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Aline Rosa Materiais Dentários 2015.

1 Odonto UFRJ

Amálgama Dental (Profº Marcos Schroeder)

Resuminho da prática feita como introdução:

 Coloca-se uma matriz em volta do dente.


 Só é cavidade quando o dentista dá a forma a ela.
 Uma massa plástica, metálica é inserida e condensada. A condensação (com o
condensador de Black) vai até preencher toda a cavidade, ou seja, ela vai passar
o ângulo cavo-superficial (excesso é conveniente). Com a escultura, o que passa
do ângulo será removido.
 Depois de uma ou duas semanas, o paciente volta ao consultório para o dente
levar o acabamento e o polimento. O metal polido tem uma superfície melhor:
liga metálica na boca, uma solução eletrolítica, está sujeita à corrosão porque há
troca de elétrons com outras ligas metálicas.

Objetivos: sair, no final, da aula, sabendo disso tudo abaixo.

 Indicações de uso;
 Composição das ligas de amálgama;
 Classificações;
 Propriedades;
 Manipulação e processo de amalgamação;
 Considerações finais;

Considerações gerais:

 O amálgama, após ser colocado na cavidade, deve sofrer polimento, pois um


material polido possui uma superfície melhor.
 O material está sujeito à corrosão (troca de elétrons com outras ligas metálicas,
exemplo: o choque que se sente ao encostar o garfo, papel laminado etc).
 É o material restaurador mais antigo do mundo (não é a primeira coisa que se
coloca em um dente para fechar cavidades, como a argila e outros de origem
vegetal, mas o amálgama foi realmente uma técnica aceita. Dr. Black propôs o
amálgama em sua forma mais utilizada e até hoje essa formulação foi pouco
mudada).
 Pode ser considerado o material restaurador direto mais utilizado (isso está em
declínio porque as resinas compostas estão sendo muito utilizadas,
principalmente em países com mais recursos).
 É um material com técnica de inserção simples (tão simples que quando foi
proposto para a odontologia acharam que não daria certo por ser fácil demais e
simples) e de baixo custo.

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 É indicado para restaurações classe I, II (e MOD) e V (pode ocorrer em qualquer


dente, mas se for, por exemplo, na face vestibular do incisivo central, o paciente
não deve aceitar devido á estética).
 Vedamento marginal: com isso vem a questão da MICROINFILTRAÇÃO – a
margem deve vedar a cavidade e, com o material ideal, ocorre esse vedamento,
em que, assim, não entram fluidos da saliva, bactérias, alimentos etc. Mas os
materiais não são perfeitos e em algumas situações ocorrem infiltrações ou
microinfiltrações.
 O amálgama sofre corrosão, oxidação (por ser uma liga metálica). À medida que
ele vai sofrendo a oxidação, camadas de óxido vão sendo formadas a sua volta,
em seu contorno e essa camada de óxido preenche o espaço entre o metal e a
parede cavitária e, portanto, ao longo do tempo, o amálgama acaba com
qualquer chance de infiltração, pois ele melhora o vedamento ao longo do
tempo, enquanto que os outros materiais têm melhor vedamento no momento em
que são feitos e, a partir daí, ou eles mantêm esse vedamento, ou eles perdem.
Por isso é que vemos restaurações de amálgama na boca de um paciente por
50/60 anos.
 Tem durabilidade excelente, em torno de 8,5 anos (comparar: a resina composta
dura em torno de 5,5 anos).
 Não é estético.

 É um material frágil, friável.


 Sofre corrosão.

 Pode apresentar defeitos marginais ao longo do tempo. Imagem acima: é


possível ver que a margem não está bem adaptada e o amálgama está totalmente

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manchado (na figura da direita), mas


