Você está na página 1de 19

minhavida.com.

br

Transtorno bipolar: O que é, Sintomas


e Tratamentos
25-34 minutes

Visão Geral

O que é Transtorno bipolar?

O que é bipolar?

O transtorno bipolar é uma doença que causa alterações no


comportamento e leva uma pessoa a oscilar entre momentos de
felicidade e depressão repentinamente. As chamadas "oscilações
de humor" significam alternâncias entre a mania (estado eufórico)
para um estado depressivo. A frequência é variada, assim como a
intensidade do quadro que pode ser leve, moderada ou grave.

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

O que é transtorno bipolar?

Existem diferentes tipos de transtorno bipolar e todos eles afetam


os níveis de humor, energia e eficiência do indivíduo. Sendo assim
é possível que a pessoa manifeste estados de humor variados, que
podem ser extremamente enérgicos (conhecidos como episódios
maníacos) ou muito tristes e sem energia (fase depressiva).
Podem ocorrer estados mais brandos, também conhecidos como
hipomania.
Os episódios de alteração de humor podem acontecer em espaços
de tempo variados, - raramente ou várias vezes ao ano.

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

Ainda que o transtorno bipolar seja uma condição que não tem
cura, é possível controlar as alterações de humor com
medicamentos específicos e acompanhamento psicológico
(psicoterapia).

Quando um paciente com transtorno bipolar está sem tratamento


cada fase pode durar de três a seis meses, depois existe uma fase
de normalidade que é variável e posteriormente uma fase de
euforia que também pode durar de três a seis meses. Com
tratamento adequado este período pode ser abreviado.

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

Fases do Transtorno Bipolar

Existe a crença de que o transtorno bipolar envolva apenas


períodos de extrema alegria, seguidos por muita tristeza, porém, a
verdade é que os episódios dentro do espectro podem apresentar
características não tão simples de identificar:

Mania

A euforia (ou mania) é uma das fases do Transtorno Bipolar e


caracteriza-se por um estado de exaltação do humor, com aumento
de energia, sem qualquer relação com o momento que o indivíduo
está vivendo. Nesse período do transtorno bipolar, o paciente não
está deprimido e nem alegre por um motivo especial, mas
apresenta humor eufórico, irritável ou mesmo jocoso ou arrogante.
Mania de grandeza também é muito comum. Em geral, a mudança
do comportamento na euforia é súbita, mas o indivíduo não
percebe a sua alteração ou a atribui a algum fator do momento. O
senso crítico e a capacidade de avaliação objetiva das situações
ficam prejudicados ou ausentes, com explosões de raiva e fúria.

Hipomania

Uma outra fase que uma pessoa bipolar pode experimentar é a


chamada hipomania, que seria um estado de mania mais leve e
que traz menos prejuízo. Geralmente, a hipomania acarreta em um
funcionamento acelerado, porém produtivo para o paciente. Muitos
não identificam que estão em fase hipomaníaca, nivelando esse
período como a fase eutímica. Esse ponto é importantíssimo, pois
muitos pacientes, quando estão entrando em hipomania (podendo
evoluir para a mania ou não) são resistentes quanto a manter o
tratamento e muitas vezes param com a medicação, o que se torna
um grande problema para estabilizar o transtorno.

Depressão

As fases de depressão dentro do transtorno bipolar também são


consideradas um subtipo de depressão. Existe a depressão bipolar
tipo 1, que é intercalada com episódios de mania, e a tipo 2, na
qual os episódios fora da depressão tem uma euforia um pouco
menos intensa. Os sintomas apresentados na fase de depressão
são os mesmos de um episódio depressivo: humor deprimido, falta
de energia, falta de iniciativa e vontade, falta de prazer, alteração
do sono, alteração do apetite, lentidão do pensamento, lentidão
motora. Já nas fases de euforia, o paciente pode apresentar
sintomas como: agitação, ocupação com diversas atividades,
obsessão com determinados assuntos, aumento de impulsividade,
aumento de energia, desatenção e hiperatividade. A pessoa com
esse quadro geralmente acha que está bem e saudável.

