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Craveiro Costa

...

··Ala oas
em 193.1
'

Sob os a·uspicios do Gove~r·no do Estado, na ad1ninisttação do


Ewmo. S1·. Capitão Dr. TASSO DE OLIVEIRA TINOCO, Inter-
ventor Fe(~e-.·al, fez-se a publicação deste livro pa;)'a divulgação
das condições fisicas, economicas, políticas e sociais do Estado de
Alagoas e da1·-se U??ut imp1·essão geral do que te1n jeito !! está
jazendo a 1J0]Julação desta pa-rte do Nordeste B·ra$Íleiro.
ALAG()_4S EM 19/j1, alé·m dos aspectos fisiograjicos que.
' ·"liza, reftata, tão fielmente q-uwnto possivel em trabalhos
'"tu.t·eza, a obra do homem de Alagoas, realizada sem a-
~..·n.co e do capital est1·angei'i·os, conquista ezclusiva
"'I'/, tenacidade, da sua resistencia, e ap;·esenta.
~m11olgantes ela estatistica, o panoranta dagf
~ o solo alagoano oje1·ece a quem, o qu.ei1·a ex-

......vraçõo de ALAGOAS EM 1991 a Diretoria de Es-


~ ...tea elo Estado concorreu, com. os dados relativos a 1981
~ os quad1·os cartograficos que ilu~tram este livro.
~ · 1.1 111 a 1· i o
A~Pl':<~ro~ Ff~ICO~ - - Pusi1;:in a<:tt·nn•'IDÍNl - J.lmilf'-; - ~nrwrfll'i1• tnrilori~tl -
Zonas top(J:n·:tfka~- Y.twr.::ia lll!lrauli<:a - Ot·o;trafin - Hldro;:rufi:l - t'thu:t
- ~nluhrill:tdt• <• <'Oionil'.a~ào - \'('J.!t· t~lc;1o - )fluPrai:,:- Qu:ult·o. mPil'Ol'O!<I~i ­
I.'OS - .\li itmh•s - C\mrdt•utulns geo~rafi<·a~< - l.lmlt<>o; e :ht•:lt: tios munkipio:;
lll:;t~ml'iu-. CJUilunwtt·it-a~< <'lltn• :t l':tr•itul t• a~ ,::c~clt•o: do~ mnuid[llt), - J)i:-ttltu.:ius
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(·oln - E~tlmath·a da p.-o:Im:i'iu :\ grkt~ln mt sttrra d(' 1930-lH:U.
' !A - lll(lu»tria aR.••uc·tll'l'lnl - l11d\l~lrla t<>xtil - lndu..... tt·ia c)(' ('llltrlll', prlc..'f:
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lX~'TRl'C.:AO J>l'BT.H'A - 'En~iun J)rimnrio - En~ino ~-~·nndnrlo - Ensino normal -
F.nsiuo proflf~ionnl - En~luo suf)('rlor.
AP.\REJ,JI A:\l F.="TO F.( 'OX0:\1 I f'O - \'in<:i'ío fcrN!a - VIação roclo-r:u ri.'\ - Ylot-üo
ut"•rt>l\ - Vln~iio maritfma - YiM;iio lacustre - ('ort'<'1o - Tl'h'g~fo .
DTYJ!UO .\DMJXJ~TUATJYA DO F..'TADO.
DlTlS.J.O ,JCOH'IARIA DO E. TAI>O. ,· ! . ó ~

..
,

o

POSIÇÃO ASTRONOMICA

A área do territorio situada a leste do Brasil que, a partir de 1817,
ficou sendo a capitania de Alagoas, depois Província e Eatado, está com-
preendida entre 8° 55' 30'' e 10• 28' 50" de latitude austral e 5° 15' 36" e
go 10' 2"8" de longitude oriental do meridiano do Rio de Janeiro, segundo
a Comissão de Propaganda de Imigração e Colonização do Norte do Bra-
sil.

LIMITES
O Alvará Regio de 16 de setembro de 1817, que desmembrou a an-
tiga comarca de Alagoas da capitania de Pernambuco, não traçou as
fronteiras da nova unidade administrativa com a capitania que a incor-
pora ,.a. Elas deviam ser, é obvio, as mesmas do territorio da secular cir-
~unscrição judiciaria, conservadas pela tradição imemorial dos limites
da ouvidoria alagoana .
Essa omissão, que áto algum procurou reparar. deu lugar a di-
versas incursões pernambucanas, que ficaram prevalecendo pela razão
do mais forte, mas contra as quais sempre protestou o governo de Ala-
goas, por todos os meios suasorios ao seu alcance.
Quatro anos após á emancipação, o governador l\Iélo e Povoas
lcmbra,·a aos representantes alagoanos nas Côrtes Portuguesas a con-
veniencia e necessidade imperiosas da fixação dos limites definitivos
da nova capitania, indicando as linhas divisorias que lhe pareciam mais
em harmonia com os interesses da circunscrição entregue ao seu atila-
-mento governamental. Essas linhas davam ao territorio alagoano a di-
latação jurisdicional da antiga comarca e anexavam uma área deserta
c~nsiderada indispensavel á expansão territorial e administrativa de
Alagoas, pela região sertaneja, ao mesmo tempo que traçavam limites
insucetiveis de adulterações futuras .
A questão nacional da iridependencia, empolgando todos os espí-
ritos e sobrelevando-se aos demais problemas, obstou a a\.ão dos depu-
tados de Alagoas, nesse pleito essencialmente regional, e, portanto, no
momento, de interesse secundario.
Todavia, Alagoas não abandonou o assunto, que para ela era vi-
tal. A demarcação solicitada em 1833, 1836 e 1861 é a prova dessa pre-
ocupação dos dirigentes alagoanos. Pleiteou-a a Província todas as ve-
zes que se sentia atingida no seu direito pelas pretenções expansionistas
do governo pernambucano, ampliando suas extremas geograficas por
zonas indiscutivelmente alagoanas.
A mais recente e ostentiva dessas turbações do direito do vizinho
foi a de Mariana, povoação situada áquem da linha do Manarí, por onde
o governo de Alagoas sempre teve intervenção imemorial e incontesta-
vel.
Entretanto o Alvará de 1817 podia ter fixado esses limites, que
documentos anteriores consagravam, corroborando a tradição secular
da jurisdição da antiga comarca: o auto de instalação da vila de Cim-
bres, em 3 de abril de 1762; o decreto de creação da comarca do Sertão
de Pernambuco, em 15 de janeiro de 1810, e o auto de instalação da vila
de Garanhuns, em 23 de dezembro de 1812.
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As invasões pernambucanas tornaram litigiosas extensa área, da


qual se acha apossado o Estado de Pernambuco. Data de muitos anos
esse litigio de fronteiras, atualmente dependente da decisão arbitral do
Dr. Prudente de Morais Filho. A decisão, porém, necessita de estudos to-
pograficos que passem para a positividade do terreno a linha imagina-
ria dos Yelhos limites. Segundo essa 1inl1a, a fronteira alagoana .com
Pernambuco, ao norte e oeste, parte do ribeirão Persinunga até ás suas
nascentes e daí, por uma reta, até o rio Jncuí})e, acima da sua emboca-
dura no rio U na; depois, pelo rio 'l'aquara, até as suas nascentes, por
uma reta. daí tirada, passando pelas serras Peluda, Guranlmns e outrasp
até o lugar Genipapo, no rio Ipnnema~ e, finalmente, por uma reta que,
partindo desse ponto, vá ter á. confluencia do riacho Jinunrí com o llo-
·xotú.
·As duvidas atuais desaparecerão em absoluto desde que afrontei-
ra fique assim determinada. Essa demarcação foi solicitada pelo arbitro-
scolhido pelos Estados litigantes, como ind!spensavel á sua decisão
final; mas até hoje, inexplicavelmente, tem sido ela adiada.
Nessa linha norte-oeste ficam os municípios de :\Iaragogí, Porto
Calvo. Leopoldina, São José da Lage, Quebrangulo, Palmeira dos Indios.-
Sant' Ana do Ipanema, .l\Iata Grande e Agua Branca .
Ao sul, Alagoas faz rronteira com os Estados de Sergipe e Bafa,
servindo o álveo do São Francisco de iin1ra divisoria. Por esse lado não
ba duvidas.
A leste fica o oceano Atlantico. desde a foz do Persiuunga á barra
do São Francisco .
SUPERFICIE TERRITORIAL
)~ linhas divisarias do Estado dão-l he a fórma aproximada de
um t riangu!o retangulo, cujo angulo reto está na foz do São Francisco.
No Moxotó trunca-se o triangulo, alterando-se a harmonia linear de
sua configuração geometrica.
· A linha litoranea estende-se da embocadura do ribeirão Persinun-
ga, ao norte, á barra do São Francisco, ao sul, e mede, aproximadamen-
te, 260 quilometros; pelo sudoeste o thP.1wcg desse rio, de sua foz até
receber as aguas do l\loxotó, fôrma outro lado do triangulo, com um~
extensão de 270 quilometros, pouco mais ou menos; do noroeste para
o norte, por variados cursos de mediocre importancia e diversas rami-
ficações orograficas, segue a terceira linha, do Moxotó rumo aos maoa-
deiros do Persinunga e por este desce á sua confluencia no Atlantico.
Essa linha desenvolve uma extensão avaliada em 340 quilometros. A
altura do triangulo será de cerca de 160 quilo metros .
Todas essas medidas estão sujeitas a verificações positivas. no
terreno; · en treta o to elas permitem a estimativa do Dr. Moreira e Silva,
de 30.000 k 2, para a superficie territorial de Alagoas e autorizam os cal-
cuJos do Dr. Gonzaga de Campos, de 30.500 k 2, tendo sido esta a superfi-
cie adoptada pela Diretoria Geral de Estatística, por ocasião <.los inqueri-
tos censitarios de 1920 .
Aliás ambas estas estimativas não estão muito distanciadas dos
calculos dos engenheiros Carlos Mornay (27.591) e Hermilio Alves
(28.504) e da Comissão de Propaganda de Imigração e Colonização do
Norte do Brasil (29.500), devendo ter-se por errada a avaliação da Co-
missão da Carta Geral do Imperio (58.504L adotada por muito tempo, e
ainda hoje citada, devido a sua procedencia oficial.
Estudando a extensão territorial do Estado, o erudito Dr. Moreira
e Silva diz que "a superficie da parte não contestada de Alagoas está
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folgadamente calculada em 30.000 k:!, sendo 27.692 do triangulo Persi-


nunga-São Francisco-i\1oxotó (foz desses rios) e mais 2.500 da á rea
situada entre a hipotenusa tirada da foz do Persinunga e do .:'vloxotó e a
linha de posse provisoria. •·
E' Alagoas, quanto ao territorio, dos menores Estado do Brasil
só l!le sendo inferior, em extensão, o Estado de Sergipe. '
São em numero de 36 as atuais circunscrições municipais, as quais,
conforme a sua situação geografica, podem ser assim classificadas:
Zona Maritimn:

Alagoas, Camaragibe, Coruri-


pe, Maceió. ~laragogí, Piassa-
bussú, Pilar, Porto de P edras.
Santa Luzia do )1orte. São Luiz
do Quitunde e São ~liguei dos
Campos . . . . . . . . . . . . 6. 773 kms.!! 22,57 Sup. rei.
Zona llontaullosa ou da ilinta:

Atalaia. Capéla, Leopoldina, '


Murici, Porto Calvo, Quebra n-
gulo, São José da Lage, L'nião
e Viçosa ... . . . . . . . . . 6 . 506 21,68 ,
Zona ~aniraneil'lcanu:

Belo ~lonte. Igreja ::\oYa, P e-


nedo, Piranhas, Porto Real do
Colegio, Pão de Assucar, São
Braz e Tra ipú ...... . . . : . 7 .091 " 23,63 "
Zona Sertaneja:

Agua Branca, Anadia, Arapira-


ca, Junqueiro, Limoeiro, Mata
Grande, Palmeira dos Indios e
Sant'Ana do lpanern~ . . . . . . 9 . 630 ,. 32,13 "
,

30.000 " 100,00 ..


ZONAS TOPOGRAFICAS

Relativamente á estrutura geologica do terreno, o Estado com-


. preende quatro zonas topograficas distintas, que são outras tantas zo-
nas economicas.
A primeira estende-se do Persinunga á embocadura do São Fran-
cisco, pela orla do Atlantico, apresentando o aspecto físico peculiar a
toda a co!.ta brasileira, ao nordeste - terreno baixo, plano e arenoso .
• Um ou outro detalhe quebra a harmonia da generalidade. Em ger a l a
planura entesta os flancos coloridos das colinas adjacentes e eleva-se,
aqui e a li, em dunas, umas de forma~ão definitiva, outras ainda moved i-
ças, á mercê dos ventos varios do litoral. Suas partes mais altas não ex-
cedem de seis metros, acima do nivel médio do mar, e as mais baixas, d&
dois .


-12-

Essa faixa Jitoranea, na sua extensão de 260 quilometros, aproxi-


madamente, ora se alarga até o maximo de 1.000 metros e é, então, pla-
nície entrecortada de trechos inundaveis pelas marés altas, de alagadi-
ços e embocaduras de rios da vertente do mar; ora se estreita e é, então7
simples trilho de areia alva apertado entre o oceano e a orla abrupta dos
outeiros, que alteiam até 60 metros as ilhargas escarpadas e desnudas.
como nos morros de Camaragibe, ao norte, e nas barreiras do Jiquiá, ao
sul.
Cobre-a, nos paúes, varias especies de mangues e, nas partes en-
xutas, uma vegetação propria, que tem no cajueiro o seu representante

I de mais alto pórte. Do ponto de vista vegetativo careceria de importan-


cia esse trecho da zona marítima, se a cultura do coqueiro chamado da
Baía não lhe tivesse dado um excepcional valor economico, que aumenta
dia a dia.
Assinala-a acidentes sem grande relevo fisiografico - pontas de
terra que recurvam a linha do litoral, formando lindas enseadas e por-
tos, que servem ao Estado, dos quais o mais notavel ó o de Jaraguá, pela
su~ acccssibilidade á navegação de grande calado .
E' nota\'el ainda essa faixa do litoral alagoano pela existencia de
• numerosos afloramentos de folhelbos betuminosos com ocon-cncia de
~sfalto, em toda a costa, principalmente entre as embocaduras dos ria-
chos Garç:J.. Torta e Doce. a 14 quilometros a NE de Maceió.
Esses fol helhos a~sociados a rochas de diversas forma~ões geolo-
gicas ficam expostos na praia durante a baixa-mar.
Ha muitos anos a presença desses !olhelbos vem chamando a
atenção dos especialistas, despertartdo a esperança da existencia de
~~neles jas idas petrolíferas em toda a região. A primeira afirmativa
C'ientifica dessa riqueza foi feita pelo engenheiro romaico, Dr. José
Back, que consegui u interessar alguns capitalistas nos seus estudos e
explorações, organizando-se uma em preza industrial para isso. Com a
morte do engenheiro a empreza fracassou.
O Serviço Geologico e 1\Iineralogico do Brasil, em 1919, mandou
ao Ett.ado uma comissão chefiada pelo geologo. Dr. Eusebio Paulo de
Oliveira, tendo essa. comissão se entregado a estudos minuciosos em to-
da a costa. Desses estudos e pesq uizas cientificas r esultou a sondagem
do terreno, em varios pontos, por meio de perfuração, afim de verificar
se realmente existiam lençóes de petroleo no loca.l. Essas sondagens.
pela insuficienc'ia dos aparelhos, não deram resultado apreciavel.
Todavia o assunto continua a despertar Interesse sempre crescen-
te, firmando-se a convicção na existencia de uma enorme riqueza pe-
trolifera nessa zona .
Assim temos a primeira zona t opografica do Estado, aparente-
mente pauperrima, duplamente enriquecida- a cultura do coqueiro, que
o homem semeiou e continua a semeiar, aumentando dia a dia o valor
aquisitivo da terra e o volume da produção regional, e os folhelhos betu-
minosos que se poderão tornar uma fonte de opulencia para Alagoas e·
para o Brasil, caso um dia se venha positivar a existencia de lençóes de
petroleo, ou mesmo se realize a industria da mineração dos folhelhos,
pois todos eles, "quando submetidos á ação destrutiva, dão origem a
oleos pesados de petroleo, aguas amoniacais, gazes permanentes, fican-
do na retorta um resíduo composto de materia mineral e de uma parte de •
carbono fixo, que é conhecida por coque de folhelhos."
Esta zona, pois, compreende a taba do litoral alagoano. A parte
baixa e alagadiça apresenta ao homem que a habita os mil inconvenien-
tes dos terrenos encharcados e pantanosos. aos quais os governos ainda
não levaram os beneficios do saneamento e da profilaxia rural. Por aí o


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homem. como a vegetaç-ão, se deprime. O ancilostomose e o impaludismo


são os dois grande inimigos tio trabalhador dos campos, como a pobre-
za do solo é o impecilho que a vida vegetal encontra para o seu desenvol-
vimento.
Essa zona fórma a frente atlantica dos municípios de Maragogí,
Porto de Pedras, Camaragibe, São Luiz do Quitunde, Maceió, Alagôas,
Santa Luzia do Norte, São Miguel dos Campos. Coruripe e Piassabussú,
cujos fundos a ssentam no planalto que constitue a segunda zona topo-
grafica do Estado.
A segunda zona é a região dos taboleiros, abarcando uma extensão
de 35 a 40 quilometros de largura, do litoral para o centro, e cujas ondu-
lações dividem os vales e dão aos terrenos diversos aspectos de produti-
vidade.
"Esses terrenos são regularmente produtivos, quando de natureza
argilosa; mas, ao sul, partindo da cidade de Alagoas, apresentam-se
francamente silicosos. São terrenos autoctones, havendo algum aluvião;
porém, na embocadura dos rios, os vales são sempre ferteis e se prestam
a qualquer natureza de cultura. A vegetação dos taboleiros é de pequeno
pórte e consiste quasi que exclusivamente de cajui. páu-candeia. manga-
beira e capim de agreste. Nos outros chapadões a vegetação é mais den-
sa e neles são encontradas essencias de primeira ordem."
A altitude do planalto raramente excede de 60 metros e suas on-
dulações estendem-se longitudinalmente, de norte para sul, desde os li-
mites com Pernambuco até á barra do São Francisco, e, transversalmen-
• te, para o interior .
A' borda do planalto ficam as grandes la goas- a do Sorte, a Mnn-
guabn. e a .firfoh\, as duas primeiras em plena fase de e ntulho pelos detri-
tos que nela depositam os rios 1Uundaú e Paraiha, e demoram as grandes
varzeas aluvionicas aproveitadas pela cultura da cana de assucar. ~esta
zona estão os fundos dos municípios litoraneos e os terrenos cultivados
pela sua população.
Abrem-se nesses terrenos os vales do Coruripe, Jiquiá. São l\li-
guel, Santo Antonio Grande, Camaragibe. Sauassuí, l\1anguaba, Marago-
gí e outros menores, todos perenes, que desagua.m diretamente no mar.
Na terceira zona, a leste da segunda, fica o resto do territorio ala-
goano. Se bem que, geologicamente, seja uma só, todavia apresenta duas
feições diferentes - a montanhosa e a sertaneja.
Na primeira, que a geologia chama de montanhosa, e, geralmente,
se chama da mnta, abrem-se os grandes vales do territorio alagoano e •
apresentam-se as maiores elevações orograficas do Estado, todas elas
derivadas da serra da Borborema.
O rio Parail>a cinde a prumo uma ramificação da serra do Bannn nl
para formar as rochas graniticas dos Doi!' Irmãos, por onde se precipita
a caudal encachoeirada sobre o solo do vale fertilissimo. O :U:nndaú, que
corre entre as serras da Barriga, do Barro Vermel110, da Jussura, da Pe·
dra, da Branca e outras derivações mais ou menos elevadas, banha e fer-
tiliza varzeas e encostas cobertas outrora de vegetação florestal, que o
homem destruiu sem cuidar, até hoje, do reflorestamento, aproveitando-
as para as mais variadas culturas. O Canhoto, apertado entre elevações
abruptas de 150 metros de altura da chã ao vale; o Jaeuipe, e outros de
importancia secundaria enriquecem extraordinariamente esta parte C:o·
terrltorio alagoano . ·
O ilustre geologo, Dr. Eusebio Paulo de Oliveira, assim descreve
essa zona:
"Na região montanhosa, em cujas zonas caracteristicas estão edi-
flca_das as cfdaães de União e Viçosa, os rios correm em leitos constitui-
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.dos de rapidos e corredeiras e mesmo cachoeiras. sendo raros os êstirêíes


~m que a declividade se aproxima da dos rios de planicie; nas m.trgens
ba. porém, planícies aluvionicas de fettilidade proverbial. Na epoca das
cnc:hentes todo o material resultante da decomposição '.! erosões das ro-
cha:: é arrastado pelas aguas, ficando descobertas as rochas que consti-
tuem os leitos dos rios, o que muito facilitará o estudo minucioso da in-
trincada formação geologica a que tais rochas pertencem.
"As serras dessa região são constituídas por uma serie de massi-
ços montanhosos de rochas cristalinas mais ou menos alinhadas. segun-
do certas direções, predominando em muitas delas as de 50-so·, consti-
tuindo escarpas despidas de vegetação, e nos altos existem chapadas ou
chãs apropriadas para a criação do gado. E' a região mais importante do
Estado, sob o ponto de vista agrícola, pois as suas terras são as melhores
para a cultura do algodoeiro e da cana de assucar, as duas principais fon-
tes de riqueza do Estado. Além disto, nela existem admiraveis florestas
em grande parte devastadas e suas terras produzem muito bem o milho,
o feijão, bases da alimentação do povo.,.
As matas que ainda existem nessa zona do territorlo alagoano
conservam essencias de muito valor para as construções civis e navais,
mobilia1·io, tinturaria, etc.
Na parte mais proxima ao São Francisco, os terrenos são mais
baixos e inundados pelas enchentes periodicas do rio. Nessas terr.as cul-
tiva-se em grande escala o arroz e são elas constantemente "enriqueci-
das J'PlO~ de positas de detritos de toda especie aí deixados pela Yasa na
ocasião das cheias, em que o rio se torna muito caudaloso."
Essa região é banhada por numerosos cursos de aguas perenes.
destacando-se deles, pela extensão e volume dagna, os rios llioudn ti, Pa-

rnihn, tanhoto, etc. ·
.\ região montanàosa compreende os municípios de Porto Calvo.
Leopoldina, "Gnião, São José da Lage. Murici, Atalaia, Capéla. Viçosa,
Quebraugulo, Junqueiro, Anadia, parte dos de Igreja Nova, Limoeiro,
Palmeira dos Indios, Penedo, Pilar, e ainda fundos dos da segunda zona.
A região sertaneja, que, geologicamente, é parte integrante da
terceira zona, começ:a em Quebrangulo, em direção á cachoeira de Paulo
Afonso. Daí por deante acentua-se a transição topografica .
"O relevo do solo - observa o Dr. Eusebio Paulo de Oliveira -
torna-se mais suave, indicando a, existencia de um velho peneplalne no
meio do qual desponta um ou outro massiço montanhoso. E' o sertão pro-
• priamente dito, sujeito a todas as calamidades da sêca. Será a zona cria-
dora por excelencia do Estado, quando os serviços de açudagem já pro-
jetados estiverem executados. A topografia tão singular dessa r egião em
tamanho desacordo com as que costumam produzir as rochas que a cons-
tituem, parece in dicar que a sua origem deve ser procurada nas condições
climatericas semi-áridas ha alguns seculos existentes no nordeste brasi-
leiro. Nos limites ocidentais de Alagoas e Pernambuco--prosegue o geo-
logo- existem alguns massiços montanhosos de rochas cristalinas ca-
peadas por deposito·s cretaceos pouco inclinados. Isto parece indicar que
o rio São Francisco teve de executar uma poderosa desnudação dessas
camadas, antes de cavar as rochas cristalinas que formam o canon que
se segue á cachoeira. A dragagem do São Francisco é então super-impo-
sed, isto é, ele correu em rochas mais novas, durante muito tempo, antes
de atingir áquelas em que corre atua-lmente."
E', desde os tempos coloni.ais, a zona criadora do Estado. O gado,
no período calamitoso da sêca, alimenta-se de varias cactáceas, muito
resistentes á canícula abrasadora. A agua é o grande problema da região,
porque todos os rios que a cortam, além de curso insignificante, são tem-
-15- .

]>OrariÔs, aJimentados pelas chuvas "concentradas em prec-ipitações su-


cessivas e espaçadas em seguida". A açudagem ~Prá a solução do grande
problema sertanejo.
Mesmo assim, numa luta sem fim com a sêca, as populações ser-
tanejas fazem da pecuaria a base da sua prosperidade. Durante as gran-
des estiagens os prcjuisos são enormes, e, para muitos, totais. O gado
bovino, principalmente, sofre os horrores da sêca, e, não raro, as fazen-
das se despovoam completamente. O gado caprino é o mais resistente e
o que mais se desem·olve, dando lugar a um largo comercio de peles.
A' montante de Pão de Assucar, até a cachoeira de Paulo Afonso.
a estrutura do terreno não permite culturas. E" propriamente a região
sertaneja, áspera, batida de rijo pela canicula escaldaule. Da serra de
Agua Brancu á de jfata Grande, á de Pnriconlm e ramos dh-ersos que to-
mam curiosas denominações populares, ao ocidente, estende-se uma área
de 80.000 hectares, aproximadamente. de terras fertilissimas. abundan-
tes de fontes perenes e proprias ás mais variadas culturas. E' o oasis da
região. De ~iata Grande ao riacho Cnphí vão 18 quilometros de caatinga
e ardentia. Do ('ni>iaí á serra Pretinbn o solo melhora, apresentando ve-
geta<:ão mais robusta e densa, e esses terrenos estendem-se até a serra
de Snnt'..\na, numa extensão de 30 quilometros, mais on menos. As rami-
ficações da. serra de Snnt'~\.nn denominadas Hui:, Po<:o, Tn}lt'Ta e outras,
são boas terras, cobertas de mata, e nelas cultiva-se largamente o algo-
doeiro. Daí por deante, rumo á serra de Santu Cn1z, demora o agreste.
As fontes rareiam. ~Ias a serra de Snntn Cn11.. a 16 quilometros da cida-
de de Palmeira dos lndios, interrompe essa feiç:ão fisiogratica da região
- boas terras, largamente cultivadas.
Da hidrografia dessa zona apenas o São Francisco é de aguas pe-
renes; os demais depende~ do regimen de chU\·as- o :lioxotó. o Citba-
~ns, o lpnncma, o I>iuhn e outros.

ENERGL\ lliDRAuLIC.\

As reservas de energia hidraulica existentes na America do Sul


atingem a 55 milhões de cavalos-vapor. De~se total mais de 50 oj• se en-
contra no Brasil, seja uma potencia bidraulica de cerca de 30 milhões de
cavalos-vapor.
Alguns rios que banham o territorio alagoano podem fornecer
uma potencia hidro-eletrica bastante consideravel. A principal força des-
se genero está no rio São Francisco e é, todos sabem, a cachoeira de
Puulo Afonso. em terras de Alagoas.
As quedas da Paaulo ..\iou~o, distantes da embocadura do rio 140
milhas aprox imadamente, oferecem uma potencia utilisavel calculada
em 2.000.000 de cavalos-vapor, durante o período das enchentes, e de
700.000, no periodo da baixa das aguas.
A altura maxima das ca:;cata~ de Pnulo Afon. o é de 89 metros.
O sabio professor Hartt afirma ser a cachoeira de Paulo .\fonso 38 metros
mais elevada que a do ::Xiágnra e assim a descreve: "~esta parte do rio,
as aguas oprimidas entre duas enormes muralhas de granito, derramam-
se a principio em correntes impetuosas sobre um plano inclinado, e, em
seguida, precipitam-se em tres saltos. Quando o rio está cheio, a queda
fórma um quarto braço, todos separados por pitorescos grupos de rochas.
O principal salto cái formando uma curva a meia altura sobre o canal de
pedras através do qual passam as a;uas, que comprimem violentamente
a corrente do norte contra as aguas do outro lado da corrente, misturan-
do-se. ~sde então não se reconhece mais agua em quantidade aprecia-
I
-16-
vel: tudo é espuma, tudo é \apor nevoso, num salto formidavel, wdo é o
cáos das aguas despenhadas, precipitando-se no abismo."
"A cachoeira mede de 15 a 18 metros de largura e passando assim
por tão estreito canal, torna-se notavel pela impetuosidade da corrente.
Dessa circunstancia resulta. que a cachoeira de Paulo Afonso, rivalizan-
do com a do Xiágara em altura e volume dagua, apresenta, entretanto,
um aspecto inteiramente diverso desta, pois a agua se despenha unifor-
memente numa vasta superfície. Vista á distancia, a queda do Niágara
parece avantajar-se em majestade; mas a Paulo ..\ionso a excede, quan-
do o observadQr dela se aproxima. O volume das aguas do :Yiágara é tal-
vez maior, mas. na variedade dos aspectos, na singularidade dos contras-
tes, nem uma queda. dagua no mundo se póde comparar á de Paul~
Afonso."
r\o fundo do precipício, a corrente, apertada entre rochedos alcan-
tilados, continua o seu curso por leito pedregoso, até Piranhas, forman-
do outras cucho~iras das quais a mais notavel, pela beleza e potenciali-
dade, é a dos \'eu do~.
Diversas têm sido as tentativas de aproveitamento dessa força for-
mid;:o,vcl, para transformai-a em bulbn hrnnt'a.
Delmiro Gouveia instalou no povoado Pedra, a seis leguas da ca-
choeira. uma grande fabrica, que, passando, ultimamente, a outros
proprietarios, teve os maquinismos destruidos, para que a Machine Cot-
ton ficasse com a exclusi vidade da fabricação de linhas. reservando-se á.
fabrica a indnstria do fio de algodão. Delmiro Gouveia fizera instalações
perfeitas hidro-cletriras. aproYeitando daquela inesgotavel reserva hi-
draulica apenas 1.200 cavalos-vapor, pretendendo aumentar esse apro-
veitamento para montagem de uma fabrica de tecidos. Era ainda pen-
samento des::;e grande industrial brasileiro aproveitar a caudal do São
Francisco para irrigação da zona sertaneja. afim de desenvolver a cultu-
Ta do algodão e intensificar a industria pastoril.
Outras tentatiYas de aproveitamento, que se esboçaram perante
o governo, fracassaram.
A cachoeira formada pelo rio Cnmnragihe, no lugar Serra d'Agu~
tem aspelos naturais de grande beleza. O seu potencial está calculado em
7.500 cavalos-vapor. Não ha, porem, aproveitamento algum dessa força.
A Companhia Alagoana de Fiação e Tecidos, proprietaria das fa-
bricas Cachoeira e Rio Largo, no municipio de Santa Luzia do Norte.
aproveita uma parte da. força hidraulica de 1.000 cavalos-vapor do rio
Munduú, no lugar denominado Cachoeira.
Outros rios podem fornecer consideravel potencia ás industrias.
As reservas existentes no Estado podem ser avaliadas em 2.100.000 ca-
valos-vapor.
OROGRAFIA

O Estado de Alagoas não tem propriamente um sistema orografico.


As elevações que nele se encontram e cujas altitudes maiores pouco ex-
cedem de 600 metros, são ramificações das extremidades meridionais da
cordilheira da Borburema, em cuja aba está a parte central do territorio
alagoano.
Destacam-se as elevações seguintes: Do sudoeste para o nordeste.
as serras de Agua Branca, Paulo A'ionso, Bois, Camuxlngn. A serra da
Carnngueijn esgalha-se, ao sul, nas serras de Santa Cruz, Priáca e Ma-
rnbn, e, ao norte, nas de Palmeira, Plrangussú, Lnnga e Talhada. A ser-
ra do CaTnlelro abre-se em dois cordões: ao sul, Jussara e Barriga, no
.
rumo de E, ao norte, rumo NE, a serra do CanJvete. A cordilheira do
-17-

BoJiio cÔmpreende, em direção ao . ·E, 3fnr11rliitn, )fci() e Gn' i~•'· Isob.-


damente, salientam-se as serras da {'ni(arH, (!J•unnii, Olho~ «J•_\t!'t.n, rn-
rnfuso, Vento. As demais elC\·a\'ÕCs ~ão Romenos .
.\s maiores <.Jtiturl R elo Estado estão em ~lata Gru.nde (G35 ll"-
tros); Anadia ("\lar Vonltelho. 505 l.H'LI o: ; Palmeira elos ·1 dios (Anun,
360 metros); .\gua Branct&. (350 nPtros): QueiJrangulo (3..J.2 metros).
Estas localidades c muitas outras são de clima ~~luiJ<'rrimo . O fenomeno
da diminuição da temperatura pela elevai]: o do tC'rrcno nelas se verifica.
e seria uma justific.:aç;ão concludente da teori', se não f c Rsc ela uma. r ea-
lidade.

IIIDnOGRAFIA

Ka hidrogrnfia alagoana não existe uma rêdc natural <le \·ias de


comunicação, que permita o dcsmp:olvimento da navegação fluvhl. So-
mente o São Francic:;co, numa extensão ele cerca de ~10 quilometros, de
sua. foz á villa de Pil anh<'S. oferece cnsanclws pa1 :1. o d~~cn vol•:imcnto
da sua atual na\·etra~ão. desde 'lt:C a sna llarra s~j<' dc~ol>~truida para
dar acesso, até a cidade de Penedo. á navegação a \'apor •le mn.it"~r cal'ldo.
Os demais 1 io!:-l do Estndo, todos de llC[!IlCJ10 peretm~o. inclusive o
:!\fundnú, o Pnraíhu, o Sãu !}Iig't!f'l, o ('nrt ril~c, o ~nntn .\n' min, o~ tre3
ultimas uavegavcis por cmbarraÇÕlS de l>"<Jl!ClVl c:ahota~em até m: s~idps
dos r espectivos municípios. não t -:.~l. profm,didadc sufic i ~t,le c refletem
no ~cu c·urso c caprichoso rel evo do solo.
Do J10I1to de vista ela nn.n~gahilirl~de, pois, ~l..s a terias nuviais
alahoanas são pauperrimns.
Du1.s são as vertentes que se notam no Estado, a do nn.r c a do
S~ o Fra nci~co .
Para o mar correm os rios seguinte:;: Pcr!'inPntrn. com um curso
de 25 r uilometros; .JIH'IIipE>, qne desagúa na bacia do l'nn: Páo~, com
cerca de 20 qnilomCtl'OS de j)Cl'C'ttrso; nlal':t!!( !"Í <'Olll 11 f~'tilomctros;
Snl!t:Hfo, tambem c-lwmado ~ão Bl'nto, ('Olll ao quilomctrog: ){ltn(!'Uilhn,
que apresenta. um curso de 95 qnilomctro!' c recehe o Ta1m rHmd~. )!o-
<·aitá e {'umamdutuha; Tut t:nnunha, com 18 ouilometros; )fnnimbú, com
12 quilometros; famtU1'3!!il;c, na.\'Cf.1xel ntt' n. <:idade do Pa~so por embar-
C':t.ções de p~quena cn.IJolag-cm. <·om um Cltr··o de 11 ~ qailom ~trm;; Snnto
.\ n t<.tn i o ~rn111lE', 1 avcga vcl 1 t é a cidade de São Luiz do Qui tu 1dc, com
92 quilometros de percurso: Sa}lucní, com 21 quilometros; Sann-.suí,
com 16 quilomctros; Snnto .\ntcmiu 1\ririm. eom 70 r1t.i ometros; l'ratu~í.
com 25 quilometro<;: Juc·nrN.'h·n. com 2:l quilOI!l(>tro:-;: 1\fnnfln.ú, quedes-
emboca na lagôa c'o m"smo nome, t3mbcm chamada elo Norte. que tem
um curso de 190 quilornetros; l'u,.níhn, que <1< sagúa na he;oa. )fnuguahn,
com 200 quilom ctros ; ~umnumu. com 40 quilonH tros; ~in Jli~ucl, navc-
gavel até a cida.de do mesmo non,:!, com SO quilometros; Jif1uiá, quedes-
peja na lagôa deSSP nome. com 90 quilomctros: CururitH'. navega.vel até
a cidade do seu nome, com um curso de 150 qui!omct1 o.;, e outros ainda
mcnor"s P inavegnveis .
Para o São Francisco afluem os feguin:cs : Pb.u!, com ·15 quilo-
metros; Bonrica, 38; 1'rnipú, com 19C::; ljunu·m::. f'aila«~ns, ~I o ·o til e ou-
tros de menor importancia, todos rios tem porarios.
As tagôas da verlentc do m'lr, pertencem á categoria elos ln~o:-; de
hnrrngem, com origem em dunas. desmoronamc•nos, bancos aluviais,
cordões litorais, ou submersão de vales, seguida da formação de um cor-
dão arenoso. Parece que a esta ultima cau!'a pertencem as ln~oas prin-
c ipais do litoral, )fundaú, .li<tniú, )faug·nl!hn e out1·as, segundo a opinião
do Sr. Delgado de Carvalho.
-18-

A liunduíí ou do ~orte, que os indígenas chamavam Puranan-gue-


ra (que foi mar), situada na parte inferior do extenso vale do :\1undaú,
tem 20 quilometros de comprimento por G de largura . Foi outrora, sem
duvida, uma enorme e formosa baía, que teve as suas entradas obstruidas
por duas extensas restingas de areia- a de :nacció, que significa "que
tapa o alagadiço'', onde se acha situada a capital do Estado, ao norte, e
a Ma~aguern, que quer dizer "o que foi alagadiço '', ocupada pelo povoa-
do do mesmo nome, ao sul, como opina o saudoso :'.Ioreira e Silva.
A lfnng·uaba ou do Sul, com 28 quilometros de comprimento so-
bre 5 de largura, com formação identica á daquela.
"Estas duas lagôas, separadas em grande extensão por um longo
planalto, comunicam-se na sua parte oriental pelos canais denominados
- da Seriha, ao nascente, e dos Remedios, ao poente, os quais ladeiam a
ilha de Santa Rita, abrindo-se o primeiro numa barra unica que as põe
em comuni cação com o mar." (~Im·eira c Sih ·a).
A do Jiftniii, situada no trecho inferior do vale do rio que lhe dá
o nome, mede 22 quilom etros de comprimento por 5 de largura e está a
10 leguas daquelas duas. Deve ter sido tambem uma grande baía cuja
entrada se acha obstruida .
.Alem destas existem na vertente do mar as seguintes: Nlquim,
Pneus, Doce, ComJ>ridn, Jiangucs, 'l'uhoudo, A.zcdn e Jh<'nreclcu, no lito-
ral do município de São l\Iiguel dos Campos; T lmhó, Escnrn, TnlJolciro,
Gunxuma, LnYngem e Ouro, no litoral do município de Coruripe.
Na Yertentc do São Francisco, a partir da foz, contam-se as se-
guintes; Doucica, a sudoeste de Igreja Xova; Coqueiro, junto á vila do
Colegio; 1'apuio e Santo, em São Braz; Cnrlos e Igreja, perto da cidade
de Traipú; Funda, acima de Belo :\Ionte; Porto e Pão do Assucnr, aos
lados da cidade deste nome, e muitas outras de importancia secundaria.

CLI~IA

O Dr. Juan G. Bellran, em sua Gcogrnfia Gcnernl de .tmericn y


particular de la Ar!;'Cntina (3 edição, 1925) tratando do clima dos paizes
tropicais situados na zona torrida, diz que "antigamente acreditava-se
que a zona torrida era uma região condenada e que o homem, ali, con-
sumido pelos calores do Equador , não podia ter a energia física e a ca-
pacidade de trabalho dos habitantes da zona temperada. Esse erro -
acrescenta - se baseava no desconhecimento das leis fisicas do globo e
foi, aos poucos, desaparecendo, até que se desfez completamente depois
que o Barão de Humboldt fixou bases mais seguras e de mais amplos re-
sultados cicntificos, mediante a teoria das linha' isotermic~u-."
Hoje, é sabido, o clima não é uma conscquencia infungível da po-
sição fi.Stronomica de um paiz, pois as altitudes, as condições fisicas do
solo, a direção dos ventos reinantes e das correntes marinhas, a proxi-
midade das grandes massas daguas doces ou salgadas e as florestas, mo-
dificam sensivelmente o clima.
Dentro dessas modernas teorias dos agentes modificadores do cli-
ma, o Dr. 1\loreira e Silva achava que a disposição orografica de Alagoas.
a exuberancia de suas florestas, a distribuição do seu sistema hidrogra-
fi co, a dire~ão e humidade dos ventos dominantes, davam ao clima de
Alagoas os característicos de um clima bastante agradavel. E acrescen-
tava, corroborando a sua opinião:
"A cordilheira da Borburema, bifurcação setentrional da grande
cadeia central ao NO, e as ramificações mais importantes, neste Estado,
dirigindo-se perpendicularmente aos ventos humidos de SE, que nelas
se elevam e determinam condensações, converteram a parte oriental do
-19-

mesmo territorio em uma região bastante chuvosa. As florestas, por sua


vez, ao mesmo tempo que representam uma consequencia dessas chuva~.
favorecem-nas igualmente com J) vasto relevo d?~ sua folhagem.
"1'\este Estado, as chuvas começam desde a passagem do sol para o
hemisferio boreal, em março, c duram até a sua volta, em setembro, com
uma intermitencia mais on menos regular. Somente no período oposto,
quando os aliseos e monções de SE são substituídos pelas monções de
I\TE, tem-se observado, em alguns lugares da parte central, maiores in-
tervalos de relativa secura, que são devidos, mais á falta de lençóes da-
gua subterraneos, pela natureza cristalina de respecth·o solo, do que
mesmo á interrupção das mencionadas chuvas.
~~A distribuição e riqueza do sistema hidrografico de Alagoas man-
tem-lhe a atmosfera constantemente impregnada de vapor dagua, con-
correndo desta fórma para a fertilidade do solo. O oceano Atlantico, a
leste, o São Francisco, ao sul, c os numerosos rios e lagôas das duas ver-
tentes, em todo o Estado, constituem as superfícies alimentadoras dessa
impregnação. '1
As temperaturas extremas, centígrado, registradas nas diferentes
estações meteorologicas do Estado, no correr de 1931, deram as médias
anuais seguintes:
Estações ::\llaxima Minima

Maceió . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28,8. 22,5.


Palmeira dos Indios. . . . . . . . . . . . . . . .. 30,1° 20,5°
Porto de Pedras . . . . . . . . . . .. 28,7• 21,3°
Anadia . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30,1° 19,2°
Coruripe . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29,4° 20,5.
Saut'Ana do Ipauema (9 meses) 31,6. 19,8•
Porto Real do Colegio (5 meses) l2,6o

As maiores maximas registradas foram as seguintes:

1\Iaceiõ . . . . . . . . . . .. .. . ... 32,5°


Palmeira dos Indios 37,8°
Porto de Pedras . . . . .. 31,9°
Anadia . . . . . . . . . . . . 36,2°
Coruripe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33,0°
Sant'Ana do Ipanema . . . . . . . . . . . . . .. 39,4.

As menores mínimas foram as que se seguem:


1\laceió . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18,()4
Palmeira dos Iudios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17,o•
Porto de Pedras... . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 17,0°
Anadia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15,1o
Coruripe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,9°
Sant'Ana do Ipanema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,8°
Porto Real do Co1eg10 · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 21,r

Durante o ano de 1931 as estações meteorologicas registraram os


totais seguintes, de chuvas:
Maceió . . . . . . . . . . . . 1.298 m/m
Palmeira dos Indios 909 " (

Porto de Pedras . . . . .. 1. 498 ..


-20-

Estações Maxima M1nima


Anadia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.086 m/ m
Coruripe ..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.136 "
Sant'Ana do Ipanema (!> meses) 1. 004 "
Porto Real do Colegio ( 4 meses) . . . . . . . . . . .. 91 »

Os quadros anexos elucidam melhor o assunto. Com esses elemen-


tos póde-se ter uma idéa mais ou menos exata do clima do Estado.
SALUBRIDADE E COLONIZAÇÃO
A respeito da salubridade do Estado, o Dr. Moreira e Silva, na
sua interessante monografia FISIOGRAFIA DE ALAGOAS, desenvolve
as considerações seguintes:
"Quente e humido, o clima de Alagoas tem sido inscrito no rol
dos calu niados pelo erro pretenciosamente repetido de que as regiões
tropicais são nocivas, sob o ponto de vista da. salubridade.
"O calor por si só, qualquer que seja o seu mnxlmum, em vez de
prejudicar a saude, conslitue um agente desinfetante de grande valor.
Sob a ação desse agente físico, apenas certos fenomenos fisiologicos se
podem modificar; assim obse_rvam-se a menor atividade do aparelho di-
gestivo, a superatividade do fígado, o aumento da respiração, a lentidão
do pulso, o exa.gero da transpiração e da fadiga.
"A h umidade, por sua vez, deixa de prejudicar, dentro de determi-
nados limites. Em suma, os climas u5o podem ser considerados causas
diretas de molestias: a a~ão destas é que se manifesta decisiva sobre os
germes que a produzem.
"O grande especialista das chamadas molestins tropicais, Dr. Pa-
trlclt Manson, prova que não existem molestias exclusivamente tropi-
cais, podendo algumas das ta.is manife:;tar-se em paizes quentes com
germes originarias de meios diferentes.
"Combatendo o mesmo erro, diz o Dr. Afranio Peixoto: "As do-
enças nos paizes frio~ foram sempre consideradas uma fatalidade inde-
pendente do clima; u·a.o se lhes sabia a causa, mas outras eram as supo-
sições dos patologistas. Para os paizes quentes, porém, o criterio é di-
verso, sem mais exame o clima é apontado como causa maior, junto da
qual todas são somenos..,
"O clima Jitoraneo de Alagoas, muito brando nos seus índices e
pouco vario nas suas sucessões, torna-se ainda mais apreci3xel na faixa
central. Sua temperatura, pouco oscilante, desce lentamente até os fins
do inverno, mas a humidade relativa, atingindo o seu maxiruum no prin-
cipio do período chuvoso, diminue sensiYelmente no decurso do mesmo
período, pelas precipitações gue lhe são consequencia.
- "A mortalidade no Estado deve ser atribuída, menos ás suas con-
dições c1imaticas do que ás saPitarias. "A saude no globo é independen-
te da fatalidade das latitudes; é uma conquista elo esforço e do conheci-
mento humano " , diz o Dr. Afranio Peixoto."
"Desprovida dos recursos sanita rios de que dispõem outros cen-
tros civilizados, Alagoas, resentc-se de melhoramentos que presente-
mente se tornam indispensaveis. Devido a isto, acometem-uos ainda,
preferindo as classes que lhes csLão m~ is ao alcance ou a~ cslações que
lhes cmTem mais propicias, o hnrnludismo e a nncilostomose.
"Aos agentes produtores destas molestias, que representam as uni-
cas endemias no Estado, juntam-se, na capital, duas circunstancias de
não menos importancia - a mi ·ernhiJidnde c o urlJanismo • .A primeira
-21-

concorre para a maior parte do roapectivo obituario; a ultima favorece á


primeira e ao abandono dos campos, com prejuiso manifesto da agricul-
tura ...
Calcula-se em cinco milhões o numero de estrangeiros que vie-
ram para o Brasil depois da independencia, predominando italianos e
portugueses. Mas toda essa corrente imigratoria foi encaminhada para
os Estados meridionais. Infelizmente ainda está vitoriosa a opinião de
que ao norte do paralelo de 16° de latitude sul "não devem ser tentados
estabelecimentos coletivos permanentes de estrangeiros' .
Essa opinião tem concorrido para que o norte viva exclusivamente
do trabalho nacional, despovoadas as suas terras, por melhores que elas
sejam. Alagoas tem sofrido os efeitos desse erro governamental. Ela
nunca teve o concurso do braço estrangeiro no arroteamento das suas
ten-as e no desenvolvimento das suas riquezas. Tem vivido de si mesma,
do seu esforço, do seu trabalho ...
Em 1892, tentou-se a imigrac;ão para o norte. Para isso foi nomea-
da uma comissão da qual era presidente o então major de engenheiros,
Gabino Besouro, governador de Alagoas. Essa comissão estudou detida-
mente as diversas zonas agrícolas em que se divide o Estado; o sistema
hidrografico, suas condições de navegabilidade como vias de transpor-
te; o estado higrometrico dos terrenos banhados pelos principais cursos
fluviais, a vegetação que os mesmos produziam e as culturas a que se
}n cstaYam. Fez ainda o estudo do sistema orografico, do clima, das ri-
quezas principais, na flora e na fauna, o carater geologico do solo, a clas-
sifica~ão dos terrenos agrícolas, etc., enfim tudo que era necessario a um
scnTiço completo de propaganda da imigração e colonização do Estado.
A comissão encarregada desse serviço em Alagoas fez excursões
RO Yale do Paraíba, no vale do 1\lundaú, ao Riacho Doce, a Atalaia, Pilar
c Alagoas, aos vales do Camaragibe e do Jacuipe, ao vale do São Fran-
ci'="CO, enfim percorreu tQda o Estado, divulgando amplamente o resulta-
do das suas observações e estudos científicos.
Um projeto de regulamento para as colonias de imigrantes no Es-
tado foi elaborado; foi feita a carta corog1·afica do Estado e publicada
uma noticia sobre Alagoas, em português, italiano e francês. Depois
a comissão foi dissolvida e nunca mais os governos, federal e estadual,
se preocuparam com o assunto.
VEGETAÇÃO
A flora do Estado em nada. difere da que se acha compreendida
na faixa fitologica do litoral oriental, encontrando-se nela especimens
característicos de todas as zonas botanicas brasileiras.
No Estado, entretanto, distinguem-se duas zonas - a do sertão
e a do litoral, que divergem profundamente no aspecto, apresentando
famílias botanicas diferentes, nas quais predominam as leguminosas,
que são como que a plebe da flora nacional.
O sertão é em geral pouco arborizado. A vegetação apresenta-se
por caatingas. capõcs e carrascais. Abundam as cactaceas, que são, no
periodo das estiagens, a agua e o alimento do gado. As caatingas sã.o a
vegetação tipica da região sertaneja, formadas do caatingueiro, do xique-
xique, das juremas e outras especies peculiares <1e medíocre porte. Os
capões emergem dos lugares humidos, em bosques, atingindo a \"egetação
altura de certa importancia.
Na região montanhosa, porém, ainda existe consideravel riqueza
florestal, ao lado das capoeiras que substituem as florestas que o homem
devastou, nem sempre com inteligcncia.
-22-

Pondo-se de lado as especies mais modestas que vicejam nos cam-


pos e vivem espontaneamente em pitoresca promiscuidade nas matas de
.. Leopoldina, Porto Calvo, Camaragibe, São Miguel dos Campos e outros
municípios, encontra-se grande abundancia de especies resinosas, tex-
tis, lindos cernes para mobiliario, lenhos preciosos para construção civil
e naval, de a lto valor comercial.
As matas al~goanas jã forneceram á nossa marinha de guerra,
nos primeiros dias da Independencia, duas corvetas construídas nos es-
taleiros que existiram em Pajussara, e a inda hoje os estaleiros a lagoa-
nos constroem os ,·elcifos da nossa navegação costeira e os barcos que
fazem os serviços internos do porto de :\1aceió.
Essas matas eram tão importantes que a metropole, sentindo a
necessidade de defender tão rico patrimonio contra a devastação do ho-
mem ambicioso, creou em Alagoas uma magistratura especial - o juiz
conservador dns mn:as. Mas, apeza.r dessa precaução e da vigilancia que
se exercia, pouco a pouco, as matas foram dando lugar ás capoeiras, de-
vastadas pelo machado e pelo fogo.
Contudo no Estado ainda existe uma importante riquez-a florestal,
embor a dela se não fac;:a comercio externo. Para referirmos somente as
especies de aplicação industri~J c as mais procuradas para as constru-
ções e a marcenari a, citaremos:
Plantas tan Ireras: açafrão, angico, mangue, aroeira, barbatimão,
ba rauna, jitaí, muricí, pacoYa-brava, páu-brasil, páu-ferro, sapucaia, ta-
tajuba, urucú e outras que nodem fornecer materia prima á industria
tanifera, assegurando-lhe altas porcentagens.
P1nutas oleo~i nosns: Cajueiro, mamona, cumarú, coqueiro da
Baía, ouricuri, catolé, dcndê, algodoeiro e outras.
Plantas tcx.tis : Tucum, gravatá, coroá, piassava, coqueiro da Baía
e outras .
lfudeirns para mlll'Cf.lllnria : Amarelo, vinhatico, angico, cedro, co-
ração de negro, gejuiba, jitaí, jaqueira, jacarandá, louro, paraíba, piti-
mijú, páu-santo, etc.
1\Iadeiras }mrn fonstru~ão: Aroeira, barbati mão, bordãosinho,
bra una, camassari, giquitibá, gororoba, i!Jé, Maria-preta, massaranduba,
pá.u-darco, quiri, páu-ferro, sapucaia, sucupira, páu de jangada ou cor-
tiç:a, etc .
Entre as numerosas especies que produzem fibras destacam-se:
Coroai (XcogruzioYin n'll'icgntn) bromeliácea que vive espontanea-
mente nas matas alagoanas, e é explorada rudementarmente pelo povo
na c01·doaria c na simples extração das fibras parl. exportação, como ma-
teria prima; o gra,•atii (Bromclia Karatas), outra bromeliácea que nas-
ce espontaneamente em todo o Estado e cuja fibra, embora não tenha a
resistencia do coroá, as suas folhas forn ecem á industria do papel ma-
teria prima de primeira ordem, pela pasta alva e finíssima que produ-
zem; a piassa.Ta (A.ttalea funiiern), encontrada abundantemente em cer-
tas zonas alagoanas. Todas elas podem, devidamente exploradas, repre-
sentar ainda um importante papel na riqueza industrial do Estado .
O coroá, principv.lmente. Ocupando-se dessa riquíssima bromeliá-
cea, o Departamento Nacional do Comercio (BRASIL ATUAL, 1931) diz
ser ela •·superior á juta indiana para a confecção de sacos de qualquer
especie e principalmente para o café, podendo, neste caso, ri\'llizar com
o canllamo e o linho ", e acrescenta esta informação muito importante :
"Estudos oficiais realizados recentemente nos Estados Unidos, chega-
ram a r esultados altamente satisfutorios relativamente ao emprego do
coroá como materia prima para o fabrico do papel; os tecnicos norte-
americanos afirmam que o coroá pode substituir perfeitamente as celu-
-28-

loses, atualmente em uso, para esse fim, e que se vão tornando cada vez
mais escassas."
Damos a seguir uma tabela do peso especifico e resistencia ao es-
magamento de algumas madeiras ainda encontradas nas matas ala-
goanas:

1\Indeirn Ires o IIporRc e/m


I tenclu ao
CS}lCcifico esmagamento
quadra-
I i do-Quilo

Angelim-amargoso. . . . . . . . . . . 0,740 I 830


Angelim-pedra . . . . . . . . . . . . . . . · \ 1,105 645
Angelim-ro~a . . . . . . . . . . . . . . . . .. 0,830 \ 630
Angico . . . . . . . . . . .1 9,930 I 775
Aroeira . . . . . . . . ... 1 1,215 I 1.005
Barbatimão . . . . . . . . . . .1 1,285 I 1.030
Braíma. . .. ... . . . . -I 1,060 I 810
Cabiuna . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . , 0,905 I 720
Cumarú .. . . .... . . . . . . . . . .... . 0,830 I 560
Cajueiro .. . .... .. .... . . . . . . . . , 0,760 I 805
Cedro . .... ... . . . . . . . . . . . . . .. . 0,620 I 470
Goiabeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 0,935 I 600
Genipapeiro . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1 0,760 I 805
Páu-d'arco roxo ....... .. ........ 1 1,080 I 730
Páu-d'arco a.Jnarelo . . . . . . . . . . . . . .1 0,840 I 710
Juca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .I 1,180 I 950
Jacarandá . . .. .. ... . .... .... . . 1 1.020 I 815
Louro ... .. ... .. ....... ....... 1 0,925 I 585
Massaranduha . . . . . . . . . . . . . . . . .1 1,170 I 770
:\fangabeira . . ... . .... . .... . ... 1 0,875 715
Muricí .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Mugubeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1
0,640
0,340
II 415
78
Piu-ferro . . . ... . . ... ... . ... . . 1,245 1.410
Páu-brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1,225 1.005
Peroba . .. .. . .... . ... ... . .... . 0,955 735
Pequiá .... . .... ... .. . . . . . . . . . 0,875 725
Pintlaíba . 0,450 280
Sapucaia . . . . . . . . . . . 1,045 690
Sucupira . . . .. . .... .
Vinhatico . .......... .
... I
...
0,975
0,975
885
740
I
Encontram-se ainda muitas outras plantas laníferas, oleoginosas, •
balsamicas, medicinais, resinosas, tintoriais, textis entre as numerosas
familias botanicas existentes no Estado. 1\Ias não ha uma exploração
sistematica, industrialmente organizada. Não ha mesmo no Estado ser-
rarias capazes dessa exploração. Importamos madeiras. A exploração
das mataR existentes é feita sem metodo e nem se cogita do renoresta-
mento. E continúa a devastação para o fornecimento de combustivel ás
fabricas, ás usinas, ás estradas de ferro, aos engenhos, constituindo essa
exploração um grande comercio que orça por muitas centenas de contos
anualmente.
As l<!rras ocupadas por matas nas propriedades rurais recenseadas
em 1920 foram calculadas em 265.674 hectares, ou 0,9 olo da superfície do
-24-

Estado e J 9.9 °j') em relação á área ocupada pelos estabelecimentos rurais.


