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No atual cenário empresarial mundial, as empresas buscam cada vez mais aumentar a sua
competitividade, seja pela redução de custos, pela melhoria do produto, agregando mais valor ao
produto e se diferenciando da concorrência ou se especializando em algum segmento ou nicho de
mercado. A competição tem escalas globais, acontecimentos em países distantes podem trazer
consequências instantâneas para a indústria local.
A introdução de um ERP em uma empresa tem um impacto enorme em todas as operações que
são realizadas diariamente em suas instalações. Os sistemas ERP são atraentes porque unificam a
informação, pois surgiram com a promessa de resolver problemas de integração, disponibilidade
e confiabilidade de informações ao incorporar em um único sistema as funcionalidades que
suportam diversos processos de negócios em uma empresa (OLIVEIRA & RAMOS, 2002).
O trabalho está estruturado como se segue. São definidos os Sistemas Integrados de Gestão
Empresarial e é apresentado um breve histórico com a evolução de Sistemas de Informação.
Discute-se a arquitetura e as funcionalidades principais de um Sistema ERP. Aborda-se a
Metodologia de Implantação, pontos críticos deste tipo de sistema, fatores importantes e custos
envolvidos. Finalmente, trata de tendências de mercado e do futuro de Sistemas ERP.
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Modelo funcional do erp
O Enterprise Resource Planning (ERP) pode ser definido como um pacote de software comercial
desenvolvido com a finalidade de suportar as diferentes actividades de uma empresa através de
processos de negócio. Alem disso, o ERP tem a finalidade de integrar todas as informações
utilizadas nesses processos através do controlo do fluxo da informação.
Segundo, Gláucia de Oliveira (2009, Pg. 12) apud Davenport (1998), um sitema ERP é uma
solução genérica cujo desenho reflete uma serie de informações acerca do modo como as
organizações, em geral, operam. Assim, ao contrário dos sistemas proprietários desenvolvidos
com base nos requisitos específicos da empresa, os sistemas ERP são genéricos, gerando uma
imposição de processos padronizados sobre a estratégia, cultura e estrutura de uma organização.
Pode-se dizer que o ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo de informações único,
contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base de dados. É um instrumento para a
melhoria de processos de negócios, como a produção, compras ou distribuição, com
informações on-line e em tempo real. Em suma, o sistema permite visualizar por completo as
transações efetuadas pela empresa, desenhando um amplo cenário de seus negócios (CHOPRA e
MEINDL, 2003).
Não existem registros precisos de quando exatamente os sistemas ERP foram criados e
a partir de quando o termo ERP passou a ser utilizado. Souza (2000, p.11) menciona que “a
sigla ERP foi cunhada por uma empresa americana de pesquisa, o Gartner Group”, porém não
são mencionadas datas. Na tentativa de identificar as origens do ERP, Padilha e Marins (2005,
p.105) discutem:
Segundo diversas pesquisas, feitas por Gláucia de Oliveira (2009) os ERPs tiveram suas raízes
na Europa e na indústria de manufatura, sendo que em 1979 a companhia alemã SAP (Systeme,
Anwendungen, und Produkte in Datenverarbeitung - Sistemas, Aplicações e Produtos em
Processamento de Dados) lançou o R/2. Nessa mesma época a IBM (International Business
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Machine) oferecia o Sistema COPIX , ambos com as características de integração típicas do
que hoje se conceitua como Sistemas ERP.
Características
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Incorporam modelos padrão de processos de negócios;
Brooks (1987 apud SOUZA ; ZWICKER, 2000, p.47) afirma que “a mais radical
solução para os problemas da construção de software é não construí-lo mais”. Segundo o
autor, “O custo do software sempre foi o de desenvolvimento, não o de replicação. Dividindo
esse custo entre diversos usuários, mesmo que poucos, reduz-se radicalmente o custo por
usuário.”
Além disso, os sistemas ERP são tipicamente compostos por módulos que podem ser
disponibilizados independentemente, reforçando assim o conceito de pacotes de aplicativos
com funcionalidades específicas.
Segundo Souza (2000), os sistemas ERP não são desenvolvidos para clientes
específicos. Portanto procuram atender a requisitos genéricos do maior número possível de
empresas. Sendo assim, é necessário que incorporem modelos de processos de negócios que
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são obtidos por meio da experiência acumulada pelas empresas fornecedoras ou meio de
pesquisas e consultoria especializada. O termo best practices (melhores práticas) é utilizado
amplamente por fornecedores de sistemas ERP e consultores para designar esses modelos-
padrão.