Sintomas

Sintomas de Transtorno bipolar


Quais os sintomas do transtorno bipolar?

Os sintomas de transtorno bipolar depende do tipo exato da


doença e costumam variar de pessoa para pessoa. Para alguns, os
picos de depressão são os que causam os maiores problemas.
Para outros, a preocupação é maior durante os picos de mania.
Pode acontecer, também, de sintomas de depressão e hipomania
acontecerem ao mesmo tempo. Confira os principais sinais do
transtorno bipolar:

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

Sintomas do transtorno bipolar na fase maníaca

Distrair-se facilmente

Redução da necessidade de sono

Capacidade de discernimento diminuída

Pouco controle do temperamento

Compulsão alimentar, beber demais e/ou uso excessivo de drogas

Manter relações sexuais com muitos parceiros

Gastos excessivos

Hiperatividade

Aumento de energia

Pensamentos acelerados que se atropelam

Fala em excesso

Autoestima muito alta (ilusão sobre si mesmo ou habilidades)

Grande envolvimento em atividades

Grande agitação ou irritação.


A fase maníaca do transtorno bipolar pode durar dias e até mesmo
meses. Os sintomas acima são mais comuns em pessoas que tem
o tipo 1 da doença. No tipo 2, os sinais são similares, mas menos
intensos.

Sintomas do transtorno bipolar na fase depressiva

Desânimo diário ou tristeza

Dificuldade de se concentrar, de lembrar ou de tomar decisões

Perda de peso e perda de apetite

Comer excessivamente e ganho de peso

Fadiga ou falta de energia

Sentir-se inútil, sem esperança ou culpado

Perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas

Baixa autoestima

Pensamentos sobre morte e suicídio

Problemas para dormir ou excesso de sono

Afastamento dos amigos ou das atividades que antes eram


prazerosas.

O risco de tentativas de suicídio em pessoas com transtorno


bipolar é grande. Os pacientes podem abusar do álcool ou de
outras substâncias, piorando os sintomas.

Em alguns casos, as duas fases se sobrepõem. Os sintomas


maníacos e depressivos podem ocorrer juntos ou rapidamente um
após o outro. Isso recebe o nome de estado misto.

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

As oscilações de humor podem ocorrer também de acordo com a


estação do ano. Algumas pessoas, por exemplo, possuem picos de
mania ou hipomania durante a primavera e o verão (estações mais
quentes), e sintomas de depressão durante as estações mais frias,
como o outono e o inverno. Para outras pessoas, acontece o
oposto.

As mudanças de humor podem acontecer com mais frequência em


algumas pessoas, com oscilações acontecendo de quatro a cinco
vezes por ano e, em alguns casos, até mesmo várias vezes ao dia.

Episódios de mania e depressão podem resultar também em


psicose, doença em que há perda de contato com a realidade.

Transtorno bipolar começa na adolescência

O transtorno bipolar começa tipicamente na adolescência ou início


da idade adulta e continua ao longo da vida. Muitas vezes não é
reconhecido como uma doença e os pacientes podem sofrer por
anos ou décadas sem o diagnóstico.

O transtorno bipolar é muitas vezes difícil de identificar e


diagnosticar. Uma razão é a hipomania, que é um sinal precoce da
doença. A hipomania pode levar a pessoa a ter um alto nível de
energia, pensamentos grandiosos ou ideias e comportamentos
impulsivos. Estes sintomas podem até fazer a pessoa se sentir
bem de alguma forma, levando a uma negação da existência de
um problema. Outra razão para a falta de reconhecimento é que o
transtorno bipolar pode aparecer com sintoma de outras doenças
ou pode ocorrer em paralelo com outros problemas, como abuso
de substâncias, problemas de comportamento irregular na escola
ou em seu local de trabalho.

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

Diferença entre transtorno bipolar e mudança de


humor comum

É importante salientar que humor linear, totalmente equilibrado


(eutímico) é algo que quase ninguém tem. Todos podem
apresentar oscilações no estado de humor devido a fatores
externos e até a fatores de ordem interna (como a TPM nas
mulheres). Entretanto essas oscilações não configuram
necessariamente em um quadro de bipolaridade. É possível
acordar bem e, ao final da tarde, estar de mau humor. Essa
oscilação ao longo de um dia não é transtorno bipolar.