Es<::~ úrea pode ser duplicada, pois o recenseamento daquele auo
só atingi v a 52,8 o" da superfície do Estado.

l\liNERAlS

Sflc, elo DJ. :\Iore ira e Silva as considerações que se seguem:


"K2.<1., se tem feito nt,; csla dn.ta sobre o que diz respeito a estudos
mineralogicJs neste Estado.
··si :.t l'iqucza elonomica dos depositas arque!lnos com suas gran-
des maRs:.L· dü minerios de f< rro, grafite, marmore e outros produtos, nas
diversas partes do mundo, é uma Ycrdade assinalada pela Geologia, nem
l'lll outro territorio estará em cond i~ões mais vantajosas sobre este pon-
to de visí:1. do que Abgoas.
'·Depositas de marmores t~m sido de~cobertos, efetivamente, em
diversos municípios da mencionada faixa central.
''Das jazidas dc:>te calcareo, em Viçosa, chegaram a ser utilizadas
diversas folhas em :\lacoió. Para a sua exploração foram adquiridas, por
alguns empreendedores. os neces~arios maquinismos, ficando estes, en-
tretant,...., abandonadas, não 8Ó devido ao lu,.io pouco rompensador, como,
princ:ipalmcnte. á falta de meios de transporte.
"Em Piranhas vimos amostras de calcareos igualmente metamor-
fico~ . finos c de um roseo lindíssimo, ainda inexplorados.
"De Pau lo Afonso. além da grande ouanticlade de mica, foram-
nos oferecidos minerios de ferro, que mais nos pareceram blocos desse
metal do que mesmo do aludido ruin<'rio, tal a porcentagem que apresen-
tavam em fert/.> ruetalico. Tem-se 1 econhecido tambem a existencia de
ouro em Saut'Ana do Ipanema, e de salitre nas ndjacencias do São li'ran-
cisco.
'·J•Jm varios pontos da costa c principalmente nos lugares deno-
min:Hlos Riacho Doce <' Ciarç-!'1 Torta, ~floram , nas marús baixas, exten-
sos e profundos extratos de folhelhos ou cbistos bituminosos, que ocu-
pam vastas bacias c ruja po1ccntagern em petrolco é consideravel."
Em 1923, o mineralogista português, Sr. Acrisio Levi Pereira, per-
correu extensa zona alagoana, pesquizando demoradamente Viçosa,
Quebrangulo, Palmeira dos Indios, .Anadia, Traipú c Pão de Assucar,
trazendo para a capital t;rancle mostruario de mincrios por ele colhidos.
Se;.·;un<lo esse mineralogi~ta, Olhos d'Agua do Acioli, no município
de Palmeira dos Indios, <' um lu1!ar digno de uma exploração em regra.
Situado em uma especie de contraforte, possue inumeros olhos dagua, o
que deu o nome á localidade. Uns são de agua potavel, mas bem ao pé
desles, apres~ntam-se outros de aguas salinas e ainda de aguas grossas
e oleosas. Por tocla parte, ali, encontram-se vestigios acentuados de chis-
tos bituminosos. Uma Yersão antiga afirma quo, ha muitos anos, por ali
• abriram um poço, dando-se com um liquido exquisito e inflamavel. Ater-
raram-no imediatamente, Cl'\!ntes de que aquilo era um castigo do céo,
não calculando a-quela boa gente, na sua simplicidade supersticiosa, que,
ao contrario disso. ali havia uma prodigalicln.de da natureza para aquele
afortunado rincão .
Em diferentes pontos do Estado o Sr. Levi verificou a existencia
de depositos de koalim e feldspato, aquele de grande utilidade no bran-
queamento de tecidos c, em co11junto C"Om este, fornecedor de belos tipos
de louças. O Sr. Levi fez algumas cxperiencias felizes, segundo demons-
trou com as amostras.
l\linerios de ferro o minemlo~ista encontrou na serra de 'ranque
d·~\rcn, na serra Pirnng·n.,.su'~ em :\lar Vermelho e em Anadia; na pr o-
priedadP. Riacho S~ro, em Quebraugulo; na serra dos Vt'Rdo~, em Limo-
e iro, onde constatou deposites, mais ou menos extensos, de bematite e
magnetieo.
l\'a serra Porteiras, em Traipú, encontrou um deposito de cro-
mito, ou ferro cromado , minerio de grande importancia industrial de-
·v ido a fornecer diversos compostos de grande utilidade.
Xo serrote .Ja<'uípe, na propriedade do Sr. José Beleu, em Palmei-
ra dos Ind ios. o ilenito, ferro titanado, se encontra com frequencia. Piri-
tu amnrelu e mnrensito são abundantes nas propriedades E~trcla, Cama-
rito e Siio .lu.,.f, em Atalaia.
1\Iarginando o vale formado pelo rio Paraíba, no municipio de Yi-
çosa, encontra-se a serra <lo llannnal, muito ramificada. Ai, segundo
aquele profissional, apresentam-se varios boqueirões, produtos das ero-
sões, que de ixam a descoberto. no trecho compreendido entr e \"içosa e a.
serra Doi. lrmiius, acentuados ,·estigios de gale na (minerio de chumbo)
e de l!J.~nda (minerio de zinco). A galena acumula-se de pr eferencia na
propriedade Siiu 1-'rnnei~co. situada á margem esquerda elo Paraíba, de-
fronte da cidade de \"i~osa. A hlendn foi encontrada na serra elo Unmmal.
na propriedade Grtu·atá, do Sr. Joaquim Fernandes. Kes!'e mesmo local,
-encontra m-se Yi vo~ vestígios de HZun.., mnrinhn . • como lambem na ser-
ra do Lo nl!n, em Quebran~ulo, e nas propriedades fnrlwe irn e Yarl!<'m
rlo .\rroz, em Anadia.
~o. nmnic ip io de ,\rapiraC'a, ha enormes depositas d e lluort'th tlu-
!,lo, alumiuin e <'nldo, nikelinu ou arscu1uto dt> nikcl e diferentes tipos
de ruicn-. 111n!.t n""ian n~.
Encontrou o Sr. L ev i, em grande quantidade, o ~·~mf>ri!, no valP cio
l'ÍO Porangaba, em Lerrcnos d:ts propriedad es rrriunfn, Fnzt• n tln. l>..trf' lll.
~iio ,Jo:-:t' c ('auuuüu.
O ra l<'ito foi encontrado nas serras tlo noniincio fPalmcira dos
I ndios) , Portc-irn!-i (Traipú), na propriedade l-'nrndn. em São ~liguei do-;
Campos, podendo ser (·lassificado arng-onito e da csp~cie ll"'!Jalu ll'-M•t i -
nnclo, nos lu~ares BcmJiaeio, Coruri(>~. Ol hos d'A~ua. tlu .\cioJi. en'l. toda.
a margem do J,nn~:tu.. na propriedade Jn rumntnin (Belo :\Tonte) e em
ouasi toda a orla do rio São F ranc·isco, espP.c:ialmente em São Braz. Trai-
pú e Belo :\fonte.
'!\Tnt·uwrt> (•xiste em grande quantidade no I.ungn, apresPntando be-
las colora<:Õc:;. não podendo 5er, porém. aproveitado em obras ele resis-
tencia em virtud e de ser fl'aca a sua contextura; mas, em compensaç-ão,
pode ser utiiizado vantajosamemc na fabricação de gaz carbono, indus-
tria de grande va lor e utilidade.
Ko J,un!:n, que possue uma riqueza incalculavel de minerios. en-
• contra-se o oxido de harita, a lasbastro verdadeiro, e h enwtocouitt>, ou
marmore ,·ermelho- antigo.
Em Palmeira dos Intlios, Quebrangulo. Limoeiro e Anadia exis-
tem aflorações de marmore, quasi sempre inferior. :\Ias no leito do rio
Tra ipíí, junto á serra dns Miio:, proximo á povoação Capilnra, no muni- •
cipio d~ Traipú, existe marmore de otima qualidade, cobrindo extensa
área e apresentando blocos enormes.
Hesso existe, em abundancia, nos municipios de São Braz, Igreja
1\"ova. Penedo. Piassabussú c Coruripe.
'fako o Sr. Levi encontrou em Belo ~fonte e Traipú. Sua maior
abundanc-ia está na po,roação B:'ltulh.!l, em terrenos da propriedade J arn-
mntahl. No mesmo local encontra-se a petlra de amolnr.
Aminnto foi encontrado aflorando nos lugares ~latinha e Cac hoei-
ra, no município ele Traipú, e proximo á vila de Piranhas, no município
do mesmo nome.


-26-
Grniitc ou Illomhngiua encontra-se, em quantidade consideravcl~
no va1e elo rio Hen~o. no lugar Bengo e na serra. das 1\lãos.
(lohr(> abunda na serra da Prcncn e é extraordinaria a aflm·ação
desse minerio. O Sr. Levi trouxe á capital a afirmação de que os habitan-
t es dos arredo res fundem as pedra s em forjas, obtendo cobre puro, tal a
rnormidade <.le seu teor meta.li co, notando-se ainda vestígios em Olhos
cl'Agua do Acioli c :\lar Vermelho.
De tudo o Sr. Levi P er eira trouxe num erosas amostras, que foram
por eles apresentadas ao governador, Dr. Fernandes Lima. ficando as
impressões desse profissional registradas no JOR~AL DE ALAGOAS~
numa et:.l'.·evista concedida ao a utor deste livro .
Es~c most ruario foi levado para o Rio de Jan eiro e apresentado
ao ~lini stro da Agricultura de então. Ko ~.no segu inte, o ~linisterio da
Agricultura fez acompanhar o Sr. LeYi por um seu funcionario ao Esta-
do. Não tivemos mais uoti<:ias a respeito das novas pesquizas mineralo-
gicas do Sr. LeY i .

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- 27 -
"RESll~lO CLDJ:\TOLOGICO D.\ E T.-\Çl.O DJ<j P..\Ll\lt:JR.\ DOS I~DIOS, ~O ANO OF.
1931


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QUADR O DE COORDE~,\DAS GEOGRAFIC'XS DO EST1lDO

C'OORDEX.\JL\!:'
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.\naclin ( <·i!l:ltll') !l 41 00 =~r. 1:; :!1 Boi. :-.r ett.'ilr. lf):{Q.
Piiu rl<• As,.UNlT ( (•ldncl(•) !) .J:l :i.t a; :?7 1 1clf'rn.
• Frttll<'t~ ( tmrto) !) -t:; 00 3:-í .Jl ]!) Xo ric.
:O:iin :\lij:!'nc-1 tio!': ('nmpos ( pon-
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l .:1;:o:1 AzNla (ponta 1) !) :ij :27 3.1 :-IS 1~ not. Co::Jt. Brn~.
'.lr'(}u!!i Cporto) 10 02 :ri 3G 1302 l<l<'m .
l'oxim (pont.'ll) 10 O:l :;!i :t6 1103 ltlt>m.
Pltuhn (poutnJ) 10 0-1 41 :)G O~ ·l7 Tdt>m.
C'oru ripe ( c-idmll•) 10 os 00 ~G 12 21 Rol. lrct('or. 1030.
Con1ripe (pontnl) • ·~ ,., 10 lO 10 :lG 0!1 35 Rot.Cost. Bras.
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J,QC.\JsllM.DE.' J,n tlt uM Ar'l'ORES
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)). U odrigut'!': ( hnixios) 10 1!? 00 :1ti !)j' :!1 Bu~t·hiho U(' Olh·clra.
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QUADRO D.\S DIST..lYCI.\S QUILOl\lE1,RIC..\S. APROXUfADAS, E


MEIOS nE tO}IIiYICAÇÃO E~'fRE AS • ÉDES DOS 1\lU:\'"ICI-
PIO E A' CAPI'J'AJ,

DistnJwins Dbtnnclas
t,or('<:J r: H lu por t>str:ul:t
C}(' ft•rro d<• ro<lll;:t:"m
kms. km~.

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.ACit' .\ nU.\'X('.\ f <'idnde)


(~ommai<•:tç;flo rlu<:inl de l'C'uroo nté l'irunllas: ti(' Plrunhns
a P\'drn. t'lll "•trudn de feno. :H km~.: dt.' i•t'ltru fl 8etil!
do mtmldllio. por l!:.tradn til' rocla~l·m. l:l kms. . . . . . . 318
AL.\GO.\S (<:idaclc)
Cumunlr:tc:ii.o m:tl' rnpiclu por -çia tncu. tr!'. em lttnrha n
,·apor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Gl
A'X.~DI..\ (cldn<lc)
Cómunicnt;i'ín por t•. tr:tdu de rodngl'lu . . . . . . .,. . . . . . • 107
.
ARAPIR.\C'.\ (\'ilo)
Comunh:u1;ilo 110r t'Slrntln de rodagem ... . . . . . . . . . . . 1S4

ATAfáTA (ddude)
Comunicnçiio dinrln por cslTn<la de !erro c por c:stratla de
rcxlogcm, em outo-omnlbus • . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 49

BELO :.\IONTE (,·itn)
Comnn1cn~ão por cstrndn de rodagem . . . . . . . . . . . . 245

CAPELA (<>i ela de)


ComtJDICD<!il.O dlnrln por t' trnda dt' !t'rro f> por estrada de
rodagem, sE'nlço t~nr de nuto-omnibus . . . . . . . • . • 05

CORURIPE (cidade)
Comunknc:ilo por t'Strndn d<> rodagem c por \"in marllima
em cmbnrcac;Ves li veln . • . • • . . . . • . . • . • • . . . . • • .. 11>2

COLEGJO (vlln)
Comunlc:uc:iio por t'strnda de rodagE'm e tluvlal até Penroo. 213

:IOfll~.lA NOYA (~ih\)


Comunlcnção por estrnda de rodagem c (lm~int :tté P enedo - 1ST .
- 36 -
.·================;=======- = ~
lJh ltlnt·lu:i 1>i:- t;w t'l n ·
1lOt' l' l-.1 nula {l41r l'l'tl'llll:l
dt> ft•rt·u d<' t·udug~·m

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(."umuninl.t,lÍ\) Jllll' c~t ralla de rwagcm

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QUADRO DAS DfSTA'S( 1 1_\~ QGII~OlUETRI ('..\.S, APROXDI.\D_\~ E


MEIOS DE f'O;\TP~I('.\.(' .\0 E'X'l'RE AS SÉUES DOS :li'L:XICI-
PIOS E O~(PRINCIPAIS POVOJ..DOS

.A C L'.\ BR.\.XC' .\ - t'i!l:td<:. ~t:·tlc do unmll'iplo elo ruC.:·mHI uom('.

Pon>aflo~ prindpni~:

'':tnro t1o PiC'O. ('uuJmtlt-:u;Jo ror <'to;lrndn clt• rod::~c111 . . . . .. ti lmt«.


Roqucit'Jo. ldent , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
Parironha. l<lt'lll • . • ••• ••• . •• . •• •. . •• • •. . . • • • . • • •• ]~
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Pedra. E$t:t<:üo dn B. F. Panln .\frm~u. romnuk:t!c;uo por <'~I rnda cl~


rodU.;!t'nl . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1}0 ..
'rangui. Commlk:u;:u> por 1 Sll'olcl:t llr• r1>cl:.:;::t•m . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.; ••
C':u-:1ihE'iro . Idt•m. . • . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • . .. :21
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inimbú. E::t:t('ilo ela B. F. P:l'tlu Aft)tuo. Comnnl<-a<o;1o t•om n s<·tle
por ('qfTuda de ·nrlnf.!t:m . . • . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . ~·l
~~ t~n(l"'. ('o!:n·:li<::H;ilo tmr N:tr:ula dt' t·mla;::cm . . . . . . . . . o.. . o. . . 24 ••
lagoinha. Jd('m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :H .,
Rorn ,Je::;us. Td<:Jn. . . • . • . • • . • • • . • . . . • • . . • . . . • • • • • • • • • • • • •• 24
•, • C'rnz. 1<1f.lm . . ........ ............. ...... . . · · ..... · · · · · · · · · !lO ,.
Ccix:lo. Id<'m. . . . . • . . . • • . . . . . . • . • . . . . • . . . . . . . . • • . . . . . . • • 36 ..
-38-
Al •.H:O.\f' - t·l•larl<' <' nn tl.;:n <·:tpitu l. .'l:·llt• d o mtmklplv d o m~mo uoml'.

l'M ondo~ prlndpnls:

Taperaguá. ('nmunk:tc;iio pur ~~ rncln tlt• rod3~1'm .. . 2 km~


Tiquanduba. ( 'omun it'lH;iín Jll'l:t IH:!c•:t :\I a n;."lta hu .. . •l
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Rih('iro. ldC'm. . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . ..
f•orto Granrtt>. lclr-m. • . . . . . . . . . . . . . . . . • . ..
4
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<'ampo Grantlt>. Iclem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
Rua ~0\'3. l d c•m. • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
:'\las agu!'ira. l rlt•tn. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1:!
.. ..
4

Barra :"ln·a. Jrh·m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... 12


• 'anta Rita. lclt•m. . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. .
Roc-a dn { 'ab::a. t<l<•m. . . . . . . . . . . . • . . . . . . . .•
14
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AX .\I )!.\ - <·III:Hif'. ~(·de• clu llliiiiÍI•ItlÍCI ri H nw~<nw nem\(',

l'cH'OlHIO prim·iJ):lÍ~:

Tur»era. ( 'c>mtwk:H;iín pnr , ... , r:ul:c de• rodn~e>m . . . . . . . . . . . . . . . . . .


('anud(\<;. ('umtmlc·:u iíh Jllll' (•n mluho~ c·om un~ . . . . . • . . . . . . •.•.•.
'l'aiiQUC' cl'.\rl'a. Trl Pm Jtot· "·f Nula tll' rndne<'m. . . . . . • • . . • • . . . . . .
~'• f~ \ 't>nlr. C'f\mnnll-ac;iíu p ur f•:lmiuhn · c·omttn~ . . . . . . • . . . . . . ..
Jl~n•loha. ('nnllmic·nl'iin pu r (ht r:tdu tlr• rodu~(·m . . . . . . . . . . . • . • . .
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l'unm clos pri nc:i 1111 i ~ :

....
\ 'p:ufoo:, ('umunic-:tt:;i n pw· c·amillhl'!< l'lllllllll" . •• •• • • . • .• • • . • •. . • •
R iar h~o. lth·t'l· . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
C'araibno:. lcllm . . . . . . .
J .a~oa dr Orntro. lcl<1tt . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
A 1'.\ T,.\ 1.\ - c·idadc•. ~i'·ch· du munil'iplu ,,, mr•~mo nome-.

Cit!'ncourt. C'omunl<-a~i\'o J)(lr t•sl radn rl t• fPrro . , • . • . . .. 2 ..


• unto Antonjo, C'omuuic·a~1o por <'.<:I r nela tlP rocla~<' m ...
Rranra.. ldt'ln. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
6
7 ."
nora da 1\hta. l cl('nt. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~
('hã da ,Jaqueira. lch'm. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . n .."
Snpucaia. lclt·m . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
("rupema. C'omunl<':l<:àu Jllll' l"·lrtHlll ch• (('rro . . . . . . . . . 12
ln~zeira. ('rmmnlc:a<::io pot· t•::rtradn tl(' rO<l:t$:<'tn . . . . • • 1<; ..
Porangaba. IdC'm .... .. . . .... . ......... . ....• 2t "

BELO ~10::\TB - ,·i tu . f\(·d<' clc1 muní<'iplo tlo m<'~mo nomP.

Po,·ondos principais:

~~inv.a. C'om nnl <'n~io por caminh os comum: . . . . . . . . . . . . . . . . . • 3 ..


Rdéa do lpaneJna.. l<l<'m . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . • • . • • . •. 6 ..
Olho d'Agua.. lclem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~ 12 ,.
nionel ldPnl...... . . . . . . . . . . . . . . . . • .. ..... • . . . . . . . . . . . . 18 ,.
Piranhas. Tci<'OI . . . . • • • • • • . . • . . . • • . . . . • . . • • • . . . • . . • • • • .• 30 ..
Jacnré. Ide-m . . . • . . . . . • . . . . . . . . . . . • . . . . . • • . . . . . . . • . • • • • • 86 ..
Batalha. Comuniroção por e,lrntla de rodU J:Pm . . . . . . . . . . . . . . . • . . 8G ..
Capivara. ('omnnicn<:ilo por (jl tuinhO$ comuns . . . . . . . . . . . . . . . . . . :\.1 "
Riacho do Sertão. IdE>m . . . . . . . . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 48 ..
CAPBL.\ - cldnd<•. Rl'•d(' cto mnnldplo elo mesmo nome-.

Pol'onclos prlncipnls:
('ajueiro. C'omunlcn(;i\o por e-sc mdn el e ft>rro <' tlc- rorl n~m 12 ..
Gameleirn. Idem idem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 14 ..
-39~

Hiatho do Cip6. (\lmllll'k;t~io p\lr l'~<trn da de· 1'Hdll~l'm J,' km ~.

Santa Efigenia. Itlr m. .. . .' .. .. . . .. .. . .. . .. . .. . ao .,


CORUUJ Pl'~ - ddatle . .'(•dt• do rnuuidplo do nw~<mo uonw.

Po,·oado~ prln<:lpnis:

PontaJ. Comnuic-ac:ilo por t'Stmtht dt• rocla~m. (i


.,
Barrt'iras. Iclem. . . . . . . . . . . . . . . . . .. (S
Camaçarf. ld€'m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 18
Posim. Cmnnnll'nc:ão por caminhos comuu:; . . . . . . . :UI
Jiquiã. ldt'm. . . . . . . . . . . . . . .. -12
Agua de )leninoto. Idem. . . . . . • • . . . . . . . . . . . . .. (S() .,

COUW IO - ,.ihl· ~(·de do muni<:ipio Porto R('nl elo Colrgio.

PO\'O:.tdo:- priucipnls:

Barra elo ltiuba. ('omu ni<.-:H;flo fhn·inl . . . . . . . . . . . . . .. 12


Roa Vista.. Xãu c1ht in•moo:: informa~t·..:.
. . . . . . . . . . ..
('amnrntoba. Tclem . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Carnaibas. ld,•m.... .. . . . . . . . . . . . . . . . .
(Jiráu. Trf('nl. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
Po~o d'.\nlas . Jcl''" '· . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
Tapera. Tdt•n1 . . . . • . . • • • . . • • • • . • . . . . • • • . . . • . .

IGRE .TA :::'\0\'.\ - vil:r. ~!'·flc· tlu mHnidtliu 1111 Ul l'suw 1111111!'.

~a lomé. ('nmuuic·lH:iin pnr ""n·n•l:l cl .. rwl:l~"t m . . . . . . . 30


Pint<'8hn. !cl•·m por <:uninlws c·omm.... . . . . . . . . . . .. !!fi
Alngoinha. lclt•m . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. ~I
lpirnn~a- ItlPol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ]li
Lagoa Gr-~nde. Jclcm. . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~o

Rnrunira. Xiio ulu 1\·t•Juu~ lnfurm:u:i.. •!': • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ••


Riachiiltr ldt·n1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . .
Torta. Tclc•m. • . . . . . • . . • . . . . • . • . . . . • . . . . . . . . • . . . .•
Jo:..é da Rocha. hlt•m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..

LEOPOI.DJX.\ - \'iln. ~~~t11• tio mnuidtlin tlu nw-:n,o numl'.

Po\'oados prin<'ipni~;:

~üo 1krn.1nlo. t 'on•nnknc;iío por c·amiulws c·mn1111~


Porto Rico. Idl m . ... (
12 ..
.,
J'tlacoco. Idem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • . . . .. H
I

LDIOEJRO - YUn. Séde llo munlciiJio do lli('FIIlll n o nl l'·

PoYo:uJos prln<·iJ>nis: ,
Tit,í. f'omnuic•:H;üo por 1nminhM <'omun~ . . . . . . . . . . . . . .. :l "
J.a.:oa do Peiet'e. ll1 ('m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. !l
,,
Ollto d'.\gua. ld€'m. . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . .. !)
Brejo. Jdem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 12
.,
.. J>o~;io. TdC'nl. . . • . . . . . . . . • . . • . . • . . . . • . . . . . . • . . . . . . • . • . . 12 ••
I Cana Br.t\·a. Comu lkm:ilo por <>. trnda d e roda;cm .
PeripN·i. ("omnni<':H:ilo por eominhoq C'Omun~ . . . . . . . . . . . . . . . . ..
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I Páu Amarelo. ld('m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1!)
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('<'it~. ldem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . • . . . • . . . . . . . . • . . .
Jiquiâ. ldE'Dl. • . • . • • . • • . • . • • • • • • . • • • • • . . • • • • • . • . • . , . • • ..
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21 ..
('nnudos. Tdetu. . . . . . . . . . . . • . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 '"
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wgoa Gmodc. Idem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 30
..'.L\!.."J:IO' - c·;Jpital. ~\'Ih' cln tnuuit·ipiu dn nwsmo uomt'.

Por.tnl da Bt!rra. ('omuui c·a~.;ãu h~t·n:-.ln• l' tt·rl't•stn• . . . . . . . . . . . .


('ruz de .\lmus. ( 'cmmni<-.u::ico por t•strac la ch• roda;:t•m. . . . . . . . . . . .
l•'t•n.:i. · , .t'iho. Ith·m Jllll' t•-..u·utla ch· r ,•ITO. ch• rudn::c•m t • la<:u~ll't• . . . • 1~
,Ja<'nrcdr:t. <'omunh·IH;i u J ~<•r t"i ll'llclu ch• t'cHl:t;!em . . . . . . . . . . . . • .. ~
Rin cho Uot·('. l <lt•nt . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . .. 1~ -
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Po\·oadus pri m i pai:;:

B:trra (irallllr . l'tmmui :11 iw utatitlmn c· t Prn·~tn• . . . . . . . . . . . . . . •


São Br nto. ('umHnlr·:H;iíu put· t• •trndu th• rct~la~c·m . . . . . • • ..
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P e roba. lllt·ut. . • . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . • . • . . . .
Barrr ira ... do Uoqu('i rão. l ch·tn. • . . . . . . . . . . . . . . . • . • • •

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t•if'tlacl t•. ( 'ututl!lit·at.àv pu:· t•,.t t·:nla ue •·ull:tl!t'Ul . . . . . . • . . . . . . . . . . lf\ ,.
Salgadinho. l d•·m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . :!t
( 'lt ~a do~ ('a':~dos. lth·•n. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :!.J
'lari:Ht<t. l•h 111 p11r t-:l:niltl!l" ,.,.mmts ... . . . . . . . . . . . . . . . • • . . ....• :30
('araih:ts. hlun .. . .. . .. . .. . .. . .. . . .. .. . . .. .. . .. . . .. .. . .. :lO ,.
Joi.,ú. ld t·•u. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... •.. ........... -4J) ..
<'apiá. ltlt·m Jllll' l '• l nu lu clt• ~uua:!t'lll· . • . • . • . . . . . . . • . • . • . • . • . • tiO ..

•\ll' HH'f - t·icladt·. ~i-ti(' clu llltlllic·ijliu clu llll:-:mo llllllll'.

Povondos prltwipah;:
Sicho. ('omm•lc:n~iio por t•"tr:uln d e ft•rro. . . . . . . . .. 7
,.
Branquinha. Iclt' m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
Santo Aleixo. Ich•m por c·nmlnhl•~ c.·nmuns . . . . . .
12
]r; ..
Curraünl!l'j ft!t•m p11r t•!'ltt·:uln cl<• ro<l!l~<'m. • .•
Santo Antonio. I dt!m por <·nmlnh(•s comu nts .. . .. .
18
18 ..
PA.I,)lEI H.\. J>O~ JXJHO~ - <·iduch•. ~ (·de do umnic·it)iO do m<>smo nome.

Po,·oudos principnis:

Palmeira d e Fóra. f'~>m unlc·açai.o por estrndre de rodagem •.. 3 ..


Canafistula. I th•m. .. . .. . . .. . .. .. . .. . .. . .. . . .. 10 "
CaJdrirões. Idl'm. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . 10 ..
Anun. Idem....................................... . 12 ..
Bonifario. Idem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. • . . . . . . . . . .. . t:; -
Olbos d'Agua do Atioli. Idem. . . . . . . . . . . .. 2-t ..
Brecha. Idem por t'fimiohcJs c.·omuo~ . . • . . . . . . • • . . • . • • • . . • 20
Santa Cruz. I<lcnt. • . . . • . • • . • • . • . . • • . . • • . . • . . . • • • . •• 2:)
Cacimbinhas. Idem por c trndn de rotlngcm. . . . . . • • . . . .. 48 ..

rÃO DE AS.TC'AR - chln~E>. Sédc llo munlclplo tlo mesmo n o m e.

Pnt"ondos prin<'ipals:
~nntiago. ('omunlt'nl!iio por ('<;fl•nda c·omom . . . . . . . .. 12 ....
llh~ •lo Ferro. Tcl('m. . . . . . . . . . . . .... .. . . . . . . .
1\lcirús. Irlt-m por t•.slrndn ele r od:t~t'm . . . . . . . . . . . .
12
H ..
Limot-if1l. Idem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • • . 1

- 41 -
Rrtiro. l flt•ut. . . • • . • • . . . .• 24 kms.
Ouarilut.S. lllc•tu. . . • . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . ;{(}
S:w José. ld~na. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
C'nboclo. l ch•m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
:lH
4::! ..
J:traré. l<l<·tu. . . • . . • . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . 4U

1'.\~SO 1>1~ ('.\:\IAHAGI1H: - Cid:ulc•. ~édl' du mtmldJII O de ( 'nna:tragib('.

~Jorro tlc ('amanu~ibc. C'tunuuk:tf'ihl por ,..~Ira da clt: rud:tr:,•m . . . . . • 1. ..


Barra de (':uuanlgilw. lclc•m. . . . . . • . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,:;
1\lntriz d<• ('umnrugibc. I clt>m. •. • . . • . . • •. . . •. •. . . •• 14
{ 'rurú. ldc•m. . . . . . . . . . . . . • .. •. . . . . • • • • • . • . ••• • 00

Pm·otulo~ pr·inc•irmb:

ltapurangn. ('omunit·ac::'iu 1111r 1\-f r:ula e·nmunc 3


Roac·ira. lth·m flu\'i:rl . . . . . . . . . . . . . . . . .• :!
Pt•n~igas. lc lc•m pur c•:uniuho..; t'lllltllll" ;{
Tnholt>iro dos ~t>:.:rol.'. I cll'lll. . . . • . . . . . . . . . ..
Ilha. (jrande. l<lt•Ju . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .
1<\
)'{
"..
Pouta ~lofin:t. lcll•m fln\·la l. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . lS
1\IIJIUl('S. J li<"!ll (Hir c·: tlll illhCI~ ( 'CIIIIIltls :B
l\larit uha. Trh•m. . . . . . . . . . . . . . .. :lO

C.cm1im. ( 'c:muuh-:tc;iln fhl\'i::l. . . . . . . . . . . . . . .. ., .,


I'ctenKi· hh' m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. (i
roul al da Barra. Ith•m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1~
Retiro. I ch••n JWr t~t radn tiL' t'udu;:c•m . J:í "
Bouito. Idt•uJ. • . . . • • • . . • • . . • . • . • • . . . • • • •• 1S "
J>ontal elo Pc•ba. ltlc•JU. . .. .. . .. . .. . .. . .. . . . . 2-l"
rt'liz Dtserto. I ch m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 30 "

P o,·oados l)l'ht<:iJlH is:

( 'hã do Pilar. ('omn uicll(;ãco pnr t·:;tracl;l cl<• rn,lagc·m . . . . . . . . . • . • v. ..


Cllã do T!lflgil. ldl'm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 "
G •
...
Camurupiru. l d('m l:wustn• . . . . . . . . . . . . . . . . ..... . , . . . . . . . . ..
Mangabeiras. ld<'m por (':-:tradu clt• rudllt'('m . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Born d.'l :\In ta. J dcm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • ~ • . . . . . . . . . .• 10

PIRAXRA.' - \'il n. S(•dr do mnnicipio ~~o m<'~mo nom<'.

P o,·ondos prlncipn ls:

Entre i\lontes. C'omu nl ctl~o fln\'inl . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .• 1:0 ....


Olhos tl'..\gua. lll<'m por ll."t rncln ti(' rerro ...... . . . . . . . . . . . • . . . . . 28
Talh;ldo. h l<'Ul. . • • • . • • . • • • • • . • • . • . . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• fi

POR'l'O CA L \'0 - <·idndc . •: (-th .> do munltíplo do mc~mo nome.

Po,·ondos printlpais:

JumJi6. ('omuni<-tH:iw por <·amluhos C(lmunoo: ..


Jaeuipe. lcll'ln. . . . . . . . . • . . . . . . . . . . ..
Cam()('stre. Idc•m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . • . • ...
-42-

T~~htamunha. C'tllllllllit::lc.;iio
pu r t'!'llt'.ul.t dl' rmln~{' UJ. . . . . . . . . . . . . . J~
Por·to cl:t Rua. ldtm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1G
Hão )1igm•i dos :m tagre~. l!lt•tn. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • 22
Ql_ ' f~HH.\:\C:l'J.() - citl:Hh'. :O:étlt do llll:tth:lplo do 111<'!'1110 tltlllll'.

Ptl\'n:ulus Jll'illl'iJIH i:=:

l.our<'n('fl. E-<t:t!::io P ;lttlo .l:H iut11. ('ummtl<vv;ihl pnr t•),lr:tdn tlt• ferro
l' t h· t'll<l a :.:un . . . . . . .. . . . . .. . .. . .. . . . . 20 "
Ooi-. H:-;u~O!'. l'uuumit'ltt;iiu Jlcll' t•,..fr·ncla 11•• l'll(J.Ig, m J2
Uu:~ ~tJ nl- ldt·m. .. . .. . . .. . .. .. . .. . .. . .. . :H

RIO L.\ftC:(J- l'idntlt•. ~l-111• tlo ruuuit•iJiio tlt• ~:!tlla Luzia do :\nrtc.

('a~ hoC> i!-:~. I 'm•mnk r•.flu pu r ""' r:tcl:t tlc• f rrru . . . . . . . . . . . . . • . • . . 1


l'tin~u. ltlt•tn. . . . . . . . . . . . • • • . . . • . • . . • . • .••..•.• . .. .. . . . . 2
Lm!!'l'll<:O d(.' .\lfmqur:-cJU!'. lth•ur. . . • . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . 3 ,.
i\I:t{a do nc)lO. ldt•lll )Hit' t•"tr:ul:t cil' rucl:l;!l' lll . . . . . • . . . . . . . . . . • . . 4
Sal:~h:: . Jd,·m pur t•,fr;Hln th· ft•rru . . . • . . . • . . . • . . . . . . . . . . . . • . . ..j

'f::iHii<•it·o :io Pinto. ldt m por t•stratlu dt· rttll:t:!'t·m . . . . . • . . . . . . . . . :;


(í u:.H·dianu,.;. r; 11-m . .. . .. . .. . . .. .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . tl
('<U'I<:!l:lto. lch 111. .. . .. • .. • .. • • .. .. • .. • .. .. • .. .. • .. • .. . .. 7
~.w .~o,f! c:Jt,-; (;rr;.:udo!'. lth•m . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... .. J(j
,\jl::icmia. Itlt•m IHH' t•amiuhos t'(•JIIIIlls 17
~a"l f., Luzia d() :\orl <'· l•!<'m. 1~
( 'o!!u,..irn SN·o. Ith m. . . . . .. 21
,.

Pocoo ela-, Trinr h!'iras. ('omll11Íl'fit;fw por t'st r~Hl:t <11' ro<l:l:!<'m • •.... ]0
.,
Olho tl'.'\gua (; t;utdt>. Itlttu 11111' l':llllinhc•s cmnuns . . . . . . . . . . . . . . . . ].
:na:·;wjlll.a, ltlt>m Jllll' t'l<truc!a ch• rucla;.!I'UL • • . . • . . . • . . . •..•.• ... ~I)
( ':tttinl. lclc·IIL .. . .. . .. . .. . .. . .. . .. . . .. .. . .. . .. . .. . . .. . .. ao
niho d'.\~ua do ('njuriro. 1\IC'ttl. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -12
S"rhioziuho. lclt•m. • . . . . . • . • • . • • . . . . • • .• . • . ••...••.• 00
S AO P.1L\Z - \ 'il;l. :O:i•dc• do mnnil'ipio uo ml':--mo nomt•.
l'on):Him~ prim·ipn is:

L:"I!!"O:t ('omJll'ida. f'omnuic·:u;iio por <'~I r:Hlà eomum 6 ..


Tibiri. l d('IH. . . • . • . • . • • • • . . • . . . • • • . . . . •• f)
O~ho d'.\ g:m Grancle. Tcl<'m. . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
l\lucambo. I tleru. • .. . . .. .. . . .. .. . . .. .. . .. . . .. .. • .. . .. 60
SA{) .10l';F.' l >.\ L.\G J<; - {'ir1!ld(.'. ~t!tlt• rlo mnnkipio cln mc:-mo llc)me.

PiCJUt>ff"'. ( 'nwnuicu(;ào por <':lminl t o~ <'Omuns . . . . • . . . . . . .• 27 ..,.


f'au.a.c;t m. lch•m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
('aruaruzinho. It!Pm. .. . . .. . .. .. • .. . .. .. .. . .. . .. . .. . H

s .~O 1..t·1z DO Ql'T'IT~nE - cldmk f.; c~dc' do munit'ipio do me~mo uomc.

Raiz. Comunit·nc;ão por e~trnlln d <.' rodagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . • 15


,.
Barra de Santo .\ntonio. Idem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 18
Puripueira. ld<'m. .. . .. . . .. .. . ... .. . .. .. . .. . .. ;>.s
Flecbeiras. Idem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . .. 30 "
-43-

l 'o,·uudus priucipnis:

inhnbú. Comunlt-:u;ão por est rnda clt> rocla~c·m. . . . . . . . . . . . . . . . .. 18


Hol·a t1u :\laia. l tlt•ut. . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. •)-
- ·>
( 'anlpo .\Jrgre. ldl'Jn . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. :m
Barra <I<" São :\ligut>l. lclt•m. . . . . . . . . . .. . .. . . . . . .. . . . . . . . . . .. :;o
,Jit:uiá da l,r-..t i:l. J tlem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. :m "..
~losl(uHo. Jdc·m . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . 4~

TH.\l f'ú - t:ithull•. :->(·dt• d o munldpk> tlu nwsmo nome.

Pol'ouuol; prindpnls:

) l anueis. l'umnnil·nt:ão por t·nminhn;; t·omun · . . . . . . . . . . . . . . . . . . ],


~t ugueng u E'. Idem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1"
P t·iaca. llh•rn. • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1"
:'\lumha~a- l lll m . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :? t
(':l>Jl Í\':lr.t. l clc·nt. . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . .. ~'H "
Belo Horisontt>. IciC'm JlOr t•strncln d<' rodo;:( m . . . . . . . .. :m .,
• anta Cruz. Id<'ln por t·nmiuhos l'Cl llltm-:. • • • • • • • • • • . • • . • • . • • • . . • :~n
l'inlJJh3..o;. ~dt• Jn. . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . :10
A!gotlão. I clt•Jn. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :H "
ncn~o. lclt'lll. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~~:;
La~o i nhn. Tcll•n!. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :;(;
Jadoha . l dt·m . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . ... 3G
('a.ldeirÜE:'~. lclt•J:t. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . . . . . . . . . li
:.:o
J .~go11 cl.t {':moa. !dt·m JI<H' c•str:uta clt· t'rHht~t·m. . . . . • . . . . . . . . . . . .
Ah•rr im. l dt•m Jltl l' c:.tminhos cttmuos. . . • . . . • . • . . . . . . . . . . . • • .• .J • ..

fi~ l"'"l\ flO {'allhO(O. ('•IJilllllh-;ll;i'ill flOr l'SinHJ:t dl' fl.'rl'O .


.
;\lunguha. ld •m pnr , .... , racla clt• rml1t:.:t·m. . . • . ..
~ii01 Jo!>t' d o Bolão. ldt•m.
...."
:\lumb ú-:\l ir im. l dt·m. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..

VIÇOI'.\ - <'id:Hir. Si·llc du nmnidpio elo m ~ mo nnmt'.

P imlol1a Graml<'. C"omunic•:11;iío 11or <''t r:Hl:t dt• roclo;(cm . . . . . . . • . . . . 1Q "


Com Soergo. ld<•nt . . . . . . . . . . • . . . . . . .. . ..... ..... . .. •• • ..• • 10 ..
;\nl'l. Jclem not· P~lr:l ela d<' frrro. . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . • • • • . • • • n "
L~ge do Caldeirão. ldt'm por estrada. de rodagem . . . . . . . . • • . • • . . 18 ..
POPULAÇÁO
RECE~SE_\JIE:\''l'OS E:U: ..lL.\.GO ..\S

Parece que o primeiro inquerHo censitario feito em Alagoas é an-


t erior á emancipaÇ?ão da antiga comarca. Remonta a 1810 e fê-lo o ouvi-
dor Antonio José Ferreil·a Batalha, que tão proeminente papel haYia ele
representar uos acontecimentos politicos que determinaram a constitui-
ção autonomica da Pro\·incia. Os mapas. que o ouvidor organizou. natu-
ralmente baseados em listas parciais remetidas por autoridades policiais
e eclesiaslicas. e enviados ao Desembargo do Paço. registraram a exis-
tencia de 89.589 llabitantes. A comarca era yasta e a populacão se ia
adensando, nasc·ida. no proprio solo, nos povoados florecentes. onde a
idéa de emancipação pólitica era jci uma conquista da opinião coletiva.
O total dcs mapas censitarios do ouvidor. aquela cifra ass!m exa-
ta - S9.5S9- denota o eRc·rnpulo quP presirliu a verificação. l\!as a afir-
mativa catcgoriC'a tl~ autoridade judiciaria não deve ser tida por uma
verdade absoluta. C!c ainda hoje, com uma mentalidade popular mais es-
clarecida e proces!'=os estatísticos mais perfeitos, os r ecenseamentos en-
contram impecilhos de roda ordem. a c·ada momento, c. por isso mesmo,
r epr esentam sempre uma verdadC' relativa. raia }>ela impossibiiidade ele
exatidão absoluta o total ceusitario do ouvidor.
Todavia seu carate1· oficial impõe a aceitação da aiirmatiYa
Em 1819, já crPada a Pro\·inria e á frente de !oiua administração o
ilustre .:\Ic;Io e Pm-oas, o conselheiro Antonio Rodrigues Voloso de Oli-
veira, em C'umprimento da re~olução regia ctaquele ano, mandou pcsqui-
zar acuradamente, pelos escassos elementos ao seu alcance em tão re-
cuaclo tempo, a população de todo o Brasil. Portugal queria saber, ao
certo, o numero de seus colonos no continente am ericano.
Esse trabalho tornou-se r1assico e foi, por muito tempo, a fonte
subsidiaria de investigações semelhantes, que se lhe seguir am. Ve1oso
contou em Alagoas 111.973 pessoas, das quais eram lin·cs 42.879 e escra-
vas 69.094.
A cifra da população escrava, sobre a CJUal recaiu o peso formida-
vel da formação economica da Provincia, parece-nos hoje desconcer tan-
te. Naquele tempo, porém, representava um fator importante de riqueza
particular e desenvolvimento da riqueza publica. filas deve ter havido
certo exagero no computo de Veloso, porque nunca mais, mesmo nas
fases de maior prosperidade que se seguiram á epoca desse inquerito, a
população escrava de Alagoas atingiu áquela cifra.
Segundo essas investigações, a população de Alagoas avantajava-
se a das Províncias do E spirito Santo, Goiaz, :\<Iato Grosso, Paraíba, Pa-
raná, Rio Grande do ~orte, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
As previsões de Saint-Hilaire, anos depois, r eduziram as cifras
anteriores: 100.000 almas. ~Ias ~Ialte-Brun, em 1830, elevou-as a 258.000.
Tateava-se no vacuo.
O governo, parece, por muito tempo, desinter essou-se dessa inda-
_gação. Porém, em 1842, pensou-se seriamente na con tagem da população
-48-

do Brasil: a Lei n. 387, de 19 agosto tlaquele ano, mandou que, de oito


em oito anos. se procedesse o recenseamento da população do paiz.
Governando a Província o dr. Campos 1\Iélo (1845-1847) fez-se em
Alagoas um recenseamento: 207.294 habitantes, sendo- 167.619 livres
e 37.675 escravos. Caira a estatística de 1\Ialte-Brun - 50.000 almas pa-
ra menos. Elevara-se, porém, o numero da população livre e diminuíra
o de escravos- 30.000 para menos dos calcules de Veloso, em 20 anos.
:\7a presidencia i':unes de Aguiar (1849) nova apuração confirmou
o inquerito anterior: 167.976 pessoas lh·res e 39.790 escravos. Quanto
aos sexos: 101.40 homens e 160.258 mulheres.
O presidente José Antonio Sarah·a pretendeu dar execução ã cir-
<'tllar de 2:3 de outubro de 1S64, que mandava recensear a população da.
Província. :\las o interior esta,·a em polvorosa e os mandões politic:os.
detentores das posições e leitorais, entraram a explorar as medidas go-
vernamentais relativas ao censo da população, manobrando o povo igno-
r antif'simo ao sabor elas paixões políticas c dos interesses pessoais.
Assim. ao desejo ofic·ial, foram atribuídos fins vexatorios e propositos
opressivos. O esforço presidencial fracassou .
.\ C'ircu lar visaYa a execução da Lei de 1õ51 e essa Lei. que levan-
tara uma celeuma enorme em todo o paiz, principalmente no norte, ficou
ronhcritla por l<'i do cntin'ir·o. Dizia-se que ela visava a escravização dos
l1omens de cór e contra ela levantou-se a ignorancia popular insuflada
pelas pa i:xões partidarias em ebulição .
.\ grita contra o inquerito não era somente em Alagoas; estendia-
se a Pcrnambtt('O, ao Ceará. á Paraíba c Serg;ipe. Contudo fez-se alguma
coisa c em 18!16 o ~Tinitcrio do lmperio divulgou os elementos coligidos
110 inqucrilo. Para a Pro,·inc:ia de Alagoas - 204.200 habitantes.
O presidente conselheiro Sá e Albuquerque, encarregou o Dr. To-
maz do Bonfim Espindola tia organização de um novo recenseamento
J>rovincial. O trabalho do ilustre geografo alngoano só fôi publicado em
1860. Espindola. chegou ás seguintes conclusões:

População livre .. 205.396


População cscra,·a. 44.714

t50.110

Os processos de Espindola pouco haviam avançado do sistema


censitario do ouvidor Ferreira Batalha. Todo o exito desse trabalho es-
tava dependente da boa vontade de uma multidão de autoridades subal-
ternas, que não prinla,·am pela compreensão da utilidade do serviço.
Espiudola, anos depois, avaliaYa a população da Província em
310.585 pessoas, discordando dos calculos contemporaneos de José Ale-
xandre Passos o Dr. José Alexandrino Dias de Moura. Segundo Passos, a
' ·-• população seria de 327.520; segundo l\!oura. não excederia de 320.000.
Sete anos depois do primeiro trabalho de Espindola, no quadre
da população geral do Brasil, organizado para a Exposição Universal de
Paris, Alagoas figurava com 250.000 habitantes livres e 50.000 escravos.
Só em 1872 se fez no paiz um recenseamento regular. O inqueritc
foi designado para o dia 1° de agosto c nesse dia foi regularmente recen·
seada a população do Brasil .
-49-
Din1lgada a apuração, foi dada a Alagoas a seguinte população:'
(Solteiros . 102. í29
( Homens (155 . 584~ CaEados 4 7. St35
I I lVit!YOS. . 4.t190
(I.. ivres 312. 268{ ~
I I I (Solteiros. ~9. 77·~
I l~.JulhcrcsL15ü.6S-tlCasados. 46 . 7 4!~
I lViuvos . . 10.1G!l
Tota l 348 . 009{
I (Solteiros. 15.757
I rHomens f 17 . 913~ '('a•. sados . 1. ':'37
1 I. • mvas . . :lô9
lE;:;craxos 3~. 741{ 1I L
I f8olt<:>iros . • 16. 033
ll\I ulb ert's l17. 828~Casndos. 1.~96
L\·i nvcs .
(Branc·os ·1:;. 3 ,!:~
!Pardos !), . !HG (Xacion. 154.606
(H omens 155.534{ {
I jPretos 8.220lEstran. 978
I l Caboc.los :) . 10;)
J ,i\res ~12 .~G~~
I (Brancos 43.34:)

l 1Iulhercs 1:JG. G3·1J


1
Pardos
Prctos
101.3 13 rxar!ou . 116. :?71
i
S. GSí l E~-trau . 363
l
'"'noorlos ;{. ~::~

rP<J.rdos G.07~
rxacion. 16.466
( Ilomens 17. ft13{
lEsti'an. 1. -t-!7
12. s-n
Escravos 35. 74J tPrclos

P3.rdos 5.531
l}r lhcrcs
ll 17.8~&
I
1
r~acion.
~
16.898

l Pretos 12.297
LEstrang. 930

Quar.to ao gráo de instrução, o inquerito apurou o seguinte :


Sa!:>iam ler c cscr ovcr: Eram analfabetos :
Homens liVTes . . . . . . 26.046 129.538 .
..
.:vln!heres livres . . . . . . 15.814 140.870
Homens escravos .. . . . . . . . 32 17.881
.\lulberes escravas . . . . . . . . 21 17.807

41.913 306.096
A população escolar, de 6 a 15 anos, era de 78.470, sendo 39.716
tneninos e 38.754 meninas .
Frequentavam a escola 9.483, sendo: 5.455 meninos e -!.028 meni-
-nas. Ficavam sem escola 68.!>87.
Existiam na Província 57.924 casas habitadas c 2.030 deshabita~
'tlas com 60.253 fogos.
-50-

O recenseamento, como se vê deste resumo, foi feito cuidadosa-


mente. Dele se verifica a insignificancia da população estrangeira livre:
978 homens e 363 mulheres, numa epoca em que predominava no Brasil
o elemento português.
De 1872 até a proclamação da Republica pararam os inqueritos
c:ensitarios. A Republica, porém, logo ao nascer, quiz saber o numero de
habitantes do paiz e estabeleceu que, de dez em dez anos, far-se-ia um
recenseamento geral.
A primeira contagem fez-se em 1890. O trabalho correu, mancan-
do entre mil tropeços, que atravancaram a marcha regular e a exatidão
dos inqneritos.
Dizia-se que o fim dessa contagem era um recrutamento em mas-
sa para as fileiras do exercito, balela que os adversarios do regimen ex-
ploraram fartamente. Só em 1898 foi publicada uma sinopse desse recen-
seamento e nela Alagoas figurava com 518.756 habitantes.
Os totais desse inquerito resentiam-se naturalmente das conse-
qurncias daquelas dificuldades e não puderam, por isso, dar uma idéa
exala da realidade .
A contagem distribuía assim, pelos 34 municípios então existen-
te!', a população do Estado:

A~ua Branca . . 6.!:180 Piranhas 3.497


Alagoas 12.2:!0 Piassabussú . 6.4:!5
Anadia . 2-L 293 Porto Ca lYo 28.403
Atalaia . 28.420 Porto Real do Colegio 7.494
13elo :\lonte 2.034 Porto ue Pedras 9.0155
Coruripe 6.95 Poxim (4) 5.000
Limoeiro . 15.747 Santana do Ipa nem a 10.525
:\lACElO' . 31.498 Santa Luzia do ~orte. 12.924:
!\faragogí 18.529 São Braz 10 .525
i\:urid 25.0~9 São Luiz do Quitunde 16 . 790
Palmeira dos Indios 15 .910 São José da Lâ.ge l5.4~5
Paraíba (1) 16 .409 São 1\Iiguel dos Campos 19.991
Pas~o de Camaragibe (2) 22.69G Traipú 1~.342
Paulo Afonso (3) 8.073 Triunfo (5) 7.654
Pão de Assucar . 11.421 União 27.664
Penedo 12.421 Vitoria (6~ 11.948
Pilar ... 13.318 Viçosa 35.643
Total .. 513.756

De acordo com o dispositivo constitucional, que mandava fazer


decenalmente o recenseamento da pop\,\lação do paiz, em 1:900 fez-se o ·
segundo inquerito nacional.
Esse recenseamento apurou em Alagoas os totais seguintes:
(Homens .... 333.141
Sexos {
lMulheres .... 316.132 .•

( l ) E' o a tuul muuidpio de C'a JX>ln.


(2) A denomin1H;:io do mnniclpio t~ ('amaragibe: Passo t! a sua 8{"<le.
(~) Atnalm~>nt<' clenomina·SE' ?\I»tn Gr~mde.
(4) Foi extinto.
(S) C'hnmn·.c nlnnbn~n te Igreja ~ova.
(6) E' ntunlmente o municiplo de Quebrangulo.
-51-

rsoltei r os . 452.779
Estado ch~n ~Casados .. 166.911
LViuvos . . . 29 . 583
Brasileiros .. 645.865
Nacionalidade
{ Estrangeiros .. 3.408
rsabiam l er .. 129.563
Instrução {
LAnalfabetos . . . . 519.710

Total geral . . . . . . . . . . 649.273


Xão se fez o terceiro recenseamento; mas fez-se o quarto. ern
19~0. sob a orientação e direção do eminente sr. Dr. Bulhões Carvalho,
a quem deve o Brasil o scn ·iço mais perfeito e yasto que, no gencro. já
se realizou entre nós.
Esse recensea me nto deu ao Eslado !líS. 748 habitantes. população
superior á dos Estados de Amazonas, Espírito Santo, Goiaz, Mato Grosso.
Paraíba, Paraná, Rio Grande do !\orLe, Santa Catarina c Sergipe.
Relativam ente á densidade, dando-se a Alagoas uma supcrfieie
territorial de 30.000 quilometros quadrados, o Estado contava uma po-
pulação igual a de São Paulo e só era excedida pela do Distrito r'ederal.
A população recenseada estaYa assim distribuída:

Quantos aos sexos :


• I1ome1:s -!79.3P3
Mulheres . . . 499.4-!;-J

Ou:mto á nadonalidadc:
. ·.
978 .055
E~trangciros .. .. .. .. . 693
O inqueri to, qt:::w to á nacionalidaãc, eYidcncia um rato singular
- a quasi inexislencia de cstran:;eiros em Alagoas. Para 978.748 habi-
tantes, apenas 693 estrangeiros e 337 individues de nacionalidade igno-
rada. O mesmo fato observara-se nos recenseamentos anteriores. Veri-
fica-se que a colaboração estrangeira em o nosso desenvolvimento eco-
nomico tem sido quasi nula: o que possuimos é obra exclusiva da athi-
dade e da iniciativa :tlagoanas, crea.da e desenvolvida com capitais ala-
goauos.
Quanto ao estado civil, o recenseamento de 1920 apurou as cifras
seguintes:.
Solteiros . . . . . . . . 676.798
Casados . . . . . . . . 250.213
Yiuvos .. ... .. .. . 49.003
Ignorado . . . . . . . . 2.734
Relativamente á idade, as cifras são as que se seguem:
Dias .. . . . . . . 1.449
~Têses . . . . . . 20 .165
De 1 a 9 anos 266.657
..
.. De 10 a 14 .. 131.334 · "'
('

-52-

De l:i ;.1. 20 14:~ .1):~6


De 21 a ~4. 56.9&6
De 15 a 29 75. 217
De 30 a 39 111. GOJ
D() 40 a 49 79.610
De 50 a 39 47.b09
De 1>0 a 69 25.807
I>e 70 a 79 10.791
De SU a S!l 3.-!CG
D1..' !JO a 99 1 .0:!3
De 100 c mais . . 234
De idade ignorada . . 2 . 960

....\ sittHt\ãO intclPctu~l ele Alagoas. em 1920, registra esclarecimen-


tos Jamcutaxcis, que vale a pena registrar:
Sabiam ler c escrever . . . 1·11. 533
l:;raru analfa betos . . . . . . S3·L :n:~

Excluídos do numero de analfabetos ~00. S:!S indivíduos de idade


inaccessivc1 a qualquf'r grão ele instrução, de dias de nascimento até 6
anos. aquele total alarmante ele ::malfabeto:; fi<:a reduzido a 633.385;
mesmo assim um tot~ 1 dcsprimoroso para o UO!=SO estado de civili7.ação.
A <:ifl'a é. i1a vcrdad·~. impre~siouame. mas, infelilzmerrte, é assim em
todo o Brasil. havendo Esi.ados que, neste particular, estão inferiores a
Ala3o~s.
Cluanto aos defeitos fisicos mais resultantes havia no Estado:
1 . 2-!0 . . . . . . . . . <.:cgos
3ti2 . . . . . . . . . surdos-mudos
A população recenseada esta,·a dislribuida pelos 35 munlcipios
então existentes da maneira seguinte:

i I I
)funi<'ipios I Romeu-: : :iUuJltercsl 'rotal
I I I
Agua Branca . . . . . . . . .. 9.645, 10.716 20.361
Alagoas . . . . . . . . . . . . . . -I 9.323 9.493 18.816
Anadia ..... . . . . . . . 25.396 25.754, 51.150
Atalaia .... ..... ..... . 33.7451 30.290 64.035
Belo :\Ionte . . . . . . . . . . .. 3.934 4.183 8.117
CoruripP . . . . . . . . . . .. ' . . . . . . . . . . . 7.6321 7.933 15.625
Junqueiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.881 5.212 10.093
Leopõldina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 12 .2081 12.737 24.945
Limoeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.570 14.7411 28.555
M_I\.CElO' . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 33.5701 40.5961 74.166
J\1aragogi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.992 8.601 16.593
Murici . . . . . . . . . . . . . . . 19.3741 19.0841 3S.458
P~lmeiraelos lndios . . . . . . . . . . : . . .. 19.261' 20.0101 39.287
Pao de Assucar . . . . . . . . . . . . . . . . .. 10.415 11.3971 21.812
Paraíba .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 14.402 14.356 28.758
Passo de Camaragibe . . . . . . . . . . . . . . 11.916, 12.841 24.747
Paulo Afonso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.570 10.946 21.516
Penedo ..... . 10.8511 14.2081 29. 06<f
Piassabussú . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ·I 3.382 3.938 7.315


- 53 - -

I I
Homen~ / Mulher<~l' ~ Total

Piranhas ... . ... . . . . . . . . . ... . . 1. 5Sjl 1. 8931 :.L -167


Pilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... . 8 .2 8~ 1 8.481 16.763
Porto Calvo . .... . . ..... ........ . 11. 547 11.6731 23.220
Port o de Pedras . . . . . . . . . . . . . . . . .. 8. 3121
6 . 072
10.4901
6.6901
18 .802
12.762
Porto Real do Colegio . . . . . . . . . . . . .
Santana do Ipancma . . . . . . . . . . . . . . 20.0381 20. 196 40.234
Saut.:!. Luzia do Xorte . . . . . . . . . . . . . . . lL 1.701 1~. 2-13! 2:!.413
São Braz ..... . ... . .. .. ... . .. . . . ti. 806' 7 .116 , 13.!>22
São José da Lage . . . . . . . . . . . . . . . . ., 2·-L S57 22. 72 1 47 . 729
São Lui z do Quit unde . . . . . . . . . . . . . 12. 715 13. 35·11 25.069
São ~1iguel dos Campos . . . . . . . . . . .. , 14.5GJI 15.57G j 30.1-11
Traipú ..... . . . . .. . . . .... .. . . . . 9. 892 10 . 163 :.!0.355
Triunfo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... , 8.12-! 8.8341 16.958
União . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . . 28 . 889 27.505 56.~9-!
Viçosa .. . 27.147 ~8.643 55.790
Vitoria .. . 16. 9~)~ 1 17. 32:> 3·L 317
I
Tot~l . .. . . . ..... . .... -I 4 79.303 499. -!-15j 978 .7-!'

Conhecidos os resultados dos diversos reC'cusez.mentos feitos no


Estado, podemos perfeitamente apurar a base da proporcionalidade da
população em 1931.
Cen"o" 'fot uis .\umento (%)
1810 89.589
1820 111.973 2-1.9 ' em lO anos
1846 ~07 . ~!)4 83.12 em 2(} an0s
JS5C ~49.714 em 10 anos
:.!ll,4õ
1812 313.268 25,05 em 16 anos
1890 511. -HO 63,78 em 18 anos
:í900 ().;!) . 27:~ 2G,95 em lO anos
1920 9í8.'i48 50,74 em :! 0 anos
Verifica-se que em 110 anos, ou 11 dccenios, a população do Es-
tado teve um crecimento de 26,70 5ó, em cada período de 10 anos.
Conhecida esta base de aumento, e na impossibilidade atual de
um recenseamento direto, pôde-se avaliar a populaç.ão em 1931, distri-
buindo-a, segundo os sexos, pelos 36 municípios então existentes, ado-
tando a contagem oficial de 1920 .
O calculo dará uma população de 1.240. 072 habitantes, sendo
607.276 homens e 632. 796 mulheres.
A distribuição dessa população pelos municipios, de conformidade
com as zonas topograficas em que os mesmos se acham situados, é a se-
guinte :
ZONA l\1ARITD1A
llf nnleipfos Homem~ Mulheres TotAl
Alagoas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.811 12 . 027 23.838
Camaragibe .............. ....... . 15.097 16.279 31.366
~ruripe .. . .. . . ... ... . . . . . . . . . . . 9.669 10.887 20.656
.. -54-
1Uunicipios Homens Mulheres Total -
1\L\CElO' . . . . . . . . . . . . . . . 4 .96 54.962 103 . 930
1\'l.aragogí . . . . . • . . . . . . . . . • 10.125 10.897 21.022
Piassa bussú . . . . . . . . . . . . . .. 4.284 4.982 9.266
J.> iJar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.493 10.705 21.198
Porto de Pedras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 .531 12.620 23.151
Santa Luzia do Norte . . . . .. • .. . . . . .. 14.152 15.511 29.663
São Luiz do Quitunde . . . . . . . . . . . . . . . 16.109 16.919 33.038
São l\Iiguel dos Campos . . . . ••..••••• 18 . 453 19 . 734 38.187
TÕtal • • • • . • • . • • • • • . • 235.207 231. 737 466.944-
ZO~A MONTA..~HOSA OU DA :.\1ATA

Jfuniripios Homens Mulheres Total


• Atalaia . . . . . . . . . . . . .. . • .•....••• 38 . 419 38 . 377 76.796
Capela . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . • • • 18.247 18.189 36.436
Lcopoldina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15. 467 16.137 31.604
::\íuric· í . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24.546 24.179 48 .725
Porto Cal v o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.630 1~.7 89 29.419
Quebran gulo . . . . . . . . . . . . . . . . .. 21.528 21 .950 43.478
bão .José da Latie . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31.493 26 . 978 58.471
Pnião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36.502 34.848 71.350
\'iç·o:;a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34.375 36.290 70 .665
'l'otal . . . . . . . . . . . . . . . 169. 692 185. 523 355. 215
ZO~~S~XFRA~CffiCANA

l\fuukipius liomens Jiulhcres 'rotnl


Belo ~\lonte ... . . . . . . . . . . . . . . . . .. 4.984 5.299 10.283
!~reja.['.;o v a ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 . 293 11.193 21.486
Penedo . . . ... . . . . .. . . . . . . . . . . 13.748 16.001 29. 749
Piranhas ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.00l:í 2.398 4.403
Porlo Real elo Colegio . .. . . . . . . . . . . . . 7.693 8.476 16.169
Pão de Assuca.r . . . . . . ... . . . . . . . . . 13.195 14.439 27.63-i:
São Braz . . . . . . ... . .. . . . . . . . .. . . . 8.623 9.015 J7.638
Traipú ... . . . . . . . . . . . . . .. . .. . . . . 12.533 13 .256 25.789
Total . . . . . . . .. .. . . .. 73.074 80.077 153.151
ZOKA SERTA.'\EJj..

]Junicipios Homen Mulheres Total !

Agua Branca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 12.220 13.577 25.797


Anadia . . . . . . . . . . . . . ..... .. . 32.176 32.630 64.806
:A.rapiraca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.700 s.ioo 11.800
Junq ueiro· . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . 6.184 6.603 12.787
I im,)eiro . . . . . . . . . . . . . . . . .. 13.841 14.741 28.582
J\Tata Grn.nde . . . . . . . . . . .. 13.392 13.868 27.260
Pn.lmeira dos Indios ... 22.402 23 . 352 45.754
Sa.ntana do Ipanema . . . . . . . . . 23.388 24.588 47.976
Total . . . . . . . . . . . . 129.303 135 . 459 264.762

I
-55-

RESID10
Zona :M ontanhosa ou da Mata 466.944
Zona :\1aritima . . . . . . . . . . . . . . 355.215
Zona Sertaneja . . . . . . . . . . 264.762
Zona Sanfranciscana . . . . . . . . . 153.151

Total ........ . 1. 240.072

Confrontando-se a popula<:ão de Alagoas com a das demais uni-


dades d3 federação, adotadas as <:ifras recentes do Departamento ~a­
<'ional de Comercio (BRASIL ATUAL, 1931). fica o nosso E~tado em
decimo primeiro lugar, acima do :\faran hão (1.140.635), Paraíba . . . .
(974.273), Santa Catarina (948.398), Piauí (809.508) , Rio Grande do
Norte (73 .889), Goiaz (712.210). Espírito Santo (661.416), Sergipe
(647 .965), Amazonas (433.777). Mato Grosso (449.857), Territorio do e
Acre (113.725) .
Quanto á densidade da população, Alagoas é sobrepujada somen-
te pelo Distrito Federal e Estado do Rio de Janeiro. A densidade da po-
pulação das zonas topograncas do EsLado é a seguinte:

Zona Marítima ... . . . . . . . .. . .. 6. 773 Kms. 2 52,44 ,.,I


Zona Montanhosa ou da l\Iata .. .. 6.506
., 71.77 t II
Zona Sanfmnciscana . . . . . . . . 7.091 ," 21,59 ' '
Zona Sertaneja .. . . . . .. . . . . . 9.630
'
27,49 I It

Do Estado . . . . . . ... . . . . 30.000 ., 41.33 ( .


