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ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA

CURSOS

ESPIRITUALIDADE CONSCIENTE

APOSTILA
2018
www.espacoluzdaconsciencia.com.br
APOSTILA: CURSO DE ESPIRITUALIDADE CONSCIENTE

INDICE:

Introdução pag. 04
Capítulo 1: Das Origens Dos Espíritos pag. 8
1.1. DEUS pag. 8
1.2. Atributos da Divindade pag. 9
1.3. Espírito e Matéria pag. 10
1.4. Espírito pag. 10
1.5. Matéria pag. 11
1.6. Estados Físicos da Matéria pag. 13
1.7. Perispírito pag. 14
Capítulo 2: Espírito, Matéria e a Física Quântica pag. 16
2.1. Matéria ou Energia pag. 25
2.2. Experiência com Geradores Aleatórios pag. 30
2.3. Teoria das Supercordas pag. 32
2.4. Teoria-M pag. 33
2.5. A Resposta da Ciência Espírita pag. 34
2.6. A 13º Dimensão pag. 35
Capítulo 3: Ordens e Classe dos Espíritos pag. 36
3.1. Ordem dos Espíritos pag. 36
3.2. Classe dos Espíritos pag. 39
3.3. Classe dos Especial pag. 42
Capítulo 4: Evolução dos Espíritos e Carma pag. 44
4.1. Evolução do Princípio Inteligente pag. 45
4.2. Reino Mineral pag. 45
4.3. Reino Vegetal pag. 47
4.4. Reino Animal pag. 47
4.5. Instinto pag. 48
4.6. Evolução do Espírito pag. 49
4.7. Reino Elemental pag. 50

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4.8. Reino Hominal pag. 51


4.9. Razão pag. 52
4.10. Categoria dos Mundos pag. 52
4.11. Consciência pag. 56
4.12. Lei de Causa e Efeito / Karma pag. 58
Capítulo 5: Alma e Reencanação pag. 60
5.1. A Alma pag. 61
5.2. Corpos Espírituais pag. 62
5.3. Telepatia pag. 63
5.4. A Alma após a Morte pag. 64
5.5. Separação da Alma do Corpo pag. 64
5.6. A Reecarnação pag. 65
Capítulo 6: Perispírito e os Corpos pag. 67
6.1. Ligações Entre os Corpos Espirituais pag. 68
6.2. Corpo Átimico pag. 69
6.3. Corpo Búdico pag. 70
6.4. Corpo Mental Superior pag. 70
6.5. Tríade Superior pag. 72
6.6. Corpo Mental Inferior pag. 72
6.7. Corpo Astral pag. 73
6.8. Dupla Semi-Material pag. 74
6.9. Corpo Duplo Etérico pag. 75
6.10. Corpo Físico pag. 78
6.11. Dupla Material pag. 79
Capítulo 7: O Plano Astral pag. 83
7.1. As travas pag. 85
7.2. Umbral Inferior pag. 86
7.3. Umbral Médio pag. 87
7.4. Umbral Superior pag. 87
7.5. Colônias Espirituais pag. 87
7.6. Céu Astral pag. 90
7.7. Habitantes do Mundo Astral pag. 90
Capítulo 8:Os Centros de Forças e os Chakras pag. 93
8.1. Os Chakras pag. 94
8.2. Funcionamento dos Chakras pag. 95

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8.3. Nadis e Plexos pag. 97


8.4. Denominação e Localização dos Chackras pag. 100
8.5. Chackra Básico/Genésico pag. 101
8.6. Chakra Esplenico pag. 101
8.7. Chakras Gástrico/Umbilical pag. 103
8.8. Chacka Cardíaco pag. 103
8.9. Chakra Laríngio pag. 104
8.10. Chakra Frontal pag. 104
8.11. Chakra Coronário pag. 105
8.12. Quadro Demonstrativo Energético pag. 106
Capítulo 9: Magnetismo e Passe Magnético pag. 108
9.1. O que é o Passe Magnético pag. 108
9.2. O Pensamento pag. 109
9.3. O Perispírito pag. 110
9.4. O fluido magnético ou Ectoplasma pag. 110
9.5. O magnetizador passista pag. 111
9.6. O Consulente pag. 113
9.7. O Corpo Físico pag. 114
9.8. Centros de Força pag. 115
9.9. Regras para Manutenção do Corpo pag. 117
9.10. Estudo dos Fluidos pag. 120
9.11. Higiene das Vibrações pag. 120
9.12. Classificação dos passes pag. 122
9.13. Prática de Passes pag. 123
9.14. Passes de Dispersão pag. 125
9.15. Os trabalhos com Passes Padronizados PP-1 e PP-2 pag. 127
9.16. Passe em Crianças: PP – 3 pag. 129
9.17. Contato com o Consulente - Toque pag. 130
9.18. Preparação dos Consulentes pag. 131
9.19. Preparação da corrente de trabalhadores pag. 131
9.20. Encaminhamento dos consulentes pag. 131

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INTRODUÇÃO
O Espaço Luz da Consciência tem como proposta o autoconhecimento.

Visamos à autotransformação do ser humano promovendo uma visão holística, universalista e


psicológica com vista à autorrealização.

Para tal, procuramos construir um corpo de conhecimento capaz de auxiliar o indivíduo em seu
processo de crescimento, através de diversas linhas como: o espiritismo científico, teoria das
personalidades múltiplas, teosofia, metafísica, ciência materialista, Tradições Orientais, entre
outras.

1. OBJETIVOS:
1) Formar trabalhadores espiritualistas promovendo seu processo de autoconhecimento e
autotransformação, através de estudos, pesquisas, aulas expositivas e na disciplina
diária de auto-observação;
2) Realizar atendimentos individuais de forma fraterna, ética e ponderada, procurando
auxiliar pessoas que necessitam dialogar;
3) Atender e tratar espiritualmente aos associados do espaço, buscando promover o bem
estar psíquico, físico e espiritual;
4) Desenvolver sentimentos de amorosidade e fraternidade dos trabalhadores, utilizando
os processos de inter-relacionamentos entre os participantes do grupo e ou das
pessoas que em venham busca de auxílio.

2. ESTRUTURA DE MÓDULOS:

O curso é constituído de quatro módulos distribuídos em dois anos de cursos. O primeiro


módulo contem conhecimentos e visões que são pré-requisito para os demais.
O segundo módulo trata da mediunidade e seus aspectos, o curso consiste em uma coletânea
de saberes necessário a quem deseja entrar em contato com os membros do mundo dos
espíritos.

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O terceiro e quarto módulos são de conhecimentos e práticas necessárias a Captação


Psíquica. Os cursos são teóricos e práticos. Sendo o integrante convidado a fazer parte da
equipe de socorristas espirituais do Espaço.

3. ASSUNTOS ABORDADOS:

1. Origem dos Espíritos


2. Física Quântica e Espiritualidade
3. Classe dos Espíritos
4. Evolução dos Espíritos e Carma
5. A Alma e a Reencarnação
6. Perispírito e os Corpos
7. Projeto LIBERTAR
8. Os Planos Cósmicos
9. Os Centros de Forças e os Chakras
10. Médiuns Curadores
11. O Passe e seus Cuidados
12. Técnicas de Passe
13. Prática de Passe

4. PROJETO LIBERTAR:

O Projeto Libertar tem como objetivo possibilitar ao individuo ser seu o principal agente de sua
cura física e mental, se tornar o libertador de seus prisioneiros (desta e de outras vidas),
libertar-se de suas culpas, aceitar que é falível e comete muitos erros.
O Projeto Libertar é composto de 2 encontros de duração de 120 minutos cada, o primeiro é no
Curso Básico e o segundo no Curso de Mediunidade. Cada encontro se iniciará com uma
prece de coração, após teremos uma palestra com os conteúdos pertinentes, e se encerra com
uma atividade prática de perdão e libertação.

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Nestes encontros os participantes terão a possibilidade de expandir suas consciência e


praticarem a aceitação, o perdão, o autoperdão e realizar as devidas reparações. Para
alcançar o objetivo da Autolibertação serão utilizadas técnicas de autoconhecimento e de
apometria que possibilitarão o indivíduo a libertar-se das prisões que ergueu para si próprio.

5. MATERIAL DE APOIO NO YOUTUBE

 ELC Palestra, acervo de palestras realizadas no Espaço Luz da Consciência;


 ELC Espiritualidade, coletânea de palestras e vídeos de diversos autores que servirão
de apoio ao autoconhecimento e desenvolvimento espiritual e pessoal;
 ELC Cursos, Material de Apoio das aulas.

O MENTOR DO ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA

SR. XAMÃ ÁGUIA DOURADA

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OS TRABALHADORES DA LUZ
Trabalhadores da Luz são aqueles que se ofereceram, antes do nascimento, para ajudar o
planeta e a sua população na cura dos efeitos do medo.
Cada trabalhador da luz está aqui com um propósito sagrado. Muitas vezes, porém, a vida na
Terra, com o seu foco material, cria uma espécie de amnésia nos trabalhadores da luz. Então,
eles esquecem as suas identidades divinas e perfeitas. Também se esquecem de suas
habilidades para ajudar milagrosamente a Terra e todas as criaturas vivas.
Quando os trabalhadores da luz esquecem a sua verdadeira identidade e propósito, eles se
sentem desorientados e temerosos.
É um trabalhador da luz é quem:
 Sente o chamado para ajudar outros;
 Quer resolver os problemas sociais e ambientais do mundo;
 Acredita que o Amor pode curar qualquer situação;
 Teve experiências místicas, tais como premonições psíquicas ou encontros angélicos;
 Passou por experiências difíceis na vida que desgastaram o conhecimento de sua
perfeição Divina;

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO


Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre, fazei que eu procure mais: consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e é morrendo, que se vive para a vida eterna!
AMÉM

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AVE MARIA
Ave Maria
Cheia de graças
O SENHOR é convosco
Bendita sois vós
Entre as mulheres
E bendito é o fruto
Do vosso ventre, Jesus
Santa Maria
Mãe de JESUS
Rogai por nós
Os Trabalhadores
Agora e na hora
De nosso Desencarne,
AMÉM.

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CAPÍTULO 1:
DAS ORIGENS DOS
ESPÍRITOS

Este capítulo está baseado no Livro dos Espíritos e tem como função nos instigar a pensar em
nós e na criação dos Universos e suas diversas possibilidades.

Na Parte Primeira do Livro dos Espíritos, Capítulo I, contém uma coletânea de perguntas sobre
DEUS E O INFINITO. Podemos notar que nas perguntas, a visão de Deus é no sentido de “O
QUÊ” em vez de “Quem”, como no cristianismo tradicional. Selecionamos algumas perguntas e
suas respostas que consideramos relevantes para o nosso estudo, são elas:

1.1. DEUS
Quem é? ou o que é Deus?
“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”.
Deus, fonte original e incriada da Vida, pré-existe antes de qualquer coisa ou ser; em
consequência, não pode o homem explicar o que já existe muito antes e independente de sua
própria existência!

“No Seu estado eterno Ele é Imanifesto, Inalterado, sem forma, sem pensamento e infinito”.
“Podemos dizer que Deus é o criador do BIG-BANG, grande explosão que fez surgir o
universo, assim como o conhecemos”.
“Deus é a causa inteligente cujo efeito é o todo universal”.
Deus é o Todo de Tudo.

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1.2. ATRIBUTOS DA DIVINDADE


 Deus é eterno: Se tivesse tido princípio, teria saído do nada ou então, teria sido criado,
por um algum ser anterior. É isso que “filosoficamente” nos diferencia Dele: Assim com
Ele, temos um eterno presente e teremos eterno futuro, porém não temos um eterno
passado, como Ele tem.
 É imaterial: Quer isto dizer que sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria,
caso assim não fosse, não seria Ele imutável, porque estaria Ele sujeito às
transformações da matéria
 É imutável: Como Ele é imaterial, não está sujeito as transformações da matéria. Caso
estivesse, as leis que regem o Universo nenhuma estabilidade teriam, por que Dele
eclodem.
 É onipotente: Assim Ele é, porque é único. Se não dispusesse do soberano poder, algo
haveria de igual ou maior soberania, assim não
teria Ele criado todas as coisas. Sendo que, as
que por Ele não tivessem sido criadas, teriam
sido por um outro, o que de fato atenta quanto
a lógica das coisas.
 É único. Se muitos Deuses houvesse, não
haveria unidade de vistas, nem unidade de
Poder na ordenação do Universo.
 É soberanamente justo e bom: A sabedoria
providencial de suas leis divinas revela-se, nas menores, assim como nas maiores
coisas; e essa divina sabedoria não nos permite duvidar nem da justiça nem da
bondade de Deus.

Será dado um dia ao homem compreender o mistério da Divindade?


“Quando não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria. Quando, pela sua perfeição, se
houver aproximado de Deus, ele o verá e compreenderá.”
A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de
Deus. Na infância da Humanidade, o homem o confunde muitas vezes com a criatura, cujas
imperfeições lhe atribui; mas, à medida que nele se desenvolve o senso moral, seu
pensamento penetra melhor no âmago das coisas; então, faz ideia mais justa da Divindade e,
ainda que sempre incompleta, mais conforme à sã razão.

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1.3. ESPÍRITO E MATÉRIA


O Universo está dividido em duas Realidades SUBSTANCIAIS independentes e que, ao
mesmo tempo, se interpenetram de forma metafísica.

Primeiro: A Matéria (o universo material), que é perceptível aos cinco sentidos


humanos. Suas formas possuem volume, massa, ocupam lugar no espaço e estão
sujeitas a dimensão TEMPO e às leis que regem todos os processos materiais, ainda
em fase de estudos e entendimento. O mundo onde habitam os espíritos
desencarnados (fora do corpo físico) também faz parte deste universo material.

Segundo: O Espírito, que é o princípio inteligente do universo e nele habita. É a


centelha divina, criada por Deus e dotada de faculdades sensoriais das mais diversas e
são atemporais.

Na verdade, o Espírito se utiliza da matéria para exercer suas ações nos mundos das formas.
É o instrumento do qual ele se serve para tornar possível sua evolução.

1.4. ESPÍRITO

 Que é o espírito?
“O princípio inteligente do Universo.”

 Qual a natureza íntima do espírito?


Dizemos que os Espíritos são imateriais por que, pela sua essência, diferem de tudo o que
conhecemos sob o nome de matéria. Todavia, incorpóreo é o termo mais exato, pois
devemos compreender que, sendo uma criação, o Espírito há de ser alguma coisa. É a
matéria quintessenciada, mas sem analogia para nós outros, é tão etérea que escapa
inteiramente ao alcance dos nossos sentidos.

 Os Espíritos tiveram princípio ou existem, como Deus, de toda a eternidade?

Se não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus, ao invés disso, é criação Sua, e se
acham submetidos à Sua vontade. É incontestável que Deus existe de toda a eternidade.
Quanto, porém ao modo que nos criou, e em que momento o fez nada sabemos. Na
verdade, isso é um dos grandes mistérios, que nossa humanidade ainda não tem
condições de avaliar e entender.

 Os Espíritos têm forma determinada, limitada e constante?

Os espíritos invariavelmente conservam a mesma aparência que tiveram em sua última


encarnação, contudo, podem mudá-la, se isto lhe convier, ou ainda que, por motivo de
atraso moral podem deformar-se.

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 Essa chama ou centelha tem cor?

“Tem uma coloração que, para vós, vai do colorido escuro e opaco a uma cor brilhante,
qual a do rubi, conforme o Espírito é mais ou menos puro.”

Estudando estas passagens, nós observamos com dois entendimentos distintos sobre o
Espírito, o primeiro é de sua natureza Divina não material (Principio Inteligente Universal), está
fora da matéria em seu estado natural. Não se constitui de matéria, não possui suas
propriedades e por isto mesmo é indestrutível e não está submetido à dimensão TEMPO.

No segundo momento o espírito entra em contato com a matéria e atua sobre ela, assim, neste
momento o espírito cria um modelo material que o representa. Do mesmo modo que
atualmente criamos “avatares” para nos representar no mundo virtual. Agora o Espírito pode
agir no mundo material com sua representação, assim como nós no mundo virtual. O que
acontece no mundo da matéria não afeta ao Espírito, assim como o que acontece no mundo
virtual não nos atinge, mas há um aprendizado nestas simulações.

1.5. MATÉRIA
Este assunto é tratado no Livro dos Espíritos em muitas pergunta, sabe-se que os estudos
sobre a matéria e suas propriedades físicas, químicas e biológicas estavam nos estágios
iniciais no século XIX. Estas naquela época não permitiam explicações detalhadas sobre os
assuntos tratados no livro, pois os espíritos superiores não introduzem novos conceitos ou
saberes em suas comunicações, apenas utilizam da melhor forma os existentes na época de
uma comunicação.

Selecionamos algumas perguntas que podem servir de modelo para nosso entendimento.

 Define-se geralmente a matéria como sendo — o que tem extensão, o que é capaz de
nos impressionar os sentidos, o que é impenetrável. São exatas estas definições?

“Do vosso ponto de vista, elas o são, porque não falais senão do que conheceis. Mas a
matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que
nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria. Para vós, porém,
não o seria.”

 Que definição podeis dar da matéria?

“A matéria é o laço que prende o espírito; é o instrumento de que este se serve e sobre o
qual, ao mesmo tempo, exerce sua ação.”

Comentário de Kardec: Deste ponto de vista, pode dizer-se que a matéria é o


agente, o intermediário com o auxílio do qual e sobre o qual atua o espírito.

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 Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o espírito?

Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria
constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento
material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário
entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseiras para que o espírito
possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com
o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais.

A dificuldade dos espíritos em definir a matéria para Kardec tem origem na ciência do século
19, época em que humanidade e seus cientistas estavam descobrindo o eletromagnetismo:

 1820 - Hans Christian Ørsted observa que uma corrente elétrica causa uma perturbação
em uma bússola próxima, ilustrando a interação entre eletricidade e magnetismo.
André-Marie Ampère consegue desenvolver e explicar o fenômeno.
 1827 - Georg Simon Ohm publica trabalho no qual desenvolve a teoria de circuitos,
incluindo a sua Lei de Ohm.
 1831 - Michael Faraday determina experimentalmente o fenômeno da indução
magnética entre duas bobinas, formulando o princípio do transformador.
 1864 - James Clerk Maxwell apresenta as quatro equações do eletromagnetismo,
consolidando os experimentos de Michael Faraday. Tais equações prevêem a
existência das ondas eletromagnéticas, e anuncia que a própria luz é uma forma de
eletromagnetismo.
 1905 - Albert Einstein divulgou sua Teoria de que qualquer massa possui uma energia
associada e vice-versa. Na relatividade especial, essa relação é expressa pela fórmula
de equivalência massa-energia E=mc², Onde: E = energia, m = massa, c = a velocidade
da luz no vácuo.

A matéria que Constitui o Universo Material é descrita por diversas tradições e de várias
formas:

 Éter / Hálito Divino – É Substância Divina que preenche todo espaço e sustenta toda a
matéria. Segundo os Gregos Clássicos o Éter é responsável pelo preenchimento do céu
entre a terra e o Lugar dos Deuses, é uma substância fina, imperseptível (etérica) aos
mortais. É considerado o 5º elemento (fogo, àgua, terra e ar);

 Fluido Cósmico Universal – Matéria Primordial criada por Deus cujas combinações
formam todos os tipos Matéria do Universo. Está energia é maleável a ação do
pensamento, e serve de matéria-prima para que os espíritos evoluídos construam suas
moradas, nas mais vastas colônias espirituais, espalhada pelo universo a fora;

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 Quarks - É considerada pela ciência como a Partícula Elementar a da qual outras


partículas maiores são compostas, como, por exemplo, elétrons, prótons e nêutrons.

 Cordas - Esta teoria postula que existem elementos vibracionais denominados de


“supercordas” (que podem ser abertas, fechadas ou até entrelaçadas formando
membranas), que de acordo com sua vibração e configuração dão origem à matéria em
suas diversas conformações.

Sendo bom ter em mente que: Quando falamos em matéria, normalmente falamos como
sinônimo de átomos. Sabemos que há neles além da eletrosfera o núcleo, e lá encontramos os
prótons e os neutrons. Acontece que nos últimos sessenta anos cientistas vêm descobrindo
inúmeras partículas subatômicas e as dividiram em três grupos: Hádrons, Léptons e Bósons.

1.6. ESTADOS FÍSICOS DA MATÉRIA


A matéria pode ser encontrada no universo em diversos estados físicos, em número muito
maior dos 3 que estamos acostumados, podemos citar, por exemplo: sólido, sólido amorfo
(Pastoso), líquido, gasoso, plasma, fóton, superfluido, supersólido, matéria degenerada,
neutrónio, matéria fortemente simétrica, matéria fracamente simétrica, , condensado
fermiónico, condesado de Bose-Einstein e matéria estranha.

Caracterizando melhor algumas delas:

 Sólido: possuem volume e forma definidos, seus átomos ou moléculas estão


relativamente próximos;

 Pastoso: Estado Intermediário entre Sólido e líquido;

 Líquido: podem alterar sua forma, pois a distância entre suas moléculas é suficiente
para se adequar a qualquer meio (tomando sua forma), porém sem alterar o volume.

 Vapor: é uma fase onde o gás esta numa temperatura em que pode estar a se
condensar ou a se líquefazer sem reduzir sua temperatura.

 Plasma: É um dos estados físicos da matéria, similar ao gás, no qual certa porção das
partículas é ionizada. A premissa básica é que o aquecimento de um gás provoca a
dissociação das suas ligações moleculares.

 Fóton: É a partícula elementar mediadora da força eletromagnética. O fóton também é


o quantum da radiação eletromagnética (incluindo a luz). Este estado físico é a fronteira
do que conhecemos por matéria e passa ser energia e vice-versa. É a prova da Teoria
da Relatividade Espacial que é expressa pela fórmula de equivalência massa-energia: E
= mc².

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 Plasma quark-guón (QGP): É uma fase da cromodinâmica quântica que existe quando
a temperatura e/ou a densidade são muito altas. Este estado se compõe de quarks e
glúons (quase) livres que são os componentes básicos da matéria. Crê-se que existiu
durante os primeiros 20 a 30 microsegundos depois de que o universo nascera no Big
Bang. Experimentos parcialmente os criaram nas décadas de 1980 e 1990 e atualmente
novos experimentos têm sido levados a cabo no Grande Colisor de Hádrons (LHC) do
CERN, ALICE, ATLAS e CM, continuando com o estudo das propriedades do QGP.

1.7. PERISPÍRITO
O periespírito é uma simplificação dos corpos materiais do Espírito fora do plano físico
apresentada por Kardec. Estudaremos estes corpos em outras ocasiões nesta apostila, mas
por enquanto este nível de abstração nos serve. As duas perguntas sobre este assunto que
consideramos relevantes são:

 O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns,
está sempre envolto numa substância qualquer?

“Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira
para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se
aonde queira.”

 De onde tira o Espírito o seu invólucro semimaterial?

“Do fluido universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos.
Passando de um mundo a outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.”

O perispírito é um conjunto de elementos materiais de diversas densidades em faixas


energéticas (Planos Vibratórios) que são organizados em uma espécie de “corpo” e que
permitem ao ESPÍRITO atuar na matéria destes mesmos planos de forma independente. A
Figura abaixo representa uma síntese deste processo de “materialização” do Espírito.

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O Perispírito serve de ligação entre o ESPÍRITO Primordial e o mundo físico ao qual vivemos
sem ele a SUA vontade não seria executada por nós no plano físico, o mecanismo é
visualizado na figura Abaixo.

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CAPÍTULO 2:
ESPÍRITO, MATÉRIA E A
FÍSICA QUÂNTICA

Este capítulo foi concebido para despertar o aluno sobre as possibilidades que a própria
ciência de nossa dimensão tem. A parte material do Universo em que vivemos ainda é pouco
conhecida, pouco estudada e ainda carente de entendimento. Vamos utilizar a própria ciência
para criar os postulados da existência da parte “Espiritual” do Universo.

A maioria dos habitantes deste mundo ainda possui a visão grega clássica da matéria.
Demócrito de Abdera (460 A.C. — 370 A.C.) é um dos filósofos contemporâneos de Sócrates
que mais difundiu a teoria atômica ou do atomismo. De acordo com essa teoria, tudo o que
existe é composto por elementos indivisíveis chamados átomos (do grego, "a", negação e
"tomo", divisível. Átomo= indivisível). Modernamente se diria que o átomo seria uma “peça de
Lego” que serviria para construir tudo no universo. No entanto atualmente sabemos que o
próprio átomo é construído a partir de peças ainda menores.

A teoria de Demócrito explica bem a matéria do ponto de vista macroscópico e que perdurou
intocada até à renascença. Ainda hoje muitas pessoas ainda guardam este conceito
ultrapassado que as torna fechadas aos avanços da filosofia e da espiritualidade.

Outra teoria da Grécia Clássica que ainda é tida como verdade, apesar das provas em
contrário, é o Universo Geocêntrico ou Geocentrismo. A teoria Geocêntrica coloca o planeta
terra fixo no centro do universo com os corpos celestes, inclusive o Sol, girando ao seu redor.

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Filósofos, como matemático e astrônomo Cláudio Ptolomeu (90-168 d.C.), defendiam esta
teoria, sendo que o mais conhecido era Aristóteles. Este modelo foi inspiração para a teologia
colocar o Homem no centro da Criação Divina e tudo mais gerando ao seu redor.

A teoria Geocêntrica perdurou intocada até que o italiano de Florença Galileu Galilei, físico,
matemático, astrônomo e filósofo italiano apontou seu telescópio para céu.

Galileu foi excelente matemático, estudou a mecânica e a hidrostática, também descobriu o


isocronismo do pêndulo, sendo o primeiro a pensar que este fenômeno permitiria fazer relógios
muito mais precisos. Suas descobertas no ramo da física, astronomia, serviram de base para
os Trabalhos de Newton. A abordagem matemática de Galileu se tornaria a marca registrada
da física dos séculos XVII e XVIII e por esta razão seria chamado o "pai da física matemática".

Galileu não inventou o telescópio, cujo pedido de patente foi feito em 1608, por Hans
Lippershey, fabricante de óculos de Middleburg, nos Países Baixos. Embora o termo
“telescópio” tenha aparecido na Itália em 1611, Galileu Galilei o desenvolveu a partir de seus
conhecimentos um telescópio tipo refrator que melhorou significativamente a ampliação.

Galileu Galilei foi o primeiro a fazer uso científico do telescópio, ao fazer observações
astronômicas com seu telescópio melhorado. Ele descobriu as manchas solares, as montanhas
da Lua, as fases de Venus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da
Via Láctea. A observação dos satélites de Júpiter o levou a defender o sistema heliocêntrico
proposto por Copérnico. A teoria heliocêntrica coloca o Sol como centro do Universo, apesar de
ser um grande avanço não exprime a realidade. Atualmente os cientistas discutem se existe a
figura do Centro do Universo.

A teoria do átomo indivisível persiste até meados do século XIX, pois só naquela época a
ciência se debruça sobre a intimidade da matéria. Os cientistas estavam intrigados com os
fenômenos como a fluorescência, a eletrostática e o magnetismo. A partir de suas pesquisas, o
átomo literalmente se espatifou.

Podemos citar alguns cientistas que atuaram no sentido de desvendar a natureza intima da
matéria e suas obras:

Isaac Newton (1642 a 1726), um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático,
embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo. Sua obra,
Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes na
história da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as
três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica. Demonstra a consistência que
havia entre o seu sistema e as leis de Kepler do movimento dos planetas. Foi o primeiro a
demonstrar que os movimentos de objetos, tanto na Terra como em outros corpos celestes,
são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador e profético de suas

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 18


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leis era centrado na revolução científica, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de


que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza. Newton
construiu o primeiro telescópio refletor operacional e desenvolveu a teoria das cores baseada
na observação que um prisma decompõe a luz branca em várias cores do espectro visível. Ele
também formulou uma lei empírica de resfriamento e estudou a velocidade do som. Além de
seu trabalho em cálculo infinitesimal, como matemático Newton contribuiu para o estudo das
séries de potências, generalizou o teorema binomial para expoentes não inteiros, e
desenvolveu o método de Newton para a aproximação das raízes de uma função, além de
muitas outras contribuições importantes.

Thomas Young (1773 a 1829), físico, médico e egiptólogo britânico, Conhecido pela
experiência da dupla fenda, que possibilitou a determinação do caráter ondulatório da luz.
Young ficou conhecido por seus trabalhos em óptica, onde ele explica o fenômeno da
interferência de onda, pela definição do módulo de Young.

Michael Faraday (1791 a 1867), físico e químico inglês. É considerado um dos cientistas mais
influentes de todos os tempos. As suas contribuições mais importantes e os seus trabalhos
mais conhecidos tratam dos fenômenos da eletricidade, da eletroquímica e do magnetismo. Na
física, foi um dos primeiros a estudar as relações entre eletricidade e magnetismo. Em 1821,
Faraday publicou um trabalho que formatou os princípios de funcionamento do motor elétrico.
Em 1831, descobriu a indução eletromagnética, o princípio por trás do gerador elétrico e do
transformador elétrico. No campo da química, a sua maior contribuição tenha sido virtualmente
fundar a eletroquímica, onde forjou os conceitos de eletrólito, ânodo, catodo, eletrodo, e íon.
Suas ideias sobre os campos elétricos e os magnéticos, e a natureza dos campos em geral,
inspiraram trabalhos posteriores fundamentais nessa área, como as equações de Maxwell.
Seus estudos sobre campos eletromagnéticos são conceitos-chave da física atual, e a
tecnologia desenvolvida baseada no seu trabalho tornou possível a eletrificação das
sociedades industrializadas.

William Crookes (1832 a 1919), físico inglês, descobriu um elemento que tinha uma linha de
emissão verde brilhante no seu espectro, ao qual deu o nome de tálio, do grego thalos, um
broto verde, que é o elemento químico de número atômico 81. Também identificou a primeira
amostra conhecida de hélio, em 1895. Foi o inventor do radiômetro de Crookes e desenvolveu
os tubos de Crookes, investigando os raios catódicos. Em suas investigações sobre a
condutividade da eletricidade em gases sob baixa pressão, descobriu que, à medida que se
diminuía a pressão, o elétrodo negativo parece emitir raios (os chamados raios catódicos, que
hoje se sabe tratarem-se de um feixe de elétrons livres, utilizado nos dispositivos de vídeo
padrão CRT). Como esses exemplos mostram, Crookes foi um pioneiro na construção e no uso
de tubos de vácuo para estudar fenômenos físicos. Foi, por conseguinte, um dos primeiros
cientistas a investigar o que hoje é chamado de plasma.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 19


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Johannes Robert Rydberg (1854 a 1919), físico sueco, é conhecido principalmente pela
concepção da fórmula de Rydberg, em 1888, usada para fazer previsão dos comprimentos de
onda de fótons (de luz e outras radiações electromagnéticas) emitidos devido a alterações do
nível de energia de um elétron num átomo. A constante física, conhecida como constante de
Rydberg, foi nomeada em sua honra, assim como a unidade Rydberg.

Heinrich Rudolf Hertz (1857 a 1894), um físico alemão, demonstrou a existência da radiação
eletromagnética, imaginadas por James Maxwell. Criou aparelhos emissores e detectores de
ondas de rádio. Descobriu que a velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas é igual
à velocidade da luz no vácuo, que têm comportamento semelhante ao da luz, e que oscilam
num plano que contém a direção de propagação. Demonstrou também a refração, a reflexão e
a polarização das ondas.

Pierre Curie (1859 a 1906), fisico francês, pioneiro no estudo da cristalografia, magnetismo,
piezoelectricidade e radioactividade. O fenômeno pizoelétrico é a geração de um potencial
eléctrico quando se compreme o cristais, ou o efeito inverso, a deformação de cristais quando
submetidos a um campo eléctrico. Estudou também os fenômenos de ferromagnetismo,
paramagnetismo e diamagnetismo. Descobriu o efeito da temperatura sobre o paramagnetismo
que é atualmente conhecido por lei de Curie. Pierre Curie enunciou em 1894 o "princípio
universal de simetria", no qual “As simetrias presentes nas causas de um fenômeno físico
também são encontrados nas suas consequências”. Trabalhou com a sua mulher Marie Curie
no isolamento do polónio e do rádio. Eles foram os primeiros a usar o termo 'radioactividade', e
foram pioneiros no seu estudo e a descobrir a energia nuclear, ao identificarem a emissão
contínua de calor das partículas do rádio. Ele também indentificou as emissões de radiação
das substâncias radioactivas, e das partículas alfa, beta e radiações gama.

Niels Henrick David Bohr (1885 a 1962), físico dinamarquês cujos trabalhos contribuíram
decisivamente para a compreensão da estrutura atômica e da física quântica. Bohr acreditava
que, utilizando a teoria quântica de Planck e o modelo atômico de Rutherford, seria possível
criar um novo modelo atômico, capaz de explicar a forma como os elétrons absorvem e emitem
energia radiante. Criou uma teoria que foi capaz de interpretar algumas das propriedades das
séries espectrais do hidrogênio e a estrutura do sistema periódico dos elementos. Formulou o
princípio da correspondência e o da complementaridade. Bohr formulou um novo modelo
atômico, concluindo que o elétron do átomo não emitia radiações enquanto permanecesse na
mesma órbita, emitindo-as apenas quando em deslocamento de um nível de maior energia
(órbita mais distante do núcleo, onde a energia cinética do elétron tende a diminuir enquanto
que sua energia potencial tende a aumentar; mas, sua energia total aumenta) para outro de
menor energia (órbita menos distante, onde sua energia cinemática tende a aumentar e sua
energia potencial tende a diminuir, mas sua energia total diminui). A teoria quântica permitiu-lhe
formular esta concepção de modo mais preciso: as órbitas não se localizariam a quaisquer

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distâncias do núcleo, pelo contrário, apenas algumas órbitas seriam possíveis, cada uma delas
correspondendo a um nível bem definido de energia do elétron. A transição de uma órbita para
a outra seria feita por saltos pois, ao absorver energia, o elétron saltaria para uma órbita mais
externa (conceito quantum) e, ao emiti-la, passaria para outra mais interna (conceito fóton).
Cada uma dessas emissões aparece no espectro como uma linha luminosa bem localizada.

