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Aspectos controversos do Catolicismo

O objetivo do presente artigo é disponibilizar um espaço para que possam ser explicitados
detalhadamente os aspectos controversos da Igreja Católica, permitindo que o artigo "Catolicismo"
seja destinado principalmente à descrição das religiões "Católicas", de seus ritos e crenças. Ao ler
sobre os mais variados assuntos aqui tratados, vale ter em mente que, embora exista uma posição
oficial da Igreja que é decretada pelo Vaticano, existe também certo grau de pluralismo entre os
próprios teólogos, padres, e bispos. Por outro lado a estrutura católica é muito centralizada na Cúria
Romana, tendo o Papa plenos poderes para ditar os aspectos doutrinários e exigir obediência.

O Catolicismo e sua relação com outras religiões e sociedades


[editar] A Igreja e a Maçonaria

São tensas as relações entre o Catolicismo e a Maçonaria. Clemente XII foi o primeiro papa a
confrontar abertamente a Maçonaria, através de sua bula In Eminenti.[1] Após ele, diversos papas se
opuseram à Maçonaria, dentre os quais podemos citar Bento XIV, Pio VII, Leão XII, Pio VIII,
Gregório XVI, Pio IX e Leão XIII.[2] Bento XVI, em 1983, quando ainda era cardeal e prefeito da
Congregação para a Doutrina da Fé, explicitou a posição da Igreja Católica que classifica a
Maçonaria como "associação que maquina contra a Igreja".[3]

A Igreja acusa a Maçonaria de difundir idéias anticristãs e praticar o satanismo.[carece de fontes?] A Igrega
criticava os posicionamentos dos maçons contra alguns Estados no século XIX, a defesa da
separação entre Igreja e Estado e a visão que Leão XIII chamava de "naturalista".[2] A Igreja
também critica o caráter semi-secreto da Maçonaria.[1][2] Em tempos passados os católicos eram
proibidos de pertencerem a Maçonaria, sob pena de excomunhão;[1] atualmente, a Igreja Católica
passou a ser menos agressiva na condenação da Maçonaria,[carece de fontes?] embora pertencer à
associação ainda se caracterize "pecado grave", que restringe a partipação nos sacramentos.[4]

Entretanto, a posição da Igreja Católica quanto à Maçonaria é polêmica, mesmo dentro da


insitituição. Estudiosos católicos afirmam que os papas João XXIII e Paulo VI seriam ligados a
certas lojas maçônicas, ou mesmo filiados à Maçonaria.[5] Também há de se notar que muitos
católicos e maçons consideraram o Concílio Vaticano II como responsável por uma maior
tolerância, ou mesmo aproximação, entre Maçonaria e Igreja Católica.[6][7]

[editar] A Igreja e o Protestantismo

Os protestantes e os católicos sempre entraram em controvérsia quanto à veneração de imagens,


purgatório, supremacia papal, justificação pela fé e outras doutrinas, fazendo acusações mútuas de
heresia. Apenas pelos esforços ecumênicos, a tese da justificação pela fé e a doutrina católica da fé
e das obras foi esclarecida, e não é mais um ponto controverso entre protestantes luteranos
históricos e Católicos.

Há esforços ecumênicos para deixarem de lado as diferenças. Porém são criticados por alguns
membros de ambos os lados: para o lado protestante, há a acusação de a Igreja Católica de "não
mudar" e para o lado católico, que afirma que o verdadeiro ecumenismo não se dá abandonando a
verdade revelada, mas seguindo-a plenamente através da "Igreja do Deus Vivo, Coluna e
sustentáculo da Verdade"(I Tim 3:15), a qual os católicos crêem ser a Igreja Católica. Além disso, o
dogma "fora da Igreja não há salvação" é considerado pelos protestantes como uma barreira que
impede a eficácia de um ecumenismo de "mão-dupla". Mas, a Igreja Católica afirma também que
existem muitas vias de salvação, desde que as pessoas tivessem uma boa vontade e desejo de
encontrar Deus e serví-lo. Mas, ela defende que todas as pessoas que obtiveram a salvação é, de
alguma forma, por causa da Igreja Católica porque os caminhos salvíficos, sendo o melhor o
caminho proposto pela Igreja, foram definitivamente abertos pelo sacrifício pascal de Jesus Cristo,
o fundador da Igreja.