(

)Jão entram nos calculos do aumento da popula<;ão os fatores re-


gulares de contagem; adotamos unicamente o criterio da proporciona-
lidade do creC'imenlo, acompanhando a curva da percentagem dos re-
censeamentos num longo periodo de 11 decenios.
Não se póde mesmo conta r com os fatores normais do crecimento
ou diminuição da população.
O registro civil, que poderia ser uma excelente fonte para a apu-
Ta<;ão de nacimentos e obilos, só tem execução, mais ou menos regular.
na C:}.j>ital e numa ou noutra séde de municipio. O grosso da população,
esparsa pelo interior do Estado e dcsconbecedor da necessidade do re-
gistro civil, não dá execução á exigencia da lei que instituiu este impor-
tante serviço publico, por ignorancia e, mais das vezes, por impossibili-
dade material.
Para os nacimentos contenta-se a população do interior, e mesmo
as classes humildes da capital, com a formalidade rE:li~iosa do batismo.
Uma medida que impuzesse aos parocos a obrigação de só eretuar o , ba-
tizado mediante a apresentação da certidão do registro do nacimento, e,
ao mesmo tempo, dilatasse o mais possível o praso para esse registro, se-
ria um re'medio.
Para os obitos, porém, não ha medida possível por maiõres que
pudessem ser as penas que a legislação estabelecesse. Quem morre nos
sitios, nas proprtedades rurais, noi povoados distantes do registro civil,
é sepultado á revelia da autoridade, no local onde o obito se verifica.
As distancias, as dificuldades de comunicação, o pauperismo dominante
no seio da população rural, imposssibilitam qualquer providencia que
imponha a obrikatoriedade do registro.
Nestas condições, não se pode contar com o regiatro ci"fil como·
fonte subsidiaria do calculo exato da natalidade e mortalidade.
O mo \·~mcnto da popuhção, pol' en trad!!s e saídas, pouco altera
a estimativa para a determinação do numero de ha bitantes em 1931. Não
h:.!. mmca bom e no Estado, <:orrentes imigratorias que viessem aumen-
t<lr a pop,ilnc;ão. O numero de estrangeiros no Estado sempre foi insigni-
fic<'.nte. O creeimento, pois, opera-se c:-:c lush ·amen te pela natalidade .
.\ popuia<:;ão do interior locomovc-se atr aída pelo urba nismo para
''umcnt:lr o numero de dcsor·•tpados :1a capital, 0 1 1 movimenta-se para
outroR Estados :;em a preocupação df' por lá Sf' f1 x ar defin it ivament e .
Ccssarlo o moth o determinante da saída- a seca, para a po pulação ser-
t i!ll ·j:t. a procura de melhor sala rio. nos mun icípios limürofes - opera-
se o retorno. Em 1!>:?9 e 1!.130 a crise ela lavoura do café determinou o re-
gresso de milhares de alagoanos que h a\ iam cmi31·a do para São P a ulo.
Eswmo~ t•onvc·tc•iuos de que uma contagem direta d3. população.
c·r.p o '1 qne .-c (P;~. em 19t0, apm·aria resultado igm~l ou aproximado ao
que ohtivem os para 1931 "


o~ ,.abos liu1itcs dados á ,-iJa de :\Iaceió pelo Alvará de 1815 res-
t ·in~ir~;1H=e i p!oporc:ão qt!C Atal.....ht c\VJ.n~a\a pdo intc:l·ior, consti-
t !i i!! <lo-::- ··, ~l·n~rnfka <· 'Hl ' !inist:·!ltivam"nte. na in.enc::a região palma-
;·i.t ·• . tl ;'!;l i. lc!o :~ ~u<1 ji.tri~di J.o c fazendo r c:t!él!' a p~nctração adm.inis-
tral h·::t ('" \hH'Pió [;~ Jinh:l~ dP·is ol'itlc:;, que, por f im se estabeleceram .
A aut onomia eclesiastica de Pioca creára a :\!aceió, ao n orte e
noroeste, linhas definitivas, como -aC'qnlccera ao ::udoC'sle, por onde se
llm:t ":. c·c m a • rc~l:e;;i a de Ala;o::~.s; :1 oe~tc. dilatou-se !'.. jt.:risJição
m:H.·c-! .~11se c <:01:1 ela a. l·clot!i::asfio1 •1uc marc·hqu do Hto~·al pal'J. o ct'n-
~ r~. : ,,l..jl:l 11 ;.:d1do o:; ciln~os do .Pamiba c :\.tundaú. Branca, hoje poYoa-
d{\ cio I~i.l~li"i;J: o de At:tlaia. e :"llt.rit-í, mu11 ic!palmente aato:10mo, fora m
ll'rmo~ da vil~t dl' ~.tc..w~:ó. 1.~0 'a lendo a rcclan,ação da C!lmara, em
1~'.:!:1, pN~nt<' o cor ! c~etlor , p::1ra que voitJ.3Sem á antiga jurisdição. Le-
gnlizaYa-se a!'s~m a inror!'oraç-ão, r onsC'qt!cnt", antes do fenomcno da
e.:pdH:::ão tio !JOvoamento central, que de intuitos e cxigen cias mera men-
li.' aci·ni n i~tral i\·as.
Definiram-se, por fim, ~s linhas de fronteira do munic-ipio : o rio
Sauassuí, ao i': e KO; o r iacho F ernão Velho e a lagoa do Xortc, a O; o
ca11al e bar ra. da mesma lagoa, ao SO; o Atlan tico, a L.
Segundo estimativas da Diretoria Geral de Estatistica, em 1920,
d en tro desses limites fi caram 366 quilometros quadrados. Solo geral-
mente plano, com a lgumas baixa das pan tanosas, á beira das lagoas que
o ma rgeam e dos cursos fluviais que o cortam, apresenta para o interior
elevações, em ta boieiros cobertos de vegetação medíocre.
Geograficamente fi cou assim constituído o município onde se
encontra , desde 1839, a capita l do Estado.
A gente que fundou o povoado, estabelecendo-se em r edor do en-
genho anonimo, e creou a vila, era mais do comercio que da lavoura.
Aqui o fator do po-.;·oamen to e do progresso local difere de quasi o de
todo o Estado. Em geral, os povoados surgiram dos centr os agrícolas.
com o engenho de assucar ou a fazenda pastoril por celula, sob a prote-
ção do sesmeiro, senhor da teiTa, da. escravaria e do gado, que eram os
elementos essenciais do trabalho colonial. A expansão do burgo não
afastava o engenho e o proprietario passava então a exercer a ~ua auto-
ridade sobre as atividades que se congregavam para diferentes profis-
sões .
A organização da comar ca, em 1711, quebran tou esse prestigio
form idn,·el, pela impos ição generalizadora da lei e domínio legal da an-
-57-
t01·idade judiciaria. Já havia no territorio alagoano, desde então, um po-
dei' maior a que se podia recorrer dos excessos pessoais. E se bem que
esses recursos, que a lei assegurava, fossem morosos e, não raros, iuefi-
.cazes, por se decidirem sempre a favor do mais forte, a simples presença
de uma magistratura togada, estranha ao meio, amparada pelas forças
das armas, mais ou menos proximas, a que podia recorrer o ou...-i<.lor, ser-
viu para cercear um pouco o poderio dos grandes senhores, deixando-os
com as suas arrogancias e violencias nos limites do engenho de assucar
ou da fazenda pastoril.
O proprietario do engenho ou da fazenda ficou na Província como
centro de organização economica e política, creando oligarquias muni-
cipais. O norle, principalmente, era um nucleo de oligarquias rurais,
cada qual mais prepotente e a\·assaladora. Duas ou tres dezenas de fa-
milias enriquecidas na lavoura formavam as forças parlidarias que se
degladiavam para a conquista elo poder. dominando a ProYincia. Em re-
dor delas gra,·itavam os satelites, vivendo do calor politico que lhes da-
Yam as oligarquias, formigavam os elementos menores, a turba-multa •
dos anonimos a cuja dedicação o senhor recorria, nos pleitos eleilol'ais
celebres. em que era precizo opôr á fon;a numerica do Yolo a força deci-
~iva do cacete, ou quando era mistér arredar rebeldias do caminho tri-
unfal do chefe supremo.
Essas familias senhoriais, donas de datas imensas. ('111 que se ha-
via firmado o patrimonio familiar. delendo a posse imemorial de gran-
des propriedades agrícolas, ao norte, e dos latifuudios pastoris. ao sul,
baseavam o seu fasligio e a sua propria existencia, na escravidão.
A importancia de cada uma dessas familias derivava do numl'l'o
de serviçais, que faziam a lavoura da. cana e o pastoreio dos rebanhos.
O esc·ravo era a musculatura do regimen, o fator maior da riqueza, o eie-
me11to primordial da economia 1mblita, e, assim, indiretamente, o esteio
do prestigio politico e social do senhor. Por isso a extinção do cativeiro
arruinou numerosas iamilias, que sepultaram o esplcnclor da aristocra-
cia P o preslig]o po1itico n os escombros da l'eYolttção paciiica da abolição
- escreveu o sr. Oliveira Viana.
Os nucleos principais dessas oligarquias, que, em propriedades
de grande extensão, h a ,·iam firmado na laYoura da cana a sua riqueza
e o seu poderio, eram Porto Calvo, Porto de Pedras, ·M aragogí, Ploca,
Santa Luzia do Norte, Coruripe, Camaragibe, São )liguei dos Campos,
Pilar e Alagoas.
Segundo Tomaz Espindola, em 1870, a popularão escrava aesses
dez centros agrícolas, era de 32.746 indivíduos para 116.192 habitantes
livres. As dez mencionadas circunscrições constituíam a zona assucarei-
ra por excelencia. Nas demais, 18, a organização econom ica tomara por
base a industria pastoril. auxiliada por diversas culturas. Era a zona dos
Jatifundios. O braco escravo não precizava ser tão numeroso. A socieda-
r"' ":O sc!.. fte formou-se assim mais democraticamente, e os homens que
nela se salientaram pela opu!enc:ia não tiveram na politica 1wovincial a
mesma accndencia dos senhores de engenho do norte, como observa o
professor Moreno Brandão.
A distancia a que ficavam da capital, onde se reuniam os elemen-
tos orientadores da política e onde se faziam as conspirações que leva-
Tam ao poder, não permitia a disputa Tantajosa das posições. E foram
J)rccizamentc as dificuldades resultantes dessa. distancia que, afastando
das altas esferas administrativas os proceres sertanejos, mantiveram-
lhes os pendores democraticos.
Para as 18 fregnezias do sertão apenas 16.052 escravos, a metnrle
da escravaria das 10 fregue~ias assucareiras. Por isso, quando, em 18S8,
-58~

a abolicão, abr indo as senzalas e <1ese1 tando os campos agrícolas e pas-


1o ris. cÍenubou as oligarquias, na zona pecuaria a desorganiza~ão do
trabalho não trouxe os mesmos efeitos economicos, sociais e politicos
que abalaram Yiolentamente o norte. A vida economica refez-se mais
ta<.:ilmente e, na política e na sociedade, os homens sertanejos fica-
ram quasi to<los oude sempre estiveram. •
O município de :\Iaceió, em 1 70, compreendia as freguezias de
Maceió, Jaraguá e Pioca, com uma população de 28.630 indivíduos, em
cujo numero se contavam 4.822 escravos.
Das tres circunscrições eclesiaslicas era Pioca a maior, a mais
antiga e a mais populosa. De fundação imemorial, estendia-se por sele
leguas de leste a oeste e cinco de norte a sul, contando 56 engenhos ele
assncar c uma popultlÇáo de 13.994 pessoas, das quais 3.32G eram es-
cravas.
O povoamento de Pioca foi anterior ao de l\laceió. A população
que para aí se encaminhou, levantou os engenhos, plantou os canaviais
c atirou sobre os hombros do escraYo o peso formidavel do trabalho agrí-
• cola c da industria assucarcira.
E' de presumir que, depois do inquerito mandado proceder pelo
conde de Linhares e cuja autenticidade se põe em duvida, sejam os cal-
culos do ouvidor Ferreira Batalha os mais remotos e aceitaveis, quanto
á população da Província. O magistrado apurara em sua comarca 89.589
habitantes. Não <:onhecemos detalhes desse recenseamento. l\Iacció era
ainda. um Rimp les poYoado, a.dministralivamenle ligado á. vila de Ala-
goas e eclesiasticamente á freguezia de Santa Luzia do ?\orle. As cifras
<.:Cl•Sitarias não o teriam tlcccrto distinguido.
Do recenseamento de 1820, não sabemos minucias que destaquem
a Yi!a do c:al(·ulo global da população da Província. Todavia, pesquizas
eclcsiasticas no ano seguinte, deram á freguezia de Maceió uma popula-
ção de 4.784 habitante~. O inquerito, visando o interesse eclesiuslico, nüo
alcançou a freguezia de Pioca, canonkamentc autonoma.
Os mapas estalislicos de 1816 deram ao município a seguinte po-
pulação:
t'rrguezius LJlres Escr:nos 'l'otal
llaceió. ... . . . . .. . . . . .. 5.176 957 6.133
Pioca . . . ... . . . . .. . . . . .. 6.7~6 3.20fi 9.931

• Total . . . . . . . . . . .. 11.902 4.162 16.064


Seis anos depois verificou-se um decrecimo na população :
.t'reguezins Lhre" EscrM·os 'I' o tal

::\1aceió . . . . . . . . . . . . . . . . .. ... . . . 6.579 1.472 8. 051_


Pioca . . . ... . . . . . . . .. . .. . .. . . . . . 5.280 1.794 7 .074..
Total . . . ... . . . . . . 11.159 3.266 15.125
A diminuição afeta somente a freguezia de Pioca. Espindola, a
respeito, faz o comcntario seguinte: "~ão tendo havido guerra, nem
grandes epidemias, nem !ornes, nem emigração, desde 1876 a 1853, a po-
pulação do município da capital em vez de ter aumentado, vê-se que de-
creceu, a ponto de contar em-se quasi 1.000 habitantes de menos, haven-
do progredido a da mesma capital, o que não é admissivel. As informa-

-59-

çõcs que, a este n~speüo obliYemos. nos leYt!ram a c.:r~r que boti\·e falta.
da parte elo delegado, mormente sobre a. esta.tistica. d:1 frcgnezia de
Pioc·a. ·•
Em 1855, por determinação do bencmerito p.-esidentc Sá e .\lbu-
qucrqu<', Espindola, tomando por base, com eie diz, '·os preceitos estabe-
leci dos t>Or Alexandre 1\Iorea.u de .Jonnés, no seu tratado l~l~mPnh)!\ ch·
};"tnti..,ti(.'n. e as opiniões de Carlos Dupin , Boudin c )laltlms, sobre o a~­
snnto ··, entregou-se a novas indagações ccnsitarias. O seu trabalho di-
vulgado em 1 60, deu ao munic.:ipio da capital a população seguiute:

t'regnt'zias l.iYrC:-< l·:st•ra' os 'rotnl


l\Ia<·PiÓ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ . ll.lí6 l. 160 12.336
Pioca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... . 10. ljl)~ ~- -~~() 1:~. ~1!1:
Jar~1.guá .. . .. . 1.96~ 336 2.298
Total _. . . . . . . . 23.806 ·1. S22 2 .628 •
Do recenseamento geral de I 12 não encontramos algarismos r e-
ú! rcnl <·~ao município da capital.
O censo decenal de J S90 deu ao município de :\Iaceió 31.498 habi-
tantes, dos quais 30.000 para o distrito da capital. isto é, para a zona ur-
bana. Não é possi\·cJ que em 18 anos o aumento da população th·csse si-
do somem c de cerca de 3.000 habitantes .
O recenseamento de U>UO. feito atravez de tropec;os diYcrsos, apu-
ron para )laceió ~ü.n-!2 habitantes .
Por fim, o rc<;enscamcnto de 1920 deu ao munkii1io í4.1G6 indi-
\'iduos. Em relação ás ~O capitais brasileiras, :Vlat·eiél e:;tnva adma d~
'l'<>rczina (57.500), Belo Ilorisontc (i'l5.563). Paraíba (52.HfJ0), São Luiz
(52.919), Florianopolis ( 41.33 ) . Aracajú (37.4-!0), Cuiabá (33.678) .
Nata (30.696), Yitoria (21.866) , Goiaz {21.223).

Dbtritus Homens Jl u\Jt('res 'fotnl


.:àfaceió . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17.305 21.539 38.844
Jaraguá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.122 !>.G7í 17. 7!Hl
Bebedouro . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .... . 3.471 4.987 8.458
.Aieirim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.672 t.39a 9.0G:j

33.570 40.596 74.166

Vi\iam na capital 505 estrangeiros, sendo 361 homens c 144 mu-


lheres.
Quanto ao estado C'iYil, eram:

Casados . . . 19 . 540
Solteiros .. 49.172
Yiuvos .. 5 . 355
Ignorados .. ~9 74 .1G6

Quanto ao gráo de instru<;ão eram:

\lfahet izados .... 34.1~3


Analfabetos . . . .. 40.033 7-1..166
-1)0-

Segundo os calculos da Diretoria ue Estatistica do Estado, em


1931, a populaç:ão <la capital era a seguinte:

... Homens .. 48.968


:\lulhcrcs . . . . . . 5·1. 9G2 103. 930

Estn. população estava assim distribuída:

Di:~tritos Homens ::lialhcres 'l'otal

~ra c~ió . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . ... 23.29H 27.960 51.~59


Jaraguá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 12.345 15 . 356 ~~. 701
Bebedouro . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . 4.424 6.383 10 .807
1\leirim . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . ... 7.040 7.123 14.163

• 47 .108 56.822 103.930


Em r· iac)io a::; 2t) c.a!Jitais br::tFilc!ras, :\Iacció está em S" lu~a,·,
ounn to á pOJ)ula~ão. sc,.;unuo os c-alculos r ecentes do Departamento ~a­
c:iora l do comercio, (~-.;no se vt! do quadro que scgae:
1 ~ão J>aulo S7~). 783 11 :.Janáos . 83.736
••"" P..:-cifc . . 340. r; .):~ 1.~ João Pcsc::ôa 7·!. 10 1
I')
t) f'~. O S:' lv:'(!Or 3:!D . S9S 13 Tc··c~ina . G-L 379
·I: n~..·I :w :!79.-19 1 1.1 Sbo Luiz 62.S!l5
5 Po;lo ~\lf gre .~-.-. •) - f'
.::.lu. • »/) 1) ..\racajú . 4!1 .111
I) Del o Jím·iso•ltc 1ML~49 1 11 F! )l innopoli3 46.;)20
7 XHeroi JOS.:!:-'3 Jí ):\7' t~) .. 41.747
s ).L\ CF.! O' lO!l o·~f) 1~ Cu i<tl ú. . 41. 14<>
,, C'uritiha ..
I' 100.~4~ 1n \"i nrin 2 !1. 24~
JU r'oi'[aJcza ns.s ~s ~o Goiaz 26.328
1HDfOHRA FIA
Os dn.dos flemografir·oR que d?mos a 3eeuir referem-se á ca})ital
do Estado. O scrdço do regi si ro c:iYil, mesmo n a capital. ainda não. foi
compl'l'"ndic.lo pe1a maioria da população, que, em geral, não obscrya as
exü;cncias lc2,'n is, quanto ao r egic:tro da natalidade e da mortalidade;
de mo•lo que as estatísticas, com os elementos ohti<los dos ser~entuarios
do reg istro c ivil. estão muito distancia<las da realidade. Tendo sido crca-
da e~ta repnrtic:ão em setembro de 1930, não houve oportt!!1idade d~
atcn<ler a esse ramo do sen i o a seu cargo, estendendo as indagações a
todo o E~tado. Contentamo-nos com os elementos que pudemos colher
relaUnmumtc á capital, no quinquenio de 1927-1931, por iutermedio do
Departnmcnt.o da Saudc Publica.
Com esses elementos pude mos organizar os quadros seguintes:

:-.JATA.LIDADE

AXOS
\ N'acidos ~ l\Iédia INacidos 1lé<lia
Total
· vh·os dia ria I mortos. dia ria

1927 1.170 3,25 193 0,53 1.363


1928 1.162 3 . ??
-~ 175 0,45 1 . 337
--61-

I Xacidos I Média )Jacidos I i\Iédia


A.~OS
I vivos diaria I mortos I. diaria
Total

1929 1.044 2,90 178 0,49 1.222


1930 1.083 3,00 177 0,49 1.260
1931 J .182 3,28 223 0,61 1.405
Soma . . . 5.641 3,13 946 0,52 6.587
~IORTALIDADE

I I- - -
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)IOlt'l'.\LlU_\DE . .' lWt:Xno A IU.\IJE
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w:w 1. (ifl:! ... j() r;;;:l 1:m1 !?i :m :n:tj 1 10 1 1:; :!:{:i !l!l
1!l:w\ 1. nnc• :i.~n l cio I lS ij (;.; 10:; :!:i:t l!lll l:i:! · :!. ·1 IL
w :; 1 .:! • oo!l I r..:;; t;t;." 217 :l:l 110 l!ltl :!ti:i :!1:.! 1 :!'i:! l!l•i
1---- -- - - - 1- -i - - - - 1 -
~omn l !l. !?i i !i,1:il ::. 1 :~1 ~m; ~w 1 -m:.!l 1 .mlHI !litil stH 1 1. :!(~ :m l

A mortalidade infantil na capital ainda apresenta cocíicientes


muito eleYados : para 5.6·!1 nacidos viYos no quinqucuio, uma mortali-
dade de 3.131 ou 57,45 ' -; , entre 1 a 5 anos.
O quadro a. r:;eguir discrimina a proporcionalidade an~tal cnlrc na-
<'idos vivos e mortos de O a 1 ano.

k'OS
Xacidos Mortos
Oa 1
I POl'CCll.-
tagem
vivos ano I
- ----
1~~7 1.170 CH2 54,88
1928 1.162 6ü7 57,40
J9 29 1. 0-14 553 52 ,96
J930 1.083 601 55,49
1931 :::I 1.182 668 56,51
Póde-se afirmar que, depois da creação dos s2n~iços dC' a~;. i~' cn-
cia e proteção á infancia, de iniciativa particular, essa mortalidade tem
<liminuiclo seguramente 30 ~·~ .
Quanto aos sexos, a morta1idadc foi a seguinte :
-
Anos I Sexo / Sexo I Total
IM:asculino Feminino!
1927 834 920 1. 7!i·t
1928 899 1 .017 1. !"116
1929 832 860 1. 692.
1930 913 993 1 .906
1931 958 1. 051 2 . 009
Soma .. . ... .. I 4.43G 4.841 9.277
-G2-

Ainda é cle,·ada a cifra da mortalidade por molestias transmissi-


veb. Durante o quinquenio o Departamento tlc Saude Publica do Estado
regiFotrou 2.792 obitos por enfermidades contagiosas, a saber:

Febre tifoide e paralifoide . . . . . . . . . . .". . . . . . . 37


Paludismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 614
~arampo . . . . . . . . . . . . . . . 18
<'oqneluc·he . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Difilcria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Gripe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274
Discntcria~ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 479
Lepra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
I•,ebl'c ama rcla . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Poliomielite aguda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
~Ien igite ccrcbro-cspi n h ai epidemica . . . 4
T eta no . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Tnhnrcnlose . . . . . . . . . . : . . . . . . . . . . . . . . . . . . 773
SHilis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313
Omras mol e:-;tia~ infccciosu,s . . . . . . . . . . . . . . . 197

:d.792

Tendo Rido ele !L~77 o numero de obitos no quinquenio, as doenças


('Ontag!o:-;a~ concorreram com !!!>,03 ',, sendo que para as molcstias
tran S!Jli~sivcis a tub~rculosc deu '27,,G '< •
Durante o quinqucnio realizaram-se ua capital 1.288 casamentos.
<.'O itforme a cti~!ribuit;ão a :.;eóuir:

J H:!7 232
1928 3-!5
1~29 270
1930 222
1931 219

Total . . . . . . . . . 1.288

O quadro que segue mostt êl o movimento da população por entra-


das c f;aídus pelo porto da capil;tl, durante o ullimo quatrienio. Nos anos
de 1928 e l92!l -rerifica-sc nm dt-iidt nes~e movimento: saíram 1.059 pes-
soas a mais das que entraram. ~os dois anos seguintes, porém, registrou-
se um excesso: entraram 3.129 pessoas a mais das que sairam.
Não conseguimos registrar o movimento da popula~ão pelo inte-
rior, quanto a entradas e saídas, e mesmo pela capital, por via terrestre.

I 1~:\TH.\D.l.~ HAIDAl)
.\Xol-' l
I IIom<>ns I Mulht•rt•sl 'l'otal I llom!.'u,~ 1 ~luUil'rC"I 'l'otal
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, ITUAf,\0 .\.GHI('OL.\

Na distribuiç-ão das safras brasileiras, por Eslz.dos, em 1930, as


estatistieas fed~rais do Departamento Nacional do r-omercio davam á
Alagoas a seguinte produ~ãc:

L20. 000 toneladas de assucar


18. 2•10 ·• de algodão
4-i . OCO de milho
12. U(!v de f<·iji:.o
11
9. 000 de ü!TOZ
1. 300 " de caft:>
400 <lc fumo
·l'l.OOO <;c L~.rl!l!ta de maJH.Iioca
2•!0 . l'U\l C' 1to:: de c0N>s
~J5. 00 l :1('l~loli ros t:c ~tkoc l c aguu.nbntc

S\o tor~ntc aoE. mC'ncionaclos pr'ldntos. Alagoas csta·;a a(·i:.~a do


Ceélni. Scr5 i :>~. E~;.:_.L·itl> S~mo, ~Ia<"an!~lo, P :'raiba. P.:;:ú, Eio Ur:1nde
do Norte, Piauí. :'-l«:'..to Grosso c '.m..twn .. 5 . <·omo ~e verifica das cifras
arroladas cut csc~l!a dLCC1!UCl ..te ;::} o li ~uu :·o q uc l:>e scbue:

Estados Tonclu.dns Hectolitros Centos

1 São Paulo . . . . . . 3.000.339 700.770


2 Rio üran<.lc do Sul 1. 992 . 65U 1. 3-!1. 700
3 ~Iinas Gerais . . . . 1. 410.560 243 . 310
4 Para.ná. .. . . . . . . 682.4~1 14.908
5 Pernambuco . . . . 5.27 . 8\30 290 . 000 250 .0QO
6 Rio de Janeiro . . . . . . . . . 469.935 287.052
7 Baia . . . • . . . . . . . . . . . . 4-!9.1~~ 79.530 485.600
8 Goiaz . . . . . . . . . . . . . . . . 351.650 1 .700
9 Santa Catar ina . . . . . . . . . 264.878 64.060
lO Alagoas . . . . . . . . . . . . . . 238.574 95.000 240.000
11 Ceará . . . . . . . . . . . . . . . 210.650 15.000 15.000
12 Sergipe . . . . . . . . . . . . . . 184.7:39 68.030 183.260
13 E.::p!rito Santo . . . . . . . . . 166.16~ 6 .025 690
14 Maranhão . . . . . . . . . . . . 135.650 48 . 000 10.000
15 Paraíba . . . . . . . . . . . . . 108.102 18.458 230 . 300
16 Pará . . . . . . . . . . . . . . . . 75.433 1.350 988
17 Rio Grande do Korte .. 49.183 11.500 47 . 655
18 Piauí .... . . . . . . . . .. . 42.748 5.390 360
19 Mato Grosso . . . . . . . . . . . 34 .518 11.934
20 Amazonas . . . . . . . . . . . . 28 . 849 1.350 998

Total . . . . . . . . . 10.424.223 3.316.727 1. 463. 851

A coluna centos r egistra a produção de côcos, a hectolitros a pro-


-66-·

dução de bebidas, inclusive a.lrool e aguardente, e a toudntlns a dos de-


mais produtos agricolas.
A agricultura sempre foi a base da vitalidade economica do Es-
tudo. Kas nossas estatísticas de exportação a classe - ,·egetni~ e !'cus
Jlruduto:-.- concorre aproximadamente com 90 (; da quantidade e yalor
da exportação global. [í'eJizmente ainda se não pensou em Alagoas na.
<:reação de industria:; fict ícias destinadas exclusivamente ao consumo
iutcrno, peJa impossibHidade de suportarem a concorrencia das simila-
nls estrangeiras dos velhos paizes industrialistas, como acontece com ou-
tros Estados, e tem scn·iào unicamente para o encar ecimento da vida
popular , pela exorbHancia do custo aqu isitivo, e formação de uma plu-
tor racia gananc-iosa que se alimenta do empobrecimento coletivo. Con-
tinuamos sendo o que, realmente. deyemos ser - uma população labo-
riosa que repousa na lavoura toda a sua prosperidade.
Contudo a nos!:!!! produção agrícola ainda não COJTesponde, e está
Jon~c de corresponder. ús po~sibilidades das nossas terras, propicias ás
mais variadas cultums. c á capacidade de traba lho da nossa sobria e re-
sist<'nle populac,:ão rural. Xão lemos ::tinda o t rabalho agrícola devida-
meu te organizado em l>a!'cs solid~s. de modo a desenvolver a produ~ão.
J;lf'i'milindo exportações muito ma is elevadas que as atuais e nos eman-
C'ipem da cscravatnra cc:onomica. em que ainda Yivcmos. com importa.-
~ões mai~ Yolumol'a.R que a:-; transações de venda dos nossos produlos.
A unicn. cultura organizada c para cujo custeio anual afluem.
mais on menos rcguiarmC'nte o~ capitais é a ela. cana de assucar. As de-
mais movimentam as suas planta.~ões e colheitas com o que porventura
Yt>ll h a a ~obrar do preparo dos c a na \'i ais e da fal>:r icação do assuc:ar.
quando não ficam de lodo entregues ao trato e aos recursos minguados
do rude tr:lbalhaclor l>raça!.
Yintc c seis anos após o dcsc~obrimenlo do Brasil, a cultura da
cana de a~sucar já se fazia nas terras doadns a Duarte Coelho Pereira e
a c>~sa cultura. que deu á populaç-ão us babilos :-cdentarios que permiti-
ram a fixação do c·olono, se ficou dcYendo a prospcridacte d:i:J capitania.
Alagoas, parte integrante dessa imensa donataria alé 1817, te\·e.
<·omo era na tural, na cultura da cana a sua ma ior fonte de riqueza e os
engenhos de outrora foram, até o f!m do regimen monarquico, os unicos
(·emros apreciaveis de produ~ão que a Provincia possuía .
A cultura da cana ficou assim tradicional e arraigada e a indus-
tria assucareira ficou sendo a nossa grande iudustria. _\ principal, a mais
antiga, a mais prestigiosa. a que reune maiores capita is e movimenta
anualmente maior numero de homens. Era e é a cultura do rico proprie-
tario rural. O algodão, o milho, o feijão, o arroz, a mandiocca ficavam e
ficam para o pol>re, que sempre can egou sosinho a r esp()nsabilidade
dessas culturas.
A lavour a. da cana rrcou a industria assucareira. Iniciada no co-
meço do período colonial, nos modestos engenhos fundados por Cristo-
varo Lins na sua imensa sesmaria de Porto Calvo, dilatou o seu raio de
ação e desenvolvimento e tornou-se, por fim, o mais notavel fator social
e economico de Alagoas.
Só e desajudada, contando un icamente com oi recursos e a capaci-
dade de iniciatiYa do senhor de engenho, a industria asst~careira chegou~
at,.avez de vicissitudes, aos primeiros dias da Republica, utilimndo os
n1esmos processos coloniais da fabricação do assucar e, até 1888, descan-
çando a sua prosperidade sobre os h ombros do escravo.
Depois vieram as usinas, exigindo a inversão de capitais conside-
raveis na aquisi~ão de maquini&mos que permitissem, no aproveitamen-

-67-

to da cana, o maior rendimento de sacaro!#e. E o hunguê, pouco a pouco,


vai cedendo o lugar que conservava, havia tresentos anos, ã industriali-
zação moderna da cana_
Se bem que Alagoas não seja um Estado monocultor, como erro-
neamente se oostuma dizer, porquanto muitas outras culturas, ao lado
da C"ana de assucar, se praticam em escala elevada e sempre crecente,
-com produção suficiente ás necessidades internas do consumo e sobras
para o comercio externo, a laYoura canavieira é, toda,·ia, a unica regu-
larmente organizada e a que mais interessa aos grandes proprietarios
rurais. ~Ias, felizmente, não temos insuficicucia de produção, quanto aos
produtos agrícolas indispeusaveis ao sustento da população; o que pre-
cisamos é de produções muitíssimo mais volumosas, que incrementem
o nosso comercio externo c cubram largamente o volume das utilidades
que buscamos fóra. ou porque não as produsimos, ou porque as produ-
.simos insuficientemente.
Agricolamente, entretanto, cowo vimos do quadro estatístico or-
ganizado com cifras oficiais do Departamento l\:a.cional do Comercio e
do Serv i ~o de Inspeção e i''omento Agrícolas. relatiYas ao ano de 19~0 . a
situação de Alagoas não é dcs,·antajosa. ~ada menos de 10 Estados lhe
ficam em posição inferior.
Passemos agora a E•xa.m iuar a situação das diferentes culturas do
Estado.

CA.\A DE ASSüCAR

(Saccharum Officinarnm)

Já dissemos que a. Ia ...·oura cana.vieira. :·cmonta ao alYorecer da co-


lonização portugueza, na capitania ele Pernambuco, a cuja jurisdição
pertencia o territorío alagoano. Xela se baseou a prosperidade do feudo
de Dnarre Coelho e, estendendo-se a outras donalarias, de todo o norte
do Brasil. Ainda hoje ela é a coluna vertebral do organismo economico-
financ,"'íro de Alagoas .
Mas, apezar du sua traclicionalidade e da sua influencia na vida
estadual, a cultura da. cana resente-se ainda do empirismo colonial.
Unicamente para fins experimentais alguns agricultores utilizam adubos
quimicos, selecionam as variedades e respectivas sementes c fazem o
trato mecanico da terra. Xo mais é a roçagem . a derrubada da capoeira
ou da: mata, o encoivaramcnto, a queima, sendo a foice, o machado e a.
-enxada os unicos instrumentos empregados.
"Cm ou outro proprietario de vistas mais largas. dono de usina,
raz exceção da rotina coloni~l. praticando a cultura mecanica. 1\Iesmo
assim. com a. pratica de processos rudimentares. os canaviais, em gernl,
~prcscat::tm belo aspecto e proporcionam elevada porcentagem nas co-
lheitas, sendo comuns as produções de mais de 75 toneladas por hectare,
resultado que pode ser obtido mesmo em tenas reconhecidamente me-
-diocres, quando favoraveis a influencia dos agentes externos, entre os
quais a agua.. que é o elemento regulador da produtividade.
Quasi todos os solos, no Estado, se prestam á cultura da cana, uns
mais do que outros, desde que suficientemente beneficiados por fatores
meteoricos. Por isso a cana é cultivada por toda parte, mesmo em certos
terrenos da zona sertaneja.
· As terras aluvionais são, todaYia, as preferidas por serem as de
maior r endimento. Ocupando-se desses terrenos, o Dr. Evaristo Leitão,
que por algum tempo dirigiu, com muita operosidade e rara compcten-
- GS-

ciP, a I!lspctor ia Agrh:ola. do n Dlst.l'ito, com súle uest<" Esta do, c~cre-
YeU :
'·Tais formações aluvionais. t.ercia!'ias e quaternarias. se apre-
sc:ltam Y:l r iadissim&s e ~c comportam diversamente r>m relação i cultu-
ra. seg melo o pr\!domini0 de um dos seus consliluimes fi~icos. Onde as
~ngi1as pouco corr!gitius pelos oxiJos meta!i ·os S\:. depositaram pre<lo-
m inautes e impalpavei~. aí estão as terras tonhecidas pela denominação
tle n!nssaJlê. as quais exist"'m em vn.les de muitos municipios assuCàrei-
r os, principnlmeme nos do oeste e norte do Estado. Para completar a
1
!'ua r~co.1heC'it~t fc-'rtilidade c·neccm ele boa exposição e de que seju.m su-
fi cicnt ~Ill<'ntc inclinadt.5. fmtdavei:;. Pela alta po:-centagem de argila
pJa&tic:::t só podc!'ão ser t1·aball•~da~ <!m um momento unico : quando não
sc.j:t frar·:l nem fOJ'lé a sua embebição.
"Os mcll.mcs mns~n};.~s estão as!"Clltcs em sub-~olo pcrm~'aveis.
o que n[lo é comum. OF: nmcnd<ltle::; amanhos lhes são ulilissimos, assim
como a drenagem e irri~:::.ção os tornam admirayeirnente produtivos.
'"Os Lc r c~·o·· w•ws •;m CiiiP ~'Ji'('(tmn i tlad os clelüros vcg~~ais, ~iio fer-
lili s. imos. dl.'pendend·:> <lc ( on ~th·os para su::t alt~ acidez. Esses terrenos
~~o prop:::io: ela zona lit(Jl'i.llh..•. é ocuJ,éln, 'cs:::os tratos nas fozes dos rios.
cm11 c;r:p~dalidaà<: nos 1mmieipios d e :\.::Lgoa:;, Pilar, São :\íiguel dos C'am-
pos c Coruripc.
"lima nnt:·a c.i.a5!'e de r.lm·ion~l r-1o O!'; c:olo~ trtmhcm de predomi-
n atwia fcldspatir~1 • em cr<~c c~r. con·eth·os humiH'i'I)S e cuafl.:dfe1os elJtr am
n::t cc !l lpo~ição. di~ i :!'tindo n. c·.apac!dade d:::. n'·giia. São solos que se en-
(:ontram em menore; cxtcu~ões. por<~m bastante disseminados. os quais
cmr re~~f! m a f~tma dt? ('XI r:::. o;· .inarir.. ferliiidad" aos ricos yales do sul do
Estado, sendo Ilmito afu.nmdos os de Corul'ipt3. Slo ar!;llo-si:iico-h umife-
r os c ('onhc,·iclos pelo nome ll<' hann Jlrcto. tal\ez o melhor solo para a
c:ma <i< u~surar.
"Dos nu~ortono~. ~ão prefer idos cs dcnomin·tdos J>nri"o vermelho~
JH'Cdomir,antes nas encol'tas e plana ltos, ton~thüindo bo:1s solvs QU'·w do
proiundos, em Atala.ia. S2nta Luzia do Norte, Viçosa. An~dia. etc. Esse
mesmo hurrn ,·ermclho quando pouco profundo e lavado pelas aguas de
erosão. torna-se improdutivo não cfcrcccndo o das chans vantagens cul-
turais para a cana de assucar, alguns anos depois de explorados .
"Improprias, parece-nos, são as terras ligeiras em declive, nota-
damente as de sub-solo permcavel, em que a cana não suporta as meno-
res estiagens. A' margem do São Francisco a cana desenvolve-se exube-
rante nas terras limosas sujeitas ás inundações pcriodicas. !';essas es-
treitas faixas marginais ao caudaloso ri o, crece ela muito aquosa e com
pouca sacarina. O maior obstaculo á lavoura nesse sitio, está no trans-
bordamento das aguas que anualmen te, na sua passagem impetuosa pa-
ra o oceano, tudo destroem, tudo arrastam na corrente caudalosa. Se-
melhantes terr as são vantajosamente destinadas em grande pa r te a o
arroz, que ofer ece a possibilidade de duas safras fra ncamente compen-
sadoras, dentr o de um mesmo ano agricola. ·•
Talvez porque possua o Estado as melhores terras do Brasil para
a cultura da cana, os processos culturais, em geral, a o de us-dar á da ro-
t ina. não visam a maior produção c dispensa m o trat o mccanico da t er-
r a. O agricultor, rotineiro, esgota o terr eno ou o entoxica por sucessivas
cultur as, para abandoná-lo por outro que lhe assegure boa colheita sem
grande tra balho e maiores dis pendios. Faz-se então a derrubada da mata
ou da capoeira e o fogo se en carr~a do r est o. E' a devasta~ão da riqqeza
florestal, que já foi das mais opulentas do pai~ .
Muitas são as variedades de cana que se cultiv-am no E stado. As
-G9-

maiq difundidas são a cniPnR e a dem.<'rara, aquela con;..idcrn.da como das


mais ricas em sacarcse, esta com este predicado e mais a vant~gcm de
ser pouco sujeita ás ruclestias e pragas .
".\ cai:'ma- obs~1 ça o Dr. E ·aristo Lc:t:io- 11~0 ~e d"se:wo1vc
bem nos terrcno5 fortemente inclinados, cc!llO ni;.o !~!·c~!)era vautajo.sa.-
mente nos altos. E' mt:ito snnsiH'l ao-=> efcito3 d1s ~o ' lheiras e eYig<>,tc
em humiaade .•\. podrid~o das r? izcs c a gomose são molcstias encontra..-
diças n es~n. variedade. tlllYez por SPl dt'stinada aos ~uios hm.Hi'ios, o·-~c
prolifera m certas orden<; patog"Picn.s ve~;ctais. T em ainda, o inconve-
niente de, não se doscrn olvc!lllo r m pnsi~ilo crccta, dcit 31', trF'n '!Pfl') , ~m·
isso, penosa a colheita. Esse incom·e1 icPtc traz tamiJCll'! a (lP!';a.Illagcm
de dificulta r <'~ arrumação dos colmos nos carros de ti'J.J1S.Jor":c cu na
form ação de feixes, em vii'ila das sinuosidad.::.s de seu pl',rte...
. \o c:oi.tt< rio . ..t. dcnu:l'.h' • 1 11 ' v cuílt,·<.~.tJU. entre •lÚS, se• dcscr vvl ;c
erecta, é pouco fibro~a e a analis\" do s~tl caldo võe-·1a em igun.1<hdn (1f'
riqueza sac1rina com aquele. sua rival. " Dcsen\"olve-sc nos vales, con,o
nas cnco~t~s. levando ,·atlLagens sobr e outras, r esist indo melhor ás ir-
r egulat idades climatericas. Qual, do pelo P.~t!o, sob o~ :ulgorc~ de fo1 ..c::;
irradia~ões solares, toda vcõcta.~f~o par~c·e au in uila•·-se {L i alta dagua. a
domcram permanece mais resi~wntc, em vishel e:-:tado laten lc, rcdu-
sindo as trocas <.:om o meio ti'5ico. num::' ~·riY1 , r, r-c:.:r ·r:tçf '1. ·•
A tmmt .;~a é a ym·icdadc que mais se dcsenYol,·e e nem uma al-
can<_:n mrrior P.xuiJerancia vc~etativa. :\Ias c ~PU caldo (' pobre em a~:::uc·m·
crista isc.vt!l. "E', por ém, 1 ica em fibras c pobre em sacn.rosc, diz aquele
ilusLr..:: a"ronotuo conterrauco, qu~ vimos citatHlO. Dcmon!'=tra-o anaHsc
proc-cdiiJa no seu caldo por diver~~s usinas. Ainda q ue o set~ teor sac:ar:no
se a pre~cn , :lsse idcntico ao das outras variedades, não int..:ressaria ús
usin ~t<: . porqt•(' {> uma c ... na l)C~!lc n c fib~·o a. A <:rPa. nu:nte;!!a não e·c~~
tanto como a. (•:tin u a, mas em com!_len~a<;~o o oou colmo a.IC':mc:;:: um do-s
maiores dia.metros da seç-.ão trn 11~\: ersal, pelo qu~ f JJrcdso regular a su:l.
queda nos esmagadores. E' hoje Yancdade pouco cultivad l, 111esmo pal'a
banguês. ' J
Cu1th·am-se tnmbem no Estado as c:1uas roxas ou pretas e as
raiadas, cujos r epresentantes p rincipais ~ão a R1is-rmr.C!'~ c. ~ Imp('ria1.
"As canas roxas ou pret2s não têm o dcseuYolvimento d:.ts brancas. Por
vezes che~am á espessura daquf'las, mas geralmente os entre-nós se
aproxima m, tornando-as inferiores. Sii.o pouco exigentes quanto ao solo;
perfilham suficientemente e desenYolvem-se erectas. Seu colmo lenhoso,.
resistente ás moendas, contem pouco caltlo, entanto rico em sacarose e ,
bem aceito para a fabricação. As raidas abrangem menores areas. "
Além das variedades citadas, a usina B;:nsileiro, em Atahia.. im-
portou de Barbados as 11.569, a B 208. a \Vhitc-trnns1mr nt, a B. li. 10-12.
a 6.032 e a 625. A Usina Cansanção do Sinirnbú, em São 1\liguel dos Cam-
pos, introduziu no E:;tado as var!edades B 3.405, a São Caetano, a l:"haí,
a Bitú e a Louzier.
Sendo como é Alagoas um dos maiores Estados assucareiros do
Brasil é de lamentar-se a ausencla de uma estação experimental da cana
de assucar que estudasse, não só as variedades já cultivadas, como outras
que "por efeito de mutação vegetativa ou de outro fenomeno do domínio
eugenico, se distanciam das caracterlsticas das variedades .atualmente
cultivadas. ' 7
E' tarefa para especialistas, que escapa, em absoluto, ás preocu-
pações e á competencia dos agricultores, tanto mais quanto, "com os
progressos da genetica., Java, Hawai, Luiziania, etc. nos apresentam va-
riedades de alta produção, com outros predicados superiores. Em Hawai
-70-

colhem-se 200 toneladas por hectare, conforme atestam as estatisticas


<)Ue de lá nos c·hegam. O problema. economico ficou aí resolvido: produ-
zem o maximo, fabricam o maximo e gastam o minimo. Podem, pois,
vender barato assucar superior."
Ocupando-se do preparo do solo, o estudioso Dr. E,·aristo Leitão,
numa monografi~ inedita que deixou em mãos do autor deste livro. e á
qual nos estamos recorrendo, não só para suprir a nossa insuficiencia
110 assuu to, <.'omo para prestar uma homenagem ao ilustre patrício, di-
,·ulgando as suas idéas principais; o Dr. Evaristo Leitão, diziamos, toca,
de inicio, num ponto muito importante para Alagoas- a devastação da
sua riqueza florestal.
"As propriedades agrícolas com terras revestidas de florestas,
tornam-se dia a dia mais escassas. Em geral. capoeiras mal formadas
em que o fogo devorador e impetuoso tudo destruindo deixa apenas man-
chas negras c cinza. A não ser .assim, são terras ruauinha!ã que se alon-
gam pel~s escarpas a descoberto, sobre as quais darcleja forte sol em céo
t ropical. O desbravamento reduz-se, portanto, em roçar, a ceira r e quei-
mar. O clcstocarueuto, operação desconhecida, é processo que se impõe
desde que se pretenda a lavoura mecan ica, pois, das esseucias vegetais
antigamente derrubadas restam as raizes por vezes intactas, dificultando
o mauejo das maquinas agrícolas. A lavoura da cana de assucar atingiu
Yaslissima supcrficie da zona tradicionalmente conhecida com a deno-
m ina<:ão de mutu, mas não logra. senão raramente, terras de mata. A'
<i-.,·asta<:ão \'iolcma e consideraY"l, portanto, podemos culpar a profunda
moclifiC'aÇ'ão C'limaterira, parecendo emprestar a feição xerofila onde o
pt.>limorfismo ,·egetal fõra riquíssimo. Parece que a caatinga tende a
,_unpliat-;:-C, iiwadindo o limi .. e Lotnnico de outras formações geogra-
ficas.
"O fato (. que rios perenes e volumosos são hoje periodicos, su-
jt'ilos ás esliageus. As e;:;sencias florestais escasseiam rapidamente, sen-
do muitos os especimC'ns de que não se dão noticias.
"Pelo que se deprcende o problema da irrigação se impõe valioso.
Em solo resequido pelas rigorosas soalheiras e sujeitos aos ventos quen-
tes e igualmente secos, a cana. de assucar sucumbüia se não fosse uma
imposla adaptação, facultando ao Ycgelal um periodo de vida latente
cujas trocas com o meio ambiente Re reduzem, quasi exclusivamente, aos
fC'noruenos de lenta rcspiraçio. Durante esse tempo. que pode ser de va-
rios mes<.'s, a pl:mt:1 não evolue. . ·esse ponto intervh·ia maravilhosamen-
te a irrigação que. conquanto impraticavel em todos os terrenos onde se
estabelece essa rultura, po1 causas diversas, é vantajosamente aplicavel
em grande numero de vales largos. As aguas periodicamente distribuídas
em inumeros c extensos divisores correm pelos thu lwegs despenhando-sf;'
em cachoeiras e esbatendo-se em fraguedos, rumando o oceano, inapro-
Yeitadas. Com a irriga<:ão evitar-se-iam as vastas extensões, visando o
maior volume, bem assim as enormes despesas com o estabelecimento
da lavoura, tratos culturais, colheitas, etc. destinando-se os maiores
acidentes topograficos ao reilorestamento."
A la,·oura, em geral, é a manual. "Com o machado derruba-se;
com a foice bat.c-se o mato; com a enxada planta-se e extirpam-se as
hcrvas daninhas, amontoando-as . ., Numa ou noutra propriedade pratica-
~e a lavoura mcc:anica. O preparo do solo é rudimentar, excéto nas usi-
n:ls e nas grandes propriedades.
"Artaptando-se o solo á cultura - escreve o Dr. Evaristo Leitão
_ principia-se por ht'Ot'llr. isto é, por desembaraç.ar com auxilio de gan-
cl,os de mJ.tieir~ €' foice, as hcrvas c arbustos expontaneos. A brocação é
-71-

feita mediante a divisão da area em triangulos on quadrilateros, pelo


sistema df' <"Ontn~"<. empreitadas ou tarefas. E' comu m tam bem o salario
diarist2.. T1·abalhadores ha que tiram duas ou mais contn~ por dia. As
folha s sema nais são pagas de acordo com o numero de co utn s ou dias de
trabalho que cada um consegt·.;u tirar durante a semana.
"A lavoura mecanica, conquanto iniciada, bem ponco faz, Yai
encontrando adeptos que a estão utilizando Yagarosamente, sendo toda-
via animador o movimento que visa profunda modificação nos obsoletos
m etodos agrarios de ha seculos ai ra7.. Eml>ora redusido, o numero dos
que abra~am as modernas pratic·as agronomicas, para nós significatiYo
é o interesse manifesto por quasi todos em conhecer a formu la que pode
soluc·ionar o problema do barateamento do custo da produção e indepen-
dencia do braço operario, que dia a dia mais escasseia ou já não é 5Ufi-
ciente para atender ás necessidades da cultura exLeusiva e rotineira.
A motornltura vai ganhando terreno, sendo diversas as usinas que a
estão adotando no preparo do solo. O arado de aivcca rev<'rAivel é bastan-
te usado com o fim exclusivo de abrir sulco para o plantio da cana, em
solo nunca dantes revolvido.··
O problema do trato da terra envolve o da adubação. Evaristo Lei-
tão ocupou-soe dessa parte:
··A unica expcriencia de adubac;:ão qui mica, ao que nos consta..
foi feita pelos proprietarios da usina llra.;:ifciro, situada no município de
Atalaia, em 1914. Dessa cxperiencia. nem uma ol>serva<;io <iigna de nota
se colheu em virtude das suas det'icicmcs e fal has tcntati\·as, já ~e v.:.
que nos pml,~ssem interessar.
··o e ·trume de curral. conquanto r elatiYamente abundante nas
fazendas anexas ás terras cultivadas, não é aproveitado para cu!tintr o
solo. Desconh ecidas ~ão as vantagens da adubação verde. Em algumas
usinas, dentre elas a Bra~ilt'iro, a ('entrai Leiio, a ('::m .::!n<:üo elo ~inimbít
e poucas mais, aproveitam-se as cin1.as das fornalhas e os r esiduos da
fabrica~ão de assucar na fertilização do solo, em pequenas ár eas. O pa-
Jbiço está sendo igualmente aproveitado, por todos, como adubo organico
e é r econhecido como magnífico fertilizante. ~as varzeas, porém. em ter-
renos hum idos. Ctueimam-no para evitar o azedume dos r izomas e apo-
drecimento das raizes.
"Se a lavragem fosse uma pratica corrente esse incon veniente
desapareceria, podendo incorporar ao solo todos os elementos proYe-
nientes da sua, desse modo, mais ra pida decomposição .
"Todos reconhecem as Yan tagens das estrumações, mas a não ser
em redusidas areas de terras nes~as poucas r eferidas, que de um certo
tempo para cá são por essa forma adubadas, constitue exceção para um
redusidissimo numero de senhores de engenhos banguês e não pratica-
das pelos fornecedores e muito menos pelos simples lavradores foreiros.
" O sistema corrente consiste em explorar a terra durante maior
ou m enor espaço de tempo, conforme as faculdades da mesma. Não raro
aproveitá-las durante 20,30 e mesmo 50 anos ininterruptamente, obten-
do-se safras satisfatorias, não obstante os processos mais antiquados
que imaginar se possa na pratica da lavoura. Quando tais terras são con-
sideradas cançndas, abandonam-nas os lavradores; se houver criação
na fazenda, nelas localizarão o gado por espaço de tempo mais ou menos
variavel; se não, ficam entregues á vegetação exponUV1ea. A rotação
das culturas não é usual.
"Não se póde negar as vantagens da adubação quimica, notada-
mente em paizes monocultores em que as terras ean~am, por força de
~eeular exploração agriéola. A aduba!ãP química para restit uir ou man-
-72-

ter n fertilidade das ter~as é todavia pratica que anda ao lado dos pro-
( ·~='1~ modernos da laYoura cicntiric:a, guiada por cuidadosa contabili-
<.l".de agrícola. Visando a adubação, como todos sabemos, a maior e me-
lhor produção em solo cuja fertilidade se tem equilibTado, visa conse-
~llintemcPtc á economia. Como, 11ois, adubar o solo com fertilizantes
ouialicos indu~:tr~ ~-is geralment e caros pr.ra uma lavoura incipientissima?
:\fão resta duvida que se impõe a contingencia de rumarmos outro cami-
nho ccnducent.! [L boa pratic.a agrkola. O abandono das terr~ts depois de
profm,<lamcnte esgotadas ou cnt.oxicadas, é processo condcnavcl, saben-
<1o-se que nem 12\Tada~ fora111.
"l!:s~ú na m ~mori:1 de toclos. anos atraz, serem comuns as resocas
na dcdm2. e n 1 a is folhas. lioje geralmente na terceira, ou mesmo na
soca, já o proclnto não corPpensa o trabalho, neces~!tando remover o
pl:mtio cu :tl~anc!onar a t~l'i·a. As areas ãe terra cançadas ou enloxicadas
anmcnt::nn d iél a dia. enq u ~nto ~e lo.nç:a mão das reservas nem sempre
situadas em pont es cconornic!!mcnte explcraveis.
'·Ao n cs';o mm~ o cl~ Y ~ r aul·~~ da aduba~5.o quimica t~mos de ape-
!:t:· p~ ra o a r;·otc i am ~m.o do solo. i'Cno-;·ando-lhe as camadas subjacentes
• l·~m d<!s al c:!ll{,'~d as p eli"'!-; i'!'..izcs d'l c·na. A yasta superficie cultivada
c·': m csfu ~r.:-. miP {':t . laly~ z !' ~~ ~ur's duas terças partes, comporta efi-
cie ntemente a Jaxoura mcc :1ni c~. ('om.o prefacio á adubaç:fio quimk'l, de-
vemos euichr chs c~tn·m::t.c::õ.,s 0'!";":.1 ' Ít:-as feitas com materias diversas e
:lbt~n dan • < s n ~ r, fazenrbs, como ~c'jr..n1 o estrume de curral, o palbiço àe
c·an~. as c:inz~1s c:as forr:.a!h:1s. o lmr.ac:o d~ cana, o adubo verde, as fari-
n·L·:-. <1" C'<:~ cr s dó m·)~u;~c·cw tr: ''!'adas, os resíduos da fabricação e tantos
outros em abllildancia. Essas nw.. terir.~. em c:lim~F{ quentes c hmnidos
··ou(, o ''O ":> !.!f •. t·u·'1 ~lH. 'l ~c c:e <.1 ":COI11p ü c m, re~nltaPdo a sua in corporação
a o M l ) , . !110 " r ili ~u1lt~ <' c·nE·~th·o :1 n elC"==!llo t empo.
"Aconselh:m10s ta mhcm a rotação que, além de outras vantagens,
f'~H '"'>r•·-:· 1 i~ pa"'~ cn1 ~ ~' lO;;ila~sc das dennis culturas economicas. que,
até agora, enLregues a sinnles lavr:tdores feudaliza.dos, são restringidas
a pequeninas areas. Cl U~~i s,:·mprc mal cuidadas, cuja produ~ão insufi-
ciente, não raro de ixa de satisfaze r ás necessidades das populações ru-
I'a i~ , crccendo a importa~ão de que bons partidos vão tirando os Estados
do sul.
'·A cc:: na de assucar não é um vegetal esgotante; eis porque per-
manece por lon~o teuno ~m um rmdo SOlO. tido por vezes como pobre em
elementos ele que nec·cssita pura a sua alimentação. Aceita a teoria do
esgotamento do solo, chegar-se-á. á evidencia de que o nosso solo, pro-
vindo de rochas geralmente pobres desses elementos, não poderá oferecer
um manancial de sais que na sua composição mincralogica entram em
quantidade centesimal. Está visto que, adiantando as pesquisas quimicas
que devem ser feitas nas diversas manchas e nas primeiras camadas do
nosso solo e sub-solo, a proclamada fertilidade por nós reconhe('ida, é
mais a resultante de um conjunto de fatores harmonicamente reunitlos,
os quais facultam um meio bastante proprio ao exuberante desenTolvi-
mento das culturas tropicais, de que a cana nos ser\"e de magnífico exem-
plo.
'"Para sermos sinceros devemos dizer que encaramos essa questão
de adubos químicos como um dQs mais complexos problemas em agrono-
mi:'... Para a cana de assucar, pelos resultados contraditorios que se têm
obtido, onde se tem praticado, a adubação continua carente de bases mais
seguras, antes de aconselharmo-la. Ao nosso ver, como acima nos refe-
rimos, a fertilidade do solo proprio da cana de assucar em Al~goas, é um
fator que ainda est:l em função de uma ordem de causas oriundas prin-
-73-
-cipalmente da constituição física, do clima, e dependente de processos
culturais tanto melhores quanto mais aperfeiçoados. A agua de fato re-
gula essa fertilidade, porque necessitando dos elementos de que se ali-
menta e uma vez restituindo-se ao solo os despojos não apro,·eitados
na industria já acima referida, amanhando-se-o racionalmente, as nossas
terras produsirão suficientemente para julgarmos boas as colh-eitas . Não
para alcançar a mesma produção obtida nas tenas de Hawai, porque isso
constitue ainda tarefa de que se não desobrigaram as estações experi-
mentais. Devemos, por conseguinte. nos contentar, por ora, com a por-
centagem que nos podem dar as nossas terras, desde que sejam explora-
das racionalmente. Temos razão de sobra para falar, com flagrante con-
traste entre a cultura da cana racionalmente plantada nos campos man-
tidos pela Inspetori3. Agrícola do go Distrito, e a estabelecida pelo agri-
cultor. ~esses campos não foram aplicados adubos químicos e mesmo
assim, sem irrigar a dois deles, a estimativa de produção calculada pelos
mais praticos, vem revelar aumento de m4ito sensivel porcentagem."
Interessa á indole deste trabalho a divulgação da conta cultural
daquele técnico, entre a cultura manual e a mecanica.
Cultura numunl
Capoeira
10.000 m ::
Despesa:
Juros do capital representado pela terra que se
cultiva ... ............. .......... . l~J.'OOO
Roçagem .. .. . .... ·. . . .. . ... ........... . 3 sooo
Coivaramento ................ .. ......... . 35SOOO
Plantio . . ... .. ................ . .. . 55$000
Tratos culturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 120$000
Administração ........ ... . . .. ....... .... . 12$000
.Juros de adiantamentos culturais . . . . . . . . . . . . . 26$000
Sementes . .... ... .... ... .. .. .... ..... . .. . 30.000
Despalha, colheita e transporte . . . . . . . . . . .. 160$000 495$000

Receita:
Pela venda de 45 toneladas 810$000
Lucro ..... . 315$000

A produção por hectare é um fator variave1, dependente do gráo


de fertilidade das terras em harmonia com o clima. Com os atuais pro-
cessos de cultura do solo, nos de primeira ordem, colhem-se de 60 a 80
toneladas; nos inferiores de 20 a 30; nas boas de 40 a 60. A produção
média, oortanto, é de 45 toneladas.
Por sua vez o preço da tonelada varia. O Dr. Evaristo Leitão to-
mou, para a hipotese, o preço da safra de 1926-1927, em cuja tabela pre-
dominou o de 18$000. Tendo sido de 11$000 o custo de produção por to-
nelada e de 18$000 o da venda, o lucro resultante em cada tonelada se-
ria de 7 000.
Na pcior das hipoteses ã planta sucedem outras colheitas: soca e
resoca. Da segunda folha em diante as despesas se redusem aos tratos da
cult!.:,.ra, colheita e transporte; o rendimento, porém, é quasi sempre in-
.feriÓr ao do primeiro corte.
- 74 -

Cultura mecanica

Capoeira

10.000 m 2
Despesa:
Juros do capital represen tado pela terra que se
cultiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19$000
Roçageru . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... . 40$000
Ext i rp~ção de pequeno~ tocos e raizes . . . . .. 36~000
Custo de duas araduras . . . . . . . . . . . . . . . . . . : . 56$800
Dcslorroaruento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 170
Gradagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12$500
Plantio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 150
Tratos culturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 141 000
Sementes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 30$000
Colheita e transporte . . . . . . . . . . . . . .. 100$000
JuroR de adiantamentos ..... . 21$036
Admin istração . . . . . . . . . . . . . .. 13$000 511$656

Prepa rando-se c·onvcnienlemenle o terreno com o auxilio de ma-


quinas e instr umentos agrícolas, em anos de normalidade climatica, isto
é, em que as C'huYas se distribuem durante as estações das aguas com
regularidade. a sua capacidade produtora pode aumentar de duas e mais
vezes da mé;t.ia referida. A produção, pois, neste caso, pode ser estimada,
sem otimismo, em 75 toneladas. Yejamos o custo de produção de uma
tonelada:
511$000-
6~822
75

Lucro provaYel por tonelada:


. .... Custo da tonelada .. 12$000
Custo da produção 6$822

11$178
Vendidas a 18$000 as 75 toneladas produsirão 1:350$000, resultan-
do um lÚcro de 838$450.
As informações que temos transcrito, da culta inteligencia e infa-
tigavel capacidade do I;>r. Eva risto Leitão, são de 1926 e 1927. Daí para
cá não t em havi do progresso notavel na cultura da cana- os processos
<'Ontinuaru os mesmos observados demoradamente por aquele profissio-
nal.
Segundo o inquerito federal de 1920, a área cultivada de ca·na de
assucar no Estado era de 31.637 hectares e a cult ura fazia-se em todo o
terrÜ.orio alagoano, com exceção apenas de tres municípios sertanejos.
Onde não se faz o assucar, fabrica-se a rapadura, que tambem é assucar
e tem largo consumo no sertão, dando tambem lugar a regular exporta-
ção para municipios circunvizinhos, de Pernambuco e Sergipe.
-75-
Para o calculo da produ\ãO <la cana. a Diretoria de Estatística do
Estado adotou a estimativa da área cultivada em J 9~0. segundo o inquc-
rito federa l desse ano, e a produção de GO toneladas por hectare. média
admitida pelos tecn icos da Inspetoria Agrícola do 9" Distrito. Por essas
bases a produ\ão de cana, no ult imo ano agricola, fo i 1.581.850 toneladas.
E~sa produção não foi totalmente industrializada no Estado, nas usinas,
engenhos e engenh ocas; cerca de 100.000 tonela das devem ser c1eduzidas
da industrialização estadual para atender a expor tação que se faz da ma-
teria prima pelos municípios de Leopoldina, :\1::tragogi c Porto Calvo
destinada á fabr i~ação de assucar no,Estado de Pernambuco, e ao con-
sumo que da cana faz a população, por diver sos modos. ,
Essa.s 100.000 toneladas não industrializadas representam, ao pre-
ço de 11~000, a importancia de 1.100: OOOSOOO.
Os elementos essenciais para o calculo da produção agrícola de-
pendem de investigações que a Diretoria de Estatistica do Estado ainda
não pôde realizar. Conbcciua. port•m, a exportação pelos dados oficiais
Iornec·idos pelas C'Oletorias do Estado c adoptada uma base pal'a o consu-
mo interno, per Nlpitn. foi possin~l a organizaç:ão do quadro seguin te
da m·odução no ultimo dccellio:
• \ 110'" . To:wl:hla' \ ':•1•11' )h·1li:a ti:: t\m.