Max Karl Ernst Ludwig Planck (1858 a 1947), físico alemão, é considerado o pai da física
quântica e um dos físicos mais importantes do século XX. Planck foi laureado com o Nobel de
Física de 1918, por suas contribuições na área da física quântica. Em 1899, após pesquisar as
radiações eletromagnéticas, descobriu uma nova constante fundamental, batizada
posteriormente em sua homenagem como Constante de Planck, e que é usada, por exemplo,
para calcular a energia do fóton. Um ano depois, descobriu a lei da radiação térmica, chamada
Lei de Planck da Radiação. Essa foi a base da teoria quântica, que surgiu dez anos depois com
a colaboração de Albert Einstein e Niels Bohr.

Ernest Rutherford, (1871 a 1937), físico e químico neozelandês naturalizado britânico, que se
tornou conhecido como o pai da física nuclear. Num trabalho no começo da carreira, descobriu
o conceito de meia-vida radioativa, provou que a radioatividade causa a transmutação de um
elemento químico em outro, e também distinguiu e nomeou as radiações alfa e beta. Foi
premiado com o Nobel de Química em 1908 “por suas investigações sobre a desintegração dos
elementos e a química das substâncias radioactivas”. Em 1911, defendeu que os átomos têm
sua carga positiva concentrada em um pequeno núcleo, e, desse modo, criou o modelo
atômico de Rutherford, ou modelo planetário do átomo, através de sua descoberta e
interpretação da dispersão de Rutherford em seu experimento da folha de ouro. A ele é
amplamente creditada a primeira divisão do átomo, em 1917, liderando a primeira experiência
de “dividir o núcleo” de uma forma controlada por dois alunos sob sua direção em 1932.

Gilbert Newton Lewis (1875 — 1946) físico-químico estadunidense conhecido pela


descoberta de uma ligação covalente (compartilhamento de elétrons) e o seu conceito de pares
de elétrons; suas estruturas de pontos de Lewis e outras contribuições para a teoria de ligação
de valência moldaram modernas teorias da ligação química. Lewis contribuiu com êxito na
termodinâmica, fotoquímica e separação de isótopos, e também é conhecido por seu conceito
de ácidos e bases. Como professor, incorporou princípios termodinâmicos no currículo de
química e reformou a termodinâmica química de uma forma matematicamente rigorosa
acessível aos químicos comuns. Começou a medir os valores de energia livre relacionados
com vários processos químicos, orgânicos e inorgânicos. Em 1916, também propôs sua teoria
de ligação e informação adicional sobre os elétrons na tabela periódica dos elementos. Em
1933, começou sua pesquisa sobre a separação de isótopos. Lewis trabalhou com hidrogênio e
conseguiu purificar uma amostra de água pesada. Em 1926, Lewis cunhou o termo "fóton" para
a menor unidade de energia radiante ou quantum da radiação Dedicou-se também à

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preparação de uma amostra de água na qual os átomos de hidrogênio foram substituídos por
deutério (²H): a “água pesada” (D2O).

Albert Einstein (1879 a 1955), físico teórico alemão, entre suas principais obras desenvolveu
a teoria da relatividade geral, ao lado da mecânica quântica um dos dois pilares da física
moderna. Embora mais conhecido por sua fórmula de equivalência massa-energia (E=mc²) que
foi chamada de "a equação mais famosa do mundo", foi laureado com o Prêmio Nobel de
Física de 1921 "por suas contribuições à física teórica" e, especialmente, por sua descoberta
da lei do efeito fotoelétrico, que foi fundamental no estabelecimento da teoria quântica.
Desenvolveu a teoria da relatividade especial, postulou que o princípio da relatividade também
poderia ser estendido para campos gravitacionais, e com a sua posterior teoria da gravitação,
de 1916, publicou um artigo sobre a teoria da relatividade geral. Também investigou as
propriedades térmicas da luz, o que lançou as bases da teoria dos fótons. Em 1917, aplicou a
teoria da relatividade geral para modelar a estrutura do universo como um todo. Suas obras
renderam-lhe o status de celebridade mundial enquanto tornava-se uma nova figura na história
da humanidade, recebendo prêmios internacionais e sendo convidado de chefes de estado e
autoridades.

Max Born (1882 a 1970), físico e matemático alemão, foi fundamental para o desenvolvimento
da mecânica quântica. Também fez contribuições à física do estado sólido e óptica e
supervisionou o trabalho de vários físicos notáveis nas décadas de 1920 e 1930. Ganhou em
1954 o Prêmio Nobel de Física por sua "investigação fundamental na Mecânica Quântica,
especialmente na interpretação estatística da função de ondas". Escreveu sua tese sobre o
tema "Estabilidade de Elástico em um Plano e Espaço", vencedor do Prêmio da Faculdade de
Filosofia da Universidade. Em 1905, ele começou a pesquisar a relatividade especial e
escreveu sua tese de habilitação sobre o modelo atômico de Thomson. Um encontro ao acaso
com Fritz Haber em Berlim, em 1918, levou à discussão da maneira pela qual um composto
iônico é formado quando um metal reage com um átomo de halogênio (F, Cl, Br, I, At e Uus) o
qual é atualmente conhecido como ciclo de Born-Haber.

Erwin Rudolf Josef Alexander Schrödinger (1887 a 1961), físico teórico austríaco, conhecido
por suas contribuições à mecânica quântica, especialmente a equação de Schrödinger, pela
qual recebeu o Nobel de Física em 1933. Propôs o experimento mental conhecido como o Gato
de Schrödinger e participou da 4ª, 5ª, 7ª e 8ª Conferência de Solvay. Deu ainda grande atenção
aos aspectos filosóficos da ciência, bem como a conceitos filosóficos, à ética e às religiões
orientais e antigas, ele era ateu.

Wolfgang Ernst Pauli (1900 a 1958), físico austríaco, conhecido por seu trabalho na teoria do
spin do elétron. Em 1924 Pauli propôs um novo grau de liberdade quântico, para explicar
inconsistências entre o espectro molecular observado e o desenvolvimento da mecânica

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quântica. Ele formulou o Princípio de exclusão, talvez seu mais importante trabalho, que
estabelece que nenhuma partícula (por exemplo elétrons) pode existir no mesmo estado
quântico. Em 1926, logo depois que Werner Heisenberg publicou a teoria matricial da moderna
mecânica quântica, Pauli a usou para derivar o espetro do átomo de hidrogênio. Este resultado
foi importante para credibilizar a teoria de Heisenberg. Em 1927, ele apresentou-as , como
base dos operadores de spin. Seu trabalho influenciou Dirac na descoberta da equação de
Dirac para o eletron relativístico. Em 1931 propôs a existência de uma partícula neutra, não-
observada e sem massa, para explicar o espectro contínuo no decaimento beta. Em 1934
Fermi introduziu a partícula em sua teoria de decaimento radioativo, chamando-a neutrino. O
neutrino foi observado directamente em 1959. Em 1940 provou o teorema estatístico de spin,
um resultado crítico da mecânica quântica que estabelece quais estados partículas com spin
1/2 são férmions, e partículas com spin 1 são bósons.

Werner Karl Heisenberg (1901 a 1976), físico teórico alemão, recebeu o Prêmio Nobel de
Física em 1932 "pela criação da mecânica quântica, cujas aplicações levaram à descoberta,
entre outras, das formas alotrópicas do hidrogênio". Juntamente com Max Born e Pascual
Jordan, Heisenberg estabeleceu as bases da formulação matricial da mecânica quântica em
1925. Também fez importantes contribuições teóricas nos campos da hidrodinâmica de
escoamentos turbulentos, no estudo do núcleo atômico, do ferromagnetismo, dos raios
cósmicos e das partículas subatômicas.

Enrico Fermi (1901 a 1954) físico italiano naturalizado estadunidense, se destacou pelo seu
trabalho sobre o desenvolvimento do primeiro reator nuclear, e pela sua contribuição ao
desenvolvimento da teoria quântica, física nuclear e de partículas, e a mecânica estatística. Foi
um dos poucos físicos da era moderna a combinar a teoria com a experiência. Em 1926,
dedicou-se à mecânica estatística de partículas que obedecem ao princípio de exclusão de
Pauli, como os elétrons. O resultado é a chamada estatística de Fermi-Dirac, uma vez que
Dirac chegou independentemente às mesmas conclusões. Em 1933 Fermi introduziu o
conceito de interação fraca, que em conjunto com o postulado do neutrino, entrariam na teoria
do decaimento beta. Fermi começou uma série de experiências nas quais foram produzidos
artificialmente núcleos radioativos, pelo bombardeamento com nêutrons de vários elementos.
Alguns dos seus resultados sugeriram a formação de elementos transurânicos (número
Atômico maior que 92). De fato, o que eles observaram foi a cisão nuclear, feito que, em 1938,
lhe rendeu o Prêmio Nobel de Física. Participou no projeto Manhattan e dirigiu o projeto de
construção do primeiro reator nuclear na Universidade de Chicago. Depois da Guerra, Fermi
dedicou-se à Física das partículas, a que deu contribuições importantes. O elemento químico
de número atômico 100, criado sinteticamente em 1952, recebeu o nome de Férmio em sua
honra.

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Paul Adrien Maurice Dirac (1902 a 1984), físico teórico britânico, fez contribuições
fundamentais para o desenvolvimento da Mecânica Quântica e Eletrodinâmica. Entre outras
descobertas, formulou a Equação de Dirac, que descreve o comportamento do férmion e que o
levou à previsão da existência da antimatéria. Sua tese, defendida em 1926, desenvolveu uma
versão da Mecânica Quântica incorporando a “Mecânica Matricial” de Werner Heisenberg com
a “Mecânica Ondulatória” de Erwin Schrödinger num único formalismo matemático. Em 1928,
desenvolveu a chamada Equação de Dirac, que descreve o comportamento relativístico do
elétron. Esta teoria o levou a prever a existência do pósitron, a antipartícula do elétron, que foi
observado experimentalmente em 1932 por Carl David Anderson. Recebeu em 1933, junto com
Erwin Schrödinger, o Nobel de Física.

John von Neumann (1903 a 1957), matemático húngaro, contribuiu na teoria dos conjuntos,
análise funcional, teoria ergódica, mecânica quântica, ciência da computação, economia, teoria
dos jogos, análise numérica, hidrodinâmica das explosões, estatística e muitas outras as áreas
da matemática. De fato é considerado um dos mais importantes matemáticos do século XX.
Trabalhou em desenvolvimentos chave da Física Nuclear, relacionados com reações
termonucleares e com a bomba de hidrogênio. Participou também do Projeto Manhattan,
responsável pelo desenvolvimento das primeiras bombas atômicas.

Richard Philips Feynman (1918 a 1988), físico norte-americano do século XX, um dos
pioneiros da eletrodinâmica quântica, e Nobel de Física de 1965. A maior contribuição de
Feynman à Física foi o desenvolvimento da eletrodinâmica quântica, a qual foi desenvolvida
paralelamente por Julian Schwinger e Sin-Itiro Tomonaga. Nela, utiliza o método da integral de
caminho. Na década de 1950, Feynman trabalhou na teoria das interações fracas, e nos anos
1960, ele trabalhou na teoria das interações fortes. Também trabalhou na superfluidez do hélio
líquido.

Kazuhiro Nishijima (1926 a 2009), físicos de partículas japonês, era professor emérito da
Universidade de Tóquio e Kyoto`, seu principal trabalho foi colaborar com Murray Gell-Mann na
fórmula Gell-Mann-Nishijima-Formel e o conceito de estranheza, que ele chamou depois o
ηméson com eta-carga designada. Na Universidade de Osaka investigou a teoria da interação
forte e física da matéria estranha (então chamado V-partículas), a examinar a decadência
dessas partículas, desenvolveu independentemente de Murray Gell-Mann a teoria da existência
dos Quarks. No Instituto de Estudos Avançados de Princeton Em 1966 ele retornou volta da
Universidade de Tóquio, onde fundou um grupo de física teórica, foi Presidente da Nishina
Memorial Foundation, uma fundação para promover a física no Japão.

Murray Gell-Mann (1929), físico norte-americano, professor emérito de física teórica do


Instituto de Tecnologia da Califórnia e um dos fundadores do Instituto Santa Fé, que se dedica
a trabalhos teóricos de assuntos como mecânica quântica, supercordas, sistema imunológico

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dos mamíferos, evolução das línguas e economia global, vistos como sistemas complexos em
evolução. Gell-Mann e Abraham Pais estiveram envolvidos na explicação muitos aspectos
enigmáticos da física das partículas. Em 1961, esta situação levou-lhe (e a Kazuhiko Nishijima)
a introduzir uma classificação de partículas elementares chamada hádrons. Este esquema é
agora explicado pelo modelo quark. O nome dado pelo próprio Gell-Mann para o sistema de
classificação foi o caminho dos oito preceitos, devido aos octetos de partículas na
classificação. Gell-Mann e, de forma independente, George Zweig, prosseguiu, em 1964, para
postular a existência de quarks, as partículas a partir da qual os hádrons (incluindo prótons e
nêutrons), até então tidos como indivisíveis, são compostos.

Edward Witten (1951), matemático e físico teórico norte-americano. Atualmente é professor no


Instituto de Estudos Avançados de Princeton. Foi o criador da teoria-M unifica as cinco
diferentes Teorias das cordas, mais a Supersimetria e a Supergravidade. Recebeu a Medalha
Fields em 1990.

Após conhecermos o trabalho de alguns dos expoentes da física contemporânia, podemos


iniciar nossas considerações sobre a interação entre o espírito e a matéria. Devemos salientar
que apesar de todos os avanços no sentido de desvendar a natureza intima da matéria, ainda
não temos uma conclusão definitiva.
A figura abaixo é a sintese das nossas observações e conclusões, os textos servirão para
esclarecer os pontos obscuros.

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2.1. MATÉRIA OU ENERGIA?


Energia e Matéria são a mesma coisa, ou coisas diferentes, na verdade o que seria a matéria
ou o que seria a energia.
A resposta para esta pergunta foi uma incógnita até que em 1905, Albert Einstein, publica um
artigo que responde a pergunta: “A inércia de um corpo depende do seu conteúdo energético?”
O Artigo investiga a equivalência massa-energia, E=mc² (e, por consequência, a capacidade da
gravidade em "curvar" a luz), a existência da "energia de repouso" é à base da energia nuclear
(a conversão de matéria em energia por seres humanos e no cosmos).
Agora temos uma UNICIDADE, Matéria e Energia são dois estados de uma substância, ou algo
que ainda estamos à procura.

2.1.1. ORDENS DE GRANDEZA DA MATÉRIA:

Um dos problemas a serem ultrapassados é a nossa baixa percepção da ordem de grandeza


dos objetos envolvidos em nossa busca do saber. Em física o conceito de Ordem de Grandeza
é: A classe de escala ou magnitude de qualquer quantidade ou grandeza, onde cada classe
contém valores de uma razão à classe que a precede. A razão mais comumente usada é 10.
A ordem de magnitude de um número é, intuitivamente falando, o número de potências de
10 contidas no número. Mais precisamente, a ordem de magnitude de um número pode ser
definida em termos do logarítmo decimal, usualmente como a parte inteira do logaritmo, obtida
por truncamento. Por exemplo, 4.000.000 tem um logaritmo decimal de 6,602; sua ordem de
magnitude é 6, ou seja, é uma posição aproximada numa escala logarítmica.
Vejamos nossa classe de magnitude:

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OBJETO TAMANHO MAGNITUDE

Diâmetro da Via
Láctea:
1021 m
945.430.000.000.000.0
00.000m

diâmetro do sol:
1.391.000.000m
1010 m

Diâmetro da Terra:
107 m
6.378.000m

Diâmetro do Átomo:
10-10 m
0,000.000.000.2 m

Quark:
0,000.000.000.000.000
10-35 m
.000.000.000.000.000.
000.01 m

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2.1.2. OS QUARKS

O quark, na física de partículas, é uma partícula elementar e um dos dois elementos básicos
que constituem a matéria (o outro é o lépton). Quarks se combinam para formar partículas
compostas chamadas hádrons, os mais estáveis desse tipo são os prótons e os nêutrons, que
são os principais componentes dos núcleos atômicos. Devido a um fenômeno conhecido como
confinamento, quarks nunca são diretamente observados ou encontrados isoladamente; eles
podem ser encontrados apenas dentro de hádrons, como os bárions (categoria a que
pertencem os prótons e os nêutrons), e os mésons. Por esta razão, muito do que se sabe
sobre os quarks foi elaborado a partir das observações dos próprios hádrons.
Existem seis tipos de quarks, conhecidos como sabores: up, down, strange, charm, bottom, e
top. Os quarks up e down possuem as menores massas entre todos os quarks. Os quarks mais
pesados mudam rapidamente para quarks up ou down por meio de um processo de
decaimento, que é a transformação de um estado de maior massa a um estado de menor
massa. Devido a isso, quarks up e quarks down são geralmente estáveis e são os mais
comuns no universo, enquanto que os quarks strange, charm, bottom e top só podem ser
produzidos em colisões de alta energia (como as que envolvem os raios cósmicos e em
aceleradores de partículas).
Quarks possuem várias propriedades, como a carga elétrica, a massa, a carga de cor e o spin.
Quarks são as únicas partículas elementares do modelo padrão da física de partículas que
experienciam todas as quatro forças fundamentais (eletromagnetismo, gravidade, força forte e
por último a força fraca). São as únicas partículas conhecidas cuja carga elétrica não é um
múltiplo inteiro da carga elementar. Para cada sabor de quark há um tipo correspondente de
antipartícula, denominada antiquark, que difere do quark apenas pelo fato de que algumas das
suas propriedades têm igual magnitude, mas sinais opostos.

2.1.3. OBSERVAÇÃO DOS QUARKS

O modelo de quarks foi proposto de forma independente pelos físicos Murray Gell-Mann e
George Zweig em 1964. Os quarks foram introduzidos como parte de um esquema de
organização dos hádrons, e havia pouca evidência de sua existência física até os experimentos
de Espalhamento Inelástico Profundo no Centro de Aceleração Linear de Stanford em 1968.
experiências com os aceleradores forneceram evidências para todos os seis sabores de
quarks, sendo que o quark top foi o último a ser descoberto, no Fermilab, em 1995.

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Centro de Aceleração Linear de Stanford (SLAC) é um laboratório dos Estados Unidos que
abriga um acelerador linear de partículas com 3 quilômetros de extensão e faz parte da
Universidade de Stanford.
Os aceleradores de partículas são equipamentos que fornecem energia a feixes de partículas
subatômicas eletricamente carregadas. Todos os aceleradores de partículas possibilitam a
concentração de grande energia em pequeno volume e em posições arbitradas e controladas
de forma precisa.
Os aceleradores lineares fazem a partícula seguir uma trajetória reta onde a energia final
obtida é proporcional à soma das diferenças de potencial geradas a partir dos mecanismos de
aceleração dispostos ao longo da trajetória.
Equipamentos geram um campo magnético longitudinal móvel para fornecer energia cinética
para os elétrons. Estes elétrons estão dentro de uma câmara de aceleração composta de um
tubo de vácuo cilíndrico, tipo cavidade ressonante, ou guia de ondas, que dirige o campo
acelerador. O elétron é acelerado pelo dispositivo e se desloca cada vez com maior velocidade
até chegar ao fim do tubo. Neste ponto existe uma barreira onde o elétron se choca, se
“desmontando”, sensores detectam as partículas resultantes.

2.1.4. OS FÓTONS

O fóton é a partícula elementar mediadora da força eletromagnética. O fóton também é o


quantum da radiação eletromagnética (incluindo a luz). O termo fóton foi cunhado por Gilbert
Newton Lewis em 1926. Ele interage com os elétrons e núcleo atômico sendo responsável por
muitas das propriedades da matéria, tais como a existência e estabilidades dos átomos,
moléculas, e sólidos.

Em alguns aspectos um fóton atua como uma partícula, sendo a explicação satisfatória para
esse efeito foi dada em 1905, por Albert Einstein pelo Efeito fotoelétrico. Em outras ocasiões,
um fóton se comporta como uma onda, tal como quando passa através de uma lente ótica. De
acordo com a conhecida dualidade onda-partícula da mecânica quântica, é natural para um
fóton apresentar ambos aspectos na sua natureza, de acordo com as circunstâncias que se
encontra.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 29


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Normalmente, a luz é formada por um grande número de fótons, tendo a sua intensidade ou
brilho ligado ao número deles. Para baixas intensidades, são necessários equipamentos muito
sensíveis, como os usados em astronomia, com milhares de detectares individuais de fótons.

2.1.5. EXPERIÊNCIA COM OS FÓTONS

Especulações sobre a natureza da luz remontam à Antiguidade. Por volta da segunda metade
do século XVII, duas classes de teorias haviam sido estabelecidas, uma favorecendo as
partículas, e outra as ondas. A primeira dessas classes era associada a Isaac Newton e
defendia que a luz era composta de minúsculas partículas, corpúsculos. A outra sustentava
que a luz era transmitida da mesma forma que o som, por ondas, e seus defensores eram:
René Descartes, Christiaan Huygens, Robert Hooke e Leonard Euler.
As Teorias tanto sobre ondas quanto sobre corpúsculos podiam explicar porque a luz segue
geralmente em linha reta, a lei do reflexo e a refração. O teste decisivo entre as teorias rivais
parecia localizar-se na difração e interferência. A experiência da dupla fenda de Thomas
Young, realizada em 1800 e anunciada perante a Royal Society de Londres, é um ponto de
virada crucial na história da ciência, pois prova após um século de debates, que a luz não era
composta de partículas, mas existia na forma de onda.
Até hoje, todos os calouros de física repetem a experiência de Young no laboratório. Nesta, um
feixe de laser é passado por duas fendas estreitas, separadas por uma fração de milímetro,
gravadas em uma lâmina opaca. Em uma parede distante, em vez de um único feixe ou raio, o

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que vemos é uma série de faixas claras e escuras, que chamamos de franjas de interferência.
A grande contribuição de Thomas Young para a ciência da óptica foi sua teoria das ondas e
sua explicação do princípio da interferência. Juntos os trabalhos de Young, Arago, Fresnel e
outros forçaram gradualmente a aceitação da teoria das ondas para a luz, e a teoria
corpuscular foi finalmente abandonada por volta de 1830.

A experiência da dupla fenda prova inequivocamente a chamada mecânica quântica, ou


ondulatória, que deve basear-se em noções essencialmente diferentes da mecânica clássica.
Pois na quântica não existe o conceito de trajetória da partícula. Esta circunstância constitui o
conteúdo do chamado princípio da incerteza, ou princípio da indeterminação, que é um dos
fundamentos da mecânica quântica e foi proposto em 1927 por Werner Heisenberg.
Sugerimos assistir: https://www.youtube.com/watch?v=gAKGCtOi_4o
https://www.youtube.com/watch?v=M7dBhG0PWog
https://www.youtube.com/watch?v=dbMdy8q4CRo
https://www.youtube.com/watch?v=eJdkPlaKdWg

2.2. EXPERIÊNCIA COM GERADORES ALEATÓRIOS

Experiência com Geradores de números aleatórios (RNG) são comuns desde o século XX, em
1971 Schmidt (SCHMIDT, 1976) publica um experimento no qual utilizou esse
equipamento para produzir o acendimento de lâmpadas coloridas dispostas na forma
de círculo. O objetivo do experimento consistia em que o sujeito, quebrando a
aleatoriedade do acendimento das lâmpadas, fizesse com que elas piscassem no
sentido horário, completando uma volta completa. Os resultados obtidos com um dos
sujeitos selecionados foram altamente significativos, sendo esperados por acaso uma
vez a cada cem milhões de vezes.

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Em 1987 Dean Radin e Roger Nelson (RADIN, 1997) conduziram uma meta-análise
dos experimentos RNG. Baseando-se em 152 referências publicadas entre 1959 a
1987, encontraram 832 estudos conduzidos por 68 diferentes pesquisadores, incluindo
597 estudos experimentais e 235 estudos controle. Dos 597 estudos experimentais,
258 foram desenvolvidos na Universidade de Princeton (laboratório PEAR) e 127
estudos controle. Em 1996 Roger Nelson e seus colegas da universidade de Princeton
avaliam o efeito RNG de 1.262 experimentos independentes gerados por 108 pessoas,
como associado a uma probabilidade que se esperaria devido ao acaso uma vez a cada 4000
vezes (RADIN, 1997).
Nos experimentos de campo com RNGs a mudança de estado de consciência de pequenos ou
grandes grupos de indivíduos parece aumentar a ordem dos resultados dos RNGs. Um estudo
que exemplifica essa área foi desenvolvido por Richard Broughton (1999), que examinou os
dados de 9 RNGs gerados em várias partes do mundo, durante a chegada do ano “novo” de
1999. Dezesseis locais foram monitorados (16 zonas de tempo), oito deles foram escolhidos
pelo critério de desenvolverem celebrações máximas e mais oito para celebrações mínimas na
entrada do ano. Como era esperado, os dados recolhidos em tomo dos primeiros minutos, para
a virada do ano das zonas de celebração máxima, foram significativos, X2=43761,l, df=43200, p
=0.03. Já os dados das zonas de celebração mínima não foram significativos, X 2=43413,8
df=43200. A soma dos dados de controle, tomados no dia dois de janeiro, para ambos os tipos
de zona, não foram significativos (BROUGHTON, 1999).

BIOGRAFIA:

BROUGTON, R. S. Exploring repeated sampling techniques in Field-RNG research. In: THE


PARAPSYCHOLOGICAL ASSOCIATION ANNUAL CONVENTION, 42., 1999, Palo Alto.
Proceedings of Presented Papers... Palo Alto: Parapsychological Association, 1999. p. 35-
47.
EYSENCK, H. J.; SARGENT, C. Explicando lo inexplicado. Barcelona: Editorial Debate,
1993.
SCHMIDT, H. O instrumental no laboratório de parapsicologia. In: BELOFF, J. Parapsicologia
hoje. Rio de Janeiro: Arte Nova, 1976.
RADIN, D. The conscious universe: the scientific truth of psychic phenomena. San Francisco:
Harper Edge, 1997.

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2.3. TEORIA DAS SUPERCORDAS


Na dimensão em que vivemos é Newtoniana, logo é aparentemente plana e sem nenhuma
ruptura e eventualmente ocorrem grandes turbulências. Estas turbulências indicam que há algo
mais, como as que vemos dentro de um plano Relativístico, ou seja, um plano explicado pela
teoria da Relatividade Geral. Mas esta não explica tudo, principalmente os processos que
verificamos no microcosmo, no infinitamente pequeno, cujas turbulências afetam
profundamente nossa realidade. A parte da ciência que estuda este microcosmo é a Mecânica
Quântica.
A Teoria Quântica iniciou como a ideia que o espaço infinitesimal era uma miniatura do sistema
solar e da Via Láctea, assim até boa parte do século XX era baseada em partículas
puntiformes. Estas bases iniciais foram abaladas quando se tentou criar uma teoria quântica de
campo gravitacional, pois, abaixo da Escala de Planck (distância da ordem de 10-35 metros), o
espaço tornava-se tão plano que, a aplicação da teoria da Relatividade Geral, baseada na
geometria do matemático Georg Friedrich Bernhard Riemann, não se aplicava.
Por muito tempo foi difícil haver uma percepção quântica da gravidade, devido principalmente
ao espaço e as interações entre as partículas puntiformes. Na tentativa de explicar estas
interações foi proposta a Teoria das Supercordas que promove uma nova visão daquilo que um
dia pensou-se ser impossível: a Unificação da Física. Teríamos assim um postulado único que
explicaria tudo o que existe.
A teoria das cordas afirma que as menores unidades constituintes da matéria existente e das
partículas elementares da natureza são minúsculas cordas vibratórias oscilantes feitas de
energia, e que, variando a oscilação e vibração dessas, cria-se a matéria conhecida, em todos
seus aspectos, incluindo as partículas componentes das forças fraca, forte, eletromagnética e a
própria gravidade. Há ainda a inclusão das ondas, como exemplo a luz, que é constituída por
fótons, as quais são formados por minúsculas cordas. Tal característica da luz, de ser onda e
partícula ao mesmo tempo, denomina-se dualidade onda-partícula.
A figura abaixo demonstra como estes partículas e as cordas se unem para forma a matéria, no
caso o próton.

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Assim, várias equações descrevem as mais diversas características das cordas assim como
seus padrões vibratórios, que produzem as partículas conhecidas por nós e outras ainda não
observadas como o gráviton (partícula mensageira da força gravitacional). O grande problema
encontrado era de que as equações que descrevem a natureza física delas divergiam entre si,
tendo, ao final, cinco diferentes versões da teoria chamadas: Teoria do Tipo I, Tipo II(A), Tipo
II(B), Heterótica-O e Heterótica-E.

2.4. TEORIA DAS MEMBRANAS


Inicialmente, o termo Teoria-M foi apresentado ao mundo numa palestra admirada,
apresentada por Edward Witten em 1995, na chamada Segunda Revolução das Cordas.
Teoria-M é uma teoria que unifica as cinco diferentes Teorias das cordas, mais a Supersimetria
e a Supergravidade. Essa teoria diz que tudo, matéria e campo, é formada por membranas, e
que o universo flui através de 11 dimensões. Teriamos então 3 dimensões espaciais (altura,
largura, comprimento), 1 temporal (tempo) e 7 dimensões recurvadas, sendo a estas atribuídas
outras propriedades, como massa e carga elétrica.
Na Teoria-M as cordas podem variar o valor do coeficiente de acoplamento, e a variação deste
coeficiente faz variar sua configuração e faz surger as figuras chamadas de branas ou, em
termos mais específicos, p-branas, que são objetos estendidos. Dessa forma uma 1-brana é
uma corda, uma 2-brana é uma membrana, uma 3-brana possui três dimensões estendidas e
assim sucessivamente. De forma geral, uma p-brana possui p dimensões (O Universo Numa
Casca de Noz, Stephen W. Hawking, Ed. ARX).

2.4.1. PROBLEMA DAS CORDAS E DA TEORIA-M

O que está definindo a tonalidade vibratória da Supercorda?

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2.5. A RESPOSTA DA CIÊNCIA ESPÍRITA


No Livro dos Espíritos, Kardec recebe algumas respostas interessantes sobre a intimidade da
matéria, estas respostas são consistentes com os saberes da época. No entanto, são
profundamente alinhadas com os conceitos discutidos e aceitos na modera física quântica.
Reproduzimos abaixo:

L.E. p30. A matéria é formada de um só ou de muitos elementos?

”De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros
elementos, são transformações da matéria primitiva.”

** Quem responde sugere um elemento menos que o átomo, que era até então considerada a
menor parte da matéria até então, a ciência descobriu os Quarks e as supercordas.

L.E. p7. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da
formação das coisas?

Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa
primária.

** Quem responde sugere que existe uma força fora da matéria que age sobre ela e a organiza.
Atualmente os físicos Quânticos incorporaram o Observador Ativo, ou seja, a Consciência
interferindo e organizando os eventos quânticos. Este fato comprova a veracidade da resposta
dada pelo espírito comunicante.

L.E. p22a) — Que definição podeis dar da matéria?

“A matéria é o laço que prende o ESPÍRITO; é o instrumento de que este se serve e


sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce sua ação.” (12ª Dimensão)

** O espírito comunicante sugere que o espírito (princípio inteligente) interage com a matéria,
tanto organizando quanto sofrendo reflexos dela. Confirmando a teoria dos físicos Quânticos
que a Consciência interfere e organizar os eventos quânticos, mas acrescenta o mecanismo de
FeedBack ainda não incorporado nas teorias quânticas.

L.E. p76. Que definição se pode dar dos Espíritos?

“Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o


Universo, fora do mundo material.”

** O espírito comunicante confirma que o espírito não é constituído de matéria (princípio


inteligente). Assim Confirmando que a Consciência que age nas cordas está fora do Universo
material com teorizam os Físicos Quânticos.

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2.6. A 13ª DIMENSÃO


L.E. p27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o espírito?

“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria
constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal...”

13ª DEUS

12ª Espírito (Observador)

5ª a 11ª matéria/ energia

1ª a 4ª matéria/ Tempo

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CAPÍTULO 3:
ORDENS E CLASSE DOS
ESPÍRITOS

Este capítulo foi concebido para despertar no aluno um entendimento sobre os vários tipos de
espíritos encontrados no Plano Astral do planeta. Estes espíritos são muito parecidos com os
encarnados, pois já estiveram em nossa condição e voltarão a encarnar algum dia.
Conhecendo o perfil psicológico destes espíritos, os encarnados que vierem a interagir com
eles saberão o que esperar e com tratá-los sem medos ou receios.
Este capítulo seguirá a classificação apresentada por Kardec, no Livro dos Espíritos, pois
acreditamos ser a mais simples e adequada à nossa proposta. Existem outras classificações
na Teosofia, mas tratamentos destas no momento apropriado.

3.1. ORDENS DOS ESPÍRITOS


A classificação dos Espíritos de Kardec funda-se no seu grau de desenvolvimento, nas
qualidades por eles adquiridas e nas imperfeições de que ainda não se livraram. Esta
classificação nada tem de absoluta, nenhuma categoria apresenta caráter bem definido, a não
ser no conjunto, de um grau a outro, a transição é insensível, pois, nos limites, as diferenças se
apagam como nos reinos da Natureza, nas cores do arco-íris ou ainda nos diferentes períodos
da vida humana.

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Pode-se formar um número maior ou menor de classes, de acordo com a maneira com que se
considera o assunto. Como em qualquer sistema de classificação científica pode-se ser mais
ou menos completo, mais ou menos racional, mas, seja como for, nada altera quanto ao
fenômeno observado.
As ordens ou graus em uma escala que procura avaliar a perfeição dos espíritos são ilimitados
em número, porque entre elas não há linhas de demarcação bem definidas, de sorte que as
divisões podem ser multiplicadas ou restringidas livremente. Todavia, considerando-se os
caracteres gerais dos Espíritos. Podemos dividi-los em três categorias principais, como
indicado na figura abaixo:

Na figura, podemos observar três categorias principais ou três grandes divisões, que se
caracterizam por:
 ESPÍRITOS IMPERFEITOS se localizam na base da escala, são caracterizados pela
predominância da matéria sobre o espírito e pela propensão ao mal;
 ESPÍRITOS BONS se localizam no meio da escala, são caracterizados pela
predominância do espírito sobre a matéria e pelo desejo de praticar o bem;
 ESPÍRITOS PUROS se localizam no ápice da escala, compreendem os que atingiram o
supremo grau de perfeição.

