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15/02/2013

1. Ligações em estruturas de aço


Bibliografia:

ABNT NBR 8800:2008 – Projeto de estruturas de aço e de estrutura mista de


aço e concreto de edifícios

QUEIROZ, G.; VILELA, P. M. L. Ligações, regiões nodais e fadiga de estruturas


de aço. Belo Horizonte: Código Editora, 2012.

PFEIL, W.; PFEIL, M. Estruturas de aço. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009

Manual de Construção Metálica – Ligações em estruturas metálicas – Volume


1e2
Fonte: www.cbca-ibs.org.br

Manual de Construção em Aço – Interfaces Aço-Concreto


Fonte: www.cbca-ibs.org.br

1.1. Introdução
O termo ligação é aplicado a todos os detalhes
construtivos que promovam a união de partes
da estrutura entre si ou a sua união com
elemento externos a ela (fundações).

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Exemplos de ligações

(a) Viga-viga

(b ) Placa de base para pilares

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(c) Viga-pilar transmitindo apenas esforço cortante

(d) Viga-pilar engastada

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(e) Emenda de pilar

(f) Emenda de viga

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(g) Ligação em treliça

As ligações são compostas por:


• A) Elementos de ligação:
São todos os componentes incluídos no conjunto para
permitir ou facilitar a transmissão dos esforços.
• B) Meios de ligação:
São os elementos que promovem a união entre as
partes da estrutura para formar a ligação.
• C) Região Nodal:
É o conjunto de todas as ligações de barras que se
interceptam, mais as regiões dessas barras afetadas
pelas ligações, mais eventuais reforços (enrijecedores),
mais a região de eventual elemento de concreto afetada
pelas ligações.

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A) Elementos de ligação:

(a) Enrijecedores: (b) Placa de base: (c) Cantoneiras:

(d) Chapas gusset: (e) Talas de alma e de mesa: (f) Partes das peças ligadas
envolvidas localmente na
ligação:

• B) Meios de ligação:
(a) Soldas: (b) Parafusos:

(c) Barras rosqueadas (chumbadores):

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• C) Região nodal:

Cálculo de ligação

Verificação dos Verificação dos


elementos de ligação meios de ligação

Rd ≥ Sd

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D) Requisitos a serem atendidos pela


ABNT NBR 8800:2008
Permitir a execução de maneira adequada e em boas
condições de segurança da fabricação, do transporte, do
manuseio e da montagem da estrutura;
As ligações devem ser dimensionadas para uma força
solicitante mínima de 45 kN, com direção e sentido da
força atuante.
Exceção: diagonais e montantes de travejamento de
barras compostas, barras redondas para tirantes, terças e
longarinas.
Ligações de barras tracionadas ou comprimidas devem
ser dimensionadas no mínimo para 50% da força axial
resistente de cálculo da barra.

1.2. Classificação das ligações

1.2.1. Segundo os esforços solicitantes

1.2.2. Segundo a rigidez

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1.2.1. Segundo os esforços solicitantes:


Dependendo dos esforços solicitantes e das posições relativas
desses esforços e dos grupos de parafusos ou linhas de solda
resistentes, as ligações podem ser:

(a) CISALHAMENTO CENTRADO

(b) CISALHAMENTO EXCÊNTRICO

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(c) TRAÇÃO (OU COMPRESSÃO)


CENTRADA

(d) TRAÇÃO (OU COMPRESSÃO)


COM CISALHAMENTO

1.2.2. Segundo a rigidez:


A rigidez das ligações é a capacidade de impedir a rotação relativa local das
peças ligadas.
OU
Capacidade de restrição ao giro imposto pela ligação.

Uma conexão pode ser flexível (articulada) ou rígida (engastada).

Ao se aplicar o momento fletor uma ligação rígida não permite rotação, ou


seja, o ângulo de rotação entre as partes conectadas é zero.

Na ligação flexível, ao contrário, esse ângulo seria infinito, ou seja, a rotação


é livre.

Na prática esses limites são inatingíveis.

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Por análise experimental, pode-se determinar o valor do


ângulo de rotação entre as partes conectadas, isto é, o GRAU DE
RIGIDEZ da ligação.

Para efeito de projeto, as ligações “mais rígidas” serão


admitidas rígidas, e as ligações “menos rígidas”, flexíveis.

Atualmente é possível considerar via programas de


computador, a semirrigidez das ligações.