19~2 •• L •• 97. H)5 27. OOG: llf'$000 ::?77<)000


1923 6!). 9~7 52.864:812~000 íFG~ono
1~124 Sl. 078 45.9i1:2~G$000 5ü7$,i000
1925 79 .• 93 37.3 <:!9 : 9:?~$00{) 46 ~no n
Hl~G 76 . 8('0 ;}7.7 3: {)Q0:);J0(J ·HJ2.~1Jtl0
1927 100.402 ·H. 277: 2":!$000 441$000
1!'128 89.102 49.540:712$000 55G~OOO
1929 114.673 56.630 : 678$000 494$000
1930 109.04~ 29.659: ~·1~SOOO 272$000
1931 9~.519 30.80 : 817~000 333$000

Dessa produção, montante, no deceuio, a 910. 95 toneladas. no ,·a-


lor de 411.934: 600SOOO, vendemos 710.895 toneladas, no valor de ..... .
~19.0 0: 021$000, a saber:

.\no~ Y:tlor

1922 77.495 :!1. 438: ~60~000


. 1923 49.9~7 37.771:547$000
1924 .. . .. 61.078 34.676:748~')0()
1925 . 59.893 ~8.056:181$0 00
1926 56.800 27.855 : 0~5.'000
1927 80.402 35.498 : 93Gli)000
~928 69.102 38.420:434$000
1929 94.637 46.792:434~000
1930 89.042 I 24 .172: 756$000
1931 72.519 24.299:000$000

Dessa exporta\ão encaminhou-~e para o estrangeiro a seguinte:


Anos Tont•lnclas Y:llor

1922 45.222 13.178:530$000


1923 ~8 . 138 19.939: ~9$000
-76-
Anos Ton~ladu · Yalor

1924 3.138 2.613:690$000


1925 ... 400 185:350~000
1926
1927 4.080 1.368:581$000
1928 4.773 2.736:051$000
1929 1.446 I 1. 455: 2<12$000
J930 6.225 1.143:610$000
1931
E' notavcl o declínio da exportação para o estrangeiro, para on(le
outt'ora se encaminhava a maior parte da produção estadual; a expor-
tação tomou o rumo das praças nacionais em todo o decenio. ·
O inquerito industrial de 1907, o primeiro que se realizou no paiz
por iniciativa do Centro Industrial do Brasil, destinado á comemoração
do primeiro centenario da abertura dos portos brasileiros á navegação
mundial, apurou a existencia de 6 usinas assucareiras em Alagoas. com
um capital de 3.140: 000$000, uma produção estimada em 3.236: 500~000
c 828 operarios.
gm 1920, o numero de usinas eleYava-se a 15. o valor da produ~ão
foi ralculado em 1:3.0~7: 455$000 e o ca.pital invertido nessas 15 fabzicas
montava a 12.P6a: 84J ~000. O numero de trabalhadores era de 9·11. Ye-
rifica\3-S!', pois, um anne-nto de 283,0 '~ no ca.pital, de 302,5 '; no valor
da produ<;ão e de 13,G 1 , no numero de operarios.
O desem·oh·imemo dn iudustria assucarcira em ~\lagoas. segundo
os resultados do cen$o de 19~0, só foi sobrepujado, rela.tivamlente á in-
Yersão de capitais, por Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, sendo
que Sergipe acusava o maior numero de usinas em todo o Brasil, mas
empregava um capital inferior ao de Alagoas, 10.832:500$000, sendo
tarubcm inferior o valor de suas fabricas, 10.137:617$000.
Em 1931 o numero de usinas no Estado subira a 27, das quais fun-
cionaram nesse ano 24; o valor do capital subira para 81.158: 150!}000;
o numero de operarios aumentara para 6.284. montando o valor da pro-
dução a mais de 27.000 contos, verlficando-s~ assim os aumentos se-
guintes :

no numero de usinas 80,0 %


no numero de operarios 567,7 ~~
no capital . . . . . . . . . . 499,0 ~~
no valor da produção .. 112,6 (~

As usinas assucareiras estão assim localizadas, por municípios:'


5 em Murici, 4 em Atalaia, 3 em Camaragibe, 3 em São Luiz do Quitunde,
2 em Capéla, 2 em São José da Lage, 2 em Santa Luzia do Norte, 1 em
Coruripe, 1 em São Miguel dos Campos, 1 em União, 1 em Maragogí, 1
em Pilar, 1 em Leopoldina .
Quanto á maneira da organização das emprezas proprietarias des-
sas fabricas, 10 são de firmas individuais, 10 de firmas sociais e 7 de
sociedades anonimas .
Relativamente á inversão de capital nessas usinas á distribuição,
por municípios, é a seguinte: •
Santa Luzia do Norte 23.732:643$000
•.. São José da Lage ... 14.547:000$000 '•
--'-'
-77-
... 11. 830 : 000$000 \
Atalaia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
}.furicí ...... ... ... ... ...... . . .. . 9.188 :507$000
Camaragibe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.400:000$000 ' . \
São Luiz do Quit unda . . . . . . . . . . . . . .. ·4. 000 : 000$000
São Miguel dos Campos . . . . . . . . . . . . . 3.000 : 000 000
Capéla . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2't700:000$000
Coruripe .. . ....... ........ ..... . 2.660:000$000
Leopoldina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500:000$000
linião ..... . .................. . . 1.400 : 000$000
Pilar ... .... .... . G00 : 000$000
l\Ia ragogí . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 600:000~000

A lavoura da cana e a industria do assucar são rudemen te alcan - ·


çadas pela exorbitancia das t~rifas e taxas da 'J'l1e Gr eat Yf e~torn or
BruHil Rt-:Hway Co. Ltcl., que traz na sua dependencia os destinos ccono-
micos de Alagoas, Pernambuco, grande parte da Paraíba e Rio Grande
do Norte, em virtude de seu trafego de 1.G2S quilometros de via ferrea,
não sendo, portanto, para esses Estados urna r ealidade o •· conceito de
que aS estradaS de ferrO SãO UID fator 00 deSCnVOlYimentO agrÍCOla, CO-
mercial e industrial dos povos, porque proporcionam transporte rapido
e barato, facilitam a circulação dos produtos e aumentam a capacidade
produti,·a do homem ·• , porque a G1·eat Wcstern apre~cnta efeitos in~ei ­
rameute opostos a esse conceito, como documenta<lamen te demonstrou.
em recente t1·abalbo, o sr. dr. Alfredo de l\Iaia.

As usinas alagoanas são as seguintes:

1 Brasileiro - Atalaia - Vandesmet & Cia .


:1 Ouricuri - Amlaia - 11:. Tenorio de Albuquerque Lins.
3 Rio Branco- Atalaia - União Agricol·a S IA.
4 Uruba- Alalaia- C. Assucareira Alagoana, S/ A.
5 Capricho- Capéla - Clovis Tenorio.
6 João de Deus - Capéla- José Otavio.
7 Coruripe - Coruripe - Usina Coruripe S; A.
8 Santa Felisbert.a- ::.Haragogi- Dr. Jorge de Sales.
9 Alegria - :\luricí - Pedro Cansanção & Cia..
10 Campo Verde - :\Iuricí - "Csina Campo Verde S/ A.
11 Esperança - .i\Iuricí - Esperança Agricola S/ A.
12 1\lucurí - Murici - Pedro Cansancão & Cia .
13 São Semeão - ::.\furici - Lopes Omena & Cia.
14 Agua Comprida- Camaragibe- José II. Fcrn~ndes.
15 Bom J esus- Camaragibe - L. Paturi & Cia.
.,
16 Camaragibe- Camaragibe- Luiz de l\iascar enhas.
17 Central Leão - Santa Luzia do Norte - Leão Irmãos.
18 Páu Amarelo-Santa Luzia do Norte-The Geo, L . Squier Inf. Co
i - > 19 Apolinario- São José da Lage - Carlos Lira & Cia. ·
~--·..._/ 20 Serra Grande-- São José da Lage - Carlos Lira & Cia.
21 Conceição do Peixe - São Luiz do Quitunde-Dr. Enéas Pontes.
22 Pindoba- São 'Luiz do Quitunde- João P. da Costa Pinto.
~3 Santo Antonio- São Luiz do Quitmlde- S. Pragana & Cia.
24 Terra Nova - Pilar - Dr. Eusinio Medeiros.
25 Laginha- União - Usina Laginba S/ A.
26 Porto Rico - Leopoldina - Ezequiel Siqueira Campos .
27 Cansanção do Sinimbú- S. Miguei ·dos Campos- Companhia
pansanção do Sinimbú S/ A.

I'
\
-78-
Relati\amente á produc,:ão. na ultima safra, as usinas registraram
os totais seguintes, ap1·oximados. em sacos de 60 quilos:

PRODUÇAO DAS t.;SINAS - SAFRA DE 1930-1931

Central Leão . . . . . . . . . . . . . . . ... . . .. 234.000 sacos


SC'rra Grande P A]lolinario . . . . . . . . . . 183.015 .,
Brasileiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 .000 ..
~inimbú . . . . . . . . . . . . . : . . . . . . . . ..
Uruba . . . . . . . .. .. · . .. ...... .. . . .
47.173
4-! . 000 .
Coruripc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ·1-3. 000 ".
Esperança Agri<'ola . . . . . . . . . . . . . . . . 36. 160
Al egria e :\Iucurí .. . 30 . 000 .,
.,
..c-ao ~:::emeao
- ........ . 29 .:!70 .,
Ouricurí . . . . . . . . . . .. 22.000
Campo ''erde ........ . 20.161 "
.) oão de D<'us . . . . . . . .. 19.000
S:wto ~\n to nio . . . . . . . . . . . . .. . . . 15.000 ..
.,
Peixe ......... · ........ . l:l.OOO .,
Capricho . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14. GOll ,,
Ca maragi l>E' . . . . . . . . . • • . • •. 7.f>OO
6.500 .,
Agua Comprida . . . . . . . . . . ..
6 . 000 ..
Bom :rcsus .... .. ......... . . . . . . .
Porto Hico . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . 6.000 ..
.,
Pindoba . ..... . . . . . . . . . . . . . . : .. . 1. fHiO
,.
Santa Feligbc>rta . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1.9..:0
T erra :\'oya . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.916

T otal . . . . . . . . . . . . . . . . . . 873 .175
Funcionam no Estado cerca de 1.000 engenhos, aproximadamen-
te, que fabricam assucar e rapadura, em quasi todos os municípios. Des-
ses engenhos. 618 estão situados na zona propriamente assucareira, dis- •
tribuidos pelos seguintes municípios:

Alagoas .. . 7
Anadia .. . 32
Atal:tia . . 70
Camaragibe tJl
Capéla. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Coruripe .. : . . . . . . . . . . . . . . . . .. 14
Leopo!dina . . . . . . . . . . . . . . . . . . .' . 13
Limoeiro .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
:lfaceió . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
:\luricí . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 42
l\Iaragogí . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 23
Porto Calvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Porto de Pedras . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Pilar ..... . . . . . . . . . . . . . . .·. . . . 29
São Luiz do Quitunde . . . . . . . . . . .. 56
São José da Lage . . . . . . . . . . . . . . . . 11
São :vi.iguel dos Campos . . . . . . . . . . . .34
Santa Luzia do Norte . . . . . . . . . . . . . 29 ..
União . . . . . . . .. .. . 42
Viçosa . . . . ................ . 10
..
-79-
Desses engenhos cerca de 40 % est.ão de foooo morto isto é, não-
fabri cam assucar. limitando-se á cultura da cana para for necimento ás
usinas que lhes ficam proximas.
A producãb de assucares inferiores produzidos nos engenl1os han-
guês, pode ser avaliada em 400.000 sacos, dos quais cerca de 300.000 de-
ram entrada nos armazens e t rapiches de Jaraguá, para, devidamente
beneficiados, serem exportados com a denominação comercial de ma. -
.eavaclo. ·
O tipo someno!o;, que figura no quadro dn exportação alagoana, é
um composto, formado nos trapiches e armazens exportadores, do tipo
de usina chamado demernrn, numa proporção de 70 a 80 ' ; , e do ruasea-
vado.
A produção de rapadura é grande em todo o Estado e o produto é
consumido internamente, princi}')almente pela população sertaneja, ha-
vendo entretanto sobras a exportar para os Estados limí trofes.
.. Da safra de ·1930-1931 foram exportados pelo porto de J araguá:

Tipos Sacos de GO k.

Usin:l. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. ·12.530
Cristal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . 271 .705
Demerara .......... . . . . . . . . . .. ..... . 225.924
~amenos ......... . . . . . . . .. .. · ..... . :!3!).-!07
-:\1 ascaYado ...... ... ... . . . . . . . . . . . . . . 382.-!GS
Total . . . . . . . . . . . . . . . . .. l. lli2. 034

As cifras ultimat1l._eute divulgadas pelo ":vronitor :.\1c rca~Ul". que


se publica no Rio de Jà!leiro. demonstram a decaden cia da exportação
do assucar brasileiro para os diferentes paizes estrangeiros que outrora
se abasteciam do produto nacional. O pouco que ainda se encaminha para
fóra do paiz representa grande sa.crificio para os cofres publicas em con-
sequencia da isenção de impostos, isenção que permite a saida a preços
vis, afim de que se valorisem os ~tocks internos.
Esse processo dá lugar a que o consumidm· nacional obtenha o
assucar mais caro do que o consumidor estrangei ro.
::\1esmo assim, a exporta~ão para o estrangeiro express:t*se em
cifras assinaladoras de sua decadencia. No decenio de 1921-1930, aquela
revista economico-financeira registrou os algarismos seguintes:

.\no~ 'l'ozwl:ulns <·outus th• r [•is


.
J.lhrns <'stcrlinu ·

1921 172 . 093 94.168 : 814 000 3.292 .503


1922 252.112 115.248:572$000 3.332.581
1923 153.174 141 . 903:073$000 3 .171. 292
1924 34.466 30.276:069$000 769.229
1926 3.182 2.558:000$000 54 .571
1926 17.169 8.666:203$000 226.046
1927 48.464 26.087:735$000 636.277
1928 30.037 20.831:233$000 510.581
1929 14.877 9.028 :131$000 221. 53&
1930 84.456 25.218:541~000 576 . 566
O declinio é evidente. Paginas atraz demos o quadro da exporta-
-80-

çã.o alagoana para o estrangeiro: em 1926 e 1931 nada exportamos; em


1925 apenas exportamos 400 toneladas.
Pode considerar-se perdido para o nosso assucar o merrado es-
trangeiro. O produto de Alagoas encaminha-se para o sul, especialmen-
te Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. São Paulo procura li-
bertar-se, desen -çolvendo a sua produção, que já é superior á nossa.
quando nos faltar este mercado, que faremos do excesso de nossa pro-
dução?
A limita~ão da lavoura da cana de assucar ãs imposições comer-
ciais da colocação de assucar nos mercados de que ainda wspomos, li-
'·rando-a dos sacrifícios anuais da valorização artificial, é uma medida
-que se está impondo cada ano que passa com maior intensidade . Essa
1imita~ão daria lugar á expansão de outras lavouras, financiadas e ori-
entadas diretamente pelos grandes lavradores da cana de assucar.
Ao lado da cana circunscrita a safras modestas, intensificar-se-ia
a cultura do algqdão, do milho e da mamona. O algodão e a mamona são
produ1os que dariam ouro para o paiz porque se encaminham facilmente
para os mercados estrangeiros, aquele na sua forma principal de fibra e
sua semente ricamente oleaginosa, este como produtor de oleos indispen-
sa,·eis á ::niação. á lubrificação e á. t.crapeutica.
A intensificação da cultura do milho daria lugar ao desenvolvi-
mento da criação de suinos para a produção de banha, toucinho e outras
derivações de alto valot· na industria da alimentação, que constituem
gcncros de abundante importação anual.
A pecuaria deveria merecer maiores cuidados para que nos fosse
possh·el a emancipação economica. Somos escravos dos Estados do sul.
pela importação do xarque, da manteiga, do queijo, do leite condensado
e outros produtos que compramos annalmcnteem alta escala.
Possuindo magnificas terras para a cultura do fumo e sendo o
produto a lagoano de excelente qualidade, ji tendo sido considerado o
melhor do Brasil, perdemos essa situação privilegiada e nas nossas lis-
tas de exportação anual o fumo quasi que não aparece.
A laYoura canavieira e a sua industria do assucar inverteram nas
grande fabricas quasi cem mil contos em detrimento de outras culturas,
creando-nos uma situação de falsa prosperidade, cujos efeitos estamos
sentindo.
E' preciso dar á economia alagoana outra orientação, produzindo
o que possamos vender ao estrangeiro e nÇ>s baste ás necessidades inde-
clinaveis do consumo interno.
A cultura da cana ainda dá lugar á !abricação do alcool e da aguar-
dente em grande escala.
O Decreto Federal n. 19.717, de 20 de fevereiro de 1931, tornou
obrigatorio aos usineiros o desnaturamento do alcool na proporção mí-
nima de 50 % da respectiva produção de cada usina e a aquisição desse
liquido pelos importadores de gasolina. Ha alguns anos a usina Serra
Grande, situada no município de São José da Lage, propriedade de Car-
los Lira & Cia., fab1·ica um sucedaueo da gasolina, denominado USGA.
que ia tendo regular aceitação. Grande parte do alcool fabricado nessa
importante usina era destinado á fabticação da USGA. Com a imposição
contida no Decreto citado, a produção do carburante nacional aumentou
consideravelmente, trasendo como consequencia a diminuição da im-
pol·tação da gasolina.
, ,
Em 1930 a produção de alcool e aguardente montou a 6.244.018
litros; em 1931 a produção deceu a 3.027.786 litros, sendo, porém, a pro-
dução de alcool-motor de 2.050.037 litros.
-Sl-

1'\o ullimo ano, pois, a produção de alcool e aguaràcnle ficou as3·m


distri buida:
Alcool e aguardente polaveis '
3.027.768 litros-2.998 : 920$000
Alcool-motor . . . . . . . . . . . . 2.050.037 r 1.470:000$000
5.077 .805 4.468:920$0130
A cultura da ca na, em 1931, apresenta os valores seguintes :
Cana não industrializada .. 1- j 00: 000~000
Assucar .. . . . . . . . . . . . . . 30. 808 :827$000
..:\lcool e aguarden te . . . . .. 2.998 : 920SOOO
Alcool-motor . . . . . . . . . . .. 1.410:000$000

36 . 377:747$000
ALGODÃO
(Go~sipium hirsutum)

O culti\·o <lessa preciosa malvacea eleve-se, em Ala~oas, ao ou\·idor


.l osé Anton io de :\1endonça :\I:ltos 1\Iorcira, que jurisdicionou a comaiT·<t.
de 1779 a 1798. ~1as a cultura do algodoeiro partic-ipou ent!'C nõ~ do.;
mesmos impccilhos que se lhe impuseram. oficialmente. <''11 todo o pai ;o:.
De começo. promissora e relativamente prospera pela montagem clf" pe-
quenas fabricas de tceido~. logo d.;;c?iu. quan1lo o ,·ice-rei. :\l~r1li"Z \i()
J.an·aclio, mandou fechar as fabricas. tolcnludo apen:u; ê~ fabtkaç:ão ele
t ~<:ic!os g1·o~!'e i ros, p3ra ,·cstimenta de escravoc; c saca1·ü1.
Com D. João VI no Brasil a inclustria fabril do aj~odào foi !Jf'r-
mitida, mas logo, em 1810. proibida, em virtude <lo tratado de comercio
com a Inglaterra, que, a lém de amplos favores aHandegarios, mesmo
excepcionais, exigiu o fechamento das modestas fabricas brasileiras. li-
n·ando-~e de uma conconencia considerada um ~1.nto perigosa.
Os pro-homens da independencia. sob a pressão britanica, r eno-
varam o monopolio e estenderam-no á França. Era o pesado de r econhe-
cimento da nos~a autonomia politica .
Os estadistas da maioridad e revogaram esses t ratados comcrciaic:;
da nossa diplomacia, emanci!'audo a industria manufatareira da fiac;ão
c tecelagem do algodão. Só etlião, a começar de 1816. a. lavoura algo-
doeira tomou impulso em todo o paiz e, quando a guerra da secessão no~
}~stados Unidos paralizou, na parte setentrional do continente, a la-
voura algodoeira, Alagoas já figurava vantajosamente na exportação da
rica fibra, vendendo tipos bem cotados pela sna superior qualidade .
As nossas estal!slicas alcançam até 1878. :\o primeiro clecenio, a
parlir daquele ano, a exportação pelo porto de Jaragu:i foi de 495.670
fa rdos, decendo a. 311.086 no segundo, a. 301.470 no terceü·o, a. ~133 . 239
no quarto e dai por diante o decredmo se Yem acentuando.
O grande surto da manufatura de tecidos no E::;Lado ~.em determi-
nado a diminuição da exporta~ão do algodão em rama, porque as nos-
sas fabricas consomem quasi toda a produção estadual. As sobras para a
exportaç:ão não são vultosas. Em compensaç~o, a exportação dos nos-
o;,os variados tecidos alvejados, tintos e crús substitue a saida que se fa-
zia pa materia prima .
Ao lado de~sa exportação verifica-se <!. do caroço de <!.l:;oé!ão e ou-
tros sub-produtos.
-82-
Em todo o Estado cultiYa-se essa preciosa. m3.lvacea, em va rias
sortes de ten-eno, preferidos, porém, os silico-argilosos. A cultura re--
sente-se do empirismo colonial, sem a escolha e o expurgo previos das
sementes e tr11to mecanico da lavoura. E' uma das culturas que os gran-
des proprietarios rurais deixam ao pobre laYrador. Somente nos municí-
pios de lJniü.o, SanL\.na do Ipanema e Por to Real do Colegio se ,·ai no-
tando um certo apuro agrario devido á influencia do Serviço Estadual
do Algodão, que nesses municíp ios mantem fazendas ele sementes e cam-
pos de dewcnsw-ações praticas.
Nas zonas litorancas e da mata os plantadores preferem o herba-
c·co, sendo as variedades popularmente conhecidas por rcrdiio e (1uebra-
dinlw as mais culth·ad~s. Na zona do agreste e ser taneja, de clima quen-
te c SC('O, com uma temperatura média de 25 grãos, é o algodoeiro a cul-
ttP·a mais imoortantc.
Os principais centros produtores de algodão são: Viçosa, Que-
bra.ng.nlo, PalmPira elos Indios, Capéla, t:nião, São José da Lage, Sant'-
At:a do Ipancma, Anaclia, Ju!.tqucil o, Pão de .\ssuca.r, 'fraipú, .Af,'Ua Bran-
ca. Porto Real do Colegio e :\I ata Grande.
O beneficiamcmo do produto tem melhorado depois que foram
<'OTldrnad~s ~s ar tlg:1s bolandeiras de serras e substituídas por maqui-
nismos modPt"tOS e postas em pratica as exigencias tutelares da classi-
fic-a.c:ão oficüd.
O governo do EHado mantem, auxiliado pelo federal. um serviço
es}wc:ial para o trato c desenYo lvimento da cultura algodoeira, com tres
c-ampos expcrimen ..ais c um serviço regular de aperfeiçoamento elas pro-
pri<'dacl(·S industri<lis ela fibra.
rodo o prodmo destinado á exportação é preYiamente classifica-
do. dt- nc·on'o c·om os tres tipos ofjc!ais de cada uma elas tres classes ado-
tada~: Wmt <·uriu~ ele :.?~ a :!8 m m; iihra média, de 29 n. ~4 m m. e fibra.
lon~n. que c·ot-respoude ao algodão de fibra além de 34 m/ m .
"\lagoas fi;-t~ra na produ~io nacional de algodão com uma média
anual de 5.300 toneladas, ou seja uma produ~ão supm ior a dos Estados
de Sergipe, Baía., Pará, Piauí, flio de Jan eiro, São Paulo, :\1inas Gerais.
Goiaz e outros de produção ainda. in ferior.
A produção média por hectare é de 203 quilos de algodão em rama,.
aYaliando-se em 29.000 hectares a área culti-rada no Estado.
Possue o Estado 9 fabricas de tecidos e 1 de f ia~ão que consomem
75 j( ela produç:ão anual.
Xo ultimo quinquenio a produção de algodão em pluma foi a se-
guinte:
Anos Toneladas Valor
1927 .. 4.902 12-41G:340SOOO
1928 .. 4.884 12.149:900$000
1929 .. 6.407 23.446:900$000
1930 .. 4.898 17.927:390$000
1931 .. 5.540 12.520:000$000
O consumo acusado pelo Serviço Estadual do Algodão, no mesmo
período, cxpresc::ou-sc pelas cifras que se seguem :
Anos Toneladas Valor
1927 4.485 11.353:220$000
1928 4.287 10.846:950$000
- 83 -
Anos Toneladas Yalor
1929 . . 4.126 15.099 :350$000
1930 .. 4.036 14 . 770: 810$000
1931 .. 4.325 9. 173:640$000

O confronto da produção com o consumo interno deixa daro qne


a cultura do algodoeiro não tem tido desenvolvimento no Estado. man-
tendo-se a produção quasi indispensavel á movimentação das fabricas
de tecidos, havendo uma pequena sobra para a expor tação.
No quinquenio a exportação apresenta algarismos significativos
da n ecessidade indeclinaYel do aumento ela produção. para um maioT Y O-
lume do comercio externo:

Anos Quilos Yal or

1927 .. !HH -6!32 1. 977: :nGsouo


1928 .. 585.738 L. G:26:827~000
192D .. 1. 247.334 ~.93L:709$000
1930 .. 5:>:~. 720 1.649 : 346$000
1931 .. f>43.905 970:781$000
Para a exportação apenas 2n '; da produç-ão. A lagoa~ prcc:isa,
por todos os meios, incr ementar a c·ultura do algodoeiro, pois hem pou-
cos E~tados possuem zonas tão apropriadas ao plantio de~sa malvat·ea
e com a vantagem da contin uidadE:' de tenas proprias á cultura.
Além da prod u~ão do algodão em rama. ha a produção de semen-
tes, para a qual, além das di ferentes util izações internas, ha uma expor-
tação j á consideravel para o paiz e o estran geiro .
~o decurso do citado qninquenio, segundo a estimativa da Dire-
toria de E statística do Estado, a produ\ãO de se:c1cntes foi a que se segue :!

Anos Toneladas Valor

1927 .. 14.706 1. 470:526$000


1928 .. 14.651 1.465:049$000
1929 .. 19.222 1 . 922:182$000
1930 .. 14.649 1.469:488$000
1931 .. 16.620 1.661:957$000

Dessa produção ver ificou-se, no mesmo quinquenio, a exportação


seguinte:

Anos Toneladas Valor

1927 .. 2-515 163:742 000


1928 .. 3.612 212:471$000
1929 .. 5.933 916 : 606$000
1930
1931
..
..
4.803
2.591
... 414:7853000
326 : 490$000
-S4-

Ha aincla regular produ<;ão de outros sub-produlcs.


A laYoura. do algodoeiro proporcionou ao Estado, em 1931, os va-
lores seguintes :

Al godão em rama ............ . .... . 12 .520 :000$000


(\tl"O\Ode algodão . . . . . . . . . . . . . . . . . 1. 661: 957' 000
Sub-produtos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 250:000$000
Total . . . . . . 14.431:957$000
Os principais Estados produtores de algodão, na safra de 1929-
19~0. ~ão os que se seguem, segundo os dados estatísticos do Departa-
m ento !'\acionai do Cornercio:

Estados Ton eladas


'Paraíba . . . . . . . . . . . . . . 29 . 000
Ceará . . . . . . . . . . . . . . . 22.000
Rio Grande do )iorte . . . . .. 18 . 420
:Jiaranhão . . . . ..... .. ... . 9.160
Alagoas .. . .. ... . . ........ . 5 . 874
Sei·gipc ............... .... . 5.115
)linas <3erais . . . . . . . . . 4.5UO
São Paulo ........ . 3.!l34
Baia . . . ~.500
Pará . . . . . . . . . . . · 1.665
Yiaui .... . . . . ... . 1.291
Outr os . . . . . . . . . . . . . . .

FEIJAO

(Pbaseolus vu!garis)

Já se disse que o feijão é a carne do pobre. Rico em snbstancias


azotadas e proteínas, constitue. r ealmente. uma alimentação de primei-
ra ordem e o brasileiro não o dispensa á mesa, principaimente o traba-
lhador braçal.
Sua cultura em Alagoas data dos primeiros dias coloniais e. desde
então, ela exubera em todas as terras humosas do Estado, batidas de sol.
Cultiva-se o feijão em todo o territorio alagoano, principalmente nas
terras que constituem a zona chamada da mata. No sertão, em terras
apropriadas de Agua Branca, 1\lata Grande, Sant'An.a do Ipanema, Pal-
meira dos Indios e outras cultiva-se o feijão, não só para o cm1sumo lo-
cal, como tambcm para exportação.
l\1as, carne do pobre, é principalmente o pobre que o cultiva para o
seu sustento, plantando diversas Yariedades, umas rasteiras, outras tre-
padeiras, predominando a cultura da variedade mulntiubo, excelente pe-
las suas qu:tlidades nutritivas e agradavel paladar. Em geral o feijão pro-
porciona duas safras.
A safra brasileira do feijão, no ano agrícola de 192g-1930, segun-
do a a~uração do Serviço de Inspeção Agrícola, foi de 659.364 toneladas,
cabendo a Alagoas uma contribuição de 12.000 toneladas, ou uma pro-
dução superior a dos seguintes Estados:
Rio de Janeiro .. . 10 . 155
Sergipe . . . . . . . . . . . . . . . 9.155 . .
-85-
Rio Grnnde do ~orte.... . . . 6.615
Pernambuco . . . . . . . . . . .. 4.700
Paraíba . . . . . . . . . . . . . . .... . 4.450
Piaw . . . . . . . . . . . . . .. 4.24
Acre . . . . . . . . . . . . . . . 2.720
Espírito Santo ........ . 2.700
1\'Iaranhão ..... .. .... . 2 . 500
:\'lato Grosso . . . . . . . . . . . . 2 .468
Amazonas ............ . . . 983
Pará ........ . . . . . . . . . . 47
Os calculas da Diretoria de Estatíst ica elo Estado. retificados de-
pois da publi ração do seu Boletim n. 4, não estão longe da.qnela estima-
tiva. Esses calculas obedecem á media do consumo, p<'r <·npi!n, e o mo-
vimento de importação e exportação do produ lo.
No ultimo quinquenio', a estimativa da produção de feijão no Es-
tado, apresenta os valores seguintes, por ano agrícola, ou safras :

Anos Toncbdas Valor

1926 27 .. 10 .860 8.:?53:690$000


19~7 :!8 . . 10 .160 6 . 522:720$000
1928 , 29 .. 11.070 7.S2:::íO IJ~OOO
1929 30 .. 11 . !)70 S.103:ü90f;i000
Í930 31 .. 11.370 5.571:300$000
No decurso do quinqueuio as import:1ções foram nulas; as safras
locais bastaram ás exigencias da alimentação popular. Em 1931, porém,
registrou-se uma importação considera:vel: 1.140.8·14 quilos no valor de
570: 422SOOO, sendo :\1aceió, Penedo e União os municipios que fizeram
maiores importações, respectivamente, 8~5.279. 16·1.460 e 73.800 quilos.
Xo ultimo decenio a exportação acusa as cifras s~guintes:

Anos Quilos \'alor

1922 .. G7 .5S5 24:795~000


1923 .. 7. 908 11:9 ssooo
1924 .. 120 . 979 139:320::)000
1925 .. 165.632 l74:240$000
19~6 .. 11.879 18:360$000
1927 .. 190.887 121:9 osooo
19~8 .. 594:736 960:498$000
1929 .. 549.997 394:731$000
1930 .. 385.765 260:645$000
1931 .. 2ti7.935 l11:401SOOO
Os municípios que maiores exportações tiveram em 1931 foram
Agua Bl·anca, Pão de Assucar, Mata Grande e Sant'Ana do Ipn.ucma.
ARROZ

(Oriza sativa)

Ha talvez mais de um seculo que se pratica a cultura do arroz em


.Alagoas. principalmente nas terras marginais e ilhas do São Francisco.
-86-
anualmente renovadas de humus pelas enchentes periodicas. São, porém.
abundantes no Estado os terrenos apropriados a essa c ul t ura, tais os va-
les dos outros rios, a s terras baixas nas proximidades das lagoas, as ter-
ras pretas e fôfas, o massapé, os banhados e lagadiço~que, devidamente
drenados, se prestam admiravelmente á cultura. Esses terrenos não são,
toda\·ia, cultiYados, dando-se-lhes outra utilidade agrícola, quando não
fitam abandonados, como geralmente acontece.
Além das boas terras existentes no Estado, as condições meteoro-
Jogica~ faYoreC'em a cultura. desse rico cereal, mesmo nas terras altas.
:\Ias a cultura ficou tradicional nas margens do São Francisco e somente
11os municípios por esse rio ban hados o arroz é cul tivado intensamente .
Parece (]Ue nos demais lugares firmou-se a convicção de que as terras
não t~m o mesmo poder r etentivo da humidade necessaria ao desenvol-
' irnenw ,·egctu.U\'o do cereal. E, talvez, por isso, a cultura se faça em
pequena escala, mesmo em terrenos o ti mos para grande lavoura.
Em geral é tambem o pe(Jueno lavrador quem se en carrega da cul-
n:ra. do arroz, mesmo nas margens do São Francisco: em todo o caso a
produ~ão clú. mar g ent a urua exportação consideravel .
.A produção brasileira de arroz, na safra de 19:t9-1930, foi de
fl5G. 4!)7 toneladas. tendo o Departamento r\aciona1 do Comercio dado
a Alagoas uma cont ribuição de 9.000 toneladas. ou o nono lugar entre
os Estados produtores .
Os calculos da Diretoria de Estatistica do E stado dão á produção
do decenio de 1921/ 1922 a 1~:.10/ 1931 os seguintes totais:

Safras Toneladas Valor


1921 / 22 .. 9.630 1 .725 :023$000
1922 / 23 .. 8.620 3 .606 :922$000
1923/ 24 .. 8.774 2.211 : 048$000
192·1 /~5 .. 8.950 3.497 : 130$000
1926/ 26 . . 9.030 6.772 : 600$000
1926/ 27 .. 9.340 4.742:751$000
1927/ 28 .. 10.760 4.486:920$000
1928/ 29 .. 10.910 7.935:390$000
1929/ 30 .. 11.520 7.464:960"'000
1930/ 31 .. 10 . 020 4.519:020$000
A importação limita-se a tipos especiais e m elhor beneficiados
para o consumo na capitaL No decenio a maior importa9ão verificou-se
em 1931, montante a 107.909 no valor de 86: 327$000, cabendo á capital
86.557 quilos. O Estado, pois, abastece-se a si proprio de arroz.
A exportação, no decenio, foi a seguinte:
- ~
Anos Toneladas Valor
1922 .. 1.183 ~.: 486:553$000
1923 .. 1.182 298:124$000
1924 .. 1.797 658:496$000
1925 .. 3-797 2.366:377$000
1926 .. 1.318 674:170$000
1927 .. 2.947 1.202:085$000
1928 .. 2.442 1.799:920$000
1929 .. 2 .561 1.659:633$000
1930 .. 2 . 260 1.022:222$000
1931 .. 1.682 683:178$000
·~
-S7-

MILHO
(Zéa :\fais)

Os indígenas de toda a America tinham o milho como um presente
dos deuses. Lineu, acatando a veneração dcs primitiYos povos america-
nos, ao c1assiiicá-lo botanicamente, consagrou- o a .Jupiter -Zéa :3Iai-:.
::Vlodernamenle, se não o protegem dh·indades invisíveis, amparam-
lhe a cultura os cuidados do homem. desenvolvendo-a em todos os qua-
drantes da terra pela necessidade <la transformação desse cereal em car-
ne e trabalho, dundo-llte pcrnns, como dizem o::: americanos. "Porque
com o seu uso o boi adquire mais forç,a, a vaca aumenta o leite, o cavalo
corre mais, a galinha duplica os ovos. O homem precisa dele para re~is­
tir aos mais pesados trabalhos e os animais para a engorda e reserva de
energia."
Cerca ele duzentas e cincoenta ind1tc:trias buscam no milho a ma-
teria prima. Entra até na fabricação da polvora sem fumo e outros c~:lllo­
sivos de grande poder destruidor, nas paredes dos couraçados para amor-
tecimento de choques. nos isoladores de calor e elelriciuade. :\ele n~da
se perde. Por isso mesmo os inglczcs lhe deram o nome de <'Oru i" Idm~·
e para os n.mericanos do norle ele é o c~roul cl~ cluro.
Se bem que. entre nós. o milho seja um elemento muito importante
na aJimentac;ã.o das populações rurais, ainda 11ão o nrodusimos em esca-
la que permita o desen voh·ime11to i'acional da. inclu~tri a. r a;.·.wril. u.pli-
cando-o principalmente na engorda de suiaos. E muito m enos procura-
mos tirar dele o proYeito industrial que generosamente oiercce ao ho-
mem civilizado.
Plantamo-lo para o con~nmo l o<"~l. C'omo. aliás, \.:e fpz em todos os
Estados do Brasil, com sobras insignitic·amc::; p:1ra a cxporta~r!o.
A nossc. produc:ão de milho c·rece anualmente; mas não atingin á
propcrr;ão que S<'ria. para desejar como fator poderoso do nosso comercio
e elemento {'Onsidcravel na indm;tria da alimentação, nas s~tas inumeras
forma~;.
Durante o ultimo clecenio. pelos calcules da Diretoria de Estalisti-
ca do Estado, a nossa produção acusa os seguintes Yalorcs:

Safrus Toneladas V~lor

1921!22 .. 29.372 2.995:9-14SOOO


19~2 ~3 .. .29.814 1.609 :!)56$000
19~3, 24 .. 30.540 2.046:180$000
1924/ 25 .. 31.440 5.219:040$000
Hl25, 2G .. 35.256 6.064:032$000
1926/ 27 .. 43.256 8.883:265$000
19~7/ 28 .. 29.374 2.908 : 026$000
1928/ 29 .. 42.530 6.168 :155$000
1929/30 .. 38.350 1! .141:800$000

1930/31 .. 43.735 8.757 :120 000


A e:'{portação no mesmo período foi de 67.709 toneladas no valor
de 10.082:709$000. discriminadamente:

..:mos Toneladas Valor


19~2 .. 3.312 327:987~000
19~3 .. ~.800 2S5:500~000
....
I
''·

-88-
Anos Toneladas Y:tlor
..
~

1924 .. 2 . 731 ll7: -!7-1~000


1925 2 .94G ~7: 3~~~()(1("1
1926 3.335 553:610$000 ç
1927 7.640 1.314:080$000 •
1928 14.106 2.891:730$000
1929 1~.901 1.870:645$000
]930 R.201 885:708$000
lfl31 .. . . ~). 736 1. GOS: 4!>3.,000

\'ê-se que. a parlir de 1926, a exportação do milho entrou em uma


fase comercial bastante animadora: continuamos, entretanto, como um
Estado sem relevo tanto na produção como no comercio do milho, ou. ,.
pelo menos, sem o relevo que poderíamos ter como centro produtor de
primeira ordem. dada a cxcelencia das nossas terras, em qualquer das
zona~ topograficas do Estado.
Eru lodo o c.:a~o. ua pi'odução nacional do milho, Alagoas coloca-
se em decimo primeiro lugar, pelos cakulos do Departamento Nacional
elo Comcrc·io, que coincidem com os da Diretoria de Estatística do Estado,
acima da Paraíba, i\laranbào, Sergipe, Rio Grande do .!':orle, :\lato Gros-
so, Pnrá c Amazonas, na ordem deC'rcceutc em que se acham enume-
rados.
\onc:ltie-se q uc prcc·isamo.:; volt.ar a nossa atenção para a in ten-
sificaçào da cultura do c·er<'nl <I<· uaro, tornando-o uma fonte copiosa de
pJ·ospcridadc estadual, porque não é sem razão que os iuglezes o chamam
o r i ,;c!; Y CP!t,l is e os yank\!(':O. nele buscam urna parte consideraYel da
:-;uJ. v~.ul!'acil ugrkol:l e do !-\Cu rormitiaYc>l poder industrial.

(ltitinus C'ommunis)

Em todo o Estado e em qualquer terreno, mesmo á.tôa. nas ruas


dos povoados e nos h"irais dos passeios. encontra-se a mamona vegetan-
do exuberante c quasi e.xpontaueamente.
Nos terrenos silico-ar;;ilo-humosos essa rica cuforbeacea vive
admiraYelmenle, permitindo. com cuidados rudimentares, uma produç:5.o
média de 1.SOO a ~.oco quilos por hectare.
Somente nos dois ultimos anos do dccenio de 1922 a 1931 a cultura
da mamona se tem desen\·olvi<lo um pcuco uo Estado, seudo entretanto
ainda praticada sem metodo dt;~r.1.
Como se sabe as bagus da mamona Yalcm ouro. quer sejam apli-
eadas na tera pcutica, quer utiliz:das nas i n~..tstr :as como lt!brif;r-: •; e.
scnclo o seu oleo preferido pela aviaçio por ser o m:ico qnc não congela
nas ~TandeJ3 alturas. )\io só a sua 5::-~cnlc tem Yalor; a sua haste dá fi-
bra bem cotada para diversas industrias tcxtis, o seu bagaço é forragem
para o gado e adubo para a terra c a casca que envolve as sementes é com-
bu~tiYel pa1·a as caldeiras.
Cultura facilima, precisa ser desenYolvida em Alagoas, como se
está fasendo em ou ros Estados, porque a sua ex.ponaç:ão se encaminha
facilmente para a Europo. c Estados Unidos, podendo, assim, ser uma im-
portc.nte fonte de rique~a agricola c em manancial de canalização de
ouro.
..

-89-
A exporta~ão de mamona nos ultimos dez anos foi a seguinte :

Anos Quilos \"alor

1922 127.23 30:323$000


19~3 159.325 65:92~$000
1~~4 415.137 269::?80$000
1925 .. 600.107 340:172$000
1926 .. 537.:176 71S:SSOSOOO
1927 .. 739.328 245:914$000
l!>~t.: .. 723.0 o 390:442$000
1929 1.415. 277 59J:Gll$000
1930 1.099. ' 51 S90:7ü2~000
1931 1. 083. 3tl3 í9-1: 3:!·1SOOLI

Essa e.xportaÇ:ão lcn• o desUno seguinte:

Anos Estrangei!·o Outros Estados

1922 4.9:10 1~2.31


1923 2.073 157.~~:!
1924 365.517 H).ü10
1

1925 .. Gvt> . li/7


1926 .. 40-!. -;-~n t:~~. ~';:;
1927 .. G3G.:>~7 1 U:!. 7:31J
]928 .. 696.1GO 1 ~ti. ~1:!0
1929 .. l.:H.LGO :!01.79ü
HJ30 1. ú~)!). ~~ 1
1931 .. ~54.03:3 1~9.36~

nesaita a importancia que a mamona pódc ter na Yida economica


tio Eslado, principalmente como ampaio do peqtH'no lavrador. Foi o uni-
co genero da nossa produção agricola que, em 1930, não experimentou
os efeitos da baixa formidavcl de todos os nossos protlulos, tenllo s ido
toda a exportação encaminhada para o estrangeiro.
Cotada no primeiro ano do deceuio a razão de S239 o quilo, te,Te
sempre uma alta sensível em relação áquelc ano. encerrando-se o perio-
do c·om uma média de '501.
O recenseamento agrícola de 19~0 calculou a área cultivada de ma-
mona no Estado em 1.830 hectares. Admitida essa avaliação para 1931 e
uma produção de 1,200 quilos por hectare, que é uma base minima, a sa-
fra de mamona foi de 2.196.000 quilos, no valor de l.G37: 200$000, sendo
a produção não exportada consumida no proprio Estado pelas fabricas
rle oleo c \'a rios usos domesticos.

CAFE'

(Coffea arabica)

Possue o Estado excelentes terras para a cullura do cafeeiro, prin-


cipalmente nos municipios de Viçosa, Quebrangulo, Palmeira dos Indios,
Sanl'Ana do Ipanema, União, <::ão José da Lage e l\1ala Grande. Os re-
·enseaclores federais de l!l20 contaram no Estado 2.312 hectares cultiva-
dos com essa rubeacea e mais de ~.000 .000 de pés em plena frutific::tção.
- !JO-

A cultura. se bem que não praticada com metodo, tem tido algum desen-
Yolvimento, pois a importação é relativamente pequena, o que quer dizer
que a cultura no Estado supre o consumo, que é geral. O matuto póde
privar-se de outra cousa, menos do café.
Em !931 a importação foi de 247.054 quilos, tocando a cada habi-
tante 200 gramas por ano, de café em grão. Essa importação destina-se
principalmente ao consumo na capital; nos municipios in teriores, maxi-
mé nos sertanejos c saufrancisc.:anos, o café que se bebe é produto da la-
voura alagoana.
Queremos demonstrar que já existe no Estado uma consideravel
produção, pelo menos suficiente á~ e:dgencias internas, registrando~se,
nos ultimos n.nos, alguma exportaçao. Em 1930 exportamos 74.581 qmlos
e em 19~1 a exportação atingiu a 76.526 quilos.
A estimativa da Diretoria de Estatística do Estado dá para a sa-
fra de 1230 31 uma vrodução de 5.050. 000 quilos em casca no valor de
2.525: OU0$000.

CóCOS
{Cõcos nucifera)

Dns <palmeiras existentes no Estado, quer ~ih-estres, quer cultiva -


dos, nem urna cxrctie ao coqueiro em valor economico.
Seu fruto, cuja p:-o'·ura comercial aumenta diariamente, pelas suas
variodns apliraçõcs industriais, "salientanào-se o oleo e a manteiga,
sendo esta considerada superior á sua congeucre de origem animal", já
muito n~ada na Inglnterra, Belgica, Holanda, Alemanha e outros paizes
do V<'lho e do 1'\ovo continentes, constitue urna das mais vultosas e re-
muneradoras C'Ulturas elo Estado.
E' sabido que o côco brasileiro é mais rendoso que o asiatico, don-
de a sua preiereucia para as d!ferentes industrias em que entra como ma-
teria prima. "De 300 côcos obte»l-se 95.800 gramas de copra. o que dá
para cada fruto 191 gramas, enquanto qne os côcos asiaticos dão geral-
mente, no maximo, 161 gt·amas, sejam 15 r~ menos. Além disto, 300 cô-
cos do Drasil dão 80 litros de oleo ou 63 'lt· , quando dos outros o rendi-
mento é de 54 r ~ . ou sejam 9 r~ menos."
"A manteiga do côco representa a base industrial da sua explora-
ção. pois ela contem mais de 90 7r de materia graxa, sendo um produto
alimentício de incomparavel pureza. ··
Por tod:1s essas grande vantagens a explo:ação agricola do co-
CJueiro representa uma incomparaxel fonte de riqueza.
O coqueiro é cultivado em toda a extensa faiX'a do litoral aln.goano
e nas regiões batidas peias auras marinhas, numa zona de penetração
até 30 quilometros, aproximadamente.
Segundo a c:on tagem de coqueiros feita pelas estações fiscais do
Estado em 1931, para o lançamento do respectivo imposto, existiam
554.009 coqueiros em plena frutificação e cerca de 100.000 ainda novos,
nos municípios de Porto de Pedras, Camaragibe, 1\Iaragogí, São Luiz do
Quitun<.le, Maceió, Alagoas, Piassabussú, Coruripe, Santa Luzia do Norte,
Porto Calvo. São Miguel dos Campos e poucos outros.
A média anual da produção no Estado é de 40 côcos por pé, ha-
vendo, porém, pés que dão 200 e 300 côcos por ano. Segundo a média ado-
tada, a produção em 1931 foi de 22.521.560 frutos, no valor de 2.252: 156$,
admitida a média do ano de 110$000 por milheiro .

-!H-

Durante o ultimo decenio exportamos:

Anos Côcos Valor

1922 1. ·158. 000 '!.7 :!)4)~00!)


Hl23 2.000.000 3~)3: 8H9~000
1~2-t 4. 5:ll. 000 !í27:7S1~000
1925 5. 810. (lt)O l.t>~-!:519$000
1926 S.53ü.OOO 1.117: 561SOOO
1927 4.8~0.000 790: ()1)3$000
1 ~c:; 7.7ú~.OJO 1.9:>G:9D1$000
1929 S. 7•17. 000 1. 7,0: 9:n~ooo
1930 f>.53S.OOO 1-453: 123~000
1931 11.703.000 1.~91:9 3:-:000

O coqueiro é um <1 maiores elementos tlc riqueza que possuímos,


ruas infelizmente, para ele ain<.ia !'C não YOltaram as atem:õcs dos nos-
~os agricultores c mc~mo os cuidados que devia merec·er doH poderes pu-
hlicos, atraxez de uma serie de pro\'Hiencias que inc·rC'mem::u:;sem a {'Ul-
tura e favoreccs:sem a exploraçilo industrial do seu ::rmo.
São atualmente eonheddas as propriedades aiimcnticias do oleo
do eôco demonsLradas pr~ticamcnle na mu.nuf:üura ciu mart:,arina e ou-
tras gorduras comesth eis. Essa aplicaç~LO cst·í sendo <la<h :í. copra IWn-
Ycniente dos coque.irais do Ceilão, d:1 península de )lala.ia, das ilhas Fi-
lipinas c das Iudias Orientais IJolnmkzas, oude exi-.;Lcm g.,.andcs vsinas
para o aproveitamento da cop1a <·ouw matcria prima daqucias preciosas
gorduras.
Nós ainda exportamos o côr.o no fruto, apenas co111 ligeiro benefi-
ciamento, que consiste na or)eraç~o do descas(.;«nnento. A.. copra, de dois
anos pa1-a cá. tem figurado nJ.s uossas iistas <lc e::porwç-ão em quantidade
ainda muito diminuta.
Linhas acima accmuamos a superioridade do cõco brasileiro sobre
o similar asia.tico. Apezar dessas vantagens nilo temos ainda culturas
sistematizadas, erecendo os coqueil·ais á mercê da propria natureza do
terreno. As nossas eslati!'liras não registram a expor~'!ção do côco para
o ec;trangeiro. Por toda parte procura-se tirar da riquíssima amendoa o
maior pro,·eito que ela possa oferecer.
"A França, compreendendo a c:onveniencia· de se emancipar dos
mercados estrangeiros, o que, aliãs, tçm feito nestes ullimos tempos
em relação a todos os produtos tropicais, estimula intensamente as plan-
tações de coqueiros. O governo de Dahomey, por exemplo, desde 1906,
prepara cada ano uma sementeira de 5 a 10.000 plantas, que distribue
~atuitamente, no ano seguinte, aos indigenas. r\"as proximidades da ci-
daõe de Catanou, cujas ruas são arborizadas de coq uciros, existe uma
planta~ão para estudos, que. entre outras vantagens, t.em a de fornecer
em larga escala sementes selecionadas aos plantadores. E todas as faci -
lidades são proporcionadas no mesmo sentido nas suas possessões afri-
canas, Cóte d'Ivoire, Guiné, .Madagascar, Senegal e Dahomey."
Diz-se no Ceylão, afirma o sr. Hannibal Porto, que o indígena que
possue doze coqueiros e duas jaqueiras é nm homem independente. I'\ós
precisamos intensificar a cultura do coqueiro, explorar convenientemen-
te o seu fruto e dar nova orientação ao comercio do côco, "de modo a se
tirar em todas as vantagens decorrentes da exploração em larga escala,
obedecendo, já se vê, a teenica moderna."

-9~-

l\IAKDIOCA

(:\Ianihot utilissima)
A mandioca toi encontrada no Brasil pelos portugueses. culliYada
por algumas tribus de habitos sedentarios. Iulrodusida na alimentação
do colono, passou a. ser cullivada em todos os pontos alcançados pela pe-
netração cotonizadora, desenvolvendo-se a cultura a par do desem olvi-
mcnlo do paiz.
Em Alagoas, desde tempo imemoriais, vem sendo a mandioca cul-
tivada por toda parte, em todos o:; terrenos, pois as raizes co~idas c uti-
lizadas de varias fôrmas, a farinha (JUP dela se faz e a goma que ela pro-
duz constituem a base por excelcnria da alimentação popular, encon-
• trando-se diariamente em todas as mesas alagoanas.
Existem muitas ,·aricdadcs de mandioca, que, em todo o Brasil, se
a<·ham compreendidas em dois grupos: mandioca brava (manihot uti!i,;-
~ima) d~ que. prcf\!rcntemcnte, se faz a farinha, c mandioca doce (ma-
l.Hwt aipi), ,-uh;armenle conhecida por ma<·at:heira, cujas raizes, cosi-
da-s ou assadas, servem á. alimentação do poYo e proporcionam i cosiuha
dom'· t il'<t grande variedade de ma~!:ias e bolos muitos apreciado~ e de
vasto l·onsumo.
O pl~tH..io lla ma11clioca é feito ao desamparo de qualquer cuidado
cultural. entregue cxc·lusivamente á rudeza do homem do campo. E1n
qualqu~r pa1 te etH.:outrn-se a m~ndioca, assegurando a alimentacão do
• pobre..\. vegetac:i!o utinge o seu desenvolvimento n1aximo aos dez -e dose
me;,cF.. produ~indo. em média. um hcdarc, :.!0.000 quilos de raizes, que
dão. aproximatlamPme. além da goma, 6.300 quilos de farinha .
Adocado c!::::;c calculo c a<: cita a avaliaç-ão de 10.267 hcct.:ues para
a úr<.':l <:ui tirada. :-;cgnndo o re<:Pnl-'eülll<'Hlo de 19~0. a produ<_:ão do ultimo
ano agrícola fui dt ~O:J.3.j.O.UOO de quilos.
Dessa ruHm:a pt o<ht<:ão, que rf'prc•senta um valor excedente de
-1.000 contos, 70 ', são dest.inados á fai>ric·ação àa farinha e os 30 ', rcs-
t4Ht<'S a \·arias fürmas de alimPnta<:ão, ou sejam lHA ~.000 quilos no
\'alcr d' 1.:!:?9: l..i·!0$000.
Existem no ~stado mais de ~.000 c·u..;ns dt> fM·in1ut~, pequenas fa-
bricas de si<;tcma colonial. onde s~ opera a transformação d:.. 3 raizes em
farinha a.limenticia..
Co!lhec!da. a prouução média de raizes, por hectare, e sabido que
essa produção transformada em farinha propordona. G.500 quilos. pode
se calcular a produção de iarinha, no ultimo ano agricola, em 46.618.000
quilos no valor de 10.1 6~: 000$0~0. dedusido o valor médio por tonelada
do \'alor oficial da exportação.
~o decenio de 10~2 a 1931 ,·erificou-se a seguinte exportação de
farinha:
Anos Tonel~ das Valor
19~2 186 3·!: 05·1$000
19Z3 225 59:218'000
1924 31 21:270$000
1925 1:?S 85:753'000
1926 ~13 79:G47$000
1927 371 156:524$000
1928 1-224 518:707$000
1929 1.?11 605:235$000
1930 421 133:474~000
1931 1.213 255:834$000
-··'--
-93-

A fabricação da farinha ainda fornece um sub-produto, a goma, de


grande consumo em todo o Estado, pela sua variada utilidade como ali-
mento e o seu aproveitamento na industria de tecidos. A produ~ão de go-
nla, em 1931, segundo calculo da Diretoria de EstatistiC'a do Estado, foi
de 2.721. 00 quilos no valor de S16: 540SOOO.
A cultura da mandioca, na ultima safra, concorreu para a econo-
mia alagoana com os seguintes valores:

Raizes não industrializadas 1.229:6-t()$000


Farinha . . . . . . . . . . . . 10.162:000$000
Gonta . . . . . . . . . . . . . . Slü:540$000

1~.20 :1~0$000

FU::\10

(Nicotina Tabacum)

O fumo alagoano já foi o melhor do Brasil. Yclhas est~tistic:.t:. ('O-


merciais r egistram uma exportação ronsidcravcl dessC' produto. sendo o
seu prC'ço o mais alto em todo o pa.iz. A exportação do fumo, porém, foi
decaincl0, até quasi desapai'et:er o seu comercio externo .
Contudo ainda se cultiYa o rumo no Ec:;tado, principalmcmC' nos
muni cípios de Yi~o sa, Anadia, Qtkbrangulo, t"nião, ~luriC'i e S:mtana elo
Ipancma, sendo aliYo o comercio intcl'-municipal. do vrocluto em cort1:1.
~\área cultivada de rumo. em l!J~í), pelos calculos da Diretoria nc-
ral dC' Estatística. Ci.'a de ~.813 hectares. c essa árc~ pumitc uma. prcda-
ção de 1.000 toneladas anualmente, dada a hipoi ese ele não t''r amlh'l'-
tado a área cultivada. Esse calculo, aliás, está em harmo11i~ u>m o do
Departamento ='Jacional d o Comcn·io, que dá a Alago~s uma produ«:"~~
de 900 toneladas, na safra de 1H~~-1U30.
Os calcules da Diretoria de Estatística. do Estado acharam uma
produc:ão de 1.134.ü00 quilos, no valor de ~.:.?72: S00$000.

B.\T.\.TA DOCE

A batata doce é no Estado uma alimentação muito apreciada c de


largo c·onsumo uo interior, chegando me~ruo a rivalizar com o consumo
de raizes de ma•uliora na cosinha donH'stica. Planta-se a balata por toda
parte, principalmente nos terrenos arenosos do litoral, constituindo o
produto objeto de largo comerdo na capttal e nas feiras do interior.
Pelas informações procedentes de diversos municípios pode-se
avaliar a produc;ão dP batatas. no ultimo ano agrícola, em ll.S~G.OOO qui-
los, no valor de 708: 300$000.