[editar] O Catolicismo e sua relação com pensadores laicos

Santo Agostinho (354-430), dizia que a bíblia deveria ser interpretada à luz da ciência.

A Igreja Católica teve um papel fundamental no desenvolvimento do pensamento ocidental. Após a


queda do Império Romano, foi a principal responsável pela preservação de textos da Antiguidade
Clássica na Europa Ocidental.[8] Textos clássicos desconhecidos na Europa durante a Alta Idade
Média por não terem sidos traduzidos para o latim foram preservados por outros povos, como
árabes e bizantinos, e, no século XII, foram traduzidos em grande quantidade. Religiosos católicos
foram um dos principais grupos de tradutores nesse evento.[9][10] Ademais, Santo Agostinho já
afirmava que as Escrituras deveriam ser interpretadas de acordo com os conhecimentos disponíveis
em cada época sobre o mundo natural[11] e chegou a declarar que a Criação, conforme narrada em
Gênesis, não era literal, quase dois milênios antes de Darwin. Entretanto, isso não impediu que
várias vezes pensadores e teses laicos fossem perseguidos pela Igreja.

[editar] Hipátia de Alexandria

Ver artigo principal: Hipátia

Um dos primeiros casos de perseguição pela Igreja Católica deu-se contra a filósofa Hipátia de
Alexandria. Filha de Theon, diretor da Biblioteca de Alexandria, Hipátia era uma filósofa
neoplatônica conhecida por seu grande conhecimento em Filosofia, Matemática e Astronomia[12].

Em março do ano de 415, foi sequestrada de sua carruagem por uma turba de cristãos e levada a
uma Igreja, onde foi assassinada[12]. Alguns relatos afirmam que foi esfolada e queimada viva,
enquanto outros afirmam que tais procedimentos só se deram após a sua morte. Os assassinos eram
monges ligados ao patriarca Cirilo de Alexandria, liderados por um homem chamado Pedro[12].

[editar] Galileu Galilei

Ver artigo principal: Galileu Galilei


Galileu: católico convicto, foi condenado a prisão domiciliar perpétua pela Inquisição por suas
idéias científicas.

Provavelmente, o caso mais famoso de atrito entre um pensador e a Igreja Católica é o de Galileu
Galilei. Galileu era um grande físico e astrônomo de Pisa, e um dos mais importantes personagens
da Revolução Científica.

À época, o modelo astronômico mais aceito e proclamado pela Igreja era o de Ptolomeu, que
afirmava que a Terra era o centro do universo e os astros a orbitavam. Alguns anos antes, porém,
Nicolau Copérnico propõe a teoria heliocêntrica, segundo a qual a Terra, na verdade, gira à volta do
Sol, e não o contrário. As experiências de Galileu levam-no a corroborar a tese de Copernico, e
Galileu passa a defendê-la.

A princípio, a Igreja Católica não é contra o heliocentrismo, mas em 1615 o Tribunal do Santo
Ofício declara o heliocentrismo herético e a teoria de que a Terra se move "teologicamente errada".
O principal livro de Copérnico entra para o index e é proibida a defesa da validade física (mas não
da hipótese matemática) do heliocentrismo. Galileu, porém, não se restringe a trabalhar sobre a
hipótese, mas defende que a Terra orbita o Sol. Como conseqüência, é proibido de expressar suas
opiniões.

Em 1623, Urbano VII, amigo de Galileu, torna-se o novo papa. Na década seguinte, concede a
Galileu a oportunidade de escrever um livro dissertando sobre as duas teorias. Galileu escreve,
então, seu Diálogo sobre os dois grandes sistemas do mundo. O caráter ácido do livro e alguns mal-
entendidos levam o papa a crer que Galileu aproveitou-se da oportunidade para ofendê-lo. A
Inquisição, então, julga e condena Galileu a abjurar publicamente suas opiniões. Ademais, Galileu é
condenado a prisão domiciliar por tempo indeterminado (durante a qual faleceu) e seus livros são
postos no index.

Com o tempo, porém, a Igreja Católica revê sua posição quanto à teoria de Copérnico e Galileu.
Hoje, não pairam dúvidas sobre o fato de que a Terra orbita à volta do Sol, e a história de Galileu
tornou-se um exemplo recorrente de um livre pensador perseguido por uma organização religiosa -
no caso, a Igreja Católica.

