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DEFINIÇÃ O DE RISCO DE MERCADO

VISÃ O GERAL
O risco de mercado é o risco de perda de valor de uma carteira devido à s mudanças nos preços de
mercado.

Mantemos nossa carteira com o principal intuito de formar mercado para nossos clientes e para
nossas atividades de investimento e crédito. Deste modo, nossas mudanças na carteira baseiam-se
nas solicitaçõ es de nossos clientes e em nossas oportunidades de investimento. A contabilizaçã o de
nossa carteira é a valor de mercado e, portanto, com flutuaçã o diá ria.

As categorias de risco de mercado incluem: 

Risco de taxa de juros: resultante, principalmente, das exposiçõ es à s mudanças no nível, inclinaçã o
e curvatura das curvas de rendimentos, às volatilidades das taxas de juros e spreads de crédito.

 Risco de preço das açõ es: decorrente das exposiçõ es à s mudanças de preços e volatilidades
de cada açã o, cestas de açõ es e índices de açõ es.

 Risco de taxa de câ mbio: resultante das exposiçõ es à s mudanças nos preços à vista, preços
futuros e volatilidades das taxas de câ mbio.

 Risco de preço de commodities: decorrente das exposiçõ es às mudanças nos preços à vista,
preços futuros e volatilidades das mercadorias “commodities”.

PROCESSO DE GESTÃ O DE RISCOS DE MERCADO


Gerenciamos nossa exposiçã o aos riscos de mercado através da diversificaçã o de exposiçõ es,
controlando o tamanho das nossas posiçõ es e estabelecendo hedges econô micos relativos a títulos
ou derivativos, incluindo::

 informaçõ es precisas e atualizadas sobre a exposiçã o ao risco, incluindo mú ltiplas métricas


de risco;

 uma estrutura dinâ mica para estabelecer limites; e

 comunicaçã o constante entre as unidades geradoras de receita, os gestores de risco e a alta


administraçã o da empresa. 

A Gestã o de Riscos de Mercado, que é independente em relaçã o à s unidades que geram receitas,
está diretamente subordinada ao diretor de riscos, tem a responsabilidade principal de avaliar,
monitorar e gerir riscos de mercado.

Monitoramos e controlamos os riscos por meio de uma supervisã o rigorosa e através de funçõ es
independentes de controle e de suporte, que se estendem a todos os negó cios globais da empresa.
Os gerentes das unidades geradoras de receita sã o responsá veis pela gestã o de risco dentro de
limites pré-estabelecidos, detendo profundo conhecimento das posiçõ es, dos mercados e dos
instrumentos disponíveis para proteger as exposiçõ es.

Os gerentes das unidades geradoras de receita e os gerentes de Gestã o de Riscos de Mercado


discutem constantemente sobre informaçõ es de mercado, posiçõ es e riscos avaliados, e cená rios de
perda.

O gerenciamento de risco do Conglomerado Financeiro é funçã o integral do departamento de


Gestã o de Risco de Mercado. O Comitê de Risco Goldman Sachs Brasil, “GSBRC” se assegura do
cumprimento das exigências da regulamentaçã o do Banco Central.
Métricas de Risco
A Gestã o de Riscos de Mercado produz métricas de risco e as monitora em relaçã o aos limites de
risco de mercado estabelecidos pelos comitês de risco de nossa empresa. Tais métricas refletem
uma ampla variedade de cená rios e os resultados sã o agregados à s mesas de operaçõ es, unidades
de negó cio e à empresa como um todo.

Empregamos diversos tipos de métricas de risco para calcular a dimensã o das perdas em potencial,
tanto para movimentos de mercado suaves como para os mais extremos, dentro de horizontes de
curto e longo prazo.

 As métricas de risco usadas para horizontes de curto prazo incluem VaR (Value at Risk) e
métricas de sensibilidade.

 Para horizontes de longo prazo, nossas principais métricas de risco sã o os testes de


estresse.
Nossos relató rios de risco incluem detalhes sobre os riscos principais, os impulsionadores e as
mudanças para cada mesa de operaçõ es e para cada negó cio, sendo distribuídos para a alta
administraçã o das unidades geradoras de receita e para as á reas de suporte independentes.

SISTEMAS
Investimos fortemente em tecnologia para monitorar os riscos de mercado, incluindo:

 cá lculos independentes de VaR e métricas de estresse;

 métricas de risco calculadas por posiçõ es individuais;

 estabelecimento de métricas de risco para fatores individuais de risco de cada posiçã o;

 capacidade de produzir relató rios sobre diversas perspectivas referentes à s métricas de


risco (por exemplo, por mesa de operaçõ es, por negó cio, tipo de produto, ou por pessoa
jurídica); e

 capacidade de produzir aná lises específicas rapidamente.

VALUE-AT-RISK
VaR é a perda esperada do valor das posiçõ es de uma carteira devido a movimentos adversos no
mercado ao longo de um horizonte de tempo e dentro de um intervalo de confiança específico.

Normalmente empregamos um horizonte de um dia com 95% de confiança. Isto nos permite
observar reduçõ es no valor da carteira de posiçõ es que podem ser, no mínimo, tã o grandes quanto
o VaR registrado uma vez por mês.