3.1.1. TERCEIRA ORDEM: ESPÍRITOS IMPERFEITOS

São os espíritos que estão localizados na base da escala e possuem as seguintes


características gerais:
 Predominância da matéria sobre o espírito. Propensão ao mal, Ignorância, orgulho,
egoísmo, e todas as más paixões que lhes seguem. Têm a intuição de Deus, mas não o
compreendem;

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 Nem todos são essencialmente maus; em alguns, há mais leviandade. Outros não
fazem o bem, nem o mal; mas pelo simples fato de não fazerem o bem, revelam sua
inferioridade. Há os que se comprazem no mal e ficam satisfeitos quando encontram
ocasião de praticá-lo;
 Podem aliar a inteligência à maldade ou à malícia; mas, qualquer que seja o seu
desenvolvimento intelectual, suas ideias são pouco elevadas e os seus sentimentos
mais ou menos abjetos, próprias da índole pobre.
 Esta ordem pode ser dividida em 5 classes distintas a saber:
a) Espíritos Impuros;
b) Espíritos Levianos;
c) Espíritos Pseudo-sábios;
d) Espíritos Neutros;
e) Espíritos Batedores/Pertubadores.

3.1.2. SEGUNDA ORDEM: ESPÍRITOS BONS

São os espíritos que estão localizados do meio da escala e possuem as seguintes


características gerais:
 Predomínio do Espírito sobre a matéria e o desejo do bem. Suas qualidades e suas
possibilidades de fazer o bem estão na razão do grau que atingiram. Alguns possuem a
ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais adiantados juntam ao seu saber as
qualidades morais. Como ainda não completamente desmaterializados, conservam
mais ou menos, os traços da existência corpórea, seja na linguagem, seja nos hábitos,
até mesmo algumas de suas manias;
 Compreendem Deus e o infinito e já desfrutam da felicidade dos bons. Sentem-se
felizes quando fazem o bem e quando impedem o mal. O amor que os une é para eles
uma fonte de inefável felicidade, não alterada pela inveja, nem pelos remorsos, ou por
qualquer das más paixões que atormentam os Espíritos imperfeitos; mas terão ainda de
passar por provas, até atingirem a perfeição absoluta.
 Esta ordem pode ser dividida em 4 classes distintas a saber:
a) Espíritos Benévolos
b) Espíritos Sábios
c) Espíritos Prudentes
d) Espíritos Superiores

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3.1.3. PRIMEIRA ORDEM: ESPÍRITOS PUROS

São os espíritos que estão localizados do ápice da escala e possuem as seguintes


características gerais:
 Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, em relação
aos Espíritos das outras ordens.
 Percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da
matéria. Havendo atingido a soma de perfeições de que é suscetível à criatura, não têm
mais provas nem expiações a sofrer. Não estão mais sujeitos à reencarnação em
corpos físicos, vivem a vida eterna.
 Gozam de uma felicidade inalterável, porque não estão sujeitos nem às necessidades
nem às vicissitudes da vida material, porém essa felicidade não é a de uma ociosidade
monótona, vivida em contemplação perpétua. São os mensageiros e os ministros de
Deus, cujas ordens executam, para a manutenção da harmonia universal.
 Esta ordem possui uma Classe Única denominada de Espíritos Perfeitos, ao qual a
Teosofia a subdivide em outras classes.

3.2. CLASSES DOS ESPÍRITOS

3.2.1. DÉCIMA CLASSE: ESPÍRITOS IMPUROS

Esta Classe se caracteriza por:


 São inclinados ao mal, de que fazem o objeto de suas preocupações. Como Espíritos,
dão conselhos pérfidos, sopram a discórdia e a desconfiança e se mascaram de todas
as maneiras para melhor enganar.

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 Ligam-se aos homens de caráter suficientemente fraco para que estes cedam às suas
sugestões, a fim de induzi-los à perdição, satisfazem-se quando logram êxito. Retardar-
lhes o adiantamento, fazendo-os sucumbirem nas provas das quais precisam passar.

3.2.2. NONA CLASSE: ESPÍRITOS LEVIANOS

Esta Classe se caracteriza por:


 São ignorantes, maliciosos, irrefletidos e zombeteiros. Metem-se em tudo, a tudo
respondem, sem se incomodarem com a verdade. Gostam de causar pequenos
desgostos e ligeiras alegrias, de intrigas, de induzir maldosamente em erro, por meio de
mistificações e de espertezas.

3.2.3. OITAVA CLASSE: ESPÍRITOS PSEUDOSSÁBIOS

Esta Classe se caracteriza por:


 Seus conhecimentos são relativamente amplos, por isso julgam-se saber mais do que
realmente sabem.
 Tendo realizado alguns progressos em determinados sentidos, sua linguagem poderá
ter um caráter sério, que pode iludir quanto às suas capacidades e às suas luzes. Na
verdade isso frequentemente não é mais do que reflexos dos preconceitos e das ideias
sistemáticas, que tiveram na vida terrena.
 Sua linguagem é uma mistura de algumas verdades, com os erros crassos.
Caracterizam-se também pela presunção, o orgulho, a inveja e a teimosia, das quais
ainda não puderam ainda despir-se.

3.2.4. SÉTIMA CLASSE: ESPÍRITOS NEUTROS

Esta Classe se caracteriza por:


 Nem são bastante bons para fazerem o bem, nem bastante maus para fazerem o mal;
tendem tanto para um como para outro lado, e não se destacam sobre a condição
pouco evoluída da humanidade, quer pela moral ou pela inteligência. Apegam-se às
coisas deste mundo, saudosos de suas grosseiras alegrias.

3.2.5. SEXTA CLASSE: ESPÍRITOS BATEDORES/ PERTURBADORES

Esta Classe se caracteriza por:


 Estes Espíritos não formam uma classe distinta quanto às suas qualidades pessoais, e
podem pertencer a todas as classes da terceira ordem;
 Manifestam suas presenças por efeitos sensíveis e físicos, como golpes, movimento e
deslocamento anormal de corpos sólidos, agitação do ar, etc.;

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 Estão mais apegados à matéria do que os outros, sendo os agentes principais das
vicissitudes dos quatro elementos (ar, água, terra e fogo).

3.2.6. QUINTA CLASSE: ESPÍRITOS BENÉVOLOS

Esta Classe se caracteriza por:


 Suas qualidades dominantes são a bondade e a fraternidade. Gostam de prestar
serviços aos homens e de os protegerem, porém seu saber é limitado.
 Seu progresso realiza-se mais no sentido moral que no intelectual.

3.2.7. QUARTA: ESPÍRITOS SÁBIOS

Esta Classe se caracteriza por:


 O que especialmente os distingue é a amplitude dos conhecimentos adquiridos.
 Suas preocupações precípuas são para com as questões da ciência e sua utilidade
para o progresso científico humano, tudo isso, obviamente sem deixar de lado as
questões morais. Realizam esse processo livres das paixões humanas, próprias dos
espíritos imperfeitos.

3.2.8. TERCEIRA CLASSE: ESPÍRITOS PRUDENTES

Esta Classe se caracteriza por:


 Caracterizam-se pelas qualidades morais de ordem mais elevada. Sem ainda possuir
conhecimentos ilimitados, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes
permitem julgar com precisão os homens e as coisas.

3.2.9. SEGUNDA CLASSE: ESPÍRITOS SUPERIORES

Esta Classe se caracteriza por:


 Reunirem a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua linguagem, que só transpira
benevolência, é sempre digna, elevada, e frequentemente sublime. Sua superioridade
os torna, mais que os outros, aptos a nos proporcionar as mais justas noções sobre as
coisas do mundo incorpóreo, dentro dos limites do que nos é dado conhecer.
 Comunicam-se voluntariamente com os que procuram de boa fé a verdade e cujas
almas estejam bastante libertas dos liames terrenos, para compreendê-la; mas afastam-
se dos que são movidos apenas pela curiosidade ou que, pela influência da matéria, se
desviam da prática do bem.

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3.2.10. PRIMEIRA CLASSE: ESPÍRITOS PUROS

Esta Classe se caracteriza por:


 Dirigem a todos os Espíritos que lhes são inferiores, ajudam-nos a se aperfeiçoarem e
determinam as suas missões. Assistem os homens nas suas angústias, incita-os ao
bem ou à expiação das faltas que os distanciam da felicidade suprema, é para eles uma
ocupação agradável.
 São, às vezes, designados pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins.

3.3. CLASSE ESPECIAL

Esta classe é composta de espíritos que possuem condições para se candidarem ao mundo de
regeneração.
Segundo o autor Robson Pinheiro em suas Trilogias das Trevas e “Os Filhos da Luz”, como
também a série “Crônicas da Terra”, nos revela que os primeiros povos a serem transmigrados
para o planeta Terra vieram do Planeta Nibirú à mais de 400 mil anos.
Estes transmigrados vieram para terra em corpos Físicos e em corpos Astrais. Ao chegarem,
foram distribuídos nos planos correspondentes do planeta, assim os no plano físico começaram
a criar novos corpos para criaturas que utilizariam para ajudá-los nas tarefas diárias. Os corpos
que habitamos atualmente é fruto deste trabalho.
A cerca de 50 mil anos, os primeiros que aqui chegaram receberam outros transmigrados de
pelo menos seis planetas diferentes. Esta chegada gerou conflitos entre as várias raças aqui
abrigadas, pois todos os espíritos aqui aprisionados possuíam o mesmo traço de caráter “O
Apego ao Poder”, ou a seus mandatários.
O PODER foi à mola do desenvolvimento das sociedades neste planeta, milhares de guerra
pela conquista e manutenção de Poder sobre nações, grupos, família e indivíduos, são comuns
em nossa história até na atualidade.
Neste momento importante em que o Planeta está em transição para Mundo de Regeneração,
novas energias estão despertando a população encarnada e desencarnada para sua realidade
divina. Este despertar impulsiona vários espíritos e almas à procurarem a espiritualização,
assim as igrejas, templos e outros locais se encham de pessoas a procura de ajuda e
esclarecimento.
Este movimento se intensifica a todo o momento, pois já estava previsto no Livro do
Apocalipse, “Os convidados das Bodas do Cordeiro”, e é preciso que os “Trabalhadores da
última hora” se apresentem, e que possuam o atributo da BOA VONTADE.

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A transição planetária impõe duas ações, a primeira é a “separação do joio do trigo”, que
significa que “Quem não obter os requisitos mínimos para permanecer no Planeta” deverá ser
transferido para outro.
A segunda é promover a última oportunidade para os que ainda possuem alguma possibilidade
de atingir este nível mínimo. Estes espíritos estão distribuídos por todas as classes da Ordem
Inferior, inclusive nós.
Esta é uma classe especial, pois já despertaram para sua realidade de filho de Deus e ouviram
o SEU chamado. Agora se esforçam para atender este chamado.

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CAPÍTULO 4:
EVOLUÇÃO DOS
ESPÍRITOS E CARMA

O objetivo deste capítulo é promover a compreensão dos processos de evolução dos espíritos
e o conceito de carma e seus processos. Para compor o conteúdo programático deste capítulo
vamos recorrer ao Livro dos Espíritos, Evangelho Segundo o Espiritismo, Física, Química,
psicologia, antropologia entre outros saberes.
A pergunta inicial deveria ser como Deus criou os espíritos, que Kardec perguntou aos espíritos
superiores, de modo a que eles pudessem responder de maneira compreensível para nós.
Teriam os espíritos sido criados bons, e outros maus?
 Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem nada saber. A cada um
deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de fazê-los chegar
progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, e para aproximá-los de
Si.
 Na perfeição, é que eles encontram a pura e eterna felicidade, porém passando
primeiro pelas provas que Deus lhes impõe. Uns as aceitam submissos, e chegam mais
depressa ao destino final. Outros só a suportam murmurando e assim, por sua culpa,
permanecem afastados momentaneamente da perfeição e da prometida felicidade.
Por esta resposta. Deus em nossa criação inseriu um vetor de desenvolvimento ou evolução
que devemos realizar com nossos próprios esforços, nos auxiliando mutuamente. E à medida
que trilhamos o caminho vamos nos tornando mais felizes e realizados. Assim estacionar ou se

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 45


APOSTILA: CURSO DE ESPIRITUALIDADE CONSCIENTE

acomodar num situação nos leva a tristeza e a dor. Estes instrumentos são para nos impelir
para frente até encontrá-Lo.

4.1. EVOLUÇÃO DO PRINCÍPIO INTELIGENTE

O princípio inteligente se inicia quando o Espírito (Elemento Inteligente Universal) entra em


contato com a matéria, este espírito não conhece a matéria e terá aprender tudo sobre ela, daí
vem a expressão “Ignorante”. Este espírito passará por um longo caminho de aprendizagem
para dominar as formas até a administração de organismos vivos, após aprender a expressar a
inteligência, quando deixará de ser conhecido por esta denominação.

Reino Mineral Reino Vegetal Reino Animal

Agregação/ União Sobrevivência Sobrevivência/


Ligações Químicas Nascer/ Crescer Inteligência/
Gravidade /Defender Organização Social
Química, Física, Química, Física, Química, Física,
Geologia, Astronomia Botânica Biologia, Etologia

4.2. REINO MINERAL

Em nosso nível de evolução, ainda é para nós uma incógnita a forma como Deus cria o
Princípio Inteligente, e como o reino mineral aproxima-nos desse período inicial da criação.
Naturalmente notamos que os Espíritos superiores são muito econômicos quando tratam desse
assunto, porque nos faltam palavras e conhecimento para uma compreensão mais abrangente.
Certamente, com o avanço da ciência, que se dá em um ritmo acelerado, futuramente teremos
mais orientações sobre a evolução do princípio espiritual no reino mineral.
A benfeitora Joanna de Ângelis, na obra “Iluminação Interior”, na primeira lição (A Divina
Presença), assevera que: ”... Manifestando-se em sono profundo nos minerais através dos
milhões de milênios, germina, mediante processo de modificação estrutural, transferindo-se
para o reino vegetal...”.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 46


APOSTILA: CURSO DE ESPIRITUALIDADE CONSCIENTE

Nesse mesmo sentido, Emmanuel, na obra “O Consolador”, diz que: “A escala do progresso é
sublime e infinita. No quadro exíguo dos vossos conhecimentos, busquemos uma figura que
nos convoque ao sentimento de solidariedade e de amor que deve imperar em todos os
departamentos da natureza visível e invisível. O mineral é atração. O vegetal é sensação. O
animal é instinto. O homem é razão. O anjo é divindade”.
É importante salientar que as mensagens de Joanna e Emmanuel estão em perfeita sintonia
com a codificação espírita, portanto, com Allan Kardec, mesmo quando afirmam que a
evolução do princípio espiritual inicia-se no reino mineral.
É sabido que o mineral é um corpo natural sólido e cristalino formado pelo resultado de
processos físico-químicos em ambientes geológicos e possuem como características a cor, o
brilho, a tenacidade, a dureza, a clivagem, o traço, a densidade e a tenacidade.
O mineral está submetido às forças de atração e repulsão, que terão um efeito evolutivo sobre
o princípio espiritual recém-criado, notadamente na sua estrutura energética inicial, conforme
orientação de Joanna de Ângelis.
Assim sendo, percebemos a exatidão da informação dos benfeitores espirituais quando, na
questão nº 540 de “O Livro dos Espíritos”, dizem que “... É assim que tudo serve, tudo se
encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, pois ele sempre começa pelo
átomo”.
Enfatize-se que o benfeitor espiritual Camilo, na obra “Nos Passos da Vida Terrestre”, no
capítulo I, através da mediunidade José Raul Teixeira, além de ratificar a informação de que o
princípio espiritual desenvolve-se em contato com as forças do reino mineral, ainda nos
esclarece que o átomo primitivo referido na questão acima é o átomo da matéria cósmica
primitiva, ainda ignorada pelos estudos humanos.
A questão nº 607-A do capítulo XI, da 2ª parte de O Livro dos Espíritos, que trata dos reinos
inferiores (mineral, vegetal e animal), portanto, quando os Espíritos superiores aduzem que é
nesses seres inferiores da criação que o princípio inteligente se elabora e individualiza-se,
incluem, obviamente, o reino mineral.
É inquestionável a frase de Léon Denis, na obra “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, a
saber: “Na planta, a inteligência dormita; no animal sonha; só no homem acorda, conhece-se,
possui-se e torna-se consciente”. Note-se que Léon Denis fala da inteligência e não do espírito.
Este, sim, dorme no mineral, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no hominal, numa
representação da escalada evolutiva do espírito, que, fatalmente, atingirá a perfeição relativa.
Dessa forma, dentro de nossa linguagem ainda empobrecida, poderíamos dizer que Deus cria
o princípio espiritual, que se expressa inicialmente como um foco de energia dispersa, sendo
que no reino mineral essa energia se submeteria à ação da lei de atração e repulsão, que
basicamente gera a aglutinação da matéria, a fim de que possa conquistar a solidez, obtendo
uma estrutura energética mais individualizada, no rumo da complexidade.

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Juntando estas informações prestadas pelos espíritos ao nosso conhecimento de Física


Quântica atual, podemos dizer que o Espírito Imaterial aprende inicialmente a tocar as
Supercordas para formar os elementos constitutivos dos átomos. Numa segunda fase, o
Espírito aprende a juntar os átomos para formar redes cristalinas e compostos químicos. Na
terceira e ultima fase aprende a controlar as moléculas que compõe a vida, quando tem
condições de reproduzir uma Molécula de DNA entra noutro reino, o reina da vida
microscópica, que os espíritos chamam de Vegetal, devido aos conhecimentos da época e os
mantém assim até hoje.

4.3. REINO VEGETAL

Após adquirir a capacidade de aglutinar os diversos elementos da matéria em sua


peregrinação pelos minerais, o princípio espiritual vai iniciar outra etapa de sua longa carreira
evolutiva. Identificam-se com os vírus, logo a seguir com as bactérias rudimentares, as algas
unicelulares e, sucedendo-as, com as algas pluricelulares. O princípio inteligente passa então a
vivenciar as experiências nos vegetais mais complexos, melhor estruturados, onde ele vai
adquirir a capacidade de reagir direta ou indiretamente a qualquer mudança exterior
(irritabilidade) e depois a faculdade de sentir, captar e registrar as alterações do meio que o
cerca (sensação) - conquistas do princípio espiritual em seu percurso pelo reino vegetal.
As plantas, compostas de matéria inerte, são dotadas de vitalidade (LE, 585); e embora
possuindo fisiologia específica, não tem consciência de sua existência; não pensam e não têm
mais do que vida orgânica. Assim, não experimentam sensações nem sofrem quando são
mutiladas: ...são fisicamente afetadas por ações sobre a matéria, mas não tem percepções; por
conseguinte, não têm a sensação de dor (LE, 587).
Algumas plantas, porém, têm determinados movimentos fisiológicos que levam á impressão de
possuírem não apenas sensibilidade, como também uma espécie de vontade, como ocorre, por
exemplo, com a sensitiva e a dioneia (LE, 589). Mas isto não significa que ambas possuam a
faculdade de pensar; elas representam, sim, formas intermediárias entre o reino vegetal e o
animal.
Mesmo nos mundos superiores, as plantas são sempre plantas, como os animais são sempre
animais, e os homens sempre homens (LE, 591).

4.4. REINO ANIMAL

O Princípio Inteligente desenvolve uma “energia pensante”, que o possibilita o seu ingresso no
reino animal. O princípio inteligente vai desdobrar-se entre os espongiários, os celenterados, os
equinodermos e crustáceos, anfíbios, répteis, os peixes e as aves, até chegar aos mamíferos.
Neste imenso percurso, o elemento espiritual estará enriquecendo a sua estrutura energética,
aprimorando o seu psiquismo rudimentar e assimilando os valores múltiplos da organização, da

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reprodução, da memória, da autopreservação, enfim, dos diversos instintos, preparando-se


para a sublime conquista da razão.
Afirma-se que a conquista maior do princípio inteligente em sua passagem pelos animais foi o
instinto. Denomina-se instinto às formas de comportamento dos organismos que não são
adquiridas durante a vida, mas herdadas. São impulsos naturais involuntários pelo qual os
seres executam certos atos de forma mecânica, sem conhecer o fim ou o porquê desses atos
(como o gato enterrar suas fezes e urina, ou certos pássaros fazerem seus ninhos de certa
forma). No entanto, em muitos animais, especialmente nos animais superiores (macaco, cão,
gato, cavalo, muar e o elefante), já se identifica uma inteligência rudimentar. Além dos atos
instintivos, observa-se, às vezes, atitudes que demandam certo grau de perspicácia e lucidez.
Seria uma forma primitiva de inteligência relacionada apenas a coisas que importam à
autopreservação do animal.
Os Animais apesar de não desfrutarem do livre-arbítrio, não são simples máquinas; possuem
uma liberdade de ação, embora limitada e restrita aos atos da vida material, pois sua
inteligência limitada os possibilita tais ações. Esta inteligência advém de um princípio
inteligente que adquiriu o status de “alma”, que é inferior à do homem. Há, entre a "alma" dos
animais e a do homem tanta distância quanto entre a alma do homem e Deus (LE, 597a).
Como os animais não possuem "alma" propriamente dita, mas um princípio espiritual, após a
morte conserva sua individualidade, mas não a consciência de si mesmos, uma vez que a vida
inteligente permanece em estado latente. Ficam numa espécie de erraticidade, pois não estão
mais unidos a matéria, mas nem por isso são Espíritos errantes. Espírito errante é um ser que
pensa e age por sua livre vontade, sendo a consciência de si mesmo seu atributo principal; o
dos animais não têm a mesma faculdade (LE, 600).
Os animais também acompanham a lei do progresso e nos mundos superiores suas
possibilidades são bem mais desenvolvidas, embora permanecendo sempre inferiores e
submetidos aos homens; toda evolução inclusive a animal, decorre em função da ordem
natural das coisas. Mas, mesmo nestes mundos e por não possuírem livre-arbítrio, não passam
pelo processo expiatório e ignoram a existência de Deus.
André Luiz diz que nos animais superiores observa-se um pensamento descontínuo e
fragmentário, a partir do qual vai desenvolver-se o pensamento contínuo do reino honimal.

4.5. INSTINTO

Instinto designa, em psicologia, etologia, biologia e outras ciências afins, predisposições inatas
para a realização de determinadas sequências de ações (comportamentos) caracterizadas
sobretudo por uma realização estereotipada, padronizada, predefinida. Devido a essas
características, supõe-se uma forte base genética para os instintos, ideia defendida já por
Darwin. Os mecanismos que determinam a influência genética sobre os instintos não são

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completamente compreendidos, uma vez que se desconhecem as estruturas genéticas que


determinam sua hereditabilidade.
Instintos são típicos do comportamento animal, sobretudo com relação a comportamentos que
favorecem a sobrevivência da espécie (acasalamento, busca de alimento, construção de
ninhos, fuga). Os comportamentos instintivos podem assumir formas muito complexas, com
longas sequências de ações especializadas para determinados fins (por exemplo, a reprodução
e a alimentação nos insetos).
O etólogo alemão Konrad Lorenz propôs uma diferenciação entre a “ação final” (em tradução
literal do alemão Erbkoordination, “coordenação herdada”), típica do comportamento instintivo,
e o “comportamento de apetência”, ou seja, a busca ativa de situações que permitam a
realização do ato instintivo. O instinto em si é desencadeado através de um estímulo-chave, e,
uma vez desencadeado, se desenvolve automaticamente, não podendo ser modificado por
influência externa. Já o comportamento de apetência pode ser influenciado pelo aprendizado,
por condições ambientais e, no ser humano, pela influência de processos cognitivos
(pensamento).

4.6. EVOLUÇÃO DO ESPÍRITO

Quando o princípio inteligente domina a vida e inicia a manifestação de sua inteligência de


modo ostensivo, este passa a ser denominado de Espírito. Esta denominação não pode ser
confundida com o Espírito “Elemento Inteligente Universal”, apesar de mesma denominação,
um é imaterial e o outro manifestado na matéria. O “Elemento Inteligente Universal
Individualizado” age na matéria para promover sua evolução, nesta fase de manifestação da
inteligência e da Razão. O princípio Inteligente adentra o Reino Elemental.

Reino Elemental Reino Hominal

Plano Astral Mundos Primitivos Provas & Expiações

Despertar da Razão/ Sobrevivência/ A Razão domina sobre os


instintos
Inteligência/
Consciência
Inteligência Razão

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4.7. REINO ELEMENTAL

Os elementais são seres singulares, multiformes, invisíveis, sempre presentes em todas as


atividades da Natureza, fora do plano físico. São veículos da vontade criadora,
potencializadores das forças, leis e processos naturais. Sua existência é constatada por muitos
e ignorada pela maioria. Em síntese, podemos dizer que eles são os executores das
manifestações do instinto entre os animais, levando-os a agir desta ou daquela maneira, sendo
essa, uma de suas mais úteis e interessantes tarefas.
Os povos antigos se referiram a eles, e milhares os viram e ainda os vêem, quando são
videntes, ou quando exteriorizados dos corpos físicos (emancipação da alma); e farta é a
literatura espiritualista que os noticia; e no próprio Espiritismo há referências sobre eles como
figuras vivas e familiares aos médiuns videntes e de desdobramento. As questões 536 a 540
do O Livro dos Espíritos que versam sobre “a ação dos Espíritos sobre os fenômenos da
Natureza”.
A ação dos elementais é narrada no livro O Centro Espírita, de J.Herculano Pires, pg. 105,
capítulo 12, que fala sobre o fim do mundo, há um trecho onde Herculano Pires afirma: “... os
fisiólogos gregos sabiam disso, e quando Tales de Mileto se referia aos deuses que enchiam o
mundo, em todas as suas dimensões, afirmava o princípio espírita de que a estrutura
planetária, em seus mínimos detalhes, é controlada pelos Espíritos incumbidos da manutenção
da Terra, desde os simples elementais (ainda em evolução para a condição humana), até os
Espíritos Superiores, próximos da Angelitude, que supervisionam e orientam as atividades
telúricas”.
Os elementais encontram-se em toda parte: na superfície da terra, na atmosfera, nas águas,
nas profundidades da subcrosta, junto ao elemento ígneo. Invisíveis aos olhares humanos
executam infatigável e obscuramente um trabalho imenso, nos mais variados aspectos, nos
reinos da Natureza, junto aos minerais, aos vegetais, aos animais e aos homens.
Os seres elementais, irmãos nossos na criação divina, têm uma espécie de consciência
instintiva. Podemos dizer que sua consciência está em elaboração. Apesar disso, eles se
agrupam em famílias, assim como os elementos de uma tabela periódica. Naturalmente, os
elementais são orientados pelos Espíritos Superiores, pois ainda não dispõem de
discernimento e ainda não adquiriram a faculdade de pensar. Eles serão encaminhados a
outras experiências evolutivas, de forma que não se lhes interrompa o processo de
desenvolvimento.
A forma desses seres é muito variada, mas quase sempre aproximada da forma humana. O
rosto é pouco visível, ofuscado quase sempre pelo resplendor energético colorido que o
envolve. Os Centros de Força que, no ser humano são separados, nos elementais se juntam,
se confundem, se somam, formando um núcleo global refulgente, do qual fluem inúmeras
correntes e ondulações de energias coloridas tomando formas de asas, braços, cabeças...

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Os elementais são entidades espirituais relacionadas com os elementos da natureza. Lá, em


meio aos elementos, desempenham tarefas muito importantes. Na verdade, não seria exagero
dizer inclusive que são essenciais à totalidade da vida no mundo. Através dos elementais e de
sua ação direta nos elementos é que chegam às mãos do homem as ervas, flores e frutos, bem
como o oxigênio, a água e tudo o mais que a ciência denomina como sendo forças ou produtos
naturais. Na natureza, esses seres se agrupam segundo suas afinidades.
Os elementais naturais formam agrupamentos inumeráveis compreendendo seres de vida
própria e são agrupados em Reinos, sob os nomes de Gnomos (elementais da terra), Silfos
(elementais do ar), Ondinas (elementais das águas) e Salamandras (elementais do fogo) e
todos eles interessam aos trabalhos mediúnicos do Espiritismo. Resumindo:
 Elementais do fogo – Salamandras que cuidam de tudo que se relacione com
fenômenos naturais ligados ao fogo
 Elementais do Ar – Silfos e Sílfides que cuidam dos ventos (furacões) e da qualidade
Ar;
 Elementais da terra – Duendes e os Gnomos que cuidam das florestas, matas,
desertos, regiões geladas, protegem os animais e produzem fenômenos naturais sob a
supervisão de Espíritos
 Elementais da Água – Ninfas, Sereias e Ondinas que cuidam dos mares - das águas e
fenômenos naturais ligados às águas.

4.8. REINO HOMINAL

No reino hominal, o princípio inteligente, trazendo consigo todo o acervo de experiências


multimilenares conquistadas nos reinos da natureza, inicia o processo da aquisição do domínio
da razão e da consciência de si mesmo. Este é o principal atributo do Espírito, pois não é mais
“essência espiritual”, mas um Espírito com individualidade própria, discernimento,
responsabilidade de seus atos, conhecimento do bem e do mal, conhecimento de Deus e de
suas leis.
A Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana. O período de humanidade
começa, em geral, nos mundos mais inferiores (LE, 607b), o que não constitui regra absoluta;
excepcionalmente pode acontecer que um Espírito desde o seu início esteja apto a viver na
Terra. Nesta fase, o estado da alma do homem corresponde ao estado da infância na vida
corporal, pois sua inteligência está apenas desabrochando e ensaiando para a vida.
Muitos estudiosos classificam o gênero humano como sendo um animal racional e social. Mas,
segundo a Doutrina Espírita, afirmar que o homem é um animal, embora superior, é tão
incorreto quanto dizer que o animal é um homem. Seu corpo se destrói como o dos animais,
isto é certo, mas o seu Espírito tem um destino que só ele pode compreender; porque só ele é
completamente livre (LE, 592);

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O que torna o homem superior ao animal são os atributos intelectuais e morais e a intuição da
existência de Deus, gravada em sua consciência.

4.9. RAZÃO

Razão é a capacidade da mente humana que permite chegar a conclusões a partir de


suposições ou premissas. É, entre outros, um dos meios pelo qual os seres racionais propõem
razões ou explicações para causa e efeito. A razão é particularmente associada à natureza
humana, ao que é único e definidor do ser humano.
A razão permite identificar e operar conceitos em abstração, resolver problemas, encontrar
coerência ou contradição entre eles e, assim, descartar ou formar novos conceitos, de uma
forma ordenada e, geralmente, orientada para objectivos. Inclui raciocinar, apreender,
compreender, ponderar e julgar, por vezes usada como sinónimo de inteligência.
Como uma forma de chegar a conclusões, é frequentemente contraposta não só com o modo
como os animais não-humanos parecem tomar decisões, mas também com a tomada de
decisões baseada na autoridade, na intuição, na emoção, na superstição ou na fé. A razão é
considerada pelos racionalistas a forma mais viável de descobrir o que é verdadeiro ou melhor.
A forma exacta como a razão difere da emoção, fé e tradição é controversa, dado que as três
são consideradas potencialmente racionais, e, em simultâneo, pontencialmente em conflito
com a razão.
A principal diferença entre a razão e outras formas de consciência está na explicação: o
pensamento é tanto mais racional quanto mais conscientemente for pensado, de forma que
possa ser expresso numa linguagem.
A etimologia do termo vem do latim rationem, que significa cálculo, conta, medida, regra,
derivado de ratio, particípio passado de reor, ou seja, determino, estabeleço, e, portanto julgo,
estimo. É a faculdade do homem de julgar, a faculdade de raciocinar, compreender, ponderar.

4.10. AS CATEGORIAS DOS MUNDOS

“Na Casa do Pai existem diversas moradas”. As moradas são os mundos que circulam no
espaço infinito e oferecem aos Espíritos que neles encarnam. Cada morada é correspondente
ao adiantamento dos Espíritos que as abitam.
O mundo que habitamos faz parte de uma infinidade de planetas e asteroides que
acompanham o sol em sua viagem pela vastidão incomensurável do espaço. Nosso sistema
planetário, todavia, não ocupa senão um ponto ínfimo no Universo. Pertencemos a um
agrupamento estelar, ou galáxia, chamada Via-Láctea, onde existem mais ou menos 40 bilhões
de estrelas, algumas das quais tão grandes, mas tão grandes, que uma só toma espaço igual
ao ocupado pelo Sol e quase todos os planetas que este arrasta consigo.

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A própria Via-Láctea não é o único agrupamento de estrelas no espaço. Graças aos modernos
telescópios, sondas, etc., os astrônomos puderam verificar que o Universo se expande cada
vez mais, com a formação de novas galáxias, calculando-se hoje, em mais de 100 milhões o
número das que já podem serem vistas, sem falar daquelas que nos escapam à observação.
Atribuindo-se por probabilidade a hipótese de somente 1% de todas a estrelas que
descobrimos no céu possuírem as mesmas condições e idades correspondentes à Terra,
teríamos mais de 2 bilhões de planetas com condições de desenvolver a vida tal como
conhecemos em nosso plano físico. Dando-se a possibilidade remotíssima de que apenas 1%
deles tivesse condições de vida semelhante à nossa, defrontaríamos, aproximadamente, com
cerca de 20 milhões de planetas iguais ao nosso com vida inteligente.
Diante destes números não se pode afirmar que a vida inteligente é exclusiva de nosso planeta
Terra. Ainda mais se pensarmos que a vida pode existir em diferentes dimensões extrafísicas,
assim multiplicando ao infinito a possibilidade de vida inteligente neste e em outros universos.
De um modo geral, estes mundos poderiam ser classificados em superiores e inferiores,
classificação essa que nada tem de absoluta, é, antes, muito relativa. Tal mundo é inferior ou
superior com referência aos que lhe estão acima ou abaixo, na escala progressiva:
 Mundos Primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana;
 Mundos de Expiação e Provas, Mundo ainda inferior, onde ainda domina o mal e os
Espíritos encarnam a fim de prosseguir em seu estágio evolutivo, passando a maioria por
provas, e, conforme a necessidade, por expiações, com o intuito de desenvolverem a razão
e se despojarem de suas imperfeições;
 Mundos de Regeneração, onde as almas que ainda em expiação se reabilitam, se
reorganizam, se restauram e desenvolvem sua consciência;
 Mundos Ditosos, onde o bem sobrepuja o mal;
 Mundos Celestes ou Divinos, habitações de Espíritos depurados, onde
exclusivamente reina o bem.

4.10.1. MUNDOS PRIMITIVOS

São mundos destinados às primeiras encarnações dos Espíritos, são de certo modo
rudimentares, os seres que neles habitam.
Nestes mundos a existência é toda material, reinam
soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. Seus
habitantes se revestem de corpos da forma humana, mas
sem nenhuma beleza. Seus Instintos ainda embrutecidos,
não possui qualquer sentimento de delicadeza ou de
benevolência. Nem a noção do justo e o injusto.

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A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e de invenções, passam a vida
na conquista de alimentos. Deus, entretanto, a nenhuma de suas criaturas abandona; no fundo
das trevas da inteligência jaz, latente, a vaga intuição, mais ou menos desenvolvida, de um
Ente supremo. Esse instinto basta para torná-los superiores uns aos outros e para lhes
preparar a ascensão a uma vida mais completa, porquanto eles não são seres degradados,
mas crianças que estão a crescer e a desenvolver uma razão rudimentar.

4.10.2. MUNDOS DE EXPIAÇÕES E PROVAS


Nestes mundos intermédios, misturam-se o bem e o mal, predominando um ou outro, segundo
o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. A Terra pertence a está categoria,
razão pela qual vive o homem de braços dados com tantas misérias, porém segundo
orientação da própria espiritualidade, nosso Planeta está em transição para outro estágio que é
a de Mundo de Regeneração.
Se nosso Planeta for tomado por termo de comparação, poder-se-á fazer ideia do estado de
um mundo inferior. Supondo seus habitantes na condição das raças selvagens, ou das nações
bárbaras, que entre nós ainda encontram-se, se constituído de resquícios de estados morais
primitivo, presentes nos dias atuais.
Os mundos de Provas e Expiações possuem as seguintes características:
 O Coeficiente de Inteligência (QI) dos seus habitantes indica que não são primitivos;
 As qualidades inatas que possuem é a prova de que já realizaram certo progresso;
 Os inúmeros vícios em que deleitam são indicadores de sua imperfeição moral;
 Um corpo físico pouco adequado a exteriorização da razão, sentimentos e
principalmente da Consciência;
 Psicosféra do Planeta com vibrações extremante baixa.

4.10.3. MUNDOS REGENERADOS

Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos


felizes. A alma relativamente evoluída encontra neles, a calma e o repouso necessário para
poder depurar-se.
Todavia e sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às leis que regem a
matéria, assim que, essas humanidades experimentam sensações e desejos que nos são
próprios, mas libertas das paixões desordenadas das quais somos escravos. Isenta do orgulho
e da inveja.
Nesses mundos ainda não existe a felicidade perfeita, mas a aurora da felicidade. O
homem é ainda de carne e, por isso, sujeito às vicissitudes, ainda possuem provas a
vencer, porém, sem as pungentes angústias da expiação. Esses mundos possuem um

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 55


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maior grau de felicidade em seus habitantes, pois que estes mundos representam a calma
após a tempestade, à convalescença após a moléstia cruel.
Mas nesses mundos, ainda seus habitantes são falíveis e o Espírito do mal não perdeu
completamente o seu império. Não avançar é recuar, e, se o homem não se houver
firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde, então,
novas e mais terríveis provas o aguardam.

CHICO (Jornal Folha Espírita - maio 2011) nos fala de como começou a transição do nosso
planeta: “Após o alvorecer do ano 2000 da Era Cristã, os espíritos empedernidos no mal
e na ignorância não mais receberiam a permissão para reencarnar na face da Terra.
Reencarnar aqui, a partir dessa data, equivaleria a um valioso prêmio justo, destinado apenas
aos espíritos mais fortes e preparados, que souberam amealhar, no transcurso de múltiplas
reencarnações, conquistas espirituais relevantes como a mansidão, a brandura, o amor, a paz
e a concórdia fraternal entre povos e nações.”

4.10.4. MUNDOS DITOSOS OU FELIZES

Nestes mundos que chegaram a um grau superior, as condições da vida moral e material
são muitíssimo diversas das da vida na Terra. Como por toda parte, a forma corpórea aí é
sempre a humana, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada.
O corpo de seus habitantes nada tem da materialidade terrestre e não está sujeito às
necessidades, nem às doenças ou deteriorações que a predominância da matéria provoca.
Mais apurados, os sentidos possuem uma percepção muito apurada. O baixo peso
específico de seus corpos permite a locomoção rápida e fácil, pois podem flutuar na
atmosfera, sem qualquer outro esforço além do da vontade.
Os homens conservam os traços de suas passadas migrações e se mostram a seus
amigos tais quais estes os conheceram, porém, irradiando uma luz divina, transfigurados
pelas impressões interiores, então sempre elevadas. Em seus semblantes, a inteligência e
a vida cintilam com o fulgor.
A pouca resistência que a matéria oferece aos Espíritos já muito adiantados o rápido o
desenvolvimento dos corpos, o que torna e curta ou quase nula a infância. Sua vida é
nestes corpos muito mais longa do que na Terra. Em princípio, a longevidade guarda
proporção com o grau de adiantamento dos mundos.
Nesses mundos venturosos, as relações, sempre amistosas entre os povos, jamais são
perturbadas pela ambição, da parte de qualquer deles, de escravizar o seu vizinho, nem
pela guerra que daí decorre. A superioridade moral e intelectual estabelece a hierarquia. A

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 56


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autoridade merece o respeito de todos, porque somente ao mérito é conferida e se exerce


sempre com justiça.

4.11. CONSCIÊNCIA

A consciência é uma qualidade da mente, considerando abranger qualificações tais como


subjetividade, autoconsciência, senciência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação
entre si e um ambiente. É um assunto muito pesquisado na filosofia da mente, na psicologia,
neurologia, e ciência cognitiva.
Alguns filósofos dividem consciência em consciência fenomenal, que é a experiência
propriamente dita, e consciência de acesso, que é o processamento das coisas que
vivenciamos durante a experiência. A Consciência fenomenal é o estado de estar ciente, tal
como quando dizemos “estou ciente” e consciência de acesso se refere a estar ciente de algo
ou alguma coisa, tal como quando dizemos “estou ciente destas palavras”.
Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, por
isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente, ou do pensamento humano.
Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no
mundo e do mundo, para isso, a intuição, a dedução e a indução tomam parte.
A Etimologia da palavra consciência é latina e provem de conscire = estar cientes (cum = com,
partícula de intensidade e scire = sei) .Também encontramos uma possível raiz formada de
junção de duas palavras do latim; conscius+sciens: conscius (que sabe bem o que deve fazer)
e sciens (conhecimento que se obtêm através de leituras; de estudos; instrução e erudição).
Consciência é uma função alta da mente e possui duas abordagens comuns, a primeira o
“modelo de bloco de construção” do tipo “LEGO”, segundo a qual qualquer campo consciente é
feita de suas diversas partes. A segunda abordagem é o “modelo do campo unificado”,
segundo a qual devemos tentar explicar o caráter unificado de estados subjetivos de
consciência.
No Modelo de bloco de construção da Função Mental de perscrutar o mundo, conforme afirma
Steven Pinker, a consciência é a faculdade de segundo momento – ninguém pode ter
consciência de alguma coisa (objeto, processo ou situação) no primeiro contato com essa
coisa; no máximo se pode referenciá-la com algum registro próximo, o que permite afirmar que
a coisa é parecida com essa ou com aquela outra coisa, de domínio. A consciência,
provavelmente, é a estrutura mais complexa que se pode imaginar atualmente.
António Damásio, em O Mistério da consciência, divide a consciência em dois tipos:
consciência central e consciência ampliada. Damásio entende que a faculdade em pauta é
constituída com uma espécie de anatomia, que pode ser dividida, didaticamente, em três
partes:

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 57


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1. dimensão fonte - onde as coisas acontecem de fato, o aqui agora: o meu ato de
escrever e dominar o ambiente e os equipamentos dos quais faço uso, o ato de ler esta
apostila, compreender a leitura e o ambiente que o envolve a todo os instantes, etc.
Essa dimensão da consciência não retrocede muito ao passado e, da mesma forma,
não avança para o futuro; ela se limita a registrar os atos presentes, com um espaço-
tempo (passado/futuro) suficiente para que os momentos (presentes) tenham
continuidade.
2. dimensão processual - amplitude de sistema que abriga expectativas, perspectivas,
planos e qualquer registros mental em aberto; aquelas questões que causam ruídos e
impulsionam o ser humano à busca de soluções. Essa amplitude de consciência permite
observar questões do passado e investigar também um pouco do futuro.
3. dimensão ampla - região de sistema que, sem ser um dispositivo de memória,
alberga os conhecimentos e experiências que uma pessoa incorpora na existência.
Todo os conhecimentos do passado e experimentações pela qual o ser atravessou na
vida: uma antiga profissão que não se tem mais qualquer habilidade para exercer,
guarda registros importantes que servirão como experiência em outras práticas. Qual
dimensão processual, esse amplitude da consciência permite examinar o passado e
avançar no futuro - tudo dentro de limites impostos pelo próprio desenvolvimento mental
do indivíduo.
O Modelo do campo unificado é defendido pelo filósofo John Searle, a Consciência,
autoconsciência e autoconhecimento, segundo Manfred Frank (em “Self-consciousness and
Self-knowledge”) apresenta a relação entre consciência, autoconsciência e autoconhecimento
da seguinte maneira:
1. Consciência pressupõe Autoconsciência. Não há como alguém estar consciente de
alguma coisa sem estar consciente de estar consciente dessa coisa.
2. A Autoconsciência é pré-reflexiva. Se a autoconsciência fosse o resultado da
reflexão, então só teríamos autoconsciência após termos consciência de alguma coisa
que fosse dada à reflexão. Mas isso não pode ser o caso, pois, como dissemos antes,
consciência pressupõe autoconsciência. Logo, a autoconsciência é anterior à reflexão.
A Autoconsciência e consciência são distintas logicamente, mas funcionam de
maneira unitária.
3. O Autoconhecimento, isto é, a consciência reflexiva ou consciência de segunda
ordem, pressupõe a consciência pré-reflexiva, isto é, a autoconsciência.
De acordo com o esquema acima, a autoconsciência é o elemento fundamental da
consciência. Sem ela não há consciência nem reflexão sobre a consciência.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 58


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4.12. LEI DE CAUSA E EFEITO / KARMA

Nossa vida é uma sucessão constante de acontecimentos, de encontros e desencontros, de


situações aparentemente inexplicáveis, diante das quais, muitas vezes, sentimo-nos como
vítimas diante do carrasco implacável, impotentes diante de um destino cruel e irracional.
Somos responsáveis por cada um dos eventos, que por ventura ocorram em nossas vidas,
sejam estes eventos bons, ou aparentemente terríveis. Neste contexto, não existem vítimas. O
que aparentemente não tem explicação é porque falta-nos alcance para sua compreensão.
Falta-nos o entendimento da real origem de cada acontecimento. Quase sempre em passado
remoto, em outras existências.
Todas as nossas ações são submetidas às leis de Deus; e não há nenhuma delas, por mais
insignificante que nos pareçam, que possa ser violada. Se sofremos as consequências delas,
não devemos nos queixar, senão de nós mesmos, pois que somos os únicos responsáveis por
nossa felicidade, ou ainda por nossa infelicidade.

4.12.1. TERCEIRA LEI DE NEWTON

"Toda ação provoca uma reação de igual


intensidade, mesma direção e em sentido contrário".

A força que A exerce em B é correspondente a força


que B exerce em A. constituem-se assim em PAR
AÇÃO-REAÇÃO dessa interação.

Atenção: É importante ressaltar que ação e reação


nunca se anulam, pois atuam sempre em corpos
diferentes.

Observe que na física a ação exercida atua no outro, já a sua reação atua em nós. Este fato
explica por que a Lei do Retorno ou Karma é necessária para nossa evolução, pois solicitamos
experimentar as mesmas forças que infringimos aos outros.

4.12.2. BUDISMO

Em um nível mais fundamental, a Lei do Karma nos ensina que certos tipos de ação nos leva
inevitavelmente à resultados similares.

4.12.3. VÁRIAÇÕES

 LEI DA AÇÃO E REAÇÃO (3ª Lei de Newton);

 LEI DE CAUSA E EFEITO (Espiritismo);

 LEI DO KARMA (Religiões Orientais);

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 59


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 Quem Semeia Vento Colhe Tempestade (Ditado Popular);

 DAI E RECEBEREI (Cristianismo);

4.12.4. SINTESE

INSTINTO RAZÃO CONSCIÊNCIA

RESOLVER NO IMEDIATO RESOLVER NO CURTO RESOLVER À LONGO


PRAZO PRAZO

TRATA DA TRATA DE ASSEGURAR A TRATA DE GARANTIR A


SOBREVIVÊNCIA SOBREVIVÊNCIA EXISTÊNCIA
IMEDIATA

APRENDIZADO POR APRENDIZADO POR APRENDIZADO POR


REPETIÇÃO E DEDUÇÃO, REPETIÇÃO E DEDUÇÃO, PROJEÇÃO E
AUTOMAÇÃO. AUTOMAÇÃO SENSAÇÃO

EVOLUI NAS EVOLUI NA FORMA E EVOLUI PARA UNICIDADE


PERCEPÇÕES CAPACIDADE

BIBLIOGRAFIA
KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos, Livro 1°, cap. IV, questões 71 a 75; Livro 2º, cap. XI,
questões 585 a 591.

KARDEC, Allan – A Gênese, cap. II, item27; cap. III, itens 11, 12, 13, 14, 18 e 19; cap. V, item
9; cap. VI, itens 17 a 19; cap. X, itens 10 a 19, 24 e 25; cap.XI, item 43; cap. XII, itens 13 a
26.

KARDEC, Allan – Evangelho Segundo o Espiritismo;

KARDEC, Allan – O Céu e O Inferno – 1ª Parte, cap. III, nº 18; cap.IV, nº 7, 11 a 14; cap. V, nº
1 a 10.

KARDEC, Allan – O que é Espiritismo – cap. I e III;

Revista Espírita, de janeiro de 1862; de novembro de 1863; de julho de 1864; de setembro de


1864.

http://www.acasadoespiritismo.com.br/temas/elementais.htm

PINHEIRO, Robson – Aruanda, Espírito: Ângelo Inácio, Editora: Casa dos Espíritos Editora

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 60


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CAPÍTULO 5:
ALMA E REENCANAÇÃO

O objetivo deste capítulo é promover a compreensão dos processos e propósitos de uma


encarnação. Para compor o conteúdo programático deste capítulo vamos recorrer ao Livro dos
Espíritos, Evangelho Segundo o Espiritismo.

O espírito de Pai Joaquim de Aruanda nos fala que a encarnação do espírito, princípio
inteligente, acontece quando ele entra em contato com a matéria mais sutil, vide capítulo 2, e
se materializa. Para o censo comum, encarnação é o processo em que a alma entrar no corpo
físico. Mas há muitos aspectos e processos que desconhecemos que por hora vamos iniciar
pelo básico.

Assista os Vídeos do espírito de Pai Joaquim de Aruanda na Play List ELC Espiritualidade em
nosso canal do YOUTUBE.

5.1. A ALMA

O Que é a alma?
Alma é o Espírito encarnado

O Que era a alma antes de se unir ao corpo?


Um Espírito.

As almas e os Espíritos são, portanto, idênticos, a mesma


coisa?
Sim, as almas são os Espíritos, antes de se unir ao corpo, a

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 61


APOSTILA: CURSO DE ESPIRITUALIDADE CONSCIENTE

alma é um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível, os quais


temporariamente revestem-se de um invólucro carnal para se purificarem e se
esclarecerem.

Há no homem alguma outra coisa além da alma e do corpo? Há o laço que liga a alma ao
corpo. De que natureza é esse laço?
Semimaterial, isto é, de natureza intermédia entre o Espírito e o corpo. É preciso que
seja assim para que os dois se possam comunicar um com o outro. É por meio desse
laço que, reciprocamente, o Espírito atua sobre a matéria.

Por que todos os espíritos não definem de mesmo modo a alma?


Nem todos os Espíritos estão esclarecidos igualmente sobre estes assuntos. Há
Espíritos de inteligência ainda limitada, que não compreendem as coisas abstratas. São
como as crianças entre nós. Também há Espíritos pseudossábios, que fazem alarde de
palavras, para se impor.

Os Espíritos esclarecidos podem exprimir-se em termos diferentes, com o mesmo valor,


sobretudo quando se trata de coisas que a vossa linguagem se mostra impotente para
traduzir com clareza. Recorrem então a figuras, a comparações, que tomam como
realidade.

Um Espírito pode encarnar em dois corpos diferentes simultaneamente?

Não, o Espírito é indivisível e não pode animar simultaneamente dois seres distintos.

Resposta de kardec:

Estamos ligados aos nossos corpos por um cordão energético, e


quando ele se romper, nós nos desligamos de vez da matéria. Outro
detalhe, reencarnar em dois corpos não seria possível, pois no ventre
da mãe, o espirito é responsável pela formação do corpo. Este corpo
consome muita energia e dedicação do Espírito Reencarnante.

Finalmente, podemos resumir assim a Alma, a questão de como somos constituídos:

Na verdade, não somos um corpo físico com uma alma por dentro. Somos uma alma
(espírito) com um corpo físico por fora, ou melhor, atrelados nele.

5.2. CORPOS ESPIRITUAIS

Os Espíritos possuem a capacidade de dividir-se, ou existir em muitos pontos ao mesmo


tempo?
Não pode haver divisão de um mesmo Espírito; mas, cada um é um centro que se
irradia para diversos lados. Isso é que faz parecer estar um Espírito em muitos lugares

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 62


APOSTILA: CURSO DE ESPIRITUALIDADE CONSCIENTE

ao mesmo tempo. Observemos o sol: é um somente. No entanto, irradia-se em todos os


sentidos e para todas as direções, e assim leva seus raios para muito longe, e ainda
assim, não se divide.

Podem os Espíritos comunicar-se, estando completamente seu corpo físico desperto?


O Espírito não se acha encerrado no corpo como numa caixa; irradia-se por todos os
lados. Segue-se que pode comunicar-se com outros Espíritos, mesmo em estado de
vigília, se bem que isso é mais difícil.

Durante o sono, a alma repousa como o corpo?


Não, o espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o
prendem ao corpo e, não precisando deste, ele se lança-se pelo espaço e entra em
relação mais direta com os outros Espíritos.

Resposta de Kardec:
Na verdade, na grande maioria das vezes, o espírito permanece a mais
ou menos um metro e meio acima de seu corpo físico, e na mesma
posição horizontal. De outras vezes fica desperto, e, além de andar por
dentro de sua própria casa, recebe visitas e instruções de como
proceder diante de certos fatos, que por ventura lhe estejam afligindo.
Em raras ocasiões, são levados a locais, onde se reencontram com
amigos espirituais e recebem instruções de toda ordem.

A alma, segundo o Espiritismo, é a reunião do perispírito (conjunto dos 5 corpos sutis) e o


Corpo Físico, constituído pelo corpo físico e o Duplo Etéreo, como demonstrado abaixo:

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 63


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ESPÍRITO PERIESPÍRITO CORPO DUPLO CORPO FÍSICO


ETÉREO

Principio Inteligente Principio Inteligente


Usina de Força Matéria densa
Individualizado Materializado

Corpo Átmico
Corpo Búdico
Corpo Semi-Material,
Corpo Mental interface entre o
Imaterial Corpo Físico
Superior Perispirito e o Corpo
Físico
Corpo Mental Inferior
Corpo Astral

5.3. TELEPATIA

Como se explica que duas pessoas, perfeitamente acordadas, tenham instantaneamente


a mesma ideia?
São dois Espíritos simpáticos que se comunicam e veem/leem, reciprocamente, seus
pensamentos exteriorizados, embora, sem estarem seus corpos adormecidos. Há uma
comunicação efetiva de pensamento, que possibilita a que duas pessoas se vejam e
compreendam, sem que precisem externar em os sinais de uma linguagem. Poder-se-ia
dizer que falam entre si na linguagem dos Espíritos.

O pensamento exterioriza-se e projeta-se, formando imagens e sugestões que arremessa


sobre os objetivos que se propõe atingir.

O intercâmbio do pensamento é movimento livre no Universo. Desencarnados e encarnados,


em todos os setores de atividade terrestre, vivem na mais ampla permuta de ideias. Cada
mente é um verdadeiro mundo de emissão e recepção e cada qual atrai os que se lhe
assemelham.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 64


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5.4. A ALMA APÓS A MORTE

O que acontece à alma no instante da morte?


“Volta a ser Espírito, isto é, retorna ao mundo dos Espíritos, donde se apartara
momentaneamente.”

A alma, após a morte, conserva a sua individualidade?


Sim; jamais a perde. Que seria dela, se não a conservasse?

Como conserva a alma sua individualidade, uma vez que não tem mais o corpo físico?
Continua a ter um fluido que lhe é próprio, haurido na atmosfera do seu planeta, e que
guarda a aparência de sua última encarnação em SEU PERISPÍRITO.

A alma nada leva consigo deste mundo?


Nada, a não ser a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor, lembrança cheia
de doçura ou de amargor, conforme o uso que ela fez da vida. Quanto mais pura for,
melhor compreenderá a futilidade do que deixa na Terra.

Resposta de Kardec:
Na verdade, o que levamos é o que aprendemos os chamados bens
morais e intelectuais.

A alma tem consciência de si mesma, imediatamente depois de deixar o corpo físico?


Imediatamente não é bem o termo. A alma passa algum tempo em estado de
perturbação.

Uma vez de volta ao mundo dos Espíritos, conserva as percepções que tinha quando na
Terra?
Sim, além de outras de que aqui não dispunha, porque o corpo físico, qual véu sobre
ela, deixa-a obscurecia. A inteligência é um atributo, que tanto mais livremente se
manifesta no Espírito, quanto menos entraves tenha que vencer.

5.5. SEPARAÇÃO DA ALMA DO CORPO

Que sensação experimenta a alma no momento em que reconhece estar no mundo dos
Espíritos?
Depende se praticaste o mal, impelido pelo desejo de praticá-lo, no primeiro momento
te sentirás envergonhado de o haveres praticado. Com a alma do justo as coisas se
passam de modo bem diferente. Ela se sente como que aliviada de grande peso, pois
que não teme nenhum olhar perscrutador.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 65


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Como é acolhida a alma no seu regresso ao mundo dos Espíritos?

A do justo, como bem-amado irmão, desde muito tempo esperado. A do mau, como um
ser desprezível.

Resumindo o processo de desligamento do Espírito do Corpo:

1 - A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma, em consequência do


rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca. A
sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, depende da menor ou maior dificuldade
com que se apresenta o rompimento desse laço.

2 - Na transição desta para a outra vida, a alma experimenta um torpor que paralisa
momentaneamente suas faculdades, neutralizando, ao menos em parte, as sensações. Assim,
a alma quase nunca testemunha conscientemente o derradeiro suspiro. Todavia, há casos em
que pode contemplar lúcida, o seu próprio desprendimento.

3 - A causa principal da maior ou menor facilidade de desprendimento é o estado moral da


Alma. O desenlace depende tão somente do espírito torná-lo fácil ou penoso, agradável ou
doloroso. Para o Espírito “desmaterializado” de consciência pura, a morte é semelhante a
um sono breve, isento de agonia, e cujo despertar é suavíssimo.

4 - Na morte violenta, o Espírito é colhido de improviso, fica como que aturdido e sente, e
pensa, e acredita-se vivo, prolongando-se essa ilusão até que compreenda seu estado. No
suicida, o perispírito continua preso ao corpo e faz repercutir no espírito todas as sensações
originadas no corpo físico.

5.6. A REENCARNAÇÃO

Qual o fim objetivado com a reencarnação?


Expiação, melhoramento progressivo da
Humanidade. Sem isto, onde estaria justiça
divina?

É limitado o número das existências corporais, ou o


espírito reencarna perpetuamente?
A cada nova existência, o Espírito dá um passo
para diante na senda do progresso. Desde que se ache limpo de todas as imperfeições
morais, não terá mais necessidade de novas provas na vida corpórea.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 66


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Em que momento a alma se une ao corpo?


A união começa na concepção, mas só é completada por ocasião do nascimento.
Desde o instante da concepção, o espírito designado para habitar certo corpo, a este se
liga, por um laço fluídico, que cada vez mais se vai densificando até ao instante em que
a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ele se conta no
número dos vivos e dos servos de Deus.

Unindo-se ao corpo, o espírito se identifica com a matéria?


A matéria é apenas o envoltório do Espírito, como o vestuário o é do corpo. Unindo-se a
este, o Espírito conserva os atributos da natureza espiritual.

Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de
depurar-se?
Vivenciando e expiando, uma nova prova em outra existência física.

Como a alma realiza essa nova existência? É pela sua transformação como espírito?
A alma, ao se depurar, sofre sem dúvida uma transformação, mas para isso é preciso
que passe pela prova da vida corporal.

A alma passa então por muitas existências corporais?


Sim, todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-
nos na ignorância em que eles próprios se encontram.

Parece resultar desse princípio que a alma, depois de haver deixado um corpo, toma
outro, ou seja, que reencarna em novo corpo. É assim que se deve entender?

Evidentemente.

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CAPÍTULO 6:
PERISPÍRITO E OS
CORPOS

São vários os corpos que nos acompanham em uma vida, que efetivamente é uma jornada de
aprendizado. Cada corpo está sintonizado em uma faixa vibratória possuindo assim uma
frequência específica.
O espírito precisa de Corpos para que ele possa atuar nas diversas dimensões que habita, das
mais sutis as mais densas. Ele se reveste de corpos apropriados a interagir com cada desses
níveis energéticos. Sendo que o corpo físico é formado pelo material mais denso, E = mC² (Em
física, a equivalência massa-energia é o conceito de que qualquer massa possui uma energia
associada e vice-versa).
Se a potente energia que é criada pelo espírito chegasse diretamente aos corpos mais densos,
certamente iria desintegrá-los, por isso o espírito para atuar em dimensões mais densas, se
reveste de corpos que diminuem a sua potência energética. Da mesma forma, que a potencia
da energia que sai de uma hidroelétrica, sofre um descenso energético (transformadores) para
ascender uma lâmpada sem explodi-la. A energia vinda do espírito sofre uma adaptação
energética para poder agir nas diversas dimensões, sem danificar os corpos que irá utilizar
nestas mesmas dimensões.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 68


APOSTILA: CURSO DE ESPIRITUALIDADE CONSCIENTE

A tradição milenar do espiritualismo nos fala e descreve a existência de 7 (sete) corpos.


 Corpo Átmico
 Corpo Búdico
 Corpo Mental Superior
 Corpo Mental Inferior
 Corpo Astral
 Duplo Etérico
 Físico

6.1. LIGAÇÃO ENTRE OS CORPOS ESPIRITUAIS

A ligação entre os Corpos Espirituais é realizada através do Cordão de Prata que ligam os
corpos, e seus componentes associados seja qual for a distancia que estiver entre si. O espírito
se mantém ligado a eles por esse cordão. Iniciados de todas as épocas falam nele e até
mesmo na bíblia é citado:
“Antes que se rompa o cordão de prata, que se despedace a lâmpada
de ouro,antes que se quebre a bilha na fonte, e que se fenda a roldana
sobre a cisterna ...” (Eclesiastes, 12:6)
Se se rompe, porém, a morte chega Irreversível. Segundo relatos de espíritos, quando
entidades superiores rompem esse cordão, por ocasião da morte, produz-se relâmpago de luz
intensa, pela liberação de energia.

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Constituído por alguma forma de energia de alta intensidade, este fio luminoso e brilhante se
liga ao corpo físico através do duplo etérico, no qual se enraíza através da cabeça e de
miríades de conexões filiformes que abrangem toda a estrutura etérica. Teria semelhança com
um cabo de rede, se não fosse inconcebivelmente dúctil. Pode afinar-se até espessuras
mínimas, permitindo que o espírito de uma pessoa viva se distancie do corpo físico (e do
etérico) por milhares de quilômetros, em viagens astrais. Ele não se rompe e mantém o espírito
dono e diretor do corpo, através de processo todas as funções vitais do nosso organismo são
preservadas.

6.2. CORPO ÁTMICO (ATMAN)

Segundo o Espírito Pai Joaquim de Aruanda considera que o ESPÍRITO (inteligência) encarna
quando entra em contato com a matéria, e este primeiros contatos é para formar o seu Corpo
Átimico. Constitui a primeira interação do “Espírito Inteligência” com a matéria primordial
(Quarks – Supercordas), que responde instantaneamente aos comandos do ESPÍRITO. As
funções deste corpo motivaram as tradições orientais e a teosofia o confundirem com o Próprio
ESPÍRITO.
O Espírito Pai Joaquim de Aruanda, com base nos ensinamentos Budistas, nos esclarece que:
“O ESPÍRITO ao encarnar recebe a Forma”. Esta capacidade de “Formar” a matéria é,
segundo a Física Quântica, saber vibrar as Supercordas e utilizar os Quarks para moldar as
bases de toda matéria/ Energia que existe no Universo Material.
Assim podemos esquematizar o processo como:

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 70


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6.3. CORPO BÚDICO

É o Banco de Dados da Consciência onde estão armazenados bilhões de anos de experiências


vivenciadas pelo espírito.
Este é o corpo onde as impressões oriundas da consciência são gravadas em acordo a Lei
Cósmica que tem seu enunciado mais simples na sentença "... teus pecados te encontrarão"
(Num. 32-23). Toda a desarmonia provocada por um ser consciente passa a vibrar no Corpo
Búdico do transgressor até que seja resolvida totalmente a anormalidade.
A resolução dos registros desarmônicos do Corpo Búdico pode exigir inúmeras existências. O
sofrimento profundo só se atenua ou resolve através da elevação espiritual do próprio
transgressor, despertado para a vivência do Amor e da prática do bem aos seus semelhantes.
O Espírito Pai Joaquim de Aruanda, com base nos ensinamentos Budistas, nos esclarece que:
“O ESPÍRITO ao encarnar recebe a Memória”. Esta capacidade de reter e acessar o
aprendizado são essenciais para manipular as “Formas” da matéria, avaliar aprendizado e
propor novas experiências.

6.4. CORPO MENTAL SUPERIOR

O Corpo Mental Superior ou Causal é o veiculo de que se utiliza o ESPÍRITO para manifestar
como intelecto abstrato ou Mente Intelectiva, também conhecida por Intelecto, e pela Mente
Espiritual, também conhecida por Super-Consciente.
Campo do raciocínio elaborado, dele brotam os poderes da mente, os fenômenos da cognição,
memória e de avaliação de nossos atos, pois que é sede da consciência ativa, manifestada. O
Corpo Mental Abstrato, corpo causal ou mental superior, elabora e estrutura princípios e
ideias abstratas, buscando sínteses ou conclusões que, por sua vez, são geradoras de novas
ideias - e assim ad infinito - processo responsável pelo avanço cientifico e tecnológico, além de
todo o nosso embasamento filosófico.
Podemos citar algumas das funções típicas do corpo mental superior como: Avaliar volume,
área, peso e propriedades desse mesmo cubo, por comparação com outros objetos
semelhantes ou através de método mais sofisticado, formular teorias geométricas,
relacionando símbolos e leis.
As 10 pétalas do Mental superior se relacionam com os outros corpos segundo a figura abaixo:

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 71


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Obsevando o esquema de ligação do Corpo Mental Superior verifica-se que existem duas
conexões dedicadas ao Duplo Etérico (6 e 5), este fato nos remete a importância da
encarnação no corpo físico. Estas conexões sugerem que o Mental Superior dedica muito
esforço em coordenar a encarnação, o que comprova a informação repassada pelos espíritos
que só pode haver um corpo físico ligado a este de cada vez.
Outra conexão dupla é com o Corpo Astral (4 e 7), uma demonstração que existe uma conexão
importante entre a interação dos Corpos Astrais e Etérico. Podemos inferir que quando não
existe um corpo físico e Etérico, as funções das conexões 5 e 6 são aproveitadas para o
processamento do Corpo Astral, o que explica a maior lucidez destes.
As ligações 8 e 9 são com o Corpo Átimico, evidenciando que o ESPÍRITO possui uma ação
direta nas funções deste corpo e que são imprescindíveis para a manifestação DESTE na
matéria.
A ligação 1 é dividida em três, cada uma especializada em um tipo específico de memória
armazenada no Corpo Búdico, ao qual carece de melhores e aprofundados estudos.
A ligação 3 é dedicada ao Corpo Mental Inferior, a singularidade desta ligação nos indica a
grande capacidade deste corpo, pois não necessita de muito controle de seus processo.
Finalmente, as pétalas 2 e 10 são específicas do Corpo Mental Superior.
O Espírito Pai Joaquim de Aruanda, com base nos ensinamentos Budistas, nos esclarece que:
“O ESPÍRITO ao encarnar recebe a Mente”. A mente, neste caso é sinônima de Maya, que é a
ilusão do mundo físico; a irrealidade dos fenômenos; a miragem ou “alucinação” do mundo da
manifestação. Os fenômenos sensíveis do mundo são vazios da verdadeira substância, não

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 72


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são reais, mas possuem apenas uma aparência de realidade. Segundo a filosofia Hindu,
apenas o absoluto pode ser considerado a realidade, sendo todo o restante ilusório.
Nesse sentido, nosso corpo e personalidades são meras ilusões de nossa percepção. A vida
humana como um todo é uma ilusão. Por outro lado, ela (a vida humana) pode ser considerada
como um instrumento de ascensão para uma condição mais real e menos ilusória. Ao longo do
ciclo dos nascimentos e mortes, deve o homem desprender-se dessa ilusão, alcançar a luz da
consciência que o libertará da prisão de maya, a infindável roda das encarnações.

6.5. TRÍADE SUPERIOR DO ESPÍRITO

Os corpos Mental, Átimico e Búdico formam a chamada Tríade Superior Do Espírito, cuja
interação possibilita o ESPÍRITO agir na matéria mais densa, criar novas experiências a partir
dos dados gravados no Corpo Búdico.

Estes corpos considerados permanentes, pois só quando o ESPÍRITO deixar a matéria é que
eles vão se dissolver. Também são Não-Particionáveis, ou seja, não podem se “rasgar” e criar
partições que estão ligadas por laços energéticos como o Fio de Prata;
É utilizando estes Corpos que o ESPÍRITO realiza o PLANEJAMENTO e o CONTROLE das
encarnações nos corpos de nível energético inferiores.

6.6. CORPO MENTAL INFERIOR

O corpo mental inferior é formado pela Mente Instintiva, também conhecida por Instinto, e a
Mente Subjetiva, Sub-Consciente ou Inconsciente.
É a sede onde na intimidade do homem, pois forma as personalidades. Neste corpo ainda
permanecem em estado latente as paixões, emoções, sensações, apetite, instintos,
sentimentos, impulsos e desejos da natureza grosseira e violenta, porque são da época de sua
formação no reino animal.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 73


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Ele também orienta e controla todos os atos humanos, que podem ser executados sem a
atenção do consciente, pois possui toda experiência ou conhecimento acumulado desde os
reinos mineral, vegetal e animal, que se transformaram no alicerce para o homem firmar-se na
conquista dos planos superiores.
Este corpo trata de percepções simples e bem objetivas, como, por exemplo, as de objetos
materiais, pessoas, casas, veículos, etc. Como exemplo pode-se citar a percepção de um cubo
através dos sentidos (conhecendo seu tamanho, cor, arestas, peso, cheiro, gosto e o som que
possa fazer ao cair ou tocar outro objeto), estas se constituem funções típicas do corpo mental
inferior que registra tudo aquilo que impressiona nosso sistema nervoso.
O Espírito Pai Joaquim de Aruanda, com base nos ensinamentos Budistas, nos esclarece que:
“O ESPÍRITO ao encarnar recebe a Sensação”. Os Budistas denominam de Vedana,
geralmente traduzido como “sentimento” ou “sensação”. É entendido como sensibilidade ou
reação, física ou mental, em contacto ou impressão. Esta sensação é geralmente interpretada
em uma das três formas possíveis: prazer (felicidade), dor (doente), e sensação neutra.

6.7. CORPO ASTRAL

Dá-se o nome de corpo astral ao invólucro espiritual mais próximo a matéria, tanto que
facilmente pode ser visto pelos clarividentes. Todos os espíritos que incorporam em médiuns
possuem esta estrutura corpórea sutil. Ela é tão necessária para a manifestação do espírito, na
dimensão astral, como o corpo para os humanos.
Os Espíritos que se comunicam habitualmente nas sessões espíritas possuem este veículo
mais ou menos denso, conforme o seu grau evolutivo. Aqueles que já não o possuem, porque
mais evoluídos, comunicam-se com os médiuns por sintonia mental, sem incorporação.
O corpo astral não tem a mesma densidade em todas as criaturas humanas. Varia
grandemente de massa, de tal modo que cada o homem desencarnado possui um peso
especifico. Este estado de maior ou menor densidade é que diferencia os espíritos
desencarnados. Quando do desencarne o Epírito é automaticamente transferido a uma região
ou faixa vibratória do mundo espiritual que for mais compatível com o peso especifico de seu
Corpo Astral.
À medida que evoluem, os espíritos vão perdendo o corpo astral, tornando-se cada vez mais
diáfanos a visão dos clarividentes, até o ponto de não poderem ser percebidos. Com o tempo e
evolução, perdem totalmente esse corpo, ficando de posse apenas dos outros envoltórios
espirituais mais sutis. Mas todos esses envoltórios perispirituais são, ao seu tempo, também
abandonados, até restar unicamente o Espírito puro, na plenitude Crística. Neste estado os
espíritos gozam da “visão de Deus”, como tem afirmado iluminados de todas as épocas.
Uma das mais importantes funções do corpo astral é a da sensibilidade, pois ela reside nesse
campo ou dimensão. O corpo físico apenas transmite estímulos recebidos, cabendo à estrutura

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 74


APOSTILA: CURSO DE ESPIRITUALIDADE CONSCIENTE

do Corpo Astral o registro da sensação dolorosa ou de prazer. Os vícios são de natureza


psíquica exatamente por causa disso, sua origem esta no astral, é o astral que sente. Por esta
razão, levamos conosco os nossos vícios e paixões ao morrermos, se fosse de modo diverso,
não haveria motivo para desencarnados continuarem sofrendo dores de natureza física, nem
serem portadores de deformações dolorosas como se constata em reuniões mediúnicas.
A sensação é a mais grosseira forma de sentimento, Primária, Instintiva. Já a emoção tem mais
complexidade, ligando-se ao desejo, pode ser exacerbada até atingir a anormalidade da
paixão. Mas não nos esqueçamos de que tanto sensações como emoções são estados muito
importantes de consciência, pois dão colorido e força aos nossos atos.
O Corpo Astral é um dos corpos sutis que o espírito imortal usa para se manifestar no mundo
físico, quando reencarna. É portador do molde de todos os órgãos, que posteriormente devem
ser materializados no mundo físico. Turbulências de toda ordem e atos de rebeldias espirituais
ocorridas em vidas anteriores, refletem-se como uma má-formação na matriz astralina, que
então, se constitui em defeitos, marcas e lesões deploráveis, no tecido delicado do Corpo
Astral, e que na gestação altera também a contextura anatomo-fisiológica do corpo físico.
O Espírito Pai Joaquim de Aruanda, com base nos ensinamentos Budistas, nos esclarece que:
“O ESPÍRITO ao encarnar recebe as Emoções”. Os Budistas denominam de Dukka, que é “A
primeira nobre verdade: tudo é dukkha”. O termo “dukkha”, quase intraduzível, significa
“sofrimento”, incluindo aí as noções mais profundas da impermanência e da imperfeição. Nada
sendo permanente, durável, toda mudança intervirá cedo ou tarde e, quando ela chegar, com
certeza haverá sofrimento se for ignorada a lei da impermanência. Por exemplo, um sentimento
alegre, uma felicidade, uma paixão, não são permanentes nem eternos. Quando a mudança
intervier haverá dor, aflição.

6.8. DUPLA SEMI-MATERIAL

Os corpos Mental Inferior e Astral formam um conjunto que um espírito sem corpo físico, ou
desencarnado, se utiliza para realizar seu aprendizado. A natureza destes corpos são semi-
materiais, pois são formados de matéria sutil, de níveis energéticos diferentes do nosso e por
isto mesmo indetectável por nossos sentidos ou instrumentos. O corpo Astral possui a
propriedade de se tornar visível em nosso nível energético por adensamento, da mesma forma
o corpo mental inferior pode se tornar visível no plano Astral.
O conjunto dos 3 corpos sutis da Tríade Superior com a Dupla Semi-Material é conhecida pelos
espíritas como Perispírito, conforma ilustrado na figura abaixo.
A dupla semi-material possui uma característica importante para explicação das
personalidades múltiplas do ESPÍRITO que coexistem simultaneamente nestes corpos. Esta
característica é o particionamento, ou seja, criam subdivisões onde cada personalidade é
processada e manifestada, todas estas subdivisões são interligadas por laços energéticos que

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as une e servem de troca de informações entre elas, uma espécie de cordão de prata
intracorpo.

Estes corpos são transitórios, pois o espírito uma vez que evolua suficientemente não
necessita de mantê-los. Neste instante são dissolvidos e se por ventura necessitarem de
reencarnar em missão, formam outros de caráter temporário para aquela missão.
É nestes corpos que os ESPÍRITOS executam os planos encarnatórios, pois as
personalidades ficam ativas até que completem o propósito de sua criação e isto pode implicar
várias imersões no corpo físico.

6.9. DUPLO ETÉRICO

É o corpo intermediário entre corpo astral e o corpo físico, constituindo-se como a nossa
conhecida aura da saúde. Sua matéria-prima é o ectoplama, e é nele onde se situam os
chakras.
O Duplo Etérico funciona como mediador plástico entre o corpo astral (corpo mais grosseiro do
espírito) e o físico, este é de natureza material que pertence aos domínios do homem-carne. É
confeccionado de dois éteres, um do meio físico onde vivemos (Prana) que se mistura ao éter
que desce dos planos superiores (Energia Perispiritual). Esse corpo tem estrutura
extremamente tênue, invisível porque diáfana, de natureza eletromagnética superior ao
comprimento de onda da luz ultravioleta, razão por que é facilmente dissociado por esta,

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quando desconectado do corpo físico. Pode-se dizer que se trata de matéria quintessênciada,
tangenciando a imaterialidade.
Em situações normais o corpo etérico não se separa do corpo somático da criatura viva, ao
contrario dos corpos astral e mental; ele é físico, está jungido a carne. Pode ser separado
através de energia vinda de fora do corpo, como passes magnéticos de grande intensidade.
Experiências do coronel Aiglun de Rochas, investigador frances do fim do século XIX,
conseguiu separá-lo pela primeira vez do corpo físico de um médium, por meio de exaustivos
passes magnéticos. Estas experiências permitiram que o corpo etérico ser identificado.
Durante o sono natural, a personalidade, a alma, exterioriza-se para fora do corpo físico,
deixando conjuntamente o corpo físico e duplo etérico. Na morte, a alma exterioriza-se
também, mas desta vez definitivamente, arrastando consigo o duplo etérico que abandona,
completa e definitivamente, o corpo físico.
O corpo etérico não é espiritual e se dissolve com a morte do corpo físico, ao cabo de algumas
horas. Às vezes é visto nos cemitérios, em forma de nuvem leve que aos poucos se dissolve,
neste processo podem servir de alimento vital para espíritos humanos inferiores e outros seres
do astral.
O duplo etérico é perfeitamente visível ao olho treinado do clarividente, sua cor é de um
cinzento violáceo e sua contextura é grosseira ou fina segundo a qualidade e natureza
correspondente do corpo físico.
Todos os pensamentos, desejos ou sentimentos que o espírito envia para o Corpo astral, é
deste transmitido para o Corpo Físico. No sentido inverso, tudo que sucede no Corpo Físico
que deve ser analisado, corrigido e gravado pelo espírito é transportado do Corpo Físico ao
Corpo Astral pelo Duplo Etérico.
O equilíbrio fisiológico reflete a harmonia que reina no Corpo Astral, e o corpo etérico tem por
função estabelecer a saúde automaticamente, sem interferência da consciência. Distribuindo
as energias vitalizantes pelo corpo físico, ele cuida para que as funções vitais permaneçam
equilibradas e o conjunto corporal conserve seu equilíbrio harmônico. Promove, assim, as
cicatrizações de ferimentos, a cura de enfermidades localizadas, etc. Caso contrário, o
desequilíbrio deste mesmo Corpo Astral fará com que o Corpo Etérico exteriorize grande
número de doenças no corpo físico utilizando os mesmos mecanismos da saúde.
É graças ao duplo etérico que a força vital (o prana) circula ao longo dos nervos e lhes permite
atuar como transmissores da motricidade e dá sensibilidade às impressões externas. As
faculdades, os poderes do pensamento, do movimento, da sensibilidade, não residem na
substância nervosa, quer física, quer etérea. São modos de atividade do ego (personalidade),
operando nos seus corpos Mental Inferior e Astral, mas sua expressão no plano físico é
possível pelo Sopro de Vida que circula ao longo dos filetes nervosos e em volta das células
nervosas.

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6.9.1. LIGAÇÃO ENTRE O CORPO ASTRAL E O FÍSICO

Por intermédio da estrutura etérica todos os atos volitivos, os desejos, as emoções e quaisquer
manifestações da consciência superior passam a atuar sobre o corpo físico ou, mais
precisamente, sobre o cérebro carnal. Ela promove a necessária interface de frequências entre
o campo espiritual do astral e o campo físico.
Nos fenômenos mediúnicos comuns, bem menos espetaculares, a importância desse mediador
quase não aparece, não é palpável. Sem ele, no entanto, a comunicação entre os campos
astral e físico seria impossível por falta de ponte. Todo espírito comunicante, que atue ligado
ao médium, tem que usar esse estagio intermediário de frequência que permite acoplamento
ressonante com o sistema nervoso do médium, assim o pensamento do espírito é expresso
pela psicografia, psicofonia e outros meios.

6.9.2. ECTOPLASMA

Sabe-se que o corpo Duplo Etérico é constituído de material denominado de ectoplasma. É


uma substância semelhante a um plasma, fluido fino que tem a propriedade de se condensar
logo que exsudado do corpo do doador. Sai pelos poros e cavidades naturais e vem sendo
utilizado nas sessões espíritas de “efeitos físicos” (impropriamente chamadas de
“materialização”, porque nelas costumam aparecer espíritos materializados com essa
substancia, que um ou vários doadores exsudam). Quando Exsudado pelos poros e cavidades
naturais, aparece em forma de uma espécie de gás pesado, denso, que aos poucos vai se
condensando, toma forma pastosa, plástica, e o espírito comunicante com ela vai se
revestindo, até mostrar-se com o corpo que possuía quando encarnado. O espírito pode
materializa-se até o ponto de poder ser tocado, apalpado, pesado etc.
O ectoplasma se encontra num estado de extrema fluidez e quando exposta aos raios
luminosos sofre imediata dispersão, isso acontece porque a energia radiante da luz é mais
intensa do que a energia de coesão molecular do ectoplasma, principalmente a energia
luminosa mais intensa. Por essa razão os trabalhos de efeitos físicos devem começar em
absoluta escuridão, até que a massa exsudada se adense o bastante para adquirir coesão que
torne possível a resistência ao bombardeio de fótons. Atingido certo adensamento da massa
ectoplasmica, o espírito manifestante pode submeter-se a luz normal, à vontade.
No século XIX o renomado cientista William CROOKES (Capítulo 2) investigou durante dois
anos consecutivos a materialização do espírito Katie King. O caso, clássico, teve justificada
repercussão por dois motivos: a indiscutível credibilidade de CROOKES e o concentimento do
espírito em servir as pesquisas cientificam.
O espírito Joseph Gleber, médico, nos esclarece sobre o ectoplasma no texto que transcrevo a
seguir:

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O ectoplasma é a força nervosa emitida pelos encarnados em quantidades significativas ou


não, e é parte constituinte do duplo etérico ou corpo vital. Essa energia nervosa ou substância
vaporosa transuda do corpo físico dos médiuns, tornando-se extremamente dócil e manipulável
pelos seres da dimensão Astral. Constitui-se em precioso combustível para a realização de
uma gama quase infinita de fenômenos físicos e extrafísicos, nas dimensões muito próximas
ao plano terreno. Luminescente, comporta-se como algo vivo, sensível, amorfo, porém coeso e
organizado. Ao ser exsudado dos orifícios da organização mediúnica, tal elemento apresenta-
se com extremo polimorfismo, exalando uma aura brilhante e ao mesmo tempo fugaz como o
raio. O pensamento, as emoções e a força mental bem direcionada são capazes de dar forma,
textura, cor e cheiro a essa substância vaporosa e maleável.
Tal energia nervosa é muitíssimo sensível à luz branca, intensa e direta. Tem em sua
composição proteínas, moléculas de água, aminoácidos, lipídios, glicídios e alguns minerais. O
fosfato de cálcio e o fósforo entram em sua composição etérica de maneira especial, além de
outros elementos desconhecidos da ciência terrena, porque de origem extrafísica. Portanto, o
ectoplasma não é uma substância simples, mas composta; uma mistura de elementos do
organismo do médium e de outros da esfera invisível.

6.9.3. EFEITO KIRLIAN

O Efeito Kirlian Leva o nome do pesquisador russo contemporâneo Semyon KIRLIAN, de


Krasnodar. Este efeito é uma irradiação luminosa conhecida como "efeito Corona", aparece em
redor dos objetos em que é aplicada uma corrente elétrica de tensão e frequência altas. Na
produção dessa corrente costuma-se usar uma bobina de indução de TESLA.
Seres inanimados (metais, por exemplo) tem emanação luminosa regular, um halo com
dimensão, de forma e luminosidade uniformes. Nos seres vivos o halo se modifica conforme as
condições da criatura submetida a corrente elétrica. Essas alterações na forma e intensidade
do halo refletem o dinamismo vibratório do campo (ou Corpo) etérico. De modo algum
constituem o retrato da aura, e muito menos do corpo astral, como acreditam alguns espíritas,
são manifestações físicas do corpo etérico.
Estados patológicos podem modificar o padrão do eflúvio elétrico e o efeito Kirlian indicara que
algo anormal esta acontecendo com aquele organismo. A razão disso é que as doenças afetam
sempre e em primeiro lugar o equilíbrio energético do campo (ou corpo) dinâmico (etérico),
alterando-lhe a forma e também o efeito.

6.10. CORPO FÍSICO

O corpo físico é a carcaça carnosa em que vivemos, algo semelhante a um escafandro, pesado
e quase sempre incomodo, de que nos utilizamos para atuar no meio físico. É constituído de
compostos químicos habilmente manipulados pelo fenômeno chamado vida.

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Na verdade, há vida em cada elemento destes compostos químicos, e tudo é vida dentro deste
corpo. Existimos com nossa Vida maior sediada num composto de miríades de vidas menores,
organizando-o. Porque constituído de matéria, nosso corpo opera no meio físico com
facilidade, pois corpo e meio físico pertencem à mesma dimensão eletromagnética.
O corpo Físico possui capacidade muito limitada de expressão do Espírito, ele atenua em 90%
a capacidade de expressão da intelectualidade existente no Corpo Astral. Em virtude destas
limitações é que se torna o veículo ideal para o espírito ainda primário iniciar o seu processo de
aprendizado e evolução.

6.11. DUPLA MATERIAL

A dupla material é formada pelos corpos Duplo Etérico e Físico, são corpos de matéria densa
de nossa dimensão. Estes corpos são descartáveis, pois quando são criados com um tempo
máximo de uso. Assim que o espírito completa a sua programação encarnatória o corpo é
descartado, o corpo físico morre e o corpo Etérico se dissolve.
O ESPÍRITO que possui os sete corpos é denominado de Alma, pois possui esta natureza
transitória dada pela Dupla Material. Esta foi uma maneira que Kardec encontrou para
diferenciar espírito encarnado do desencarnado. E de certa forma há uma grande diferença,
pois o Espírito pode manter várias manifestações diferentes e independentes (personalidades)
nos corpos da Dupla Semi-Material, mas apenas uma única manifestação na Dupla Material.
Assim pode-se dizer que a Alma é composta por 7 corpos, que as tradições dividem e duas
classes diferentes, a primeira e mais importante é a Tríade Superior. A segunda é o
Quaternário Inferior, descartável por natureza, que aqui nós dividimos em Dupla Semi-Material
e Material, pois estudamos a Alma e o Espírito separadamente.
A Figura abaixo sintetiza estas ligações.

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A figura abaixo procura esquematizar o arranjo dos Corpos que o ESPÍRITO forma na matéria
para se apropriar e agir nesta. Observe que os Corpos da Tríade Superior são paralelos
perfeitos e os da Dupla Semi-Material estão recortados, mas se comunicam entre si.
Cada área recortada é responsável por animar uma Personalidade diferente que viveu em
encarnações anteriores e a atual.
A atual encarnação exige maiores atenções, pois é imperativo que a Personalidade supere
todo o programa encarnatório com o maior sucesso possível. Assim é dedicada a maior parcela
dos recursos destes dois corpos para tal, com prejuízos para o resto das personalidades
existentes. Nesta parcela especialmente preparada para encarnação é responsável pela
formação, comando e recolha das informações do Corpo do Etérico e do Físico.

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Na Figura abaixo temos o esquema das ligações do Fio de Prata entre os Corpos e
intracorpos. Assim pode-se notar como são compartilhados informações e comandos entre os
diversos elementos materiais que compõe os Espíritos Materializados. Verificamos que a
natureza energética de suas ligações possibilita a criação e manutenção das personalidades
múltiplas sem ferir o preceito da indivisibilidade dos corpos espirituais. É como se fosse vários
computadores ligados em uma rede. Cada um é independente mas compartilham a mesma
base de dados e todos estão subordinados ao computador central (Tríade Superior).

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 82


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Bibliografia:
Apostila “Saúde Integral Os chakras e a bioenergia”, coleção sem mistério nº 5, São Paulo - SP
Azevedo, J. L.; Espírito e Matéria Novos Horizontes para a Medicina, Porto Alegre: Gráfica e
Editora Ltda, 7ª Edição, 2002.

Godinho, J. S.; Iniciação Apométrica, 3ª edição, Lages: Holus Editora, 2008;


Godinho, J. S.; Desvendando o Psiquismo, 3ª edição, Lages: Holus Editora, 2005;
Godinho, J. S.; O Psiquismo em Terapia, 3ª edição, Lages: Holus Editora, 2005;
https://www.youtube.com/watch?v=iylRvjHRavk&list=PL819BC63971B7A61B
Kardec, Allan; O Livro dos Espíritos, 91ª edição, 2ª reimpressão, Rio de Janeiro: Federação
Espírita Brasileira, 2010;
Melo, Jacob; O Passe, Seu Estudo, Suas Técnicas, Sua Prática, 7ª edição, Rio de Janeiro:
Federação Espírita Brasileira, 1992;

Pinheiro, Robson; Consciência, 2ª edição, Contagem – MG: Casa dos espíritos Editora Ltda.

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CAPÍTULO 7:
O PLANO ASTRAL

Além da nossa dimensão física, onde habitamos enquanto encarnados, nosso planeta também
comporta outras dimensões. Chamamos estas outras dimensões de extrafísica, e
diferentemente da forma que somos acostumados a conceituar em nossa física, dizendo que
ela possui três dimensões, sendo elas: a altura, o comprimento e a largura; a extrafísica
obedece a outros critérios de classificação e entendimento, sendo que a dimensão tempo
perpassa por todas elas, mas cada uma de forma que lhe é própria.
A primeira dimensão extrafísica chama-se de Dimensão Astral ou Plano Astral. Suas divisões e
subdivisões que aparecem decorrência dos mais variados níveis de energias vibratórias
formando as mais variadas topografias geográficas.
Para um melhor entendimento da diferença destes planos, imaginemos-nos viajando no plano
material: haveremos de atravessar um espaço em metros, quilômetros, léguas ou até mesmo
anos-luz. Já no plano astral, quando se viaja, atravessam-se graus de vibração: isto é, passa-
se de um alto grau de vibração a um mais baixo grau de vibração ou vice-versa. Há vários
planos e subplanos (ou “regiões” do mundo astral) onde se pode viajar, porém toda viagem
astral se opera simplesmente pela transição de um grau de vibração a outro, com isso muda-se
o foco da consciência de um nível para outro.
Allan Kardec, O Codificador da Doutrina, na questão 1.012 de O Livro dos Espíritos sintetiza
assim: "Céu e Inferno são estados de consciência". Esta tese foi desenvolvida pelos Espíritos
Reveladores do Espiritismo. Em outra questão a Kardec dirigida: haverá no universo lugares
circunscritos para as penas e gozos dos espíritos, segundo seus merecimentos? "Já
respondemos a esta pergunta. As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição dos
Espíritos. Cada um tira de si mesmo o princípio de sua felicidade ou de sua desgraça. E como

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 84


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eles estão pôr toda a parte, nenhum lugar circunscrito ou fechado existe especialmente
destinado a uma ou outra coisa. Quanto aos encarnados, esses são mais ou menos felizes ou
desgraçados, conforme é mais ou menos adiantado o mundo em que habitam”.
Vimos que o espiritismo nos assegura que a ventura ou desventura no mundo espiritual será
de acordo com a evolução moral do Espírito. Assim temos que, quanto mais desenvolvida é a
índole (é por ela que mostramos quem somos), melhor o lugar (no céu) o Espírito irá. Da
mesma forma que, quanto menos desenvolvida ele seja, irá para lugares de baixa vibração
energética.
O plano astral é muito maior do que o físico e se estende por quilômetros acima e abaixo da
superfície terrestre. A matéria de cada um deles interpenetra a matéria do imediatamente
superior, existindo todos no mesmo espaço, embora as variedades superiores de matéria se
estendam para mais além da terra física do que as inferiores.

O MUNDO ASTRAL, a parte de sua divisões e subdivisões, é o plano onde habitam os


espíritos que possuem Corpos Astrais. Onde suas venturas e desventura acontecem, onde
vibram as emoções mais sublimes, até as mais degradantes. Dizemos que é o plano de nossas
paixões e desejos.
O Plano Astral compreende sete subdivisões, ou camadas, com a seguinte repartição:
 Zona Subcrostal: 1ª camada: Trevas
 Zona do Umbral: 2ª, 3ª e 4ª camadas: Umbral Inferior, Médio e Superior
 Zona do Céu Astral: 5ª, 6ª e 7ª camadas: Céu Astral Inferior, Médio e Superior.
De forma didática, podemos sistematizar as opções do homem após a morte física em três
situações:

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A) CONTINUAR A VIVER NA CROSTA:

Espíritos excessivamente apegados à vida física, e que ainda não conseguiram assumir a sua
condição de desencarnados, geralmente continuam a viver nos locais onde habituaram a viver
enquanto encarnados, pois não darem-se conta de que já não mais pertencem ao mundo
material. Alguns fatores que podem condicionar a este apego à vida material:

 Ignorância, confusão e medo;

 Apegos excessivos a pessoas, lugares e objetos;

 Inclinações pelas drogas, álcool, fumo, comida e sexo;

 Vinculação a negócios não concluídos;

 Desejo de vingança.

B) DESLOCAM-SE PARA CERTAS REGIÕES NO UMBRAL

Muitos Espíritos culpados ou viciosos, após desencarnarem, são levados por uma força
magnética automática, ou por entidades do mal, para uma das regiões umbralinas e lá
permanecerão até que o arrependimento e a vontade de reparar o passado modifiquem a sua
psicosfera pessoal.

C) RECOLHIMENTO A UMA COLÔNIA ESPIRITUAL

Os espíritos que possuem elevação suficiente para integrarem à vida extrafísica destes locais,
após o desencarne são recolhidos e encaminhados para colônias espirituais previamente
designadas de acordo com suas necessidades.

7.1. AS TREVAS

Zona de escuridão completa, situada em regiões sub-crostais (cavernas, pântanos, abismos


submarinos, manto do planeta, fortalezas e cidades das trevas). Região escura e de horror.
Lugar onde os espíritos de mais baixo padrão vibratório expurgam suas energias deletérias que
agregaram em si durante sua estada na terra.

7.1.1. OS HABITANTES

Magos Negros e seus Discípulos: são espíritos desencarnados, que permanecem o maior
tempo possível neste plano, renegando o plano mental, são criaturas extremamente hábeis
com os poderes do mundo astral, violam a lei natural da evolução, pois mantém-se no mundo
astral pela manipulação de artes de MAGIA NEGRA.
Pessoas voltada para o mal: As ordens de pessoas que lidam com essas forças ocultas
poderosas são várias, mas podemos citar: Vodu, Magia Negra, ditadores, criminosos
contumazes, etc.

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7.2. UMBRAL INFERIOR

Umbral inferior Começa na crosta terrestre e é mais materializado e possui regiões purgatoriais
mais dolorosas. É uma região de escuridão e fria que apresenta poucas plantações, abismos e
vales, o solo é tortuoso e vegetação rasteira, onde sopra fortes ventos em todas as direções.
Todos os seres em corpos físicos que habitam a crosta terrestre, estão imersos na atmosfera
de seres deste plano e de seres do plano das Trevas que possuem habilidades de permanecer
no Umbral por tempo limitado. Todas essas almas em perturbação exercem inevitavelmente
poderosa influência sobre os encarnados, principalmente com aqueles com quem elas
possuem afinidade de conduta emocional e mental ou com quem tiveram conflitos no passado.
A esmagadora maioria da população deste plano é composta por almas de precária evolução,
que vivem em ignorância, e no nevoeiro das suas ilusões, vícios e problemas morais ou por
sentimentos negativos que as fazem agir de forma desviante. Estes espíritos de baixa vibração
espiritual precisam resgatar suas infrações perante as Leis Divinas.

7.2.1. OS HABITANTES

Seus habitantes são geralmente: Suicidas, homicidas, almas desajustadas e ou cometeram de


graves delitos contra alei de Deus. Quase sempre são comandados por seres empedernidos
no mal.
Local onde se abrigam viciados, libertinos e criminosos, que para lá se dirigem conduzidos
pelas suas vítimas. Como Também o indivíduo que for arrancado de sua vida terrena
repentinamente, em pleno gozo de sua saúde e energias, vai encontrar no astral inferior uma
situação diferenciada dos demais seres que morreram por doença. No caso de suicídio ou de
morte por acidente, desastre, não se realizando os preparativos naturais e graduais, grande
quantidade de duplo etérico, é perturbadora para o indivíduo recém morto, esta alta densidade
vibratório levará o indivíduo a cair em zona astral inferior.

Os mortos Vulgares: É uma classe cuja população é de milhares e milhares de almas, que
permanecem neste plano por algumas horas, dias, semanas, meses, anos e até séculos. Não
possuem maturidade astral, flutuam perto do corpo físico durante o sono, num estado mais ou
menos inconsciente, em alguns casos numa semiadormecido, vagueia daqui para ali, ou
seguindo correntes astrais que levam a toda espécie de aventuras, umas agradáveis outras
desagradáveis.

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7.3. UMBRAL MÉDIO

Onde estão situadas as bases ou pronto-socorro dos Espíritos do Bem. Os irmãos sofredores
resgatados do Umbral inferior são levados para tratamento e posteriormente enviados para
uma colônia espiritual.
Neste Pano existem Casas Transitórias que são postos de socorro, podem se locomover para
prestar ajuda aos habitantes dessa região. São locais onde os espíritos tem permanência
transitória, são amparados e orientados, com liberdade de escolher o seu caminho.

7.3.1. OS HABITANTES

Espíritos a espera de Reencarnação, mas ainda em tratamento, são habitantes comuns do


mundo astral, que possuem méritos suficientes.

7.4. UMBRAL SUPERIOR

Neste Plano se localizam as colônias espirituais. Os residentes vivem em casas e


apartamentos como na Terra, deslocam-se a pé ou em transportes públicos (aerobus), caso
não volitem, e tem as mesmas carências naturais que tinham em corpo físico (sono,
alimentação, fisiologia corrente, necessidade de diversões, etc.)

7.4.1. OS HABITANTES

Espíritos a espera de reencarnação, mas trabalhando para o bem comum e assim vão se
preparando para a nova encarnação, são habitantes comuns do mundo Umbral Superior.
Indivíduos Psiquicamente adiantados: Esses não estão sob orientação de um Mestre
(amparador), em geral são conscientes fora do corpo físico, mas estão sujeitos a enganos do
que veem. Sua lucidez é variável, e em muitos casos quando voltam ao corpo físico não se
lembram de sua experiência.

7.5. COLÔNIAS ESPIRITUAIS

Colônias Espirituais, nada mais são do que “Cidades Astrais”, que se constroem através de
Formas-Pensamento-Sentimento por comunidades agrupadas em grandes egrégoras com
até 8 milhões de pessoas. Nelas existem prédios, jardins, casas, parques, árvores, hospitais e
bibliotecas, onde os espíritos trabalham e descansam.

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Nestas Cidades os espíritos realizam diversas atividades como: mandar mensagens espirituais
para os encarnados se recuperam de enfermidades, preparam-se para futuras encarnações,
além de muitas outras coisas.
É interessante ressaltar que a realidade do plano espiritual muitas vezes surpreende os
próprios espíritos, que não percebem uma descontinuidade entre o plano material e o espiritual
quando desencarnam. Os postos avançados de socorro precisam de um sistema de defesa
para impedir a entrada dos espíritos trevosos, pois os abrigos sofrem ataques de espíritos
provenientes de zonas umbralinas mais densas.
Os habitantes de cada colônia são selecionados de acordo com o grau de evolução alcançado,
pois o que rege a formação das Colônias Espirituais é a Lei de Afinidade.

As Colônias Espirituais são de diversos tipos, como por Exemplo:

 Socorristas, são verdadeiras fortalezas localizadas dentro do umbral. São locais que
servem de abrigo aos desencarnados em condições pouco evoluídas e aos sofredores com
consciência pesada. É um local também para auxiliar os espíritos do umbral, que se
arrependeram e pedem socorro.

 Correcionais, Voltadas para atendimento aos suicidas, aos toxicômanos e aos pervertidos
sexuais. Os enfermos estudam vários temas como: sexo, amor, sexo e matrimônio;

 Estudo e de desenvolvimento das artes,

 Pesquisas no autoconhecimento e científicas,

As condições de sociabilidade das esferas mais purificadas, ainda nos são poucos conhecidas,
no entanto, a vida nas regiões mais próximas da crosta desenvolvem-se de maneira
semelhante, nestas colônias o espírito encontra:
a) Habitação: construídas de modo análogo ao do plano físico, pois estamos acostumados
a ela;
b) Vestuário: semelhante ao nosso em estilo, mas é Ideoplástico;
c) Alimentação: é basicamente energia condensada do plano em questão, mas
apresentado nas formas familiares ao espírito, como sopas, legumes, líquidos, carne...;
d) Sono e Repouso: o espírito mesmo desencarnado necessita repor suas energias
através da inatividade;
e) Transporte: o espírito pode se locomover de diversas formas como, por exemplo,
volitação e o aérobus (transportes semelhantes aos da Terra);
f) Linguagem: a comunicação entre os espíritos é pelo Pensamento, mas por costume a
Linguagem articulada também se faz presente de acordo com os idiomas de seus
habitantes (inglês,português,etc);
g) Vida social: é intensa, estudam, trabalham e se divertem.

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h) Animais e Plantas: há solo, plantas, flores, animais e elementais. Estes primeiros , como
regra geral reencarnam-se rápido, há alguns animais que são treinados para serem
utilizados em tarefas específicas no mundo espiritual.

7.5.1. NOSSO LAR

O termo Colônia Espiritual Nosso Lar designa uma colonia espiritual fundada em meados do
século XVI, por portugueses distintos desencarnados no Brasil. Localizada em algum ponto
acima da cidade do Rio de janeiro. Essa colônia foi noticiada e descrita pela primeira vez no
livro Nosso Lar psicografado Chico Xavier, pelo espírito de André.
Pelo que se sabe, começa a uns 50 km da Terra. Essa cidade, assim como outras, é para onde
levam-se os espíritos socorridos, vindos de várias partes do umbral e da crosta terrestre, conta
com uma vasta rede viária, meios de transporte, arborização, praças, teatros, hospitais,
escolas e outros.

7.5.2. COLÔNIA DE GRAMADO

Está sobre o Rio Grande do Sul, com vários núcleos de atendimento socorrista, como se fosse
um conjunto de cidades-satélites da Colônia. Entre elas destacam-se as Colônias “Das
Orquídeas”, “Dos Girassóis”, “Do Guaíba” e “Estrela d´Alva”. O conjunto de todas elas recebe o
nome de “Colônia Gramado”.
A Colônia desenvolve também um trabalho específico de técnicas de estudo relacionadas com
a “coluna vertebral”, “coordenação motora das pernas e pés”. Muitos dos profissionais dessa
área encarnados têm afinidades com esta colônia, recebendo dela muita influência, em
especial os que fazem “cirurgias de hérnia de disco”, para se aprimorarem as técnicas dessas
enfermidades. Cuidam também de serviços relacionados com “paralisias”.

7.5.3. COLÔNIA DO SOL NASCENTE


Fica no sudoeste do Estado de SP, envolvendo as áreas de S. José dos Campos, Campos do
Jordão, Itajubá (MG), Pouso Alegre (MG), Águas de Lindóia e Bragança Paulista, em SP.
A Colônia apresenta também um setor de preparação do espírito para o reencarne aguardando
o momento determinado por Deus. Geralmente os espíritos ficam felizes com a nova
oportunidade e aguardam esperançosos as futuras encarnações.

7.5.4. COLÔNIA DAS FLORES

É uma das maiores colônias espirituais. Inicia-se na parte central de Santa Catarina, nas
proximidades de Tangará. Especializou-se no socorro aos que desencarnam vítimas de câncer
e que quase sempre conservam a impressão da doença no perispírito.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 90


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7.5.5. COLÔNIA RAIOS DO AMANHECER

Localiza-se na parte central do planeta, acompanhando a linha do equador. Forma uma quase
“ciranda” em torno da Terra, embora apresente núcleos de espaço em espaço. Os maiores
núcleos estão no Brasil, norte do Amapá, e Guianas; na África, Congos e Quênia; e o outro
núcleo nas Ilhas da Indonésia, entre os oceanos Índico e Pacífico. Além desses existem outros
núcleos menores e o conjunto deles é que constitui a Colônia Raios do Amanhecer.
Cada núcleo apresenta características filosóficas próprias, embora seja a do Cristo a filosofia
de atendimento em todos eles. No Brasil, a colônia tem o aspecto de uma grande “parque
infantil”, pois é o mundo espiritual das crianças. Os grandes centros de lazer infantil na Terra
foram inspirados nessa Colônia.

7.6. CÉU ASTRAL INFERIOR

Situa-se vibracionalmente acima do Umbral, e logo abaixo da fronteira dimensional com Plano
mental Inferir. O Autor Robson Pinheiro relata que é morada de vários espíritos benfeitores de
grande elevação moral e tecnológica.
Neste espaço vibratório se encontram os templos de diversas religiões, escolas mais
avançadas, hospitais perfeitos com a finalidade de estudo e aprimoramento científico,
ministérios de preparação e assistência para reencarnação de espíritos que possuem tarefas
mais especializadas.
Nesta Região geralmente permanecem os BONS artistas e os espíritos mais elevados em
todos os setores do progresso humano, os intelectuais que dignificaram a inteligência com
obras de valor, os cientistas que se dedicaram desinteressadamente ao desenvolvimento da
humanidade.

7.7. HABITANTES DO MUNDO ASTRAL

Não é fácil classificar e ordenar os seres astrais, tal sua variedade e complexidade, mas
podemos nos esforçar para isso, começando a dividi-los em 3 grandes categorias: Humanos,
os não-humanos e os artificiais.

7.7.1. SERES HUMANOS DESENCARNADOS.

Os Nirmânakáyas: Seres elevados, no entanto por qualquer necessidade de missão que se


julgue necessário descem para o plano Astral (Livro: O Plano Astral. C. W. LeadbeaterSeres).

7.7.2. HUMANOS ENCARNADOS EM DESDOBRAMENTO:

Humanos evoluídos, instruídos que operam tanto com o corpo mental como astral, mas muito
mais com mental, pertencentes a escolas orientais e algumas ocidentais.

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Indivíduos Psiquicamente adiantados que Esses não estão sob orientação de um Mestre
(amparador), em geral são conscientes fora do corpo físico, mas estão sujeitos a enganos do
que veem. Sua lucidez é variável, e em muitos casos quando voltam ao corpo físico não se
lembram de sua experiência.

7.7.3. ESPÍRITOS DA NATUREZA OU ELEMENTAIS:

Os Elementais são entidades espirituais relacionadas com os elementos da natureza, não


encarnam como os humanos. Essas famílias elementais, como as denominamos, estão
profundamente ligadas a este ou aquele elemento: FOGO, TERRA, ÁGUA E AR, conforme a
especialidade, a natureza e a procedência de cada uma delas. Ligados a fenômenos naturais
como tempestades, raios trovões, terremotos maremotos, ações de vulcões, etc..
Prestam serviços em nosso mundo, como se estivessem em uma dimensão paralela, por isso
não podem ser vistos ou percebidos de forma fácil, a não ser que eles mesmos se tornem
visíveis aos encarnados.

7.7.4. OS DEVAS:

O mais alto sistema de evolução que tem relação com o planeta terra. São seres que os hindus
chamam de Devas, no Ocidente Anjos, "Filhos de Deus", amparadores, são considerados um
reino acima do humano, assim como os animais irracionais um reino inferior aos humanos,
chamado também de Regentes da Terra, Anjos Celestiais. Poucas vezes se manifestam no
mundo astral, estão mais presentes no mundo mental.

7.7.5. ELEMENTAIS ARTIFICIAIS CRIADOS INCONSCIENTEMENTE:

É flagrante o efeito produzido por um pensamento que se apodera da matéria plástica astral,
ele molda instantaneamente um ser vivo. Este ser que uma vez criado pode ficar independente
da influência do seu criador, pois adquire um instinto básico de sobrevivência. A duração de um
elemental desta natureza (Formas-Pensamento) varia muito, sendo proporcional a intensidade
dos pensamentos de quem o gerou e o alimenta.

Alguns minutos, horas, mas o pensamento forte, repetitivo, convicto pode durar alguns dias. Os
elementais ficam em volta do seu criador em suspensão, circulando, tendem a provocar a
repetição da ideia buscando se fortificar para viver mais tempo.

7.7.6. ELEMENTAIS ARTIFICIAIS CRIADOS CONSCIENTEMENTE:

Tantos os adeptos da Magia Branca e Magia Negra se servem frequentemente de elementais


artificiais nos seus trabalhos, neste caso essas criaturas são como escravos, poucas são as
tarefas que não possam ser realizadas por essas criaturas.

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Os elementais formados conscientemente (Formas-Pensamento) são dotados de uma


inteligência superior aos formados inconscientemente, além da duração de suas vidas, serem
bem maiores, por isso são mais perigosos.

Da mesma forma são mais astutos para prolongar a vida, quer alimentando-se da vitalidade de
seres humanos ou através de oferendas, matando animais, cuja vitalidade é direcionada e
absorvida pelo elemental. Podem prolongar suas vidas indefinidamente, ou até que seu criador
o desfaça.

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CAPÍTULO 8:
OS CENTROS DE FORÇAS
E OS CHAKRAS

A palavra chakra, de origem sânscrita, quer dizer roda ou pires que, em seus movimentos
vorticosos, forma uma depressão no centro; portanto, seu significado etimológico é "disco
giratório".
Existem dois tipos de chakras: os do perispírito e os do duplo etérico. Praticamente em toda a
literatura que trata do assunto, nos deparamos com as seguintes terminologias: Chakras para
os vórtices que se encontram no duplo etérico e Centros de Força para os vórtices que se
encontram no perispírito.
Os centros de força do perispírito captam as vibrações do espírito e as transferem aos chakras
do duplo etérico, que as filtram e as remetem para as regiões dos plexos correspondentes na
matéria física.
Os chakras do duplo etérico e os centros de força do perispírito estão intimamente ligados uns
aos outros em contato energético, atuando diretamente sobre os plexos nervosos do corpo
físico. Estes são temporários, pois existem enquanto este corpo existir. Os centros de força do
perispírito são permanentes, mas, sutilizam-se conforme o perispírito.
O centro coronário do perispírito, por exemplo, é um fabuloso órgão sem analogia entre nós,
sede das mais avançadas decisões do Espírito Imortal, ao passo que o mesmo chakra
coronário do duplo etérico é tão somente um elo de conexão, uma ponte viva sensibilíssima,
mas sem autonomia, unindo o mundo divino perispiritual com o mundo humano da criatura em
desenvolvimento.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 94


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8.1. OS CHAKRAS

Os chakras do duplo etérico estão situados à sua superfície, distando de 5 a 6 milímetros da


periferia do corpo físico e se apresentam como espécie de vórtices, turbilhões ou redemoinhos,
verdadeiros discos giratórios etéricos em alta velocidade, com movimento contínuo e
acelerado.

Chakras são pontos de conexão ou enlace pelos quais flui a energia entres todos os corpos,
são entradas e saídas de energias onde estes fluxos se chocam formando vórtices energéticos.
As energias entram tanto pelo perispírito quanto pelo duplo etérico e passam para o organismo
físico.
Os chakras do duplo etérico são órgãos semimateriais e são responsáveis pela vitalização do
corpo físico, responsáveis não só pela comunicação, mas, sobretudo, pela reciclagem das
energias perispirituais para o corpo físico e vice-versa.
A coluna cervical (medula) é o grande canal condutor de energia e o duplo etérico é o canal por
onde o Espírito alojado no Perispírito, exerce seu controle sobre o Corpo Físico, tomando
conhecimento de suas sensações.
Os desencarnados e os videntes podem julgar o grau da capacidade espiritual do indivíduo
pela simples visão da transparência, do colorido e da extensão do diâmetro de cada chakra de
seu corpo etérico.
Os chakras comunicam-se uns com os outros, através de condutos conhecidos como
meridianos (ou nadhis), por onde flui a energia vital por eles modificada. (Nadhis canais,
espécie de veias que conduzem energias ao invés de sangue).
O tamanho dos chakras depende do desenvolvimento espiritual e das vibrações que emitimos.
A quantidade de giro é proporcional, quanto mais elevada maior é a absorção de energias. Nas
pessoas espiritualmente desenvolvidas, eles são amplos, brilhantes e translúcidos podendo
atingir até 25 cm de raio. Nas pessoas mais materializadas, de vibrações mais baixas ou
primitivas, apresentam-se opacos e com diâmetro reduzido.
No primeiro caso, canalizam maior quantidade de energia vital, facilitando o desenvolvimento
das faculdades psíquicas do homem. No segundo caso, absorvem menos energia espiritual,
recebem praticamente somente energias vitais.

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8.2. FUNCIONAMENTO DOS CHAKRAS

O movimento giratório vorticoso dos chakras resulta do choque ou contato turbilhonante das
energias etéricas sutilíssimas descidas do Alto, com forças etéricas primárias, agressivas e
vigorosas que sobem da Terra carregadas de impurezas próprias do mundo animal instintivo
(éter físico). Esse fenômeno é algo semelhante às correntes de ar frio que descem de nuvens
carregadas de água e entram em choque com as correntes de ar quente que sobem da crosta
terráquea, resultando nos conhecidos fenômenos atmosféricos dos ciclones, tufões ou
redemoinhos de vento.
Os chakras, quando observados de perfil em seu veloz funcionamento giratório, se
assemelham a verdadeiros “pratos” ou “pires” de energias turbilhonantes com uma
concavidade característica no centro; quando vistos de frente, lembram o movimento acelerado
e vertiginoso das hélices dos aviões em alta velocidade, porém emitindo cintilações de cores
devidas à absorção de fluido vital ou vitalidade, que os irriga e neles se decompõe em cores,
como a luz solar ao incidir num prisma de vidro.
Embora cada chakra do duplo etérico possa apresentar diversos matizes de cores ao mesmo
tempo, e que diferem entre si pelos tons mais belos, mais límpidos ou mais feios e sujos, há
sempre uma tonalidade de cor predominante sobre os demais, que revela o tipo vibratório ou
energia útil que ativa este ou aquela sistema de órgão do corpo físico, em sua absorção
fluídica.
Existem três tipos de energias que ocorrem nos chakras e que os fazem “girar”, que não se
misturam porque têm frequência diferentes, são elas:

 Éter Cósmico ou Energia Espiritual (Energias sutis), Sua principal entrada é o chakra
coronário, depois o Frontal/Cerebral e após o laríngeo, demais chakras podem absorver
quando estes estiverem bloqueados. Estas energias são absorvidas pelos chakras e
distribuídas para os demais. Teremos mais energias se a absorção for feita pelo chakra
principal correspondente a estes tipos de energias que é o coronário.
 Prâna ou Energia Vital, A principal entrada é o chakra esplênico, depois o gástrico, mas
os demais chakras podem absorver o prana quando estes estiverem bloqueados. Estas
energias são absorvidas pelos chakras e distribuídas para os demais, teremos mais
energias se a absorção for feita pelo chakra principal correspondente a estes tipos de
energias que é o esplênico.
 Éter Físico, Energia Física ou Kundaline (Energia primária), Sua principal entrada é o
chakra Básico/Genésico; os demais chakras podem absorver quando estes estiverem
bloqueados. Estas energias são absorvidas pelos chakras e distribuídas para os
demais. Teremos mais energias se a absorção for feita pelo chakra principal
correspondente a estes tipos de energias que são o básico e o genésico.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 96


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8.2.1. DESENVOLVIMENTO DOS CHAKRAS

O desenvolvimento dos chakras se dá de forma natural e progressiva à medida que o homem


promove o seu próprio crescimento espiritual.

8.2.2. A KUNDALINI

A energia Kundalini é uma energia poderosa extravasada do Sol, violenta e agressiva, embora
criadora, que embebe e se mistura à força telúrica do planeta terráqueo, e flui do centro da
Terra numa ondulação retilínea que lembra uma serpente de fogo; daí sua denominação de
"fogo serpentino”.
Os clarividentes observam que esse fluxo energético, se assemelha a uma torrente de fogo
líquido que aflui pelo chakra básico do duplo etérico, situado na base da coluna vertebral do
homem, sobe pela medula espinhal e depois lhe ativa as energias instintivas ou inferiores,
próprias do mundo animal, acelerando a rotação dos demais chakras.
Desenvolver a Kundalini significa romper os filtros ou tela etérica que impede a subida do éter
físico, com isto os chakras superiores ficam irrigados com energia física, tendo algumas
percepções acentuadas (vidência, intuição, etc).
A principal função da kundalini, quanto ao desenvolvimento oculto do homem, é que ao passar
pelos chakras etéricos ela os aviva e converte em mais eficazes pontos de conexão entre os
corpos físico e espiritual. No homem comum, o kundalini está latente no chakra fundamental,
sem que em toda a sua vida terrena ele note ou lhe suspeite a presença.
E muito melhor é que permaneça assim latente até que o homem tenha feito suficiente
progresso moral, com vontade bastante forte para dominá-lo e pensamentos suficientes puros
para arrastar sem dano para os demais Chackras.

8.2.3. CHACKAS EM DESEQUILÍBRIO

Quando os chackas estão em equilíbrio, desfruta-se de ótima saúde física e psíquica. Caso
contrário, nos tornamos vulneráveis aos distúrbios, e se o desequilíbrio persistir, o corpo pode
adoecer. Para manter o corpo e mente sadios, captamos a energia vital do sol, da água da
terra do ar e dos alimentos.
Quando estamos saudáveis, nossos chackas giram com ritmo e sincronia. No organismo
doente, o ritmo se acelera ou se torna lento demais, isto provoca perda de energia vital.
O reequilíbrio dos Chackas pode ser conseguido através de dieta saudável, rica em verduras,
legumes e frutos; exercícios físicos moderados, com acompanhamento médico; respeito às
horas de descanso, práticas religiosas, meditação e relaxamento. Enfim tudo o que propicie a
harmonia interior. O passe, a irradiação, a água fluida ajudam a ativar os chackas que estão
bloqueados.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 97


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8.2.4. REARMONIZANDO OS CHACKAS

O passe, a prece, a irradiação e a água fluidificada ajudam, servem de apoio para a


recuperação, mas não são a base real para o equilíbrio, alinhamento ou rearmonização dos
chackas/centros de força. Lembre-se, chacka bloqueado não é causa, é consequência.
A causa do desequilíbrio dos chackas/centros de força são nossos pensamentos, sentimentos,
emoções, palavras, desejos e ações de baixos teores vibratórios, tais como pessimismo,
mágoa, rancor, inveja, egoísmo, orgulho, vingança, ódio, etc. e ainda nossos vícios.
A condição essencial para que a pessoa se rearmornize energeticamente é que se moralize e
abandone seus vícios. Portanto, para reamornizar nossos chackas/centros de força,
necessitamos nos reformar moralmente, agindo de maneira cristã em todos os momentos da
vida.
Dessa forma vibraremos em ondas de mais elevado teor moral, fazendo valer nosso centro
coronário como captador das boas energias espirituais para distribuir o equilíbrio devido aos
demais centros, assim espiritualizando nossa matéria.

8.3. NADIS E PLEXOS

Uma nadi (plural: nadis) é uma formação de energia na forma de canal na qual o prana flui pelo
corpo a partir dos chakras. Elas iniciam no centro dos chakras e fluem para a periferia e se
tornam cada vez mais finas, possuem função extrassensorial e causam parte das respostas
empáticas e instintivas. A palavra nadi vem da raiz nad (do sânscrito ), que significa canaleta,
córrego, ou fluxo do nada, e é o canal pelo qual circula o prana pelo corpo.
Existe um trabalho científico no ano de 2000, na Engenharia Biomédica da COPPE-RJ, que
trada das linhas Nadis ou Meridianos em acompuntura, neste trabalho constatou-se que os
meridianos são caminhos de baixa impedância biológica (baixa resistência a passagem de
cargas elétricas) em relação a outros caminhos paralelos fora da linha de meridiano.
Os meridianos formam o “Plano Terra do corpo físico”, que equilibram as cargas elétricas e
impedem a formação de acúmulos destas em certas áreas. Como nosso Corpo Físico é uma
máquina Bioelétrica, a existência de potenciais elétricos elevados em certas áreas acarretam
problemas de comunicação no sistema nervoso e prejudica o funcionamento das células, pois
afetam o potencial evocado destas. A figura abaixo esquematiza alguns meridianos do corpo
físico.

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8.3.1. PLEXOS

Na anatomia, plexo (plexo latino = 'plait') é a rede formada por vários ramos ou fios
entrelaçados nervosas ou vasculares pertencentes a cada um dos nervos cerebrorraquídeos
dos sistemas e parasimpático. Estes Plexos distribuem comandos para os musculos e orgãos e
recolhem as sensações. Também possuem a função de distribuir as forças vitais do Duplo
Etérico, podemos citar alguns deles:

 O plexo cervical é um plexo do ramo ventral dos quatro primeiros nervos cervicais
espinhais que estão localizados do segmento cervical C1 a C4 no pescoço. Eles levam
as ligações nervosas à cabeça, ao pescoço e ao ombro.
 O plexo braquial é um conjunto de nervos que partem da medula espinhal, que
inervarão os membros superiores. Suas raízes saem dos cinco forames intervertebrais
C5, C6, C7, C8 e T1. As raízes dão origem aos troncos superior (C5+C6), médio (C7) e
inferior (C8+T1). Responsável por levar as ligações nervosas ao peito, ao ombro, ao
braço, ao antebraço e à mão.
 O plexo Cardiaco é o conjunto de fibras nervosas que comandam o coração, Suas
raizes estão nos forames intervertebrais da Coluna Cervical C4, C5, C6, C7, C8 e da
Toráxica T1, T2, T3, T4 e parte da T5. Esta fibras também formam o Plexo Pulmonar.
 O plexo solar, também conhecido como plexo celíaco, é uma complexa rede de
neurônios que no corpo humano está localizada atrás do estômago e embaixo do
diafragma perto do tronco celíaco na cavidade abdominal a nível da primeira vértebra

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lombar (L1). É formado por nervos esplânicos maiores e menores de ambos os lados e
parte do nervo pneumogástrico.

 O plexo lombar, está situado na parte posterior do músculo psoas maior, anteriormente
aos processos transversos das vértebras lombares. É formado pelos ramos ventrais dos
três primeiros nervos lombares e pela maior parte do quarto nervo lombar (L1, L2, L3 e
L4) e um ramo anastomôtico de T12, dando um ramo ao plexo sacral. É responsável
realizar as ligações do sistema nervoso às costas, ao abdómen, à virilha, à coxa, ao
joelho e à perna.
 O Plexo sacral, leva as ligações nervosas à pelve, às nádegas, aos órgãos sexuais, à
coxa, à perna e ao pé. Os nervos intercostais estão localizados entre as costelas. É
formado pelo tronco lombossacral, ramos ventrais do primeiro ao terceiro nervos sacrais
e parte do quarto, com o restante do último unindo-se ao plexo coccígeo. Seu ramo

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anatômico é formado pelas enervações da coluna lombar de L4 e L5 e da coluna sacral


S1, S2, S3 e S4.

8.4. DENOMINAÇÕES E LOCALIZAÇÕES DOS CHAKRAS

São sete os chackas mais importantes, embora existam outros centros de forças menores em
desenvolvimento nas criaturas, porém de menos importância nas relações entre o mundo
espiritual e o plano físico, são eles:
 CHAKRA CORONÁRIO – Localiza-se no alto da cabeça, alinhado com a glândula
pineal;
 CHAKRA FRONTAL – Localiza-se entre os supercílios, junto ao plexo frontal;
 CHAKRA LARÍGEO – Localiza-se sobre a garganta, junto ao plexo laríngeo;
 CHAKRA CARDÍACO – Localiza-se ao lado esquerdo do coração, junto ao plexo
cardíaco;
 CHAKRA GÁSTRICO – Localiza-se sobre o umbigo, junto ao plexo solar;
 CHAKRA ESPLÊNICO – Localiza-se em cima do baço, na região superior esquerda da
cavidade abdominal. Este órgão tem contato com o pâncreas, o diafragma e o rim
esquerdo;
 CHAKRA GENÉSICO – Localiza-se na região dos órgãos sexuais, conhecido por
Kundalíneo.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 101


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8.5. CHAKRA GENÉSICO

Situa-se na base na espinha dorsal, sobre a região dos órgãos genitais, materialmente tem
relação com os plexos hipogástricos e sacral. Segundo os clarividentes, este chakra é o mais
primário de todos, é composto de 4 (quatro) raios de cor predominantemente vermelha. Chakra
vital por excelência, se ativado (isto é, energizado) acentua-se essa cor, que se torna cada vez
mais viva.
É o mais primitivo e singelo de todos em sua manifestação, um dos principais modeladores das
formas e dos estímulos da vida orgânica. Responsável pela absorção dos fluxos de energias
que emanam do Sol e da intimidade da Terra.
Neste chakra tem sede uma energia chamada “Fogo Serpentino” ou “Kundalini”, devido à forma
de serpente que toma ao subir ao longo do corpo para vitalizar outros chakras. Trata-se de
força vital primária que anima a vida encarnada, cada ser a recebe em quantidade compatível
com suas características de frequência, amplitude e volume. Regula e Energiza os órgãos de
reprodução e as emoções sexuais. Atua sobre a coluna vertebral, sistema central e periférico,
todo aparelho urinário e reprodutor.
É totalmente desaconselhável a ativação intempestiva do chakra básico. Por presidir as
funções genésicas mais primárias, qualquer desvio de sua função provocará grandes perigos e
dissabores. Nunca se deverá esquecer que essa poderosa energia está ligada às forças
telúricas geradas pelo magnetismo do Planeta, e são ligadas ao corpo físico.
São vários os estudos sobre os chakras, alguns autores dividem os chackas inferiores em dois,
chamando-os de chacka genésico e de chácra básico, assim distribuindo suas funções:
 Chacka básico ou fundamental - Possui força vitalizadora conhecida como kundaline;
essa força revigora o sexo e também pode ser transformada em vigor mental,
alimentando outros centros.
 Chacka genésico - localiza-se na região dos órgãos genitais; recebe influência direta do
básico; regula as atividades ligadas ao sexo.
Se o funcionamento normal do Chakra Básico ou genésico é bloqueado pode ocasionar falta
de equilíbrio emocional, de ânimo, de força, desgaste físico, a pessoa fica “no mundo da lua”.

8.6. CHAKRA ESPLÊNICO

Localizado sobre o baço, a vitalidade que distribui é superior à do básico, quanto ao nível de
frequência. Chakra da vida vegetativa compõe-se de 6 (seis) raios, é mais brilhante que o
anterior e tem colorido variável. Apresenta grande importância nos fenômenos mediúnicos, pois
é através de seu campo magnético que os espíritos incorporam nos médiuns.

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Materialmente tem relação com o plexo mesentérico e o baço. Recebe energias do chakra
básico/genésico e é a Principal entrada da energia vital (prânica) que vitaliza todo o corpo
físico, sendo responsável pela saúde do Duplo Etérico.
Regula a distribuição e a circulação dos recursos vitais no Corpo Físico. Responsável pela
formação e a reposição das defesas orgânicas através do sangue. É o principal centro
energético de vitalização de todo o corpo físico. Abastece o baço, órgão purificador do sangue.
Quando nos desvitalizamos, sentido-nos fracos, é porque este chacka esta com mal
funcionamento.
O chakra esplênico é ativado naturalmente pelo kundalini, em intensidade compatível com sua
fisiologia. Se energizado de forma descontrolada, poderá ensejar incorporações indesejadas,
de maneira bastante incômoda. Diz-se, então, que o chakra “está aberto”, nesses casos, é
necessário reduzir sua atividade ao nível normal: fecha-se o vórtice e se reduz a frequência
vibratória por meio de passes.
Este chacka é Importante fonte de energias magnética anímicas utilizadas no
reestabelecimento da saúde e nos passes magnéticos. A pessoa que tem este chackra
desenvolvido pode trabalhar com cura, ou seja, é um médium curador.
O desequilibrio do Chacka esplênico causa perda de apetite, rancor, raiva, ódio e medo. A
pessoa perde o amor-próprio, não acredita em mais nada.

8.6.1. BAÇO

O baço é um órgão do tipo glandular, ele não é considerado uma glândula endócrina, pois não
produz secreções, entretanto, no caso de certas doenças, libera um hormônio que afeta a
produção dos glóbulos vermelhos (hemácias) do sangue na medula óssea. No feto, a função
principal deste órgão é a fabricação de hemácias e leucócitos (glóbulos brancos). Após o
nascimento esta função é interrompida. Porém, esta função pode ser reiniciada posteriormente
caso apareça alguma doença que debilite esta função na medula óssea. Este órgão age como
parte integrante do sistema linfático e vascular, ocupando uma posição única que lhe permite
eliminar microorganismos patogênicos e destruir hemácias anômalas, alteradas ou
envelhecidas. Ele também retira o ferro a partir da hemoglobina dos glóbulos vermelhos para
seu posterior uso pelo organismo, assim como substâncias residuais como os pigmentos
biliares para sua excreção, na forma de bílis, através do fígado. O baço fabrica anticorpos
contra diversos tipos de células do sangue e microorganismos infecciosos. Em alguns animais
mamíferos (com exceção dos seres humanos), ele armazena as hemácias e nos casos de
hemorragia os libera no sistema circulatório. Nos seres humanos, atua como reservatório de
sangue e de outras células sanguíneas.

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8.7. CHAKRA GÁSTRICO

Situado sobre o umbigo, tem 10 (dez) raios, também chamados ''pétalas''. De coloração que vai
do avermelhado ao esverdeado, equilibrado é Amarelo, está ligado à fisiologia da alma, ao
campo das emoções e sentimentos primários, e também ao sistema nervoso, razão porque as
emoções violentas paralisam a digestão e repercutem sobre o fígado. E está ligado ao Centro
de Força do Corpo Astral.
Materialmente tem relação com o plexo solar e é de natureza é rudimentar. Responsável pela
assimilação e metabolização dos alimentos ingeridos pelo homem. Responsável pelo
funcionamento do aparelho digestivo, pela assimilação de elementos nutritivos e reposição de
fluidos em nossa organização física.
Principal função é ativar o processo metabólico, vitaliza o esôfago, estomago, páncreas, figado,
vesícula, intestinos (todos os órgãos do aparelho digestivo), com exceção do baço.
Os efeitos de bloqueios no do chakra Gástrico ou umbilical é a paralização das estruturas que
permitem as pessoas se identificarem com o mundo a sua volta, fecha-se no mundo, vive no
passado, sem alegria, sem satisfação.
Ativa e influenciam os processos de percepção e sensibilidades de identificar energias,
como as sensações alheias, o tato instintivo, a sensibilidade espiritual, as emanações
hostis ou afetivas que pairam no ar.

8.8. CHAKRA CARDÍACO

Localizado sobre o coração, este é de um verde brilhante e se divide em 12 (doze) pétalas ou


raios. Está ligado às emoções superiores, afetos e sentimentos. Nele residem, por exemplo, a
bondade, a afeição, a piedade e também o ódio, em suma, as emoções sob vontade. As
emoções violentas e descontroladas afetam diretamente a fisiologia do coração, que pode
sofrer até mesmo uma parada, provocando a morte. Está ligado ao Centro de Força do Corpo
Mental Inferior.
Materialmente tem relação com o plexo cardíaco e é responsável pelo equilíbrio, intercâmbio e
controle da emotividade e o fluxo das informações do sentimento e emoções.
Trabalha em conjunto com chakra Gástrico na consciência ou à percepção instantânea
das emoções e intenções alheias.
Recebe Fluido Vital do chakra esplênico e o envia para o chakra coronário para que atender à
função cerebral e a consciência dos sentimentos ou das emoções. Governa o sistema
circulatório, presidindo a purificação do sangue nos pulmões e o envio de oxigênio e prâna
para todas as células, por meio do sistema arterial. Controla ainda, as pulsações do músculo
cardíaco.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 104


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Os efeitos de bloqueios no chacka cardíaco são palpitação, angústia, desespero, medo,


pânico. A pessoa fica totalmente sem controle e não consegue mais separar a razão da
emoção.

8.9. CHAKRA LARÍNGEO

Situa-se sobre a garganta, em frente à cartilagem tireoide, esse chakra tem faixas de
frequências energéticas distribuídas pelos 16 (dezesseis pétalas) que o compõem. Azulado e
brilhante, o próprio brilho do vórtice mostra que ele é de frequência vibratória superior. Está
ligado ao Centro de Força do Corpo Mental Superior.
Sua função fisiológica espiritual é a de transmitir a ideia por meio da fala. Tem, por isso, grande
importância na psicofonia. Quando há dificuldade de comunicação do espírito incorporado,
costuma-se ativar este chakra até provocar a sintonia com a frequência do espírito, com
adequada abertura do canal de comunicação. (O processo é fácil: basta projetar energia sob
contagem, até que haja clareza na fala, o que se consegue em momentos).
Materialmente relaciona-se com o plexo cervical, é responsável pela saúde da área de fonação
e audição (garganta, cordas vocais e sistema auditivo), vias respiratórias. Sua mais importante
função é sustentar e controlar as atividades vitais como o funcionamento das glândulas timo-
tireóide e paratireóides, estabilizando definitivamente a voz da criatura depois da época da
puberdade. Carreia a vitalidade que deve suprir o mecanismo vocal e o dispêndio energético
no falar e, por isso, é um órgão muito ativo e brilhante nos grandes cantores, poetas célebres,
oradores e homens que revelam o dom incomum da palavra.
Responsável pela percepção de sons provindos do mundo físico e da auscultação dos sons do
mundo espiritual. É o canal que os espíritos utilizam para transmitir mensagens
psicofônicas.
Influência os demais centros de forças e nos plexos nervosos do organismo humano,
materializa as ideias através da fonação. O ato da fonação ajuda na concentração das forças
etéreo-magnéticas do perispírito, atuando em vigorosa sintonia com os demais centros
energéticos reguladores das funções orgânicas.
Os efeitos de bloqueios no chacka Laríngeo é a falta de criatividade, dificuldade de expressão.
A pessoa se fecha, não consegue se livrar da angústia.

8.10. CHAKRA FRONTAL

Está localizado na fronte, entre as sobrancelhas, e se compõe de 96 (noventa e seis) pétalas.


É o chakra da espiritualidade superior. Nos fenômenos mediúnicos, é possível provocar a
incorporação de qualquer espírito desencarnado (ou encarnado que esteja desdobrado do
corpo físico) tocando com um dedo na área deste chakra, no médium, e ao mesmo tempo
projetando energia para sintonizá-lo com o espírito comunicante.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 105


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Materialmente tem relação com os lobos frontais do cérebro e a hipófise pituitária e é


responsável direto pelo funcionamento dos centros superiores intelectivo, bem como do
sistema nervoso central (visão, audição, tato, etc), regula a hipófise. Quando abundante de
Fluido Vital e em boa atividade com os outros chackas, confere ao homem encarnado, e
também ao desencarnado, a faculdade de aumentar ou diminuir o seu poder visual.
O chacka frontal se encontra intimamente ligado com o correspondente centro de forças do
Corpo Búdico.
Responsável pela vidência e intuição no campo da mediunidade, emissão de nossa
energia mental e comando dos poderes psíquicos.
Os efeitos de bloqueios no chacka Frontal são perda de perspectiva e direcionamento. A
pessoa fica sem objetivos e não vê nada a sua frente.

8.11. CHAKRA CORONÁRIO

O “Lótus de mil pétalas” da terminologia oriental está no alto da cabeça e seu nome Coronário
se refere à posição da coroa nos reis. Possui 960 (novecentos e sessenta) raios principais e
um centro menor em turbilhão colorido, apresentando 12 (doze) ondulações ou raios, que se
apresentam em cores dos mais diversos matizes e de atividade intensíssima.
A diminuição de sua luminosidade, em um homem normal, mostra abaixamento do tônus
vibratório e pode estar indicando uma vítima de obsessão ou magia negra.
Materialmente relaciona-se com a Epífise (Pineal). É o centro de maior potencial e radiações,
capta as energias Espirituais e comanda os demais chakras. Quando desenvolvido mantém
todos os demais em pleno equilíbrio.
É o sintonizador das ondas mentais recebidas pela telepatia e por ele os espíritos superiores
se comunicam conosco através dos médiuns.
É o chakra mais importante, de maior potencial e radiações, pois é o elo de conexão entre a
mente perispiritual e o cérebro físico, é responsável por manifestar a consciência do espírito.
Sua ação no corpo físico é sentida da glândula pituitária ou hipófise, único elemento de
comunicação físico-psíquica com os planos superiores.
Os efeitos de bloqueios no chacka Coronário são: A pessoa se anula para a vida, perde o
contato com a realidade e não consegue idealizar mais nada.

8.11.1. A GLÂNDULA PINEAL OU EPÍFISE

Nos diz André Luiz: “Enquanto o nosso companheiro se aproveitava da organização mediúnica,
vali-me das forças magnéticas que o instrutor me fornecera, para fixar a máxima atenção no
médium. Quanto mais lhe notava as singularidades do cérebro, mais admirava a luz crescente
que a epífise deixava perceber. A glândula minúscula transformara-se em núcleo radiante e,
em derredor, seus raios formavam um lótus de pétalas sublimes”.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 106


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A Epífise ou Glândula Pineal é pouco conhecida pela ciência acadêmica, embora já tenha sido
descrita desde a antiguidade grega. Segundo o conhecimento científico, não passaria de
glândula inibidora do sexo, princialmente no período infantil.
A revelação espiritual informa ser a Epífise a glândula da vida mental e elo com a
espiritualidade. Ela acorda as forças criadoras no organismo do homem, na puberdade, aos
quatorze anos aproximadamente, e, em seguida continua a funcionar, como o mais avançado
laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre.
A glândula pineal reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus mundos maravilhosos de
sensações e impressões na esfera emocional. Ela preside aos fenômenos nervosos da
emotividade, como órgão de elevada expressão no corpo etéreo.
A glândula pineal segrega “hormônios psíquicos” que vão atuar, de maneira positiva nas
energias geradoras e conserva ascendência em todo o sistema endocrínico.
Ligada à mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital, comanda as forças
subconscientes sob a determinação direta da vontade. A epífise desempenha papel mais
importante em qualquer modalidade de exercício mediúnico. Através de suas forças
equilibradas, a mente humana intensifica o poder de emissão e recepção de raios peculiares à
esfera espiritual.

8.12. QUADROS DEMONSTRATIVOS

8.12.1. INFLUÊNCIAS

NOME DO CHAKRA CORPO INFLUÊNCIA

Coronário Àtmico Pineal Vontade


Sistema Intelectualidade/
Frontal Búdico
Nervoso Central Memória
Respiração,
Laríngeo Mental Superior Comunicação
Audição, Fala
Sistema Sentimento/
Cardíaco Mental Inferior
Circulatório Emoção
Sistema
Esplênico Astral Energia
Digestivos
Sistema
Gástrico Duplo-Etérico Saúde
Imunológico
Sistema
Básico Corpo Físico Vitalidade
Reprodutor

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8.12.2. ENERGÉTICO

Nome do COR Número de Ligado ao Frequência Temperatura


Chakra aparente Pétalas Corpo Cor (1012 Hz) de Cor (ºK)

Coronário Violeta 960 Átimico ~ 790-680 10.000

Frontal Azul Indico 96 Búdico ~ 680-620 7.000


Laríngeo Azul Claro 16 Mental Sup. ~ 620-600 6.000
Cardíaco Verde 12 Mental Inf. ~ 600-530 5.000
Esplênico Amarelo 10 Astral ~ 530-510 3.800
Gástrico Laranja 6 Duplo Et. ~ 510-480 3.200

Básico Vermelha 4 Físico ~ 480-405 1.200

Bibliografia:
Melo, Jacob; O Passe, Seu Estudo, Suas Técnicas, Sua Prática, 7ª edição, Rio de Janeiro:
Federação Espírita Brasileira, 1992;

Godinho, J. S.; Iniciação Apométrica, 3ª edição, Lages: Holus Editora, 2008;

Apostila “Saúde Integral Os chakras e a bioenergia”, coleção sem mistério nº 5, São Paulo - SP

Azevedo, J. L.; Espírito e Matéria Novos Horizontes para a Medicina, Porto Alegre: Gráfica e
Editora Ltda, 7ª Edição, 2002.

YOUTUBE:
https://www.youtube.com/watch?v=i-m34rTKJEg
https://www.youtube.com/watch?v=1FO-4qSygd4
https://www.youtube.com/watch?v=SVXGLW-I1OM
https://www.youtube.com/watch?v=9hwsfO9lgH4

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CAPÍTULO 9:
MAGNETISMO E PASSE
MAGNÉTICO

Tudo é atração magnética no Universo. Essa a grande lei que rege todas as coisas.
Quando o homem tiver os olhos bastante abertos para aprender toda a extensão
desta lei, o mundo lhe estará submetido... (J.B.Roustaing no livro Os Quatro
Evangelhos).

9.1. O que é o Passe magnético


A Ciência não é tudo. Sem dúvida que ela tem contribuído para esclarecer a
humanidade; entretanto, tem-se mostrado sempre impotente para torná-la mais
feliz e melhor. LEON DENIS
Kardec diz que os magnetizadores devem ser classificados entre os médiuns curadores. A
força magnética reside no homem, mas é aumentada pela ação dos espíritos que ele chama
em seu auxilio. “Se magnetizas com o propósito de curar e invocas um bom espírito que se
interessa por ti e pelo teu paciente, ele aumenta a tua força e tua vontade e dirige o teu fluido
dando-lhe as qualidades necessárias”. (LM)
O Espírito quer, o perispírito transmite, o corpo executa. Eis a síntese de todo o
processo da ação magnética.
“O magnetismo vem a ser, portanto, o processo pelo qual o homem, emitindo
o fluido de seu perispírito, age sobre outro homem, bem como sobre todos os
corpos animados ou inanimados”.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 109


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9.2. O Pensamento
O poder da fé se demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética. Por
seu intermédio o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as
qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que
aquele que a um grande poder fluídico normal, junta ardente fé, pode, só pela
força de sua vontade dirigida para o bem, operar estes singulares fenômenos de
cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeitos de
uma lei natural. Tal motivo por que Jesus disse aos apóstolos: se não o curastes,
foi porque não tendes fé. (EE, pg 255)
Os elementos integrantes da ação magnética são: O espírito, a vontade, o perispírito, o
fluido e o corpo físico.
O espírito, que é a alma encarnada no corpo físico, é encarado como agente principal da ação
magnética. Quando dizemos que o espírito quer, deseja, afirmamos que ele pensa e delibera.
Pensamento e vontade são, pois, os dois elementos de ordem espiritual que dão inicio à
ação. É isso que importa para a magnetização: pensar e manter a vontade firme para a
ação. Irradiando pensamentos de amor e bondade, já beneficiamos largamente os nossos
semelhantes. E, com a vontade de fazer o bem, completamos o ato inicial de nossa
deliberação.
Por isso, que nosso principal cuidado deve ser a educação do pensamento por uma mente sã e
boa a fim de só pensarmos em assuntos belos, puros e elevados, pois as forças que dele
emanam serão igualmente belas e benéficas. O que se faz imperioso é saber pensar,
dominar o pensamento, amoldá-lo à vontade, sujeitando todos os elementos somáticos
do organismo ao domínio do eu superior.
Os melhores magnetizadores tem sido aqueles dotados de grande força de vontade e atenção.
A nossa vontade atua mais sobre nós mesmos do que fora de nós; produz uma atividade maior
no cérebro e em todos os plexos, e daí resulta uma emissão maior e mais intensa da ação.
Quanto mais a vontade se exprime com firmeza e continuidade, tanto mais a emissão se
faz abundante e intensa.
Outro elemento imprescindível é a confiança. Ora, se o magnetismo é um fenômeno de ordem
espiritual, a confiança há de surgir necessária e logicamente da nossa fé, e do auxilio que
sempre recebemos do Alto. Por isso ao iniciarmos uma sessão de magnetismo, a oração
sentida e fervorosa, dita pelo coração, e não somente por palavras, nos aproxima de Deus e de
sua infinita misericórdia. Um bom pensamento vale mais que um bom número de palavras, com
as quais nada tenha o coração.
A incredulidade não impede a produção de efeitos magnéticos, assim como não impede a
própria manifestação mediúnica. O que se deve assinalar é que os incrédulos deixam muitas
vezes de atingir a meta e de conseguir êxitos precisamente pela falta de fé.
O poder da fé se demonstra, segundo Kardec, de modo direto e especial na ação magnética.
Por seu intermédio o homem atua sobre o fluido universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá
uma impulsão, por assim dizer, irresistível. Daí decorre que, aquele que a um grande poder
fluídico normal, junta ardente fé, pode, somente pela força de sua vontade dirigida para o bem,

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 110


APOSTILA: CURSO DE ESPIRITUALIDADE CONSCIENTE

operar singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente como prodígios, mas que não
passam de efeito de uma lei natural. Tal motivo porque Jesus disse a seus discípulos: “se não
o curastes foi porque não tendes fé”. Logo, tanto maior será a força do magnetizador quanto
mais puro for o seu coração. Quanto mais o homem se elevar espiritualmente tanto maior será
o poder de sua irradiação.

9.3. O Perispírito.
O PERISPIRITO é quem transmite à alma as impressões do corpo físico, e é quem transmite
ao corpo as volições (Volição: Ato pelo qual a vontade se determina a alguma coisa ) da alma,
pela impulsão dada ao cérebro. O corpo é simples meio de por a alma, em relação ao mundo
externo, ligando-se pelo perispírito. Vale dizer que a transfusão do fluido nervoso se opera de
perispírito a perispírito.
Podemos afirmar que “alma mais evoluída equivale a pensamento mais elevado, perispirito
mais delicado, fluido mais puro e corpo físico mais sadio. Tudo está, pois, intimamente ligado,
dentro da sabedoria divina.

9.4. O fluido Magnético ou o Ectoplasma


Quando um magnetizador, depois de estabelecer contato com o paciente e de fazer sua
rogativa ao alto, impõe-lhe a mão, não tardará muito que do seu corpo, principalmente dos
dedos, dos olhos, da boca, da cabeça e do tórax, saiam correntes de matéria fluídica sobre o
magnetizado. Essa matéria fluídica é o que se denomina fluido magnético, muito sutil, que
penetra em todos os corpos.
Sobre o fluido e sua existência podemos dizer:
1. O fluido magnético que temos em nosso corpo não sendo impulsionado por nossa
vontade, não age sensivelmente sobre os indivíduos. Se o impulsionarmos com
nossa vontade, se move com toda a força que lhe imprimirmos.
2. O fluido penetra todos os corpos animados e inanimados.
3. O fluido possui um odor que varia segundo o estado de saúde do individuo, dos seus
dotes morais e espirituais e do seu grau de elevação e pureza. Os fluidos, portanto,
trazem o cunho dos sentimentos de ódio, inveja, egoísmo, bondade, benevolência,
amor. Podem ser excitantes, calmantes, irritantes, dulcificantes, tóxicos, reparadores,
ou seja, contem todo o quadro das paixões, virtudes e vícios da humanidade.
4. O fluido é visto pelos videntes como um vapor luminoso de várias colorações, em
razão da evolução de cada um, de acordo com o estado de saúde física ou moral da
pessoa. Os fluidos possuem as qualidades adquiridas do meio onde são elaborados
e modificam-se conforme os eflúvios do meio. Os meios onde superabundam os
maus espíritos são impregnados de maus fluidos que o encarnado absorve pelo
perispírito, e vice-versa.
5. O fluido magnético não é o fluido elétrico, mas ambos são modificações totalmente
diferentes do fluido universal.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 111


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6. O fluido se propaga a grandes distâncias e tudo depende da qualidade do


magnetizador a da afinidade do paciente.
7. O fluido está sujeito às leis da atração, repulsão e afinidade.
8. O fluido varia de individuo para individuo, logo certos magnetizadores tem mais
facilidade para curar do que outros. Aos fluidos do magnetizador se acrescentam os
fluidos dos espíritos benfeitores, se for o caso e de merecimento do paciente.
9. O estado atmosférico pode aumentar ou diminuir a intensidade do fluido. O tempo
seco do verão é mais favorável à ação magnética.
10. A quantidade de fluido não é igual em todos os seres orgânicos. Alguns têm apenas
o suficiente e outros se acham saturados. A quantidade de fluido se esgota e
necessita ser reposta por substancias que a contém.
11. Os efeitos da ação fluídica são variados de paciente para paciente. Algumas vezes é
lenta e outras vezes muito rápida. Há pessoas dotadas de tal poder que curam
instantaneamente. A cura se opera mediante o fortalecimento e reequilíbrio das
moléculas malsãs. A cura está na razão direta da pureza da substancia
administrada, da vontade do magnetizador, do apoio das entidades espirituais.
Os fluidos que emanam de uma fonte impura são como medicamentos alterados.
12. A ligação entre o fluido magnético e os corpos que o recebem é tão intima que
nenhuma força física ou química pode destruí-lo.

9.5. O Magnetizador Passista


O pensamento, utilizado como força magnética, poderia reparar muitas desordens,
destruir muitas chagas sociais. Projetado resoluta e freqüentemente nossa vontade
sobre os perversos e corrompidos, poderíamos curar, consolar, convencer, aliviar.
Por esse exercício se obteriam não só resultados para o melhoramento da espécie,
mas também se poderia dar ao pensamento uma acuidade e uma força de
penetração incalculável. LEON DENIS no livro DEPOIS DA MORTE.
Todos podem magnetizar porque possuem o fluido magnético ou fluido vital.
Já vimos que o magnetismo resulta principalmente das faculdades da alma, o corpo é apenas
um instrumento de execução. Assim como a qualidade do fluido está na razão direta do estado
de evolução da alma, assim a maior ou menor eficiência da magnetização depende da saúde
do corpo. A razão é obvia: um corpo sem saúde não pode transmitir aquilo que não
possui. A sua irradiação seria fraca, ineficaz e mais nociva do que útil, para si e para o
paciente.
O poder magnético não está na constituição muscular do corpo físico, mas sim na capacidade
do sistema nervoso em condensar no interior e projetar no exterior estes fluidos. Segundo os
maiores especialistas neste assunto, o melhor magnetizador é aquele que possui bom
temperamento, caráter ao mesmo tempo firme e tranqüilo, vontade forte sem
entusiasmo, atividade reunida à paciência, faculdade de concentrar a atenção sem
esforços, e que magnetizando, ocupe-se unicamente do que faz.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 112


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Essa faculdade pode ser melhorada, segundo Kardec, aumentando-se a pureza de


sentimentos, o desinteresse, a benevolência, o desejo ardente de proporcionar alivio, a
prece fervorosa, a confiança em Deus, ou seja, todas as qualidades morais. Deve-se
eliminar totalmente o interesse pessoal, a satisfação e o orgulho.
Quando na atividade de magnetização sua atenção e a direção da vontade não devem sofrer
nenhuma solução de continuidade, devem ser constantes e uniformes, tranqüilas sem
vacilação, sem o objetivo de produzir fenômenos curiosos, mas somente de fazer o bem.
É importante compreender que todo efeito da magnetização resulta de uma combinação dos
fluidos que emitem os espíritos e o médium magnetizador. Pela sua conjugação esses
fluidos adquirem propriedades novas, que separadas não teriam o mesmo efeito.
É necessário ter muito cuidado na escolha dos magnetizadores, pois se estes estão
constantemente sintonizados com maus espíritos, causam mais mal do que bem. Todos nós
sofremos a influência dos bons e maus espíritos. Orai e vigiai é a primeira regra daquele que
pretende fazer um bom trabalho nesta seara.

Os que pretendem se entregar mais amiúde à pratica do magnetismo devem


seguir um regime de higiene física e mental, devem trabalhar seu
autoconhecimento, obter o domínio de si mesmo, ter hábitos alimentares mais
vegetarianos, ingerir em abundância água pura, tomar banhos de sol e fazer
exercícios respiratórios.
De modo geral deve-se evitar tudo quanto importa em desgaste ou perda de energia, excessos
sexuais, trabalhos demasiados, alimentação imprópria, hiperácida, energética, alcoólicos em
geral, a nicotina e entorpecentes de toda a espécie.
Importante frisar que o homem não é uma máquina que emite o fluido magnético. O fluido vital
é importante para a vida e não se deve transmitir uma força já em grau de esgotamento, pois
desta forma não beneficia quem recebe e prejudica quem transmite. O magnetizador que
abusa de sua força sem repouso para recuperá-la, esgota-se e debilita-se.
Importante observar, encerrando esta parte, que os homens em idade avançada não devem
magnetizar, pois, salvo casos excepcionais, a sua força não é eficiente. Os homens na idade
adulta são mais aptos à prática magnética, desde que reúnam as condições necessárias.
O SERVIDOR DO BEM para satisfazer no serviço do passe magnético, necessita manter-se
em padrão superior de elevação mental continua, conforme abaixo:
1. Ter grande domínio sobre si mesmo
2. Espontâneo equilíbrio de sentimentos
3. Acentuado amor aos semelhantes
4. Alta compreensão da vida
5. Fé vigorosa
6. Profunda confiança no Poder Divino.
As três causas que mais atrapalham e até impedem o fornecimento de forças construtivas a
alguém são:

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1. A mágoa excessiva
2. A paixão desatinada
3. A inquietação perturbadora.

9.6. O Consulente
Nem todos os homens são sensíveis a ação magnética. Àqueles que têm sensibilidade, pode
haver mais ou menos receptividade, dependendo de várias condições. O tratamento espiritual
é realizado através de fluidos e estes só atuam quando encontram sintonia vibratória entre
médium passista e consulente.
O magnetismo não exerce nenhuma ação entre os que gozam de perfeita saúde. Entretanto o
mesmo individuo insensível a ação magnética no estado de saúde, torna-se extremamente
sensível quando doente.
Da mesma maneira, há consulentes em que o magnetismo nenhuma influencia exerce. Eis a
regra: aos indivíduos materializados doses mais fortes de medicamentos, aos sensitivos
menos materializados doses mais atenuadas; aos notavelmente espiritualizados, mais
medicina espiritual do que humana. Sempre devemos procurar a causa das enfermidades,
para, suprimindo-a, acabar com os estados enfermiços.
O magnetizador deve observar no consulente as seguintes condições para melhor êxito do
tratamento:
1. Simpatia com a casa;
2. Simpatia com o passista magnetizador;
3. Posição mental do consulente: é necessário fé e paciência;
4. O estado espiritual do consulente pois é nele que deve se procurar a doença e não no
corpo físico, uma vez que sabemos que “Espírito são em corpo são”.
Esses quatro predicados desenvolvem a confiança, muito importante para o sucesso da
operação magnética. O contrário, a antipatia, a desconfiança, a repulsa pelo passista
magnetizador, anula a ação magnética.
Por isso, o magnetizador deverá fazer uma ligeira doutrinação evangélica, a fim de que o
consulente se coloque em piedoso recolhimento, e que erga suas preces ao Alto, qualquer que
seja a sua crença ou religião. A paciência, fator importante de êxito, é o que mais falta aos
consulentes em geral.
Toda cura, principalmente dos males crônicos, demanda tempo e dedicação. E os piores
consulentes são os inconformados sem nenhuma resignação.
Conselhos aos consulentes pacientes:
1. Devem observar todas as sensações que experimentam e informar ao magnetizador.
2. Devem evitar excessos: noites em claro, trabalhos fatigantes, emoções vivas ou
deprimentes, procurando sempre o repouso do organismo e da alma.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 114


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3. Importante ressaltar que pessoas que consomem doses exageradas de alguns


tipos de remédios, álcool e fumo ficam insensíveis ao magnetismo.
4. Ambiente Familiar: o lar do consulente possui energias formadas a partir da
mentalização dos moradores do local. O teto, as paredes – especialmente do quarto
de dormir e do refeitório - o ar respirado e os objetos pessoais estão impregnados
pelos resíduos de pensamentos que emitem os residentes que podem ser bons ou
maus. Às vezes formam massas compactas escuras que seguem o consulente como
sombras, que se avolumam engrossadas pela lei de atração das energias que lhe são
afins.
5. Essas perturbações podem ser desfeitas limpando o ambiente e deixando o local
completamente sanado. Recomenda-se para isso a ventilação do local, limpeza
radical de todos os cantos e tetos, muita insolação, trocar os móveis de lugar,
colocação de flores para elevar o padrão mental do ambiente e a prática do
Evangelho no lar.
Na medicina espiritual, tanto procuramos os necessitados como atendemos com grande
proveito os que nos procuram, certos de que estes já estão preparados espiritualmente, o que
equivale a meio caminho andado.
O médium, trabalhador da seara de Jesus, não deve forçar a medicação espiritual e nem a
visitação, onde a recepção seja contrária aos princípios da doutrina espiritista, mesmo que
terceiros interfiram insistentemente, a não ser que na casa haja alguém suficientemente
evangelizado.
O primeiro cuidado é a doutrinação evangélica até onde possam penetrar os ensinamentos de
Jesus, seguidos pelos passes e água magnetizada na medida mínima de um copo em jejum
pela manhã e outro à noite ao deitar-se.

9.7. O CORPO FÍSICO


O corpo humano é o santuário do Espírito encarnado e o instrumento de que este se serve
para o exercício de suas atividades no mundo físico; por isso foi formado de maneira que, ao
mesmo tempo que exerça essas atividades, permaneça o Espírito ligado por vários meios ao
seu próprio mundo, que é o espiritual. Disso também decorre a grave responsabilidade que
toca ao homem encarnado de zelar e responder pela conservação, equilíbrio e harmonia
funcional desse corpo.
O corpo físico é uma máquina que funciona ininterruptamente, do nascimento ao desencarne,
acionada por forças hauridas do meio ambiente. Constitui-se de um conjunto de tecidos e
órgãos especializados e autônomos, porém mantidos unidos, integrados, no Sistema comum,
por força da presença do Espírito encarnado.
É formado de matéria densa (energia condensada a vários graus), apresentando uma forma
tangível, modelada sobre um arcabouço resistente e flexível rodeado, no etéreo, de uma aura
característica, variável para cada indivíduo, visível no plano hiperfísico e comumente limitada a
uns poucos centímetros a partir da superfície do corpo.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 115


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Para sua integração no meio ambiente possui o Espírito encarnado os órgãos materiais dos
sentidos: visão, audição, tato, paladar e olfato. Por meio deles toma conhecimento do que se
passa a seu redor, no mundo físico e, por intermédio do perispírito (corpo astral) — que é o
corpo espiritual — liga-se com o mundo invisível ficando, assim, apto a agir, ao mesmo tempo,
nos dois planos de manifestações da vida.
A máquina humana é formada por células, tecidos, órgãos, aparelhos e sistemas, que são
vários e diferentes, desempenhando cada um, tarefa e papéis específicos, mas sempre
complementares. Órgãos reunidos para o desempenho de funções determinadas constituem os
sistemas. Os sistemas são os seguintes: digestório, respiratório, circulatório, excretor,
esquelético, muscular, genital, endócrino e nervoso.
O sistema nervoso apresenta-se como o mais complexo no que se refere às funções e às
atividades do Espírito encarnado. Coordena todas as atividades orgânicas, conduzindo
sensações e ideias para o espírito e do espírito. Serve como elemento adaptador do organismo
às condições do momento. É formado pelo tecido mais delicado e complexo de todos: o tecido
nervoso.
O corpo físico não gera o fluido vital ou a força promotora da atividade orgânica, entretanto
recebe-o dos centros de força do perispírito e absorve-o do meio em que vive por
intermédio da pele, dos alimentos e da respiração.
Em todos os casos o sistema nervoso é o veículo de recebimento dessas forças e, além de
armazená-las em órgãos apropriados (plexos e centros de força), finalmente as distribui
oportunamente a todos os órgãos internos, segundo as necessidades momentâneas de
concentração e dispersão, locais ou gerais, visando sempre a manutenção do equilíbrio
orgânico, seu ritmo funcional e sua harmonia interna.
O Sistema Nervoso Autônomo é o que mais nos interessa. É o responsável pela inervação das
vísceras e que pode ser dividido, por sua vez, em Sistema Nervoso Autônomo Simpático e
Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático.
Os Espíritos quando agem sobre a pessoa humana encarnada o fazem através dos plexos,
principalmente o plexo solar. Projetando-se fluidos nessa região, obteremos, de pronto,
reações mais ou menos intensas na maior parte dos órgãos internos.

9.8. CENTROS DE FORÇA


No perispírito (corpo astral), o sistema nervoso liga-se através dos plexos e gânglios, a uma
série de centros de força, denominados chakras na literatura oriental.
Há energias de diversos aspectos que circulam no Cosmo, alimentando a vida de todos os
seres, as quais têm várias origens: a Terra, o Sol, o espaço infinito, os seres espirituais.
Todas elas têm características, vibrações, ondulações e cores diferentes. As que vêm do Sol
são sete e correspondem às cores do espectro solar, que o arco-íris reflete nas suas
deslumbrantes e poéticas apresentações.
As da Terra são primárias, violentas; vêm do centro do globo e têm o nome, na literatura
oriental, de fogo serpentino, kundalini, e as chamaremos aqui de Força Primária. As que vêm
dos espaços infinitos são inúmeras, dentre as quais se podem citar o “prana”, a eletricidade,

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 116


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os raios cósmicos, o magnetismo, etc., energias estas que o homem absorve pela
alimentação, pela respiração e pelos centros de força.
Na alimentação, destacam-se os vegetais, nos quais, além dos sais minerais e das energias
solares fixadas pela fotossíntese nos carboidratos, existem as vitaminas (aminas da vida) que a
ciência já conseguiu descobrir e classificar em grande número.
Todas essas formas de energia fluem através dos corpos vivos, alimentando suas atividades
individuais. O homem encarnado se nutre:
a) de alimentos sólidos e líquidos, que absorve pelo sistema digestório;
b) de ar atmosférico, que absorve pelo sistema respiratório e pela pele;
c) de energias espirituais (fluidos e raios cósmicos) que absorve pelos centros de força
ou chakras.
Centros de Força ou Rodas são acumuladores e distribuidores de força espiritual, situados no
corpo etéreo pelos quais transitam os fluidos energéticos de uns para outros dos envoltórios
exteriores do Espírito encarnado. No homem comum, o centro de força se apresenta como um
círculo de mais ou menos 5 centímetros de diâmetro, quase sem brilho; porém, no homem
espiritualizado, é quase sempre um vórtice luminoso e refulgente.
Quanto mais ativo ou desenvolvido for o centro de força, maior capacidade de energia ele
comporta e, portanto, maiores possibilidades oferece em relação ao emprego dessa mesma
energia.
Alimentação sóbria, abstenção de tóxicos e outros fatores, influem sobremodo no trânsito livre
e desembaraçado das energias pelo binômio centro de força-plexo; isto é muito importante
para aqueles que dão passes e que necessitam manter sempre suas próprias forças em
perfeito ritmo e capacidade.
Os centros de força principais no perispírito se localizam em regiões anatômicas
correspondentes aos plexos do corpo orgânico. Para melhor compreensão do assunto, damos
um mapa dessa colocação e respectiva nomenclatura.
Os Plexos, sua devida localização no corpo físico, juntamente com os Centros de Força,
estão alinhados respectivamente nesta ordem:

PLEXO, LOCALIZAÇÃO, CENTRO DE FORÇA


1. Hipogástrico, Baixo ventre, Genésico
No Corpo Físico No Corpo Astral
2. Mesentérico, Região do baço, Esplênico
Ovário, testículos, próstata chakra genésico
3. Solar, Região do estômago, Gástrico Fígado, baço, pâncreas chakra esplênico
4. Cardíaco, Região precordial, Cardíaco Gânglio Gástrico chakra solear

5. Laríngeo, Garganta, Laríngeo Gânglio Cardíaco chakra cardíaco


Timo-tireoide chakra cervical
6. Frontal, Fronte, Frontal.
Hipófise chakra frontal
7. Alto da cabeça, Coronário
Epífise chakra coronal
Fonte: A Proto-Síntese Cósmica, cap. 9

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 117


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As forças espirituais e as cósmicas, vindas do Espaço ou da Terra, penetram nos centros de


força situados no perispírito (corpo astral), daí passam aos plexos orgânicos e destes aos
nervos, transitando, assim, por todo o organismo.
As energias que fluem pelos centros de força possuem uma determinada medida de onda e
determinada cor; movem-se, não em linha reta, como as ondas de luz, mas por ondulações.
Segundo as influências que exercem, os centros de força possuem cores diferentes,
predominando, em cada um deles, aquela que corresponde à sua natureza e atividade
fundamental. Ainda segundo essa natureza e a disposição que guardam no conjunto humano,
podem ser:
a) Fisiológicos — genésico e gástrico;
b) Emocionais — cardíaco e laríngeo;
c) Espirituais — frontal e coronário.
Estes últimos mantêm estreitas ligações com as glândulas epífise e hipófise (pineal e pituitária)
e funcionam como elementos de ligação com o mundo espiritual superior.
Alimentação sóbria, abstenção de tóxicos e outros fatores, influem sobremodo no trânsito livre
e desembaraçado das energias pelo binômio centro de força-plexo; isto é muito importante
para aqueles que dão passes e que necessitam manter sempre suas próprias forças em
perfeito ritmo e capacidade.
Por isso é que em todos os casos de manifestação espiritual o primeiro setor do organismo a
manifestar irregularidades ou perturbações é o nervoso, porque a atividade psíquica do Espírito
solicita em demasia a atividade física do sistema, hierarquicamente inferior que, para
corresponder às solicitações referidas, vibra aceleradamente, de forma anormal, num ritmo que
não é o seu, esgotando em pouco tempo suas energias de reserva.
Nestes casos, é necessário e urgente reduzir a atividade espiritual ou elevar o padrão vibratório
do corpo físico, pela purificação.

9.9. REGRAS PARA MANUTENÇÃO DO CORPO FÍSICO: CONDUTA CONSIGO


MESMO
Referimo-nos neste item aos esforços íntimos em relação aos hábitos, costumes, necessidades
e outros aspectos da vida moral do indivíduo, destinados a mudar os seus sentimentos
negativos, vencer vícios e defeitos, dominar paixões inferiores e conquistar virtudes espirituais,
isto é, a reforma íntima. O equilíbrio do corpo está em relação direta com a harmonia do
espírito. Sem uma coisa não existe a outra.
Os Espíritos do Bem e da Verdade só podem fazer uso de um intermediário que esteja nas
condições requeridas para o serviço indicado. É necessário “despir o homem velho para vestir
o homem novo”. O Espírito aproxima-se do Divino Mestre à medida que vai perdendo seus
vícios perniciosos arraigados por milênios. Para proceder à purificação basta lembrar que há
olhos invisíveis que vigiam nossos atos, palavras e pensamentos o tempo todo.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 118


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Para isso torna-se necessário:


Higiene do corpo físico - Uso diário de banhos de água, totais ou parciais; de ar, de luz
e de sol, cada um agindo, é claro, de acordo com seus próprios recursos e
possibilidades, inclusive de tempo; vestimentas apropriadas, de acordo com o tempo, o
clima e as estações do ano.
Alimentação - Racional e sóbria, contendo os princípios alimentares básicos que são:
proteínas (alimentos que mantêm os músculos); carboidratos e gorduras (alimentos que
fornecem energia e calor), sais minerais e vitaminas. Lentamente, e tanto quanto possível
(segundo os recursos, profissão e temperamento de cada um) diminuir a carne como
alimento base, visto ser desaconselhável do ponto de vista espiritual. Os princípios
alimentares que ela contém, sobretudo proteínas, são encontrados com facilidade em
outros alimentos de uso comum, como, por exemplo: queijo, feijão, soja, leite, etc. O
regime alimentar preferencial deve ser vegetariano e a dieta hídrica. Sabe-se que a
carne e o chocolate são contrários aos bons fluidos. Tome-se por hábito um copo de
água em jejum, ao acordar, e outro ao deitar-se para o repouso noturno.
Repouso - Dormir o tempo que for exigido pelo próprio organismo, segundo a idade, a
profissão e o temperamento de cada um. Nunca sacrificar esta necessidade fundamental
em benefício de certas distrações ou atividades dispensáveis, porque são sempre
lamentáveis as consequências que a falta de sono acarreta para o sistema nervoso,
principalmente daqueles para os quais esta necessidade se torna mais acentuada. O
normal do período de repouso para os adultos é de 8 horas, tempo esse que vai
diminuindo à medida que aumenta a idade; na velhice essa necessidade fica reduzida
para pouco mais de 3 a 5 horas. A insônia nos adultos e nos adolescentes, mas
sobretudo nas crianças, sempre denota moléstia orgânica ou perturbação de natureza
psíquica que requerem cuidados especiais, porém nunca o uso de tranquilizantes ou
hipnóticos que podem provocar dependência, além de produzirem profundas depressões.
Distrações - Também fazem parte dos recursos necessários à manutenção do equilíbrio
orgânico. Há distrações benéficas como as há extremamente perniciosas; estas são as
que despertam ou alimentam os instintos inferiores do personalismo, da brutalidade, da
violência, da crueldade, como o boxe, as lutas de arena, as touradas, etc.; as que levam
a desgarres da sensualidade, como certos espetáculos, danças e folguedos; tudo isso
deve ser eliminado do programa do espiritista ou umbandista esclarecido e sensato. As
diversões aconselháveis e úteis são as de aspecto construtivo e elevado, como passeios
ao campo, parques e jardins, excursões, visitas a museus e obras de arte, reuniões
culturais, concertos musicais, conferências sobre assuntos instrutivos, enfim, tudo quanto
dignifique, esclareça e levante o indivíduo para esferas de vida e de sentimentos mais
elevados. Muito importante também à manutenção do equilíbrio orgânico e à harmonia
interna do santuário do Espírito, é o combate aos vícios, defeitos morais e paixões,
próprias do homem encarnado nestes graus inferiores da escala evolutiva, dos quais o
nosso orbe faz parte. Os seguintes pontos são de relevantes interesses:
Os vícios - Para a defesa e purificação do organismo, é necessário combater
rigorosamente os vícios, começando pelos mais comuns que são o fumo, o álcool, a gula
e os tóxicos (maconha, cocaína, éter, ópio, morfina, etc.) Atualmente, estes vícios se

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alastram de forma alarmante, envolvendo milhões de pessoas, em sua maioria jovem


inexperientes, que a vida social moderna com seus costumes licenciosos e cínicos,
empurra para caminhos de perdição.
O fumo, por exemplo, considerado o mais inocente desses vícios, está sendo
adotado por muitas mulheres, sendo fabuloso o seu consumo no mundo inteiro e
seu uso produz terríveis males, mormente no aparelho nervoso-vegetativo
(simpático e vago), dando margem a perturbações tanto mais intensas e profundas
quanto mais sensíveis forem as pessoas. Severas advertências vêm sendo feitas
por cientistas de todos os países sobre a influência do fumo na produção do câncer.
Segundo estatísticas oficiais, em cada quatro pessoas que fumam, uma possui
indícios de câncer. As consequências do fumo afetam também fortemente o
perispírito ou corpo astral, produzindo uma espécie de entorpecimento psíquico,
que continua até mesmo após o desencarne, prolongando o período de
inconsciência que, na maioria dos casos, ocorre depois da chamada morte física,
como também afeta a cortina de proteção (tela atômica) e isolamento existente
entre o corpo físico e o corpo astral.
O álcool, responsável pela degradação moral de milhões de pessoas, em todas as
partes do mundo. Não importa o que digam uns e outros, inclusive pessoas de
ciência, defendendo estes vícios, alegando não serem tão perniciosos como
parecem: os que os defendem são também viciados em maior ou menor grau e,
portanto, suspeitos no caso.
Defeitos morais e paixões - A batalha moral contra os defeitos e as paixões deve ser
igualmente encetada sem vacilações e temores, sendo certo que desde os primeiros
passos, serão fortemente apoiados pelos benfeitores espirituais, que sempre estão
atentos, aguardando que tão salutares e imperiosas resoluções surjam e tomem
consistência no Espírito dos seus protegidos, entes amados que eles, os benfeitores,
assumiram o compromisso de assistir e proteger durante a encarnação.
Segundo os espíritos doutrinadores de elevada categoria, as tentações penetram no homem
mais comumente pelo cérebro, estômago e pelo sexo. São as maiores portas sempre
abertas, vulneráveis portanto às más influências. Ora, se sabemos que o mal entra por elas
por que mantê-las abertas, num convite ostensivo às forças inferiores? Não é lógico que as
mantenhamos fechadas? - e as chaves? - perguntarão alguns imprevidentes. As chaves estão
na consciência dos homens.
Na região do estômago, conhecemos o efeito da fome desde a vida fetal, nos impelindo para a
nutrição das células que se vão formando. É pelo estômago que a maioria dos homens se
intoxica atraindo enfermidades destruidoras dos órgãos e o que é pior, dando ensejo para que
perturbadores fluídicos, provindos de esferas inferiores, se alojem no tubo digestivo e
glândulas, desequilibrando, assim, o próprio espírito.
Na esfera sexual encontramos outros fatores que determinam o rebaixamento do homem até
à condição de animais irracionais, praticando atos que a estes são desconhecidos, em virtude
das más influências obsessórias a que se entregam. Por mais incrível que pareça, o homem
abusa do sexo, desprezando as finalidades divinas para que fora criado, praticando atos tão
perversos e abomináveis que maculam o espírito para muitas existências porvindouras.

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No cérebro estão os geradores psíquicos que engendram mórbidas manifestações de ódio,


ciúmes, vinganças cruéis, impulsionados pelos violentos desejos da carne, posse e ambição
desmedidas, trazendo as consequências mais desastrosas possível. Portanto, antes de
encetar a luta contra os defeitos e as paixões tão comuns ao homem inferior (como sejam, o
orgulho, o egoísmo, a sensualidade, a gula, a avareza, a crueldade, e outros) é necessário
que cada um faça um programa individual de ação, examine a influência que cada defeito ou
paixão exerce sobre si mesmo e em seguida inicie a repressão com confiança e disposição de
lutar sem desfalecimentos.
Estas regras constituem orientação aconselhável a todos os médiuns curadores bem como a
todos os homens de boa vontade, que desejam aperfeiçoar-se na caridade aos sofredores,
marchando para a sua evolução divina. Tornam-se eles doadores de bons fluidos, como há os
doadores de sangue aos enfermos esgotados. São os que alimentam os necessitados e
carentes de ajuda, como as flores que alimentam as vespas famintas de mel.
Se nos fosse possível ver com os olhos mortais o enxame de espíritos ávidos sequiosos de
alívio para os males que os atormentam, esvoaçando como as abelhas em torno do médium,
causaria verdadeira alucinação coletiva. Eles são Espíritos enfraquecidos pela imperfeição e
abuso dos sentidos, quando em experiência terrena e que vivem agora no estado errante à
procura da misericórdia divina. Possuindo os médiuns curadores os fluidos suaves que
amenizam as suas feridas, ocorrem em chusma ansiosos para poderem receber um pouco das
suas virtudes. São como as vespas famélicas a procura de alimento.
Entre os espíritos carentes de socorro que procuram o médium curador, infiltram-se os mal
intencionados, maldosos e maliciosos, inimigos, invejosos cujo objetivo único por despeito ou
maldade, é fazer o mal. Compete ao médium estar sempre vigilante, cerrando suas portas a
eles, quer sejam encarnados ou desencarnados.

9.10. ESTUDO DOS FLUIDOS


Originariamente emprega-se o termo “fluido” para designar a força operante das curas, nos
tratamentos pelos passes e nas operações mediúnicas, como também para todas as formas de
influência psíquica exterior sobre indivíduos, em presença ou a distância, em quaisquer
circunstâncias e, ainda, nos casos dos fenômenos provocados como, por exemplo, nos
trabalhos comuns de efeitos físicos.
O termo fluido é genérico e indicam as emanações, as radiações físicas ou orgânicas
provindas de outras pessoas no ambiente em que se situa o doente, ou de Espíritos
desencarnados.
O fluido provindo de uma pessoa encarnada nada mais é que magnetismo humano, emanação
de matéria orgânica, força animal existente ou decorrente da atividade das células que formam
o corpo físico.
Este fluido, esta emanação, podem ser bons ou maus, benéficos ou perniciosos, segundo a
condição física ou moral do emissor, e concorrem a formar as auras individuais. Essa força
magnética é inata do homem e tem duas funções: atração e repulsão. Ela se distingue pela

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 121


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qualidade boa ou má que emite nas diferentes influenciações que exerce sobre o homem, em
virtude das variadas preferências da humanidade.
Essa emissão pode ser voluntária ou involuntária, deliberada ou inconsciente. Um Espírito
inferior, desencarnado, pode impregnar as pessoas de fluidos ruins, mórbidos, com sua
simples aproximação, mesmo quando não tenha a ideia de fazê-lo e ignore o que está
acontecendo.
O mau fluido, dotado de vibração pesada e baixa, afeta os centros de força, destes passa aos
plexos e ao sistema nervoso, atacando órgãos e produzindo perturbações psicossomáticas de
inúmeros aspectos e naturezas. Há fluidos tão pesados, tão animalizados e impuros que
possuem mau cheiro; além do mal que fazem quando se impregnam em nosso perispírito,
causam repugnância e agem fortemente sobre os órgãos internos.
O fluido bom, contrariamente, possui vibração elevada e pura que reconforta, estimula e cura
as perturbações físicas e morais. Por isso os médiuns e as pessoas que dão passes não
devem ser viciadas no fumo, no álcool, remédios, etc. para que, juntamente com seu
próprio fluido, não transfiram para os doentes as emanações naturais desses tóxicos, que
produzem males inúmeros aos organismos doentes e sensíveis.
Também não devem dar passes quando estiverem doentes, fracos ou intoxicados por
excessos de alimentação ou medicamentos, porque, da mesma forma, transferirão para os
consulentes esses venenos orgânicos.
Os médiuns devem se purificar de corpo e espírito, o mais que lhes for possível, para
possuírem fluidos salutares e benéficos, com os quais poderão então efetuar curas
verdadeiras.

9.11. HIGIENE DAS TRANSMISSÕES


Na cura pelos passes, sendo estes uma transmissão de fluidos de um organismo para outro,
compreende-se perfeitamente bem que é necessário que esses fluidos sejam bons,
suaves, limpos, estimulantes e puros, para que produzam efeitos salutares.

Referindo-se à preparação para estes trabalhos eis como André Luiz se manifesta:
“Alguns encarnados, como habitualmente acontece, não tomavam a
sério a responsabilidade do assunto e traziam consigo, às sessões de
caridade, emanações tóxicas, oriundas da nicotina, da carne e
aperitivos, além das formas de pensamentos menos adequados à tarefa
que o grupo devia realizar.”
Como se vê, ele demonstra que a carne é alimento tão tóxico e desaconselhável quanto o fumo
ou o álcool. E não se trata de uma opinião pessoal, mas, sim, da indicação de efeitos reais
observados diretamente do lado de lá, por observador altamente credenciado.
Isto exige que os operadores encarnados, tanto quanto possível, tenham boa saúde, sejam
sóbrios na alimentação, no vestuário, nos costumes e altamente moralizados; que eliminem
vícios, evitem tóxicos, inclusive os provindos de seus próprios organismos e aprendam a
dominar suas emoções, para evitar a perda inútil de energia fluídica, mormente as do

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 122


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campo sexual, pois que um sistema nervoso esgotado ou desequilibrado, impedirá a emissão
e a livre movimentação de fluidos curativos e levará o operador a uma condição de
hipersensibilidade que o exporá a vários e sérios riscos.
São muito comuns os casos de doentes submetidos a passes dados por servidores sinceros e
de boa vontade que, todavia, sentem, após a aplicação, inexplicável agravação de seus
males, ou o acréscimo de novos, acompanhados de visível mal-estar que, justamente,
resultam dessas impurezas a que nos referimos.
Portanto, todo e qualquer servidor do bem deverá compreender que não estando em condições
salutares física e moralmente, não poderá de forma alguma encetar os serviços de assistência
aos necessitados, sob pena de infligir as leis naturais vibratórias, e consequentemente passível
de retorno pela lei de causa e efeito.

9.12. CLASSIFICAÇÃO DOS PASSES


Quanto à origem dos fluidos administrados durante o tratamento espiritual, podemos dividir os
passes em dois grupos: materiais e espirituais.
9.12.1. Passes materiais: São os aplicados pelos operadores encarnados, que a isso se
dedicam, mesmo não sendo médiuns. Consistem na transmissão, pelas mãos ou pelo sopro,
de fluido animal do corpo físico do operador para o consulente.
9.12.2. Passes espirituais: São os realizados pelos Espíritos desencarnados, através de
médiuns, ou diretamente sobre o perispírito dos enfermos; o que se transfere para o
necessitado não são mais fluidos animais de encarnados, mas outros, mais finos e mais puros
do próprio Espírito operante, ou dos planos invisíveis, captados no momento.
Neste caso o Espírito transmite uma combinação de fluidos, inclusive emanações de sua
própria aura e o poderoso influxo de sua mente, elementos estes que, quando o Espírito é de
elevada categoria, possui grande poder curativo, muito diferente e muito melhor que o que
possui o magnetizador encarnado.
Nota: Essa distinção do magnetismo humano e do magnetismo espiritual, conforme a natureza
do agente – se o homem ou o Espírito – é acertada. Entretanto, atendendo a natureza do
fenômeno e a maneira pela qual ele se produz, consideraremos em nosso trabalho, como
espiritual a ação magnética, quer provenha do homem, quer provenha exclusivamente dos
Espíritos.
9.12.3. Quanto à quantidade de doentes atendidos simultaneamente os passes podem ser
classificados em: individuais e coletivos.
9.12.4. Quanto a distancia de aplicação:
26.4.1: Ativantes – até 30 cm de distancia.
26.4.2: Calmantes – mais de 30 cm de distancia.
9.12.5. Quanto a velocidade de aplicação:
26.5.1: Lento e Concentrador: quando leva mais de três (3) segundos da cabeça aos
pés.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 123


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26.5.2: Rápido e Dispersivo: quando leva menos de três (3) segundos da cabeça aos
pés.
9.12.6. Quanto ao método empregado os passes são classificados em: padronizados e
livres.
26.6.1. Passes padronizados, Estes passes são recomendados tendo-se em vista:
a) as casas de grande movimento, onde haja necessidade de atender público
numeroso;
b) a multiplicidade de maneiras de fazê-los sendo alguns ineficientes, outros
contraproducentes, outros espetaculares ou mesmo ridículos, tudo como resultado do
despreparo individual, da ignorância ou do misticismo exagerado daqueles que os
aplicam.
Os passes padronizados corrigem e evitam tudo isso. Não há necessidade de
incorporação de Espíritos para estes passes, mas em algumas situações isso poderá
acontecer. Em trabalhos bem organizados, com equipes bem adestradas, eis como os
passes se realizam:
a) no Plano Espiritual o ambiente é preparado previamente, ficando saturado de
fluidos curadores, e as entidades secundam e reforçam, com fluidos próprios ou
energias do seu ambiente (cósmicas ou naturais), as aplicações a serem feitas pelos
médiuns, conforme se tornem necessárias.
b) no Plano Material: no ambiente já saturado de fluidos curadores, os médiuns
aplicam sobre o consulente um caudal formado pelos seus próprios fluidos, mais as
energias captadas pelas mãos, mais as recebidas pelos chakras, mais os fluidos e
energias transmitidos pelos operadores espirituais.
26.6.2 Os passes livres são aplicados sem método, com cada passista agindo a seu
modo, impossibilitando, assim, o aperfeiçoamento dos trabalhos e, o que é pior,
favorecendo a indisciplina e o aparecimento de outros vícios e defeitos mais graves, a
influenciar negativamente na transmissão do passe curador.

9.13. PRÁTICA DOS PASSES


A base fundamental desta aplicação é a formação de uma corrente de fluidos que, partindo do
operador, veiculados pelas suas mãos, transmite-se ao corpo do consulente. As principais
técnicas são:

 Imposições

 Rotatórios ou Circulares

 Longitudinais

 Transversais

 Perpendiculares

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 124


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9.13.1. POSIÇÃO CORRETA DO CORPO PARA O PASSE


13.1.1. Consulente em pé: o corpo deverá ser mantido na vertical, braços caídos ao
longo do corpo sem contração, devendo todo o peso recair sobre as pernas. Deve-se ter
o cuidado de não segurar uma mão com a outra, nem cruzá-las na frente ou atrás do
corpo.
13.1.2: Consulente sentado: repousando o corpo sobre a cadeira, pés ligeiramente
separados e mãos sobre os joelhos, mantendo o tronco reto, sem contração muscular.
Os dedos nunca devem estar unidos.
13.1.3. Consulente deitado: o corpo deverá estar deitado numa maca, estendido na
horizontal, pernas esticadas e braços rentes ao corpo, músculos frouxos, sem a mínima
contração.

9.13.2. AS REGRAS GERAIS


1. Os passes longitudinais movimentam os fluidos, os transversais os dispersam e os
circulares (rotatórios) e as imposições de mãos os concentram.
2. Os passes longitudinais, dados ao longo do corpo, de uma região ou de um membro,
distribuem aí e movimentam a energia fluídica. Este passe é feito em quatro tempos:
1º. Imposição das mãos sobre a cabeça.
2º. Descer as mãos até onde vai o passe.
3º. Fechar as mãos, afastando-as do paciente;
4º. Voltar as mãos com rapidez a imposição inicial.
3. As mãos arrastam fluidos pelas correntes.
4. No caso, por exemplo, de uma anquilose, (é a diminuição ou perda de movimentos em
uma articulação natural móvel) e necessário primeiramente concentrar fluidos em grande
escala e, depois, fazê-los circular através da região afetada.
5. Na esfera psíquica, os passes longitudinais produzem adormecimento, desligamento do
perispírito (sonambulismo e toda a série de fenômenos decorrentes desses estados). Os
desdobramentos, por exemplo, nos médiuns que possuem essa faculdade, são facilmente
provocados com esses passes.
6. Toda vez que agimos para cura de moléstia localizada em órgãos internos, a ação inicial
deve ser com a mão esquerda sobre o plexo solar (região do estômago) e a direita no
bulbo (região da nuca).
7. Os passes transversais devem ser usados em todos os casos de aglomerações de
fluidos: congestões, indisposições, inflamações, etc., pois dispersam os fluidos.
8. No campo psíquico, os passes transversais são de “despertamento”.
9. Sempre ao concluir o trabalho de passe magnético aplicar dispersivos gerais em todos os
centros de força do consulente para evitar toda e qualquer indisposição ou
congestionamento fluídico.

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 125


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10. Quando se deseja proceder a um estímulo de caráter geral, seja para movimentar
(longitudinais), seja para dispersar fluidos (transversais), aplicam-se passes chamados de
“grandes correntes”, processo que consiste em levar a aplicação a todo o corpo, da
cabeça aos pés. Eles distribuem uniformemente os fluidos em todo o organismo e
normalizam o fluxo das correntes vitais. É dado, ficando o operador a uns 50 ou 60 cm
afastado do doente.
11. Para que os passes magnéticos produzam melhor efeito, é necessário que, previamente, o
operador estabeleça laços fluídicos de simpatia, solidariedade e confiança entre si e o
doente; qualquer sentimento de antipatia, temor ou desconfiança de qualquer deles,
impedirá o fluxo natural e espontâneo dos fluidos entre ambos.
12. Nunca podemos prometer a cura. Quem cura é Deus e dentro do merecimento de cada
consulente. Podemos apenas aliviar o problema. Todos os tipos de doença podem ser
aliviados: Aids, Glaucoma, Alzeimer, câncer...
13. A Espiritualidade revela que a cura do consulente depende de 90% do merecimento deste,
9% da ação dos Espíritos benfeitores e 1% da ação do médium passista. A participação do
médium é pequena mas crucial. Portanto precisamos estar totalmente saudáveis para este
trabalho.
14. Baseado no item anterior, não faz sentido nos orgulharmos de nosso poder curativo, pois
não somos curadores, mas apenas doadores de fluidos que são manipulados pela equipe
médica da espiritualidade. E o mérito pela cura é praticamente todo do consulente.
15. Um verdadeiro passista se forma-se, sobretudo, através do amor incondicional do que
pela sua mediunidade. Lembremos: há mediunidades extraordinárias, mas médiuns
extraordinários são poucos.
16. Para que um tratamento com passes magnéticos seja eficiente e sem contra-indicações,
exige-se do magnetizador passista 10% de conhecimento e 90% de Amor e Vontade de
servir.
17. Para este trabalho nunca julgar, nunca criticar e nunca escolher o consulente. Atender a
todos.
18. A verdadeira cura é atingida pelo consulente apenas através da transformação interior.
Os passes apenas aliviam, vivificam, melhora a vibração do consulente através da doação
de energia refinada pela Espiritualidade, mas o consulente deverá comprometer-se com
sua cura.
IMPORTANTE: Não há regras fixas ou procedimentos padronizados para todos os casos. O
tratamento depende, em grande parte, dos conhecimentos que o operador possui, de seu tato
magnético, de algum conhecimento de anatomia e fisiologia humana e do apoio espiritual das
entidades da casa.

9.14. PASSES DE DISPERSÃO


Os passes produzem muitas vezes certos desequilíbrios orgânicos de pouca monta e
facilmente removíveis, oriundos de acumulação de fluidos em uma ou algumas partes do

ESPAÇO LUZ DA CONSCIÊNCIA 126


APOSTILA: CURSO DE ESPIRITUALIDADE CONSCIENTE

corpo. Consiste em comumente em opressão no peito, contraturas e espasmos. Em tais casos,


no final da magnetização, há necessidade de DISPERSAR os fluidos acumulados.
A ação de dispersar é a ação de equilibrar e não, como poderíamos pensar, de desmagnetizar.
Apesar de alguns entenderem que o passe dispersivo seja aquele que serve para dispersar,
afastar, jogar de lado os fluidos, na realidade sua função é muito mais ampla.
Os dispersivos servem para reordenar, rearmonizar, realinhar, reativar, distribuir, modular,
compactar, acelerar a somatização, transferir fluidos de um para outro centro, promover a
reabsorção dos fluidos em excesso no paciente pelo passista, e muitas outras coisas, tudo em
relação aos fluidos e ao funcionamento dos centros vitais.
São pelos dispersivos que resolvemos as congestões fluídicas, defendemos o paciente de
possíveis erros ou excessos fluídicos e ainda ficam os passistas melhor protegidos quanto à
possibilidade de retenção em seus perispíritos de eventuais "retornos fluídicos" desarmônicos.
Citaremos os processos de dispersão mais usados:
1. Passe transversal: se executa a uma distância do corpo do consulente entre 30 e 50
centímetros. O operador coloca-se de pé em frente ao magnetizado; estende os dois
braços para frente, as mãos abertas com os polegares para baixo; nesta posição ele abra
rapidamente e com muita energia os braços no sentido horizontal e depois volta com
vivacidade para a posição primitiva e recomeça logo a seguir da mesma maneira. Estes
passes são repetidos 4 ou 5 vezes e são dirigidos para o ponto do organismo que se
quer dispersar.
2. Passe transversal cruzado: é uma variação do transversal. A diferença básica é que
as mãos se cruzam à frente do ponto a ser tratado. Nas experiências praticas fica
evidente que este é mais eficiente. Se aplicados PERTO são ATIVANTES e se
DISTANTES são CALMANTES.
3. Longitudinais: se aplicados rapidamente, menos de 2 segundos, de cima para baixo,
são dispersivos. Se aplicados perto são ativantes e se distantes são calmantes. Não
esquecer de dispersar o esplênico.
4. Passe perpendicular: somente feito no final das sessões, após os passes
transversais, e se for necessário uma dispersão mais segura. O magnetizador se coloca
do lado do consulente que deve ficar em pé; o operador impõe-lhe as mãos estendidas
com as palmas a uma distância de 5 cm por sobre a cabeça e desce-as rapidamente até
o chão, uma pela frente e outra por trás do corpo. Pode o operador colocar-se por diante
e por detrás do consulente, fazendo descer as mãos ao lado do corpo. Estes passes
devem ser repetidos com vivacidade, cinco ou mais vezes, sempre tendo a cautela de
fechar e afastar as mãos ao retornar o passe ao inicio.
IMPORTANTE:
O fluido magnético ou ectoplasma, entrando no organismo em desequilíbrio, pode produzir um
abalo, mas acaba por fazer seu efeito curativo. Não é raro acontecerem convulsões. Utilizar
muitos dispersivos neste caso.

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Poderá haver música como processo auxiliar do magnetismo. Todos os magnetizadores


reconhecem que a música excita e desperta a alma, deleita os sentidos, ergue os espíritos
melancólicos, acalma e adormece as paixões e perturbações.

9.15. OS TRABALHOS COM PASSES PADRONIZADOS - PP


Os trabalhos PP com passes padronizados são uma aplicação do processo de passes
magnéticos através de correntes de cura ou nas sessões de caridade. Ao invés de um amplo
fornecimento de ectoplasma feito por um só médium, temos a soma de pequenos
fornecimentos feitos por vários médiuns.
Qual o método correto de se aplicar o passe? (do livro Cure e Cure-se pelos passes – JM –
pg 268)
Como já vimos, há muitas técnicas e pelo menos três origens. As técnicas são conhecidas pelo
estudo e testadas na prática, enquanto as origens dos fluidos determinam se estes são
espirituais (vêm dos Espíritos), humanos (se proveem dos magnetizadores) ou mistos (de
ambos).
O mais correto é saber-se as técnicas para empregá-las com proficiência, mas jamais
esqueçamos o amor, a prece, o recolhimento, a confiança no Mundo Espiritual e o equilíbrio
mental e físico, para que doemos o melhor, com muito carinho fraternal, sempre.
Ao se aplicar o passe pode-se separá-lo em três etapas: 1. Passe dispersivo;
2. Passe magnético nos principais centros de força; e 3. Passe magnético
direcionado para os órgãos do corpo físico/perispiritual. Está correto isso?
(do livro Cure e Cure-se pelos passes – JM – pg 268)
Resposta do Jacob: Antes disso, vêm as obrigações que dizem respeito ao
emocional, e aos princípios do magnetismo. Por emocional, estou me referindo à
necessidade de uma prévia preparação, pela vibração de sentimentos amorosos,
através da prece, por uma boa mentalização e/ou concentração no bem e toda uma
sintonia com as Forças Estruturadoras do Bem. E dos princípios do magnetismo, a
imperiosa necessidade de entrar em relação magnética com o paciente.
Seguindo-se, poder-se-ia realizar o TATO MAGNÉTICO para o estabelecimento da
diagnose fluídica do paciente. Depois disso, pode-se considerar correto o
procedimento sugerido, mas que tenhamos bem registrado que nenhuma
prescrição desse tipo deve ser tomada como regra geral. Tanto que à separação
sugerida eu acrescentaria:
1. Os passes dispersivos do início deveriam ser realizados tanto nas estruturas dos
ativantes como dos calmantes;
2. Os passes nos centros vitais só seriam aplicados nos que estivessem carentes
de fluidos ou de descongestionamentos; de preferência, intercalaria as
concentrações fluídicas com dispersivos localizados;

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3. Os passes na estrutura orgânica ou perispiritual só seriam aplicados se


constatada a real necessidade dos mesmos (através do tato-magnético ou por
alguma disposição mediúnica).
Além disso, é sempre muito conveniente a aplicação de mais dispersivos gerais ao
final dos passes, já que com essas dispersões eliminaremos vários inconvenientes
decorrentes da mudança fluídica provocada pela aplicação do magnetismo e
trabalharíamos a psi-sensibilidade do paciente. (psi-sensibilidade – ver no livro Cure
e Cure-se pelos Passes na pg 255).

9.15.1. EXEMPLOS de Passes Padronizados - PP - 1


Destina-se o PP - 1 ao tratamento de perturbações de caráter material, mesmo quando
sejam conseqüências de fluidos ambientes ou interferência de entidades inferiores.
EXEMPLOS: consulente com problemas financeiros, briga com vizinhos, parentes, colegas de
trabalho, com emissão de raiva, ciúmes ...
No primeiro tempo iniciar com dispersivos gerais nas estruturas calmantes e ativantes.
No segundo tempo a mão esquerda é colocada no alto da cabeça, região do coronário; a
direita desce até o genésico. Desta forma, fluidos magnéticos curativos e outros agentes
complementares são conduzidos ao Sistema Nervoso.
Terceiro tempo: a mão esquerda desce até o plexo solar e a direita sobe até o bulbo, plexo
laríngeo, exercendo-se uma ampla ação curativa sobre todos os órgãos internos e o Sistema
Nervoso. Permanecer nesta posição por 1 minuto aproximadamente.
Quarto tempo: as duas mãos descem até o genésico; em seguida o médium operador fecha
as mãos afastando-as do corpo do consulente, abre-as para eliminar os fluidos indesejáveis e
executa três (3) passes longitudinais lentos, do chakra coronal ao básico. Terminada essa
etapa reinicia os movimentos no primeiro tempo.
Quinto tempo: No encerramento fazer muitos dispersivos para evitar qualquer
congestionamento, especialmente no coronário e esplênico.
Esses movimentos se repetem três (3) vezes ou mais, dependendo do tempo disponível para
o atendimento. Esse passe também pode ser chamado de Passe para Harmonização Geral.

9.15.2. Outro exemplo de procedimento padrão - PP - 2


O PP-2 é destinado aos casos de perturbações espirituais (obsessões do 1º, 2º e 3º graus),
desde os simples encostos, aos casos complexos de vampirismo, simbioses, etc.
Os participantes da corrente vibram amor pelos obsessores através do chakra cardíaco,
enquanto o aplicador efetua os cinco tempos do PP-1, para eliminar os reflexos que porventura
as perturbações espirituais hajam levado ao organismo físico.
Nos casos mais rebeldes, os membros do grupo formarão uma corrente dando-se as mãos e
projetarão para o coração dos obsessores emissões intensas de amor, de paz, de equilíbrio,
no período mínimo de um minuto ou no tempo necessário ao comando do operador do passe.
Para os Espíritos inferiores, a prática do mal resulta da própria ignorância e da impureza dos
sentimentos que lhes criam, no perispírito, vibrações densas e pesadas, verdadeiras vestes de
sombras, constantemente sulcadas de radiações malignas. Nossa melhor defesa pessoal está,

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como se sabe, no uso da prece e, sobretudo, na conduta reta e moralizada, porquanto é certo
que o indivíduo suficientemente evangelizado e devotado ao bem torna-se não imune, mas
resistente às manifestações dos agentes do mal.
Os fluidos finos, purificados, possuem uma vibração elevada, muito rápida e luminosa, dotada
de grande poder de penetração e irradiação; esses fluidos desarticulam e eliminam as
vibrações baixas e pesadas das mentes dos obsessores, bem como momentaneamente,
procederão a uma verdadeira saturação dos seus perispíritos.
Os fluidos, sendo dirigidos diretamente ao coração do obsessor, provocam intenso choque
anímico, emoção desconhecida para Espíritos que somente sabem vibrar em escalas
negativas e inferiores; é como um jato de luz repentinamente se projetando sobre uma massa
de sombra. Esse choque emocional aos poucos vai alterando sentimentos, pensamentos e
atos.
Quanto mais poderosa for a corrente, em número e força, e mais evangelizados os seus
componentes, tanto mais eficientes serão os resultados do trabalho.
O longo período de experiência em várias casas de tratamento espiritual provou que este
processo é seguro e seus resultados altamente positivos nos dois planos.

9.16. Passes em Crianças - PP - 3


Esse procedimento é especialmente aplicado a crianças até 15 anos, em casos de doenças
materiais e perturbações espirituais.
Doenças materiais - Normalmente as doenças materiais em crianças resultam de:
a) Doenças cíclicas, próprias da idade;
b) Poluição ambiental, desnutrição, clima, etc.
Perturbações espirituais - Por serem as crianças, em tenra idade, inconscientes e
irresponsáveis, não se verificam propriamente as perturbações espirituais, salvo as exceções
observadas em cortiços e favelas. Os problemas espirituais decorrem de:
a) Infestação do ambiente;
b) Chamamento a familiares;
c) Encarnações completivas.
Os tratamentos, visando alguma uniformidade das práticas, embora cada caso deva ser
estudado e ser tratado com o devido cuidado, a titulo de exemplo, podem ser:
a) Passista de preferência feminino, em razão da densidade dos fluidos, com vibrações
diretas para o doente.
b) Os quatro tempos do PP-1, com muita moderação nas imposições, se estas forem
necessário, e muitos dispersivos;
c) Aplicações locais nas partes doentes.
d) lembrar que os centros de força das crianças são pequenos e facilmente
congestionáveis.

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e) muitos dispersivos para finalizar.


f) se houver a companhia de espíritos perturbadores com a criança, proceder a corrente
com vibrações e fluidos benéficos para estes Espíritos acompanhantes, conforme explicado em
PP-2.
IMPORTANTE: Não deve ser dispensado o tratamento médico;
Notas:
1. A criança deve entrar sozinha na corrente, salvo tratar-se de criança de colo.
2. Acima de sete anos não há ressalva, a não ser na moderação das aplicações, na
densidade vibratória e selecionamento dos operadores, sempre femininos se for
possível.
3. Em todos os casos, outras medidas poderão ser tomadas segundo as circunstâncias
de local, tempo e número de pessoas a atender, e segundo a orientação da
Espiritualidade no serviço.

9.17. CONTATO COM OS CONSULENTES: TOQUE


Muitas críticas são feitas aos passes magnéticos e muitos doentes se recusam a
recebê-los, por não concordarem com os contatos manuais – toque - do operador
sobre seu corpo, mormente em se tratando de mulheres.
Nos passes tais contatos devem ser evitados, entre outras razões, pelas seguintes:
1 — Porque nem sempre são necessários, salvo em alguns casos especiais de
passes locais.
2 — Porque atrapalha ou retira o consulente de seu estado de comunhão com o
mundo maior atrapalhando a absorção dos fluidos necessários.
3 — Porque o contato, em se tratando de sexos opostos, pode produzir
sensualismo.
4 — Porque o pensamento ou impressão sensual, desde que ocorram, modificam
a natureza do fluido a transmitir, carregando-o de vibrações altamente
negativas, prejudiciais tanto aos doentes como aos operadores.
5 — Porque nestes casos, os Espíritos inferiores são atraídos, imediatamente,
por tais vibrações negativas e interferem, aumentando as perturbações. Os
ambientes em que comumente agem indivíduos inescrupulosos se
transformam, em breve, em verdadeiros antros de corrupção psíquica.
6 — Porque, mesmo nos casos de curas espirituais, com passes fornecidos por
Espíritos desencarnados incorporados em médiuns, tais sentimentos
representam forte barreira à sua aproximação ou incorporação.

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André Luiz, em sua obra Nos Domínios da Mediunidade confirma estes ensinos
dizendo:
“Na maioria dos casos, não precisamos tocar o corpo dos pacientes de
modo direto. Os recursos magnéticos, aplicados à reduzida distância,
penetram assim mesmo o ‘halo vital’ ou a aura dos doentes, provocando
modificações rápidas.”
Por outro lado, sempre que possível, realizar o trabalho de passes em turmas
separadas de homens e mulheres, de maneira que todos recebam passes de
médiuns pertencentes ao seu próprio sexo.

9.18. PREPARAÇÃO DOS CONSULENTES


Após a recepção e entrevista, senta-se na assistência, onde ficará em postura de
oração e recolhimento, ouvindo uma suave música que incentive sua introspecção,
aguardando o momento da palestra evangélica.

9.19. PREPARAÇÃO DA CORRENTE


Concomitantemente à recepção dos consulentes, os trabalhadores da casa realizam
também a sua preparação no Vestiário ou no TEMPLO, seguindo o seguinte esquema
básico:
a) No Vestiário - Os componentes do grupo deverão manter silêncio e
concentração ao adentrarem ao recinto, conversando o mínimo necessário, e
apenas sobre assuntos referentes à sessão.
b) No templo – Após vestirem-se, os trabalhadores que não possuírem tarefas na
recepção, deverão se dirigir ao templo, onde permanecerão meditando até a
abertura dos trabalhos pelo dirigente, em completo silêncio. Neste ínterim
qualquer espécie de conversa será extremamente prejudicial.
c) Sintonia da Corrente - Ao início da preparação para os trabalhos propriamente
ditos, é importante que o grupo de trabalhadores procure harmonizar os seus
fluidos. Os elementos dão-se as mãos e aguardam mais ou menos 1 minuto, até
que todos se sintam perfeitamente aptos para o trabalho.

9.20. ENCAMINHAMENTO DOS CONSULENTES


O melhor sistema a empregar será entrevistar os consulentes, anotar nomes,
endereços, idades e ligeiras referências sobre o caso pessoal.
Quanto aos entrevistadores que encaminham os consulentes e necessitados, devem
eles possuir capacidade para o desempenho dessa delicada e importante tarefa, da

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qual depende o benefício a distribuir e, até mesmo, o bom nome da Casa e da própria
Espiritualidade.
Um bom entrevistador deve preencher os seguintes requisitos:
a) Conhecer a Doutrina, teórica e praticamente;
b) Possuir noções ligeiras de anatomia e fisiologia humanas;
c) Possuir delicadeza de trato e saber indicar a orientação certa a dar em cada
caso;
d) Ter discrição e bom senso;
e) Não fazer diagnósticos apressados por conta própria ou recomendar remédios;
Somente com algum aprendizado pessoal e boa reforma moral, poderão discernir, com
propriedade, a natureza de cada caso, a urgência dos atendimentos e o trabalho mais
adequado.

Bibliografia Pesquisada e Recomendada:


 Magnetismo Espiritual - Michaelus (Miguel Timponi)
 Passes e Radiações – Edgar Armond
 Passes e Curas Espirituais – Wenefledo de Toledo
 O Reiki, a Terapia Vibracional Integrativa – Adilson Marques
 Energia – Robson Pinheiro
 Cure e Cure-se pelos Passes – Jacob Melo
 Manual do Passista – Jacob Melo
 O Livro dos Médiuns (LM)

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