Ot;TRAS CULTUIL\S

Culturas que muito auxiliam a vida do pequeno lavrador e consti-


tuem objeto de vasto e lucrativo comercio são o inhame c o gerimun. ~ão
temos uma base mais ou menos exata para calculo da produção anual.
mas não ser exagero avaliar em 300:000$000 a produção dessas duas cul-
turas no ultimo ano agrícola. ·
Outras ainda existem, que, entretanto, não influem na vida econo-
mica alagoana, quando. com·enientemente desenvolvidas e comercial-
mente exploradas, poderiam ser fontes magníficas de pro~peridade para
-94-

os laYradorcs e de riqueza para o Estado. Queremos nos referir ao amen-


doim c ao cacáu.
O amendoim (Arachis hypogé~) cultiva-se no Estado em quasi
todos os muni cípios e as suas sementes são consumidas, cosidas ou assa-
das, por gulodice. Ainda ninguem se lembrou de intensificar essa cultura
para exploração comercial, de modo que esse produto de primeira ordem
e procura munuial pudesse figw·ar \·ant:l josamcnte na nossa lista de
exportação, como está se faz endo no Rio Grande do Sul.
E' sabida a riqueza que o amendoim encerra. Sucedaneo perfeito
da oliveira na f<lbricação do azeite que se consome e nós chamamos azeite
dGcc, a manteiga que produz é de primeira qualidade e de grande consu-
mo nos Estados Un idos, onde se gastam anualmente mais de 40 milhões
de quilos da matcria prima.
Outra rultura, j á iniciada experimentalmente, é a do cacáu, com
pequenissima cxport.ação esporadica. As expe!·iencias tem demonstrado
praticamente que o cultivo adapta-se no Estado em certas regiões e pode
constiluir uma cxrclcnte fonte de riqueza.
Trat::H;"' ciC' t:n"! produto dC' largo consumo mundial, cuja procura.
tem s ido sempre crc~cntc . O cacáu, todos sabem, possue um grande po-
der nutritiYo e é um grande gerador de f'alor.
E' uma das plani.as mais longé\·~s e rendosas. Crecida, vive cin-
coenta anos, prodasindo duas Yezes por ano um quilo de amcu.doas se-
cas por pé.
Alagoas possue terras apropriadas á essa cultura, nos vales do
Camaragibc, do Sumauma. do Saulo Antonio e em outros.
Aqui deixamos um orçamento para o plantio de um hectare, tal o
cnst o da cultura nessa extensão no município de Belmoute, nG Estado
da Baia:

Dcnuba.da c roçagcm . . . . . . . . . . . . . . . 67$100


Balizamento c transporte de 625 balizas, a 300
réis .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . 18$750
Custo ele 625 balizas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15$625
Abert uras de trilhos no alinhamento das ba-
lizas . . . . . . . . . . . . . . . . . · . · · · · · · · · 50$000
Phntações de 625 balizas, a H caroços por ba-
liza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 12$500
625 mudas de bananeiras para sombrear o ca-
caoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12$000
Custo das sementes . . . •. . . . . . . . . . . . . . . . . 2$600

291$575
Feita essa despesa, ter-se-á uma plantação a produsir por mais de
50 anos 50 arrobas de sementes secas. Logo na primeira colheita terá o
agricultor resgatado o seu capital, sem incluir o rendimento das bananei-
ras que sombrearam o cacaoal .
FRUTICULTURA

A pomicultura em Alagoas está ainda em plena infancia. Não te-


mos pomares capazes de uma exploração comercial sistematizada. T e-
mos, porém, tenas magníficas para a cultura das ma is variadas especies
.ü·utiferas.
Aqui e ali um ou outro agricultor inteligente ensaia a frut icultura.

-95-
plan tando man6ueiras c laranjeiras, maispara deleite pessoal que como
fonle de abastança, elemento de riqueza.
i'\as chacaras e sítios suburbanos cultivam-se apreciadas varieda-
des que já forn ecem deliciosos pomos de mesa. 0;'as ma1·gcns fertilissi-
mas da~ nossas lagoas, os nossos cautos a ,·ós lançaram àesorde!ladamcn-
te as sementes <las arYores que so~illreiam os sities pitorescos dos canais
c mandam continuamente, ha de:r;enac. de anos, á capilal os frutos qm• a
popnlação consome. l\Ias a pomicultura não entrou ainda nas cogitações
praticas dos nossos lavradores, no s~ntido de uma cultura mctodizada e
de uma explm·ação comercial Yan tajosa.
lia em todo o E.;tado enorme proclu~ão de manf!;as das mais apre-
ciadas Yariedades, que dariam margem a um comercio externo consitie-
rave!, se desscmos oHtra oriemaç3.o ao comercio de fruta~. de abacates,
sapotis, bananas. Jaranjas, pinhas, abacaxis, jacas, mclanc·ias, melões,
ele. Podemos calcular uma produrão de mais dP 250.M>O cen' os de frutas
diversas, que, vendidos a 5~000 cada cento, teria dado 1.250: 000~000.

RECAPITt:LAÇÃO

Resumindo, a safra de 1930-1 !};jl produsiu:

Produtos Quantidade Valor

Cultura ela cana:


Assuca.r . . . . . . . . . . . . . . 92.519 ton. 30.808 : 827$000
Cana não industrializada .. . 100.0(10 .. 1. l )0 : OUIJSOnO
.Alcool e aguardente . . . ... .
A1cool-mot or . . . . . .
3.027.7G'"' lit .
2.050.037 .. ~.9!)8:920SI)OO
1 . ·~ 70: 000~000
Cultura do algodão:
.Algodão em rama .. 5.;-40 ton. 1~.5:!0 : 000$000
Caroço de algodão .. Jü.G:!O " 1.GG1:957$000
Sub-produtos diversos . . . . . ., :r: o: ooosooo
Feijão . . . . . . . . . . . . 11. :no 5.571:3oos;uoo
10.0:!0 .,
.\rroz . . . . ·1. 519: 0~0$000
Milho . . . . . . . . . . . . ·l3. 735 ,. 8. 757: l:.WSOOO
.:.Iamona . . . . . . . . . . ~.19J 1.337:200'000
C'afé . . . . . . . . . . . . . . . . . . ;1.050 'I 2.525:000$000
<.'ócos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 . 5~ 1. •JtiiJ twid. :! . ~;;:.. : 1 1GSHOO
Cultura ela mandioca:
Raizes não industrializadas . Gl.812.000 qui I. 1. 229 : GJOC\f)f O
Farinha . . . . . . . . . . . . . . . •16. 618. 000 " 10.162 : 000$000·
Goma . . . . . . . . . . . . . . . . . ~- 721.800 :• S1G: 5·10$000
Futno ·. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1. 13-l. 600
,, ~.272:800$000
Batatas doces . . . . . . . . . . . . . . 11. 89G. 000 " 708:300SOOO
Outras culturas . . . . . . . . . . . . . 500 : OOO~lOOO
Frutas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250.000 cent. 1.250:000SOOO
Total ... 92.910:780$000
A.REA AGniCOLA

A área agrícola do Estado, recenseada em 1!320, é de 1.3•.1-8.241 he-


ctares. ou 47,2 ', da superficie territorial, haYendo o recenseamento ex-
cluído as propriedades rurais cuja produção anual não atingia a 500$000,
os quintais, as chacaras, os viveiros, pertencentes ãs casas das cidades e
vilas, e bem assim os pequenos sitios da zona rural, desde que a produção

-96 -
deles se destinasse ao consumo domestico, ou fosse de pequeno valor.
não constituindo Yerdadeiro e especial ramo de negocio.
No r ecenseamento entraram somente os estabelecimentos rurais.
i~lo é, "toda a extensão de terra sujeita á administração exclusiva de
um proprietario, a r rendalario. interessado ou adm.inistrador, que fizesse
<lir ·tamente a exp loração da laYoura ou da criação, por si ou com au-
xilio ti<' pessoal rcmunPrado."
De conformidade com esse crilerio, a ár ea dos esta.bclecimentos
rurais, compreendendo 8.S40 propriertades. das quais 6.107 de menos de
1 Ol hec·tares c !!. 7a3 de mais de 101, a quelas abrangendo uma área de
1S7.952 beetn.rrs e estas uma superficic de l.Hi0.289, r espectivamente.
13,9 ', e SG.l ', da á rea rec·enseada, ficou distrilmida pelos 35 municí-
pios então cxi::;wmes da manéira seguinte:
::ltl"'\ ,,., :•to;-; ,\ n'a 1lm• Jlru- :\um. 11t• \ 'n hn· clus
fll' h•II:Hit•~ prii!II'Íl'l}ll dt·~ pntpril•li:Hil'S

A~tw Bcanea . . . . . . . . . . . . 2~. 6() GSS 2.173 :805$


A lagoas . ....... . 2~.351 153 4 . 783:600$
Anadia .. ... . 74.215 5-!6 4.GS3:150S
.\talaia ... . . . :~~ . 576 182 7.46-!:220$
Belo Monte .. . 16.7 7 74 502 : 600$
Camaragibe .. . 51. 41.iG 109 5.106:020$
Capéla (Para íba) .. . ...... . . 40.622 104 5.829 : 050$
t 'ontri JH' . . . . . . . . . . . . . .. 14.7~6 403 5.079 : 900$
Igreja Nova (Triunfo) . . . . . . 16.020 99 1.802:940$
Juuquciro . . . . . . . . . . . . 43. 43l 84 512:900$
,.CO}lOldin~ . . . . . . . . . . . . . .. l :!.HS7 52 3. 4:{5 : 700$
LimcH•iro ... . ............. . 20.640 376 3. 277:600$
Thlac~iú. . . . . . . . . . . . . . . . . .. ()2.549 121 3.558:600$
..1.\laragogí . . . . . . . . . . . . . . : .. 69 . 433 163 :] . 271: G25$
).lata Grande (Paulo Afow~o) . 21. 82~ 294 2.121:520$
1\Iuricí . . . . . . . . . . . . ... . .. . •10 .622 157 8.279:200$
Pa lm<.'i ra dos lndios 69. 433 1. 152 2.656:800$
Pão de Assuca 1·. 44.036 204 1.580:990$
Penedo. . . . . .. 21.441 57 1.752:600$
Piassabussú . . . . .. 16 . 604 165 1 .378:807$
Pilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22.041 37 3 . 456:600~
P iranhas ........ . ........ . 45.234 59 802:200$
Porto de Pedras . . . . . . . . . . . . 20.551 239 ~.236:980$
Porto Real do Colegio .. 10.865 101 1 . 071:900$
Quebrangulo (\.itoria) . . . . . . . 12 . 035 400 2.065:556$
Sant'Ana do I panema . .... . . . 62.387 715 2.409:164$
Santa Luzia do Norte ....... . 25.441 143 5.129:820$
São Braz ... ........... ... . 11. 284 100 635:600$
São José da Lage . . . . . . . . . . . 48 . 211 360 4.714:990$
São Luiz do Quitunde . . . . . . . . 73.275 126 6.285 :380$
São 1\Iiguel dos Campos . . . . . . 82.765 118 5.663:220$
Traipú . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24.238 139 1 . 052:250$
l;nião ........... . 71.831 250 7.130:600$
·vi<:osa ... ..... . . . . . . . . . . . 69.570 788 12.283:150$
1.348.241 8.840 127.950:162$
O valor propriedades de menos de 101 hectares era de .. ... .
da~
33 .574:268$000 ou 5: 49 SOOO por unidade, e o das gue excediam daquele
-97-

limite 94.375:8!>4.$000 ou 34:532$000 po.r estabelecimento. sendo o valor


médio do hectare dos primeiros 179$000 e dos segundos 81$000.
O valor total dos 8.8t10 estabelecimentos recenseados estava assim
.(lhidido:
Terras . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . 95.977:785$000
Benfeitorias .... .. ........... . 28.530:0725000
Maquinismos ... .. ............ . 8.4-12:305$000
Desses eslabelecimentos, 29. no valor de 2.163: 020SOOO, perten-
ciam a estrangeiros, assim distribuídos por nacionalidades :
FTancezes . . . . . . . . . . . . . . 1~
Portuguezes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Italianos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Na área dos estabelecimentos rurais estavam incluídos 265.674
hectares ocupados por matas.
Nessas propriedades a agricultura ocnpaYa uma área de 107.872
b.eotares, insignificante, em relaç-ão á exten~ão das mesmas, abrangendo
as seguintes culturas:
Cana de assucar .. . ........ . .. . 31 . 637 h Pelares
Milho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 24. 29 .•
Algodão ..................... . 16.!->74
Mandioca . . . . . . . . . 10. 267 ,.
Feijão .. . 8.344
Arroz ..... . 4.703
Coqueiros .. . 4.G~~
Fumo .. 2.815
Café .. . ~-~72
~la mona 1 . ~30

,,
Total ........ . 107.872
O imposto territorial, creado em 19~1. começou a ter execução em
1925. Esse imposto reca.e sobre a terra. não atingindo os demais imovei's,
benfeitorias, maquinismos e semo,·entcs.
Para o efeito do lançamento, enquanto não estiver o•·ganizado o
cadastro da propriedade rural, o valor ela terra será declarado pelo pro-
prio contribuinte, de dois em dois anos, ou será avaliado pela estação
fiscal respectiva. em casos especiais.
A lei isenta do imposto: os terrenos da União, do Estado e do
·M unicípio; os terrenos pertencentes a estabelecimentos de caridade, que
forem necessarios para os senriços mantidos pelos proprios estabeleci-
:mentos; os terrenos de propriedade de casas de cultos religiosos, quan-
do necessarios ao exercício dos mesmos cultos; os terrenos pertencentes
a estrada. de ferro, constituindo vias permanentes ou que gosarem de
jsenções especiais concedidas por leis federais ou estaduais, e, finalmen-
te, os terrenos urbanos e suburbanos, que continuam a ser taxados pelos
municípios.
Em 1931, o lançamento desse imposto. nos 36 municípios ent ão
existentes, apurou o numero de propriedades alcançadas pelo mesmo im-
posto, bem como o Yalor das terras e benfeitorias, na conformidade das
declaraç.3es dos proprios contribuintes. Recaindo o imposto sobre o valor
da terra, é bem possivel tenha sido esse valor diminuído naqueles muni-
cípios onde a fiscaliza~ão da fazenda estadual não se faz bastante ativa.
O mesmo não acontece em relação ao ,·alor das benfeitorias, sendo.
-98-
p or ém de notar que, em al ~uns mun icípios, esse valor está <lislanciad()
da realidade.. ·ão ha declaraç:ões acerca do valor elos maquin ismos e ins-
trumentes agrarios e da extensão das propr iedades .
Como Ee vê. para o efeito de uma apreciad io exata do valor e ex-
tensão das propriedades rurais. o trahalbo feito pelas estac;ões fiscais do
E stado resente-se de lacunas muito ser ias.
A dist;·ihui~5.o dls propriedades o.r ro!adas pelas coletorias esta-
duais e o respectivo valor é a Reguinte:
:w XíCii'IO:-; l'n I 'Íl ,J. til'" H· tfd:uria~ Tt rr:1s

A;'"II<! Branca ... . . . 1. r,~o 1. 433: 370<5 965:098$


Ala~oas . . . . . . . . .. . . ().!0 1.433:770S 1.080 : 398$
Anadi:l ... . . . . . . . .. . .. 1 .482 :358:250$ 4.644.:692$
Arapirac:a ... . . . . . . . . . . . . 100 750•: 000$
Ata laia .. . . . . . . . . . . . . . 143 3. 920 : ·100$ 5.133 :200$
Dclo )lontc ... . . . . . . . . . 266 ; 190$
.
C'"~trara:;ibe . . . . . . . .. . .
27-1
lJti 1 . 911:970$ 2 . 2:n :500$
C'4q~e!a ... . . . . . . . . . . .. ] :!C) 1.:!1'3:050$ õ.402 : 000~
Con!r!cc . . . . ... . . . . .. S~I 1. 511 : 138$ 1. 941 : 028$
l~:·cja ~ovrr ... . . . . . . . . 103 1.802 : 000$
Juncpciro ... . . . . . . . . . 7rs 20 t : o.;ns 571:270$
Lcopoldina ... . . . . .. . . . .. 1no 1. 278 : 7'!OS 1 . 662 : 270$
1 .
~ } H.' C' h O . . . ... . . . . . . . .. ~ljJ -1.:- i: HOS 696:460$
Maceió ... . . . . . . . . . . . . . . 41(j 991: 872S 1.354 : 592<'
. .f~r~g0gí . . . . . . . .. . .. . . . q~ ~L ~31: ·~30~ 2. 8:i8 : :mos
TII~l·1 CTnnde . . . . . . . . . . . . Gi>O 95.3::350$
1\Iuric:í . . . . . . . .. . . . . . . . . ·> --
... ;)\) 1.10~: 590S 4. l~l-.: -:;e:p I
I'<1h,, ·im do~ lndi~s .. . . . . 1.350 2.~29:025$
P~o de Assucn.: . . . ... . . . . . !i·!Ü ~3 r:OS5S
Pt:nec1o . . . . . . . . . . . . . . . .. -ISO 2~9:G95S a!>-t : :l:l2$
P! •. sahussll . . . . . .. ·112 li47:513S 379:-103$
Pilll' . . . . . . . . . ... . .. . .. 77 490:5UO$ 1.!>b2:t101)$
Pi1anh'!~ . . . . . . . . . ... . . . ül 15fl : OS•1$
} 'orl.o Cal·;o . . . . . . . . . .. . . lG:J l.G32:250$ 2.17~:1!>9$
l'oi LO de Pedra~ . . . . . . . . . .. . .... -
;h)·) 1.539:õSOS 1.006 : 110$
Porto I<.cal do Cclcgio ... . . . 15G 872::>00$
Qucbrangu!o . . . ... . . . . . .t 'jQ :n:2oos 2.2St: k7ú$
Sant'.\na do Ipancma . . . ... 1.005 10ü:OOOS 2 . 9·10: ()00$
Santa Lu~.;ia do ~orte . . .. . . 130 3ui : G..>O$ :.! . 71~ : J:>v$
São Br2.z. . . . . . . . .. . . . . .. H1) 742:000$
•) ., •)
S~o Luiz do Quitnnde . . . . . . ......... 3.638:530~ 2.9JG:270$
São ~\lüruel dos Campos .. . . 504 3.197 : 610~ ~.801:160$
S~o .José da Lagc . . . . . . ... 7~0 8 . 558 : GOOS 5 . 5SG:09&;
T raipú . . . . . . . . . . . . . . . .. 6 1~ ..J\ 100$ 6Z·.! : 810 '
1.:nil:.o . . . . . . ::3) ?. 0'1() · .!80$
éj. .~ .... . ... 5 . 717 : 894$
Yiç-osa . . . . . . . . . . . . . . . ... 5JO · 1.605 :460$ 4.512:550$
17. 8·!2 -!0 . 97 l : 185$ 77.857 :288$
Comparada a apuração de 1920, pela Dir etoria. Geral de Estatísti-
ca, com a de 1931, pelas estac;ões fiscais à o Estado, verifica-se um a u-
mento de 9.002 pr opriedades r urais . O valor dessas propriedades, a pu-
r.ldo pe!~s declarações dos proprios contribuintes, era de 128.831: -173SOOO.
~cud o Rs. 77.857: 288."000 para as terras e 40.974 : 1855000 para as ben-
feitorias .
Do quadi o acima ver.i fica-se q~c ha municípios <;i!l que o \alor
-!l9-

dcdar~do, quer d:!S terras, quer das l>cn[eitorias, não exprime a Ycr-
dadc ela situação das respectiYas propriedades. O de Santa Luzia do
Norte, por exemplo, onde existe a maior usina assuca:'eira do Brasil -
Usina Leão - cujas benfeitorias e maquinismos excedem de :W.OOO
contos, acusa para todas as benfeitorias existentes no município apenas
~67: 500$000. Assim outros.

CREDITO AGRICOLA
Em 1902, o saudoso alagoano, Dr. Afonso de r,lendonça, que foi
llDl dos mais cullos e infatigaveis agricultores do Estado, escreveu:
nPrecarin e desanimadora é a posição tia nossa agriculLura perante os
tres instrumentos de produç;ão: l"rra, trabalho e capital. Se o primeiro
temo-lo de primeira ordem, o segundo G mão, por sistema c por organi-
zação, e o terceiro é deficiente e caro.··
Não avançamos. Continu3mos a c-om a mesma desorganilação <lo
trabalho e a mesma deficiencia e consequente carestia do capital de que
a lavoura carece para a sua movim cni:ação anual .
Os nossos !nslitutos l>ancurios limitam-se ao jo~o de cambi:lis,
descontos c saques á ordem, efetuando operações a cmto praso e juros
pesados de mais pnra a função agrícola. O agTicultor prec-isa de C'apitais
a longos prasos e juros modicos.
Só nos estabelcC'imentos de crl"dito popular e agrkola a l~Youra
encontrará o capit::tl de que necessita pelo preço c pr::tso compaliYcis
com a. indole do seu trabalho e das suas necessidades.
Já se está fazendo alguma roi~a no Estado ncsle ~entido. Pouco
a pouc>o o credito agrícola se vai or?;nr~ü:mdo em e~tal;eJcc:imcntos re-
gionais, ('ntre os quais figuram como p:1.drões de organização e eficien-
te função junto á agricultura o Banco Central de Credi:.o Agrícola de
Alago~s e o Banco ele Yiçosa.
Organizações baneari<ls da mesma natureza já estão funcionan-
do regular c proficuamente nos municípios de São :\liguei dos Campos,
Palmeira dos Indios, São José da Lage, Penedo, Anadia, Sant'Ana do
Tpanema, todos de funcionamento mais recente que o daqueles dois es-
tabelecimentos modelares.
Esses estabelecimentos, em 31 de dezembro de 1931, operavam
com um capital de 2.465: 700$000. ten do efetuado emprestimos, durante
o ano referido. na importancia de 1.757: 527$000.
O que já possuímos é ainda muito pouco em relação ás grandes
e prementes necessidades da lavoura; todavia já representa alguma
coisa como ponto de partida para o que se ha de fazer daqui por diante.
E' de justiça acentuar que para a organização deses estabeleci-
ment!?s de credito popular e agrícola muito conconeu o ex-governador
Alvaro Correia Pais, com o seu entusiasmo e o seu interesse pela solu-
ção dos ~ossos problemas economicos.

r
-100-
I - PRODt;Ç.lO DE PL.-1..."'\T.\S ALOm:\'TICIAS ~O .\ SO AORIC'OL:\ DE 1930-1931
( Produ.;ão por tonelada)

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lJirctorin de E::-tatistkn do Estado.
-101-
D - PRODCÇ.lO DA ('ULTl "R.\ DE PL.\NTAS .'\RBt"STIYdS E .\RBORECENTF..S
NO ASO AGRICOLA DE 1930-1931 ,

:'\lUXICIPlO. ' f'()('Jueiro~ Coqn<>iros / Pr~lm;fio J'Xnnwro dt•l Pr(){l111-i\o


i'ruUficaudol novos Ctlto I caf<'ciros I Tom•lnda
.Agua Brauca . . . . . . . . . . .. ,
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A contn~<>m llC <·O(JU<'iro,: tol feita pt>l:\<; cnlt•loriu~ vc:taduai. para o lanr;ttawnto do
r('~l('f..'ll\"0 lm;IO ·ti> l'lll 1 n:nc o ele- (-:tf.•clro..: f' oi t(';!Íl- trnlln JWlo t(•(·('nl'f•:tm<.'nto f<'ch•ra I
fl C' 10!!0. ...\ JU"Otllll;ilo de C(IC03 OhNi(.>CC (1 m(•dfa de ·lU frutOS por ('OIJUCirO C n dt' <:Ufé. (!
bnscnclu em lutot·ma~-õcs munlcipnis e outros cl<.•ru<.•utos da D iretoria el e E :-:to.tll'ti<.-a •l()
llilado.

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- 102 -
111- PP.ODt.:ÇlO D.\ CULTL'R\ I>E PI...\~1'1\S DiD1:STRLUS ~O .\'SO AGRI('OL~\
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-103-
IV - PRODC('ÃO DE DERH'M>OS D \ CA."' \ DE .\ St:CAR ~O .\~0 :\GRiCOL.'\
DE 1930-1!J:n

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Arnpintt'!.l . . . . . . . . . . . . I - I
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(j. !!fi\ :!1 ~ !l .!lt :t
Cap<>la . • • . . • . • . • • . . .
Corul'ipt• . . . . . . . . . . . . .
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-104-

\' - PRODC(JlO DE DEKn'.\DOS D.\ ~UXDIOC.\. 1'\0 ANO :\GRICOLA DE


1930-HJ31

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m<'ntos cln Dire torlzt de r::.tali~l lc·a tlo E~'lüclo.
Xo F.stndo C'x-istc :t]l('nn~ um C'Stltlv.-lt>Cim<'nto t)rodutor de tnrlnbll pro\'ldo de ma-
qulni ·mos, em Qut'brnn!~Uio: o~ llemals !;ào fnbri<:ns rudime ntares.
- 105-

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-106-
VII- PROOt'('.\0 Of~ \'.-\RL\S CCLTl' R.\S :SO :1:0.:0 .\ GRICOLA DE l!':l0-Hl31

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Por! o RNtl do Coh•Jrio . . . . . . . . . . . . . ..
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Qut•hrangul(l . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . • . :?I-! ~.5ü() ] • 1:.! ' :~so
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( 1) r\ilo ex~lt la em 1920.


-108-

JX - CRIAÇÃO DE .-\\'ES DOl\tESTJ(':\S. SEGUSDO O RECENSEi\)lEl\TO FED.E-


R.\L DE 1920
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21n.1tm

I G. :10

A :tYicnllura, em setembro de 1920, rcprc cutant o v::llor miuimo de Rs. 1.20;) :100$000.

(l) ::\úo existia o mun1cipio de A.rapiruca.



INDUSTR.I A

.. .
Ji':Dl.JSTRI.\ 1'EXT1L

Alagoas não é t:Pl Esbào industrial. A agricuitura sempre ioi a


base da sua prosperidade cc01 omica. sendo a laYoura tia uma de a~su<·ar
a sua Jlrincipal fonte de riqu<.'?:a. 'T'em contudo a h~umas industria~. en-
tre as quais predomina a da fiat;:ão e t(:'cidos de algodão. J!:sta influo na
prosperidade alagoaNt.
A iudustria fabril dos tecidos foi iniciada em Alago·~~ pela Com-
panhia "Gnião ){ercantil, C!t:·t iundou no po,·oado Ferllão \'clho uma pe-
quena fabrica, devendo-se ess inici:uiva•ao B.:rão de Jara~uá. José All-
tonio de ~fendonc:a. Es~n. fabric·a c ata de 1857 e comcc,:on com um capi-
tal muito modesto, ap~nas 130: 000~000. Lego a pó~ á montagem da fa-
brica ficou reconhecida u. insuficie.1cia do c-apital e houve necessidade
. de contrair-se cmprcs,imos C'Omo tn.mhcm de aplicar-se o produto elos
dividendos na aquisl~~o de 1 OYcs m.:quinismos e outras de~pe~as. O go-
verno g0.ra! veio em a't:d!io da ('r ntl•~t1hia. eleY~!lHlu-lilr_• o v.lpital para
300: 000:';000 e m~ Hd~ tHlo que fos~•"m ~müti<l:! s aç:õcs no ·;a!~ :· rlc ..... .
50: 000~000 corresponden 1 \'s :;.os dividctHlo.s <leYittos :I')S a<· ionista~.
A primeira prcrh~ .5o rb fr>bl ic~ data ele l SiiS c c:ogst ou de G.!il l
J)eças <le r~cidos de algm1ão n-!-rS<;o • que rl(·rr. t~1 u' n lnt:ro c1n 15: 5lGSC(•r·.
ou 6 1 ; por ação. O Yalor p~·irnitivo d:! fabri('a era d·~ ~~!J: GGS.-\UUtl, t ~­
In·csl.ul~do per inH'\Ti~. TI!Ll(Jl!itlismc~ <' omro:; h"1ls.
r'm J.!))l, a f:t0lic~ d:1 Companhia l:niã.o ~I,•r•at ti~ tinha ~bda o
seu ca pita I pri::n!tivo, de ~00: 000~000, limitando a sua prot1lu~ão a t~""Í­
dos gros~os. :\'esse a:~o a produçito montou a ~~.17~ p"ç_as, no ,·alar de
358:0:17$000, tendo t:·abn.lha.do C'Otn 145 operarios.
A remodelação ~ ampli~.~ão dr-ss::t fabrica, hoje uma das maio:·es
do Brasil. data de 1906 e deve·se ~o espírito organiz:!dor c ~~.ivo do <.o-
mcndadcr José Ant01 io T e:xeira :\!achado. que cncculrou em f:eus filhos •
seguidores inteligentes da sua grande olJra iudustrid 1.
Em lSSS foi constituída a Companhia Ala~oana de Fia!.:ão e Te-
cidos, com um capital de 300: OOOSt OJ. elevado a 1.500: 000$000. em 1901.
Essa. emi~reza montou no log:1r denominado Cachoeira, no llHmicipio de
Santa Luzia do Norte, i ::nar?""cru do rio ~lundaú, uma fabrica de gran-
des propor~ões, iniciando seus trab:.tl11o:z com 21j0 tca1c;; c maquiPiSL1.. . ,
necessarios á fiação, tecelagem e acabamento da produção, Lendo cons-
truido uma grande vila operaria.
Em 1901 o valor das vendas realizadas pe1a fab!'ica fo i de ... . . .
1.140: GOS$000, verificando-se um lucro de 37·1 : GG0$000. A fabrica nesse
ano trabcJhou com GOO opcrarios. E' atuahnentc uma das maiores em-
p rezas fabr is do paiz.
Por iniciativa. do romenclador .To::;~s Antonio Teixeira Basto foi
constituída em 1892 a ('om!Janbia I>rogrc!'so ~Hn~ounn, com o eaph::tl
d e 650: 000$000, logo depois elevado para 850: 000:000. Ess:t cmpr~4a
insta!ou no lugar denon1inado Rio Largo, á margem da estrada de ferro
e proximidade dn. Cachoeira, uma excelente fabrica, com 120 teares e
maquinismos completos e aperfeiçoados para fiação. tinturaria e acaba-
mento, além de uma se~ão de ponto de malha.
-112-

Em1901 sua produção foi vendida por 1.174: 581S870, tendo ficado
um -;tock no valor de mais de 160 contos. O lucro deste ano foi de
~74 : 660$000.
No mesmo ano foi organizada a ('omJ..!anllia Pilaren e de Fin<:ão e
'J'rddos que inaugurou os seus trabalhos no ano seguinte, tendo mon-
tado uma grnn<le fabrica na cidade do Pilar, á margem da lagoa :\Ian-
~naba. Seu capital inicial foi de 400: OOOSOOO e o seu fim o fabrico de te-
cidos brancos e de cores.
O surto da industria textil no Estado ainda se acentuou nessa
-época com a fundação da ComJlilnh in Imlustrinl l)enedense, com o ca-
pital de 500 :000$000, logo ele\ado para 700: OOOSOOO. Essa companhia
fundou. á mar?:Pm do São Francisc:o, na cidade de Penedo, uma fabrbica
ap~rclhada dos mais modernos maquinismos.
Em 1901 existiam no Estado 5 fabricas de tecidos. r epresentan-
do um \·alor ele LS62: 2:28$000, em predios. maquinismos e outros bens,
sendo o <:apital de acionistas 3.550:000$000. Os predios e maquinismos
}>ropriamente ditos cstaYam aNaliados c;n 4.305: 947SOOO. O valor das
vend· s fõra. de 3.547: 4·1l$434 c o dos lucros ele 1.105: 597$8-'16. Essas 5
fabricas davam trabalho a 1.8GO operélr!os, adQuirira 20.229 fardos de
mntNia prima. da cnal consumira 18.10(}. O valor da materia prima
montara a 1.~31: 254$114- c o dos salarios <' mão de obra a 606:3165682 . .
Em 1911 os industriais João Antonio Loureiro e Manoel Teixeira
Ouimarães montaram ua capita.l uma fabrica para exploração da in-
dustria de linhas em no,·elos. sob a denomina\ãO de fabrica .\lcxundria
e a ra::r.ão social de Loureiro & Guimarães. Essa firma manteYe-se até
Hn:l. quando os comerciantes Luiz Zagalo Rodrigues Cardoso c Joa-
rrnim C'orclciro 7:~-:rnlo <'omnraram a fabrka, C'JUC abandonou a fabrica-
f·ão dC' linhas. sendo o estabelecimento adaptado i industria de tecidos.
Em 1!120 a fabrica passou á firma :vr. Loho & Cia .. sociedade em coman-
dita por ações, com o capital de 1.000: 000~000, fazendo aquisição de no-
vos maquinismos e ampliando extraordinariamente a sua capacidade
de produção.
Outras emprezas destinadas á explorac:ão da industria de fiação
e tecidos foram montadas dePois, duas em São ::\Iiguel dos Campos e uma
na capital.
• A' iniciat iva de Delmiro Gouveia ficou devendo Alagoas a orga-
nização da Companltia .\.~ro }'abril, qu e fundou, em pleno sertão, nas
proximidades da cachoeira Paulo Afonso, no lugar denominado Pedra,
no município de Agua Branca, uma grande fabrica de linhas em carritel
e fios diYersos, movida por energia hidro-eletrica captada daquela ca-
choeira.
Pela admiravel organização do trabalho nesse centro fabril e vas-
tidão do plano industrial que Delmiro Gouveia se propunha realizar no
sertão alagoano, ampliando a capacidade produtiva da fabrica, creando
um grande estabelecimento de tecelagem, intensificando a cultura do
algodoeiro, fazendo a irrigação da zona adusta com a aguado São Fran-
cisco e desenvolvendo o aproveitamento do potencial hidraulico da ca-
choeira, a Companhia Agro Fabril representava um fator poderoso de
civilização.
Emquanto viveu o benemerito brasileiro, a sua enlPreza andou
prospera, triunfando de todas as concorr encias e vencendo todos os
obst.aculos. A morte tragica do grande industrial, colhido em plena ati-
vidade de seu genio crcador pelo bacamarte de profissionais do crime.
abalou profundamente a empreza, que, por fim, passou a outros proprle-
tarios e obedeceu a orientação di\ersa.
-113-
lia dois anos a fabrica da Pedra encerrou a fabricação de linhas
em carritel, ,·encida pela ][achine Cotton, ante a pressão de crise for-
midavel, limitando-se á produção de fios diversos. Os maquinismos da
fabricação de linhas foram então destruidos ...
Os inqueritos federais de 1907, 1912 e 1920, relativamente á in-
dostria de fiação e tecelagem no Brasil, acusaram, em Alagoas, os re-
sultados seguintes:

Anos Num. de fabricas Capital

1907 5 5.489:887$000
19J2 6 8.450:000$000
1920 10 15.293:870$000

A diferença entre o capita! empregado na industria em 1907 e


1912 era de 53,9 %. e entre 1913 e 1920 de 81,0 '1;,.
Em 1931 o capital invertido na industria fabril de tec·idos e f!a-
-ção, no Estado, é de 57.633:832$240, ou um aumento de 37~.5 '; em re-
~.ão a 1920. Esse capital está assim distribuído:

Fabrica Cachoeira . . . . . . . . . . . . . .. 13. s1n: 4!) ~ ~~~to


Fabrica União :\1ercantil . . . . . . . . . . . 1~.000:00(1$1)00
Fabrica Agro Fabril . . . . . . . . . . . . . .. 8.113:~87SO:?O
Fabrica .-\.lexandria . . . . . . . . . . . . . .. 5.2 7:1!'!)~()30
Fabrica Norte Alagoas . . . . . . . . . . . . . 5.141:!>75~9~0
Fabrica Progres~o Ala~oano ... 3. 81 j : 4:..! :1~:-i~f)
F'abrica Industrial Pencclensc . . . . . . . .. ~.!H<\: 0 1 )c . ~uon
Fabrica São )li~uel . . . . . . . . . . . . . .. :! . 500:000$000
Fabrica Pilarense . . . . . . . . . . . . . . . :!.13:!:537$630
Fabrica Vera Cru?. . . . . . . . . . . . . . . . . 1.850:000SOOO
Total ........ . 57.633:832$240

Essas fabricas, em 31 de dezembro de 1931, trabalha ,·am com


3.116 teares e 5.978 operarios.
A produção de tecidos, crús, alYcjados e tintos, foi a que se segue :

União Mercantil . . . . . . . s. 001.14-! 7.754:979~00 0


Cachoeira . . . . . . . . 7.605.991 8.378:311~000
São Miguel . . . . . . . . . . . . 4.438.825 2.500:000$000
Penedense ... ... . . . . . . 3.514.122 3.427:657$000
Alexandria . . . . . . . . . .. 2.612.210 3.405:808$000
Norte de Alagoas . . . . . . . 2.760.456 2.001:347$000
Progresso . . . . . . . . . . . . 2.316.914 2.303:525SOOO
Pilarense ...... ...... . 2.003.966 2.151:090SOOO
Vera Cruz . . . . . . . . . . . . 1. 050.384 7~0:000$000

Total . . . . . . . .. 34 .304.012 32.652:7178000


As fabricas Cachoeira e Alexandria produsiram mais 641.709 toa-
lbas para banho e rosto, e a Progresso 59.316 camisas de malhas, tendo
havido ainda uma produção de 23.100 lenços.
A produção de fios diYersos, da iabrica Agro Fabril representou
uma valor de 1.252: 892$000.
Os tecidos das fabricas ala ~oanas - brins, braml.!1tes, mortns,
-114-

crelones, algodões diversos- têm larga aceitação em todos os Estados_


Nos ultimes 10 anos registrou-se a seguinte exportação:

Anos Toneladas Valor oficial


1922 .. 1.498 3 .099:895$000
1923 1.758 7.392:787$000
192-1 3.443 7.855:689$000
1925 2.757 6. 568:555$000
J926 1.932 4.568:053$000
1927 2.242 5.817: 106$000
1928 2.096 7.197:329$000
1929 .. 2.041 4.812:231$000
1930 2.073 3.959 :739$000
1931 .. 1 .532 2.209 :489$000
---
Total .. . . . . . . . 21.372 53.480:873$000
A fabrica de linhas da Companhia Agro Fabril. que era a unka
deste genero independente do tru t americano dirigido pela Mnchine
{'otton, acabou, como ficou dito. subordinando-se á poderosa organiza-
ç·ão industrial e p aralizaudo a fabricação de linhas em carritel.
No ullimo quinquenio a exportação de linhas dessa fabrica foi a
seguinte :
Anos Quilos Valor oiicial
19:H 114.321 332:049$000
1928 145.406 423:157$000
19~9 176.950 498:286$000
1930 .. 60.092 149:947$000
1931 .. 130 390$000
A consequencia dessa subord inação expressa-se eloquentemente
na diminuição da quantidade exportada, em 1931, apenas 130 quilos.
Ainda. se faz senlir na importação do produto, cujas compras passaram
a ser feitas, em alta escala, da produção estrangeir a. As cifras da im-
portação no ult imo qui nquenio são bastantes significativas:
Anos Valor
1927 73:083SOOO
1928 62:541$000
1929 167:552$000
1930 134:064$000
1931 978:397$000
A diferença acusada na importação, entre 1930 e 1931, é enorme..
Passamos, assim, a depender, nessa industria que Delmiro Gouveia dei-
xara solidamente organizada, da produção estrangeira.
Outras industrias textis, aproveitando diversas fibras, especial-
mente o coroá, se praticam no Estado, mas em escala que não lhe dão
vulto nos quadros da nossa produção industrial.
INDUSTRIA DE COUROS, DE PELES E DE OUTRAS MATERIAS"
DURAS DO REINO ANIMAL
I
A industria de couros e peles exercita-se no Estado de dois modos:-
um consiste na extração de couros e peles, que constitue importante co-
-115-
mercio na zona criadora, o outro no beneficiamento desses produtos ani-
mais, havendo para isso, em diversos municípios, cortumes rudimenta-
res, contando-se dois dotados de modernos maquinismos, representando
esse aparelhamento mecanico e demais accessorios um capital de ..... .
1.500: 000 000.
Essas duas fabricas estão situadas nos municípios de Viçosa e
Piranhas, o primeiro preparado para a fabricação de solas de diYersos ti-
pos, raspas, vaquctas pretas e de cores, couros envernisados, quadras
para tamancos, com uma' capacidade média de produção de 25.000 cou-
ros por ano, e a segunda, de menor proporção, aparelhada para a fabri-
cação de solas la minadas de superior qualidade.
A estimativa da produção de couros e peles, no ultimo trienio, é
a seguinte:
Couro~ Peics
Anos Quilos Valor Quilos Valor

1929 4.f2.-t97 1.09S:17íS 204.369 65G: 021


1930 323.225 559:17 s 712.778 1.140:-!44$
1931 294.217 590:656$ 303.871 1.224:600$
Dessa produçãoã verificou-se, em igual pcriodo, a exportaçio se-
guinte:
{'ouros 1~ C' Ie~

Anos Quilos Valor Quilos Valor

1929 340.383 8-!5:012$ 157.207 504:998$


1930 248.635 413:046$ 548.291 879:802$
1.931 226.363 449:640~ 23;>. 747 943:912$

Existem no Estado 47 fabricas de artefatos tle couros, todas clas-


sificadas como de pequena capacidade, assim localizadas:

9 em Maceió
5 em Penedo
3 em São José da Lage
3 em Camaragi be
3 em União
3 em Palmeira dos Indios
2 em Anadia
2 em Viçosa
2 em Porto Real do Colegio
2 em l\Iata Grande
2 em Porto Calvo
2 em Pilar
2 em Coruripe
1 em Piassabussú
1 em Muricí
.. 1
1
em
em
Atalaia
Santa Luzia do Norte
1 em Quebrangulo
1 em Capela
1 em São ::\iigucl dos Campos
-116-

f/ No ultimo ano esses estabelecimentos produsiram


3 .232 malas
u carteiras
9 .450 cintos
~2G chicotes
123 cabeças
11~ selas
O Yalor da produção, em 1931, póde ser calculado francamente ·
em 3.000: 000$000 para couros, peles e artefatos.
L~D"GSTRL\. DE l\IADEIRAS
Existem no Estado algumas serrarias a vapor, que aparelham
madeiras para Yarios misteres, sendo, porém, mais usada a serragem de
tóros, nas proprias mat2.s, por procc~so manual.
A madeira aparelhada mais comum, em taboas, ripas, vigas, pran-
ch,~1es, etc., destina-se ás coustruc;ões ciYis, ao trabalho de carpintaria, á
utilização na marcenaria, no proprio Estado, sendo sem peso na econo-
mia interna a exportaç5.o das nosfas essencias dcYidamcnte aparelhadas_
As matas c capoeiras grossas alagoanas, de·r astadas dia a dia,
além df' dormentes para estradas de ferro e de madeiras para aqueles
misteres. fornecem c-ombustiYcl ás fabricas, usinas, engenhos, estradas
de ferro, padarias, refinarias, etc .. huxendo enorme consumo de madei-
ras para esse fim . consumo que moYimcnla anualmente ntltoso capital
e (·oncO J'i'C para o empobrecimento da nossa riqueza florestal e scusivel
mod!firac:ão no nosso regimcn rlimatico.
Segundo informaçõe::; coihidas de algumas usinas e fabricas pela
Diretoria de Estatístic-a do Estado, o consumo de lenha póde ser avaliado
em 250.000 metros cu bicos anualmente no valor de 2.500 : 000$000 . .Jun-
tando-se a essa produção a de madeira aparelhada para diversos fins.
teremos para as diferentes induslrias de madeira no Estado uma produ-
ção anual, aproximada, no valor de 3.500:000$000.
1:-\DliSTn.JA lllETALliH.GICA
Em 1920 existiam no Estado 3 estabelecimen tos destinados á in-
rlustria metalurgica, com um capital de 300: 000$000. Todas as usina1t'
e fabricas importantes fazem a fundição e laminação do ferro, ha, po-
rém, diversos estabelecimentos especialistas da pequena metalurgia, dos
quais 5 na capital, que, além da fundição e laminação, fazem obras di-
versas. como sejam : cofres, bombas hidraulicas, engenhos, alambiques.
caixas da.gua, grades e qualquer peça accessoria, existindo tambem uma
pequena fabrica de pregos de arame .
O capital empregado nessa industria é, atualmente, de 1.000: 000~
sendo a sua produção estimada em 800: 000$000.
CER.l\MICA

A ceramica, em 1920, contava no Estado 36 estabelecimentos_


Tem haYido certo incremento nessa industria, quanto ao numero de es-
tabelecimentos e o montante do capital neles empregado. Não podemos.
registrar, porém, cifras exatas.
Os estabelecimentos existentes são ainda de aparelhamento in-
completo adotando a maioria processos antiquarios de fabrica~ão.
-117-

~ão ha no Estado a fabricação de vidros e louças comuns. Uma


fabrica de vidros que roi montada na capital e chegou a funcionar por
algum tempo, teve vida efemera. Apenas a fabricação de mosaicos é fei-
ta com pertei\â.O, em estabelecimento existente na capital.
Em grande escala fabricam-se obras de barro, nos municipios de
Maceió, Santa Luzia do :-.lorte, Penedo e outros, sendo grande a produ-
ç.ão de moringues, tall1as com filtros, vasos para di\crsos misteres, al-
guidares, panelas, potes, utensilios domesticas, aparelhos sanitarios, ca-
nos d~ manilha, ladrilho•, tijolos, telhas e varios produtos de cimento
armado, sendo muito apreciadas as variedades de marmorite que se fa-
zem no Estado.
Essa industria dá trabalho a grande numero de operarias e a sua
produção anual pó de ser avaliada em 2.000: 000$000.

PRODUTOS QUI~UCOS PROPRIA:\lE:-\TE DITOS E PRODUTOS


Ai\ALOGOS

De produtos químicos, propriamente ditos, não ha fabricação no


Estado; existe, porém, a industria de produtos analogos, como especia-
lidades farmaceuticas, perfumaria, sabão comum e sabonete, explosivos,
velas de cera e estcariana, olcos vegetais, etc.
De especialidades farmaceuticas estavam regic;tradas no E~bdo,
em 1930 dez estabelecimentos, considerados pequenos pelas coietorias
feder4is, sendo 7 em 1\Iaceió, 1 em Alagoas e 2 em Pão de Assucar. Esses
estabelecimentos fabricaram 3.470 duzias de produtos diversos no valor
de 104: 000$000 .
Em 1931, o numero caiu para 6, todos locali·'êdos na capital, ten-
do igualmente caído a produção para 2.448 duzias no Yalor de 7::$: 440$000.
Estabelecimentos destinados á fabi·icação de perfumaria exis-
tiam, em 1930.8, todos localisados na capital, se!ldo um de grande pro-
porção c os demais de pequeua capacidade. A produção !oi de 20.530 dn-
zias de produtos diYersos. Em 1931 abriram-se em Penedo 2 estabele-
cimentos e mais 2 na capital, todos considerados pequenos, ficando ele-
vado a 12 o numero dessas pequenas fabricas. A produção subiu a 37.479
duzias no valor de 200: 000$000.
A fabricação de sabão comum é feita. na capital em 4 fabricas bem
montadas, as quais ti\·eram uma produção de 1.346.644 quilos, no valor
de 1.699 : 045$310.
A fabricação de oleos vegetais que mais avulta nesse ramo in-
dustrial é a do caroço de algodão, havendo uma fabrica na capital per-
feitamente aparelhada, que teve uma produção de 595.953 quilos no va-
lor de 207: 279$000 .
Existem fabricas de velas de cera e prepara-se o oleo de côco e.
mamona em escala bastante animadora.
O valor dessa industria pôde ser avaliado em 2.600:000$000.

INDUSTRIA DA ALI:\iENTAÇÃO

Nesse ramo industrial faz-se no Estado o beneficiamento do arroz


e do milho e a sua transformação em fubãs; fabrica-se a farinha e a
goma de mandioca, de que já. nos ocupamos noutro capitulo; fazem-se
massas alimentícias diversas com o aproveitamenfto. das varias mate-
rias primas locais e da farinha de trigo, balas e confeitos, conservas de
peixes e sururús, carne de sol de gado vacum e suino com largo consume;.
~o Estado e sucedaneo de primeira ordem do xarque, banha de porco,
-118-

toucin ho, queijos, vinagres, ~inhos e licores de frutas regionais, xaro-


pes c gasosas diversas, torrefação e moagem do café e refinação do as-
sucar, etc.
O beneficiamento do arroz é feito em 9 estabelecimentos: 1 na
capital, 5 eru Penedo, 2 em Porto Real do Colegio e 1 em Pão de Assucar.
São em numero de 43 os estabelecimentos de torrefação e moa-
gem do café e refinação de assucar, ocupando-se alguns deles da fabri-
cação de fubás de mi1ho e arroz. Esses estabelecimentos estão assim dis-
tribuídos pelos municipios:

16 em :\Iacció
7 em Penedo
5 em Yiçosa
4 em Santa Luzia do ~ortc
•1 C lU São ~liguei dos Campos
2 em Pi lar
•)
~ em Palmeira dos Indios
1 em Alagoas
1 em :\luricí
1 ('In Pão de Assucar

A produc,:ão desses estabelecimentos, em 1931, foi, aproximada-


mente:

Café 462.000 quilos 1.524:000$000


Assucar . . . . . . . . . . 5.600.000 ,. 3.360:000$000
Fubás . . . . . . . . . . . 632.000 316:000SOOO
6.694.000 " 5.200:000$000
Estão arrolados no Estado para o efeito do pagamento do im}JOS-
to federal de consumo, 16 pequenas fabricas de queijo, situadas: 3 em
São José da Lage, 1 em 1\Iaragogi, 2 em Quebrangulo, 1 em 1\luricí, 7 em
Pão de Assucar, 1 em t;nião e 1 em 'i\Iaceió. A produção foi de 8. 684
quilos.
Classificadas como pequenas fabricas contam-se 3 estabelecimen-
tos de~tinados i fabricação de consen·as diversas, todas. na capital, ten-
do fechado, em fins do ano passado, uma. O exagero dos impostos ani-
quila todas essas pequenas industrias. A prova está na produção de con-
servas:

Em 1930 . . . . . 12. 836 quilos


Em 1931 ..... . 7.310 "

l\1enos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 6.526 "


Existem 79 fabricas de vinagre, todas de peq uena capacidade.
assim localizadas: 26 em Maceió, 5 em Penedo, 4 em São José da Lage.
4 em Atalaia, 4 em :\!urici, 4 em linião, 4 em Palmeira dos Ind.ios, 3 em
Capela, 3 em São Miguel dos Campos, 3 em Quebrangulo, 3 em Pão de
Assucar, 3 em Viço,sa, 2 em Santa Luzia do Norte, 2 em Pilar, 2 em Porto
Real do Colegio, 2 em São Luiz do Quitunde, 1 em Alagoas, 1 em Pias-
sabussú, 1 em Traipú, 1 em Agua Branca, 1 em Limoeiro.
Essas pequenas fabricas produsiram 913.688 litros, no valor de
.
275: 000$000 .
-119-

Contam-se no Eslado 10 salinas: 1 em Maragogí, 6 em Alagoas


e 3 em Coruripe, as quais, em 1931. produsiram 582.000 quilos de sal.
Com um grande litoral, Alagoas podia dar um grande desenvolvi-
mento á industria do sal, produsindo pelo menos para o consumo inter-
no. Em 1931 entraram em Alagoas, de diversas procedencias, 2.876.480
quilos, tendo sido vendidos 2.665.900 quilos.
Os estabelecimentos de bebidas são em numero de 249, inclusive
os grandes produtores de alcool e aguardente. Esses estabelecimentos
estão assim localizados e classificados:
LOC' .\T,IZ.\Ç4\0 Gruntlt'S ~Ié!lios P C(JUCIIOS Total

Alagoas . . . . . . . . . . . . ... . . . . . 2 2
Ana dia ... . . . 5 5
Atalaia ... . . . . . . . . . 2 20 22
Camaragibe . .. . . . . . . 2 12 14
Capela . . 4 •• .. . ...
• 2 24 26
Coruripe . . . ... . .. . . . . . . . . . . . 1 8 9
Limoeiro . . . ... . . . . .. . . . . . . 2 2
1\Iaceió . . . . . . . . . ... . . . . .. . . . 38 38
l\Iaragogí ... . . . . . . . . . . . . . . . 9 9
Mata Granue ... . . . . . . . . . . . . . . 1 1
Muricí ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 11 13
Penedo ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 7 8
Pilar ... . .. . . . . . . . . . . .. . . 2 5 7
Piassabussú ... 2 2
Pão de Assucar . . . ... 1 1
Porto Calvo ... . . . . . . 12 12
Palmeira dos Indios ... 1 1
Porto Real do Colegio .. . . . . . . . 4 4
Quebrangulo .. . . . . . . . . .. . .. . . 4 4
Santa Luzia do Norte ... . . . . . . . 1 1 7 9
São José da Lage ... . . . . . . ... . 1 3 4
São Miguel dos Campos ... . . . . . . 1 12 13
Sant'Ana do Ipanema ... . . . . . . 2 2
São Luiz do Quitunde ... . . . . . . . . 2 4 6
Traipú . . . ... . .. . . . . .. . . . 2 2
União . . ... .. .... 1 9 10
Viçosa . . . . . .... 23 23

Total ... 11 16 222 249

Excluído o alcool e a aguardente, a produção em 1931 foi a que


se segue: ..
16.079 litros de vinhos de frutas - Nectar
52.766 " de vinhas naturais sem alcool
20. 249 " de refrescos gasosos
124 de genebra
462 " de cognac
A produção geral da industria da alimentação póde ser calculada
em 5.500: 000$000.
INDUSTRIA DO MOBILIARIO '
Existem no Dstado 72 estabelecimentos destinados á fabricação-
-120-

de moveis de madeira, vime e ferro, colchões, travesseiros e alcochoa-


dos, etc.
Esses estabelecimentos estão assim distribuídos:

18 em Maceió ..
7 em Peneào
7 em Coruripe
G em São :i\Iiguel dos Campos
6 em Anadia
6 em Un ião
5 em Santa Luzia do Norte
3 em Yiçosa
2 em Siio .José da Lage
2 em Pilar
"- em Porto Real do Colegio
( )

2 em Pão de Assucar
1 em Capela
1 em Quebrangulo
1 em Atalaia
1 em l\Iuricí
1 em ralmeira dos Indios
1 em São Luiz do Quitunde
A produção desses estableccimentos foi de 5.706 peças no valor
de 663:310$000.
IXDUSTRIA DO VESTUARIO

E!'sa industria compreende chapeos de diversas especies, roupas


de qualquer natureza, coletes para senhoras, cintas, carteiras, polainas~
bolsas, calçados, gravatas, flores artificiais, luvas, chapeos de sol e ben-
gala, capas de borr~cha, lenços, pentes, botões, etc .
Desse ramo industrial existem no Estado diversos estabeleci-
mentos. São em numero de 166 os de calcados, assim distribuidos, rela-
tivamente á produção: 1 de grande capacidade, 7 de capacidade média
e 158 de pequena capacidade.
A localização é a seguinte:
LO(' .\ LIZ.AC: .~0 Gr.~ndc )f{'{}i(l Pequena TotAl

Atalaia . . . . . . ... . .. . . . 2 2
Alagoas . . . . . . . . . . .. . . . .. 2 2
Ana dia . . . ... . . .. . . . . . . . .. 8 8
Agua Branca . . . . . . . . . . . . ... . . 15 15
Camaragibe . . . . . . . . . . . .... . .. 1 1
Coruripe . . . . . . ... . . . . . . . . . . .. 2 2
Limoeiro . . . . . . . . . . .. . . . ... . . 3 3
Maceió . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. 1 6 23 30
Maragogí . . . . . . ... . .. . .. . . . . 1 1
Mata Grande . . . . . . . . . . . . . . . .. 11 11
1\1uricí . . . . . . . . . . .. . .. . .. . .. 4 4
Penedo . . . . . . . . . ... . . . . .. . . 1 9 10
Pilar . . . . . . . .. . . . . . . . .. ... . 4 4
Palmeira dos Indios ... . . . . . . . . 10 10
Piassabussú . . . ... . . . . . . . .. . .. 3 3
. -121-
~
T..O(.'.\l.JZ.\(; AO G rUIUll' llNli:l Pl'<Jtll·na 'l'ut al

Porto Calvo ... . . . . . . . . . . . . . .. 2 2


Porlo Real do Colegio ... . . . . . . 2 2
Pão de Assucar ... . . . .. . . . . . . . . .. . 7 7
Quebrangulo ... . . . ... . .. . . . . . 10 10
São José da Lage .. . . . . . . . . . . 3 3
Santa Luzia do Norte ... . . . . . . 2 2
São Miguel dcs Campos . . . . .. . .. 11 J1
Sant'Ana do Ipanema . . . ... . .. 7 7
São Luiz do Quitunde ... . . . . .. - 2 2
1."raipú . . . . . . . . . . .. . . . ... . . . 1 1
União . . . . . . . .. . .. . . . . .. . . . 3 3
Viçosa . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . 10 lO
Total . . . . ... . .. . . . . .. 1 7 J5 166

A produção desses estauclec:imentos foi a seguinte nos· dois ui ti-


mos anos:
1930 78 . 686 pares no valor de 1.260:000$000
1931 76 . 832 ~ » 1 . 050:000 000
Fabricam--se no Esta do chapcos para senhoras e para homens,
gorros c bonés para crianças e chapeos de sol e sombrinhas de di\·ersos
tipos . Essa industria exercita-se em 10 estabelecimentos, dos quais 9 na
capital e 1 na cidade de Pilar, tendo fechado em 1!330 um em 1\Iaceió e
outro em Penedo. Em 1931 esses estabelecimentos produsiram:
~. 688 cbapeos de ~oi e sombrinhas
540 chapeos para senhoras
105 gorros e bonés
O valor dessa produção foi 250: 000$000. Ha ainda em grande es-
cala a fabricação de chapeos de palha de ouricuri e similares, fabricação
inteiramente domestica, exercida pelas classes pobres do interior e pelos
presos da penitenciaria da capital.
Os diversos artefatos de tecidos fazem-se em 25 estabelecimen-
tos, dos quais 2 de grande capacidade, 1 de capacidade média e 22 de
pequena capacidade. ,
Esses estabelecimentos produsiram nos dois ultimos anos:
Produtos 1930 1931

To~lhas de banho (unidade) 292. 782 378.342


Toalhas de rosto 267.102 339.053
Lenços diversos ," 577.134 ..,
508.597
Guardanapos ," 2.246 6 .901
Lençóes 636
Camisas " 1.065 737
Cuécas " 1.606 1 .107
Echarpes ", 36
Pijames , 109 220
Gravatas 2.782 2 . 278
Paninhos ,.. , 501
Colarinhos
-.... -

-- ....: 276
'--122-

A produç.ã.o em 1931 teve um valor de 1.642:000$000 . _


A industria de vestuario teve no ultimo ano uma produçao no
valor seguinte:

Calçados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1.050:000$000
Chapeos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250:000$000
Artefatos de tecidos . . . . . . . .. 1.642:000$000
Diversos . . . . . . . . ·. . . . . . . . . 200:000$000

Total 3.142:000$000

INDuSTRIA DA EDIFIC'AÇÃO

Fabrica-se no Estado a cal de mariRco {' de pedras, ornatos de ci-


mento c de gesso, pedras para lavatorios, mesas, balcões, escadas, ban-
cos para jardins em cimento armado. A Diretoria de Estatistica do Es-,
tado avalia essa produ~ão, em 1931, em 500: OOOSOOO.

INDUSTRIA DO TRA..'\SPORTE

, Compreende essa ramo industrial a construção de aparelhos de


tr~nsporte de qualquer natureza, como sejam: carros. can·oç:as, vagões
c veículos terrestres de qualquer t'specie; arreios c attigos de selaria;
construção de barcos,etc. ~ão é t:,'l·ande o movimento anual, no Estado,
dessa induslria; ma,s a sua produção, segundo indagações procedjdas
pela Diretoria de Estatística, não deve ter sido infe1ior a 200: 000$000.

I~'1lt:STRL\ DE TRANS)IISSAO DE FORÇA FISICA

A fabricação do gelo faz-se atualmente arenas na capital, onde .


cxistcm quatro fabricas, qne vão suprindo as necessidades do consumo
<' tiveram, em 1931, a seguinte p1·odução:

Fabrica Santa Laura . . . . 182.500 quilos 36: 500$~11)


., Chalita . . . . . . . .
105.000 " 21":000$000
, 18.000
Santa :\1adalena ... . IJ 2:700. 000
Frigorifico do l\Iatadouro .. 140.000 " 21;900 000

Total ............ 445.500


.,
82:100$000

JNDCSTRIA RELATIVA ÁS CIE~CIAS, LETRAS E ARTES E INDUS-


TRIA DE LUXO

Essa industria, que compreende larga sub-divisão, é ainda, no


Estado, exercida em proporções modestas, tendo somente algum desen-
volvimento a que diz respeito a artigos de papelaria e objetos escolares.
A ~ua produção foi estimada em 150: 000$000.