[editar] Século XX

No século XX, a posição oficial da Igreja defendeu uma reconciliação com a Ciência[13]. Seguindo
precedentes como a interpretação alegórica do livro do Gênesis feita por Santo Agostinho já no
século V, a Igreja passa hoje a considerar boa parte das escrituras como alegorias que seriam
portadoras de verdade teológica, mas que não possuiriam necessariamente verdade histórica[14].
Este abandono de interpretações literais parece definitivo, muito embora ainda permaneçam
sectores que não o aceitam por inteiro. A Igreja também pediu desculpas por alguns crimes
cometidos no passado por homens católicos contra os cientistas, e aceitou oficialmente a possível
veracidade de teorias científicas modernas, como a teoria do Big-Bang(que foi originalmente uma
teoria de um sacerdote católico), na física, ou a teoria da evolução, na biologia[carece de fontes?]. Por outro
lado, ela não aceita questões mais teológicas que envolvam a negação da infalibilidade da revelação
contida nas escrituras[carece de fontes?]. Questões ligadas a conceitos como a alma também causam atritos
com parte da comunidade científica, porque têm influência direta na opinião da Igreja perante
algumas recomendações que são feitas no campo das ciências da vida, bem como com relação à
condenação de certas linhas de pesquisa[carece de fontes?].

[editar] Críticas a atos da instituição e seus membros


[editar] Intolerância e Repressão

O fato de a Igreja ter tido no passado um enorme poder político e o modo como essa instituição
usou esse poder para suprimir vozes destoantes é alvo de severas críticas no mundo atual. A ênfase
hoje dada a conceitos como liberdade de pensamento e multiculturalismo são importantes fatores
nessas críticas[carece de fontes?].

[editar] Inquisição

Ver artigo principal: Inquisição

O Tribunal do Santo Oficio, nome oficial da Inquisição, foi criado a partir do século XIV para
combater a heresia dos cátaros. Com o passar dos anos, ela passou a perseguir principalmente os
cristãos novos em Portugal e Espanha, judeus recém convertidos ao cristianismo. Ela fiscalizava se
estes realmente tinham se convertido ou apenas o fingiam para se manter no Estado.

A estimativa de quantos hereges teriam sido mortos na Europa parece ser um ponto controverso,
alguns já afirmaram que mais de 10 milhões teriam sido mortos ao longo dos séculos XII até o
XVII, por outro lado novas descobertas indicam que esse número deve ter sido muito menor.
Alguns indicam que teriam sido não mais que 20.000 pessoas condenadas à morte ao longo dos
séculos[carece de fontes?].

Muitos têm noções erradas sobre o que foi a Inquisição. Vejamos alguns pontos:

 É errado imaginar uma só Inquisição que tenha durado séculos: os tribunais eram
instalados quando surgia algum problema e eram depois desfeitos. Apenas nas
Inquisições Ibéricas, sustentadas pelos reis de Espanha e Portugal, é que estes
tribunais adquiram uma característica perene[carece de fontes?];

 As igrejas protestantes também fizeram a inquisição em alguns países, como,


Alemanha e Inglaterra.

 Na verdade, o único caso de pessoa perseguida pela Inquisição por ter defendido idéias
estritamente científicas foi Galileu Galilei, por defender o heliocentrismo. Mesmo nesse
caso, sua condenação envolve elementos muito mais complexos do que uma simples
controvérsia entre "fé" e "ciência". Galileu não morreu na fogueira. Ele foi colocado em
prisão domiciliar, onde pôde receber visitas e continuou tendo acesso a instrumentos
científicos. Foi nessa época que ele elaborou conceitos sobre o movimento dos corpos
que se tornaram os fundamentos da dinâmica[carece de fontes?];
 Num certo sentido, a Inquisição nunca acabou. Obviamente ela não manda ninguém
mais para a fogueira, todavia ela foi transformada na Congregação para a Doutrina e a
Fé', cujo último prefeito tornou-se o Papa Bento XVI, e silenciou o teólogo brasileiro
Leonardo Boff que tentava aplicar conceitos marxistas à teologia[carece de fontes?].