as duas restaurações estão funcionais,
não possuem infiltração – se fosse
outro tipo de material, por exemplo,
se a resina apresenta esse defeito na
margem, estaria com uma cárie
enorme embaixo, já com o amálgama
não. Esse defeito marginal significa
apenas que ele cedeu às forças
cíclicas da mastigação. A mancha é
devido à alimentação do paciente que
contém enxofre, como peixes, etc.
 O amálgama não ajuda no reforço dentário: ele precisa que o dente ampare a
restauração, precisa que o dente sirva de proteção a ele. Quando se divide a
coroa do dente, de forma imaginária, da vestibular para lingual, a gente pode
pensar em uma divisão de três partes; se a cavidade está restrita ao terço central,
com as paredes do terço lingual e do terço vestibular íntegras, o dente é forte o
suficiente para proteger uma restauração que será colocada ali. Se essa cavidade
for mais ampla, outra categoria de material seria utilizada, que seria uma que
fosse capaz de estabelecer uma contenção física ao dente: é como se esse
material abraçasse o dente, passando por cima das paredes.
 Presença de Hg: isso é marcante! O Hg, em temperatura ambiente, se apresenta
no estado líquido e, para fazer o amálgama, basta misturar um metal líquido a
temperatura ambiente e uma liga metálica. Daí ocorre a reação e ela é chamada
de amalgamação: reação de liga metálica em estado líquido à temperatura
ambiente. A limalha sofreu um banho ácido e toda a superfície dessas partículas
foi oxidada propositalmente. Então, não basta promover o contato do Hg com a
liga metálica, pois o Hg não vai chegar à liga metálica, ele vai chegar à camada
de óxido e, na camada de óxido, ele não vai penetrar e nem reagir. É necessária
uma ação mecânico que atrite uma partícula contra outra, quebre as partículas
expondo a limalha propriamente e não a camada oxidada, pois com a limalha
propriamente dita o Hg vai reagir.

Constituintes do amálgama:

 Mercúrio: metal líquido que ataca e dissolve as partículas.


 Ag: é o constituinte principal da limalha. Associada ao Sn, a Ag forma a fase
gama da limalha quando os dois estão sob a forma de Ag3Sn (essa é a fase
principal). A influência da prata é aumentar a resistência da restauração, ela
diminui o escoamento sob cargas mecânicas e aumenta a expansão de presa,
o que é um problema*¹.
 Sn: também está relacionado à fase gama. Facilita a amalgamação (reação com
o Hg) à temperatura ambiente; auxilia diminuindo expansão da Ag*¹; ele

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diminui a resistência (por isso é melhor ter mais prata que estanho),
deixando prevalecer o escoamento.
 Cu: Pode estar presente numa faixa muito larga de percentual de composição.
Entra, basicamente, substituindo parte da Ag. (Vamos ver que o cobre pode estar
presente em baixas proporções ou altas proporções – o que faz uma grande
diferença. Em porcentagens menores que 6%, chamamos de baixo teor de cobre.
Em porcentagens entre 13% e 30%, chamamos de alto teor de cobre). Está
ligada a um menor escoamento e uma menor corrosão quando está em alto
teor.
 Zn: agente desoxidante na fabricação da liga. Tem alta afinidade com o O2
(oxigênio), o que explica a primeira propriedade, e com impurezas, o que evita a
formação de outros óxidos. O problema é que pode causar expansão tardia se
tiver contato com umidade durante as fases de trituração, colocação do material
na cavidade e condensação do material na cavidade. Ou tem zinco, chegando a
pouco mais de 0,01% ou não tem zinco.

*Nas composições, a prata diminui à medida que o cobre aumenta.

Classificações:

Podemos classificar as diferentes ligas para amálgama segundo a composição:


pode ser quanto ao teor de cobre (faz muita diferença se é alto ou baixo – convencional
– teor de cobre), quanto à presença ou não de zinco ou quanto ao teor de prata (esta não
é uma classificação muito usada). Ou segundo a morfologia das partículas: limalha (=
partícula que foi usinada a partir de um bloco metálico maior. Como o pó é fundido em
lingotes e os lingotes são usinados mecanicamente – com moagem e corte em torno
mecânico -, isso dá origem a partículas de formato irregular.), ou o formato esferoidal
(para obter esse formato, o fabricante pega a liga metálica em estado líquido, borrifa
essa liga como um spray onde ela sai em forma de gotas, que permanecem em gotas
pela alta tensão superficial do material num, num ambiente inerte ele solidifica em
esferas pequenas – umas pequenas e outra s menores- e aí ele peneira) e dispersa (é

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quando há combinação de limalha com esferoidal: essa mistura gera propriedades


intermediárias interessantes, onde podemos a limalha e a esfera com a mesma
composição química ou com composições diferentes, sendo que isso o mais comum - a
limalha de composição convencional e, na partícula esferoidal, há um alto teor de cobre)

Processo de amalgamação:

Liga com baixo teor de cobre:

Se eu tenho Ag que vai reagir com Hg, o que se deve esperar? Eu devo esperar
um produto com prata e mercúrio e outro com prata e estanho? Isso é possível? O
mercúrio líquido vai reagir com o Ag3Sn e vamos ter Ag2Hg3 e Sn7Hg? (não entendi
NADA).
Ocorre a trituração, que é um processo mecânico que mistura, onde a fase gama
(Ag3Sn) é misturada com o Hg e vamos ter Hg com Ag, que é chamada de gama 1
(Ag2Hg3), e teremos, também, a fase de mercúrio com estanho, chamada de gama 2
(Sn7Hg). É preciso saber quem é gama, gama 1 e gama 2.

