Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AGRADECIMENTO
Aos que vieram antes e aos que virão
ÍNDICE
As “ferramentas teóricas”, construi a partir de um certo número de leituras aprofundadas nos últimos dois
anos. Cheguei a estes autores por necessidades muito práticas e por vezes específicas, nos campos explorados
por mim nesse tempo - Rogério Haesbaert, porque em sua franca generosidade, chamou a minha atenção e a
de outros companheiros no XVIII ENAMPUR, ao demonstrar caro interesse nas possibilidades de emprego
do conceito de território como uma chave para se compreender as disputas políticas pela vida. Hermínia
Maricato, porque no mesmo evento, como rara voz capaz de articular força e urgência transformadora em
um momento de angustiante sensação de atonicidade geral, gritou para as necessidade de se olhar para as
dinâmicas especulativas de base material, vinculadas aos velhos latifundiários brasileiros, aos capitalistas
industriais, figuras tão centrais no que tange a dito “desenvolvimento econômico”* de diversos municípios
médios no interior do país. (“Tem gente lendo o 2ª livro do capital sem ter lido o primeiro”). Gilles
Deleuze e Félix Guattari para me esquivar de amigos que insistiram em me mandar ao psicanalista, ma que
acabaram por me ajudar a esquivar de todos que insistem que aceitemos um mundo dado.
e que em última instância me trouxeram até o assentamento Ho Chi Minh e Terra-Vista e que permitiram
que aqui soltasse algumas raizes.
*Aqui colocado entre aspas, dadas as críticas a essa ideia de desenvolvimento, das quais destaco dois aspectos:
O caráter homogeneizador das lógicas de desenvolver. Para um maior Desenvolvimento territorial (Saquet);
O desenvolvimento do Subdesenvolvimento (Andre Gunter-Frank, retomado nos dias de hoje por
Prefácio
Arquitetura e urbanismo como comunicação
Arquitetura
Leituras rasas e meramente estéticas-vsuais como a de Denise Scott-Brown e Robert
Venturi. Aprofundada para se compreender os processos de escrita .Ítalo Calvino.
Urbanismo
Palimpsesto, Paulo Freire
Semiologia
Sartre, Prefácio de Os condenados da terra (p. 6)
Numa palavra, o Terceiro Mundo se de-scobre e se expri~ me por meio desta voz. Sabemos que êle não é homogêneo e
que nêle se encontram ainda povos subjugados, outros que adquiriram uma falsa independência, outros que s,e-
batem para conquistar a soberania, outros enfim que obtiveram a liberdade plena mas vivem sob a constante
ameaça de uma agressão imperialista. Essas diferenças nasceram da história colanial, isto é, da opr,e-ssão. Aqui a
Metrópole contentou~se em pagar alguns feudatários; ali, dividindo para reinar, fa~ bricou em bloco uma burguesia
de colonizados; mais além matou dois coelhos de uma só cajadada: a colônia é ao mes~ mo tempo de exploração e
povoamento. Assim a Europa mul~ tiplicou as divisões, as oposições, forjou classes e por vêzes racismos, t,entou por
todos os meios provocar e incrementar a estratificação das sociedades colonizadas. Fanon não dis~ simula nada:
para lutar contra nós, a antiga colônia deve lutar contra ela mesma. Ou melhor, as duas formas de luta são uma só.
No fogo do combate, tôdas as barreiras inte~ riares devem derreter~se. A impot,e-nte burguesia de negocis~ tas e
compradat1es, o proletariado urbano, sempre privilegiado, o lumpenproletariat das favelas, todos têm de se alinhar
nas posições das massas rurais, V1e-rdadeiroreservatório do exér~ cito nacional e revolucionário; nas regiões cujo
desenvolvi~ mento foi deliberadamente sustado pelo colonialismo, o cam~ pesinato, quando se revolta, aparece logo
como a classe ra~ dical: conhe-ce a opressão nua, suporta~a muito mais que as trabalhadores das cidades e, para que
não morra de fome, precisa nada menos que de um estouro de tôdas as estruturas.
> Sobre a crucialidade da vida rural para a revolução
Ferramentas teóricas
Bomba Semiótica Micropolítica
Bomba semiótica é um elemento significativo neutro , um totem de tempos modernos difundido
na nossa aldeia global e capaz de ser inserido nas mais diversos nexos locais de significação
Micropolítica porque é uma ação que busca atingir às pessoas sem mirar o Estado. Isso não quer
dizer que os potenciais redes disparadas por esses dispositivos não possam tomar como foco a transformação
do estado.
A
Construção de uma política urbana popular a partir do rural: Experimenos na zona rural de Uberlandia
Contexto de relação urbano rural: 3 assentamentos do mst
varios assentamentos de chacaras
A cidade expande sua mancha urbana muito rápido por meio dos empreendimentos das grandes
construtoras locais e nacionais. Sobram grandes manchas de pasto na área intraurbana. e as periferias ficam
tomadas de condomínios mrv populares e residenciais de luxo, Avançando sobre o território de dinamicas
rurais-urbanas que existe nessas bordas.
Métoodo:
O espirito do cristianismo popular como ferramenta de postura ética para a discussão política
Território como constituição híbrida de rural e urbano simultaneos.
Hipótese:
As pessoas que constituem suas vidas nessas área limite da cidade (assentementos apresentados previamente
nesse trablaho)para além das motivos do processo de periferização, já bem descritos nas metrópoles, tem um
interesse em constitui-la ali. A partir disso, na pratica, ir atras se elas tem de fato, e o que as atrai pra ali.
Mais aprofundadamente, elas tem ali uma certa autonomia para se relacionar com a vida urbana
(hegemonica), no sentido de vender ovos, e outros alimentos, ir à igreja,... mas elas nao dependem
cotidianamente das deinamicas de mercado global, e é como se elaspudessem escolher entre ir a cidade 1, 2
ou 3 vezes na semana. Eu to falando no caso de assentamentos colados mesmo no ultimo bairro da cidade,
mas que detem caractericsticas muito diversas da forma urbana tradicional. ´Grandes áreas de mata nativa,
grandes lotes semii-produtivos, p
articulação da zona rural