INDUSTRIA DA PESCA

Não existe 110 Estado, como não existe no Brasiil, devidamente


organizada, a industria da pesca. O Atlantico, em tod~ a extensa costa
alagoana, as nossas grandes lagoas e o São Fraucisco, de sua foz á vila
de Piranhas, num desenvolvimento de 310 quilometros, são viveiros
~
-123-
incsgotaveis de uma imensa riqueza itiologica. Entretanto essa copio-
~a opulencia com que a natureza, prodigamente, dotou o Estado, não
constitue uma fonte de riqueza industrial, inteligentemente aproveita-
da nas suas diferentes modalidades.
A pesca é feita ainda pelos processos mais rudimentares e. por
isso mesmo, mais coudenavcis, porque atenta contra o desenvolvimento
~ !l. propria consen•ação das numerosas familias itiologicas existentes.
Com a creação das colonias de pescadores a situação em que se
encontrava a pesca, no Estado, melhorou um. pouco; mas persiste a in-
observancia das exigencias da Capitania dos Portos, postergadas antes
}>ela i~norancia popular que pelas imposições da ambição.
Pratica-se a pesca por meio de rêdes, anzóis, currais, tarrafas e
'OUtros processos, apanhando-se e aproveitando-se o peixe miudo, c o
graudo, em sua fase de procreação, para a Yenda d~s ovas.
Ao lado da abundancia de peLxes, os mais saborosos e das mais
Tariaclas especies, a população das margens das lagoas, do Atlantico c
dos cursos fluviais, exploram em larga escala, para alimento proprio
<l mercancia, a apanha do carangueijos, camarões, snrurús e uma grande
variedade de crustaceos e moluscos, dos quais se f:lz vasto consumo in-
·terno.
E' uma induslria paralela á da pesca, exercida por quasi toda a
população ribeirinha.
A Diretoria de Estatística do Estado calcula que essa industTi!l.
tenha dado, em 1931, uma produção no valor de 1.500: 000$000.
A industria da pesca seria uma das mais lucrati·,ras. entre nós, ~e
lhe dessem uma organizac:ão racional e os capitalistas se lembrassem
de nela empregar o capital necessario a essa organização. E porq nc
ainda ninguem no Brasil se lembrou da pesca como uma industria, esta-
mos, apezar de toda a nossa riqueza itiologica, na dependencia da Euro-
]>a, importando em larga escala o bacalháu. Em 1931, sairam do Estado
mais de 4.000 contos para pagamento de mais 1.600 toneladas desse ar-
tigo, que encontra no l)irarncú um sucedaneo de primeira qualidade, e
.:}ue nós o dispensaríamos se tivessemos organizada a industria da pesca.

RECAPIT"CLA.ÇÃO

O valor total da produção industrial do Estado, em 1931, fica as-


sim discriminado:

Industria textn . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33.906:000$000


Industria de couros e peles ... 3.000:000$000
Industrla de madeiras . . . 3.600:000$000
Industria metalurgica . . . . .. 800:000$000
Industria ceramica . . . . . . . .. 2.000:000$000
Indt.\"itria da- alimentação . . . . . . . . . . . . . . 6.600:000$000
lndustria do mobiliario . . . . . . . . . . . . . .. 663:310$000
Industria do vestuario . . . . . . . . . . . . . . . . 3.142:000$000
Industria da edificação . . . . . . . . . . . . . .. 500:000$000
Industria do transporte . ·>· . . . . . . . . . . .. 200:000$000
Industria de transmissão de fm•ças fisicas .. 82:100$000 ..
Industria relati\a ás ciencias, . letras e artes. 150:000$000
Industria da pesca . . . . . . . . . 1.500:000$000
Industria de produtos quimicos . . . . . . . .. 2.600:000$000

Total ... 58.542:410$000


\

COJ\1"ERCIO

,.


..

I~TERCA:\IBlO COMIDRCIAL

Anteriormente a l 857 não conhecemos estatísticas que documen-


tem a importancia comercial do Estado, em r elação aos valores das suas
operações com o estrangeiro e mesmo com outras pra~.as nacionais.
Apezar do estabelecimento das repartições aduaneiras e fiscais
consequentes da autonomia adn1il1istrativa e politica da antiga comarca,
o nosso comercio. por muitos anos, continuou dependente das praças de
São Sâh·ador e Recife, que foram decadas ad iante, o centro de abaste-
cimento da Província, por 1\Iaceió, e portos secundarias, servidos fre-
quentemente por veleiros de pequena cabotagem.
A vassalagem em que viveu Alagoas por mais de 300 anos não
podia deixar de, comercialmente, crear raizes profundas e tenazes. Essa
depend,encia não se rompia assim, de chofre. pela simples pubHcação do
decreto de autonomia administrativa. A libertação teria de operar-se
vagarosamente, sob a ação persistente de elemen tos c·omcrciais mais
esclarecidos, agindo concientemenle no sentido d3. emnncipa~5.o comer-
cial.
As estatisticas mais remotas que conhecemos, a começar daquele
ano, 1·elativamente ao volume da exportação e importação pelo nosso
principal escoadouro marítimo. vão, pouco a pouco, tra<;amlo indicas se-
guros de independe:tcül mercantil .
Em 1857 as nossas relaç-õ'es comerciais já se não limita,am á.
Baía e Pernambuco; tr2nsigiamos diretamente com as principais pra-
çàs nacionais, v. .endendo-lbes a nossa produç5.o e compramdoo que care-
cíamos ao consumo interno. Ao porto de Jaraguá afluíam navfos áe va-
rias procedencias estrangeiras, notadamente ingleses e portugueses,
com cujos paizes tinhamos relações diretas. quer para a exportação,
quer para a importação.
A importação direta limitava-se a poucos artigos: bacalhau, te-
cidos de linho, sedas e algodão, vinhos, azeites e alguns outros artigos,
especialmente os de luxo. As relações comerciais com o paiz 1·epresen-
ta.vam um volume muito maior. A Inglaterra quasi que absorvia todo o
nosso comercio externo, comprando-nos assncar, algodão e couros.
Em 1864, o nosso intercambio montara a 10.434:000$000, sendo:

Importação direta . . . . . . . . . . . . . 46:000$000


Importação de cabotagem 1.841:000$000 1.887:000$000

Exportação dit·eta ..... . - 6. 593: 000$000


Exportação de cabotagem 1.954:000$000 8.547:000$000

10.434:000$000

Só a Inglaterra comprara-nos 6.582: 000$000. O restante da ex


portação se encaminhara para Portugal, Suecia e Noruega. Nessa -ex-
portação o que mais avultara fôra o algodão, com 5.576: 000$000. ·
Nesse ano o saldo da balança comercial foi de 6.660: 000$000, ou

\ .
-128-

uma capitalização de 62,8 ':. "o que nem uma outra Província tem de-
monstrado nestas comparações esla.tisticas,· pelo que se pode afirmar
que o estado das Alagoas é sobremaneira lisongeiro e prospero", dizia
o dr. Sebastião Ferreira Soares, em seu ELEMENTOS DE ESTATISTI-
CA, publicado em 1865.
Podemos acompanhar o movimento da exportação dos nossos
principais produtos, ou melhor dos que constituíam o nosso principal
comercio externo, a partir de 1878, quanto ao algodão, assucar e peles,
e de 1888, quanto ao caroço de algodão, milho e aguardente.

Anos Assucar Algodão Peles


Ton. Ton. Ton.
1878 23 . 338 1 .!>02 36
1879 23 . 018 2 . 690 12
1880 40 . 693 4.171 8
1881 31.450 5.402 14
1882 17.503 2.812 7
18 3 48.458 .4. 920 11
1884 39.886 3.642 7
1885 11.948 2.125 7
188G ... 39 .484 6 .861 6
1887 50.769 4 . 177 9

'rolal .. . . . . . .. . 326.547 38 . 702 117

A exportação de assucar corresponde a 4.272.000 sacos d~ 60 qui-


los. o que dá uma média de 4~7.000 sacos por ano. Em 1885 as listas de
exJ>Orlação começaram a r egistrar a saída do caroço do algodão e em
1887 do milho e da a~uardente.
:,o d\Jct::nio seguinte a ex porta~ão acusou as quantidades seguin-
tes:

Anos Assucar Algodão Peles Milho Çaroço Aguardente


Ton. Ton. Ton. Sac. Ton. Pipas

1888 43.915 2.236 40 8.326 58 1.618


1889 30.647 3.627 59 1.595 36 1.379
1890 40.350 2 .230 100 24.757 33 1.676
1891 35.287 2 . 837 81 84.926 37 586
1892 36 . 905 2.574 29 87.683 ' 37 945
1893 . 55.250 5 . 582 17 51.614 99 1.778
1894 64.858 916 48 10.271 27 4.166
1896 46.929 847 3.680 39 3.517
1896 28.705 1 . 300 92 10.632 29 1.973
1897 44.890 246 33 3.099 42 2.264

417 . 736 22.495 499 286.582 437 19.902

Temos neste decenio, frisante e nit'ida, a transição do regimen


monarquico para o republicano. O comercio não sofreu colapsos com a
mudança como não foi afetado com a supressão do elemento servil. Os
indices da exportação elevaram-se para o assucar, mais 121.000 sacos
que no decenio anterior. Caiu a exportação do algodão, mas a queda
-129-
deve ter sido proveniente de fenomenos climatericos, influindo na cul-
tura algodoeira.

Vejamos outro decenio:

Anos Assucar Algodão Peles :\filho Caroço Aguardente


Ton. Ton. Ton. Sac. Ton . Pipas

1898 32.466 1.011 12 7.548 32 3.425
1899 34.013 2.257 lg 10.167 59 3.899
1900 62.216 976 6 16.555 37 1 .811
1901 53.194 3 . 135 34 2~.728 64 1.903
1902 31.851 1.777 4 91.903 37 1. 771)
J903 28.3 ü 2.500 4 15. 042 52 3. 597
1904 31.833 1.126 665 31.07 4-! 3.363
1905 47.945 4 . 15~ 452 27. JO -IS 5.037
1906 31.310 ;3. 916 578 66.9~2 6 ·1.~70
1!>07 ~3.~16 ~.16~ 756 3 . 07() 5;) 2.5~2

376. 430 23 . 01G 2. 52 f) :H>:3 . 197 494 31. GO

Começ-.a neste decenio o crecimcnto do c:omcrcio de peles. dPvido


aos favores concedidos pelo goyerno estad ual a D "Imiro Gouveia. E leva-
ram-se as quantidades da exportação de assuca r. c:aro~o de a lgodão, mi-
lho, aguardente e a lgodão.

Examinemos o dccenio seguinte :

Anos Assucar Algodão Peles :\Iil h o Caroço Aguardente


Ton. Ton. Ton. Sac. Ton. Pipas

1908 . . 36.985 1. 729 797 94.470 52 4.130


1909 45.261 4.599 1.072 117.595 107 5 . 201)
1910 35.893 3.121 566 2.520 54 5. 180
1911 37 . 768 1.268 734 19.194 50 2.890
1912 . 42.178 2. 570 678 21 . 582 64 4.809
1913 . 35.408 3.718 735 34 .446 85 3 .306
1914 47.388 2.351 847 160 29 1 . 894
1915 40 . 230 1.648 1.152 21.082 26 1.113
1916 51.771 739 565 50.302 35 860
1917 60.333 130 265 9 11 658
423 .215 20.873 7 .401 361.350 513 30.046

Aumentou a exportação de assucar, caroço de algodão e peles; a


dos demais produtos acusa diminuiç-ão. O grande aumento, porem, verifi-
ca-se na exportação de peles.
Delmiro Gouveia foi o grande impulsionador do comercio de cou-
ros e peles no Estado. Antes de sua vinda para o sertão alagoano, por
onde o seu genio comercial semeiou a fartura , o trabalho e o progresso, o
-130-
comercio de peles e couros era acanhado. Delmiro elevou a nossa expor-
tação a milhões de quilOS1 canalizando para Alagoas grande parte da pro:-
ducão sertaneja dos Estados limítrofes.
- As cifras dos decenios anteriores dispensam dh·agações. Antes de
De1miro, de 1878 a 1904, sejam 17 anos, a exportação foi de 206.815 qui-
. . los; depois de Delmiro, de 1905 a 1918, sejam 14 anos, a exportação ele-
You-se a 10.027.285 quilos. A exportação continuou assim nos anos poste-
riores.
Até aquii temos acomp!lnh(:.do as estatislicas organizadas pela im-
portante firma comrecial de :\1aceió. \Villiams & Co. De 1918 a 1931 os
quadros da exportação observam as cifras oficiais, que consultamos . •
!\esse per iodo exportamos :

P1·odutos prindvais Quantida de Yalor

Asstu·ar . ... . . ... . . 9J . 643 toneladas 388 .829 : 331$00()


T ecidos ......... . . . . . . 25 . 104 ., 129.873:090$000
Algodão .. . . . . . . . . . . 15 . 1 9 ,. 28 . 053:379$000
r\rroz .. . . . . . . . . ... . . . . 2:J . 989 ., 11.796:661$00()
ôcos .. 70 . 767 milheiros 11.732:561$000
:\lilho . . . . . . . . . . . . . . 69.677 toneladas 10 .188 : 693$000
P ell'!S . . .. . . . . . . . . . . 4 . 659 " 8 .783:3795000
Alcool . . ... . .... . .. . l fi6 .980 hectolitros 8.155:569$000
Caroço de algodão . . . . . . . 47.205 toneladas 5 . 157:225SOOO
::\1amona .. 7.'100 3.476:510$000
Aguarde nte . . . . . . . . . . . . 75 . 690 hectolitros 2 . 270:794$000
Total .. . . . . 608.317:192$00()

f) comerc-io extern o do assucnr foi sem pr e pa ra Alagoas o seu pon-


to ele apo io. Dura nte muitos a no!l a exportação desse produto não apre-
l"e lt O!J aumento sensível, ma ntendo, de 1878 a 1918, seja num período de
4f) a nos. uma m édia anual de 558.988 sacos. Nos ultimos anos, porém, de
1918 a 1931 , e~sa média elevou-se a 825.600 sacos.
O cowen ·io exleJ·no de algodão, qu e por muitos anos concorreu em
se ~undo lugar para o volume da exportação, no mesmo periodo de 40
anos, apresenta uma média anual de 34.28G fardos. Essa média, entretan-
to, nos ultimos 13 anos, caiu para 12.904 fardos. O declinio da exportação,
que caõa ,·ez mais se acentua, é proveniente do desenvolvimento do con-
sumo dessa materia prima pelas fabricas de tecidos que se hão. fundado
no Estado. A produção, todavia, t em ficado estacionaria.
O comercio de peles e couros tambem apresenta uma baixa consi-
deravel no indice da sua exportação, pois reduziu-se de 255.849 quilos,
m édia anual a que havíamos atingido, para 12.914 quilos, parecendo que ..
voltamos á epoca anterior ao surto de progresso sertanejo devido ao ge-
nio comercial de Del miro Gouveia .
O assucar tem perdido o comercio externo, limitando-se suas ven-
das quasi que exclusivamente ás praças do sul, especialmente São P3.u1op
Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O quadro abaixo mostra muito clara-
mente a posição atual do assucar alagoano no comercio exterior do as-
sucar nacional. Por esse quadro vêr-se-á que a exportação do nosso as-
sucar para o estrangeiro tem sempre decrecido, sendo de notar-se que em
1926 não se registrou a saída de um unico saco. Os chamados lotes de sa-
criticio, consequentes dos convenios realizados para a valorização artifi-
-131-

~ialdo produto, é que tem forçado a pequena exportação, de 1934 em


diante.

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l !l:!l. . . o li:! . ll!l 1 k o . !li:? ::{:!'-$(1{)0 :i I j:-;tHI() :L ::t•:: .111 .. 1: !{(). !);-,._ 10. !lí!i :0110~1100 1'.:;
] 0:!:! .... ,:!:i:!. 11:! n:J . 215 :ls.t~•H>o 4:ij~,(}() ::. :t!::. oou~ -J:; ~:.!(i , ::. 1i H :oun5;(1(lll j
o ll.:i
JO:!:L. .. 11:-.:l.li:i 14-1. JO :O:iO';inOO : D:!ti~OIIU :: . lí1.1l0() :! ' .l:~(i 1~1.!1:.!1 :WO.SOOII 11-.:i
1 !I:!·L • . . ::-t. .wn :;o. :!m :1-1, ~oon l. ~~ Wl(l 7ti~l. :!!1~ :; . 1:~1 1 :! . :i: I:? :olut~IHIII: !1.11
J!l:!:i.... :L lX:! :!.:?;;!l ::?'.!11~11(111 1 7111~11()(1 -;;-,_:;;} Jl){) l>4! i : UII(l~O( tU 11.11
1!!:!11 . . . . lí o l(j!) ~.c;.-,:; :J'i(j.; ()00r:i0 1~1)()(1 :!:!li. II·Hi' - I ~
J!l:!í .... 1 -t:t..ttjl :!:L:l'-2 :01. ~ooot :;:! ·.• ooo r.:~U.tKHI I ..J oOí!l 1 o:lu,.., :lllltr:O:CIIItr !1.0
1!1:! .... ~(l.O:{j :20 . l!);('..tl$1l01 Hi!l:t~I)OO :i11.00U 4.íí~) ' :.!.7-Hi:t){IO~OHII 17.0
]0:.~1. . • . 1·!..' /í !I. ().j;; ::!il~fl(IU ! ti(Lio.;~()ll!l :!:!:! . ('011 1. l!;.íl 1. 111 :O!I(If.:(lfHI !l.:í

Aliás essa queda da exportação elo assucar n:'!.ciona! pa:·a o es tran-


geiro não afeta somente o Estado de Alagoas; ela representa um Cenom"-
no que alca uçou o produto em todos os Estados assuenreiros. :\la~. dadn
o volume da nossa produção, a porcentagem que alcanc::..tmo · uos ano::;
mencionados está abaixo da n03S3. coapacidade ele expona<;ã.o. Temos
preferido colocar o nosso assucar no~ mercados brasileiros do sul.
O descnYolvimento da produção l•rasilcira e o ~tuto ind•1slrbl do
paiz nos ullimos anos. que passou a 11roduzir grande quantidade d~ ar-
ti~os qne, anualmente importaYamos <lo estrangeiro, th·e!·am <·omo con-
sequcncia natural o aumento do comercio inter-estadual.
Alagoas, sofrendo os efeitos inü · it::.tvcis desse desc n\·olYimento,
ampliou o volume do seu comercio interno, diminuindo o do exterior,
quer para as importações, quer para as exportações.
1\os ultimos tres anos, segundo as cifras do Departamento !'\a-
cionai de Estatística, do :1\linistcrio do Trabalho, Industria e Comercio,
as noss2.s transações inter-estaduais. registraram os totais seguintes:

Exportn.~io

Anos Nacionais Nacionalizadas Total


1929 120:096:000$ 961 : 000$ 121.057:0005
1930 82.550:000$ 1 . 139 : 000. 83.689 :000$
1931 83.766:000$ 1.632:000$ 85.388:000$

Importação

Anos Nacionais Nacionalizadas T otal

1929 42.764:000$ 11.719:000$ 54.483:000$


1930 33.352 : 000$ 8.096:000$ 41.448:000$
1931 36.232:000$ 8 . 632:000$ 44.864:000$

Nestes tres a nos o comercio de cabotagem apresenta saldos ani-


madores para a nossa expor tação:
1929 66.574:000$
42.~41 : 000$
1930
1931 40.424 : 000$
-132-
~omesmo período o nosso comercio exterior acusou as cifras que
se seguem:
... Ex}lOrtn~ii o

Anos Toneladas Valor

1929 6.314 3 .133:799$


1930 8.716 3 . 946:847$
1931 1 .500 1.823:299$

lnt}lot·tn~üo

Anos Toneladas Valor


1929 5.842 5.372:000$
J 980 7 .954 6.019:000$
1931 8.770 7.827:000$

As nossas exportações para o estrangeiro não cobriram o valor


das aquisições em nem um dos anos do referido período, verificandO-se
os seguintes tlciicits:
19~9 ~.238:000$
1930 2.072:153$
1931 6.003:701~

Esses deifcit:-., porém. não desequilibram a balanç:a comercial es-


tad'!:ll, em visra dos saldos provenientes do comercio de cabotagem .
.\IOVUTEXTO :\IARITBIO

O ancoradouro da C'apital, dos melhores do norte e o unico porto


vantajoso que possuímos para o nosso inlercambio comercial, é ainda
o mesmo elos t('mpos coloniais, o que nos coloca numa lamentavel si-
tuação de inferioridade. contra a qual é preciso protestar sempre pela
rar.ão que ~c funda. no desenvolvimento da nossa atiividade comercial e
sua consequencia e indispensavel autonomia c na que se baseia no acu-
mulo de resenas que o Estado possue em poder do Governo Federal, pa-
ra as obras de que carece o nosso porto.
Alagoas contribue para o volume comercial do paiz com uma cifra.
muito mais elevada do que outros Estados já dotados de bons serviços
portuarios, entretanto, comercialmente inferiores.
·Em 1921, algarismos de procedencia oficial colocavam o p!)rto de
Maceió em nono lugar, entre os 38 portos principais do paiz, ficando-
lhe somente ã frente Rio de Janeiro, Santos, Recife, Porto Alegre, For-
taleza, Baía, Rio Grande e Belem, na ordem em que se acham, sendo de
notar que o de Fortaleza sobrepujava o de Maceió em virtude da grande
importação que o Governo Federal fizera naquele ano para as obras do
nordeste.
Ainda não perdemos essa situação; mas continuamos com o nos-
so porto inteiramente desaparelhado para o movimento comercial do
Estado, que tem sido sempre crecente.
A construção do nosso porto constitue um problema capital para
o progresso de Alagoas. Algumas vezes tem sido essa construção tentada
pelo governo Federal e outras tantas tem sido malogradas.
-133 -
Essa construção foi objeto de uma concessão feita em 1890, com
planos e orçamentos aprovados em 1892, transferida á Thc ~acionai
Bra?.ilian Harbour Compnny Ltd., em 1896. Esta companhia iniciou os
trabalhos preliminares, interrompendo-os em seguida por desinteligcn-
C'ia entre ela e o Governo Federal sobre a natureza da moeda em que
devia ser paga a garantia de juros. Essa concessão, por fim, foi recin-
dida m<.';tiante uma indenização de novecentos contos, que foi paga á
companhia em 1905.
Em 1910 foi creada uma comissão de estudos do porto de .Jara-
guá sob a chefia do engenheiro Alfredo Lisba. Os trabalhos desta comis-
são terl]linaram com a elaboração de um projeto cujas obras foram or-
r:adas na importancia de 15.607:914$000 e "avaliada a receita liquida.
proveniente da cobranra das taxas aplicadas na exploração industrial de
outros portos, segundo o regimen da lei de 1869, e do imposto de 2 ' ?.
ouro, sobre a importação do exterior , e deduzidas as despesas do custeio
e da administração, em Rs. 7H7: GOOSOOO, quantia esta que representa
5,11 (Ir sobre o capital equivalente ao orçamento .. .
Esse plano foi depois modificado. ficando, em .virtude dessa modi-
ficação, o orçamento das obras red uzido a 11.í00 : 171SOOO.
O Governo chamou conc:urrentcs para a exe,.ução das obras do
nosso porto. Foi aceita a proposta de Euripedes Coelho de :Magalhães
e Hora.<:io :\Tario :\Icanda. O Governo, porém, opinou pelo adiamento das
obras, Yisto a impossibilidade, no momento, de serem elas custeadas
p ela Caixa Especial dos Portos. Os proponentes não se con formaram
com a decisão do Governo e, depois de ler sido o assunto largamente
debatido, teve o Governo de pagar uma indenização de 6:.?8:169~04 ', con-
forme laudo da comissão de arbitragem de 27 de outubro de 1917.
De modo que essas duas tentativas de construção do porto de Ma-
ceió deram ao paiz um prejuiso de 1.528:169$048, continu·ando a capital
do Estado com o seu porto intei ramente desaparelhado de qualqu er me-
lhoramento.
De um trabal ho do Dr. Al fredo Lisboa extraímos os dados se-
guintes 1·cfcrentes ao movimento do porto de Jaraguá:

'l 'onelu,.·em bruta c Hl.lores dn~ mercadorias

Anos T . i\[( Lbs. T. l\~. Lbs.1

1915 19 . 086 356.833 24.518 392.549


1916 4.224 196 . 655 17.630 441.516
1917 10.474 200.500 12 .974 445 . 942
1918 6.803 272.773 9 .677 463.032
1919 8. 487 243.416 17.007 726.687
1920 12 .390 814.525 21.512 1.175.404
Entradas de cmbarca~õc

Nacionais Estrangeiras Todos os pavilhões

Anos ~o . Tn. reg. No. Tn. reg. No. Tn. reg.

1913 528 478 . 798 98 179 . 510 626 658.306


1914 465 429 .258 68 126 .209 633 555.467
1915 522 409 .652 54 96 . 728 576 506.380
1916 584 438.372 38 62 .524 622 500.896
-134-
Nacionais Estrangeiras Todos os pavilhões
_'\nos No. Tn. reg. No. Tn. reg. N". Tn. reg.
1917 50 421 .360 38 62.484 546 483.844
1918 465 436. 330 30 35.069 495 471.399
1919 547 491.823 44 95.236 591 587 . 04!)
1920 543 491.829 68 139.037 611 630.856
São ainda do mesmo ilustre profissional as obsen ·ações em segui-
da transcritas:
··Como em todos os portos do Brasil o comercio com o exterior e a
frequencia de embarcações estrangeiras decreceram consideraYelmente
de U)l3 até 1918, para tenderem a ,·oltar ao que era antes da guerra mun-
dial; quanto ao moYimento de cabobtagem, tendo diminuído um pouco
no decurso daquele perloclo, voltou a cr"ecer. excedendo a frequencia dos
navios nacionais em 1919 e em 1!)12 a de 1913 .
··E' para notar-se que no exercicio de 1913 o imposto de 2 <i ,
ouro. sobre a importaçlo do exterior. produziu em :\Iaceió 163:366$000,
ouro. coloc:ando a .\lfandega de Alagoas então em setimo lugar. entre
aquelas em que se cobra o dito imposto; de 1910 a 1919 o total dessa
r enda cru i\Iaceió imp01'tou em Rs. 964:742 000, ouro. Além djsto, a to-
nelagem de arqueação dos navios de longo curso e de cabotagem entra-
elos no porto de Jaraguá em 1920 foi de 630.856 toneladas de registro,
ocupando este porto atualmente o selimo lugar entl·e os portos do Bra-
sil, sob o ponto de' ista de naYcgação. E se bom·e deelinio na tonelagem
bruta das mercadorias im portadas do exterior ou exportadas para por-
tos c·stra ngciros, isto t- d(•\ ido em parte ás dific·uldadcs de b2.ldea.ção
das :lH'r,·adorias em Jaraguá c á prefercnc-ia dada ao porto de Recife, ao
qual está ligado o Estado de Al~goas por estrada de ferro. e onde os ser-
vi ços p ort na ri o~ ~P tornaram mais economicos, desde que •a í foi iniciada
a cxplot·..t.c,:au industrial dos no,·os cais. "
Essa preferencia. que o ilustre engenheiro assinalava, em 1920,
c·omo uma das causas da depressão do nosso volume de importação e ex-
portação, persiste. Por intermedio do porto de R ecife continuamos a
importar e exportar grande quantidade de mer cadorias, saindo tambem
muitos dos nossos produtos. em grande escala, por esse porto como de
produção pernamb!lcana.
De 1920 a 1931 não se cogitou da construção das obras portuarias
do nosso excelente ancoradouro. As administrações estaduais, absorvi-
das antes pelos interesses subalternos da politica que pelos assuntos
vitais do Estado ligtados ao seu desenvolvimento economico, tiveram a
constntção do porto de Jaraguá por carecedora de importancia. Somente
agora, sob a administração do sr. Tasso de Oliveira Tinoco, o Governo
Federal voltou a sua atenção para essa obra, autorizando novos estudos
e tomando outras providencias que deixam parecer que o assunto entra
agora numa fase segura de realidade.
O esforço do sr. Interventor Federal nesse sentido demonstra e
comprova a sua visão administrativa, o seu patriotico interesse pelos
negocios dependentes diretamente da sua alçada ou adstritos á sua in-
fluencia perante o Governo Federal. Somente essa sua preocupação em
tirar do esquecimento a solução de um problema capital para o nosso
Estado o tornaria credor da gratidão alagoana, se outros assuntos de
igual relevancia, até então descurados, já não tivessem constituído pon-
tos essenciais da sua administração.
Em sua exposição ao Governo Federal, o Sr. Interventor Federal,
-135-
ocupando-se do momentoso assunto, rematou assim as suas considera-
ções:
'·Y. Exa. teve as suas atençl~s Toltadas para ele e determinou-me
que o prometesse ás suas classes laboriosas, como uma das mais sabias
e eficientes aspirações administrativas r evolucionarias. Com as pon-
derações que uma promessa dessa natureza exige, fiz sentir ás classes
conservadoras os magníficos propositos de V. Exa. e do seu governo, em
trazer-lhes, dentro das possibilidades economicas <lo momento, o seu
contingente, em favor da justa c ambic-ionada soluc:.ão.
"O quadro anexo da arrccalla~ã.o do imposto de 2 1 ; , ouro. desde
1910 até fe\"oreJro de L93:?, soma a importancia de 2.2·l8: 869 491 que. a
uma taxa média de 4~500 por mil réis ouro. equivale a 10.119:912$709
com os quais, por parcelas, em quatro ou cinco anos. se efetivará. a maior
e a mais ingente das necessidades economicas do Estado.
"Esta construç-ão coutin ua sendo protelada indefinidamente,
quando é certo estar sendo Alagoas sacrificad:l desde 1910, para a cons-
trução de portos em outros Estados, can·a li zando a eles grande parte de
sua produção. E' tempo de reparar tão clamorosa injustiça a este pedaço
do territorio nacional, tão brasileiro quanto os quP mais o sejam.··
Ainda, sobre o assunto, ninguem se tinha dirigido ao Governo
Fede1~i com esta sinceridade e esta i'ranquoza patriotka.
~o ultimo quinquenio o porto de Jaraguá teve o seguinte movi-
mento de entrada de embarcac:ões:
:'\acionais Estrangeiras
Anos A" \"Cla A vapor A' vela. ..:\vapor 'Pnnelagem
1927 . . 1.16( 486 ll í~ 1. 017.356
1928 .. 1.336 462 I 87 1. 1 Ui. -!3:>
1929 .. 1.454 497 ~ ~)O 1. 091.819
1930 .. 1.13:! 449 9G 1. OG3. G50
1931 .. 1 .186 458 69 1.010. 041
As embarcac:õeR estrangeiras procederam da Inglaterra. Alema-
nha, Estados Unidos, Suecia, Belgica, Fran«:;a e t\oruega, predominando
as embarcações de procedencia britanica.
~o mesmo periodo o movimento de passageiros pelo mesmo porto
foi o que se segue:
Anos Entrada Saída Em transito
1927 5.329 5.872 18.956
1928 5.903 6.868 19.246
1929 5. 596 5.609 20.377
1930 .. G. 999 4.361 22.168
1931 .. 5.203 4.712 24.269
Pelo quadro abaixo podemos a<!ompanha.r a renda do imposto
2 )h , ouro. pela Alfandega <le Maceió, determinada pelo Decreto n. 7.810,
de 12 de janeiro de 1910:
1910 .. . . . . .. 127:515$215
1911.. . . . ... 119 : 611$652
1912 .. . . . .. . 126:645$222
1913 .. ... .. . 163:366$644
1914 .. . . . . .. 107:160$088
1915 .. 77:338$278
1916 .. .. . . .. 77:818$549
-136--
1917 .. 66:626$888
1918 .. 53:162$970
1919 .. 98:554$219
1920 .. 113:118$925
1921 . . 218:113S450
1922 .. 76:618 400
1923 .. 75:506$391
192-1. . 110:938$428
1925 .. 96:888$716
1926 .. 129:195$022
19~7 .. 86 : 214$136
Hl2 .. 96:5695931
1929 .. 110:215$756
1930 .. 63:710~617
1931.. 42:774$044
T otal ... 2.2 37: 643~541

Feita a conn~rsão. a razão da taxa média de 4$500, ouro. por 1$000


papel, teremos 10.069:4 5$934, contribuic;ão do poYo alagoano para a
construdio do seu porto, renda essa que tem sido aplicada em beneficio
de outros Estados mais felizes.
:\IOVI:VIEi'\TO DAKCARIO

F uncionam no Estado 12 bancos regionais, 2 age ncias do Banco


do Brasil, uma na capital c outra na cidade de Penedo, e uma agencia do
Runk ui Lcmthm ~\:. South Am('riru Limitctl. em :\la.cció.
Do~ hancos regionais 9 seguem o 1·egimcn cooperativista. para o
desenvolvimento do credito agricola, e são todos de fundação recente, 1.
a Caixn C'nmerC'ial. o mais antigo e.c:;tabclecimento de credito do Estado,
tem as :-;uas operações limiLadas a empr estimos mediante hipotecas, des-
l·onto de títulos e outras garantias. e 2, o Banco de Alagoas c o Banco
Norte do Brasil. operam sobre todas a s transações bancarias.
Dos bancos de cr edito agrícola o mais importante é o Banco Cen-
tral de Credito Agrícola de Alagoas, com séde em :\1aceió, logo seguido
pelo Banco de Yiçosa, instituto dirigido com proficiencia e de organiza-
ção modelar .
Para constituição do Banco de Credito Agrícola de Alagoas, a Lei
n. 1.094, de 25 de junho de 1926, creou uma sobre-tam de duzentos réis
por volume de quaisquer produtos agrícolas exportados, a qual é desti-
nada á. formação do capital desse estabelecimento e fixada a sua arre-
cadação pelo praso de vinte anos. O total da sobre-taxa paga pelos pro-
dutores é, anualmente, convertido em ações que são distribuídas aos
mesmos produtores na proporção da soma paga por cada um. E' o unico
banco do Brasil com essa organização.
Os estabelecimentos bancarios do Estado, excetuada a agencia
do Banco do Brasil em Penedo, da qual não obtivemos informações, ape-
zar da nossa insistencia, tiveram um movimento global de .. ....... .
84.563: 257$992, conforme os r espectivos balanços encerrados em 31 de
• dezembro de 1931. Esse movimento fica assim discriminado:
Ativo
Acionisbas. . . . . . . . . . . . . . . . . 98:253$574
Emprestimos diversos . . . . .. 10.106:303$865
Títulos descontados . . . . . . . . . . .. 20.032:168$200
-137-
Efeitos c 1 <:ol>ranç::t . . . . . . . . . . . . . 2L 11 S :17 ti~~n 10
Correspondentes c agencias . . . . . . . . 3.7:!4:2'18~810
IlipotecaH . . . . . . . . . . . . . .. 513:613$000
Valor es diversos . . . . . . . . . . . . . .. 16.798:G:.?7$000
:\leveis e mcnsilios . . . . . . . . . . . . . .. 1üo: ;;11n:?~
Diversas contas . . . . . . . . . . . . . . . . ~ . :! :) :~ : H11...• 1i ~~
Caixa ..... .. .. . . . . . . . .. ... . . . G. GSl: !·J 5$2~6

Total ... . .. . ........ . . .

Capital .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . n 1 Gli: 1n o:~o ' '


Fundos d~ rescn·a . . . . . . . . . . .. :.! • 1):!7:. GS~(i 71
DcpoRitos tli n~rsos . . . . . . . . . . . . . .. :.;:, . :1!>2: :}•!3.:7(i•i
Efeitos em c·obrança . . . . . . . . . . .. :! I . 17~ : i I GSci 1•l
Corresponc.lent~s c age!JC:i~s . . . ... . •. 107: Si;:.; :,.; 150
Garantias dh•f.'rl;a:-; . . . . . . . . . . . . . . :;L :-7:!: !5!,:):..: 11'
Dívcr~.1~
c-ontas . . . . . . . . . . . . . . . . 3. 1)(1,). '\ 1 ,':-, {l)

Dividem os . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -! 11: 7~1 , ' ~H •


Totul . . . . . . . . . . . . . . . . ..

.~.·o ultimo trie:1io o mo\ inH';Ho hanc·::ri n <!c: EstPc!o o.m·c)-:CI!tou os


totais seguintes: ·

1 n2~) 1 i! l d.:!:üous:lln
1930 \7. 5:lfl: t' J• 1:'d(H)
1!)31 !. :),)~-;: 2-7''001)
• A diferença. l'nlrc 1H29 é 1930 f- d"' 1:~.:í-!~~: üúM )00. !l'li."a menos,
<' entre J 930 c Ht31 de .:!.9f) : 7 lJ~OúU. gssc dec·r:'<:imo de 1110\ imenlo re-
lletP um fenom cno que afetou <1 quasi todos os <:s•ahclec.-imcnto~ ban-
carias do paiz. O Dcpart..'lmento Kadonal uc Estati}:tica, u~> ::Iinis ter io
Jo 'rrabalho, Industria c Corucrc·io, <ln ulgou rcc cnLCal-:.ent n o mo..-imcn+-o
bancaria nacional. Estado por Esl~do , fOl'!H!C''.:n do-Ba;... dnrJos !;C'~n.·os
para um cotejo, relativamente a hl:!9 c 1~30. Dcs:e cotejo verifi ca-se
'Que das unidades da federac:ão apeuas apr~scntaram ma ior movimento
"'ão Paulo, Pernambuco, Paraná, Sergipe, Goiaz e ~lio de Jane~ro..\incln.
desse conrrouto apur~ -se que Alagoas, em 1930, .licara colocada em 11''
lugar entre os Estados, acima de Sanba Catarina (82.99~:0 00$00 0}. Ser-
gipe (68.829:000$000) , llaranhão (58.8t9:000$000), Cearâ ... . ..... .
(;jS. 085 : 000$000), Amazonas (51. 079: 000~000) . Paraíbba .... . ... . .
(34.583 : 000$000), Rio Grande do ~orte (27 . 086 : 000~000), .i\Iato Gros~o
(31.419 :000$000), Piauí (15.353 : 000~000 ) , Goiaz (10.301:000~000).
Para o moYimento geral dos estabelecimcmos n.uc opcrar:.m em
Alagoas, em 1931, os bancos nacionais registraram 60 . ~14: SOO$ 430 e o
tm i co banro estrangeiro que aqui funciona 2 !.348 :-157$560.
Ko ultimo qu inqucnio, o tota l dos emprcst imos feitos pelos ban-
cos do Estado, inclusi ·e titulas descontados, foi o seguinte:

1927 25.219:000SOOO
1928 30.686:000~000
1929 32. 22:000$000
-138-
1930 30 . 144:000$000
1931 30.138:472$000
1'\o mesmo período, em 31 de dezembbro de cada ano, o encaixe em
todos os bancos acusou as cifras seguintes:

1927
1928
6.416:000$000
3 . 677:000$000
..
1929 6 .579 : 000$000
1930 5 . 548 : 000$000
1n31 6 . 581:445$000
O tolal tios depos ites no referido quinquenio foi o seguint e:

1927 23 . 209:000$000
192 ) 21.571:000$000
1929 23.796: 000SOOO
1930 20 . 580:000$000
1931 25 . a92:543$000

O cncaix<> nos ban<·os. em rela ~ão ao to1 al dos deposit es, r egistra.
as ~eg uintcs por(·emagens, no qul nquenio:

19:!7 . . .. .. .. . '!.,7,7 f '/


f

1928 17,4 t I
(

1929 27.5 f ~.

1f!30 26.5 rr
f

1931 25,7 ~ó

Os emprestimos, em relação ao total dos deposites, deram as se-


~intes porcentagens: •
19:!7
1928
. .. 108,7 '7o
145,3 %
1929 137,9 %
1930 146,5 %
J931 118,6 %

MOVIMENTO C0~1ERCIAL

O comercio é exercido no Estado por mais de 5.000 indivíduos


estabelecidos e ambulantes, os quais, em 1931, concorreram para o im-
posto de industria e profissão, de acordo com o giro comercial apurado
pelas declarações dos proprios contribuintes perante as estações fis-
cais, por ocasião do lançamento do referido imposto para o corrente
exercício, por isso que a taxa recai sobre o giro comercial do ano an-
terior.
O giro declarado em 1931 montou a 265.353: 963$000, o qual, ape-
zar do vulto da sua cifra, deve estar ainda um tanto distanciado da exa-
ta. totalidade do movimento comercial do Estado.
Esse giro ficou assim distribuído:

Agua Branca . . . . . . . . . . . . . .. 1.154:500$000


Alagoas ......... . . . . . . . ..... . 1.044:000$000
Anadia . . ..... . . . . . .. ... . ... . . . 3.384:000$000
Arapirac~ ..... . ... .. . . . . . . . 7:.>0 :000$000
Atalaia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.80 :000$000
13elo i\Ion te . . . . . . . .. 489:000$000
Camaragibe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.753:000$000
Capela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 . 497:000$000
Coruripe . . . . . . . . . . . . . .. · ..... . 764:000$000
[greja i'\O\'a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . G50:000SOOO
Junqueiro ...... ... . . . . . . . . . . . . 300:000~000
Leopoldina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . GH;J :OOOSOOU
Limoeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 671:000:$000
Maceió . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13-1.0-1 :Oüti~OOO
:\Jaragogí . . . . . . . . . . . . . . . 1. 147:000$000
":\.[a ta C'rra n cl<' . . . . . . . . • . . • . . . . .. 1. 500: OOl)$000
:\lluricí . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 2 .7!>6:000. 000
Palmeira dos Iudios . . . . . . . . . . . . . 3.:!44:000SOOO
Pão de Assucar . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.647:000~000
Penedo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 3il .:!G7:090SOOO
Piassabussú . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 700: 000$00l)
Pilar ... . . . . . . . . . .. . 3. f>03: ooo.;ooo
Piranhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2()3: 000."000
Porto Calvo . . . . . . . . . . . . . . . . .. :.L:.!~ : 200 000
Porto de P •dras . . . . . . . . . . . . . . . . 1 . !)!li: OOOSOtH'
Porlo Real do Colegio . . . . . . . . . . .. 85 : 700,'000
Quebrangulo . . . . . . . . . . . . . . . . .. 5. 638 : 000$U0')
Santana do lpane rua . . . . . . . . . . .. . 4 . 202:000SOOO
Santa Luzia do Xort<' . . . ... ... 10.H27:300Sfl(l0
• ão Braz . . . . . . . . . . . . .. .... !l3~t: ~OU$000
São José da La~ e . . . . . . . . . . . . . . . 4 . 708: 707 000
São Luiz do Quitunde . . . . . . . . . . .. 2. 630:200SOOO
São Miguel dos Campos . . . . . . . . . . . 5.443 :100$~ 00
Traipú . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.966:000$000
• União ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 .42!5 :100$000
Viçosa ........ . 16 . 465:000$000
Total 265.353 : 963$000

CAPITAL COMER CIAL

Em 31 de dezembro de 1931 estavam registradas na Junta Comer-


eial do Estado 635 firmas comerciais com o capital de 50.646:482$603.
assim discriminadas:

Firmas individuais 381 9.260:339~360


Firmas sociais ... 254 41.386.143S243
635 50.646:582$603
RE);DA DA ALFANDEGA
••
A importancia comercial de Alagoas ainda póde ser apreciada
pela r enda da Alfandega d e 1\Iaceió. Essa r enda, em 1930, foi de ... .. .
5.412:175$000, maior do que a das alfandegas de São Luiz do 1\Iara-
nbão (4 . 326:568$000) , Vitoria (3.887:470$000), Xatal (3.663:000SOOO).
Florianopolis (3.446: 790$000) , São Francisco (3.410: 056$000) , Livra-
.mento (2.691: 764$000). Corumbá (2.176 : 641$000), Aracajú . . ..... . .•
- 110~

(I 9Gl: G83$000), Parnaíba {1.:130: 392$000) . Uruguaia na (1.072: 879$)-


Em 1931 a renda da .Alfandega foi de 2.422: 176~300, papel, e ... _
481: Hl'"$000 ouro. Feita a conversão da renda ouro em pa.pel, a razão
de fl$000 ouro por 1$000 papel, teremos 2.!09: 585~000, ou um lolal de
4.831: 7G1~300. \' erifica-se uma diferença. de 580: 413$700, para. menos,.
entre a renda de 1!130 c a de J 931.

EXI'HTIT.\'('.\0 (H~H.\L DO ESTADO

Quantid:HI(• (lt".) \ 'alor Ofitial

1!130 1930 1931

.\nim:tis
• C:L.\:-::-;t·:

a)
nrotluto.!::
\ rl;<,;floo:
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f):~ra alimt·nt:!~Üo:
(' Sl'llt;

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1'111' :1
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1~:111 h•t tll' !)111'\ (I
p, r·• Jlll''l (I~ li;II'Ít•ll:l b :! . :?:;0 ::~o 1. í(i7$ GOl$
( ':tl'lll' ,,,, ... oi
l';tt'; l JHII'Iu" 11:11 iuu:d-. ao :! . !HI:'i ~=j~ ;):!l~O$
~I< I ri C' 11 lil'lilas
}'; 1':1 Jllll'' (I ll:ldlll!:l !~ 7. ;j(j() -:!r.~
J'I'Í\t•S
porto ... ll:t<'itllllli"'
T'lll':l . . .. íi.OJ:! :-..:::c~ :H :Hi'-~ ~1 :S7tt$
Xii11 t':->lh dfit 'lltlos
1':11':1 Jll •l'l os ll:II'Í 111111 j,: .. . . . . :!í!l :Lei07 ãl!l$ 1:00!)~
h) )Jufl•ria Jll i mas:
('ouru~ !IC l111i

l'nr·n Jlnrtn~ lt:I('ÍIIIIII j~ :!1 • :ítn :!O.Iil:í f;{: l!l4~ ~!l :7;;C..~

P :-tr:l JIIII'IO'i C''' r:111;.w i ro:-l :!:!í.CI!l:í :.m;;. í:iO :~1 I :·J:i:!$ 40!1 :~84$
p ,.Jt•l' llt' <'n IH'a
P:tr:t JHII'(OS lllH'Ítlll:lÍ~ .. :iCl. 100 21 .·Hi i7 ==-·07~ 7!'i :7!M,..~
l'ar:t JIOilO>: !'"' r:r 't:.!t•iru~ J!lí. '-!H 21~.:!71) HO:! :::!1:-..$ . C~:llS$
Pt•nn..: tlt.> t•ma
Vara })OI' tos llll('ÍOlltli-. . . .. . . lrt 14 150$ H O$
(') Prctlnl~s indu~fri:.ais :
<':: l•.:ulo:;
Para purt n:: uat'lona is .. 1.0!) 1.122 1:9GO$ 2:533$
~ahãn

P ara 111 rto" Jl:tt'ÍOIIIl ÍS l.l~:í ll.Hl 552$ 3:342$


~a I ton<>t<'~
Par:t JIIII'IOS uneiunols 17 .1;)4 11.070 8:001$ 7:302$
!-;c•la
I'a 1'1\ pu r to~ tuwiunn i<: :w:; 2.12 460$ 504~

Total ela l'la~!':c I ... . . . .. . . .. 1.019.:!10 GS.i .G27 l . ..J5S:i45~ 1 . 534 :3(j.J$.

-Hl-

Quanthlacla (k•.) \ 'alor Ofi ria I


P!WlH"'fO~ ~~ DE~Tl::'\0~
l!l:IO 1931 tn:m t9:n

'L.\X ~J~ li - ::m nerais (' ::.rus


Pl'Od U{()S:
a) "\ ri is:os vara alimeuta~iio:
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Parn pnl'l os uac-inua i:-; . . .. . . :!~ .tlt){l :.::100~
h) :\IaI r ria!> pr imas:
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l':lt;l porln<.. lliii"ÍIIJ ':ti..; .. . . .. :!:; . ((()() Gl. (:!11 (j : :!77 ~ ](i:~:-~-~$

<' ) P roduto indusiTiai ... :


I 'iltros dl• JWdrn
l'Hr:t portm.. lllll"iflll:li ... . . . . .. :!00 1111,
r.. mc;:l~ dt• h:ll'fC)
T'n rn pnrl u,- 11111"11111:1;~ . . .. . . :~.c no :: : lí:t.~

)ln~lh-Os

P nru Jh>I'IO~ llll.dclll:l i,.; .. .. .. s. í!l, 1 :HO$ •


'J' Ijol o~
Pn rn por tu,.. ll:tl'ÍIIII:I ÍS . . . . .. !1.111!11 :!O:i$
'1'1•1h a-:
l'nrn Jllll'f I ) S lliWÍCillili-< .. . . . . G.'i:iO ] :200$
'1':1 '>ns dc> c·nltt<'
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Para JlOI'tO"' nu<•iouuis .. . . . . j J.;). 1 iG . :í:?fi 1F-!) ::~(j ~~ l 7 ::\1()$
C'í.•holas
Pura JIOtlO!' nadou:• i~ . . . . .. (j()() 20!1~

"J.'rutas
Pn ra por(()fl naclouu is .. .. . . 2.:t~1 :m. 7;) 7:1:>2$ 2G:OGG$
Ft>ijittl
P ura portos n:tdonnis .. .. .. !lM. líO 2Gi.ll3;i 200 : 700~ 111 :.J!ll$
(:uma de arnrn tn
Pa ra l)OI'tOS un<·louzti,; .. .. .. J.GlG 3 :·1 :-1$
~l i lho
Pttrn JIOI'(Oil na <'lona ís . . . . .. 7 .5()1. 771 !1.736 :026 0!1 :730$ 1.00, :-103$
b) 1\latl'rias Jll'illl:l. :
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l'aru JIOI'lOS nacionais .. .. .. 3:>2.634 48'2. 7 7 !)12 :·107$ 801 ::iO.'~$

-142-

Quantidade (li•.) \ 'ator Oficial


PI ~OJW TO.' 1•: J>EST lXOS
1!)!{0 1931 1!30 1931

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Por:t J llll'lll~ u:t ci om al~ .. l. ~):!. li:tJ nfiO.I.HS -UG :!1:1 2~ 4.2í:-t ~
Pnru J IOI'tO~ r-;tra n~t·i ru.~ 2:L:n:. , :; :142,f
-.\ ~'lt a rdcmh•
• Pnru J)Orlos nndounis .. . . . . J.~:l2.70S E>OO.!)J;J 12S:S;i2$ 17fi:Oi4$
Bebidas dh·cr$:18
t>nra p ortos n:wlonni-. . . .. .. 246 700 34:"4 2 :2:l7$
Cordas de <.-uror,
P:tra J)<lrto~ nuclooals .. . . .. 2 . 17~ 3 .834 1 :11~ 3:!117$
('hu JICOO dl' pa lha
Pura porto~ n:tclonn i" . . .. .. :~oo 6:30 f'ro;')r>$ 1 :47:í$
Estc•lrn.
Pnra Jltlrto.q u:H'it•u n I~ .. . . . . t. r..;o 1 :.J:ii$
Fio<; de nl~odi'in
Para portos nacionais 148.737 86.30 lfi;):O(H$ 129 :r.s;~
Farinha nJ im e- nti c l~l
Para portos nacionais .. 490 9SO$
Farinha dl' maorlioca
Paro porto.s nacionais .. 420.334 1. 212. G:;;; 133 :4H$ 35::í:83 1$

-143-

Quantidadf.> (k" .) Valor Oficin.l


f' L.\~~ IFH '.\(.'AO
1930 1931 1!}30 1931

f: fllllll tll' wnnd iol·a


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Ohn1:: li<· palhu
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l'n r:1 pnrt t)" ll:l l'illllll i~ :!CI I . j .'-?, 1 :;~. !1!)1 r:: 1 : J:ii~ lOi :O!li$
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l'n rn )llll'lct" lllii' ÍOUil ÍS .. . . . . :~ .. ;t!)r; í:(;:H$
' J'('C•hln:; cl i \ ' l'l'l'Ol<
PUt':l JK11'14l.._ 11 a doun i..: .. .. . . l.!lli .r. I~ 1 . ;;:n . ;:;t; i . :("':! :i:!li$ 11 . 0~7 : 41:!$
r~·ull:l
l):\1'11 Jllll'l(l'- undOllll i:< . . .. .. :L 10() :!!i( i. 4t10 !i:!l$ :!~ :G:!;j$
~iiCI <'"JlC-t·lfh· wdo<~
Pur:1 Jltll'l ,,., lliH:ionai~ .. . . . . < • !), I :!J , A:n ltl :4Gi~ '«l::;!)G$

Towt tl :1 i·la !oõ'-'1' ITT . .. ... .. . llH.tit!l . ;;...,n 102.(1:;:;.472 :1!l. G:!:í:SOI$ 4:U·&l :!l, 7$

RE~ U~IO l'OR 'LA SE

Anintais e s / prqdufo.
A rt ÍJ:II" Jl!ll':l :1limt>nla1;i'lo :!O:! . tl:!í 2{)(). !)07 l:il :87-1$ l:!H :9!11$
)ta h'ritl.s prlmus . .. .. . 7!Hi . !) 11 JtiO. l:!G l.:.?H~ :S!l~ l . ;{!)~ :G9:2$
l'ro1lulo!'< industriais .. .. l!l.64:! 2(i.:i!H 10:!173$ l:l:GS1$ •

1 . 011:). :.?1 () 687.G:!7 l ..t:iS :74:)$ 1 . :-.,'H :!l6.J$

Minerais e s/ produtos:
.-. rt ig"" p~lr:l nlimeutac;ão 24.000 2:400$
1\ltltt•riu!! primas . . . . .. 2-í .1100 <n.G!~ U:27i$ 1(1:4;, $
Pro<lutoq indnstrinis .. .. ... ~:i.76S 15.5'1 lH :6iH$ 2:9 :10~

SO. 7GS 101 .:.!4:! :U:!I11$ :!1 :í!lS$


Vt"jetais e s / produtos:
Arti~Oli Jllll'll uli men trH:uo ]o. !1:~. :í61) 11. 00. 7:)5 2.316:710$ 2.61 :027~
Mnt<•r1us primas .. 1 !1. :í:í!í . l CH ]:-J.l'i9.80'i -!.451 :830$ :l.4!l7:537$
Prculuto~ inrlu ·triaif< .. .. ... flli.12;j ,!l13 77 . u.-~. 010 :l2 . 7!l7 ::WJ$ :l6.í71 :423$

119.019.586 l 0'2. (j3{). 472 39. G2.:. :S<H$



-114-

Quantidade (k .) \ 'ulor Oficial

19!lO 193 l 1931

Artigo" pat-a alimrnta~:io: •


_\ uimai-. .. . :!IY.!, li:!7 :.!1111. !!Oi 1:i 1 ;Sj 4~ l::!f. :!1!)1$
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li . I J l . l!ili 1:!. o::;-, Citi:!


i\latrl'i:t:-. flrinm-.:
.\IIÍ!illll~ . . . .. •. . . . . .•• • í!lli.!IH lliO. I :!li 1.:!!1:.! :1-:!J, s 1 . :m~ :GU:!$
~1 i 11(•!":1 is ... ... ... . .. ... . :.!::> .1~10 tii.Wl H::!íí): 1 (i :-15.~-.
\ "t•j 1•: .lis . . . . . . . . . . . . . . . . . 1:1 :í.í :t. 10~ I::. 1í!l .!-.07 4 ,.;:;t ·'-..!1~ ::. -mí ::i:r: :>

li ;,jj .111:: 1:;. íiii.Ci:!í :; .í:ti ; OH~ l. !IIJí :1~"7~


• J>rmlul ns inriu-.:•:iu b:
.\r lru: :-.. l!l.'õl:! :!li. :'o!l ~ 111 :!li::~ 1:::(i-..l$
:.'\li 11•1 ti-. . . . :-•.-.. 711~ 1:-o.:i-h ts ·m:;;; :! :!IJ()$
...; 1 :!:i. !li:: 7i.H.j i,!JJO :~:!. 1!17 ::! ~!l:-i :l\i. 71 l :4:!:~

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1~1 ~~ " t l c:t:l!.\ 1.

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:\lall•l'ias Jll'ÍIII:t" ... I 1.::17. ut:-. J::. 7lll.fi:.!i :i. j:;),(l) j ~ I . !1117. (i.~7$
P rollue ••s ii H1t: <~t!' i : ri .: ..... !t:i. :!(1I .:::!:: 77. C!ri . O:t:! :;:. • ~:.ti ;-.. .•• ;~ :u;. i !ll :ti JJ$
1::o. 71 !l. ;;li! 1(1::. 1:!L:IH ·li . 111!1 .-iliO~ J-l .•J Ui :1 Hl~

Pu rn pnr·l!o:-; llil l'ion 1is 11 I . ;,;.._. 7!17 1111 . !I:.! L :í i :i ;{j. Wll ;(i!;;~ ·l:!. c;:!~ :!'-~0$
P:ll'U tmrlll' I'" I I'! li h.o i..,,,.. S , !l>ll.ítií J.i!J!I.,! i :L! IS:~I:í~ l.$:?;~:2n0$

l:!fl. íl!l.;; >-J w:; . -1:.1.:: a -n .1m': luo~ 1L ·I JG :H!l$


PECUARIA


A PECU_\RL\ ~O ESTADO
• •
O Dr. I\icolau Athanassof, professor de ZooteCnia da Escvl:t Agri-
cola "Luiz de Queiroz··, de Piracicaba. comissionado pelo governo ele
Pernambuco para estudar a situação da pecuaria no vizinho Estado ~
indicar os meios praticos do seu desenvolvimento, ocupando-se da or-
ganização e instalação das fazendas de criar, ali. diz que o que "predo-
mina no sertão é o tipo da fazenda primith·a, com terras indivisas, com-
preendendo o curral e um ou mais cercados para roçados.·· g acrecenta:
"Aí o gado \rive em comum, sem separação de especie alguma, aehando-
se assim o criador na impossibilidade de melhorar c Pxplor::tr racim1al-
mentc os seus rebanhos. As vezes ele não conhec·c ao <.:crto os Jlmites da
sua propriedade e o gado passa lhTement.e para as fazendas Yizinhas .
Surgem ·frequentemente qucst6'Cs de limites ele terras. que se desenvol-
vem lentamente. são dispendiosas e ás yezes ficam até sem solução pra-:
tica. Os mais cordatos, que melhor compreendem as c·oisas neste mundo,
conseguem demarcar ami~a,·eJm~nle suas terras, as quais são em sc~ui­
da homologadas pelo juiz competente. tendo c>m tais condições a pro-
priedade um Yalor real e dcfinit ivo".
Es~as ob:::elTaç-õcs aplic-:1.m-:::e inl('~rnlmC'nt() á lll<UH'ira de or~ani­
zar c instalar as fazendas de criar ctl'l Ala~oas ..\ qui , l 'Omo em Pernam-
buco. predomina a mesma mentalidade sertaneja ncss{' ramo industrial
·de todo entregue á rudeza de ,·aqueiros broncos.
Na fazenda, por un ic-as hen feito rias, c>xistem a c·asa rustica do
vaqueiro c o curral. ~aquela o desconforto. neste a negação dos precei-
tos mais rudimcnL:lrcs da inclustria pastoril.
A cerca do roçado, de pá.u a pique. faxina, varas ou pedras, sepa-
ra o gado das plantações <le im·erno. O gado solto em terras indivisas,
1resmaU~a-se. passando parn fazendas Yizinhas. Quando i<;:o aconte{'e,
o vaqueiro, escreveu o Dr. Tomaz Pompeu, ··reune seus auxWares e ton-
vida os vaqueiros vizinhos, em rujas fazendas ba taml>cm falta de rezes,
e sae em longa Yiagem, que pode durar muitos dias. Yae de fazenda em
fazenrla. leguas e leguas. juntando aqui uma, ali outra rez. ·•
E' este o maior trabalho que o gado dá ao vaqu~iro e com esse
pouco, quasi nada, se contenta o proprietario, que de tempos em tempos
tem vagas noticias dos seus rebanhos.
A agua e a alimentação do gado são as que a natureza inclemente
dos sertões nordestinos póde fornecer. São raros os açudes particulares
e ra.ramente a fazenda está preparada para as agruras d4'1s estiagens. A
alimentação o proprio gado procura nas plantas forrageiras dos arredo-
res, das caatingas, dos agrestes, dos carrascais c campinas, que, em ge-
ral, .. possuem bom numero de gramíneas, leguminosas e outras especies
uteis nos vales e leitos dos rios, além das ramagens e grande numero de
càctaceas c bromeliaceas". Essa alimentação não falta no inverno. Mas
quando vem a seca, esse recurso natural desaparece e o gado entra a sa-
frer o suplício da sede e da fome. Recorre-se então ao mandacarú, ao
xiquc-xique, á cabeça de frade. á palmatoria de espinhos, que são apro-
Yeitados, queimando-se-os previamente.
.
-148-

Fazendas inteiras despovoam-se. Os prejuisos são as vezes totais.


E' o quadro geral.
Os processos de criar e explorar a industria pastoril são ainda os
Introduzidos nos primeiros dias da colonização. Quando um proprietarlo
mais inteligente pretende introduzir inovações no sentido da adoção de
metodos e providencias tendentes é. seleção, á engorda, ao aproveita-
mento industrial dos rebanhos, encontra a resistencia da ignorancia se-
cular dos vaqueiros, que é, na realidade, quem manda na fazenda, "es-
pecle de gerente interessado nos lucros, recebendo um quarto ou um
quinto dos bezerros nacfdos e parte do leite, quando este se destina para
o fabrico de queijos."
A pecuaria no Estado, pois, ainda se encontra em plena infancia.

