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No dia 31 de Dezembro,
fui com minha mulher
numa loja de Um-
banda, comprar os
preparativos, com-
prei um barquinho
azul, um perfume
lilás com uma tampa
de rolha, um pente
de plástico, flores
de plástico. Estou
vendo minha mulher
pegando isso e falei:
Antes de criticá-lo por fazer humor com nossos valores vamos refle-
tir o que aprender com isso?
NÃO !!!
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Tudo isso pode parecer muito bonito a quem entrega, mas é lixo,
suja, polui e demonstra ENORME IGNORÃNCIA ECOLOGICA de quem
defende a ideia do Culto as forças da natureza. Você está sujando a
casa de Iemanjá, isso sim.
Simples assim!!!
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Ajude o próximo sem esperar nada em troca, porque quem vai com-
pensá-los não é da terra. A recompensa da terra é passageira e você
não pode levá-la para o outro lado. Mas a recompensa da Senhora
do Mar, essa você leva, porque ela está no teu espírito.
Não queira pra você o que não lhe pertence, mas não negue ao Pai o
que pertence a Ele, porque tudo é Dele. Tudo pertence a Ele, inclu-
sive vocês, donos de tenda. Lembre-se disso, a tua tenda pertence
à tua religião. Ela é tua religião. Ela não é teu castelo, onde você é o
senhor. Mas ela é o Templo onde você é o servo do Senhor.
Isso que vocês fazem aqui é único. Ninguém consegue fazer. Nin-
guém quer tirar o cocar de chefe, ninguém quer ser índio. Todo
mundo quer ser chefe, quer estar na frente mostrando sua vaidade,
esquecendo que o que está perto dele é o auxiliar direto dele e, se
crescer através dele também vai ser grande e irá torná-lo maior ainda.
Ele quer que todos cresçam, porque, se todos crescerem, aí sim, ele
cresce; porque, se não crescerem, ele não cresce também. Lembre-
se disso, faça crescer os que estão à sua volta. Faça crescer aqueles
que dependem da sua ajuda para eles crescerem. Seja você o adu-
bo que vai fazer eles crescerem à sua volta, porque a sombra dele
vai refrescar você.
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E aquele que não crescer nada à volta dele vai ficar exposto ao sol
escaldante. Quem está exposto ao sol escaldante morre ressequido
da alma. A alma perece, porque lhe falta a sombra dos que cres-
ceram à sua volta. Muitos de vocês hoje já são grandes dentro da
religião e conservam aquilo que o meu médium nunca deixou de
ter: - A humildade!
Eu, mais uma vez, fico agradecido a vocês por virem até aqui no meu
domínio, porque meu domínio é esse, é a terra. Eu não domino lá na
água, eu domino aqui na terra, eu atuo através da terra, por isso eu
sou Quebra-mar.
Viver a vida sem máscaras, ser simplesmente você mesmo, ter cora-
gem de se entregar ao universo, e a consciência de ser o todo diante
da imensidão da existência. Foi nessa sensação de entrega total,
que vi diante de mim a mãe da vida Iemanjá. Vi sim, com os olhos da
alma. Momento este, que perdi totalmente o sentido físico da vida.
Encontrei o amor
verdadeiro e liber-
tador. No sábado,
10/12/16, me
preparei para ir a
uma festa, festa de
Iemanjá.
Gratidão aos irmãos e irmãs que ampararam meu corpo físico en-
quanto meu espírito vivenciava esse grande encontro e aprendizado.
Gratidão a todos os Orixás, gratidão à Umbanda que a cada dia pro-
porciona um novo sentido a minha VIDA! Salve a Umbanda!
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No ultimo dia 10 de
Dezembro a AUEESP
realizou a tradicional
Festa de Iemanjá
na Praia Grande,
da forma como o
Mestre Rubens Sara-
ceni idealizou, vários
terreiros se reúnem
e trabalharam juntos
como um único tem-
plo, diante do Mar,
sob o comando da Mãe Alzira Saraceni, Stela Saraceni e de Sandra
Santos, presidente da AUEESP e responsável por esta realização.
Este é o segundo ano sem a presença física de Rubens Saraceni, não
precisamos comentar a emoção de todos que aflora com relação a
saudade do mestre e em especial da esposa e filhos que continuam
o seu legado à frente do Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito
de Aruanda.
Durante 15 anos Rubens Saraceni esteve a frente deste culto de lou-
vação à Rainha do Mar e em 2014, logo antes de seu desencarne em
março de 2015, muito consciente ele se pronunciou e disse que não
sabia se estaria ali no outro ano, mas que seria de sua vontade que a
“Festa” continuasse.