[editar] Caça às Bruxas

Ver artigo principal: Caça às Bruxas

O fenômeno da caça às bruxas, que ocorreu tanto em países protestantes como católicos, vitimou
muito mais pessoas do que a própria Inquisição[carece de fontes?]. As bruxas eram queimadas por
Tribunais Civis, que as utilizavam como bodes-expiatórios para todos os problemas da comunidade.
Casos como os das bruxas de Salem, nos EUA (país onde nunca houve a Inquisição) e o de Joana
D'Arc heroína francesa queimada na Inglaterra (outro país em que o Tribunal do Santo Oficio
jamais atuou) são exemplos de casos falsamente associados à Inquisição[carece de fontes?]. Por outro lado,
no Território Papal (que ficava no centro da Itália, sendo hoje o Vaticano seu estado-herdeiro), a
autoridade civil, o Papa, era de fato responsável pelos processos envolvendo bruxaria e
heresia[carece de fontes?].

[editar] Nazi-fascismo

A Igreja Católica é acusada por alguns de cumplicidade com o Nazismo. A Igreja teria ajudado a
diversos nazistas como Mengele, Eichmann, Stangl e outros a fugirem para a América do Sul
expedindo-lhes passaportes e salvos condutos depois da Segunda Guerra Mundial. Esse processo de
salvação dos nazistas teria sido denominado de Operação Odessa. O envolvimento da igreja com o
nazismo foi relatado em livros como A Santa Aliança, de Eric Frattini e A verdadeira Odessa, de
Uki Goñi.

Durante a guerra a Igreja não teria se manifestado de forma contundente contra as potências do
Eixo. A Igreja Católica também sofre acusações de ser colaboradores de outros ditadores, como por
exemplo Franco, Salazar, Pinochet, Somoza, Ante Pavelic entre outros.

Esse silêncio do Vaticano foi compartilhado por outras confissões religiosas, incluindo a poderosa
Igreja Protestante alemã[carece de fontes?]. Um dos críticos dessa postura foi Martin Niemöller.

[editar] Abusos sexuais de crianças

Foram cometidos actos de abuso sexual de crianças por um pequeno grupo de clérigos (cerca de 2%
a 4% dos clérigos nos EUA[15][16]). Foram feitas denúncias de abuso sexual de menores em muitas
partes do mundo, com os casos mais notórios a chegarem às primeiras páginas no Brasil[17][18],
Portugal[19], Austrália[20], Espanha[21], França[22], Reino Unido[23], Irlanda[24], Canadá[25] e Estados
Unidos da América[26][27]. Muitas destas denúncias resultaram ou em condenações ou em acordos
entre a instituição e os queixosos[28][29]. Para a Igreja, a crise tem tido duas vertentes. Em primeiro
lugar, muitos católicos romanos tinham um sentimento quase automático de confiança no clero, e a
revelação de que esta confiança foi repetidamente violada reformulou profundamente a atitude
pública perante os clérigos. E em segundo lugar, a instituição sofreu danos pela forma como a
liderança de Igreja geriu diversas situações, usando o Direito Canónico e as fronteiras diocesanas
para proteger os clérigos (e a própria instituição) da revelação pública dos casos e mesmo de
sanções criminais[30].

Tecnicamente, cada diocese opera independentemente das suas vizinhas, ao passo que as ordens
religiosas de cada diocese não respondem ao bispo local nem se encontram sob o seu controlo.
Conseqüentemente, as suspeitas sobre o comportamento de padres seculares (os que pertencem a
uma diocese) nem sempre são transmitidas às outras dioceses ou a hospitais e escolas geridos pelas
ordens religiosas, ao passo que os abusos dos padres religiosos (padres pertencentes a uma ordem
religiosa) nem sempre eram transmitidos pela ordem respectiva às dioceses e às suas escolas. Um
famoso exemplo destes factos envolveu o Frei en:Brendan Smyth, um padre da Ordem Norbertina
na Irlanda, cujas actividades (conhecidas desde 1945) não foram relatadas ao clero diocesano e
muito menos à polícia. Em 1994, Brendan Smyth deu-se como culpado de uma amostra de 17
acusações de abuso sexual de crianças em Belfast, retirada de uma lista muito maior. Várias
dioceses, o Cardeal Arcebispo de Armagh e a ordem de Smyth culparam-se uns aos outros
publicamente, sem assumir as suas próprias responsabilidades, pelo falhanço em pôr travão a Smyth
ao longo de 47 anos.

