de 28/12/01, estabelece a Comissão


Coordenadora do Zoneamento Ecológico – Econômico do Território
Nacional responsável por: planejar, coordenar, acompanhar e avaliar a
execução dos ZEEs apoiando os Estados em seus trabalhos; e o Grupo
de Trabalho Permanente para a Execução do ZEE, responsável por:
assessorar a Comissão e os Estados da Federação, executar trabalhos
de ZEE e elaborar metodologias e orientar a elaboração do termo de
referência do ZEE.

Em seu Artigo 8º o decreto que estabelece as diretrizes para o ZEE lista


alguns pontos importantes do ZEE, o que nos dá uma boa idéia do que
consiste um ZEE. Segundo o referido artigo os “… executores de ZEE
deverão apresentar:” termo de referência detalhado, equipe de
coordenação habilitada, produtos gerados por GIS (Sistemas de
Informações Geográficas – exemplo: mapas), projeto específico de
mobilização social e envolvimento de grupos sociais interessados, e
outras considerações.

Foi criado também, o Programa de Zoneamento Ecológico – Econômico


do Brasil, ou ZEE – Brasil, com o intuito de proporcionar uma base e
apoio técnico-científico e operacional para as iniciativas de ZEE em todo
território nacional.

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