A fase gama 2 tem as piores propriedades mecânicas, é extremamente


susceptível à corrosão, não resiste nadinha à compressão, tração, cisalhamento. Mas é
formada porque o estanho reagiu com o mercúrio. Depois de usar o amálgama durante
vários anos, a odontologia acabou caindo numa forma de eliminar essa fase.

(ELE ENROLOU O MUNDO PRA EXPLICAR QUE A FASE GAMA 2 É A PIOR


FASE, e aqui ↓ no texto abaixo ele explica direitinho)

A reação tradicional, e é BEM PROVAVÉL QUE ELA APAREÇA NA


PROVA DE VOCÊS: a partícula em fase gama é misturada em meio ao mercúrio e
triturada. O líquido (que é o mercúrio) vai dissolvendo as partículas e vai tirando prata,
estanho e vai precipitando uma estrutura cristalina de prata e mercúrio (fase gama 1),
depois prata e estanho (fase gama 2), que vão fazendo esses precipitados em volta das

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partículas residuais. Entretanto, um produto da reação é também a fase gama: a fase


gama do início da reação não encontrou o mercúrio para reagir (por exemplo, o centro
da partícula que vai sendo reduzida [HÃ?]. Nos cimentos, nós já vimos isso: o líquido
ataca a periferia da partícula, a partícula vai diminuindo, mas o “carocinho do abacate”
fica ali - acredito que quando o mercúrio ataca o Ag3Sn, ainda sobre esse composto no
meio da placa, sei lá...) e essa fase gama é a que tem as melhores propriedades
mecânicas (“eu to com vontade de fazer essa pergunta na prova, porque isso é
importante” [ele disse que demorou bastante nessa explicação porque quer que a
gente entenda que a fase gama 2 é uma fase desagradável, que ninguém gosta e as
ligas convencionais com baixo teor de cobre possuem a fase gama 2]).

Comparação das fases de acordo com as propriedades:

 Propriedades mecânicas: fase gama tem melhor propriedade que


gama 1 e esta tem melhores que gama 2. (gama > gama 1 > gama
2).
 Escoamento (que é uma propriedade negativa): é maior em gama
2, intermediária em gama 1 e o menor escoamento é da própria
gama.
 Corrosão: gama 2 é muito susceptível a isso, fase gama 1 é
razoavelmente e a fase gama é a que menos sofre corrosão.
Enfim, é sempre nessa ordem [...] (acho que ele quis dizer que
quando se refere a propriedades negativas o gama 2 vence, depois
o gama 1 e o gama. Mas se por positiva a propriedade, o gama
vence, depois o gama 1 e depois o gama)

Ligas com alto teor de cobre:

Como a gente faz então para retirar a fase gama 2? Tem duas maneiras: ambas
são com a adição de altos teores de cobre:

1- Fase dispersa:
pode-se ter, além
da fase gama, o
eutético prata/
cobre, então está
fornecendo mais
cobre. Ele aí
reage com
mercúrio, a reação
vai formar gama
1, vai formar gama 2 -> “ué, mas não era sem gama 2?” Também vai formar
um resíduo de gama e Ag3Cu2 eutético, que reage com gama 2, produzindo
gama 1 e a fase eta (Cu6Sn5), que é bem melhor que gama 2.

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*Dúvida: por que não se coloca o Sn7Hg logo no início da reação? O estanho
reage muito rapidamente com o mercúrio, então, não há nada para se fazer
que previna essa reação (não entendi nada).
*Só se consegue essa reação se respeitarmos a relação pó/líquido. Se houver
excesso de mercúrio, não vamos conseguir eliminar o gama 2.

2- Ligas de
composição
única: o estanho
fica no centro da
partícula (que é
formada de
estanho, prata e
cobre) e reage
com mercúrio
formando gama
residual (desprezível), gama 1 e forma direto a fase eta. Por que não ocorre a
reação entre mercúrio e estanho (= por que não há formação de Sn7Hg?)?
Porque o estanho está protegido na parte mais central da partícula,
contornado por cobre e por prata (é da conformação da estrutura), e, dessa
maneira, evita-se o contato do estanho com o mercúrio.

Propriedades:

 Alteração dimensional: quando ocorre a mistura, a trituração da liga metálica no


líquido (mercúrio), ocorre, no início, a dissolução da limalha (ou das esferas) da
parte sólida dentro do líquido e essa dissolução é acompanhada de uma perda
volumétrica, ou seja, há contração. À medida que ocorre saturação da solução de
estanho e prata dentro do mercúrio, começa a acontecer precipitação, a solução
satura e, a partir daí, a dissolução continua só se houver precipitação e esta

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ocorre na forma de cristais, que vão crescendo e vão gerando uma expansão.
Então, a liga metálica (o amálgama) tem como tendência apresentar uma discreta
expansão. Isso também está ligado à forma como a gente faz a trituração, se
trituramos com a energia errada (uma super trituração).