O conceito de bipolaridade consiste na permanência no estado de


euforia ou sintomas depressivos por um período superior a três
semanas e de forma constante e progressiva, o que não raro pode
levar à uma internação para tratamento.

Visão Geral

Tipos

Além disso, pessoas com episódios maníacos podem manifestar


comportamentos que destoam do habitual, como gastar muito
dinheiro, ter mais relações sexuais, ter planos e ideias irreais e
perder o contato com a realidade.

O que é bipolar tipo 1?

Nesse tipo de transtorno bipolar, o paciente apresenta ciclos


definidos, no qual é possível identificar pelo menos um episódio
maníaco e períodos de depressão profunda. Durante um episódio
maníaco uma pessoa com transtorno bipolar pode manifestar tanto
euforia quanto irritabilidade.

Muitas pessoas com transtorno bipolar 1 passam longos períodos


sem sintomas entre os episódios da doença. Algumas pessoas
podem manifestar sintomas rápidos de mania e depressão.
Também é possível que manifestem características mistas, com
sintomas maníacos e depressivos ocorrendo simultaneamente ou
podem alternar entre um pólo e outro no mesmo dia.

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

Os episódios depressivos são similares à depressão convencional,


com baixa energia, sentimentos de culpa e tristeza.

O que é bipolar tipo 2?

Pessoas com transtorno bipolar tipo 2 não possuem ciclos de


oscilação tão definidos quanto os pacientes tipo 1. Isso porque
nesse tipo de condição as mudanças de humor são mais sutis.
Além disso, é importante dizer que nesse ciclo o paciente não
atinge a mania completa e manifesta com mais frequência
episódios de depressão.

Durante um episódio de oscilação a pessoa com transtorno bipolar


tipo 2 pode achar que está melhorando da depressão, por estar
mais sociável e com disposição. No entanto, esse aumento de
euforia, na verdade, são desequilíbrios bioquímicos que
contribuem para que aconteçam novas depressões no futuro.

Como nesse tipo de transtorno as alterações não são muito


evidentes, pode acontecer de o psiquiatra pedir para conversar
com um parente ou uma pessoa próxima do paciente, a fim de
obter um outro ponto de vista sobre o caso em questão.

Ciclotimia

Uma forma leve de transtorno bipolar chamada ciclotimia envolve


oscilações de humor menos graves. Pessoas com essa forma
alternam entre hipomania e depressão leve. As pessoas com
transtorno bipolar do tipo II ou ciclotimia podem ser diagnosticadas
incorretamente como tendo apenas depressão.

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)


NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

Causas

A exata causa do transtorno bipolar ainda é desconhecida, mas a


ciência acredita que diversos fatores possam estar envolvidos nas
oscilações de humor provocadas pela doença, como:

Peculiaridades biológicas

Pessoas com transtorno bipolar parecem apresentar diferenças


físicas em seus cérebros, o que pode levar os cientistas a
descobrirem as causas exatas da doença.

Neurotransmissores

Um desequilíbrio entre os neurotransmissores parece ser um


importante fator nas causas do transtorno bipolar.

Hormônios

Desequilíbrio hormonal também está entre as possíveis causas.

Hereditariedade

Pessoas que tenham parentes com histórico de transtorno bipolar


são mais suscetíveis à doença, o que leva muitos cientistas a
acreditarem que a genética possa estar envolvida nas causas da
doença.

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

Meio ambiente

Fatores exógenos, como estresse, abuso sexual e outras


experiências traumáticas (como a morte de algum ente querido),
também podem estar relacionadas ao desenvolvimento do
transtorno bipolar.

Fatores de risco

Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento de


transtorno bipolar. Confira:

Histórico familiar da doença

Estresse intenso

Uso e abuso de drogas recreativas e/ou álcool

Mudanças de vida e experiências traumáticas

Ter entre 15 e 25 anos.

Homens e mulheres possuem as mesmas chances de desenvolver


a doença.

