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RELATÓRIO ATIVIDADES COM AS TURMAS DO 9° AO EM

Estágio A – Educacional e Ética (Psicologia)


Instituto Estadual de Educação Marcílio Dias – Torres/RS
Estagiário: Adriano Bitencourt
3º Encontro (9° EF, 101 e 102 EM)
Data: (09/05 – 9° / 06/06 – 101 / 04/05 – 102)
Atividade: Dinâmica – Minha marca pessoal
Objetivos: Desenvolver o autoconhecimento por meio da imagem que o jovem
tem de si mesmo.
Local: Sala 205
Duração: 50 minutos
Desenvolvimento: Após todos os alunos estiverem na sala perguntar aos
jovens:
 O que eles entender por autoconhecimento e o que isso significa para eles;
 Porque acham que é importante desenvolver autoconhecimento e por que.
Deixar que respondam e conversem sobre por alguns instantes.
Falar que já trabalhamos o autoconhecimento, o que é e sua importância.
Agora nós vamos trabalhar ele a partir das marcas, do marketing, da
propaganda.
 Pedir que os jovens falem das marcas que gostem muito;
 Perguntar se esta marca tem uma imagem, logo ou slogan;
 Isso tudo traz uma identidade para este produto que o diferencia dos
outros?;
 Essa identidade diz algo a respeito sobre o que este produto ou serviço
oferece?;
 Entregar para cada um uma folha de oficio e pedir que façam um desenho
que os defina. Um desenho que ao ser olhado consigamos ver ali as
características que constituem o jovem;
 Orientar que eles podem começar o desenho por onde quiserem:
personalidade, físico, o que gosta ou não, talentos, sonhos;
 Sairá desenhos variados. Falar que podem se expressar livremente a partir
das orientações dadas;
 Pedir que cada jovem apresente seu desenho e fale um pouco sobre o que
ele representa.
 10 minutos de introdução;
 10 minutos desenhando;
 30 minutos de partilha.
Considerações 9° EF: Neste encontro percebi que os alunos participaram bem
do encontro. Estavam atentos a minha fala e adoraram desenhar. Tive que
estipular um tempo para o desenho. Alguns alunos ficaram paralisados ao
terem que fazer a sua própria marca trazendo características suas como pedia
a atividade. Senti que muitos não tinham uma ideia formada sobre quem são,
seus traços fortes, dificuldades, personalidade, por não ser algo que pensam
com frequência. Ao finalizar os desenhos, pedia que passassem o desenho
para o lado para que cada colega pudesse observar e ver. Como o tempo ficou
apertado devido o horário do lanche, recolhi os desenhos para que
pudéssemos finalizar nossa discussão no próximo encontro dia 18/05.
Acredito ter alcançado parcialmente os objetivos do encontro.

Considerações 101 EM: Este foi o último encontro com esta turma. Antes de
realizar o encontro pontuei o que faríamos nele: atividade de
autoconhecimento, avaliação dos encontros e entrega de lembrancinha para os
alunos. Quando disse que seria o último encontro percebi que alguns alunos
manifestaram que gostariam que tivessem mais encontros. Durante o
andamento da atividade, que foi realizada na rua, senti que o campo ficou um
pouco afetado pela movimentação que tinha no pátio da escola. Alguns alunos
não entraram na dinâmica, fazendo ela de qualquer forma. Creio que neste
encontro não tenha conseguido seguir os passos certinho e levar os jovens a
conectar-se consigo mesmos e assim se expressar pelo desenho e pela fala.
Realizada a fala e feita a avaliação, agradeci os jovens pela participação nos
encontros e entreguei um doce para cada um. Um jovens no final veio
conversar comigo perguntando se um dia voltaria para a escola, senti que ele
queria falar mais sobre os temas que abordamos nos encontros.

Considerações 102 EM: No dia planejado, busquei a turma na sala de aula.


