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1 Odonto UFRJ
Indicações de uso;
Composição das ligas de amálgama;
Classificações;
Propriedades;
Manipulação e processo de amalgamação;
Considerações finais;
Considerações gerais:
Constituintes do amálgama:
diminui a resistência (por isso é melhor ter mais prata que estanho),
deixando prevalecer o escoamento.
Cu: Pode estar presente numa faixa muito larga de percentual de composição.
Entra, basicamente, substituindo parte da Ag. (Vamos ver que o cobre pode estar
presente em baixas proporções ou altas proporções – o que faz uma grande
diferença. Em porcentagens menores que 6%, chamamos de baixo teor de cobre.
Em porcentagens entre 13% e 30%, chamamos de alto teor de cobre). Está
ligada a um menor escoamento e uma menor corrosão quando está em alto
teor.
Zn: agente desoxidante na fabricação da liga. Tem alta afinidade com o O2
(oxigênio), o que explica a primeira propriedade, e com impurezas, o que evita a
formação de outros óxidos. O problema é que pode causar expansão tardia se
tiver contato com umidade durante as fases de trituração, colocação do material
na cavidade e condensação do material na cavidade. Ou tem zinco, chegando a
pouco mais de 0,01% ou não tem zinco.
Classificações:
Processo de amalgamação:
Se eu tenho Ag que vai reagir com Hg, o que se deve esperar? Eu devo esperar
um produto com prata e mercúrio e outro com prata e estanho? Isso é possível? O
mercúrio líquido vai reagir com o Ag3Sn e vamos ter Ag2Hg3 e Sn7Hg? (não entendi
NADA).
Ocorre a trituração, que é um processo mecânico que mistura, onde a fase gama
(Ag3Sn) é misturada com o Hg e vamos ter Hg com Ag, que é chamada de gama 1
(Ag2Hg3), e teremos, também, a fase de mercúrio com estanho, chamada de gama 2
(Sn7Hg). É preciso saber quem é gama, gama 1 e gama 2.
Como a gente faz então para retirar a fase gama 2? Tem duas maneiras: ambas
são com a adição de altos teores de cobre:
1- Fase dispersa:
pode-se ter, além
da fase gama, o
eutético prata/
cobre, então está
fornecendo mais
cobre. Ele aí
reage com
mercúrio, a reação
vai formar gama
1, vai formar gama 2 -> “ué, mas não era sem gama 2?” Também vai formar
um resíduo de gama e Ag3Cu2 eutético, que reage com gama 2, produzindo
gama 1 e a fase eta (Cu6Sn5), que é bem melhor que gama 2.
*Dúvida: por que não se coloca o Sn7Hg logo no início da reação? O estanho
reage muito rapidamente com o mercúrio, então, não há nada para se fazer
que previna essa reação (não entendi nada).
*Só se consegue essa reação se respeitarmos a relação pó/líquido. Se houver
excesso de mercúrio, não vamos conseguir eliminar o gama 2.
2- Ligas de
composição
única: o estanho
fica no centro da
partícula (que é
formada de
estanho, prata e
cobre) e reage
com mercúrio
formando gama
residual (desprezível), gama 1 e forma direto a fase eta. Por que não ocorre a
reação entre mercúrio e estanho (= por que não há formação de Sn7Hg?)?
Porque o estanho está protegido na parte mais central da partícula,
contornado por cobre e por prata (é da conformação da estrutura), e, dessa
maneira, evita-se o contato do estanho com o mercúrio.
Propriedades:
ocorre na forma de cristais, que vão crescendo e vão gerando uma expansão.
Então, a liga metálica (o amálgama) tem como tendência apresentar uma discreta
expansão. Isso também está ligado à forma como a gente faz a trituração, se
trituramos com a energia errada (uma super trituração).
53:09 - Ele fala de um slide que é o slide sobre alteração dimensional, acho que
é o slide 23:
Uma expansão como essa, que não ocorreu no início, mas, de repente,
dispara, nós chamamos de expansão tardia: ocorre quando a liga tem zinco e
houve contaminação com umidade enquanto ela era inserida na cavidade ou
enquanto as camadas foram condensadas. O zinco promove a hidrólise da água e
forma-se óxido de zinco e gás hidrogênio, esse gás expande e faz uma expansão
ali dentro (uma liga com zinco é a mais adequada para usar na odontopediatria?