Ligação rígida:

O ângulo entre os elementos


estruturais que se interceptam
permanece essencialmente o
mesmo após o carregamento da
estrutura.
Transmissão integral de
momento fletor, força cortante e
força normal.

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As ligações rígidas devem ser concebidas de forma a garantir:

Que as reações de apoio sejam transmitidas ao pilar ou viga que as recebem;


A rotação em torno do eixo longitudinal e a rotação de uma peça em relação
à outra no plano da flexão sejam impedidas.

Os esforços externos são transferidos dos pilares e vigas, por meio de


momento fletor, força cortante e força normal (tração ou compressão).

Admite-se que o binário que compõe o momento fletor atue somente nas
mesas da viga, então o momento fletor é transferido da viga ao pilar ao se ligar
às mesas.

A alma também deve ser ligada para transmissão da força cortante.

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Exemplos de ligações rígidas:

Nas ligações rígidas é comum a


colocação de enrijecedores na alma do
pilar, em continuidade às mesas da viga.

Esse procedimento tem objetivo de


impedir a ocorrência de estados-limites
últimos relacionados às forças localizadas
de compressão e tração na mesa do pilar
e também prevenir deformações da
mesa e da alma do pilar.

• Ligação rígida viga-pilar segundo a NBR 8800:2008:


Válida somente:

Se a 1ª condição for satisfeita


e a 2ª não, a ligação deve ser
considerada semi-rígida.

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Ligação flexível:
A restrição à rotação relativa entre os elementos estruturais deve ser tão
pequena quanto se consiga obter na prática.

O momento fletor transmitido é muito


pequeno, na prática considera-se nulo.
Há transmissão integral de força cortante e
pode haver transmissão de força normal.

A deformação axial dos parafusos


tracionados e, principalmente, a
deformação por flexão das
cantoneiras permitem a ocorrência
da rotação necessária.

As ligações flexíveis devem ser concebidas de maneira a garantir:

Que as reações de apoio sejam transmitidas ao pilar ou viga


que as recebem;

A rotação de uma peça em relação à outra no plano da flexão


(plano da alma no caso de uma viga com seção em forma de “I”;

Que a rotação em torno do eixo longitudinal seja impedida.

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Exemplos de ligações flexíveis:

• Ligação rotulada viga-pilar segundo a NBR 8800:2008:

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Ligação semi-rígida:
Apresenta um comportamento intermediário entre a ligação rígida e a flexível.

O momento transmitido através da conexão não é nem zero (ou próximo de


zero) como no caso das ligações flexíveis e nem o momento máximo (ou
próximo dele) como no caso das ligações rígidas.

Necessário conhecer a relação


Ligação semi-rígida
de dependência entre:

Momento resistente e a rotação

Diagrama momento / rotação

Indicadas:
-Curvas relativas às ligações rígidas, semi-rígidas e flexíveis;
-Reta que relaciona momentos e rotações nos apoios para uma viga submetida a
carga uniforme.

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Para viga com carga uniformemente distribuída temos:


- Considerando as conexões nas extremidades teoricamente rígidas, o
momento nos apoios será:

- Considerando que a ligação não é teoricamente


rígida e permite alguma rotação das seções nos
apoios (θ), o alívio do momento nos apoios será:

- O momento real nos apoios será:

- Para θ = 0: (ligação teoricamente rígida)

- Para Μ = 0: θ (ligação teoricamente flexível)

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1.3. Tipos de ligações mais usuais


1.3.1. Ligações viga com viga

1.3.2. Ligações viga com pilar

1.3.3. Emendas de pilar tipo I, H e tubular

1.3.4. Ligação pilar com fundação

1.3.1. Ligações viga com viga


Elevação e perspectiva de uma solução viga-viga parafusada com o uso de
cantoneira

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Solução de uma viga soldada diretamente a outra.

1.3.2. Ligações viga com pilar


Solução para cisalhamento com cantoneira ou chapas na alma.

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Com cantoneira de assento para cisalhamento e ou pequenos


momentos e chapas de extremidade para ligações a cisalhamento e
momento, todas com uso de parafusos.

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Ligações vigas com pilares soldadas:

Ligações vigas com pilares parafusadas e soldadas

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1.3.3. Emendas de pilar tipo I, H e tubular

Emendas de pilares tipo I ou H parafusadas

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Emendas de pilares tipo I ou H soldadas

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1.3.4. Ligação pilar com fundação

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