Professor perguntou se precisava participar da atividade e eu acabei deixando
ele a vontade para ir ou não, o mesmo optou por ir encaminhar outras coisas.
Acolhida a turma na sala de aula, dei início a dinâmica. Notei que a turma
estava feliz por tê-los livrados da aula de física. Salientei que não era porque
não estavam na aula de física que exigiria deles a postura e participação da
atividade. Os alunos salientaram que eu devia ter participado da reunião que
tiveram nos primeiros períodos. Foi realizado uma convocação dos pais para
uma reunião devido o comportamento da turma e algumas atitudes descritas
como preconceituosas e atitudes de bullying. Eles relataram que a reunião foi
bem tensa e que até os pais ficaram debatendo um com o outro, fato que a
coordenação me confirmou depois. Não adentrei tanto a este assunto e dei
sequência ao encontro trabalhando o autoconhecimento a partir do objetivo do
encontro. Todos participaram da atividade falando das marcas que conhecem e
elaborando um desenho que os representasse. Deste encontro destaco um
jovem que tem me chamado bastante a atenção, pois está sempre de capuz e
apresenta uma certa apatia diante das propostas, assim como uma certa
expressão de deboche. Este jovem desenhou um travesseiro e uma cifra de
música relatando que isso o definia. Fiquei curioso e com vontade de conhecer
melhor a realidade dele. De modo geral os jovens focaram no desenvolvimento
dos desenhos de si mesmo, assim como todos explicaram para os demais seu
significado. Relataram que não foi tão fácil criar eles, mais que ajudou a pensar
mais sobre suas vidas. Creio que tenha alcançado os objetivos deste
encontro.
(Falar sobre minhas percepções / Objetivos alcançados, alcançados parcialmente, não
alcançados)

3º Encontro (201, 202, 301, 302 EM)


Data: (02/05 – 201 e 202 / 09/05 – 301 / 18/05 - 302)
Atividade:
 Exposição oral;
 Desenho orientado;
 Técnica de relaxamento/ meditação guiada.
Objetivos:
 Desenvolver o autoconhecimento dos jovens;
 Estimular a auto percepção das motivações que os movem a fazer suas
escolhas;
 Analisar características pessoais, potencialidades e dificuldades pessoais;
 Levar os jovens a uma profunda reflexão sobre suas vidas ao longo do
tempo e como cada experiência impacta na hora da escolha.

Local: 205
Duração: 50 minutos
Desenvolvimento:
Técnica 01: Autorretrato Desenhado
Solicitar que sentem em círculo e numa folha A3 desenhe uma figura humana
de frente, da cabeça aos pés. Ao terminar colocar o desenho a sua frente.
Solicitar que contemple a figura, entre em contato com ela, lhe dê uma
identidade, vida e um nome. Pedir que cada um responda por escrito no seu
desenho as solicitações abaixo:

 Saindo da cabeça do personagem, fazer um balão e escrever três ideias


que ninguém irá modificar;
 Saindo de sua boca, fazer um balão como uma frase que foi dita e da qual
se arrepende e outra frase que precisa ser dita e ainda não foi;
 Do coração, sair uma seta, indicando três paixões que não vão extinguir.
Chamar a atenção do grupo para o fato de que o objeto da paixão não
precisa ser necessariamente alguém, podendo se tratar de uma ideia, uma
atividade, entre outros.
 Na mão direita do personagem, escrever um sentimento que este tem
disponível para oferecer;
 Na mão esquerda, escrever algo que ele tem necessidade de receber;
 No pé direito, escreva uma meta que ele deseja alcançar;
 No pé esquerdo, escreva os passos que precisa dar em relação a essa
meta.

