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conflitos, angústias, incertezas, sentimentos mil que, muitas vezes, não são
bem vistos e compreendidos pela sociedade. Pensando nessa população
crescente em nossa cidade, elaboramos o Projeto Oficina das Emoções para
oferecer aos adolescentes um espaço de reflexão e discussão em relação ao
Ser de cada sujeito em desenvolvimento, a formação de seus valores, atitudes
e crenças, bem como suas dificuldades e convivência familiar e social. Assim,
ao jovem lhe será oferecido um ambiente de construção, reflexão, de re-
significação de seus conflitos e anseios, o que lhes facilitará a aquisição de
novas informações e conteúdos, além de despertar o desejo pelo aprender a
ser e fazer diferente ao que lhe é rotineiro e habitual.
Com o objetivo de quebrar os tabus que existem na sociedade acerca de transtornos mentais e
suicídio, principalmente entre os adolescentes, acadêmicos de Psicologia deram continuidade
as oficinas com intuito de levar esclarecimentos aos alunos do ensino médio da escola
Estadual Hamilton Lopes.
“O tema: “Isso não é Frescura” apresenta um pouco da ansiedade, depressão e outros
transtornos. “Nós escolhemos este tema porque queríamos mostrar que não é uma bobagem,
além disso, alertamos também sobre a prevenção ao suicídio aproveitando o tema do
Setembro Amarelo”, diz Cássio Henrique Santos Pereira, aluno do 6º período de Psicologia.
“As oficinas fazem parte do projeto Biotemas que envolve várias instituições de ensino superior,
o principal objetivo é o de divulgar os campos de atuação da psicologia e, consequentenente,
ajudarem o outro. Para que isso aconteça alunos da Funorte abraçaram essa causa e criaram
o tema para trabalhar nas escolas”, ressalta Ted Nobre, coordenador da Clínica Escola de
Psicologia da Funorte
O grupo da escola me salvou — afirma D. — Percebi que havia muitos na mesma situação. Guardar o que
sentimos é muito ruim, uma tortura psicológica. Meu pai, principalmente, tem dificuldade de aceitar. Ele
fala que eu não tenho depressão, que é frescura minha. Sou acolhida na escola. Para quem enfrenta o que
enfrentei, digo para procurarem ajuda rápido com um responsável ou um familiar que confie, porque sofrer
Os estudantes estão divididos em grupos por faixa etária e situações específicas. Cada encontro começa
com a mesma pergunta, respondida por quem sentir vontade: como foi a tua semana? As professoras
também reúnem no WhatsApp os estudantes que fazem parte das rodas de conversa: muitos deles não
FABÍOLA SILVEIRA
Professora e psicóloga
— A questão afetiva é muito séria. O relato deles é de se sentirem filhos fantasmas dentro de casa.
Lamentam jamais terem recebido um abraço do pai ou da mãe, ou nunca terem ouvido uma palavra de
incentivo. Trabalhamos para que os filhos deem o primeiro passo, aquele abraço que está guardado há
muito tempo. E o resultado é que temos recebido relatos lindos de reencontro dentro de casa entre mães e