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PORTFÓLIO ACADÊMICO/AFETIVO

Sobre Infância e Adolescência

Licenciatura em Matemática
Disc.: Psicologia do Desenvolvimento
Prof. Ana Cláudia Gouveia de Sousa

Aluno: Ismael Martins Matos - 20192014020448


SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO .......................................................................... 2

2. INFÂNCIA ....................................................................................... 3
2.1. Imagens, Fotos e Ilustrações............................................. ......... 3 .

2.2. Características e comentários dessa fase...................................4

3. ADOLESCÊNCIA ............................................................................ 6
3.1. Imagens, fotos e ilustrações........................................................ 6
3.2. Características e comentários dessa fase. ........................... ...... 7

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................. 9


5. REFERÊNCIAS ................................................................................ 10

1
1. APRESENTAÇÃO

Este portfólio foi realizado para a disciplina de Psicologia do Desenvolvimento


para a Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Ceará – IFCE – Campus Fortaleza por meio da Professora Ana
Cláudia Gouveia de Sousa.

As atividades, presente neste trabalho, visam sistematizar essa disciplina


para um estudo prático e contextualizado, haja vista que, enquanto estudantes de
graduação, já temos passado por esse desenvolvimento físico/psicológico que
trespassa pelas fases da criança e adolescente. Esta prática traz um pouco de mim
e das reflexões envolvidas ao decorrer desses estágios onde poderei desenvolver
de uma forma mais prática os efeitos das interferências históricas e culturais que
todos nós, como seres humanos, passamos, conceito do qual podemos apoiar-se na
perspectiva de Manuel Sarmento, um estudioso da infância e das práticas sociais,
em que afirma:

A infância é uma construção histórica, resultado de um processo complexo de


produção de representações sobre as crianças, de estruturação dos seus cotidianos e
mundos de vida e, especialmente, de constituição de organizações sociais para as
crianças. (SARMENTO, 2004, P.11)

2
2. INFÂNCIA
2.1. Imagens, Fotos1 e Ilustrações
Figura 1 – A infância não é mais a mesma…

Fonte: minilua, 2011. https://minilua.com/infancia-nao-mesma-2/

Figura 2 – 10 anos

Fonte: Arquivo do Autor2


2.2. Características e comentários da infância
1
Não tenho acervo de arquivos pessoais quando criança.
2
Foto tirada de arquivo pessoal quando criança em torno de 10 anos.
3
Biologicamente falando crianças sempre existiram, ou seja, seres humanos
no início do seu desenvolvimento físico, contudo o sentimento de infância e o
reconhecimento de tal como uma etapa da vida diferenciada da adulta nem sempre
existiu. SARMENTO (2004) compreende a infância como uma categoria social
geracional, ou seja, o sentimento de infância, onde surge na Idade Moderna, pode
variar de acordo com a geração a qual o sujeito faz parte. Logo, no século XXI, o
momento em que vivemos por causa da fragilidade da educação ambiental e da real
ausência da preservação da natureza, em que se reúne a fauna e a flora, as
crianças de hoje estão sendo abdicadas do ambiente ao ar livre e sendo
trancafiadas, ou por querer dos pais ou escolha individual dessas crianças, dentro
das próprias casas em uma espécie de “quarentena casual e individual” onde é
posta em contato com um vasto ambiente tecnológico e virtual em que se agrega em
jogos on-line e vivências relacionais por meio da web sem contato físico.

O fato é que as infâncias estão em constante transformação, as crianças são


indivíduos sociais que da mesma forma que provocam mudanças nesse contexto
social também as sofrem.

Para contextualizar relatarei a minha infância de 3 a 6 anos, o pouco que vem


à memória:

A principais características foram curiosidade e hiperatividade, onde nesse


período é considerado uma fase das descobertas. Já na parte motora a partir dos 3
anos a criança passa a ter controle total dos esfíncteres, tornando-as assim mais
“independentes”, sonho de toda criança. Ao ingressar na escola e na interação diária
com outras crianças, com o egocentrismo ainda bastante presente, ela começa a
entender a importância e os benefícios do compartilhamento, levando a um mundo
mais colaborativo por meio de brincadeiras e jogos educativos.

Segundo Vigotisk os jogos e as brincadeiras auxiliam a criança na criação da


sua personalidade ajudando assim na formação de sua identidade. Lembro-me que,
no meu primeiro dia de aula eu estava em prantos por que a minha mãe não me
queria mais em casa (na minha inocente opinião) 3, então fui obrigado a ir pra escola
onde, na verdade, queria estar em casa assistindo “Bananas de Pijamas”.
Simplesmente fui “largado” sozinho e me recolhi a minha insignificância no cantinho
3
O conteúdo dos parênteses exprimem meus comentários.
4
da sala, a professora por vezes tentava falar comigo e me convencer a conter os
prantos mas as tentativas sempre frustradas. De repente uma figura magricela (eu
podia nem falar isso por que eu também era) se aproximou de mim, onde meu
coração se encheu de esperanças: Seria essa uma oportunidade de uma nova
amizade? Conversamos um pouco onde percebi algo estranho, a criança olhava
fixamente para a minha lancheira (e eu olhava para a dela) e ela pediu o que tinha
dentro e falei bem negativo que não, na minha comida ninguém mexe. Na hora do
recreio percebi que ela não queria mais se aproximar de mim, nem para brincar. A
partir daí percebi que é importante compartilhar (embora hoje não faça mais tão
frequente).