Quando todos terminar, pedir que contemplem novamente os personagens e


percebam os pontos semelhantes e diferentes entre ambos. Solicitar que
escrevam no verso da folha as semelhanças e diferenças encontradas. Logo
após, realizar uma grande plenária, na qual cada um irá apresentar para o
grupo seu personagem na terceira pessoa, falando das semelhanças e
diferenças que os ligam. O coordenador deve ir pontuando os aspectos
importantes na fala de cada um.
Comentário: Ao fazer o retrato solicitado e lhe dar vida, o adolescente irá
refletir sobre sua própria vida. Está atividade tende a ser muito rica, prazerosa,
leve e descontraída. Entretanto, pode ser que conteúdos pessoais mais
profundos emerjam, favorecendo a expressão de emoções intensas. Nestes
momentos, o trabalho acaba assumindo uma outra dimensão, e o coordenador
deve estar preparado para não temer estas emoções, mas sim acolher e
escutá-las, sempre acreditando que elas são um canal que possibilita ao
adolescente o encontro consigo mesmo. Conteúdos da vida privada não devem
ser estimulados. Se o grupo fizer perguntas mais intimas, o coordenador deve
informar ao adolescente que ele tem o direito à privacidade, que pode silenciar
sem que isso represente desconfiança ou afastamento do grupo.
Técnica 02: Viagem no tempo (se der tempo)

Orientar que todos se acomodem na posição mais confortável possível (se o


local disponibiliza colchonetes, pedir que os jovens deitem de costas em
posição de relaxamento). Neste momento o coordenador inicia uma técnica de
relaxamento e viagem guiada pelo presente, passado e futuro do jovem.
Poderá utilizar as orientações abaixo ou algumas perguntas do anexo 05
retomando assim o trabalho realizado em casa.

“Imagine que você está num lugar muito tranquilo e sentindo-se muito relaxado.
Agora você vai fazer uma viagem no tempo. Se imagine bem pequeno, ainda
criança. Dê que coisas você mais gostava de brincar? Imagine-se brincando
com sua brincadeira favorita. Como eram essas brincadeiras? Agora lembre-se
de quando você entrou para o colégio, como foi esta experiência? Se lembra
de alguma profissão que te chama atenção nesta época, alguma pessoa que te
inspirava? O que está pessoa fazia? Com o tempo você foi crescendo, seus
gostos ficando mais apurados, o que você mais gostava de estudar? Nesta
época quais foram os fatos que mais marcaram sua vida? Enfim você chegou
ao ensino médio. Como se sente nesta etapa da sua vida? Já consegue
imaginar a profissão que um dia seguirá? Com seus colegas, o que conversam
sobre o futuro?”
Obs.: passar pelo presente de acordo com o grupo que se está trabalhando a
técnica.

“Imagine-se agora num futuro, não muito distante, daqui cinco anos. O que
você está fazendo? Estará se preparando para um próximo passo importante
na sua vida? Que passo está dando? Já está trabalhando? Como é seu
trabalho? Você gosta do que faz? E daqui dez ano, como você estará? Neste
momento você olha para trás e consegue perceber toda sua jornada de vida.
Ao pouco deixe brotar do seu coração uma grande sensação de gratidão, que
aos poucos toma conta de todo seu ser. Está gratidão transborda e torna-se
neste instante um sorriso cheio de ternura e amor no seu rosto. Respire
fundo... aos pouco vá abrindo os olhos.... Continue com a respiração profunda
e amorosa.... Olhe para as pessoas a sua volta e sorria.... ”

Comentário: Está técnica permite que o jovem perceba como uma pessoa se
move ao longo do tempo, que tem uma história e que pode construir um futuro
de acordo com suas expectativas e escolhas. Ter esta percepção da totalidade
da sua vida é muito importante. Isso ajuda o jovem a dar-se conta que uma
escolha profissional não acontece aleatoriamente, nem baseada em apenas
gostos e preferências. Toda escolha deve estar inserida dentro de um Projeto
de Vida que é constituído desde seu nascimento.

Obs.: Aplicar esta técnica com uma música suave de fundo, pois isso facilita o
relaxamento. Adaptar de acordo com o momento e o grupo.

