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ETADS - ESCOLA TEOLÓGICA DA ASSEMBLEIA DE DEUS

EM SINOP

Curso: Básico em Teologia Turma: B Data: 05/05/2018

Disciplina: Cristologia

Professor(a) Formador(a): Paulo Pascoal Valor:

Acadêmico(a): Adriana, Alexandre, Lucimar, Samuel, João Batista, Marliza, Ester, Marcelo, RA: 2440
Daniel Amorim

Polo: CEM

ATIVIDADE ESCOLAR:

Teoria de Eutiques

Eutiques foi um monge de Constantinopla, que fundamentou


a heresia do monofisismo. Eutiques negava que Cristo, após a encarnação,
tinha duas naturezas perfeitas. Nasceu no ano de 378, provavelmente
em Constantinopla. Ingressou na vida monástica em um monastério da capital,
onde teve como superior um abade de nome Máximo, ferrenho adversário
do nestorianismo. Nascia assim, graças à sua formação religiosa, um repúdio
intransigente pelas doutrinas que versavam sobre a existência de duas
naturezas em Cristo.

Já como sacerdote, Eutiques começou a participar ativamente das questões


doutrinárias.

Pelos idos de 440, ele converteu-se numa figura de grande projeção


no monofisismo em Constantinopla e, quando subiu ao poder, em 441,
principiou uma campanha fulminante contra o nestorianismo, atacando a todos
a quem julgava suspeitos. Assim ele denunciou a Teodoreto de Ciro, Ibas de
Edessa, Domno II de Antioquia (442-449) e até Flaviano de Constantinopla fora
denunciado em uma carta enviada por ele à sé romana.
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Em 8 de novembro de 448, num sínodo regional en Constantinopla


presidido pelo patriarca Flaviano, Eusébio de Dorileia, um dos primeiros que
haviam sido denunciados por ele como adepto ou simpatizante
do nestorianismo, acusou-o de heresia. O sínodo, depois de uma turbulenta
onda de acontecimentos políticos, concluiu pela condenação de Eutiques como
herético.

Torna-se muito difícil saber precisamente qual a base fundamental da


doutrina cristológica defendida por Eutiques, seja porque nenhum de seus
escritos sobreviveu até os tempos presentes ou mesmo pela imprecisão ou
inconsistência da mesma. Pode-se considerá-lo entretanto como o criador ou
inspirador do monofisismo ou seja, a consideração de uma única natureza em
Cristo, que as duas naturezas se fundiram em uma única depois da
encarnação e que ele, Cristo, não seria humano, portanto.

O monofisismo eutiquiano

Controvérsia envolvendo Eutiques: Concílio de Constantinopla (448)

Em 448, Flaviano de Constantinopla condenou a heresia de Eutiques, mas


Eutiques reuniu como aliados, nas palavras de Alban Butler, todos os maus
elementos da corte bizantina.

O patriarca de Alexandria Dióscoro I, tido como o primeiro monofisista,


não contente com as decisões do Concílio de Constantinopla em 448, que
havia condenado Eutiques, convocou outro concílio em Éfeso, no ano seguinte,
onde se concluiu pela reabilitação de Eutiques e pela condenação do Patriarca
Flaviano.

Presidido por Dióscoro, Eutiques entrou no Concílio cercado de soldados


romanos. Dióscoro recusou-se a ler a carta doutrinária do papa Leão I, o Tomo
ad Flavianus. Quando Flaviano apelou à Sé Romana, Dióscoro esqueceu sua
missão apostólica e recorreu à violência: Flaviano foi surrado, pisoteado e
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banido; e morreu poucos dias depois. Este Concílio ficou conhecido como
o Latrocínio de Éfeso ou "Sínodo de Ladrões".

Com a morte de Teodósio II (408-450), Pulquéria e Marciano (450-457),


com o apoio de Leão I, convocaram um novo Concílio, este
em Calcedônia (o 4º Ecumênico) que ocorreu entre os dias 08/10 a 01/11 de
451, com a participação de 350 bispos, e no qual de concluiu, entre outros
assuntos, pela:

 Condenação da simonia, de casamentos mistos e ordenações absolutas.


 Deposição e condenação de Eutiques de Constantinopla (criador do
monofisismo) e Dióscoro I (444-451) de Alexandria.

Entretanto, o monofisismo eutiquiano não morreria. Ele dividiu e continuaria


dividindo o mundo cristão.

Conclusão

Como o próprio nome sugere deriva-se do nome Eutiques que era abade
de um mosteiro em Constantinopla, em geral ele concordava com a teologia
Alexandrina (favorável a divindade de Cristo) e opunha-se a Cristologia (que
negava a divindade de Cristo).

Eutiques se embaraçou todo quando disse que Jesus só tinha uma


natureza e também dizia que Jesus não foi um humano como nós. Por negar a
natureza humana de Cristo ele foi excomungado em Constantinopla, mas em
449 o bispo de Roma chamado Leão I no rol de papas católicos através de
uma trama política eclesiástica reintegrou Eutiques no sínodo de Éfeso, este
sínodo entrou na história como sínodo dos ladrões.

Mais tarde as ideias de Eutiques foram rebatidas e condenadas pelo


Concilio de Calcedonia que reformulou o credo Niceiano para combater as
novas heresias que foram surgindo como a de Eutiques.
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O credo calcedônio diz: confessamos um Deus que é o mesmo com o


Filho, nosso senhor Jesus Cristo, que é perfeito em sua divindade e perfeito na
humanidade (contra Eutiques) com alma racional e o corpo de uma essência
com o Pai segundo a humanidade, igual a nós em todas as coisas , exceto que
não tinha pecado (contra Eutiques), que segundo sua humanidade nasceu da
virgem Maria, mãe de Deus para nossa salvação: um é o mesmo Cristo, Filho,
Senhor, Unigênito revelado em duas naturezas sem confusão, sem
modificação (contra Eutiques), indivisivelmente e inseparadamente, sendo a
distinção, das natureza de nenhum modo eliminada pela união, sendo
preservadas as propriedades de cada natureza convergindo elas numa
hipóstase (pessoas), não são separadas ou divididas em duas pessoas, mas
um é o mesmo Filho e Unigênito de Deus, Logos, o Senhor Jesus Cristo.

Referências Bibliográficas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eutiques

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