Diagnóstico e Exames

Buscando ajuda médica

Vá acompanhado de um parente, amigo ou pessoa de confiança. A


ajuda médica é importante para garantir a qualidade de vida de
uma pessoa com transtorno bipolar. É perfeitamente possível ter
uma vida normal mesmo tendo a doença. O tratamento, no
entanto, é indispensável e deve ser seguido à risca.

NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;)

Mas antes, para facilitar o diagnóstico, anote todos os seus


sintomas e descreva-os ao médico em detalhes. A conversa com
um especialista é primordial para que este possa realizar o
diagnóstico. Tire todas as suas dúvidas sobre seus sintomas e as
possíveis causas, siga à risca as orientações médicas e saiba
responder corretamente as perguntas que poderão lhe ser feitas.
Veja exemplos:

Quando você começou a sentir sintomas de depressão e


mania/euforia?
Com que frequência você sofre de oscilações de humor?

Você já pensou em suicídio?

Qual a intensidade de seus sintomas? Eles são ocasionais ou


frequentes?

Seus sintomas inferem na sua qualidade de vida, em suas


atividades diárias, no trabalho ou em seus relacionamentos?

Há histórico de transtorno bipolar em sua família?

Você faz uso de drogas recreativas, álcool ou cigarros?

Quantas horas você costuma dormir à noite?

Você passou por alguma experiência traumática recentemente?

Houve alguma mudança significativa em sua vida recentemente?

Na consulta médica

Procure imediatamente por auxílio médico se:

Você estiver tendo pensamentos de morte ou suicídio

Você apresentar sintomas graves de depressão ou mania

Você tiver sido diagnosticado com transtorno bipolar e seus


sintomas tiverem voltado ou você apresentar novos sintomas

Tenha em mente que transtorno bipolar não desaparece sozinho e


que o tratamento é imprescindível para garantir a qualidade de vida
do paciente e levá-lo à recuperação.

Diagnóstico de Transtorno bipolar

Quando há suspeita de transtorno bipolar, os médicos geralmente


recomendam uma série de exames e testes, que poderão
confirmar o diagnóstico por meio da eliminação de possíveis outras
causas. Além disso, os exames poderão identificar possíveis
complicações decorrentes da doença.

O caminho para o diagnóstico geralmente começa com um exame


físico e testes laboratoriais, com exames de urina e de sangue.
Depois, o paciente é encaminhado para uma análise psicológica. O
médico observará por algum tempo o padrão de comportamento do
paciente, bem como suas possíveis alterações de humor.

Se houver suspeita de que outras doenças possam estar causando


os sintomas descritos pelo paciente, o médico deverá solicitar a
realização de exames específicos, mas estes costumam depender
de pessoa para pessoa.

Uma conversa sobre o histórico médico do paciente e de sua


família também podem ajudar a confirmar o diagnóstico.

Diagnóstico do transtorno bipolar

Uma conversa sobre o histórico médico do paciente e de sua


família também podem ajudar a confirmar o diagnóstico.

Tratamento e Cuidados

Tratamento de Transtorno bipolar

O tratamento para transtorno bipolar costuma durar por muito


tempo, até mesmo anos. Ele costuma ser feito por diversos
especialistas de várias áreas – como psicólogos, psiquiatras e
neurologistas. A equipe médica, primeiramente, tenta descobrir
quais são os possíveis desencadeadores da alteração de humor.
Também podem ser investigados os problemas médicos ou
emocionais que influenciam no tratamento.

Tratamento do transtorno bipolar

Confira algumas formas comuns de tratamento do transtorno


bipolar:

Hospitalização, caso o paciente tenha comportamento perigosos,


que ameace a própria vida e a de outras pessoas

Uso diário de medicamentos para controle das alterações de


humor costuma ser uma prática bastante indicada no início do
tratamento

Quando os sintomas já estão controlados, o tratamento avança e o


foco passa a ser manter as alterações de humor do paciente
estáveis

Se o caso do paciente for de dependência física ou psíquica de


substâncias como álcool, drogas ou cigarro, o tratamento também
deverá também reabilitar o paciente desses vícios.

Mas atenção: os períodos de depressão e mania voltam a ocorrer


na maioria dos pacientes, mesmo sob tratamento. Os principais
objetivos da terapia para transtorno bipolar são:

Evitar a alternância entre as fases

Evitar a necessidade de hospitalização

Ajudar o paciente a agir da melhor maneira possível entre os


episódios

Impedir comportamento autodestrutivo e suicídio

Reduzir a gravidade e a frequência dos episódios

A psicoterapia é uma outra parte vital do tratamento de transtorno


bipolar. Neste sentido, vários tipos de terapia podem ser úteis.
Estes incluem:

Terapia cognitiva comportamental

Psicopedagogia

Terapia familiar.

Medicamentos

Medicamentos antipsicóticos e antiansiedade para problemas de


humor costumam ser prescritos pelos médicos, bem como
remédios antidepressivos. As pessoas com transtorno bipolar têm
mais chance de apresentar episódios maníacos ou hipomaníacos
se tomarem antidepressivos. Por essa razão, os antidepressivos só
são receitados para as pessoas que também estão tomando um
estabilizador de humor.

Terapia eletroconvulsiva

A terapia eletroconvulsiva (TEC) pode ser usada para tratar a fase


maníaca ou depressiva de um transtorno bipolar caso não haja
resposta aos medicamentos. A TEC usa uma corrente elétrica para
causar uma breve convulsão enquanto o paciente está
anestesiado. A TEC é o tratamento mais eficaz no caso das
depressões que não são amenizadas com medicamentos.

Tratando crianças e adolescentes

Para crianças e adolescentes com transtorno bipolar são prescritos


os mesmos tipos de medicamentos utilizados em adultos. No
entanto, ainda há pouca pesquisa sobre a segurança e eficácia dos
medicamentos para transtorno bipolar em crianças. Os tratamentos
são geralmente decididos analisando caso por caso, dependendo
dos sintomas, dos efeitos colaterais dos medicamentos e de outros
fatores. Assim como acontece com os adultos, a ECT pode ser
uma opção para os adolescentes com sintomas de transtorno
bipolar 1 graves ou para os quais os medicamentos não
demonstram eficácia. A maioria das crianças diagnosticadas com
transtorno bipolar necessitam de aconselhamento como parte do
tratamento inicial, para evitar a recorrência dos sintomas.

Psicoterapia, juntamente com um trabalho dos pais e professores,


podem ajudar as crianças a desenvolver e resolver problemas
sociais. A psicoterapia também pode ajudar a fortalecer os laços
familiares e de comunicação entre os membros da família com a
criança ou adolescente. Ela também pode ser necessária para
resolver problemas de abuso de substâncias, como drogas e
álcool, comum em adolescentes mais velhos com transtorno
bipolar.

Medicamentos para Transtorno bipolar


Os medicamentos mais usados para tratar os sintomas de
transtorno bipolar são:

Aripiprazol

Bromazepam

Carbonato de Litio

Clonazepam

Carbolitium

Clopam

Depakote

Lexotan

Mirtazapina

Olanzapina

Risperidona

Rivotril

ZAP.

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado


para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do
tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e
NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento
sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou
em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as
instruções na bula.

Convivendo (prognóstico)

Convivendo/ Prognóstico

O paciente com transtorno bipolar provavelmente vai precisar fazer


muitas mudanças de estilo de vida para parar com as oscilações
de comportamento. Aqui estão algumas medidas que devem ser
tomadas e que ajudarão a acelerar a recuperação e tornarão o
prognóstico mais tolerável:

Largue vícios

Pare de beber ou de usar drogas, mesmo que seja somente para


uso recreativo. Uma preocupação com o transtorno bipolar são as
consequências negativas de comportamentos de risco e abuso de
drogas ou álcool. Obtenha ajuda se você tiver problemas para sair
por conta própria.

Relacione-se com pessoas positivas

Fique longe de relacionamentos que não sejam saudáveis e que


não lhe façam bem. Cerque-se de pessoas que são uma influência
positiva e evite aquelas que incentivam maus comportamentos ou
atitudes que possam agravar os sintomas de transtorno bipolar.

Faça exercícios físicos regularmente

A atividade física regular e moderada pode ajudar a estabilizar o


seu humor. Trabalhar fora de casa libera substâncias químicas no
cérebro chamadas endorfinas que fazem você se sentir bem e que
podem ajudar a dormir, além de trazerem uma série de outros
benefícios. Verifique com seu médico e personal trainer antes de
iniciar qualquer plano de exercícios, especialmente se você está
tomando alguns medicamentos. A atividade física é importante,
mas não pode interferir no uso de remédios indispensáveis para o
transtorno bipolar.

Durma bem

Dormir o suficiente é essencial para controlar as oscilações de


humor. Se você tiver problemas para dormir, fale com o seu médico
sobre o que você pode fazer a respeito.

Como lidar com uma pessoa bipolar?


É importante que não exista qualquer discriminação ou rótulo do
tipo: "você é doente", "você é um bipolar", "não dá para confiar,
pois nunca sabemos quando vai adoecer" e outras observações
negativas nestes sentido.

Os cuidados básicos são conduzi-lo a uma vida normal, sendo


suporte nos períodos de crise ou de surto e ajudando na
reinserção social logo que a crise seja controlada. Estarem atentos
aos possíveis "gatilhos" desencadeadores de crises e, através de
um diálogo construtivo, fazer com que o próprio paciente enxergue
isto sem qualquer vergonha. Acompanhá-lo e incentivá-lo a um
tratamento seguro e eficaz.

A família deve se lembrar de pedir apoio também ao profissional


que cuida de seu familiar, que poderá orientá-los melhor com todas
as dúvidas ou incertezas. Além disso, a ciência tem evoluído
bastante e contamos com novos agentes terapêuticos que já
conseguem dar um nível e qualidade de vida muito bom aos
portadores do transtorno bipolar que efetivamente se tratam e tem
a compreensão e o apoio familiar.

Complicações possíveis

Se não for tratado, transtorno bipolar pode levar a complicações


graves, como:

Dependência física, química e psíquica de substâncias como


álcool, cigarro e drogas

Problemas legais e com a justiça

Problemas financeiros

Problemas e tensões em relacionamentos e outras relações


pessoais

Isolamento e solidão

Problemas profissionais e fraco desempenho no trabalho, na


escola e nos estudos em geral
Suicídio.

Transtorno bipolar tem cura?

Os medicamentos estabilizadores de humor podem ajudar a


controlar os sintomas do transtorno bipolar. Entretanto, os
pacientes geralmente precisam de ajuda e apoio para tomar os
medicamentos corretamente e garantir que os episódios de mania
e depressão sejam tratados o mais rápido possível.

Algumas pessoas param de tomar o medicamento assim que se


sentem melhores ou porque a mania traz uma sensação boa. Parar
de tomar o medicamento pode causar problemas sérios.

O suicídio é um risco real durante a mania e a depressão. Pessoas


com transtorno bipolar que pensam ou falam sobre suicídio
precisam de atendimento médico de emergência.

Referências

Sociedade Brasileira de Psiquiatria

Gabriela Tizeli, psicóloga com pós-graduação na PUCRS:


mestrado em Neurociências e Ciências da Saúde

Carlos César Petruy, psicólogo pela Faculdade Evangélica do


Paraná

Persio Ribeiro Gomes de Deus, psiquiatra credenciado pelo


Hospital Albert Einstein, pesquisador na área de Neurociências
pelo MackPesquisas e pelo CNPQ

Evelyn Vinocur, psiquiatra com título de Especialista em Psiquiatria


e Especialista em Psiquiatria (UERJ) e mestre em Neuropsiquiatra
(UFF)

Mario Louzã, psiquiatra e doutor em Medicina pela Universidade de


Würzburg (Alemanha)

Jessye Cantini, psicóloga e mestre em Saúde Mental (Instituto de


Psiquiatria/UFRJ), especialista em Terapia Cognitivo-
Comportamental (CPAF-RJ/AVM)

Diego Tavares psiquiatra e pesquisador do Hospital das Clinicas de


São Paulo

Você também pode gostar