Considerações 201 EM: percebi que a turma encarrou muito bem a dinâmica
e que focaram na realização dela. Está é uma atividade que tende a despertar
bastante o interesse dos alunos. Percebi que a maioria deles iniciaram o
desenho pela cabeça, alguns buscaram ser detalhistas, outros nem tanto, mas
todos desenharam o ser humano e colocaram suas características neles.
Durante os meus comandos, percebi que muitos não sabiam o que escrever
nos balões, de modo especial no balão das três ideias que não mudaria por
nada. Percebi que de fato isso não são questionamento que costumam fazer
com frequência, por isso as dúvidas. Encorajei que continuassem a escrever os
outros comandos. O campo deste encontro estava muito bom. Consegui
realizar a atividade dentro do período e ainda partilharam algumas respostas. A
professora do período participou do momento e realizou a atividade. Creio que
isso possa ter levado os alunos a focarem mais. Ressaltei no final que aquele
foi um grande exercício de autoconhecimento que teve como objetivo colocar
eles em contato com suas motivações que os levam a fazer as escolhas da sua
vida e que colocaria eles mais em contato com quem eles são de fato, sua
identidade. Creio que tenha alcançado os objetivos deste encontro.
Considerações 202 EM: recebi esta turma no espaço do encontro e dei início
a introdução da atividade. Percebi que no começo muitos alunos estavam
levando na brincadeira a atividade de fazer o desenho, mas que depois
seguiram a atividade. Tive trinta minutos com a turma antes deles irem para o
lanche o que impossibilitou que eu conseguisse realizar um fechamento da
atividade. Mas eles chegaram a finalizar o desenho e escrever as minhas
orientações. Recolhi os desenhos para que no próximo encontro possamos
conversar sobre eles e perceber o que este desenho diz sobre nós. Creio que
tenha alcançado parcialmente os objetivos deste encontro.
Considerações 301 EM: A atividade começou com cerca de 15 minutos de
atraso, devido o lanche que a turma estava vendendo no intervalo. Senti que
estavam bem agitados para participara da atividade. Realizei uma pequena
orientação sobre o eixo temático que iriamos abordar e segui com a ação. A
maioria dos alunos levou a sério a atividade e focou no preparo do desenho.
Alguns ficavam paralisados diante das perguntas, por não ser algo que pesam
com frequência. Alguns até verbalizavam que não sabia o que responder ou
até mesmo deixavam sem resposta. Ao finalizar o período, pedi que me
entregassem os desenhos para fazermos o fechamento no próximo encontro.
Perguntei para os alunos o que gostariam que fosse abordado nos nossos
encontros e no final um jovem sugeriu: falar sobre organização das atividades,
como ter alta performance, mercado de trabalho, escolha de trabalho. Creio
que tenha alcançado parcialmente os objetivos deste encontro.
Considerações 302 EM: 18/05 – Acolhidos na sala do encontro, avisei que
estávamos finalizando os encontros de autoconhecimento, assim como
sinalizei a possibilidade de uma saída de campo para visitar a Unesc, o que os
deixou muito animados. Notei que os jovens focaram na dinâmica de desenhar
este personagem com as suas características, assim como notei a dificuldade
que alguns tem para escrever no desenho algumas das orientações,
sinalizando assim um distanciamento que os jovens podem ter com seu mundo
interior ou até mesmo dificuldade de materializar, por meio da escrita, aquilo
que tem uma certa consciência. Solicitado para que partilhassem alguma das
escritas no desenho, a maioria falou sobre seus desejos e meios para alcança-
los. Segundo a maioria dos jovens, a parte mais difícil de responder foi a parte
da boca do desenho na qual tinha que escrever algo que disse e se arrepende
e algo que precisa dizer e ainda não disse. Sinto que está turma é muito
engajada nas atividades. Creio que tenha alcançado os objetivos deste
encontro.
(Falar sobre minhas percepções / Objetivos alcançados, alcançados parcialmente, não
alcançados)

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