Criança de mexe, pula, e você não pode deixar contaminar com umidade, por
isso, essa não deve ser a liga de escolha para esses casos, pois há maior chance
de se ter umidade). Se o material expande dentro da cavidade, ele pressiona as
paredes, pressiona a dentina e isso causa sensibilidade (sensibilidade pós-
operatória) (há relatos de paredes finas de esmalte que fraturaram/quebraram
devido à pressão causada pela expansão do material; Há outros relatos em que a
parede expande no sentido oclusal, interferindo assim, interferência oclusal).
Corrosão: a saliva conduz eletrólitos e promove a oxidação, a corrosão que pode
ser indicada por uma mancha (que ocorre antes da perda da estrutura). O metal
está sempre sujeito a isso, então o amálgama está, também, sujeito a isso. Como
falamos no início, a oxidação das margens ajuda a vedar, ou seja, é algo que tem
vantagens também. A fase gama 2 é a mais susceptível a corrosão, então, uma
liga de alto teor de cobre que não forme gama 2 vai demorar mais a ter o aspecto
manchado e perder partes por corrosão (e também vai demorar mais a fazer o
vedamento, então, é comum na clínica, o paciente que faz restauração e volta na
semana seguinte dizer que bebe água gelada e dói, e às vezes, na trituração,
aquela liga ficou com tendência a contrair e como o teor de cobre não está
fazendo a camada de óxido em volta, demora a fazer o vedamento e a água
gelada chega entra. A fase gama 2 é susceptível a corrosão e se ela é desfeita, vai
ter liberação de estanho e mercúrio: dentro do amálgama, tem fase gama que não
reagiu e o mercúrio liberado com a corrosão da fase gama 2, pode encontrar,
anos depois, a fase gama e promover uma nova amalgamação, e aí vai ocorrer
expansão, que tem o
nome próprio de
expansão mercuroscópia
(ela não pode acontecer
no ato da restauração,
nem quando a
restauração é nova).
Então, uma liga
tradicional (com baixo
teor de cobre) e rica em
gama 2, quando está
‘’com esse aspecto’ (o
do slide),
provavelmente, está liberando Hg dentro de sua composição que reage como
dito anteriormente. Daí, o material tende a se expandir, vai contra as margens da
cavidade e da uma ‘levantada’ junto ao ângulo cavo-superficial, e a medida que
o paciente vai triturando e mastigando os alimentos, ele quebra a parte que se
tornou proeminente, sem apoio da parede cavitária, formando uma angulação pra
dentro. Cria-se, então, o valamento marginal, que é geralmente atribuído a uma
consequência futura da expansão mercuroscópia.
Propriedades mecânicas:
Manipulação:
Escultura (Tem como objetivo dar forma não original, aceitável. Sulcos
profundos seve para acumular placa bacteriana, além disso, toda área profunda –
como os poros também - tem uma concentração de oxigênio menor e, por isso,
vai haver diferença de potencial elétrico, acelerando o processo de corrosão.
Então a escultura de uma restauração não deve ser tão elaborada como é a do
esmalte. A resistência do material não é adequada a uma escultura com
detalhamento fino. A escultura de uma restauração é mais funcional; momento
certo da cristalização é quando você passa o esculpidor e ouve o que chamamos
de “grito do amálgama”, significa que há resistência ao corte podendo ser
esculpido.
Brunimento pós- escultura (mais detalhes na dentística).
Acabamento e polimento (vai ser mais falado na dentística, mas o objetivos são:
O polimento e o acabemento servem para alisar a superfície, para que assim,
tenha-se uma textura mais natural para a língua do paciente, evita-se a presença
dos poros –que facilitam o processo de corrosão, como falado anteriormente) e
reduz o acúmulo de placa. O polimento e a escultura não pode ser feito antes de
48horas após a feita a restauração)
Propriedades biológicas: