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Portaria 598/04
N R -1 0 R E C I C L A G E M
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CAPÍTULO 4
Medidas de Controle do Risco Elétrico
- Desenergização
- Aterramento Funcional, Proteção e Temporário
- Equipotencialização
- Secionamento Automático da Alimentação
- Dispositivos de Corrente de Fuga
- Extra Baixa Tensão
- Barreiras e Invólucros
- Bloqueios e Impedimentos
- Obstáculos e Anteparos
- Isolamento das Partes Vivas
- Colocação Fora do Alcance
- Separação Elétrica
CAPÍTULO 4
Medidassit incillaorper
de Controle do Risco Elétrico
sequat enit lum nos am zzriure
É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Introdução
Controlando os riscos 4
Desenergização
Os procedimentos 5
Aterramentos 10
Funcionais, de proteção e temporários
Equipotencialização
A proteção de equipamentos 19
Secionamento Automático
Os dispositivos de proteção 20
Dispositivos de Corrente de Fuga
Os famosos DRs 22
Extra Baixa Tensão
Eliminando o risco 24
Barreiras e Invólucros
Aumentando a segurança 25
Índice
Bloqueios e Impedimentos
Controlando a fera 27
Obstáculos e Anteparos
Dificultando o acesso ao risco 29
Isolamento das Partes Vivas
Choques em contatos acidentais 30
Colocação Fora do Alcance
Afastando o risco 31
Separação Elétrica
Os trafos isoladores 33
Medidas de Controle do Risco Elétrico
Introdução
Controlando os riscos
Como visto anteriormente, todo trabalhador que desenvolve atividades em instalações elétricas ou suas
proximidades é submetido aos riscos elétricos, que podem ser: campo elétrico, arco elétrico ou choque
elétrico. Sendo assim, é necessária a adoção de medidas preventivas.
As medidas de controle do risco elétrico envolvem desde técnicas de análise de risco, documentação
sobre a instalação elétrica, unifilares, resultados de testes em equipamentos, testes de isolamento,
especificações de EPIs (Equipamento de Proteção Individual) e EPCs, (Equipamentos de Proteção Coletiva)
até procedimentos de segurança e medidas de proteção coletiva.
Para nos protegermos contra os riscos, algumas medidas de controle precisam ser adotadas. Estas medidas
serão abordadas na sequência. Esta capítulo trata sobre o controle da FERA!
CONTROLANDO
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A FERA
A desenergização é um procedimento estabelecido na NR-10, utilizado para garantir que a instalação não
será reenergizada por qualquer meio ou razão. A instalação desenergizada apresenta nível de segurança
muito superior ao da desligada, e impede principalmente a energização acidental, que pode ser causada
por exemplo:
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Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os
procedimentos apropriados e obedecida a sequência a seguir:
Passo 1 - Secionamento
É o ato de realizar a abertura do circuito, promovendo a descontinuidade
elétrica total através do afastamento adequado entre as partes de
um circuito. Este procedimento é possível mediante o acionamento
de dispositivo apropriado (chave seccionadora, retirada de fusíveis,
afastamento de disjuntores de barras), acionado de forma manual ou
automática, de acordo com procedimentos específicos.
Chave secionadora MT
Kits de Bloqueio
Aterramento MT
Grampo de conexão
Todos os elementos energizados, situados na zona controlada, para que não possam ser acidentalmente
tocados, deverão receber isolação conveniente (mantas, calhas, capuz de material isolante, etc).
Kit de sinalização
10.5.2 o estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização para
reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a sequência de procedimentos abaixo:
5 TODAS AS CHAVES KIRK ESTÃO NOS EQUIPAMENTOS? Além dos passos seguidos, pode ser utilizada
6 OS CABOS DE ALTA TENSÃO ESTÃO CONECTADOS E BEM PRESOS? uma etiqueta com check-list e a identificação
7 OS CABOS DE ALTA TENSÃO FORAM IDENTIFICADOS E LIGADOS CORRETAMENTE?
dos trabalhadores responsáveis pela
8 OS CABOS DE BAIXA TENSÃO ESTÃO CONECTADOS E BEM PRESOS?
desenergização.
9 OS CABOS DE BAIXA TENSÃO FORAM IDENTIFICADOS E LIGADOS CORRETAMENTE?
CONCLUSÃO
A CABINE ESTÁ LIBERADA PARA ENERGIZAÇÃO? SIM NÃO
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ASSINATURA
Aterramentos
Funcionais, de proteção e temporários
O aterramento é uma medida de proteção contra contatos indiretos, tendo como função o escoamento
para a terra das cargas elétricas indesejáveis.
Sua importância é indiscutível, visto que existem leis abordam o tema. A NR-10, no item 10.2.8.3, apresenta
a seguinte redação:
“O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida
pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes.”
Aterramento Funcional
É a ligação à terra de um dos condutores do circuito de aterramento, cujo objetivo é o funcionamento
correto, seguro e confiável da instalação.
A função deste tipo de aterramento é de prover um caminho elétrico para atuação das proteções,
circulação das correntes de curto-circuitos e desequilíbrio, além de, reduzir sobretensões provocadas por
curto-circuitos e descargas atmosféricas.
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Aterramento de Proteção
É a ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à instalação para proteção contra
choques elétricos por contatos indiretos. Por exemplo, os aterramentos de motores, chuveiro e demais
equipamentos.
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Cada sistema de aterramento reflete 3 escolhas Símbolos dos Sistemas de Aterramento NBR5410
técnicas:
Condutor Neutro (N)
Método de aterramento;
Disposição dos condutores de proteção; Condutor de Proteção (PE)
N = Massas ligadas ao ponto da alimentação aterrado (em corrente alternada, o ponto aterrado é
normalmente o ponto neutro).
TN-C
O condutor neutro é também usado como condutor
de proteção e é designado como PEN (condutor de
proteção e neutro). Este esquema não é permitido
para condutores de seção inferior a 10mm² e para os
equipamentos portáteis.
TN-C
TN-S
Os condutores de proteção e neutro são separados.
O uso de condutores separados PE e N (cinco fios)
é OBRIGATÓRIO para circuitos de seção inferior a
10mm² para cobre e 16mm² para alumínio e em
equipamentos móveis.
TN-C-S
Os esquemas TN-C e TN-S podem ser usados na
mesma instalação. No esquema TN-C-S, o esquema TN-S e TN-C-S
TN-C não deve ser utilizado após o sistema TN-S. O
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IT (Neutro Isolado)
Nenhuma conexão intencional é feita entre o ponto neutro da fonte e a terra. Todas as partes condutoras
expostas e estranhas à instalação são ligadas ao eletrodo de terra.
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Na prática todos os circuitos têm uma impedância de fuga para a terra, já que nenhuma isolação é
perfeita. Em paralelo com esta resistência de fuga distribuída, há uma capacitância distribuida, e essas
partens juntas constituem a impedância normal para a terra.
Massas
IT
Sistema IT-Médico
Por volta de 1973, nos EUA, foi proposto a adoção de um sistema isolado para fornecimento de energia
elétrica em salas de cirurgia. Tal sistema ficou conhecido como sistema IT e está normalizado pelo IEC
60364-7-710 Ed. 1.0 b -”Electrical Installations of Buildings - Requirements for Special Installations or
Locations - Medical Locations, Part 710.413.1.5”, 2002. Este sistema tem a principal função de impedir
que uma primeira falha interrompa o fornecimento de energia durante a cirurgia.
A utilização de sistemas IT Médico aumenta a segurança para o paciente e para o corpo clínico, pois
a interrupção no fornecimento de energia elétrica em caso de uma falta é evitada, pois mesmo em
um caso de curto-circuito fase terra, por exemplo, um equipamento eletro médico pode ser usado
para auxiliar ou substituir, temporariamente ou permanentemente, funções vitais de um paciente.
Além disso, ocorre uma redução nas correntes de fuga circulando pelo condutor de proteção, o que
diminui a tensão de contato e consequentemente a intensidade de um choque elétrico acidental.
No Brasil as normas NBR 13534, item 5.1.3.1.4 e ANVISA RD-50, item 7.2.3.1, obrigam utilização do
esquema IT para locais GRUPO 2.
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TT (Neutro Aterrado)
Da mesma forma que o esquema TN, um ponto da
fonte é ligado diretamente à terra. Todas as partes
metálicas expostas e todas as partes metálicas
estranhas à instalação são ligadas a um eletrodo de
terra separado na instalação.
Observe-se que um “defeito“ pode dar origem a uma “falha“ e esta a uma “falta“, como pode
ocorrer com um cabo cuja isolação esteja defeituosa.
Aterramento Temporário
A manutenção em redes aéreas desligadas, nos apresenta à primeira vista como uma condição
APARENTEMENTE segura para a execução dos trabalhos. Entretanto, elas podem ser indevidamente
energizadas, por diversos fatores entre os quais enumeramos os mais comuns:
• Erros de manobra;
• Contato acidental com outros circuitos energizados;
• Tensões induzidas por linhas adjacentes;
• Descargas atmosféricas, mesmo que distantes do local de trabalho;
• Fontes de alimentação de terceiros.
Infelizmente os fatores acima não se constituem em fatos teóricos, ou mesmo impossíveis de ocorrer,
como muitas vezes o homem de manutenção tende a imaginar, pois a prática tem nos mostrado a sua
veracidade através dos inúmeros acidentes que ocorrem anualmente nas empresas de energia elétrica. O
aterramento e curto circuitamento temporário, como procuraremos observar a seguir, constitui-se
na principal proteção do homem nos trabalhos em redes desenergizadas, devendo ser considerado,
portanto, como sua PRINCIPAL FERRAMENTA DE TRABALHO.
Devem possuir grampos, conectores e cabos, dimensionados para suportar os esforços mecânicos
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gerados pelas correntes de curto circuito sem se desprenderem nas conexões ou se romperem. Devem
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manter por ocasião da corrente de curto-circuito à terra uma queda de tensão, através do conjunto de
aterramento, não prejudicial ao homem em paralelo com o mesmo.
Deve ser também prático e funcional ao serviço de manutenção, porém, observando-se antes de tudo,
as características acima, pois seria uma incoerência com os princípios de segurança, ter um conjunto de
aterramento e curto circuitamento temporário, que não ofereça a proteção adequada.
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O limite de sua resistência Ôhmica é por demais importante, pois em função de seu valor, poderemos ter
maior ou menor queda de tensão no local de trabalho. O cabo deve ser de cobre eletrolítico, ultra-flexível
e possuir isolamento 600V transparente (para que se possa ver a integridade do cabo).
Para dimensionarmos o cabo de aterramento e curto circuitamento devemos observar dois fatores básicos.
Condutividade e resistividade, cujos valores serão determinados em função da corrente de curto circuito
máxima do sistema onde será utilizado o conjunto de aterramento e curto circuitamento temporário.
a) CONDUTIVIDADE
Se a corrente de curto-circuito máxima em determinado sistema for de 10.000 A e se considerarmos
um tempo seguro de 30 ciclos para atuação do equipamento de proteção, teremos de acordo
com a tabela fornecida pelos fabricantes a indicação do cabo de 25mm², como suficientemente
dimensionado para conduzir a corrente acima sem fundir.
b) RESISTIVIDADE
Considerando o valor altamente seguro de 500 ohms para a resistência oferecida pelo corpo humano,
medida da palma de uma das mãos, à palma da outra mão ou do pé (excluídas as resistências de
contato) e a corrente de 100 mA como a máxima possível de ser suportada pelo homem, num
tempo máximo de 30 ciclos, teremos como limite de queda de tensão no local de trabalho 50 volts.
Ex.: 0,1 A x 500 ohms = 50 V.
Assim, no exemplo considerado, com uma corrente de curto-circuito de 10.000 A resistência máxima
admissível para o conjunto de aterramento e curto circuitamento temporário seria de 0,005 ohms.
Ex.: R = 50 V ÷ 10.000 A = 0,005 ohms.
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Aterramentos Temporários
Neste caso, não havendo necessidade de abertura de jumpers, chaves, etc., apenas um conjunto é
suficiente para oferecer a proteção adequada.
Não sendo possível a instalação do conjunto na estrutura de trabalho, deverão ser usados tantos conjuntos
quanto se fizerem necessários para isolar a zona de trabalho, os quais deverão ser instalados nas estruturas
mais próximas, em tantos quantos lados de fonte e de carga existam.
Apresentamos a seguir, esquemas unifilares de dois casos típicos de pontos da linha ou rede a serem
aterrados, caso não seja possível a instalação do conjunto na estrutura de trabalho.
Área de Serviço
Derivação Normal
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Certos cuidados devem ser tomados com o conjunto de aterramento temporário para tê-lo sempre
pronto para o uso. O cuidado adequado resultará não somente em vida prolongada do equipamento,
como também proporcionará maior segurança e inspirará maior confiança no pessoal que o utiliza.
Anualmente deve ser feito um teste de continuidade condutiva do cabo de aterramento, incluindo
conectores e grampos, de modo a ser comprovado se a sua resistência ôhmica está dentro dos valores
máximos permissíveis.
Antes de cada utilização do equipamento, deve-se verificar se existem fios partidos ou danos físicos no
cabo, principalmente próximo aos conectores.
A conexão entre os cabos e os grampos deve ser rígida e limpa. As áreas de contato devem ser limpas
frequentemente.
Limpeza dos bastões isolantes e inspeção quanto a existência de fissuras ou outros danos, além de ensaio
periódico de verificação do isolamento.
Os seus cabos e grampos devem ser depositados sobre uma lona estendida no chão, antes de sua conexão
ao sistema a ser aterrado, de forma a não sofrerem os efeitos de seu contato direto com o solo.
Atenção!
Todo conjunto de Aterramento Temporário que for submetido a uma corrente de curto-circuito, não
deverá ser novamente utilizado para fins de aterramento.
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Equipotencialização
A proteção de equipamentos e pessoas
Todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão. Conforme o item 6.4.3.1.5.
da NBR 5410/2004, um condutor de proteção pode ser comum a mais de um circuito, desde que esteja
instalado no mesmo conduto que os respectivos condutores de fase e a bitola do cabo seja dimensionada
adequadamente.
Convém lembrar que a NBR 5410 proíbe utilizar as canalizações de gás, de água e de outros serviços como
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Outro dado importante a ser mencionado é que a NBR 5410 inclui, expressamente, entre os elementos
que devem figurar na ligação equipotencial principal, o eletrodo de aterramento do sistema de proteção
contra descargas atmosféricas (“para-raios” predial) da edificação e o da antena externa de televisão —
diretamente ou via eletrodo de aterramento comum, quando de fato o sistema de para-raios e a antena
utilizarem um eletrodo de aterramento comum ao do sistema elétrico.
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Secionamento Automático da
Alimentação
Os dispositivos de proteção
O seccionamento automático destina-se a evitar que uma tensão de contato mantenha-se por um tempo
que possa resultar em perigo para as pessoas.
O dispositivo irá atuar somente se a corrente for superior ao valor ajustado, considerando o tempo de
exposição. O curto-circuito para que o dispositivo atue pode ser o contato entre a parte viva e massa, parte
viva e condutor de proteção e ainda entre partes vivas. Os disjuntores (independente do nível de tensão),
são exemplos de seccionamento automático.
No esquema TN-S, é possível utilizar tanto o dispositivo a sobrecorrente quanto o dispositivo a corrente
diferencial-residual.
Já no esquema TT, só é possível utilizar, na proteção por seccionamento automático, dispositivos a corrente
diferencial-residual.
Quanto ao esquema IT, convém lembrar, inicialmente, que a definição do tipo de dispositivo é a mesma
aplicável ao esquema TN ou TT, dependendo da forma como as massas estão aterradas. Quando as
massas são aterradas individualmente, ou por grupos, aplicam-se as regras prescritas para o esquema TT
— portanto, dispositivos DR. Quando todas as massas são interligadas (massas coletivamente aterradas),
valem as regras do esquema TN — portanto, dispositivo a sobrecorrente ou dispositivo DR.
Independentemente do esquema de aterramento, TN, TT ou IT, o uso de proteção DR, mais particularmente
de alta sensibilidade (isto é, com corrente diferencial-residual nominal Idn igual ou inferior a 30 mA), tornou-
se expressamente obrigatória, com a edição de 1997 da NBR5410, nos seguintes casos:
Os dispositivos a corrente de fuga permitem o uso seguro e adequado da eletricidade reduzindo o perigo
às pessoas, além de perdas de energia e danos às instalações elétricas.
As correntes de fuga provocam riscos as pessoas, aumento de consumo de energia, aquecimento indevido,
destruição da isolação, podendo até ocasionar incêndios dependendo da situação. Os efeitos citados
podem ser interrompidos e monitorados por meio de um Dispositivo DR, Módulo DR ou Disjuntor DR.
Os Dispositivos DR (Diferencial Residual) protegem contra os efeitos nocivos das correntes de fuga à terra
garantindo uma proteção eficaz tanto à vida dos usuários quanto aos equipamentos.
Os Dispositivos cujo valor da corrente nominal residual vão até 30mA, são destinados fundamentalmente
à proteção de pessoas, enquanto os de correntes nominais residuais de 100mA, 300mA, 500mA, 1000mA
ou superiores, são destinados apenas a proteção patrimonial contra os efeitos causados pelas correntes
de fuga à terra, tais como consumo excessivo de energia elétrica ou incêndios.
A Norma Brasileira de Instalações Elétricas de Baixa Tensão – ABNT NBR 5410, define claramente a proteção
de pessoas contra os perigos dos choques elétricos que podem ser fatais, por meio do uso do Dispositivo
DR de alta sensibilidade (30mA).
Dispositivo DR ou Interruptor DR
Disjuntor DR
Módulo DR
O gráfico abaixo indica as zonas tempo x corrente e os efeitos sobre as pessoas - IEC 60479-1 (percurso
mão esquerda ao pé).
Tempo (ms)
IEC479 1
10000
Zona 1 (AC-1)
5000 Habitualmente nenhuma reação.
3000 Zona 2 (AC-2)
1000 Efeitos fisiológicos geralmente não
500
danosos.
AC-1 AC-2 AC-3 AC-4 Zona 3 (AC-3)
200
Efeitos fisiológicos notáveis (parada
100 cadíaca, respiratória, contrações
50 musculares) geralmente reversíveis.
20 Zona 4 (AC-4)
Elevada probabilidade de efeitos
10
fisiológicos graves e irreversíveis
0.1
0.2
0.5
1
2
5
10
20
50
100
200
500
1000
5000
10000
2000
(fibrilação e parada respiratória.
Corrente (mA)
A limitação no emprego de tais dispositivos reside no fato de que não podem ser empregados para proteger
instalações ou equipamentos elétricos, que apresentem, sob condições normais de operação, correntes
de fuga de valor superior aquele de operação do dispositivo, como ocorre com equipamentos, tais como,
aquecedores elétricos de água (chuveiros, torneiras de água quente, etc.), portanto para que seja possível
a utilização de dispositivos DR nestes equipamentos, é necessário que o próprio equipamento, no caso
aquecedores, sejam construídos de tal forma que a correte de fuga seja pequena. Estas características são
facilmente identificadas através das especificações fornecidas pelos fabricantes.
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Sendo:
F1 – Dispositivo DR
T – Transformador Diferencial
L – Disparador Eletromagnético
R – Carga
A – Fuga à terra
IF – Corrente secundária residual
A extra baixa tensão contempla a medida de controle que não utiliza condutores de proteção, com isso
não há como ocorrer o secionamento automático da alimentação quando da circulação de uma corrente
de curto entre a fase e a massa do circuito.
A característica principal desta medida de proteção é que mesmo durante o contato com partes
energizadas da instalação, não há circulação de correntes danosas pelo organismo humano.
De acordo com a norma NBR 5410/2004, a Extra Baixa Tensão, do inglês Extra-Low Voltage, é dividida em
“SELV - Separated Extra-Low Voltage” e “PELV - Protected Extra- Low Voltage”.
1. SELV: Sistema de extra baixa tensão que é eletricamente separada da terra de outros
sistemas e de tal modo que a ocorrência de uma única falta não resulta em risco de choque
elétrico.
2. PELV: Sistema de extra baixa tensão que não é eletricamente separado da terra mas que
preenche, de modo equivalente, todos os requisitos de um SELV.
Os circuitos SELV não têm qualquer ponto aterrado nem massas aterradas. Os circuitos PELV podem ser
aterrados ou ter massas aterradas.
• Limitação da tensão; ou
• Isolação básica ou uso de barreiras ou invólucros.
Contínua 120 V 60 V 30 V
Máxima tensões de contato em função do estado da pele do indivíduo
Barreiras e Invólucros
Aumentando a segurança
As barreiras e invólucros são destinados a impedir qualquer contato de pessoas ou animais com partes
energizadas das instalações elétricas, devendo ser robustas, fixadas de forma segura e que tenham
durabilidade, tendo como fator de referência o ambiente em que está inserido. Estas barreiras ou
invólucros somente podem ser removidos com chaves ou ferramentas apropriadas. Telas de proteção
com parafusos de fixação e tampas de painéis são exemplos destes dispositivos.
As partes vivas devem ser confinadas no interior de invólucros ou atrás de barreiras que garantam grau
de proteção.
Quando o invólucro ou barreira compreender superfícies superiores, horizontais, que sejam diretamente
acessíveis, elas devem garantir grau de proteção mínimo.
Estas barreiras ou invólucros devem satisfazer a ABNT NBR IEC 60529-2005 (Graus de proteção para
invólucros de equipamentos elétricos código IP), norma que define condições exigíveis aos graus de
proteção providos por invólucros de equipamentos elétricos e especifica os ensaios de tipo para verificação
das várias classes de invólucros.
Corpos Sólidos
Água
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Instalações onde ocorrem presença de materiais inflamáveis devem ser projetadas, operadas e mantidas
de tal forma que qualquer liberação de material inflamável, e a consequente extensão da área classificada,
seja a menor possível.
O processo de classificação de áreas é um método de análise e classificação do ambiente onde possa ocorrer
uma atmosfera inflamável, de modo a possibilitar a seleção adequada e instalação de equipamentos com
segurança compatível com o risco do ambiente, levando em conta os grupos de gás e suas classes de
temperatura.
Na maioria dos locais onde os produtos inflamáveis são utilizados, é difícil assegurar que jamais ocorrerá
a presença de uma atmosfera explosiva de gás. Pode também ser difícil assegurar que os equipamentos
jamais se constituirão em fontes de ignição. Entretanto, em situações onde exista uma alta probabilidade
de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás, a confiabilidade é obtida pelo uso de equipamentos
que tenham uma baixa probabilidade de se tornarem fontes de ignição. Por outro lado, onde houver uma
baixa probabilidade de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás, pode-se utilizar equipamentos
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Bloqueios e Impedimentos
Controlando a fera
Para trabalhos em linha viva, é obrigatório o bloqueio dos equipamentos de religamento, pois se
eventualmente houver algum acidente, um contato ou uma descarga indesejada, o circuito se desliga
através da abertura do equipamento de proteção, desenergizando-o e não religando automaticamente.
Essa ação é denominada “bloqueio” do sistema de religamento automático e possui um procedimento
especial para sua execução.
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Etiquetas de sinalização
Além desta sinalização temporária, é de suma importância que as fontes de energia de uma instalação
possuam uma sinalização contemplando os riscos presentes em sua operação.
Esta sinalização deve contemplar os riscos de choque elétrico (nível de tensão e distâncias), riscos de
arco (nível de emissão de energia e distâncias), qualificação dos profissionais, procedimentos, origem do
circuito, entre outras. Abaixo um exemplo que pode ser implementado nas instalações:
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Obstáculos e Anteparos
Dificultando o acesso ao risco
Os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes vivas, mas não o contato que
pode resultar de uma ação deliberada e voluntária de ignorar ou contornar o obstáculo.
Os obstáculos devem impedir uma aproximação física não intencional das partes energizadas, ou
contatos não intencionais com partes energizadas durante atuações sobre o equipamento, estando o
equipamento em serviço normal.
Eles podem ser removíveis sem auxílio de ferramenta ou chave, mas devem ser fixados de forma a impedir
qualquer remoção involuntária.
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Os isolamentos são elementos construídos com materiais dielétricos (não condutores de eletricidade)
que têm por objetivo isolar condutores ou outras partes da estrutura que estão energizadas, para que os
serviços possam ser executados com efetivo controle dos riscos pelo trabalhador. Esta proteção deve ser
garantida por uma isolação capaz de suportar as diversas solicitações a que estas partes condutoras são
submetidas, como mecânica, elétrica, química e térmica.
• Isolação básica: corresponde aquela aplicada a partes vivas para assegurar o mínimo de
proteção contra choques elétricos;
• Isolação suplementar: é uma isolação adicional e independente da isolação básica, destina a
assegurar proteção contra choques elétricos no caso de falha da isolação básica;
• Dupla isolação: composta por isolação básica e suplementar.
Classe 0
Somente Isolação Básica (Não recomendada). Proteção de
acordo com a proteção de isolação básica, sem proteção das
partes vivas.
Classe 01
Possuem proteção de isolação básica em todas as partes vivas,
e também terminais para aterramento das massas.
Classe 1
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Classe 2
Isolação Básica + Isolação Suplementar (Dupla Isolação).
Classe 3
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A proteção parcial por colocação fora do alcance destina-se a impedir os contatos acidentais com as
partes vivas.
Devem ser verificadas as distâncias mínimas a serem obedecidas nas passagens destinadas a operação e/
ou manutenção, quando for assegurada a proteção parcial por meio de obstáculos.
Partes simultaneamente acessíveis que apresentem potenciais diferentes devem se situar fora da zona de
alcance normal.
Pode ser verificado na NBR-5410 orientações sobre esta medida preventiva, conforme figura a seguir:
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Distância entre obstáculos, entre punhos, volantes, alavancas de dispositivos elétricos, entre obstáculos
e parede, etc: 700 mm;
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Se o componente da instalação é acessível, então não pode ser perigoso, se é perigoso, não
pode ser acessível, ou seja, deve ser colocado fora de alcance.
Distâncias mínimas a serem obedecidas nas passagens destinadas à operação e/ou manutenção desprovidas de
qualquer proteção contra contatos diretos
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Separação Elétrica
Os trafos isoladores
Uma das medidas de proteção contra choques elétricos previstas na NBR 5410, desde a edição de 1980, é
a chamada “separação elétrica.” Ao contrário da proteção por seccionamento automático da alimentação,
ela não se presta a uso generalizado, portanto isso seria inviável, na prática. Pela própria natureza, é uma
medida de aplicação mais pontual.
Para haver corrente elétrica em um circuito, é necessária a existência de uma diferença de potencial e
um caminho fechado que permita a passagem da corrente elétrica, suspendendo qualquer uma destas
condições irá ocorrer a interrupção da corrente elétrica.
A proteção por separação elétrica elimina o caminho de circulação da corrente elétrica pela terra, caso
alguma pessoa venha a entrar em contato com algo energizado. Para isto é utilizado na instalação um
transformador de separação onde, tanto o circuito primário, quanto o secundário, não são ligados a terra.
Com isso, entre os circuitos primário e secundário, não há nenhum caminho elétrico que permita a
passagem de corrente elétrica de fuga que possa causar o choque.