3. ADOLESCÊNCIA
5
3.1. Imagens, Fotos e Ilustrações

Figura 3 - Adolescência

Figura 4 - Adolescência

Fonte: Arquivo do Autor Fonte: Arquivo do Autor

Figura 5 - Adolescência

Fonte: Arquivo do Autor

3.2. Características e comentários da adolescência.


6
Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS (1965), a segunda década
da vida, ou seja, dos 10 à 20 anos é o período biopsicossocial definido como
adolescência. Para o senso comum a adolescência vai iniciar-se a partir da
puberdade, período onde se caracteriza diversas mudanças físicas.

As transformações biológicas da puberdade são universais e durante esse


período é visível a transição da criança para o adolescente, ganha-se altura,
surgimento dos pelos em diversas partes do corpo onde, outrora, não existia, nos
homens, a voz grossa, nas mulheres, o crescimento dos seios, contudo essas
mudanças por si só não representam a adolescência. Essa fase de grandes
transformações não reflete apenas no indivíduo, mas em todo o espaço social em
que está inserido. A adolescência está entrelaçada principalmente em todos os
componentes psicossociais deste processo. Há adaptações a nova estrutura física,
psicológica e ambiental, apesar da universalidade da adolescência é possível
perceber que esta depende de uma inserção histórica e cultural, pois é visível as
variadas formas de viver a adolescência e isso vem a depender muitas vezes do
gênero, grupo social e da geração, pois os adolescentes apresentam distintos
grupos, atitudes, gostos, valores, comportamentos e filosofias de vida mas sempre
querendo pertencer a um certo tipo de grupo social, grupo este que possa refletir
todos esses parâmetros escolhidos ou instantâneos.

Nesse âmbito de pensamento, é importante salientar a adolescência não


apenas como preparação para a vida adulta mas com o sentido próprio.

Referindo-se ao prazer do adolescente de estar envolvido em grupos sociais


me vem a memória de um certo momento de minha adolescência: Por volta do ano
de 1998 (pelo que eu me lembro, pois minha memória a longo prazo sempre foi
ruim)4 surgia a “febre” do álbum de figurinhas, e na escola em que eu estudava não
era diferente. Então a maioria dos garotos tinha a coleção e já muitas figurinhas
onde cada um ia tentando trocar as suas uns com os outros, até algumas meninas
também entravam na brincadeira pra saber quem conseguia mais e eu, na tentativa
de me enturmar, falava que ninguém tinha tantos (enquanto eu não tinha nada) e eu
sempre na vontade de ter um daqueles tive a coragem (e a audácia também) de
trocar uma roupa minha (prefiro não falar qual era) por um álbum, mas eu sabia que
4
O conteúdo dos parênteses exprimem meus comentários.

7
não ia ter dinheiro pra comprar as figurinhas. Mas de qualquer jeito consegui entrar
no grupo e consegui ter o que os meninos na minha idade queria: (não o álbum e
sim) as “amizades” e ter com quem conversar. Só uma observação: Após uma
semana a lojinha parou de vender as figurinhas e ninguém quis mais o álbum e nem
os stickers, então mais um objeto virava lenda (não sou tão velho assim) e ainda
perdi minha roupa. Tudo isso em busca de adaptação no meio social em que eu
vivia.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Este trabalho buscou explicar os conhecimentos já sabidos nesse âmbito de
pesquisa e a relação em termos práticos através de exemplos e experiências
pessoais de vida onde pude refletir acerca de como se deu a caracterização da
minha infância tendo ela ocorrido no fim do século XX tornando evidente as
diferenças quando comparadas as da contemporaneidade.

Na adolescência por sua vez, marcado pelo início da era das novas
tecnologias, mesmo ainda não presentes no meu contexto social, ocasionou um
grande impacto pois mesmo vivendo em tal época já foi possível notar a ruptura de
um relacionamento interpessoal mais convencional, como: conversas com amigos
na calçadas, soltar pipas no meio do mato e isso foi migrado para uma sala com
amigos, equipado com computadores e videogames e até campeonatos on-line de
“Counter Strike5” nos anos 2000.

Trazendo boas recordações e lembranças este trabalho trouxe-me prazer em


buscar nas pesquisas feitas os pensamentos científicos que teriam caracterizado a
minha vida.

"Nossas lembranças infantis mostram-nos nossos primeiros anos não como


eles foram, mas como nos apareceram nos períodos posteriores em que as
lembranças foram despertadas. " (Freud, 1898/1969, p.354)

5. REFERÊNCIAS

5
Counter-Strike é uma série de jogos eletrônicos de tiro em primeira pessoa multiplayer, no qual
times de terroristas e contra-terroristas batalham entre si, respectivamente, realizando um ato de
terror e prevenindo-os. A série iniciou-se no Windows em 1999 com a primeira versão do Counter-
Strike.
9
FERREIRA, Teresa Helena Schoen; FARIAS, Maria Aznar; SILVARES, Edwiges
Ferreira de Mattos. Adolescência através dos Séculos. Abr-Jun 2010. São Paulo.
Psicologia: Teoria e Pesquisa. Vol. 26 n. 2, pp. 227-234.

Freud, S. (1969). O mecanismo psíquico do esquecimento. Em J. Salomão (Org.),


Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud, (Vol. III, pp. 315-
326). Rio de Janeiro: Imago. (Original publicado em 1898). Disponível em:
<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000084&pid=S0102-
7972199900030000600003&lng=en>

Organização Mundial da Saúde (1965). Problemas de la salud de la adolescencia.


Informe de un comité de expertos de la O.M.S (Informe técnico n° 308). Genebra.

Sarmento, Manuel Jacinto (2008). Estudos da Infância: educação e práticas sociais.


Petrópolis. Vozes (17-39). Disponível em: <http://www2.fct.unesp.br/>

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