53:09 - Ele fala de um slide que é o slide sobre alteração dimensional, acho que
é o slide 23:

Uma expansão como essa, que não ocorreu no início, mas, de repente,
dispara, nós chamamos de expansão tardia: ocorre quando a liga tem zinco e
houve contaminação com umidade enquanto ela era inserida na cavidade ou
enquanto as camadas foram condensadas. O zinco promove a hidrólise da água e
forma-se óxido de zinco e gás hidrogênio, esse gás expande e faz uma expansão
ali dentro (uma liga com zinco é a mais adequada para usar na odontopediatria?
Criança de mexe, pula, e você não pode deixar contaminar com umidade, por
isso, essa não deve ser a liga de escolha para esses casos, pois há maior chance
de se ter umidade). Se o material expande dentro da cavidade, ele pressiona as
paredes, pressiona a dentina e isso causa sensibilidade (sensibilidade pós-
operatória) (há relatos de paredes finas de esmalte que fraturaram/quebraram
devido à pressão causada pela expansão do material; Há outros relatos em que a
parede expande no sentido oclusal, interferindo assim, interferência oclusal).
 Corrosão: a saliva conduz eletrólitos e promove a oxidação, a corrosão que pode
ser indicada por uma mancha (que ocorre antes da perda da estrutura). O metal
está sempre sujeito a isso, então o amálgama está, também, sujeito a isso. Como
falamos no início, a oxidação das margens ajuda a vedar, ou seja, é algo que tem
vantagens também. A fase gama 2 é a mais susceptível a corrosão, então, uma
liga de alto teor de cobre que não forme gama 2 vai demorar mais a ter o aspecto
manchado e perder partes por corrosão (e também vai demorar mais a fazer o
vedamento, então, é comum na clínica, o paciente que faz restauração e volta na
semana seguinte dizer que bebe água gelada e dói, e às vezes, na trituração,
aquela liga ficou com tendência a contrair e como o teor de cobre não está
fazendo a camada de óxido em volta, demora a fazer o vedamento e a água

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gelada chega entra. A fase gama 2 é susceptível a corrosão e se ela é desfeita, vai
ter liberação de estanho e mercúrio: dentro do amálgama, tem fase gama que não
reagiu e o mercúrio liberado com a corrosão da fase gama 2, pode encontrar,
anos depois, a fase gama e promover uma nova amalgamação, e aí vai ocorrer
expansão, que tem o
nome próprio de
expansão mercuroscópia
(ela não pode acontecer
no ato da restauração,
nem quando a
restauração é nova).
Então, uma liga
tradicional (com baixo
teor de cobre) e rica em
gama 2, quando está
‘’com esse aspecto’ (o
do slide),
provavelmente, está liberando Hg dentro de sua composição que reage como
dito anteriormente. Daí, o material tende a se expandir, vai contra as margens da
cavidade e da uma ‘levantada’ junto ao ângulo cavo-superficial, e a medida que
o paciente vai triturando e mastigando os alimentos, ele quebra a parte que se
tornou proeminente, sem apoio da parede cavitária, formando uma angulação pra
dentro. Cria-se, então, o valamento marginal, que é geralmente atribuído a uma
consequência futura da expansão mercuroscópia.

 Generalidades sobre resistência:

o Ligas com alto teor de Cu tem maior resistência (“resistência a que?


Compressão, corrosão, etc ... NUNCA DEIXE NA PROVA QUE TEM
MAIOR RESISTÊNCIA! Você tem que dizer ao que tem maior
resistência, ou seja, deve ser sempre resistente a alguma coisa (corrosão,
compressão etc”).
o Ligas com Zn têm melhores propriedades mecânicas (??) (o ZINCO foi
introduzido na liga por uma conveniência do fabricante, mas parece que
as propriedades melhora um pouco)
o Quanto maior a quantidade de líquido (Hg) piores as propriedades da liga
de amálgama.
o Ligas esféricas e com partículas maiores tem uma proporção liga/Hg
menor (superfície regular, volume reduzido, tem proporção menor ... –
acho não entend isso!
o Supertrituração e subtrituração.
o Condensação tem tudo a ver com a longevidade do amálgama.