Rubens sempre abria ritualisticamente e em seguida compartilhava
o comando, no qual se revezavam os sacerdotes presentes na cha-
mada de cada linha de trabalho. Este modelo de realizar o ritual se
perpetuou e permanece como ideal para um trabalho com muitos
templos reunidos e irmanados.
Nesta ocasião o Caboclo Pena Branca deu uma mensagem simples
e direta, a qual transcrevemos abaixo:
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Exibindo um lon-
go cabelo preto,
pairando sobre as
águas salgadas e
trajando o mais belo
azul celeste. Mãe
Iemanjá abre os
braços e deixando
cair de suas mãos
espalha pequenas
pérolas que trouxe
consigo do fundo
do mar.
Isso é tão evidente que encontramos pessoas que sabem que essa
imagem se refere a uma orixá a qual chamamos de Iemanjá, no en-
tanto não fazem a mínima ideia do que é Umbanda.
Sendo assim, tem quem deposite sua fé, voltando-se para imagem
da orixá sem saber da sua história ou origem mas, que sente seu
amparo e a ternura que só uma mãe pode emanar.
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Origem
Que 2017 traga muita luz em nossas mentes e corações para conti-
nuarmos atentos ao futuro, mas vivendo cada vez mais intensamen-
te o presente!
Feliz
Ano
Novo!
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“
somar a religião com a fundação do JUS.
De 1999 para 2016 muita coisa mudou e você precisa saber dessas
novidades!! Axé leitores!! Viva o JUS
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E quando aparecer nos dará uma bronca. Final de ano está chegando
e vamos falar de um assunto muito importante: Como agradar o seu
Orixá para essa virada de ano! Como? Então...
Sendo uma boa pessoa já está ótimo, mas se quiser dar mimos a ela, es-
colha presentes biodegradáveis ou orgânicos de curta decomposição.
Toda vez que uma mulher lhe diz: “Homem nenhum merece que
você passe por isso”, ela está reproduzindo uma ideia muito antiga,
de que homens são inferiores, perigosos, desonestos, indignos, ima-
turos e, por tudo isso, não são merecedores da nossa atenção.
Desconstruir ideias
como essa de que
homem nenhum me-
rece isso ou aquilo, é
levar alento para as
próximas gerações
de mulheres, que
merecem enxergar
os parceiros como
bons companheiros
e não como preda-
dores maus. Esse
peso que carrega-
mos, o nosso medo de estar em um relacionamento e ter de passar
por tudo aquilo que passaram nossas mães e avós é nosso.
Essa ideia de que ele ou ela não merecem isso ou aquilo é uma
armadilha que nos coloca em um pedestal e rebaixa quem está do
outro lado.
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Diante de um con-
flito entre homem
e mulher, quando
percebemos que não
estamos em uma
competição, o outro
volta a ser um par-
ceiro e então posso,
em vez de acusa-lo e
dizer que ele não me-
rece o que eu tenho a
oferecer, falar sinceramente sobre como me sinto, para pensarmos
juntos uma solução. Afinal, aquele é o meu parceiro e não meu inimi-
go. Não se trata de um “homem nenhum merece” qualquer…
Falar sobre como nos sentimos não é nos rebaixarmos, embora te-
nhamos aprendido com a mamãe que nós mulheres temos que ser
fortes e não demonstrar fragilidade. A fragilidade faz parte do seu
humano, e se não estamos mais em uma disputa, porque já pode-
mos compreender que os homens não são nossos inimigos, por que
não abrir o coração?
Jamais pararam para se perguntar por que um culto, por eles mes-
mos tratado como fetichista, pode atrair milhões de pessoas. Diriam
até que seria pelo aspecto etnocultural das mais diversas classes
socioculturais.
Enquanto a Umbanda se
abre em um leque de mil cores, muitos se interessam apenas pela
qual se afinizam, certos de que é a melhor.
Por isso Ela parece tão variada em suas manifestações, pois cada
unidade-terreiro exprime com fidelidade as necessidades daque-
les que ali acorrem. Para muitos, esta maleabilidade é confundida
como uma mistura desconexa, mas na verdade apenas traduz,
em seus aspectos mais profundos, um motivo: atingir a síntese do
conhecimento humano, lembrar a todos que como Caboclo, Preto
Velho e Criança.
– Por que usar roupas extravagantes se eles diziam que a roupa de-
via ser branca?
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