O modelo de VaR captura riscos, incluindo taxas de juros, preços de açõ es, taxas de câ mbio e preços
de mercadorias. Assim, este modelo facilita a comparaçã o entre carteiras com diferentes
características de risco. O cá lculo do VaR também captura a diversificaçã o do risco agregado da
empresa.

Entre as limitaçõ es inerentes ao modelo de VaR estã o:

 nã o incluiu o cá lculo das perdas em potencial ao longo de horizontes de tempo mais


extensos, onde os movimentos podem ser extremos;

 nã o leva em conta a liquidez relativa de diferentes posiçõ es de risco; e

 Movimentos anteriores nos fatores de risco de mercado nem sempre produzem previsõ es
exatas sobre todos os movimentos futuros de mercado.
Os dados histó ricos utilizados em nossos cá lculos de VaR sã o ponderados para atribuir maior
importâ ncia a observaçõ es mais recentes e refletem as volatilidades atuais dos ativos. Isto melhora
a precisã o de nossas estimativas em relaçã o a perdas em potencial. Consequentemente, mesmo se
nã o houver alteraçã o nas posiçõ es em carteira, o VaR aumenta de acordo com a maior volatilidade
do mercado e vice-versa.Dado sua dependência de dados histó ricos, o modelo de VaR é mais eficaz
quando usado para avaliar a exposiçã o ao risco em mercados nos quais nã o ocorram mudanças
fundamentais repentinas ou mudanças inesperadas nas condiçõ es de mercado.

Avaliamos a exatidã o do nosso modelo de VaR através de backtesting diá rio (ou seja, através da
comparaçã o entre a receita líquida das operaçõ es e a métrica de VaR, calculada a partir do dia ú til
anterior) em toda a empresa e para cada um dos nossos negó cios e principais subsidiá rias

O modelo de VaR nã o inclui: 

 posiçõ es que sã o medidas e monitoradas de forma mais eficiente através de métricas de


sensibilidade; e

 o impacto das mudanças dos spreads de crédito das nossas contrapartes e nossos pró prios
spreads de crédito de derivativos, assim como o impacto das mudanças nos nossos pró prios
spreads de crédito nos empréstimos sem garantia para os quais foi escolhida a opçã o de valor
justo.

TESTES DE ESTRESSE
Utilizamos testes de estresse para analisar os riscos de carteiras específicas, bem como para avaliar
o potenciais impactos de exposiçõ es significativas ao risco em toda a empresa.

Utilizamos diversos cená rios para calcular possíveis perdas a partir de uma ampla gama de
movimentos de mercado que poderiam impactar as carteiras da empresa. Tais cená rios incluem a
inadimplência (default) de uma ú nica sociedade ou entidade soberana, o impacto de um movimento
dentro de um ú nico fator de risco sobre todas as posiçõ es (por exemplo, preços das açõ es ou
spreads de crédito), ou a combinaçã o de dois ou mais fatores de risco.

Ao contrá rio das métricas de VaR, que têm probabilidade subentendida por serem calculadas de
acordo com um intervalo de confiança, em geral nã o há qualquer probabilidade subentendida de
que nossos cená rios de testes de estresse irã o acontecer.

Os testes de estresse sã o usados para modelar tanto os movimentos moderados como os mais
extremos nos fatores de mercado subjacentes. Quando avaliamos as perdas em potencial,
normalmente presumimos que nossas posiçõ es nã o podem ser reduzidas ou protegidas
(hedgeadas), ainda que nossa experiência revele que geralmente conseguimos protegê-las.

Os cená rios de testes de estresse sã o realizados regularmente como parte da rotina de gestã o de
riscos da empresa, e sã o realizados também para um fim específico, em resposta a eventos ou
preocupaçõ es de mercado.

Os testes de estresse têm um papel fundamental no processo de gestã o de risco da empresa, pois,
através deles, podemos identificar possíveis concentraçõ es de perdas, realizar aná lises de
risco/retorno e avaliar e mitigar nossas posiçõ es de risco.

LIMITES
Utilizamos limites de risco em diversos níveis dentro da empresa para gerir o “apetite” de risco
através do controle do tamanho de nossas exposiçõ es ao risco de mercado. 
Tais limites sã o revistos frequentemente e alterados permanente ou temporariamente para refletir
as mudanças nas condiçõ es de mercado, de negó cios ou de tolerâ ncia ao risco.
O Comitê de Risco Goldman Sachs Brasil (GSBRC), estabelece os limites de risco de mercado em
vá rios níveis, para o Conglomerado Financeiro.
O intuito do limite de risco é auxiliar a alta administraçã o no controle do perfil geral de risco da
empresa. 
Os limites sã o ferramentas de gestã o criadas para garantir a comunicaçã o adequada à s instâ ncias
superiores ao invés de estabelecer tolerâ ncias má ximas de risco.

Nossos limites de risco de mercado sã o monitorados diariamente pela á rea de Risco de Mercado,
que é responsá vel pela identificaçã o e comunicaçã o oportuna de eventos nos quais os limites forem
excedidos.

Quando um limite de risco é excedido (por exemplo, devido à s mudanças nas condiçõ es de
mercado, tais como o aumento de volatilidades ou mudanças nas correlaçõ es), este evento é
comunicado, ao comitê de risco, e entã o é discutido com os respectivos gestores das posiçõ es. Como
resultado dessa discussã o, a posiçã o de risco é reduzida ou o limite de risco é permanente ou
temporariamente aumentado.

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