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Figura: Estrutura do ERP
Fonte: (DAVENPORT, 1998)
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Possuem grande abrangência funcional
Uma das principais características que distinguem os sistemas ERP dos pacotes comerciais
tradicionais é a abrangência funcional. Os sistemas ERP são desenvolvidos para atender o
maior número de funções empresariais, cobrindo o máximo de atividades possíveis dentro da
cadeia de valor. Segundo Souza (2000, p. 48):
Conforme já citado anteriormente, uma das característica do ERP é ser uma solução genérica
desenvolvida para atender o maior número de empresas de diversos segmentos. Porém, a
solução genérica dificilmente irá atender integralmente as necessidades das empresas, gerando
alguns pontos de incompatibilidade entre o sistema e o ambiente
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atuação das empresas. Para diminuir esses pontos e permitir que o sistema seja utilizado, os
fornecedores disponibilizam meios para adaptar e personalizar o ERP em certo grau. O
processo de adaptação do ERP consiste em preparar o ambiente de atuação para que o sistema
possa ser colocado e mantido em funcionamento.
Em relação à personalização, esta ocorre quando a empresa possui processos específicos e
relevantes, que não se adequam de maneira nenhuma à empresa, mesmo através do processo
de adaptação. Nesse caso, consideram-se atividades de implementação do sistema criando
funções que atendam a esses processos específicos.
Funcionalidade
Módulos
Os módulos são os menores conjuntos de funções que podem ser adquiridos e implementados
separadamente em um sistema ERP. Normalmente, tais conjuntos de funções correspondem a
divisões departamentais de empresas (vendas, financeiro, produção, planeamento da
produção,etc)
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Parametrização
Parâmetros são variáveis internas do sistema que determinam, de acordo com o seu
valor, o comportamento do sistema. Portanto, o processo de parametrização consiste na
definição de diversos valores para os parâmetros internos, acordo com o ambiente
empresarial, adequando assim o funcionamento do sistema às atividades da empresa.
Customização
Localização
Atualização
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Implantação x Implementação
Vantagens e desvantagens
Uma outra vantagem do ERP é a integração de módulos informatizados que antes eram
utilizados separadamente. Assim, a empresa deixa de operar em plataformas diferentes,
eliminando a necessidade de se criar interfaces muitas vezes complexas, proporcionando
melhoras na utilização dos recursos internos e economia para a empresa. (LOPES et al.,1999).
De acordo com uma pesquisa apresentada por Wood Jr. e Caldas (1999, p.6), ao implantar um
sistema ERP as empresas podem obter os seguintes benefícios:
Integração efetiva das funções e processos da empresa;
Melhoria da comunicação e/ou coordenação;
Melhoria do (desenho e) controle de processos;
Melhoria da utilização de recursos do sistema ou da TI;
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Aumento da produtividade;
Aumento da competitividade;
Aumento da flexibilidade;
Diminuição dos custos com materiais, equipamentos e/ou ativos e com pessoal.
Apesar das diversas vantagens enumeradas, uma desvantagem que os sistemas ERP
apresentam para as empresas contratantes é a dependência de um único fornecedor e a
decisão da melhor prática ficar nas mãos da empresa contratada e não do comprador, uma vez
que o ERP aprisiona os princípios e processos, segundo estas melhores práticas de gestão.
Davenport (1998) afirma que é o fornecedor que define o que é melhor, e não o cliente, sendo
que em alguns casos, as definições do sistema podem não atender os objetivos da empresa.
Entretanto, a utilização de modelos-pradrão de processo de negócio podem trazer benefícios,
pois são desenvolvidos por empresas especializadas, apoiados em processos de pesquisa além
de contar com o know-how que essas empresas possuem sobre o assunto.
(a) Possuem uma arquitetura de software que facilita o fluxo de informações entre todas as
atividades da empresa. São um amplo sistema de soluções e informações;
(b) Através de um banco de dados único, operam em uma plataforma comum que interage com
um conjunto integrado de aplicações, consolidando todas as operações do negócio em um
simples ambiente computacional;
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(c) Suas funcionalidades representam uma solução genérica que reflete uma série de
considerações sobre a forma como as empresas operam em geral. Para flexibilizar sua utilização
em um maior número de empresas de diversos segmentos, os sistemas ERP são desenvolvidos de
forma que a solução genérica possa ser personalizada em um certo grau.