Após investigações levadas a cabo nos Estados Unidos da América e no Reino Unido ficou provado
que alguns bispos trasferiram diversas vezes os padres suspeitos de abuso em detrimento de
medidas mais drásticas[31]. As dioceses defendem-se indicando que tais transferências deveram-se
apenas à procura de tratamento adequado aos casos em questão. Outra facto importante é que em
maio de 2001 o então Cardeal Joseph Ratzinger, (na altura Prefeito da Congregação para a Doutrina
da Fé e actual Papa Bento XVI) enviou uma carta a todos os Bispos Católicos em que indicava
expressamente que as investigações de actos de abusos sobre menores dentro da Igreja deveriam ser
mantidas em segredo e os membros da Igreja responsáveis por estas investigações não deveriam
transmitir informações às autoridades oficiais. As vítimas, no entanto, não estavam abrangidas por
esta ordem[32].

[editar] Alexandre VI

Ver artigo principal: Papa Alexandre VI

O papa Alexandre VI promoveu uma grande orgia de sexo no Vaticano: ...Rogério Bórgia que
tomou o nome de Alexandre VI (1492-1503), tendo ganhado sua eleição para o papado
subordinando cardeais [...] Muitos consideram Alexandre VI o mais corrupto dos papas da
Renascença. Ele viveu em incesto público com suas duas irmãs e com a própria filha, Lucrécia, de
quem se diz que teve um filho. Em 31 de outubro de 1501, ele promoveu uma orgia de sexo no
Vaticano, que não teve igual em terrível horror nos anais da história humana[33] Em 1503,
Alexandre IV morreu envenenado de uma poção destinada a outra pessoa. A maneira de sua morte
sugere ingestão de arsênico: sua carne enegreceu, em torno de sua língua, monstruosamente
aumentada, formou-se espuma, e seu corpo ficou inchado com gases, tão intumescido que os
encarregados de seu sepultamento foram obrigados a pular em cima de seu estômago para que a
tampa do caixão pudesse ser fechada.

[editar] Críticas a eventos ocorridos na sua história


Ver artigo principal: História do cristianismo

[editar] Origem do catolicismo

A história do catolicismo, assim ensina a catequese romana, começa com o apóstolo Pedro no
versículo da Bíblia que diz "tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja"[34]. Mas não
há nenhum registro histórico comprobatório dessas afirmações, e sim registros contrários a essa
afirmação[carece de fontes?].
Cada apóstolo direto de Jesus seguiu caminhos diferentes, e foram escritos vários evangelhos fora
os que estão na Bíblia católica. Um exemplo é o Evangelho de Maria Madalena do qual é
considerado pela igreja católica como heresia.

[editar] As cruzadas

Ver artigo principal: Cruzada

As cruzadas são movimentos militares, de caráter parcialmente cristão, que partiram da Europa
Ocidental e cujo objetivo era colocar a Terra Santa (nome pelo qual os cristãos denominavam a
Palestina) e a cidade de Jerusalém sob a soberania dos cristãos. Estes movimentos estenderam-se
entre os séculos XI e XIII, época em que a Palestina estava sob controle dos turcos muçulmanos.
Em uma das cruzadas chegaram a mandar crianças para a guerra (Cruzada das Crianças).

[editar] Contra-reforma

Ver artigo principal: Contra-reforma

O alemão Martinho Lutero, ao ver a Igreja Católica vender indulgências, na Alemanha no Século
XVI para a construção da Basílica de São Pedro, publica 95 teses protestando contra a atitude da
Igreja Católica, dando origem à Reforma. Suas teses levaram o papa a excomungá-lo. A Reforma
levou a Igreja Católica a perder fiéis na Europa que se convertiam ao Protestantismo. Isso deu lugar
a Contra-reforma, usada para combater o Protestantismo e para expandir a fé católica para lugares
além da Europa, mandando missões jesuítas para catequisarem outros povos.

[editar] O Tratado de Latrão

Ver artigo principal: Tratado de Latrão

Em fevereiro de 1929, o Papa Pio XI assinou o Tratado de Latrão com o ditador da Itália Benito
Mussolini, selando a paz entre o estado italiano e a Santa Sé. Nesse acordo, foi criado o Vaticano,
um estado independente da Itália governado pelo Papa e sucessor dos Estados Pontifícios. O mesmo
tratava da não interferencia da igreja com os interesses políticos de Mussolini

[editar] Doutrina ligada à Sexualidade


A Igreja Católica considera o Sexo uma dádiva divina e condena atos como Masturbação e
Pornografia[35]. A inseminação artificial é considerada imoral [36] tal como qualquer forma de
planeamento familiar que não seja a continência periódica e o recurso aos períodos infecundos [37].