RECENSEAMENTO DO GADO

Os inqueritos censitarios federais de 1920 acusaram a existencia


de um capital vivo em Alagoas no valor de 76.966: 559$000 representado
em 967.634 cabeças de animais de diversas especles de gado, das qdais
861.626, no valor de 69.659: 623$000, encontradas nos 8.840 estabeleci-
mentos Tecenseados e 96.108, no valor de 6.297: 036$000, existentes fóra
dos mesmos estabelecimentos, em currais, estabulos e pastagens diver-
sas, nas cidades, vilas e povoados do Estado .
Esses rebanhos, conforme á sua localização e valor, distribuem-
se por especies na sinopse seguinte:

ESPF.C'IF.~ Xn propr!P.. Fórn tlns pr.o· Yalor


linde~ prlNlndP"i

Bovina ... . . . . . . . . . . . 360.367 !:!8 . 004 48 . 127:161$000


Equina ... ... . . . . . . . . . 75.831 9.167 12.378:956$000
Asfnina e muar .. .. . . . . 11.805 2.300 2.876:200$000
Ovina ... ... . . . . .. . . . . 145.909 18.301 2.208:433$000
Caprina . .. ... . .. . . . . . . 190.181 28.900 4.521:458$000
Suina . . . .. . . . . . . . . . . . 7,7.433 9.436 5.844:352$000
Total .. .. . . . . . . . 861.526 96.108 75.956:5593000

Já então Unhamos um rebanho maior que muitos Estados: em


bovinos estavamos acima do Amazonas 1222.195), Espírito Santo . . .. . .
(162.890), Rio Grande do Norte (292.138), Sergipe {290.802); em equi-
nos superiores ao Amazonas (16.043), Espirito Santo (43.476), Pará
(59.913), Rio Grande do Norte (41.245) e Sergipe (41.496); em asini-
nos e muares superiores a Mato Gronsso (7.436), Pará (3.865) e Sergipe
(10.969); em ovinos ultrapassavamos ao Amazonaa (11.192), Espirito
Santo (10 . 284), Goiaz (86.840). Maranhão (35.678), Mato Grosso ..... .
(34.396), Pará (46.883), Rio de Janeiro (27.749), Rio Gr.ande do Norte
(146.903), Santa Catarina (44.794), São Paulo {79.964) e Sergipe ....
(110.646); em caprinos só estavamos inferiores á Baía, Ceará, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo; em suínos só era-
mos superiores ao Amazonas (31.768), Rio Grande do N01te (26.824) e
·Sergipe (46.746).

\
-149-

De 1920 para cá, decorridos já 11 anos, não se fez outra conta-


gem do gado existente no Estado. As administrações estaduais, que pre-
cederam e as que se seguiram áquele recenseamento, sempre se desin-
teressaram do assunto, quer do ponto de vista puramente estatistico,
quer do ponto de vista economico, quanto á propria situação da criação
e industrias correlatas. as quais sempre viveram e estão vivendo ao des-
amparo da proteção oficial, entr egues aos cuidados rudimentarissimos
dos proprietarios rurais e á igp.orancia secular dos vaqueiros.
Sem elementos mais rec;entes para um cotejo en tre a situação da
pecuaria em Alagoas em 1920 e o seu estado atual, temos que admitir
aqueles algarismos, tirando deles as deduções que comportarem, o que,
aliás, a inda não se fez entre nós.
O gado recenseado, uo total de 957.634 animais de todas as eS-
pecies, estavam assim distribuidos pelos mun icipios e em relação ás zo-
nas toopograficas adotadas neste trabalho:
7.0XA DO J,ITOHAJ,

lll'XH'IPIO..._ Bo,·fnn
I
I
I
Equiutt
I
I
.\ <:lnloa Qçina I Cn.prlnn I Sufna

Al:t;.!on~ . . . • . . . . . . . •. I 2. u:J~I (i:H I :{!!HI 5'H j :iOl l 253


f'amnrn;:-111<' . • . • • • • • . . I 7. i ·!:; I !!.21fi1 l :!lll 2. !)(j!'l , 1. vos 1.!l!W
Cornripc .... . . . . . . . . 1 J(~ . • '1!'11 4 . :i7:! 2:l:ll ~.!l:i:! ' 2.102 :l. :il:í
:l. :;; si ] :i!>I
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) {ttct'ló . • . . . . . . . . . . 'íOI 321 1 61fl
i\lnrago;:t . . . . . . . . ~ .O:l;11 n:;l 1. 11 1I 702 1 :-,:t~
4.7~0
Pinfl~;\lm ~-:1!.. .. .. .. . .
PUnr . . . . . . . . . . . . . . .
Porto (](.' Pct11'ns . .' • . . •. 1
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I 8:H
1.2:~:~ !
~!H l
242
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1 .2:1.
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~nn t!l T.uzltt du Xm·t<' 1 :. .oon1 1 .II.J(il 4:{6 1 .am 1 õ. I 10.1
~iio l .n!~ do Qultmul~> . . .1 7. :?ti:!I 1. !)!101 2001 ~. 2!l I 2:;31 1.13-1:
Rão lli~m'l fio C'<1IDJ)OS •. 1 :i. 781 1 1 . n.1GI 4!l:l 2.RlOI 2..4:-i$ 82-:l
----------------------------------------
!l.:;:!HI 10.167

Na zona do litoral, o municioio de Coruripe reunia a maior quan-


tidade de bovinos, 25,87 '1- do gado dessa especie existente no litoral,
sendo que a zona em relação á quantidade de bovinos encontrados, pos-
suia 18,06 % da totalidade .
ZOX.\ DO F;, FRA:\C'JSCO

Jtr~ICIPIOS
1
Boçiun li Equinn 1 ...\ lninn
1 c mnur
~
I
Ovina I C3J)riua I Snlns.

B~Io llonte . . .. . .. .. .. lO.UG ;j241 259 3.512 3.977 2!}1)


l~{'jll Xom .. . . . . .. . . 11.882 l.SOG 285 3.625 2 .264 818
rno tle A ·ncnr .. .. .. . . ] . 390 1.406 30'.2 G.882 10.781 ~5
Penedo .. . . .. . . .. . . 7.4-JG 1. O.'J()i 219 506 136 248
Plrnnbns .. .. .. .. . . . . 7.100 2&'i 214 1.~{) 4.014 203
Porto Real do Colet:"IO •.
:;:rro Braz .. .. . . .. .. .. .. , 6. :ill 8711 ]()9 1.808 . 1.!)3{1 õ()j

~I
7.042 l.lGO 4.807 4.358 1.918
Trnlpíl .. . . . . . . . . . . ]6.457 1.3781' 3.435 7.077 1.05b
'>(; .0701 8AGOI L 73-'ll 26. úiGI 34.5461 [).669

Nesta zona havia 23,77 % dos bovinos existentes no Estado, sen-


do o município de Pão de Assucar o que possuia maior rebanho dessa
especie, logo seguido por Traipú, Igreja Nova e Belo Monte.
-150-
7.0X.\ fi .\ ::\J.\'1'_\

Bo,·Jnn 1-:llll ill:t


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(h·inn I (':IJlrina \ Xnl11a

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li:! .u~:: 1 ::H.77S ·l.:::u;

A zona da maLa tinha 31,09 ' ; dos bovinos, sendo Viçosa o mu-
ni cípi o maior criador. O maior numero de suínos estava na zona da mata.
Zona agrícola por e xcelen<:ia. devido á. fert ilidade de seu solo e
ás condições climatcricas que lile são pcculiare~. está todavia pouco dis-
tante d::t zona ser taneja. na peruaria, oferecendo porcentagem diminu-
ta na to ta licladC' do gc::.do das diYcrsas e!'\pec ics.
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l'au ta na tl ll I pa lll'lll:t .. .. J :!:~. :!11:.! :! . ! I:~:! ' !l:t!l 1(i. :1!;(j :~:;. ;)1~ 1 !;.ll(i

l :.!:i.fiit) :.!:~. :!~ 1J ;) • 1111 ~í.lO:i 1 1!) • ():!!) :\:}.-!:0;';

A zona sertaneja ]>ossuia 37,6 2 ' , do gado boYino e reunia a


maior quantidad<' de O\'inos e car>rinos. O munic·ipio de Palmeira dos In-
cEos é o maior criador dessa zona.
Considerando a distr ibuição dos rebanhos pelas ctuatro zonas to-
pograficas relativamente á. superfície territorial de cada uma, para ob-
tenção da densidade da população pecuaria, o resultado é o que se segue:
. .
7.on u~

Litoral. · 6 .778 124.332 18,06


São Francisco 7.091 162.595 39,94
Mala . . . . . . . ... . 6 .606 248.866 38,25
Sertão . . . . . . . . . . . . 9 .625 421.8-H 43,79
30.000 957.634 31,90
Quanto ao valor dos rebanhos, a distr ibuição por zonas topogra-
ficas é a seguinte:
Lit oral . . . . . . . . . . 11 . 615 : 996$000
São Frane,isco . . . . 13.606 : 828$000
-151~

Mata . . . . . . . . . .· .·. ;. ,, 22 . 985:474$000
Sertão . . . . 27.748:061$000

Total .. 75 . 956:359$000

Distr ibuído o gado por especie e respectivo valor de cada reba.:
llPO, pelos municipios. do Estado, teremos devidamente discriminada a
r~qq~za pecua1·ia de cada uma das ci rcunscrições municipais, conforme
os quadros que damos a seguir para complet.a elucidação destas infor-
~ações.

BOVlNOS
•..

~Ui'\ICIPIOS Quan tidade Valor .

Palmeira dos Indios . . . . . . . . . . . 36 .592 4. 500: 81G.~OOO


'
Viçosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :?.- . ~Of) 3. 1 ()(): 707$()()()
Santana do Ipancma . . . . . . . . . . . 2:l.202 2.844:846$000
União . . . . . . . . . . . ...... . 21.075 2.592:225$000
Pão de Assucar . . . . . . . . . . . . . .. 18. 390 2.261:970$000
:l\1uricí . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 17.849 2.196:427$000
Limoeiro ......... ... . . . . . . . . . . . 17 . 231 2.119: 41~$000
Coruripe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . lG . 39 2.071:197$000
Anadia ......... . .... . lf3.132 1.!>84:236$000
Traipú . . . . ........ . . . ..... . 1:) . l :12 1.901:211$000
S. José da Lagc . . . . . . . . . . . . . .. 12.140 1.493:220$000
Mata Grande . . . . . . . . . . . . . . . . . 11. 96J 1.471:203$000
Igreja Nova . . . . . . . . . . . . . . . . .. 11.8 2 1.461:4 6$000
Agua Branca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.881 1 .461:363 000
Quebrangulo . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 11.744 1.494:512$000
Bélo :\1ontP. . . . . . . . .. 10.74G 1 .371:758$000
Atalaia . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~.802 1 .255 :646 ... 000
Camaragibe . . . . . . . . . . . . . .. 7.745 1 . 002:635$000
Penedo ......... ........ . 7.446 965:858$000
S. Luiz do Quitundc . . . . . . . .. 7.262 943:226$000
Piranhas . . . . . . . . . . . . . . . 7.196 900:17G 000
'São Braz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ·. . 7.042 866 :166$000
Porto Real do Colegio . . . . . . . . . . . . . 6. 511 800:853$000
Pilar . . . . . . . . . . . . . . . . .... ... . . . 5 . 908 726:684$000
S. Miguel dos Campos . . . . . . . . . . . . . 5.787 711:8015000
Junqueiro . . . . . . . . . . . . . . . ..... . 5.571 685:233$000
Capela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.066 623:118$000
Santa Luzia do Norte . . . . . . . . . . . . . . 5.009 116:107$000
Piassabussú . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.780 587:940$000
J..eopoldina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 4.733 582:159$000
Porto Calvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.425 544:675$000
Arapiraca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000 492:000$000
Maceió . .. ......... ... .. .... . . . 3.578 440:094$000
Maragogf . . . . . . . . .... ......... . 3 . 035 373 :365$000
Alagoas ... .. .... . . . . . . . . . . . . · . . : · · 2.638 324:474$000
Porto de Pedras . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.507 308:361$000
:
Total: 388 .371 -- 48 . 127:161$000

-- 152-
EQUINOS

MUl'\TICIPIOS Quantidade Valor

Viçosa .. . . ....... . ........ . 3•.354 1.211:330$000
Palmeira dos Iodios . . . . . . . . . . . . . . 6.116 886:675$000
Muricí . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.086 882:470$000
Ana.dia . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . 6.698 811:710$000
União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . •.. 6.096 738:920$000
Coruripe . .. ... . .... . . . . . . . . . . . 4.572 662:940$000
I.Jimoeiro ..... ·. . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.506 663:370$000
S. José da I..age . . . . . . . . . . . . . . . . .. 4.222 612:190$000
Quebrangulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.204 609:580$000
Atalaia .... ... . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 . 209 466:305$000
Santana do Ipanema . . . .. . . .. . .. . 2.932 425:140$000
Leopoldina . . . . . . . . . . .. 2.461 856:846$000
Camruragibe . . . . . . . . . . . . 2 . 216 321:175$000
Capela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.993 288:985$000
S. Luiz do Qnilunde . . . . . . . . . . . . . . . 1.990 288:660$000
Agua Branca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.946 282:170$000
S. i\Iiguol dos Caru pos . . . . . . . . . . . 1.936 280:720$000
Igreja Nova . . . . . . . . . . . . . ..... .. . 1.806 261:870$000
Traipú ... ... . ..... . . . . . . ..... . 1.378 241:895$000
Pilar .. . .. . . .... . . . . . . . . . . . . . . . 1.233 178:795$000
Pão de Assuca r . . . . . . . . . . . . . . . .. . 1.206 174:870$000
Mata Grande . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 . 173 170:085$000
São Braz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.160 168:200$000
Porto ('alvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.153 167:185$000
.Santa Luzia do Xorle . . . . . . . . . . . . . 1.046 151:670$000
:Penedo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.030 149:350$000
:.\Iaceió .. . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . 910 140:140$000
Porto Real do Colegio . . . . . . . . . . . . . 871 126:295$000
Piassabussú . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .: .. · 831 124:495$<100
~iaragog í . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 724: 104:980$000
Alagoas . .. . ..... . . . . . . . . . .... . 631 91:495$000
Junqueiro . . . . . . . . . . . . ..... . .. . 611 88:695$000
Aãapiraca .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 600 87:000$000
Bélo Monte . . . . . . . . .... . . . . . . . . . 524 75:980$000
Porto de Pedras . . . . . . . . . . . . . . . . .. 391 56:695$000
Piranhas . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . 285 41 : 325$000
Total: 84. 998 ..... 12 . 378: 995$000

ASININOS E MUARES

MUNICIPIOS Quantidade Valor

Ag ua Bruuca ..... . . .... . . . •. . . . . 1 . 490 303 : 960$000


A t al ::.i:.! . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . 1 . 430 291:720$000
Paln. ~ira dos Ind ios . . . . . . . . . . . . . .. 1.165 237: 660$000
s~nta.na. do lpa nema . . . . . . . . . . . . . . 939 201: 556$000
-153-

:\ft;(\ICIPIOS Quantidade Yalor

Anadia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 749 161:976$000


S. José da Ln.~e . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 11 141:576~000
S. Mig.ucl dos Campos . . . . . . . . . . . . . 193 100:572~000
Qnebrangulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4S9 !19:756$000 •
Limoeiro . . . . . . . . . . . . . . ........ . 476 93:104~000
Santa Luzia do ~orle .. . . . . . . . . . . . . 4~6 85 :914$000
Viçosa .................. ...... . 4f'9 ~1:430~000
Alap;cas . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . 3~G RO: OS·t~O OO
Murici .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -.. . ~so
• 77:020~000
3:)0 71: ·100~000
União . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Mata Grande . . . . . . . . . . . . . . . . .
• ~34 () . : 036~000
'Capéla ..... . . . . . . . 288 5.,:700SOOO
Igreja Xova ........ . :!Sf. :; : 700.)000
Belo l\lonle . . . . . . . . . . . . . . . . .. :!:>9 G:!: S3G~oor)
Piassalm~sú ............ ..... . :2~2 -!!): :}GS~OOO
Coruripe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ')I) I)
- U •I 47:r30!b00:J
Trajpú ..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~:?1 4:3: 0~-~~noo
Penedo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :un 44:G7GS0flll
Pilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... ... . ~lS 4 l: ·100~0011
Piranhas .... . ... . . . . . .. ....... . ~14 .f3: ();)0~001)
Lcopoldina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202 41:200$000
Pão de Assucar . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202 -!L: ~oosooo
.Arapiraca . . . . . . . . . . . . . .. :!00 40:800 000
S. Luiz do Quitunde . . . . . . . . . . . . . . . :?('0 t10:800SOOO
1.1aceió . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . J59 32:430SOOO
São Braz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126 23:700$000
Camaragil>e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 126 25:700$000
Porto H.eal do Colegio ........ . 10!) 2~: 230.'001)
...Jnnqueiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 :n: 012Sooo
Maragogí ... . . . . . . . . . . . . . . . ... . 95 19:3 osooo
Porto Calvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . !)4 19:170SOOO
Porto de Ped ras . . . . . . . . . . . . . . . . .. 35 7:140$000

Tolal : 14.105 =- 2.876:200$000

OVI~OS

• Mu"':''TCIPIOS Quantidade Valor

Palmeira dos I ndios . . . . . . . . . . . . . .. 30.583 397 : 579~000


Ljrooeiro .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 . 464 277:032$000
Santana do Ipanema . . . . . . . . . . . . . . 16 . 356 222:628$000
Mnricí . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... . 8 . 994 116 : 922$000
Agua Dranca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.283 97:679$000
Ãnadia .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.968 87:584$000


-154-

l\fU!\J:CTPIOS Quantidade Valor

Pão de Assurar .. . . . . . . . . . . . . . . ~ . 5.8 2 76 :466$00()


São Braz . .... . . ... ... . . . . . . ... . 4.807 62:491$000
• Atalaia . . . . . . . .... . . . . . . . ..... . 4.386 57:719 .00()
Quebrangulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.117 5~:521~000
)fata Crande ..... . . ... . . . . . . . . . . 4.100 53:300 00()
Coruripe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.952 51:376$000
Capela ... . ..... . . . . . . .. . 3.875 50:141$000
• l'I.T
TgreJa hova . . • . ..... .. . . . . 3 . 625 47: 125$000
Belo 1\fonte ... . . . . . . . . . ... . 3 .512 45:656$000
Traipú . . . . . . ..... .. . B. 43fi 44:655$000
S. Luiz do Quilunde .... .. .. . 3.280 4~:6-!0SOOO
t •
A rapiraca . . . . . . . . . . . . . .. 3.000 39:000$000
('amnragibe . . . . . . . . . . . . . .. 2.969 38:697$000
S. )lig uei do!'; Ca mpos . . . . .. ., 10 36:530$000
l~nião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 2.750 3:l:750SOO()
R .José da Lah"<' . . . . . . . . . . .... . .. . 2.742 35:6413300()
I...copoldiua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 2.189 28:457$000
Piranhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 . 940 25 : 220$000
Porlo Calvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1 . 925 25:025$000
Porto RPal do ('olegio . . . . . . . . . . . . . 1 .808 23:504$000
Santa Luzia do :\ortc . . . . . . . . . . . . . . 1 . 391 18:0 3$00()
.J unque iro . . . . . .. ... ... ... .. .. 1 . 351 17:563$000
Pilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.238 16:096$00()
Viçosa . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . 1.212 15:75G$000
Porto de Pedras . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1 .183 15: 3 7~)$00()
)1aragogí . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . 1.114 14:4tl2SOOO
Piassabussú ..... . ..... . . . . . . . . . 1.047 13: 611$00ll
l\1aceió .. . . .. . . . . . . . . . . . . . .... . 850 11: 050$00()
Alagoas .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 584 7:592$00()
Penedo ...... . .. . .. .... .. . .... . 506 6:578$00()
Total: 1G4 .210 - 2.~08 :~33$000

CAPRI~OS

1\IUNICIPIOS Quantidade Valor



Palme ira dos Indios . . . . . . . . . . . . . .. 42.587 846:700$000
Santana do lpanema . . . . . . . . . . . . . . 35.618 720:360$00()
Agua Branca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 . 232 514: 640$00()
Limoeiro ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24.476 499: 520S00()
Mata Grande . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . 10.787 225:740$00()
Pão de Assucar . . . . . . . . . . . . 10.781 225:720$000
Anadia . . . . . ........ . 8.051 171:020$00()
Traipú . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.149 152:980$00()

-155-

:\:ll.7~ICIPIOS Quantidade Valor

Qnebrangulo . . . . .............. .. . 127: 780S00(s


Murici . . . .. .......... . ........ . 91: 6·!0$000
'S. José da La.~~e . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 9:760$000
São Braz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~7:160SOOO
Piranhas ..... ... . . . . . . . . . . . . . .

s;o:O OSOOO
Delo Monte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 3.977 79:540$000
Viçosa . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .... . 3.32~ 70:4-tOSOOO
S. Miguel dos Campos . . . . . . . . . . . . . 3 . 2!)8 :"9:160$00(1
Igreja Nova . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. ~ . :.!li4 55::-! ' USOOO
Leopo1dina . . . . . . . . . . . . . . . . .... . 2.202 49:040$0(){1
Coruripe ........ . .... ..... . ... . 2.102 47:040~01)0
Porto Real do Colcgio . . . . . . . . . . . . . 1. H:!9 43:7 osooo
Capela . . . . . . . . . . . . . . . 1 . 7:n 39: 6~0~~000
Camat;agihe ..... . . . . . . . . ... .... . 1 . r; o~ 36:04 0~0011
Atalaia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . L. 534 35:6 0$000
l Jnião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . L. -177 29:940$000
Piassabussú . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. l.:!.lfi :!9:900$001)
Atapiraca .... . . . . . . . . 1. :!~S :!9:760$001)
.Junqueiro ........... .... ... ... . S7, 17:G6ú$000
Maragogí . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . '70~ LG:OiO~Oíll)
Porto Calvo .... . . . . . . . .. . . 55:! 13: 040 '(\00
S. Luiz do Quitundc . . . . . . . . . . .. 4 ;)~{ !~: OGu$!)00
Mac·<'ió . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 321 () : 820.. 000
Alagoas . . . . . . . . . . . . . . . . . . ' ... . :~OI 6:420'000
Porto de Pedras .... . . ........... . 24R 4:960~000
Pihtr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 2~!* 4:780SOOO
P e nedo ..... . . . .... . . . . . . . . . . . 13G ~:79U$00U
Santa Luzia do ~orle . . . . . . . . . . .. 58 1:168$000
Total: 219 . 0 J ~ 4.521:458$000

SUil'\OS

1\IUNICIPIOS Quantidade Valor



Viçosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . · · · · · · 10 .904 730:568$000
MtW"iCÍ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.663 647:421~000
limoeiro ..... .. ........ ... ... . . 9.132 61 1: 844$000
Palmeira dos Indios . . . . . . . . . . . . . .. 8.132 54:1:14!$000
S:intana do Ipanema .. .......... . . . 5.116 342:77~$000
Quebrangulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.059 3 ~ 8:953SOOO
·Anadia ... .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.476 299:892$000
União . . . . . . . . . . .. ... .. . . . . . . . . 4. 206 28 1: 80~$000
Coruripc .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 .515 235:505"000
~gua Branca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 .21l ~15: :;38$000
S. J osé da Lagc . . . . . . . . . . . . . . . . .. 2.770 J73:590S0fl0
·São Braz ...... . ... . . . . . . . . . . . . . 1 . 981 13:!:727$000


-156-

l\IU~ICIPIOS Quantidade Valor

Atalaia .. . . ... . . . . . . . . 1.927 1 29:] 09$000


Camaragibe . .... . ... . . . 1.926 129:042$000
• Leopoldina . . . . . . . . . . .. 1.320 88:440$000
L\lat.a Grancle ........ ... . . . . . . . . . ].240 83:220$00()
S. Luiz do Quitunde .. . 1. J34 75:978$0<10
Traipú . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.050 70:350 000
Capela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1.033 69:211$000
Arapiraca .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 67:000$000
S. :\figue l dos Campos . . . . . . . . . . .. . 924 66:908$000
Igreja I'\ova . . . . . . . . . . . . . . . . .. 81 59:806$0(}0
Porlo Calvo . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . 06 59:002$000
Pão de ~\ ssucar . . . . . . . . . . . . . . . . .. 735 48:545$000
J\Iacció . . . . . . . . . . . . . . . . ........ . 719 4 :173$000
Piassabussú . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. (189 46 : 1.63$000
Maragogí .... . . . . . . . . . . . . .... . . 533 40:711$000
.Jmtc}uciro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. !)11 3!):237$000
Porto Rea l no Col e~io . . . . . . . . . . . . . õ03 38:835$<1UO
Porto de Pcdrns . . . . . . . . . . . . . . . . .. ~95 26:465$000
B elo l\lontc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290 25:4.30$000
Pilar ... . . . . . . . .. ........ . . . . . . 276 18:492$000
Alagoag .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~53 16:951$000
Penedo .. . .. ... . ...... . . . . . . ... . 248 16:616 000 •
Piranhas . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . ~05 J3:73õ$000
Sant a Luzia do .l':orte . . . . . . . . . . . . . 164 11 : 377$00()

Tolal: 86.869 -= 5.8!4:352$000


t
O muniripi o de Palmeira dos lndios tem a primasia na criação de
bovinos, ovinos e caprinos; o de \·içosa na de eqn in os e suinos e o de
Agua Branca na de asininos c muares.
A distribui<!ào dos rebanhos pela população do E stado, na razão de
1.000 habitan tes, é a constante do quadro que se segue:
Distribnl~ão do rebnnltos l>Or 1.000 ltablta.ntes

:Yumcro t1e animais por especi~


Por 1.000 hn bitantes

]fubicipios - I
POPULA<:AO I:
I~
Agua Branca . . -I 25 . 86J I 4561 751 571 2801 9701 123
Alagoas ... . . . . ... -I 24 .0611 1101 26 161 24 ' 131 1()
Anadia . . . . . . . . . . . . , 64.4711 2461 86 121 931 121 G8
Arapiraca . . . . . . . . . 11.911 3331 50
161 2501 103 50
Atalaia . . . . . . . . . . . -I Sl . 9631 1191 391 17 531 181 23


-157-

:Ynntero de n.nimnis por cspecies


Por 1.000 JlnlJitantes
Jfunlcipios I POPULAC:ÃO
I g
I :,...
o
I 'll

I I I I I
Belo l\Ionte . . . . . . . .1 10.389 9801 ~ ?
;)_ 251 3521 3971 27

~!/
Camaragibe . . . . . . . . 1 31.6881 242 1 691 41 921 60
Capela .... . ... . . . 1 36. 728 ' 1371 5-11 71 10·1 32
Corm·i pe . . . . . . . . . .1 19.922 8-H I 2~g l 111 1971 561 175
Igreja r\ ova . . . . . . . .1 21.7051 540 82 131 1641 1031 37
Junqueiro . . . . . . . . .1 J 1. 918 2781 30 ' ~ I 1121 73! 25
Leopo1dina. . . . . . . . .1 31. 929 ' 1481 771 61 sgl 691 33
Limoeiro . . . . . . . . .I 28.582 6151 160 181 6231 906! 324
~1aceió; . . . . . . ..... j s, SI
~I 3~1
103.9301 34 1 7
Maragogi . . . . . . .. . I 21 . 2381 14-11 34 531
Mata Grande . . . . . . . .1 27.539 42 71 42 1 121 1461 3851 44
:\1ur!ci . . . . . . . . . . . .j 49.224 3571 1211 71 l 83J 921 195
Palmeira dos Indios . . ! 4G.652 7781 131) 24 1 6501 9061 173
Pão de .\ ssucar . . . . . . I 27 .923 656! 431 71 ~1 0 1 3fil 21-
Penedo .. . ... .. . . · / 32. 075! 232 1 ., •l i
oJ ~ Gl J 51 -!' 7
Piassabussú . . . . . . . . 9. 361 4781 83 1 ~4 1 1041 1241 6~
Pilar .. . . . . . . ... . . I 21.455 2681 5H: 101 591 101 12
Piranhas . . . . . . . . . - I 4. 422 1. 43fl ' !)7 .i2 l 380 1 8001 41
Porto Calvo . . . . . . . .1 29.7211 1471 38' 31 641 181 26
Porto de Pedras . . . . .I 24.070 1041 16' Jl 491 ] OI 17
P. R .•do Colegio . . . . -I 16 . 325 1 3831 5GI 71 1131 291141
Quebrangulo . . ... . . 1 43. 975" 267 1 951 111 9SI 134 115
Santa. Luzia do Norte .1 29.978 1671 :~5 ! 1 41 461 11 5
Santana do Ipan ~ma . . j 51 . 5041 4461 5GI 18 3141 868 100
S.ão Braz .. .. .. .. . J 17.819 391 641 7 2661 242 110
São José da La~e . . . . j 56.103 217 751 12 49 80 49

~~I
São Luiz do Quitunde . j 33.368 220' 60 61 13 33
São. 1\'~iguel dos Campos\ 38. 580· 1481 49! 131 63 23
Tratpu . . .... .... . 26. 0531 5941 531 81 1321 275J 40
União . . . . . . . .1 67 .183! 314 7GI 51 4J 221 62
Viçosa . . . . . .1 71. 411 1 3501 1161 51 171 48 J 151
Estado .. .. \ 1 . 257. 8371 3081 611 111 1301 1761 69

• Pelos resultados do quadro a.cima, a proporção dos animais das


diversas especies varia, aproximadamente, por 1.000 habitantes, entre
os seguintes extremos: bovinos 1.439 no niunicipio de Piranhas e 34 no
de Maceió; equinos 228 no de Coruripe e 8 em Maceió; asininos e mua-
res 57 no de Agua Branca e 1 no de Maceió; o,·Jnos 650 no de Palmeira
dos Indios e 8 no de Maceió; caprinos 970 no de Agua Branca e 1 no de
Maceió e Santa Luzia do Norte; s11lnos 324 no de Limoeiro e ü no de
Sahta Luzia do Norte.
Em todo o Estado correspondem, aproximádamente, a cada 1.000
habitahtes, 308 da especie bovina, 67 da equina, 11 da asinina e muar,
130 da ovina, 176 t:.1. caprina e 69 da suina.
- 13~ -

Em geral, a maior quota proporcional, por 1.000 habitantes, é


forn ecida pela especie bovina (308 o/ oo). logo seguida, na ordem em
que se acham pelas especics caprina (176 o/ oo), ovina (130 o/ oo), sui-
na (69 o 1oo), equina (67 o oo) c asinina e muar (11 ol oo).
Quanto á quota por 1.000 habitantes, Alagoas, r elativamente á
especie bovina. está superior a Espirit.o Santo, Pernambuco, Rio de Ja-
neiro. Distrito Federal e Tcrritorio do Acre ; quanto á cquina a Amazo-
nas, Distrkto Federal, Pará. Rio de Jan eiro e T errit.orio do Acre; quan-
to á asinina e muar, a Amazonas, e Pará; quanto á ovina, a Amazonas,
Distrito Federal, Espírito Santo, Goiaz, Maranhão, ~Iinas Gerais, Pará,
Paraná.. Rio de Janeiro. ~anta Catarina. São Paulo e 'ferritorio do
Acre; quanto á caprina, a Amazonas. Distrito Federal, Espírito Santo,
C1oia~. i\Taranbão, :\Iato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Ja-
neiro, Rio Grande do Sul. Santa Catarina. São Paulo e T enitorio d()
Acre; quanto á suina, ao Distrito Federal e Rio Grande do 1'\orte.
PROD"CÇAO DO GADO E:\1 l931
O Decreto n. 1.154, de 11 de novembro de 1925, que manda obser-
, ·ar o regulamento para a execução do impo!;to sobre produção· das di-
Yer~as especies dE' gado. isenta de qualquer ontts a produção até 25 crias
ele bovinos. equinos, asininos e muares, e até 30. de ovinos e caprinos,
fica ndo os suínos inteiramente livres dC' qualquer taxa. pcl~t eucentes aos
proprietnrins de usinas e en_g-enho~ ti(' fabricar a~sucar. l)e modo que, a
·ver ifi cação a nual da produ~ão, para o efeito do lança mento do respectivo
imposto. não nlc:anc;a scguramcnt~ a um t erço da produ~ão de cada ano
das menr·ionadas e~pec:i es e <>xc-luc tot.nlmcme o gado suin o.
A vcrificac:ão consiste na atcit.a~ão da nota dec:lar:ltoria apresen-
tada r, ·lo ('riaclor ág rolctoria. esladu::tis, não ha Yendo registro n em ou-
tro qualquer processo pelo qual ~c possa ter uma cifra exala do gado
existen' ·" r r<>S!lE't'tiYa produ<:ão anual. . •
i\lf1smo assim. em 19Jl. n.s C'oletorias apuraram a segumte pro-
duç:ão:
Bovinos .. . . . . . . . . . . . . 26.384
E<tuinos .
. . ... ... ... ... ..
Asmmos c muares . . . . . .
2.232

9 .159
504
Ovinos ...... . . . . . . . . .
Caprinos . . . . . . . . . 13 . 459

Tot al .... 51.738


Essa produção ficou assim llistribuida pelos municípios:
f,...---
r:T.
::'=%
...
~

~Inniclpios
o
~
o
s::
g -
o
a :i
-
o
::;
o
::: •
c.- :::
::: ;. ~
~ :=
~.:;
...... 3. c Torol
.z -'

Agua Branca . . . . .. I 500l 1.2271 2181 72 3171 1.3661 3.200


Alagoas . . . . . . . .
Anadia . . . . . . . . . .
·1 811 289
438! 1.4461
30
2171
8
73
801
1õ4
10 417
76 1 .966
Arapiraca . . . . . . .. I - 1 I - I
At alaia . . . . . . .. ·I 701 2541 531 1021 409
-lf;9-

I
'f.
1.<

liunidpios -5 -,
:> :)

·-
o
'l'o t;.l
- - :.-
- -
I~
~ ::;
.
-.::
y

Belo Monte . . . .
Camaragibe .. .. ...
Capela .. .. . . . . . -I
,
2971 !L~91 \
571 591
4
i
1
25 1 7-!31 1.1561 ·L ~59
.
116 831 80:>
401 -435 31 - I - I 488
Coruripe . . . . . . . ., 94 319 ' I 5 50· 29 411
Igreja Kova . . . . . .. - I - I -I - I - I

·j -
Junqueiro .. . . . . .. I •) I ·114' ii51 l 2ü-! 372' 1.106
L~opol?ina . . . . . . 2101 J90i 151 66 1 3821 sr." ;)~

Lnnoen·o . . . . . . . . 4681 722 1 1101 11 1 555 798 2.196


Maceió .. . . . . . . .I 100 4691 - I I 15 l 484
:\1:aragogí .. . . . . . . I 3 I 371! 111 - I 68 - I 350
Mata Grande .. . . .. J - l - I - 1II
Murici .. . . . . . . . . GSI 5~9 - I 211 - 1) 772
Palmeira dos Tndios 9-'>1
I.J 1 . :~24 1 2871 63 518 312 2.501
Pão de Assucar !)251 j .1291 l·H I ]0 1 .209 ] • ,..-·)
f <>·•
-
i ;) . .._,--
.) .

Penedo .. . . . . . . .. 1701 1. 051 691 111 61 2 1.194


PiasRabussú .. . . . . so ~ a<;R j 431 -?''
õ -!89 9 l.O:H
Pilar .. .. . . . . . . 41 1 3051 111 ~]I 1.10 Jl ' ·lGI ..
Piranha!; .. .. . . . .. 1301 809 121 10 242 835 1.908
Porlo Calvo .. . . . . 73 :~39 1 12' i H3 88 582
Porto de Pedras .. .. I 2-l J4:} j 9 I 77 8 239
P. R. do Colegio . . . . ) -
Quebrangulo . . . . . . !!213 734
I

73 3
=I - I - I
34 67 911
Sant~na do lpanema . 1. 050 •) -4-
- . I I j 225 110 1. 746 3.953 7 . 781
S. L. do Norte .. ... 1I 80 ~-t9 ' 3 138 20 718
Rão Braz .. . . . . .. .
S. José da Lage . . . .
S. L. do Quitunde .
-!60 1 1.1241
130 1. 073 '
73 730
....·•<> t
1
,-,
18
_, 780 1. 688~ 3. 8..!5

267 1 -
I
1.094
I 1.005
S . ~Iigucl dos Campos ~0-! 1<'5 3 112 314 71
Traipú .. 340 1. 066 1 621 171 383 854 ; 2.382
União 250 ~421 731 91 1 1671 1.248
Vi~osa .. I 1901 1 . 1481 41 1!1 1GI 3 1.213

I 7 .S76'26.384 I 2.2321 5041 9.144 13. 459!51. 738

Calculando em um terço a produção alcançada pelas isenções da


ei c avaliando a produção de quatro municípios cujas coletorias não de-
ra:m informações. teremos, aproximadamente, que a produção de 1931
alcançou os algarismos seguintes:

BoYinos . . . . . . 39.178
Equinos . . . . . . . . . . . . 3.279
Asininos e muares . . . . 752
Ovinos .. . . . . ... .... . . 18.192
Caprinos . . . . . . . . . . . . . 21.945

Total . . . . . . . . . . . . . . . 83. 346


-160-

lll. a considerar que a produção, principalmente de bovinos, nas


~:on~s do São Francisco e sertaneja, foi, no ultimo ano, grandemente
diminuída em virtude da prolongada estiagem, havendo municípios em
que a mortandade do gado foi enorme, c ainda a ausencia de informa-
ções acerca da produção dos municípios criadores de Arapiraca, Igreja
• ·ova., l\lata Grande c Porto Real do Colcgio, cujos coletores não atende-
ram ás solicitações da Dircroria de Estalistica do Estado, nem remete-
ram os livros respetivos á Diretoria da Fazenda, no praso determinado,
por onde. diretamente. pudessemos colher os elementos necessarios á.
organizaç-ão completa desse quadro.

J;\:OUSTRIA PASTORIL

A quantidade de ~ado ele todas as especies existentes no Estado


1·eprcscnta um capital \"Í\ o de ou~~ü 80.000 contos, estando o numero de
animais muito proximo de um milhão.
l!~nfretanto. os mctodos sc~uidos na gestão das fazendas pastoris,
gcralmPntJ:> entre~ucs á im.eli~cncia rudimcntarissima do vaqueiro, em
<·on.lplcto antagonismo. quando não francamente hostil. com os metodos
1·acionais pralir:!.clos modcrnamente em estabelecimentos semelhantes.
f' os ! r()cessos adota.dos na Ci"tação e 11a exploração dos rebanhos, não
pC'rmitcm a libcrtac:ão do Estado da sua atual condi~ão de tributario dos
E: ·t~'clos uo sul, onde a indnstria pustoril se encontra em pleno desenvol-
vimento.
"\ nossa pccuaria d cstinu-~P quasi exclusivamente ao consumo
cl2s nopnlacões urbanJs c ao conH~ ··c·io de c.-ouros c ucles. A inclustria de
jati<.-I Lios não tem inf ucncia na cc:onomia das fazendas. restrita á pro-
duç1o de manteiga. para uso domcslieo de alguns proprietarios e á fa-
hric:H'jj ..., rl') (1tt"'i jn :' um c·omerC'iO local. OU, quando muitO, inter-muni-
dt);' 1: st: 1•1 !IC- O 1ia balan~a comercial do Estado. ·
A propria <'Hl'n~ d(' ~o!, de grande consumo nas zonas criadoras
do São Francisco e do sertão, ainda não despertou a iniciativa da xar-
<).ncada, nem mesmo é prod~zida em quantidade sobejante a uma expor-
tação volumosa. Ao conlrariq, o Estado consome, nos seus municípios
das zonas da mata e do litorar: a rnru<' lle sol que se fabrica em Pernam-
buco, notadamente em Garanhuns, Glicerio, Palmares e outras circuns-
crições pernambucanas mais p:oximas das fronteiras.
No ultimo ano a nossa situação de dependencia economica, rela-
tiYamente áqueles produtos, foi bastante significativa e reproduziu,
aliás, o quadro que anualmente se apresenta á consideração dos estu-
diosos desses problemas.

Importa~ão

Xarque .... . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.691:734$000


1\lanteiga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1.359:012$000
Queijo. banha, leite condensado e· con-
servas diversas, aproximadamente . . 1.000:000$000
Couros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 832:576$000
Sebo .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . 462:398$000
11.365:720$000
-161-

Para fazer face a essas aquisições de produtos de origem animal.


tivemos uma exportação de pouco mais de 1.500 contos, a saber :

Ex}lOrtftção
Peles de cabra e carneiro . . . . .. 943:912$000
Couros de boi . . . . . . . . . . . . . . . . . . 449:640$000
Gado em pé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 : 133SOOO
Produtos diversos . . . . . . . . . . . . . .. 50:000$000
Carne de sol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5:930... 000
Banha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 507$000
Sola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 504$000
1.545:726$000

Verifica-se que a importação de generos que podíamos produzir.


excedeu á exportação em 9.819:994 000, excesso que se refletiu. forço-
Jiamente, na economia do Estado.
Não ha, felizmente, em Alagoas importac:ão ele bovino5 para o
consumo interno, mesmo da população da capital. cujo matadouro SP.
abastece das fazendas do interior, o que, sem dm·ida, repre5=enta uma
consideravel vantagem, contrariamente ao que sucede :1 Pernambuco,
que importa dos Estados limítrofes, in c:lus iY\'e A lagoas, 10 ' ; do gado
que se consome em Recife.
Se juntarmos á cifra da exportação de produtos de origem ani-
mal o valor aproximado do garlo consumido. da exploração <·omcrcial
do leite, da produção de crias nas [a:Gendas e de operações met•t·antis de
outra natureza praticadas pelos criadores, <: s~ cleYarmos todas essas
especulaç.ó'es a 10.000 contos, não teremos ainda um total sufiri ente á
cobertura das aquisições feitas em outros Estados para o nosso consumo.
Precisamos, pois, encaminhar a nossa pct·uaria em direção a
noYos horisontes, para podermos tirar resultados iguais aos que essa
industria proporciona a outros Estados. E para isso é necessario "melho-
rar o meio em que o gado vive, fornecendo-lhe boa alimentação e boa
..a.gua"; cuidar com inteligencia dos rebanhos, fazendo cuidadosamente
a seleção, visando a . rodu<_:ão de novilhos para córtc e de bois para car-
·ro; explorar a industria de laticinios, da xarqueada, do cortume e desen-
-.olver n a mais alta escala a criação de suínos e exploração comercial
-c:tue essa especte proporciona.
FIN1-\ .I,.. O AS
.j
(

Fl~A~ÇAS ESTADUAIS

A Lei n. 1.094. de 17 de ago8to de 1889 deu o ultimo orçamento da


Província, no regimen monarqnico - 829 :050$202, receita. 82~: !>9~~83oi .
despesa..
A administração publica, nesse tempo, tinha na taxa proporcio-
nal soLre todos os volumes que tra nsitassem pela Província, qualquer
que fosse o seu dest ino e proccdencia, a fonte principal da renda pro-
vincial. Essa taxa esta va a Yaliada, naQuela lei. em 5-40: 1)00$000, ou
65 o.o da receita total . A importação e a exportação er~m assim, de um
só golpe, atingidas.
E' curioso rever a aplicação dessa receita. segundo a cilada Lei.
O corpo leg islativo custava 32:000$000; a Secretaria do CoYerno -4-0; a
fiscalização e arrecadaç:ão das rendas 115; a caridafl e publica 65; as sub-
venções 52; as classes inativas 5S; a iluminação da capital e mais; tre~
loca !idades do interior 10; as obr:ts publicas 35; a força publica 130: a
divida provincial 51; a instrução publica :?39, dos quais 206 para o en-
c.;ino primario ministrado em 193 es;colas.
A Lei n. 1. 094 foi derrogada. pelo Decreto n . 2. de 25 de janeii·o
de 1890 do governo provisorio, ::ob o fundamento de "não haver c·onsul-
tado os interesses do Estado. por não representar a cifra provavcl dare-
cei ta" . Então o governo proYisorio traçou novo orçamento para o
exerci cio de 1890: receita - 739: G47$000, despesa - G;)·!: 30S$000.
Xa elabora~ão da r eceita o governo pro\isorio modificou o re-
gimcn tributaria até então Yigorante, passando a exigir do assucar 110
contos: 45 reis por 15 quilo~ do bruto, 55 do mascavo purgado, 65 doso-
menos, 90 do branco e 1 000 por carga do que fosse exportado pelo in-
terior . O algouão concorreria rom 90 contos, na razão de 300 reis por
15 quilos do que fosse exportado pela capital e 2$000 por fardo do que
saísse pelo interior.
Na fixação da despesa, a força publica sofreu uma redu~ão con-
sideravel- de 130 contos para 65.
De 1890 a 1931 vão quarenta anos de vida administrativa sob o
regimen republicano . Tem prosperado o Estado, não se póde negar,
embora as agitações politicas houvessem emperrado o evoluir das for-
ças economicas, entregues ao seu proprio destino . Mas, mesmo assim,
se tem avançado.
Detenhamo-nos numa rapida perquirição em torno das finanças
estaduais, nesses quatro decenios .
Ko primeiro decenio da administração republicana, de 1890 a
1899, as possibilidades da receita foram estimadas em 13. 804 : 825$000;
as arrecadações, porém, canalizaram para o Tesouro a importancia de
16.648:782$000.
As despesas foram fixadas em 13.623: 719$000, mas as despesas
pagas elevaram-se a 15. 881: 742$000.
Esse decenio deixou um saldo de 667:043$000.
- 1G6 -
O quadro que se segue discrimina os exercicios do decenio:
HECEr'l'.\ J lJ:SPI·:S.\ ntJ•'Tmi~ ~<:.\:-;
. \ 1111>1
Orc;·11l:• .\ rn•<·1Hh1l:t 1' 1-.:lll:t l'a~n S:1hln Dl•fitll
l ~!l' l .... ~~· :11:-.tl~ ~:!2 :1''1>.$ f-:!:? :!1!):.!;' S:.!:!:lii:!~ 211$
I , li .... f' ..t .H~~;:~ t..,st- · !r;::.~ 7 I"\ )\I ~"-~ ~...., :h!l!l~ 7-1~
~ ,,. t
•~ ·,-; ·~ '"=·~ 1. Jl:.! -:; 11." j' I'; ·SI '->- I. 1 lll :1 11:~~ 1 :S!l'.-.
1'-'1:{ .•.• I . 1:.! l :I fl:.!. 1 . S!l!l : :~'\:!.,c; I . 1Oi ::lS()" 1. 11a :GW-~ -1!!." :ili(>.~
1 '!I L ... 1 . ltill ::!! !'-$ I . l;..t!l ::i,fõ$ I • I 1:! :illi$ 1 . UI I :~li:~~ l;"il :iS.'V
I!-.! l:i .... I . I tlll .:!!1.-.:, 1. í~l :(;(1~~ 1 . 14:! : 707~ l. iili :OH,..._;; 4:!1JO.:
1''!11; .... :.! .11! 0 : :.!1'11~ 1 . !l!li :Cit;o~ ) . ! •:~:! :!~:.!::~ 1 . !1~1 : :!til ~ :: ::Hl!l:O::
:IIOi~
~
1'-!l'j ..•. :L 1111 1 . '-:!!I :ill. :.! . ' ""'' ::li I. J . S:!!l ::i:ill~ l:t.'
l'!l'\ . . .. :! • OU:! ::!lll. :.! . J S0 :h., I~ I . (1!111: l:ill$ :! . w: ::iUG.~ ã:! ::! 1~~
lS!t!l .... I.. s:: ::-•:.! l ~ :!.:!71: , .... 1~ I . ~:!li :.)();!~ :! . :!i() :(l!lls -l!t{$
---
: ~.' IJ . ,:_:•• , lli, :i !Vi'-:.!:'; 1"1.1 :.!:: : íll.l~ l :i.~Sl : i:l!l~ (i(lj :tl-1!{$

Ao fim do deeenio. a dh·ida flutuunl<' do Estado, considerada li-


nnirta mé :n de dezembro df' 189~. era de 33~:138*878. A divida consoli-
{}acla monta,·a a 1.06:3:600$000. representada em titulos de 5 e 7 "", c uja
maior parte constituía p:ltrimonio d<' in!-itituic;ões de caridade. A divi-
da con~olidacla represenla,·a-se assim, nas cifras componentes da sua
tot3 lidac1<:' e na sua ori~cm:
:11 :>: 6<1 0~000 em a polic:es. ao juro de 5 ... · ·, proveniente de divida
lc~ad~ pelas; atlm in istrncõc>s do rc~ imen monarqui co, desde 1886;
::t50 : OOOSOOO apolices, ao juro de 7 ·· ~ . emitidas a Ululo de auxilio
ao aperfeiçoamento da fabrica ção do asucar, alcool e aguardente, apro-
vPitando-sc dc~se insignific·antc c primeiro favor oficial á industria as-
SUl·urcira, a usina Yandc1·Iei de :\lcndonça e a Companhia Vinícola ln-
clu~t ri Lll:
:j :!O: 000$(1•10 em apoli(·es de peq11enos 'a! ores (500 .:!00 e 100 r eis).
emitida: c·om o intuito de levan1ar capitais destinados a melhoramentos
·no Estado e que passaram a rcr c-urso no c-omercio tomo dinheiro legal.
~em qt;( .,c 1i:~csse melhoram e nto a l ~um .
. 'o se~uudo dcccnio, 1!100- t90H, as r endas foram orçadas em . ..
~:!.806: 501 ~000 lendo. porem. haYido uma arrecadação de . . . . . . .
'27 . 930 : G62SOOO, s<->ja um exc-eso ele Rs. 5.124 : 661$000. Esse excesso.
entretanto, não significa propriamente, na sua tota lidade, um aumento
cl<' arre(·nrlu\ãO: <.'11'• foi resultante, <'lll grande parte, das entradas r ealiza-
das no Tesouro em 1906, 1907, 1908 e 1909, na importancia de . .
3 .76:): OiJ!lSOOO, do emprcstimo externo de .E 500.000, escrit uradas como
rereita extr aorcH na ria.
A arrecadação propriamente orç:amentaria foi de 24.165:603$000,
ou um excesso, sobre a previsão, de 1.359: 102$000.
A despesa fixada para esse decenio foi de 22.750:630$000 e a rea-
lizada montou a 27.392:664$000, resultando uma diferença para mais
de 4.642: 034$000.
O quadro abaixo pormenoriza o mO\imento financeiro do Estado
, no r eferido decenio:
RECEITA nESPE~.l. D IFER r~~ Ç~\S
Anos 't
Or~·ada A.r r(!<:lHln da :l'lxnda P~l~ll ~ uldu Dcflcit.

] !)()() . •• • 2.0:l:J :X:W$ ~. ;-,:~'l :1 ;}.~ 2.024 ::UO$ :!. G:?4 :112$ ~UJ (\$
1001. ... 2 .l Hí :4!):1$ :? .-111 :(i!l:~~ 2. I í O :!l!l:l$ 2.a"í8 :5i>-5$ ~i: ] :}"-$

1!)0"2 •••• 2.30;):Gli$ 2.1!>-!:lOi$ 2.tn7:~21$ 2.102 :l:;;j$ l ;!)'j:.!$


1"0:·L ... :? . :! I~ :!t(lj:c; :.!. ::1•1 ::m7~ :? . ~lt ::-.:,!)$ :! . 21; :ll:m~ 2 :0~~
1004 .... 2.18-j :3 í$ 2.~:49~ 2. 1"3 :i :HS 2 . ar.ft :D:il~ l H ::í42.
1003 • • •• 2. 230 :-19;;$ 2 .166:435$ :.! . :!.:Hl :!!6r,:) 2.123 : 135~ -1a :301)~
1G7 -
tn:c •J:l'I'.\ m:st•ES.\ OI I'I:HEX('.\ X
• I

On;adn .\ rrt>l·:t,Jmlu Fh.. t1l:t

]!)()(; ... :? . :li I : j:l:l~ :1 . .Jl->:! : 11:! 1~ :!. ::c Y.I ::q: :~ :l ...rt:! :n~ ·:~ !1 :!41$
llllli .... ~. 1'-i:t ;;j:-,;.. ::.:~t;) ·;~:."' •)
17 l: !:i '( =~. :!lil: :t;ll \: l'-!1 :11·1~
l !JIIS .... :! .:ilil : fi:{: ·~ :?.:u:n :Cil!l.~ :!.Ws :.tl!t~ !li :-t~:!S
1900 ... . :! . ! Hl ::~ I:i~ :! . ,-;:;: 1!1::$ ·L 1S:t :HH$; :..'!11 :;):!:!$
:!:!.fi()H ::iOl$ :!:! . ;:in :n.:w~ :!i . :~!):.! ;(ili I:S :i::; ; ! )!1:!~

O terceiro decenio da ,·ida financeira do E3tatlo teYe receitas or-


çadas em 29.926: 314~000 €' arrecadac:õ<.>s no montant~ ele ·W.596: 000$000.
verifica ndo-se excesso. ob1·e a e~timativa orçamcntaria, de . . . . .
10.669 :4 6SOOO. Em HHO o <"XCC'SSO foi proYenicnte de mais uma Pn -
trada do emprestimo Pxterno : da i por deante o aumento foi conseq ucn-
cia da alta co merda I dos produtos e da agravação dos impostos.
A despesa do d€'c·enio foi fi'{:ltla Pm 29.696: 34!lSlOOO. eleYa ndo-se.
porem. as realizaçõ€'~ a ~7.965:71~)S000, mais .2lj9:370$000.
O quadro abaixo mendona a l<'Ccila e a despesa do decenio:
H EC'I;;I1'.\ DF::-.I'ES.\ UI FE J:J ·:X(.\ ~
A uoq
0l'l:·;<l:t .\ rrl'l·:l•lHol:t Fi x:ul:t Pa~n ~altll) Dl'flcit

l!llO . ... ~. ('.:l!! : 170~ :L:~e : 7on~ :.L H:!~ :7:.!' ~ :.! •!lfl 1 ·()(11 ~ !11 :(i!l~~
]!1 11 ..•.
1!112 ..•.
:! . c;-., ·í i~~
:!. í ll:'-lll~
:;. :!1 H:~ ;·:s
::. u;};, ::•;:;.. .
:.Lf:t:!: . !,:!~
;~:: Ht~;~
:L til · cw::~
:! . !l!ll ; j sS.~
.t:i ;.'-10$
.J:{ .:Í' i.:
.
l!li :L ... :!. 71l :"'Ui~ ::. 7~->" ·m ns • :! . ; ~:; : •n*t." :! .ICi~ :-H~~~ 1!1 ·:-t-~
l!lH .... :! . 7 -1-l :~ w.~ ::. :"!CICl :·11 !l~ :!. j J!!: l!lli.o;; ;(. !!'-" ;!) lj;" 11 : 17:!~
1!lt!l .... 2. H I :~J('<C; :Ul:íl ·!ili:!$ :! . i' 1:! :-=•'(i:... :>. '-!l:i :t..-; 1.• :-.u :01 :!'
lHW .... :{. 'l:H :H:?II~ .. . 1:!:! ·:..W:k' ::. :lUCl :!~1(1~ :L íf'! ;(il'-:!. • :::i7 •i:.!l~
J!l17 •••. :L ::...11 ::!:.!!1~ t. jSj :Ci!•s...; :~. :~7!t ·:..s«'~ L :i! oi · 2:!11~
:; . n:::: :11 o-; ..
::"u: '" ·s
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::. :it 1 ·:-.:n~ .t. 7-t:: :71ll$ -··
1 • Hi:i :H I:;:$

:.!!I. ll:?G ::i 1-t$ 10. :i! Ui ; (100 ~ :!!I. (i!Jii ::: 1!1$ :li. !I(;./ :11!1$ :.! •c;::o ::!7:!$

Kesse decenio. a partir de 191 ~. iniciou-se no Estado uma fase


de r ealizações verdadeiramente notaYeis. Construíram-se prcdios par3.
grupos escolares, abriram-se no interior mais de -iOO quilometros ele
estradas de rodagem, fizeram-se 21 pontes de cimento arma do, abr iram-
se e calçaram-se av·enidas na capital, fm·am a umenl<Hlas a~ sutn·enções
das instituições pias. a saude da população foi acttdida pelos sen·iros
Rockfeller e Sanitaria Federal. foi resgatada grande parte da divida
consolidada do Estado, foi reduzido de 8 para 2 o o o imposto sobre a ex-
portação de uma parte da safra do assucar demerara, para descon ~es­
tionamento do mercado. obteYe o algodão uma redução de 12 para 5 r; ,
ao mesmo tempo que o governo abria no Banco de Alagoas um credito
de 500 contos para pequenos emprestimos a proprietarios de engenhos
banguês .
O movimento finan ceiro do quarto deeenio fica evidenciado do
quadro seguinte:
RECEITA DE~PESA DU'EUEXÇ.\S
.Anos
O renda Arrecadada Fixada Pngn Saldo Dt>flclt

1!1:W .••• :L, i7 :Gí!l$ 7 .6.~{: 100~ !l. (ii2 :~2$ G.:?t19:275$ ] .3.'l3 :8.34$
1021. ... 4. -160:000$ 4 .• 74:232$ 4 A:;!l :421$ :; • !1:{.) :1 zs l.OH0:950$
J~:!:? ..• . ú.338:í03$ ;um :6S3$ 4. 56.1 :liU7$ ;s.~G9::í 0$ 1!18:103$
168 -

An~
RE CE IT~ OE. PE '.\. DlFEHEXÇA ·
"
.
~
Orçada Arrecadada :F txnlltl l'Ut;':t ~ a Ido D l'ficit

]0~1 .... !i.-t~ ::H O$ í .621 :~0$ -{.71f{:Ofli$ i . J (l{) :-!VO$ (í2l :3~0$
J !l:!-l . . .. !i.J!l2:1G!l$ 9. 24 2 ;{i(}.)' :; • ;i!)~ : WH$ !1 .34':~7- 10;; :H.~
1 !}~:i •.•• 6.:!:?<3 :1 ;-,s 10.1 1::102$ rí. 7:!0:2t lS 1 (J. ::i:!(i ::">-!ti$ :H:l :044$
1 !1:!(1•... !l. (I! X ::{:1 l$ n. 24<> ::?!H$ !) • ()()0 : ();;!) 10.003 : 14!').$ ~4li : ~l$
l !l:!í .... 11). 6:í!l ::\.)(;$ 10. ' 12 :(;.'\()$ J I) .l>:l!l ::\:"',('$ l l. O I R:H.~ :!OG :O(i(I$
1!1:.!>) •••• !1. Hll :.iOO:S 1:L OH ::m :~~ !I. -Hl I :-tl :-t~ 1:! . (".;{:; :;);"'~{$ ;"'~l(l :!)60$
ln:.!l .... 1 I .I) I:! ;()(,OS ll ..t:;:; ;;j;'",!)$ 1O. !l!l:l ::W:.!$ 1.:";. j':lfl :;)!1:!$ n ;-; :!lHi $
71.070 : '3(i$ !ll.710:0Uí$ (j.~. "\,'j'{ ;.-~i{ I$ !12. O(iti :20(i$ :! . 7li!l ::!.-)'!~ ::. 121; ::"'.:í3$

As cifras uo decenio demonstram que, para r eceitas montantes a


71.076:836$000, pela estimativa orçamentaria. houve arrecadaçõ'es no
total de 91.710:097$000, ou 20.633: ~61~000, para mais.
As despesas fixadas pelo Poder Legislativo th·eram um total de
68. 58: 550$000, elevando-se as despesas pagas a 92.Ó66: 296 000, ou um
e xcesso de 2:l.20 : 7-!6$000, o que deu lu o-ar a que se verificasse no dece-
nio um th:fi(' it de 3.125:553$000.
Seis exercícios do decen i o foram encerrados com deficits. 1921.
devido a forte depressão comercial do assucar. 1924. 1925, 1926. 1927 e
J 9~ , por cxccsso de despesas .
Balanceadas as diferença!=, apura-se um deficit de 356 : 219$000.
no dPcenio, apczar das magnifka<; arrecadações que se efetuaram, sem
Pxemplo na historia finan ceira do Estado.
Es~e df·fi<'it, porém, é apenas o r "sultado do jogo entre a arrecada-
ção das rendas e as despesas pat{as. não exÍlrimindo a realidade da situa-
<'ào f inanceira do Estado. poquc não inc·lue o montante das despesas
e fetuadas que não foram pagas c ficaram tonf:tituinclo enorme di\·ida flu-
tuante.
!~"St!!!1Íi'c!Cl e~SC'S qn<Hl'O deCt>lliOS fi11anceiros, teremos:

Rendas arrecadadas Despesas pagas


1o . decenio .. li3.548:782$000 15 .881:739$000
2°. decenio . . 27.930:662$000 27 . 392:664$000
3•. decenio 40 . 596:oooc:ooo 37.965:719$000
4•. decenio .. 91.710:097$000 92 . 066:296$000

O unico decenio em que se verifica deficit é o ultimo, exatamente


aquele em que a arrecadação excedeu do duplo do decenio anterior, ten-
do ainda esse decenio deixado, dos seus quatro ultimos exercícios, uma
divida flutuante, por contas a pagar, superior a quatro mil contos.
Para 1930 a estimativa da receita foi de 14.893:000$000, mas a.
arrecada<:.ão deixou patente o otimismo legislativo, pois montou apenas
a 10.739:541$000. A despesa que fôra fixada em 14.878:621$000 teve que
se limitar ás possibilidades do Tesouro, resumindo-se a 10.990: 008$000,
verificando-se, mesmo apezar da compressão sofrida, um excesso de ....
250: 467$000, no fim do exercicio .
Coube á. Revolução liquidar o exercício de 1930. O Interventor
Dr. Freitas Melro, em junho de 1931, informava ao Sr. Ministro da Fa-
zenda que, ao assumir a interventoria a situação que se lhe deparara
era de iusolvencla, "corolario inevitavel da imprlldencia com que as
duas ultimas administrações agravaram anualmente os encargos da
·administração, passando a exigir da população uma receita que a capa-
cidade tributaria das nossas fontes de produção não podia suportar.
-169-

Por esse absnrcfo processo de majoração da receita - acre~entava


~em a menor atenção ás possibilidades da produção. o orçamento doEs-
taao, que em 1924 era de 5.529: 169'918, numa quadra de alta conside-
ravel dos produtos de exportação, foi elevado em 1930 a 14.893:000$000,
sem ter-se em vista a situação de estacionamento das fontes produtoras
e o período da mais intens:l depressão de preços a que atingiram os
nossos produtos comercia,-eis."
Esse aumento, contrario a todas as regras da ciencia economico-
ftnauceira, "procurava c·orresponder á excessiva ele\·ação das de:;: pesas,
adotada de 1925 em deante, seguindo-se daí para cã, a})Czar das arreca-
dações cobrirem as estimativas orçamcntarias, um regimen de fleficits
• ,I anuais consecutivos.''
E ·o Dr. Freitas ~lelro justificava as suas a~se\'erar,ões. mostrando
as cifras das rendas arreC'adadas de 1924 a 31 de outubro de 1930, num
total de Rs. 72.443: 28!>$396: "A essa enorme arreócla,ão, ID 1 lito acima
das possibilidades dos contriJ.mintes, de-re-se juntar cerra ele 2.000 con-
tos, saldo deixado pela administração que findou em junho· de 19~4 e
:mais: 1:000 contos ·tomados por emprestimo ao Banco do Brasil; 2.480
contos de fundos especiais desviados; 631 contos de apropriação indevi-
~a de rendas pertencentes ao Danco Centrai de Credito \ gricola de _\.la-
goas; 177 contos pertencentes á Associação Comercial de :i\l:1ceió; 214
"Contos de rendas pertencentes ao ~lontepio dos Servidores do Estado,
além de diversas operações de credito na importancia de 5ü2 conws. se-
jam cerca de oitenta mil contos de que dispuzeram as duas ultimas ad- I
ministrações.
O encerram,..nt.o dess exercício deu o resultudo cxai.o da ~ituaç-ão
financeira do Estado.
A receita, que ti..-cra uma estimaciva. dC' 14. 8!)~: noo~·ooo, produziu
apenas Rs. 10.739:541$144. registrando-se uma diferença d~ ....... .
4.153:458 856. proveniente não só da depressão comercia I dos nossos
produtos de exportação, <'orno tambem do otimismo do extinto Poder
Legislativo na previsão da c·apacidade tribuLaria das nossas fontes eco-
nomicas.
Quanto á despesa. fixada em 14.970:121$000 e acrecida de credi-
tos adiciouais num total de 1.625:379$308, que elevaram a autori~ação
da despesa a Rs. 16.595: 501S108, a contenção imposta pelo governo re-
voluciona rio restringiu-a a 12.S9õ : 584$245. tendo o Tesouro efetuado
pagamentos na importancia de Rs. 10.990: 008S077, ficando por pagar
1.:869: 576$168, despesas realizadas pela administração anterior.
A herança deixada á Revolução, ao findar do referido exercício.
estava representada numa divida interna de 8.103 : 282 698, havendo
apolices em circulação no Yalor de 558: 300$000 com atrazo no resgate
óas que haviam sido sorteadas e juros a pagar num total de 92 : 062$068 .
Os fundos especiais desviados para pagamento de despesas ordi-
nari.as elevavam-se a 2.480: 115~5S9, sendo que da receita reservada para
-o serviço da divida externa haviam sido consumidos 1..997 : 502$140 e
• mais 302:112$774 pertencentes a instituições pias. As administrações
anteriores se haviam apropriado de 631: 987$000 da sobre-taxa perten-
cente ao Banco Agrícola, procurando, posteriormente regularizar esse
desvio emitindo notas promissprias sujeitas a um juro de 8 %. Foram
igualment~ desviadas as rendas da sobre-taxa da Associaç.ão Comercial,
as rendas do Montepio dos Servidores do Estado, tendo havido apelos
vultosos aos caixas de ·ded)ositos e cau9{Yes.
· Da divida externa, resultante da · ruinosa operação de 500.000 li-
bras, lançada em Paris ·em 1906, e da qual foi uma parte, de libras
-170-

280.000 transferida pat·a Londres em 1909, apurara o governo rev-olucio-


n ario que, em 31 de dezembro de 1930, existiam em Londres obrigações
vencidas na importancia de C 89.121-17.7 e em Pa1·is no total de Frs.
840.000, obrigações que, r eduzidas a moeda nacional ao cambio de então,
excediam de 6.500 contos.
A responsabilidade interna e externa do Estado era superior a
15.000 contos.
A r eceita do Estado, orçada para o exercício de 1931 em . . . . . . . . '
10.068:000.~000 . elevou-se a 10.074 : 51SS53~. havendo uma arrecadação
maior de G.Cl 8S532.
A despesa autor!zada por creditos orçameutarios e adicionais
foi , respetivamenl e, de lO.Ot.i+: 122$000 <' 6G1: 42i~959, no total de ... . . .
10.723: 543$9G!l. A despesa paga importou em 7.870:996$329.
Essa dcst)r>sa uara meno~ não cx.primt) economia, pois o balanço
da r•.,"Cita e despesa ainda em 19:31 aprcSP.illa somente a entrada e saida
de dinheiro.
A p~ rtir de outubro de 19:30, o produto das arrecadações especiais
não foi apli<:~do nac:; despesas propriamente do Estado. Assim, para de-
terminação do resultado do exercido, deve-se fazer abstração da r enda
destinada á aplic:ação espec•ial, da qual o governo revolucionaria não
l an·~on mão para fin s ordinario~. conservando-a em deposito nos bancos.
Assim, ter-se-á o resultado seguinte :

Renda do Estado :
Arrecadada ... • 7. 851: 000$185
1l~~JlCsa tlo Est::tt!o:
Paga . . . . r .~OS : G~J$0'1!)