Nesta análise de processos, existem duas possibilidades a serem seguidas, a reengenharia e/ou o
redesenho de processo: no processo de reengenharia, da forma concebida por Hammer e Champy
(1994), parte-se de uma "folha em branco", modelando-se todos os processos; já pelo método de
redesenho de processo, segundo SCHEER (1998), realiza-se uma remodelagem considerando os
processos existentes e o conhecimento de seus executores.
Scheer e Habermann (2000) afirmam, ainda, que o processo de implementação deve envolver a
análise dos processos atuais do negócio e, principalmente, a possibilidade de modificá-los
posteriormente.
A utilização de sistemas ERP otimiza o fluxo de informações e facilita o acesso aos dados
operacionais, favorecendo a adoção de estruturas organizacionais mais enxutas e flexíveis. Além
disso, as informações tornam-se mais consistentes, possibilitando a tomada de decisão com base
em dados que refletem a realidade da empresa.
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Um outro benefício da sua implantação é a adoção de melhores práticas de negócio, apoiadas
pelas funcionalidades dos sistemas, que resultam em ganhos de produtividade e em maior
velocidade de resposta da organização.
Metodologia de Implantação
Segundo Koch, Slater e Baatz (1999), existem três principais maneiras de implantar o ERP:
(a) Substituição Total e Conjunta (Big Bang) - Neste tipo de implantação, que é o mais
ambicioso e difícil método de implantação, as empresas substituem todos os sistemas legados ao
mesmo tempo e implantam um único sistema ERP por toda a empresa. Embora esta metodologia
de implantação tenha predominado para as primeiras implantações, poucas empresas tiveram a
ousadia de utilizá-la posteriormente.
Nesta metodologia é necessário mobilizar e paralisar toda a empresa e implantar todo o sistema
de uma única vez, o que exige um grande esforço da empresa, pois ninguém possui experiência
em utilizá-lo, portanto não se consegue avaliar se o seu funcionamento está correto.
(b) Estratégia de Franquias (Franchising) - Esta metodologia é utilizada na maior parte das
implementações em empresas que não possuem muitos processos em comum entre suas unidades
operacionais.
Sistemas ERP independentes são instalados em cada unidade, enquanto os processos comuns,
como atualização de livros fiscais, são interligados entre as empresas. Em muitos casos, cada
unidade operacional possui sua própria "instance" para o ERP (o que significa sistemas
separados e banco de dados independentes).
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(c) Método "Slam-dunk" - Neste método, o ERP define o planejamento de alguns processos-
chaves, como os processos financeiros. Este método é utilizado, normalmente, em empresas
pequenas que esperam crescer com o ERP.
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CONCLUSÃO
Para concluir, o ERP Pode-se dizer que o ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo
de informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base de dados e
que representam uma solução genérica que reflete uma série de considerações sobre a forma
como as empresas operam em geral. Para flexibilizar sua utilização em um maior número de
empresas de diversos segmentos, os sistemas ERP são desenvolvidos de forma que a solução
genérica possa ser personalizada em um certo grau. Portanto, é muito importante que as
empresas hoje em dia possuam conhecimentos acerca do sistema de modo que facilitem os seus
trabalhos nos níveis hierárquicos das suas organizações.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AKKERMANS, H.; van HELDEN, K. Vicious and virtuous cycles in ERP implementation: a
case study of interrelations between critical success factors. European Journal of Information
Systems, n. 11, p. 35-46, 2002. [ Links ]
DAVENPORT, T.H. Putting the Enterprise into the Enterprise System. Harvard Business
Review, p. 121-131, Jul/Aug. 1998. [ Links ]
KOCH, C. BPR and ERP: realizing a vision of process with IT. Business Process Management
Journal, v. 7, n. 3, p. 258-265, 2001. [ Links ]
http://help.sap.com/saphelp_srm30/helpdata/en/95/
Gláucia Nalva Borges de Oliveira, Um Modelo de Processo de Implantação de
Sistemas ERP, São Paulo, 2009.