[editar] Castidade pré-marital e segundo matrimônio

A Igreja a Católica condena o Sexo antes do casamento. Segundo a igreja, o sexo é instrumento
divino e abençoado por Deus que concede aos casais o poder da Vida e por isso precisa da devida
benção divina, que é dada no ato do Casamento[38].

[editar] Proibição de métodos contraceptivos e DST-preventivos

A Igreja Católica é contra todos os métodos contraceptivos excepto a castidade, o método Billings,
o método da temperatura e a contagem dos dias. Por conseqüência também se opõe ao uso do
preservativo e à pílula.
Essa posição é criticada mesmo por alguns membros[carece de fontes?] da própria Igreja que alegam que
representa risco à saúde da sociedade perante DSTs e um aumento das situações de gravidez
indesejada.

Para a Igreja, a fidelidade no casamento, a castidade e a abstinência são os melhores meios de


impedir o avanço do HIV/Aids. Ela considera que promover o uso de preservativos incentiva o que
julga um estilo de vida imoral. Para os críticos dessa posição, esta representa um comportamento
que contribui para o alastramento da doença.

[editar] Postura ante a homossexualidade

Ver artigo principal: Homossexualidade

A Igreja considera atos homosexuais como moralmente errados. Entretanto, para ela, ter tendências
homosexuais não é considerado algo pecaminoso. De acordo com a Igreja, o pecado está em ceder a
essas tendências e adotá-las na prática [39].

Na mesma linha a Igreja repudia qualquer reconhecimento legal das uniões entre pessoas do mesmo
sexo [40] tendo-os identificado como (citações durante o ano de 2006): teoria obscura[41], loucura[42],
ataque violento contra a família e o matrimónio tradicional[43], forma de ofuscar ou suplantar a
família[44], ataque diabólico para eliminar as famílias[45], uma transgressão, uma falsa liberdade[46],
entre outras.

Em 2005 o acesso ao sacerdócio na Igreja passou a ser explicitamente negado a quem tenha
tendências homossexuais profundas ou apoie a cultura gay mesmo que não pratique a
homossexualidade. No entanto tal regra não se aplica aos padres já ordenados[47].

Em 2006 a Igreja tomou posição pública no sentido de tentar proibir a realização do WorldPride em
Jerusalém[48], tal como tinha feito em 2000 com o evento em Roma[49].

[editar] Questões ligadas ao conceito de alma e ao valor da


vida
[editar] Aborto

O aborto é acerrimamente condenada pela Igreja Católica, que alega que o direito à vida consagrado
na Bíblia é o mais importante e deve ser respeitado em qualquer circunstância. Hoje em dia na
maioria dos países europeus, por exemplo, o aborto induzido por escola da mulher é permitido,
apesar de muitos desses países serem católicos esta medida surge, segundo seus defensores, como
forma de acabar com os abortos clandestinos.

[editar] Pesquisas com células-tronco

A Igreja é contra as pesquisas usando células-tronco embrionárias. Nos métodos utilizados


atualmente para a pesquisa necessita-se utilizar embriões recém-formados, o que para a Igreja é
pecaminoso pois ela considerá que o início da vida se dá no instante da fecundação, visto que de
acordo com seus preceitos a vida não pode ser tirada de qualquer forma[carece de fontes?].

A Igreja Católica não se opõe ao uso de células-troncos adultas pois, de acordo com ela, estas
células podem ser obtidas sem a necessidade de se tirar a vida de um ser humano[carece de fontes?].
[editar] Questões hierárquicas e de organização
[editar] Celibato dos ordenados

Celibato é o estado de uma pessoa que se mantém solteira, aconselhado por Cristo em vista do reino
de Deus. como podemos ver em alguns textos bíblicos. Em Mateus (19,10-12) lê-se Seus discípulos
disseram-lhe: Se tal é a condição do homem a respeito da mulher, é melhor não se casar!
Respondeu ele: Nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente
aqueles a quem foi dado. Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos
tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do
Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda.

A Igreja não permitia que os clérigos tivessem filhos e cônjuge, para que os recursos do clérigo não
seja usado com sua família. Porém, quando os clérigos tinham filhos, eles eram bastardos e eram
criados em monastérios para tornarem-se clérigos.