 Propriedades mecânicas:

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o Resistência a compressão alta, principalmente em ligar com alto teor de


cobre. (a resistência após 1h < 24hs < 7 dias é muito maior. -> por isso,
quando fazemos uma restauração devemos instruir o paciente a não
mastigar sobre a área restaurada por pelo menos 1 dia, para que não
tenha-se a chance de haver fratura, pois essa chance de fraturar durante a
trituração de alimentos normais, nas primeiras horas após feita a
restauração, é alta.
o Baixa resistência à tração e a flexão: material friável -> não deve estar
sujeito a essas tensões. Durante a mastigação, o soalho que não é plano
(não é ortogonal a força de tração) começa a surgir outras forças além da
compressão, como ex. cisariamento, e isso leva a fratura. (compensar no
preparo cavitário). Então, se formos fazer uma restauração que tem uma
cavidade com soalho irregular (por ter cárie profunda em alguns locais e
menos profundas em outros), podemos tirar essas irregularidades com a
criação de uma base com cimentos (ionômero de vidro, fosfato de zinco
etc).

 Propriedades mecânicas: creep. Quando comparamos ligas com baixo teor de


cobre e ligar com alto teor de cobre, o alto teor de cobre tem menor escoamento
do que a de baixo teor de cobre (convencional).
 Propriedades térmicas:
o Metal: alto valor de condutividade e difusividade térmica.
o Coeficiente expansão térmico linear bem maior que das estruturas
dentárias.
o Sensibilidade pós-operatória: uso de agentes de
selamento/forramento/base

Manipulação:

 Seleção da liga e proporcionamento;


 Trituração;
 Condensação (os objetivos da condensação são SUPERIMPORTANTES e são:
condensar o material para que o mercúrio que está em excesso, atinja a
superfície e saia(?), promover uma boa adaptação nas paredes cavitárias e
eliminar os espações vazios (os poros que tem ar, e aí, eliminando os poros,
temos um material mais compacto e como consequência de uma condensação
bem feita, temos uma maior durabilidade);
 Brunimento pré-escultura escultura (quando sente-se que o amalgama não
obedece bem a condensação (quando está solidificando), deve-se usar o brunidor
para aprimorar o contato do metal com o esmalte do dente, ou seja, da
restauração com as margens do dente. O brunimento leva uma maior adaptação
às margens cavitária.

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 Escultura (Tem como objetivo dar forma não original, aceitável. Sulcos
profundos seve para acumular placa bacteriana, além disso, toda área profunda –
como os poros também - tem uma concentração de oxigênio menor e, por isso,
vai haver diferença de potencial elétrico, acelerando o processo de corrosão.
Então a escultura de uma restauração não deve ser tão elaborada como é a do
esmalte. A resistência do material não é adequada a uma escultura com
detalhamento fino. A escultura de uma restauração é mais funcional; momento
certo da cristalização é quando você passa o esculpidor e ouve o que chamamos
de “grito do amálgama”, significa que há resistência ao corte podendo ser
esculpido.
 Brunimento pós- escultura (mais detalhes na dentística).
 Acabamento e polimento (vai ser mais falado na dentística, mas o objetivos são:
O polimento e o acabemento servem para alisar a superfície, para que assim,
tenha-se uma textura mais natural para a língua do paciente, evita-se a presença
dos poros –que facilitam o processo de corrosão, como falado anteriormente) e
reduz o acúmulo de placa. O polimento e a escultura não pode ser feito antes de
48horas após a feita a restauração)

Propriedades biológicas:

As propriedades biológicas do Hg não compreendem as propriedades do


amálgama que contém mercúrio (não façam essa confusão!).

 Efeito tóxico do Hg para o ambiente: Restrições em vários países (se for


liberado na boca do paciente – o mércurio que aflora com a condensação- deve
ser retirado em lixo apropriado (?)NÃO ENTENDI BEM O QUE ELE DISSE..)
para o ambiente: Restrições em vários países.
 Existem estudos, que comprovam o aumento níveis de Hg no sangueem
pacientes com restaurações em comparação apacientes sem restaurações. Porém
se fizer o mesmo estudo em pacientes que comem peixes de regiões profundas,
como atum, também tem o nível aumentado de Hg no sangue (e até 7 vezes
mais).
 As restaurações em amálgama são seguras e representam uma excelente
possibilidade de tratamento (ADA- Website)

Com relação ao uso:


 Deve-se ter o uso de sugadores de alta potência e instrumentos rotatórios
sobre refrigeração qnd se manuseia o amálgama.
 Utilizar em local com boa ventilação.
 Manipulação com luvas.
 Restos devem estar em recipientes hermeticamente fechados e imersos
em água.
 Resíduos devem ser encaminhados para laboratórios especializados.

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