[editar] Ordenação de mulheres

Como resultado do feminismo e de outros movimentos sociais e políticos que removeram as


barreiras anteriormente existentes à entrada de mulheres em profissões que eram tradicionalmente
bastiões masculinos, no último quarto do século XX muitas mulheres num pequeno conjunto de
países tentaram obter a ordenação como sacerdotes católicos[carece de fontes?].

A posição católica oficial e histórica é a de que as mulheres não podem ser padres ou bispos devido
à doutrina de sucessão apostólica. Os padres e os bispos são sucessores dos Apóstolos e, uma vez
que Jesus Cristo escolheu apenas homens para o seu grupo de doze apóstolos, só homens se podem
tornar padres ou bispos. Além disso, tem sido claramente estes os ensinamentos da Igreja desde o
tempo dos Apóstolos[carece de fontes?]. A 22 de Maio de 1994, o Papa João Paulo II emitiu uma carta
apostólica, Ordinatio Sacerdotalis (Ordenação sacerdotal) que reafirmou tal posição e concluiu:

Cristo escolheu apenas homens para seu grupo de 12 apóstolos, por isso a Igreja postula que
só homens devem ser sacerdotes.[carece de fontes?]
Embora a doutrina sobre a ordenação sacerdotal que deve reservar-se somente aos
homens, se mantenha na Tradição constante e universal da Igreja e seja firmemente
ensinada pelo Magistério nos documentos mais recentes, todavia actualmente em
diversos lugares continua-se a retê-la como discutível, ou atribui-se um valor
meramente disciplinar à decisão da Igreja de não admitir as mulheres à ordenação
sacerdotal.
Portanto, para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância,
que pertence à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de
confirmar os irmãos (cfr Lc 22,32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a
faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser
considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja.

Dentro do próprio catolicismo, o debate sobre este assunto centra-se agora na dúvida se este
documento pretende ou não invocar extraordinariamente a infalibilidade papal (veja o conceito de
magistério extraordinário) e elevar a regra de que as mulheres não podem ser padres católicos
romanos à categoria de dogma irreformável da Igreja Católica[carece de fontes?]. O desacordo sobre este
ponto atingiu o coração da Igreja. Enquanto que alguns elementos próximos ao então cardeal
Ratzinger (e atual Papa Bento XVI) produziram afirmações veementes que implicariam que aquele
documento invocou a infalibilidade (na verdade, uma infalibilidade de magistério ordinário, o que
significa, na essência, que a regra já é um dogma imutável e que o Papa se limitou a reafirmá-lo),
muitos outros elementos, em particular o próprio secretariado de imprensa do Vaticano, afirmaram
explicitamente que o documento não foi, e não deve ser considerado, infalível[carece de fontes?].

Na época, os críticos acusaram algumas pessoas ligadas à congregação de Ratzinger de tentar fazer
com que o documento soasse infalível para matar o debate, fazendo assim passar um documento
falível por infalível[carece de fontes?]. Este tipo de argumento já se tinha feito ouvir no passado,
nomeadamente sobre a encíclica do Papa Paulo Humanæ Vitæ, acerca da qual um cardeal
conservador da Cúria declarou "o Santo Padre falou; o assunto está fechado para sempre." Apesar
disso, a recusa do porta-voz do Papa João Paulo, ele próprio um conservador, em descrever o
documento como "infalível" levou a uma opinião generalizada, se bem que não universal, de que o
documento não o é. Existe também a declaração formal do Vaticano de que desde 1870 só um
ensinamento infalível foi emitido por um papa, nomeadamente a declaração de 1950 do Papa Pio
XII acerca da assunção corpórea da Abençoada Virgem Maria no Céu. A implicação é de que nem a
declaração Humanæ Vitæ nem a Ordinatio Sacerdotalis são infalíveis.

Os que defendem a posição atual respondem argumentando que "o que sempre foi ensinado" é tão
infalível como uma definição solene que emana do Magistério de Infalibilidade Papal. O que
sempre foi ensinado pela Igreja, dizem, faz parte do seu Magistério Universal, que é tão infalível
quanto definições solenes como as que são usadas para definir a Assunção de Maria[carece de fontes?].
Nesta conformidade, um mero leigo será infalível se se limitar a repetir aquilo que a igreja sempre
ensinou.

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