Saldo ... 642 :379$150


Ha, porém, despe~as não pagas pelo Tesourb, do mesmo exerci-
cio, na imporlancia de 1.239:698$522, a qual, comparada com aquele sal-
do, apresenta uma difcren<:a de 597: 319S372, que é o deficit do exerci-
cio financeiro.
A analise da receita expressa-se do setiuinte modo:

Tit uJ os orçamentarios Orç:ada Arrecadada Diferença

Renda do Estado:
Renda ordinaria .. 7 .899:000$000 7.427:432S028--- 471:567$972
R enda patrimonial .. 261:000$000 287 :131$635 +
26:131$535
R enda industrial . . . 260 : 000$000 319:206$330 +
59:206$330
Renda e:\.1:raordinaria 223:000$000 55G: 041$8~4 +. 333:041$834
8 . 643:000$000 8.589 :811$727 --- 53:188$273
Menos 25 % do im-
imposto de expor-
tação destinados á
.amortização da di-
vida externa . 710:000$000 738:811$542 + 28:811$5~Z

7.933:000$000 7.851:000$185--- 81:999$816


-171-

Rencla espct~al:

25 ~ do imposto de
exportação . . . . 710:000$000 738 :811$542 1- 28 :811$542
Renda rom aplicação
especial . . . . . . 1. 425: 000$000 1. 484: 705~80G 1- 59: 7 06$~05

2 .135 :000$000 2. 21:3: 51 8!~347 ,_ 88 : 518$:147

10 .0GS : OOOSOOO 10 071:518~~32 1- 6 : 518$5:)2

A divida externa do Estado data de l!lOG e foi t:Otü!·aida em ,·irtu-


de de autorização legislativa que permitia uma opcra\-~O de credito até
~ 500.000.
O emprestimo foi ncgor· indo em Paris por int r.~· m eclio de um b=:tuco
'que faliu após o pagamento da segunda prestação. Pa1 te desse empresti-
mo foi transferida p:1ra Londres. Foi uma opPrac:P.o r .1inos:1 para o Esla-
do e cheia de escandalosas fratales.
A s it uação atual, presumh·el, dessa dl\·ida podo ser assim resu-
mida:

juro de 5 , I .
Parte ingle~n: diYida inicial de
·-
('
~80.0011 .

Amortizações a \'Pncer . . . .c ~~:!. O·lO. un. oo


Amortizações vcn~idas .....(' 3:J.i'OO.OO.OO
Juros vencidos .. . . e 62. ~-1:>. o·, . no
Comissões bancarias c 2 2.16.00 .t 98.8~7 .16. 00

Divida atual . . ~ 320.867.16.00

Parte fr a ncezu : divida inicial de C 2:W.O( O. juro de 5 r;

Em virtude do ::trordo de outubro de 1927 essa


' divida t eria tirado reduzida. sem juros e
onus de qualquer natureza, a . . . . . . . . . . Frs. 13.500.000
Remessas feitas na forma do acorJo, Frs.
120.000 mensais . . .. .. .. .. .. .. ... 3. 960.000

Frs. 9. 540 . 000

O governo do Estado suspendeu em 1928 as remessas para o ser-


viço da divida em Londres, precizando, em 31 de dezembro de 1931, de
cE 98.827.16.00 para normalizar sua situação perante os credores bri-
tanicos.
As remessas para o serviço da divida franceza estão suspensas
desde outubro de 1930. Ao fim do mesmo ano o Tesouro precizaria de
1 .680.000 f-rancos para se por em dia com os contratantes de 1927.
Os fWldos especiais dest inados ao ser'\"iço da divida externa, a
pa1·tir ele outubro de 1930 estão int:lctos. O governo revolucionario tem
respeitado essa aplicação, r~olh endo aos bancos as arrecadaçõ'es dessas
taxas especiais e, em dezembro de 1931, dispunha clc 2.418 : S59$S64 par~
o servi~o da divida externa.
-172-

O resultado do exercício de 1931 fica suficientemente esclarecidG


pelos balanços de receita e despesa e de ativo e passivo, a saber:

BALA1~ÇO DE RECEITA E DESPESA DO ESTADO EM 1931

Receita
Orça mon tar!a

Renda do Estado:
Ordinaria . . . . . . 7.427:432$028
Patrimonial .... . 287:l=l1$535
Industrial ...... . 319:206$330
Extraordin!lria .. 556:041$834
• 8.589:811$727
)fenos: 25 r.~ do im
posto de exporta.
<::ão (Dec. n. 407,
de 12 de março de
1907 . . . 738:811$542 7. 31:000~185

Renda Especial:
25 'é do imposto de
exportação. 738: 811$542
Com aplicação es-
pecial . . . 1.484:706$805 2.228:518$347 10.074:518$532
Exh·a- or~ameutaria

Opera~ões de credito:
C. Alagoana Fiação
e 'l'ecidos. c de
emprestimo . 50:000$000
' Depositas Especiais:
A. Comercial de Ma-
ceió c jsobre-taxa. 166:430$599
Banco Central de
Credito Agrícola
de Alagoas cjso-
bre-taxa . . . . 337:475$800
Caixa Escolar . . 16:160$539
Caixa de Depositas
c 1suprimentos . 1:009$128
Montepio dos Servi-
dores do Estado . 425:094$567
Quotas Lotericas .. 14:544$647 l
Taxa de 7$000 por
saco de assucar . 28:882$000 989:597$280 1.039:597$280
Receita total . • •
11.114:115$812
\

-173-

Saldos de 1930:
.....
•,
Caixa Geral . . . . 629:072$524
Recebedor i cts. cj
EÃat. . . . . . . . 10:958$009 640:030$533

Menof: : Exercicio
de 1931, ciLiqui-
dação .. . . . . . 317:4495738 322:580$795
11.436:696$607

Orc:amenturia .:.

Despesa do Estado. 7 . 208:621$035


Aplicação da Renda
Especial . . . . . 662:375$294 7 .870:996$329

Extra -o r<: a mentar in

Operações de Credito:

C. Força. P Luz Nor-


deste do Brasil
( liq. do empres-
timo de 1930) .. 100:000$000
Depositos Especiais,
clvelha Caixa de
Depositas, cjsu-
primento . . . . 51:516$520
Amortização
Caixa de Cauções • •
C!Suprimento, a-
mortização . . . 4:496$000 156:012$520

Dcpo~itos Especini

A. Comercial de
1\Iaceió, clsobre-
taxa . . . . . . . 117:800$395
Banco Central de
Credito Agrico1a
de Alagoas, clso-
bre-taxa . . . . . 317:1535300
Caixa Escolar . . . 2:500$479
Montepio dos Servi- •
dores do Estado. 385:974$123
Quotas Lotericas .. 14:644$647
Taxa de 7$000 por
saco de assucar . 28:882$000 866:854$944

Go,·eruo Federal

Imporlancia credi-

..
-174-
tada á Renda Ex-
traordinaria. • . 123:872$950 1.146:740$414
Total da despesa .. 9.017:736$743
Saldos para 1932:
Caixa Geral . . 2.021:143$963
Recebedorias. cj
Exatores ... 366:428$896
Agentes Responsa-
Yeis . . . . . . . . 31:387$005 2.418:959$864

11.436:696$607
B.·Hk\XÇ'O DE ATI\"0 E P.\SSIVO DO ESTADO E'M 1931

Rcn~ do l~~tndo

h nm·cis . . . . 7. 09f·~: 509$894


Moveis . . . . . 2.588 :325$748
Semo\reutes . . . . 29:361$500 9.714:1975142
\·alorr!' pcrtN!c<•nfrs no E"hhlt~

Apoliccs Federais; . S:000$000


Aç~õec; da C. d::ts
.\g1:ns de :\i:~c·~?ió 50:000$000 58:000$000

,.e1s .
Djvcrscs rcsponsa-
.
. . . . . . . 234:281$874
DiYida AtiYa . . . 738:177$548 972:459$422
Snldo~ lUlra 19:12
Caixa CTeral (em
moeda corrente . 2.021:143$963
Reccbcdorias, cj
Exatores . . . . . 366:428$896
Agentes Responsa-
veis . . . . . . .
.. 31:387$005 2.418:959$864

13.163 :616$42S
Contas de CompenSn!;ãO
Adeantamentos . . 574:960$233 '
Rr.>messas para o
serviço dos em-
prestimos . . 1.395:292$000
. Recebedorias, c!
Estampilhas . 26:925$500
Recebedorias, cl
selos consumo
1·etangu lares . . . 51:577$520
- 175-

Recebcdorias, cl
selos consumo
cintas . . . . . . 58:774$320
R ecobedorias, cl \
selos caridade .. 6: 08·1$200 143:361$540

Cah:a de Estapilhas 2.586:545$400


Caixa de Selos de
Consumo Retan-
gulares . . . . . . 4.514:6'iS$1SO
CaL"'<a de Selos de
Consumo Cintas. 3 .877: 357$020
Caixa de Selos de
Caridade . . . . . 288:177$500 11.266:758$100 11.410 :119$640

CaL'ut de Depositos
- )foeda. . . ... 208:85!>$:125
Suprimentos com o
Caixa de Depersi-
tos . . . . .. . . 83:401$863 292 : 261$088

Caixa ele Deposilos
-Valores . . . . 122:455$420 414:7113$508

Caixa de Cauções--
Moeda . . . . . . 375$000
Suprimentos com o
Caixa de Cauções 172:571$723 172:9-!6$723

Caixa de Cauções--
Valores . . . . . 133:149~139 306:095~8~2

27.264:800$671
Pa~sho

Divida Fundada
Apo1ices de 1886,
juros 5 % . . . . 82 :400$000
Apolices de 1906,
juros 5% . . . . 228:!>00$000
Apolices de 1921,
juros 5 % . . . 169:000$000 420:300SOOO

Dhidn. Flutuante 1

Interna:
Exercícios findos:
Vencimentos não
xeclamados e con-
tas de serviços e
fornecimentos:
a té 1930 . 1.027:485$954
i de 1931 . . .' . 1.168:446$082 2.195:932$036

'\
-l7G-
Restituições diver-
sas:
contas alé 1930 36:774$594
contas de 19:ll a:373$495 40:148$089
Apolices sorteadas:
até 1930 . . . :~4:600$000
em 1931 . . . . 23:000SOOO 59:600SOOO
Juros de Apolices a
Pagar:
até 1~30 . . . 68:047$068
em 1931 .. : . 24-:015$000 92:062$068
Banc·o do Brasil:
saldo em Hl30 1!)!>:78 7~351
juros em 1 ~):; 1 tS:863Sn4n 218:6515296
Dr. .T o~(i Cm t('~ ~i-
gaud:
(Conta depen-
dente de rcvi-
~fi·)) . . . . . . 1. 397:111$727
Dr. Lt· iz da IloC'ha
IIolancla CaYal-
canti:
(Conta dPpPn-
dente de r e,·i-
!'5o) . . . 748:039$570
c. /1.12?'":1'13
dP Fi'l-
dc Tt'dclr;.;:
c Emprestimo 50:000$000
Banco Central de
Credito Agrícola
Alagoas:
c Empresümo 631:987$000
Depositos Espec·i<1is:
c 1Nova . 2.079:436$385
c Velha . . . . 2.643:920$627 4.723:347$012 10.156:878$798

10.637:178$798
Pntl"imonio do ERtodo
(Depen::iente do
montante da di-
vida externa . . 2.526:437$630
13.163:616$428
Contas de ('ompensa~iio

Serviços diversos . J 574:960$233


Serviço da Divida
~~terna ..... .' 1.395:292$000
Emissão de selos e
estampilhas: 11.410:119$640
,
• -177-
DeposiroR-moedr 255 :748$787
Dcpositos-\·alores . 81:280$420 337 : 0~9$2ú7

Depositos, antigos. 77:687$301 414:716$508


Cauções, moeda . 72:937$500
Cauções, Yalores . J 01: 200$000 174:137$500
Cau~ões, an t i~as . 131:95 $362 306:095$862
27.264:800$671
O 'l'TIABA.LIIO DA POPULAÇÃO E OS L\IPOSTOS
Como ponto de partida da estim:l.liva ua produção agricola e in-
dustrial do Estado. no decenio de 19~2 a 1931, adota mos, em falta de da-
dos ofi<·ials positivos. os algarismos apurados pelo recenseamento de
1920, atendendo, porém, o mo,·imento da pormlac;ão c o \'alor oficial da
exporta~ão de cada ano.
Com esses elementos pod emo~ apreciar. no quadro aba ixo. o mon-
tante daq uela produ~ão no citado detcnio. •

Qundro cln prtHln<:ãu nc·rkota c intlu.,.trin1 du }},f aclo

Valor da Pro .. Num . :\JPd!a da )f~·dia da


Ano~ du~ão indiccs produc;ão produção
por hab. por krn. 2
1922 132.651:923$000 100 127,... 2 o 5:004$650
1923 • J 72. 85·1: 2-tOSOOO l1 3 Hl$0 5: 6117$:~:10
1.924 173.539:502.:'000 113 ll3 ~ 770 5:656$700
1925 177.130:650~000 116 147S600 6:807$560
1926 160.148:666$000 105 133~450 5:250$740
1927 172.649:917$000 113 143$870 5:660$650
1928 180.0S4:682~000 J18 150$160 5: 90·1$410
1929 187.197:605$000 ....
1''~
) 153~9 80 5:137$620
1930 158.197:605$000 103 132S430 5: 210$·HO
1931 151.453:190SOOO 101 127$870 5:048$~30

Os algarismos acima dão uma idéa, senão rigorosamente exata,
ao menos aproximada. do valor anual da nossa produção agrícola e in-
dustrial no referido d('Cenio. Pelos numeros índices verifica-se ,que o
aumento não tem sido grande• sendo para notar-se que esse aumento é
eonsequencia, não de um crecimento normal da produção pelo desen-
volvimento das fontes de riqueza agricola e industrial, ruas da valoriza-
~o C01Jlercial dos proprios produtos.
Toda\i.a não decaímos do nivel em que ficámos no censo federa l
de 1920, que dava para Alagoas uma media de 5:119$095 por kms. 2 , abai-
xo somente do Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo, e de 148$411
por habitante, acima da Paraiba, Goiaz, Pará, Baía, 1\Iaranbão, Ceará,
Piauí, 1\Iato Grosso, Amazonas e Tenitorio do Ac·re.
A média da produção no decenio foi de 168.000 contos, ultrapass:l.-
da em 1923, l f>24, 1925, 1926, 1927. 1928 e J 929. O rP<>enseamento federal
<lesse ano registrara uma produção no valor de 146.257 contós.
Enounnto
.. .
essas fontes de produção ficam sem d~senvolvi mento
-178-

apr eciavel, as rendas publicas provenientes da tl·ibutação federal, esta-
dual e municipal tiveram um aumento excedente da capacidade tributa-
I'ia da produç-ão. E' o que nos vai demonstrar o quadro abaixo:

Quudro tlas r<'lltlus ietlí'rnis. l'statluuis e munici}lais

Média
Anos F eclcr:::.i s Estaduai~ :\Junicipais Total por
habit.

1922 6. 0!17:-! fl-t~ G. 1:.!:~: ~ ;)9~ 1 . ~00:000~ 13.421:353~ 12$0·10


19~3 7.SS4:;)15$ . 38 l: 158. 1 . 300:000$ 17.535:673$ 14$690
Hl2l 10.961:100$ 1 o.163: 34~ .... 1. 400:000$ 22.5~4:443" 18$770
19:?5 LO. 43: 22:3!$ 11 . l S!J: fi52S 1.500 :000$ 23.532:8753 19 610
1926 11.305:849$ 10 .I7 o:n~~s 1 . 700:000~ 2:3.176:772$ 19~810
19:!7 10.921:9645 13.0o.:J :013$ 1.900:000$ ~5.902:977$ 21$5SO
Hl2, 11 . H!JS: 3:H$ 14.457: 1 J1 $ :L 000:000 · 28.455:442$ 23$710
] 92!1 14.36t:5f>l~ 1 t.-t5:>::i5!lS 2 . 300:000$ 31.118:110$ 25$760
1930 lO.~G7:;)77S 10. 73!)::)41$ :!.GOO:OOO~ :!4.307:118 19$920
J931 9. :l7-l: 41)()~ 10 .074:::11'$ 2 . 709:091$ --.
')') ? - ·. 0"'5$
•.i:>.: ( • 1 $G21

nc r elanc·(', 'eri~'ic·a-!'=c o anm ,nto CO!lsideraxcl da tributação no


decenio, l' tem-~c logo u impressão de que c~s:.t majoraç-ão não foi conse-
queuc:ia lo~i<:a do cl<:senvolYimcnto progressh·o da tH·odução. mas da cle-
va<:ão cios impostos. A renda fedl'ral. de G.097 conto~. em 1922, atingiu
em 192!1 a 14.362 c:ontos. caindo um pouco nos dois u1timos ano!-;, não
pe la sna,·izoç-ão do rcgim cn tributal'io. m as pela diJ.ninuição do movi-
mento nec:se bicnio. A re nda es•ad mrl. comprc.>cnclenclo no Sf'll computo.
a arrcr ada;:ão t as taxas :.Hlicicma rs c:om aplicação e::c-pçcial. de: ,.rva-h.! d~
6.1~3 conto!->. em 1!)~~. a·l4.-l;)5 <·onlos, clll 1!)~ 9 . A tributação munic ipalt
por sua yez, a(•ompanha essa Ycrligino~a ascen\ão tributaria.
EntrPtanlo as fontes de produç-ão não ~e dcsem·olveram: na. me-
lhor das h i potes 'S ~stac ionaram. Se eomüdcrarmo~ a média do lucro da
produc:ão (15 ',),por habitante, c a média. tambem Jl<'r rnpitn. do total
do~ impostos, podemos chegar as conC'luwcs que resa ltam do quadro
abaixo:

Anos Lm·ro da pro-


duç-ão
l\lédia dos im-
postos
Di fe renç-as •
1922 .
1923 .
19SSOO
~1$600
12$180
14$690
+
..!...
SS620
6$910
I

1924 . 21$560 • 18..,""770 I


I
2$7!)0
1925 . 22S140 19$610 + 2$530
1926 .
1927 ..
20$010
21$570
19$810
21$580
+ $200
$010
1928 . 22 ... 520 23$710 1$190
1929 . 23$390 25$760 2S370
1930 . 19$860 19$920 060
1931 . 19$180 19$630 $550
A média dos impostos excedeu do lucro da produção, per cnJ>ita, de
1927 a 1931, isto é, foi insuficiente para cob:·ir as c:dge:1ci:ls da tribu-
tação.

-179-

~os tres ultimos exercictos financeiros os municipios do Estado


tiveram as arrecadações seguintes:

1929 2 .849:8i6SOOO
1930 2.736:579$000
1931 2.í09:091$000

verificando-se as diferenças de 113: 26!)$000, para menos. entre 1930 e
1929 e de 27:487$000, tambem para menos, entre 1930 e 1931 .
Excluido o municipio da ca tlital ,tivevram rcf'ei tas excedentes de
cem contos--Penedo, União. Viçosa e Santa Luzia do Norte. Os que acu-
saram menor arreca.dação foram Junqueiro, Belo 1\lonte e São Braz.
(]ue arrecadaram menos de 12:000$000 .

.\rre<•ntla~iio dos !\[nnieiiJio~ no~ 4'xcreicio~ tle 1929, 1930 e 1931

J!)2!) 1930 19:H

At~ll:l P.rUUt-:1 •• . •. . . •• ..lfl ::i Ot •. s e;,; K : 1nr..~~ :!o 4!1 : IIR$-1(10


.1\llll.!CI:t'-~ •• , ••• •. • ••• ••• ••• • •• :{:! :liGI~tlllO -to ::!::.~ ~:mel ;{;j ;()(\:!,.~ t!l(l
An:lfllll ... ... ... ... ... .. . . .. fÕ41 :11110~11( 111 !H <ifi:!S:::Ill :~~::H 1 ~1 CIH
Ar:tpir:u·a . . . . . . . .., . . . . . . . . . . :! I :(;(). '<:N)U :?:! : I !tí~ti.ítl 17:600$0()0
Atnlai:l . . • ... . .. ::7 :f;t;2.~$:?h :~~ :7:iOS:IltHI :!7:()()0$01!1
]ll'lo :\tunlt• 1:; ::::!:t~:?'.!li ~ :fNI$:{011 11 :-trtUSO:ltl
(1alll lll'llJ,:iht• . . . . ..•... ~:1 :otn~:{:l7 :'i-1 : :í0:-~- :1 -10 :fl:)0$104
f'tl!ll'l •t ... ... ... . .. ~:? ;()l(i,j;(i:itl • 4:í :<17!1, -10 41:2~$100
("ornrifl4• . . . . . . . . . . .. :t~ :8G1~ 7~11 :1:! : 7.->-l~Sfl(l :w- :31..~ 7(1(1
}Jn'l'j:t :'\t)\'ll • • • • •• •• • 1!) ; (l:í:!~:!I)H I:~ :2!\2' l!ltl 15 :R:-..-l$1 00
J Ull()lll'il'O , • • • • • • • • • • • • • • • • • • 7 :!l 11;.~01)41 1 o:;)2:!$:íi:í 11 :497$100
JA.'Opnldlun . . . . . . . . . . . . . . . . . . . !?:! :20 l~!){lfl 21 :R!l~liU 2.') :·11 í$0.'l()
J,hn<wlro .. . . .. ... .. . . . . . . . . . . 1R :JI>. i;ll:l:? 1:J ::~00$000 l~:Sl:i.GOO
J\L"'t·t•ift • . . • . . • . . . . . • . . . . . . •. 1 . 1:l\1 ::1.1~: ~.... 10 1 . ocn :~n :?$r..:\O 1 . 1 0:! ::!fi:~~Gl o
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J.lurh·t . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . ·
l'n lmPiru cl<'--.t l ndio!" !li i :!l:! l.$!)s~ n:1 !l!l$-&00 r,.~ :20:l~:!H.f)
·W:OG(~700 ri2:000$fl0() 42 :H;)!l$:;r.u
'Pilo f\1' Assuc.ar
l'f'ncdo . . . . . . . . . . . . . . · 170 :OH$G.10 l Gü :Gfi:í$-iSl) 1:; > :7&1~%7
17 ::iCi2$ 1!)B :!, :273$.'l6.1 :t~ :;i()(;$(}4~
J>in~q;lhussú . . . . . . . . . . ..
6.1:!l3:i, -I.J!) G:J :OOO$G-IO 67:820$1 1
Pilar . . . . . . . . . . . . . ..
rir:wh:~~ . . . . . . . . . . . . . ..
Porto Cal\"' . . . . . . . . . . ..
Porto <h' Pl"tlrn~ . . . . . . ...
l'ortn H l•:tl do Colpglo . . . . . . . . . .
... 1S :til2Si!'I:W
!\!) :;)27$-1-UI
1:; :~ lrt$:í1:1
l.t ::Wí ~llO
1;) ;. ~~110
23 : !), $!!11)
H:GlS$761
11 : 17('~0'26
l :2.'li$-:HCI
4!l :r.:~t~lm
20 :7;)1$.161
l5 :507$70:!
r~~ :001~700 52:27!l~SOO !'íl :6-1:-,S.iOO
~uchrtm~ulo . . . . ..
:JG :8:H:$U3-1 47:1~:!$200 ;:;; :1:1. ~j.j:í
~nnt.nuu 110 lpan·cmâ ...
R::í7~~'l-~ 7:147$100 i:i7:;$iGO
São Unl7. . . . • • • . . • . . •
01 ::í~lSiíO 76 ::i!>7$1!) 70:íUS$$!)\)
~ão .J~C. du f.'lge .... . .
100 :-17~;)1)0 :SY.I1$GIO lOi :7-10~ 270
~anta J.uzin <lo :\ortP .. .
13 :!)~0.0 54 :!l!lG$+10 4G :4:;i$51ã
~io l ..uiz do Quitunde . . . . . . . . . .
100 :27H ~ GS2 91 :62:':S720 84:440$7!)!1
~ão )ti~lH'l dos Cnmpo:i . . • . . • . . ·
:?1 : R!l!l O('.O 27:070$620 29 :2\)2 ~~í
""l'l'fl 11111 •• • • • • • • . • • • . • •
n:; :!):íl~:?-111 82 :917~~íl) 113 :100$02'2
( ' nlào . . . .. ·· ·· 1:!3 :S:l0$.'~86 lo :500$900
Vil;o:::l ....... ... 13:.! ::!H$100
• 2.S1V :Sí6$2~2 2.i36:Gí9S9;:;;:;
-180-
Quadro da n cceftn nrrecudada e dn De J>Csa po~n durante o exercido de
1031 }>CIO <; munici})io do Estado <le Alagoas
)l nni<·iJliO • Rf'f'('itu 1 )('~1lPSU ~;til lu
n rn-c:Hin da rr:tli:-.ulla

) la<·<•i(t . . . . . . . . . l . 10:! : :!.~1~(; lO 1 . o:;o ::íS1 •. 210 51 :102$400


P f'nt'<l o . . . . . . . . . . . l:í . :i\ :;~!ti7 l<lt; ::í~OMlG 7:74G$0l8
rnllin .. . . . . . . . . . . . . . 11:! :lE\(').• (;:?2 Hl!l ::~!ll $012 9: 7~ 110
\' i r:o!-1:1 • . • • • • • • • • • • • •• W'\ ::íGO.,.!100 l Oi :7·17,.;H ~ ~l~;j J
:-:aut:t T.mda cl11 Xm·tt• .. . ]111 :1411~:!10 ] 01 ::í:~fi·~ :!i'(I 204~0(}{1
~i!. C) ) I i~l(') <lu' Clllll)tH..; . '{ ~ : ·1-Hl~i'!t!l i!I::>IH$1 ~:.! .J :H<J()~(;(i7
~iio .1 usi· lln T,a~l.' . . . . j() : i'lô.~'>'!IO n :~'2CIStil J 1 :!ll2~2i'li
l'll:tl' . . . . . . . . . . . . . . . . lii' :l--:?OS1 <:.; 1 (j..í :.J!>V.$75() 2 ::J2:l . J3 1
:nnt:rna !lu 1 p:ttll'tltll . • . . :i i' :1:i~'j'J;j r.+ :U:.!~$ TS:l :.! :;):JI\$01:.!
::\l ur[(of . . • . • . . . . • . . . • . ;j(; ::::?4~-l.<):í !í:l ::l!H$780 :.! :$)~)$62 :>
T'ahtwi r:t th'G llulln.: :i:! ::?(J:t :!6!1 ;>:! : :~ l~$-l.!íU S:;{)SSl:~
Q twhr:tll<!'llltt . . . . . . . . . . ;n :tH:;~:mo 4R :!1 :-..t~O:.!O 2 :Ci!H $4. O
! 'm·to ('ah·o . . . . . . . . . . I'J ·r~·H~:líO 1 0·!)!)0~027 s :m~:;~·H:~
Al!llll Rr:IIIC'H • • • • •• ·!!I :11 ~( .l()H -t!l :O:ín$7..,1 r~o"615
x:. .. Luiz tlu Qllilll tllll' . . . .f li : l:íi'.~ i I :i -!:: :..f~l~{:)!l • :.t :0'2S$15G
1'ii•1 c)p ,\ Joo,.-.llf';ll' . • •• •• • ·1:! :f~:í:l., :;:;u :ln : t Gl~!l:hl G:.J!l:?&t!O
( ':tJll l:r . . . . . . . . . . . . . .. ·ft ::!'.!11$llll1 ·11 ·:J~.J~~-10 111$140
r:ilnu r:t:.dhr . . . . . . . . ,,. :fl:ill~1 (li :{!)·10~. (101 1 :.'·!l ! .J ::l
.\ n:ulin . . . ... :::-- ::Hl$100 :t ·:na~1:.!!l
.\ 111~11:1' • • . • . . . . . . . . :::; :ll~ll$ I!)() ::4 :j 10$S.j;l :{:.!1~t1:lí
Atu l nh ..... . . . . . . . 21 :Oi>e '>1n :!:l · !l:;2~2G I 3:0..J7$7;M
<'•·r·u l'i)lC' . . . • . . . .. ;{~ : !{()~j'(;() 3-~ :!:WStiH!I l:J~J I
l'ia ·s:t h11c:-:ú . . . ... .. .. :t~ · :;fjl ~(;.t!! 2!l :2.'-t~~!l~ I ~ ::l!·t!~71 2
)Jatn <:ra ru l\' . . . . . . . . . . :n :1fl:í~s~l:! 2!1 :7()(1 0.'{] l :·10:-•-.o Gl
' l'rni tllí . . . . . . . . . . • . . .. :!!1 ::.!!l:!$.'):17 21 : I i'll$l'<í 1: :!:!~ti:!
::\l :tru~t~f • . . . • • . . . • . . :!7 :·1'\.-o$'l:W :.!(; : i' !l~( i:U) ti'G.;<lll2
Lt'liJll hliu:t . . . . . . . • . . :!:i :.J17$0:l11 :?.i :1:{;!.. !170 2.~4tOGO
Purtn (),• t•t•lll':l'· . . . . . . :!O:í:it$:;lll 1S : i!i:i~"<M l 2 :0 I :íS71õ1
P it·unha-. . . . . . . . . . . . . • 1S::u;$:wo l(;;!)j:i~:!5:í ' 1 :26~0. ~
A rtt)li!·ac·u . . . . . . . • . . . 17 :UOO oou 17 :r.l).t$,:fiHI
l ;;.rrl•Jn Xma . . . . e ..... l!'i :~í:l$100 11 : :{O:.!~!l H 4 :-!!):!$1:i6
Vm·to H~l l do f'oll•j.,'io . . . • l!í ::ílli$70:1 lO :~)9~00-t t :!WS.$6:;!1
L h noPi ru . . . . . . . . . . . . l :! :Sl 5$G»O l:t :00(~~71 74 9.~21 :1
J U lltJIIt'ir~ . . . . . . . . . .. 11 :·Ull.., 100 7:084-$900 4 :-112$20<1
RPlo ) f cmt(• .. . . .. . .. .. 11 :4:í(if1XiG ] :.! :;-,()('>$-t (j()
Silo nraz .. . ........ . . 7 :775$760 :; :44!1$4-)7 2:326$.103

2. "j'(l\) : 0!11~!1'{1 ~ . :>80 :. 7-1$717 1 :li :2:).'!~165 o :03~


Resum o:
Receita a rrecadada
Despesa paga
2. 709:091$981
2 . 580: 874$777 •
Saldo .. 128:217$204


INSTRUC.i\_0 PUBLICA
.J



--


ENSI~O PRL\lARIO

A primeira organizaç-ão do ensino primario em Alagoas data de


6 de março de 1 36 e visava exclusivamente regulurizar o fun<"ionamen-
to das escolas, quanto ao proYimcuto dn.s cad(!iras, o tempo escolar c
outras medidas de carn.ter adminh;trativo.
A' c·hcgada de D. João VT no Brasil existiam no terrilorio ala-
goano. então pertencPnte á c·apitania dP Pernambnc o, d11as esc·ola.s dE'
primeiras letras. umn na então ''ila de Alagoas e outra na vila de Santa
l.~uzia do :\ol'tf'. Daí at<' 1 ~:31) crearn.nt-S<' OtLHas aulas de ensino primario
oficial; mas os beneficios decorrentes da difusão do C1 lsino, que o ~C' ­
vcrno pretendia, frarassa \·am em 'irtude da incn paridade do pes.;ol.l
nomeado para o magistcrio.
O r gulamcntn d<' J()3G não pôz t<•rmo ao d ·s~ala hro. Dele apC'-
nas r esultava ;, a l te nctessicla.de de proteger a. instru~:.i.o, ou an LCS
combater o escanda.lo dos profes~orC's. qt!C a1 rastavam mesmo loths ·1~
censuras. todas as recriminações" . informa ·;a em 1ç;5t.i o ilustre Silnt
Titára .
~o ano seguinte foi mancla cto adotar o mr>, 1do ele Lancetstre. A
proYidcncia ficou apenas no pa11C'l ofic·in.l, doeumentando um certo in-
teresse aclministratiYo pelo ensino popular. PorquC' não havia na Prodn-
cia um só prore~sor <·apaz de pratic·::tr o melodo pcdagogi<-o recomen-
dado.
Em 1 38 o proprio goYcrno denogava o regulamento de 1836.
fazendo o provimcmo de eadciras independente de qualquer prova de
l1abili ta~ão. Bastava ao ex~rcicio do magisterio prim.ario que o candi-
dato notoriamente soubesse ler P esc·revcr, fosse ver~ado C'Jll doutrina
c-ristã e um pouC'o dextro nas quatro operações fundamentais da arimc-
tica . E tais foram os escandalos que, em 1843, houve mislér de uma l<' i
mandando submeter a exame os professores em exercício que aspirassem
á efetividade.
Em 1 43 hou,·e noYa reforma no aparelho administratiYo do en-
sino publico e cinco anos mais tarde o presidente Xuncs de Aguiar rc-
clam:lva da Assembl éa Legislativa uma reorganização completa nos
<1ois ramos da instrução, o primario e o sec·undario, em vista da compro-
vada ineficiencia da. organização então vigorante.
Contava Alagoas, em 1818, uma popula~ão de 207.249 individuas,
sendo o numero de a lfabetizados 59.775, ou 20 % da totalidade dos ha-
•bitan tes .
.\ valiava-se em 23.000 a população escolar, para a qual existiam
44 escolas com 2.0 3 a lunos matriculados, ou 9 ~é da população em ida-
de escolar .
}ljm 2.7 de junho de 1853 foi e~pedido novo regulamento á instru-
ção publica e em 1857 ensaiava-se na capital da Província o metodo cha-
mado de leitura repentinn, de Antonio Feliciano de Castilho . Pratica-
va-o o professor Jc ~é Francisco Soares, que, comissionado pelo governo
provincial, fôra ao 1Uo de Janeiro estudã-lo .

J

-184-
As administrat_:>ões provinciais não se descuidavam do ensino po-
pular e a prova é que, em 1854. Alagoas dispendia mais com a instrução
puiJJka do que ~'linas Gerais c Rio de Janeiro, mantendo maior numero
de escolas pril1larias que essas duas grandes Províncias.
A r eforma decretada em 8 de julho de 1876 tornára o ensino pri-
mario obrigatorio. Era apenas mais uma louYavel exteriorização do
bom desejo oficial. condenado á inexequiiJilidadê, porque a Província
não podia manter escolas em numer o suficiente para a imposição da
obrigatoriedade.
:\íais ou menos assim, chegou o ensino primario ao advento da
Republica. ~\ ultima lei or\amentaria da Província consignava á instru-
ção ~38: 703$960. E ra a quarta parte da receita global. Não se mostra-
vam a'\·áros os poderes publicos. De prodigalidade até podiam ser acu-
sados. pesados e medidos os resultados reais desse serviço publico.
A ação oficial. como dantes e como depois, se limitava á creação
da escola e á nomeação do professor. O mais ficava a cargo do pobre
mestre: a localização da escola, o predio escolar. o mobiliario, o mate-
rial do ensino... •
Vejamos as estatísticas imperfeitas e contraditarias desse perío-
do de 51 anos de ensino primario. As cifras que elas mencionam, são
pe-lo proprio governo consideradas, umas exageradas pelos professores,
outras deficientes, quanto ao numero de escolar es_. Notam-se entre as
jnformações das autoridades do ensino, diYergeucict'! de numeres, prova
da insegurança das fontes informati,·as e elos processos estatisticos se-
guidos. 1\Ias, quer de uma, quer ele outra forma, são cifras oficiais.

~\nos ~um. de e~rola~ :\um. de alunos

1835 15 715
1840 38 1.096
18-!5 38 1.953
1 50 -!5 ~..190
1855 60 4 .095
1860 62 4.572
1865 114 4.437
1870 177 6.026
1875 213 6.609
1880 188 8.057
1886 226 8.177
1889 209 6.928

Ao ad'\·cnto do rcgimen republicano, a situação de Alagoas, relati-


·ramente ao ensino primario, resalta do quadro- seguinte organizado com
elementos da. Diretoria Geral de Estatística (Estnt.i tlen da Instrn~iio, 1
vo1.,1916,pag.228).
Estados e Escolas Alunos

Di (l;to l''ederal Toml Por 10.000 Tot:tl Por 1.000


hnuilautes h3bit::m tcs

Alagoas .. . . 209 4 6.928 14


Amazonas .. 122 8 3.546 24
Baia .. . . . .
, .• Cc:1rã .. . . . . . . .. . . .
671
237
3
3
22.131
9.497
12
12
-185 -
•~ tado:; c l:scolas .\luno_,

DÜ;trito l<'ederal '.rOI!Il P ur 10 .000 'l'ol~l l P OI' ] .ouo


hauit..a ntt:> • llnhil tllltes

Distrito I~'ederal .. . . . . 2 o 5 18.696 36


Espír ito Santo . . . . .. 105 8 2.5 2 19
Goiaz .. .. . . . . . . !);) 4 ~.108 12
Maranhão .. . . 170 4 6.545 15
1\Iato Grosso .. . . 51 5 1.830 ~o •
1\-Iinas Gerais 1.757 6 46.997 15
Pará .. .. 33() 10 11.90 l 3()
Para íba .. . . !)')~ 2 2.531 li
Paraná .. . . ~13 9 G.96S ') '
• Pern3;m buco . . . . 747 7 1 9. 74~ 1~
Piauí .. . . . . . . . . c! 3 2.1~9 ~
Rio de Janeiro . . . . . .. 852 10 31.091 35
Rio Grande do Norte .. 159 6 5.443 20
Rio Grande do Sul . . .. 49!J 6 24.287 27
Sa n ta Catarina .. .. . . 171 6 7.:>o~ ~G
'São P aulo 1 . on. R 21.9 9 1G
Sergipe . . . . . . 206 • 7 3.750 12

8. 157 6 _~ ;)
- . 'O~ lS

Aprc<'iand o as ~rada~ões que o quadro prC('C'clPnte focaliza. 'crifi-


ca-sc que Alagoas, quanto ao numero etc escolas. c~ta ,·a em 11 · lugar. ·
mas distribuía por 10.000 habitantes apenas 4 estabelecimentos de en-
sino elementar, <>m todo caso mais elo que a Baía, CC'arú. Paraíba, Piauí,
e tantas quantas Goiaz e :\laranhão.
Relativamente ao numero de a lun os matriculados nas s uas 209
escolas, ocupava o 12° lugar, mas apresentava um c·oefic icnte de 14- pa-
Ta <·ada grupo de 1.000 habita nte~. mais do que Baía. C'eará, Goiaz,
raíba, Piauí e Sergipe.
P•
A obra educacional das mas~as populares do período colonia l e
do Imperio, foi assim deficiente em lodo o Brasil. Em 1~ 9 existiam no
Brasil 6 escolas primarias para cada 10.000 habitant es e 18 alunos para
cada 1.000.
Alagoas não podia fa~er mais d•quc fez nesse lon go período nJ.-
cional. Sob o regimen r epublicano, até 1930, o ensino primario, se bem
que se t enha desenYolvido, não constitue ainda a pedra angular da edu-
cação do povo. Em 40 anos, a instrução publica sofreu os embates mais
ou menos violentos de 12 r eformas completas - duas em 1890, uma em
1892, unta.em 1894, duas em 1895, uma em 1901, uma em 1904, uma em
1906, uma em 1915, uma em 1917, uma em 1924, para mencionar somen-
te as que afetaram integralmente o mecanismo do ensino publico, sem
referir as reformas parciais, invalidando, ás vezes, disposições essen-
ciais á vitalidade organica do ensino. •
Dados ofici{liS resumiam a s ituação da instrução nos algarismos
seguintes:

1896 9. 075 alunos e 236 escolas


1899 9. 972 151 "
1904 10. 407 , 243 ,
-

-186-

A Diretoria Geral de Estatística iniciou em 1908 nm inque 'to so-


bre o E'nsino em todo o Brasil, relativamente ao ano de 1907. Somente
em J ~16 foi divulgado, em volume, o 1·esuitado eompleto desse inquerito,.
que deu á Ala~oas, quanto ao ensino primaria, os algarismos seguintes:
População em idade escolar :
Sexo masculino. . . . . 91.630
Sexo feminino .. 7!). 0C)8 . 173. 69

Matricl!la da~ escolas:
~exo masculino
Sexo feminino .

F'reqncnc·ia das esc:olas:


Sexo masculino .
Sexo feminino .

:\Ialric:u1a· por 1.000 bal.Jitantc::;


em i da d c esc· o la r:
Sexo m«Rcnlino •
Sexo l eulinino .

Fr<•qucnda pm· 1.000 hniJitan-


tC'~ em idadP t'~colar :

Bexo ma~culino . 55
Sexo feminino . 80 66

O rcc·<:nscamcnto d<' 1900. tendo apurado em A lagoas ()49.273 ha-


bitantf"~. déra parn. essa popula<:ão 519.710 analfabetos, ou 800 por gnt-
• o ele 1.000 hauitanles. Esse <·oeficicnte só nos ('O]ocava acima da Pa-
raíh!l. ( 3~ por 1.000 habitant es). Pernambuco (807) c Paraná ( 827) _
l~m 1H07 a. ponula<:ão do Estado foi calculada em 76f>.862 indivi-
duo~ . doR quaiR 173.698 esta,·am em idade escolar. Destes, apenas S j'o
(13.920) estavam matricu lados nas escolas alagoanas, juntando-se
115.280,22 ~; da popula\ãO escolar, á massa formidavcl dos analfabetos
adultos.
O recenseamento de 1920 contou no Estado 978.74-8 habitantes,.
dos quais sabiam ler e escrever apenas 14-4.535. A porcentagem de anal-
fabetos crecera- de 80 )~, em 1900 para 86 ,.~ .• a admittir os algarismos
do ultimo recenseamento .
Nesse ano contavam-se no Estado:
Escolas publicas .. 365

Escolas p-articulares 163 528
.........
;

• ' 'I

. ~ 1\Iatricula nas escolas: ..


Escolas p•blicas 11.467
Escolas particulares 4.592 16.059

Para cada grupo de 10.000 habitantes, 5 escolas, e para cada gru-


po de 1.000 habitantes, 16 alunos matriculados.
-187-
.
Com os :ubsidios fornecidos pelo Deparlamenlo Geral de Instru-
ção ~tblica e os que pôde a Diretoria de Estatística do Estado coligil·
de outras fontes, podemos determinar a situação do ensino em ~\lagoas,
~m 1931, em todos os seus setores.
No referido ano. o ensino primario foi ministrado por E>scolas e
cursos estaduais, municipais. federais e particulares. Os quadros que
seguem pormPnorizam a situa~ão desse ramo do ensino no Estado.


E'-laclmtis
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:\lcmi nipa.i~ fl'ctlcrais
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Ao findar do ano de 1931, existiam no Estado 632 esccJlas c cur-


sos ()e ensino primario, os quais eram assim mantidos:

pelo ~overno do Estado . . . . . . . . . . ..._,
., ,}-
pelo governo da Umão . . . . . . . . . . . 1
188-

pelos municípios . . . . . . . . . . . . . . . 47
por par ticulares . . . . . . . . . . . . . . . . 257 •
Verifica-se que o contingente part icular na difusão do en sino pri-
ma.rio é consideravel, corTcspondcndo a 78 ~~ das escolas mantidas pelo
gO\·erno estadual .
AYaJi.ada a população escolar em 124.890 indivíduos, ou 10 7c da.
população total do Estado. havia 5 escolas para 1.000 cria nças.

(!tuHlru tla mntrioula rt'Hlizudn uns e:<·oln~ e curí\o~ 1•rtmarios em 193f

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20I124. SDOiu.s-.?7 s.onr. jt.l10I757lJO 1 - I·J.-H7 13.612 2:;.18'1

• "Matricularam-se 11:1s escolas e cur sos de ensin o primario, 25.187


crianças, sendo:
nas escolas estaduais . . . . . . . . . . . 14.893
nas escolas particulares . . . . . . . . . 8 . 059
-
-189-

nas escolas mumctpais 1. 867


nas escolas federais ... 3G8

cujo total dá uma média ele 40 a lunos para cada escola e de 202 por gru-
po de 1.000 cria nc:as em ida de esao1ar, o <tu e já é um coefi ciente bastante
animador .

Qunclro do JlC. sonl clor~nt<> nn E~tnclo em t!l31

1-:~l :uluni-. ' :\JnniriJ>Ili:. F edet·ai:> I Particul.


:'\luniritlios --------"~--------- T otn l
;\1 11". F l'Jil ~f :t~l F•·m. ~f:l". F t•m.l )l:t>&.l F t•m.j

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Q t:c>hr:m;::ul o . . . . . . . . . . . • . .1 - I n1 11 .a i I - :!I .q 17
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621

~----,-n-,-------------~-n-,----4-I----~-,--,-;;-I--,-~-,-,--~-,;-R

O numero de docentes elevou-se a 678, distribuiclos na seguinte


ordem: pagos pelo Estado-434, pelos muni cipios-47, pela União--7
e por particulares-190. •
Quanto aos sexos, o numero de professoras sobrepujava o de pro-
fessores--583 do sexo feminino e 95 do masculino, sendo que o maior
numero de professores exerciam o magisterio particularmente .
O rnagisterin. em Alagoas, tornou-se uma profissão sem interesse
para os homens .
- 1!>0-

Rf•sultndo ,to uno ('scolnr tle 19:H

FrtoiJill'lll i:a .\1Ul10" ljllf• 1°llll1'111i·


r ,nu o 1'111'"11
• Tutal '1'1'1~11

Agua Branta . . . o • 413 70 27 ()


Alae:oas ..... .. o. 400 (,:~ ~o fi
Anadia ... o ••• •• ~:~u 61 33 H-
Arapi rac·a. . . . . . . . . . . . o • • • •• 117 GO 1~ 1:3
Atalaia . o • • • • • o • • ••••• 411 7'1. 16 4
Belo Monte o • • • • • • • • • • •• • • • • •• 6-l 5 !)
Camaragibc . . . . . . . . . . . . . . . . .. ~6~) 69 20 R
C'apela ... ..... ....... ... . . . 35(i 76 s
Coruripc . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . 211 62 JO
Igreja r'\ ova . . . . . . ... ... ... 190 69 21 11
.lunquC'iro ... o • •• o. o o • •• • 127 (), H 9
Lcopoldina . . . . . . . . . . ..... 61 cn 3 !) •
Limoeiro. o. o •• • o • o • • • o • • • • • •• li>4 GO 13 !J
:\Taceió o • • • • • • • • • o • • • o • • • • •• 7 . !>1~ 81) 5tH (i
!\iaragogí . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1·1() G:> 16 l I
..\lata C:rancle . . . . . . . . .
.M urici . .. ........ . .. . ..... .
o • • • •••• 1!)7
27~
60
..
,.,'•) ~3
2:i
11
~
Palmeira elos Indios .. . :!!)~ 70 ~o
Pão d(' Assucar . . . . . o 11) I til;) 20 11
P enedo o.. . .... . ' -t-0 7•) Ht ]1
Pias~abussú ........ . 2:~ I ()!) 1~
· Pilar ................. . (i~ ~6
,..
l' i r a u.JJ ;l c:.
o • • • • o • • • • • • • • • • • • • • • Sol fj! • 6
Pono ('ah o o • • • • • • • • • • • • • • • • • 1-l~ f) (i 11 8
• Porto d e Pedras . . . . . . . . . . . . .. . 211) 71 ,, 'l
.J- 10
1->orto H.eal do Colegio . . . . . . . .. 1-13 57 11 s
Quebrangulo . . . . . . . . . . . . . .. .. . Gl3 ~u 9-
_;> 4
Santana do Ipancma o o • • • • •• ·I f)~ 75 29 r;
~anta Luzia do :'\orte ......... . 851 74 42 5
São Braz . ... . . . . . . . . . . . . . . . . lfi{) 72 15 10
São José da Lagc ............ o •• 221 79 17 8
São Luiz do Quitunde ......... . . 270 61 29 10
$tio Miguel dos Campos . . . . . . . .. 4 9 69 32 7
):'raipú . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 159 59 10 s
União_ ... _.. . 429 66 34 8
rv;iço5al .. . i .. . 811 79 35 5
, .. 18.528 69 1. 356 7

c. ! i f: I f
- No uun1ero- das escolas mantidas pelo Estado figuram 13 grupos
• c~olarcs. dos quais 6 estão loralizados na capital e receberam 2.09!'
a h!~ O~, e 7 llO J.~~~rio.r que tiveram uma matricula de 2.039 .
r• • Go~ f/. m~n.\iteug~(\ da~ suas 327 escolas, nas quais estiveram ma-
t.riculados~l4.89.3 , ~ j:~1~aw. treq~tentes 10.002 alunos, dispcndeu o governo
n 1nlPOl'l:l,llCia Qe_ 96_Q:,42~~ G(h ou 2:952$360 por escola e 64$219 por
aluno matriculado.
-191-

O ensin o secunclario em Alagoas prerf'cll"u ao primaria. Enrontra-


mo-lo r emotamen te nos conventos, C'OlllO l>ase de formação intclec·tual .
Ofic·ializou-se depois. Em l ô:35. contax am-se na Província => aulas de la-
tim. ~ de francês, 1 de re toric·a, 1 de filosofia c 1 de arimelica.
Dez cadeiras de ensino secundaria ex istiam de~tinadas a os rapa-
zes ricos, frequentadas por retlt.o c poucos a lun os.
:'\esse ano. a Asserul>l éa ProYincial. que se reunia pela primeira
Vf' Z, abandono u por c·omplct o o ensino primaria c c·uidou do secundarin.
crcando duas ('adcira~· em Penedo, uma de filosofia P outra de franrês.
Era, aliás, o CTitcrio ela época.
Em 18Hl. o governo pn•LcndC'u c•cJHrnlizar o <m~ino secundado,
creando para isso o Lice u .\la~oano (L<•i 11. -1~ J. de 18 ele junho) e ex-
li nguiudo as cadeiras a.vulc::as ela <'apitai. O Lic·eu N>nlcco:! a rundon-u·
com 8 carlei ras: gramati<·a naeional c anaJi ~c dos c·ln~c;kns portug ucsc" :
fran •ês; lalim: arimNira: algebra: gc>omclria: geograf i ~ ; tronologi.J
c h istoria; retoric:t c poelif'a; filosofia raC'ioua 1 e moral.
O Li ceu foi yi\renclo ,·ida prcca ría. i\o ~oY crno da PrnYin cia, o pre-
sidente á e .\lbuquerqne })J'Nenclen 1ransforma-lo em internato. tende•
da As!'embléa a nercssaria autorização. Em 1~55. frequentavam o <'~t~. ­
bclecimento :Wl rapaze!';, ra indo a m:1t •·ic·nla. no ano segu inte. pa ra l il.
A Lei n. 370, d<' l de jul ho de 1, <>1 extin~uiu o Lke u, c·ont iuuanclo
somente na capital as caclci1·ag de portu~uê~. fran ci>s e latim . O cstah('- •
lcdmento foi , entretanto. reab••rto em lSG:~ c·om as cadeiras de portu-
guês, frnnr>s. latim, in glês. ~c>o m et ri a c ~co~rafia.
O Dr. Tomaz do Bonfim Bspindolu, Jn c.;pctcr Geral dos Estudog.
em 1 G6, C\11 seu r ela tori o d e~~ c ano, cli~ia: "~ã.o ha ai nela c~t udos sis-
tcmntieos; não ha ailll1a cun.os propl·iam<'ntc rtito~ : a JH·opagaç-ão de!;le
ramo de ens ino continua ~ ser ft>ita ao talaftt dos · professor es--sem
plano regular c uniformidad e rle> <'~lnclog. ··
Espindola propunha então 11111 pl:'.no de e="tnclos em harm o11 i::t.
com o do Colegio Pedro IJ , <'lll um (·u r so de quatro anos, pC'di:Hlo a tr<lnl-i-
formac:ão do Lic·eu em c·ol<'~io, sob o regimcn dü internato.
Em 1866 frcqu enW.\'am o L iceu !li alun os e estucla ,·am antl~a-
m cntc 7 rapazPs. ·
\~i\ ia o Licf'n. a inda em 1 Gn. sol> o regimen do seu primitivo re-
gulanwnlo. o ele 1849. ;\ão se avançara . ~esse ano contavam-se em toda
• a Província 2H7 alunos de ensino se<·t! n<lario, dos quais 35 habili tados
para e:-~ ames .
Em relação a esse ramo elo <>nsino. somente as Provinrias da Baía
e Pernambuco aprcsenta,·am maior numero de alunos (J li C Alagoas .
En tretanto a instrução secundaria, por causas diversas, arrasta-
. ''a-se penosamente e quasi infrutiferamente. E mais ou menos assim
chegou até aos ultimas dias da monarquia .
A Re publica, procuran do remodela r a obra educatiYa do Jmperio,
vol tou sua atenção para o nosso Liceu. Em 1898 (Decreto n. 37, de 30 de
noYembro) pôs o seu curso de acordo com o do Ginasio Nacional e, em
1896, r eorganizou o ensino secundaria existeut.e na cidade de Penedo.
Com o pensamento de alargar a esféra educativa da mocidadP.
proporcionando-lhe outra aspiração que não fosse o bacharelato em
ciencias jurídicas e sociais, em 1897, foi creado, an exo ao Liceu, um cur-
so de Agrimensura e no ano seguinte foi expedido novo r egulamento ao
Nlrso de ciencias e ~etras. :\lais tarde creou-se tambem, n o m esmo esta-
belecimento, um curso Comercial. •
-
-192-

Em 1899 a est,aUslica escolar relativa ao ensino secundario, acu-


sava as cifras seguintes:

Liceu Alagoano:

('urso de Agrimensura 12 alunos


Curso :.\ormal . . . . . ..
Curso Comercial . . . . ..
79
7 ..
"

Curso de Ciencias e Letras . . . . . . . . . . 7


.,
Materias avulsas . . . . . . . . . . . . . . . . .. so " 185

Liceu de Penedo:

Materias avulsas ... .,


122 122
Total 307

Reorganisado em l::l11, foi remodelado, quaulo aos programas, e,


em 19 L5 , foi r eformado para os efeitos da equiparação c·om o Colegio
Pedro 1 I, sob cujo regimen ainda hoje se mantem.
Concorrentlo com o estabelecimento oficial de ensino secundario,
existem diversos colegios, igualmente equiparados, uns, sem os privile-
gias da equiparação, outros .
• JiJm H>3t a instrução secundaria !oi ministrada na capital, em
Penedo. em Pilar e em Atalaia.
O quadro estat.istieo que damos a seguir diz respeito ao numero
de alunos matriculados e frequentes nos din~ r~os estabelecimentos pu-
hlico~ e parli<'nlares .

.ii a t ri cu la:-. Concluiram o


<'ur ·o
~las. F em. :\las. li'em. Mas. Fem.

Maceió . . . . . . . . !31 46 381 41 34 2


Penedo .. . . . . . . :.!5 10 ~o s
Pilar .... .... . 10 8
Atalaia . . . . . . . . 1 1

467 56 410 49 34 2

O Liceu Alagoano leve de matricula 187 alunos, sendo 168 do


sexo masculino e 19 do feminino, e de frequencia 158. Concluíram o cur- ·
so nesse estabelecimento 23 alunos do sexo masculino c 2 do feminino.
Com o Liceu dispendeu o Estado 157: 109$426, ou 935$170 por
aluno matriculado.

ENSINO NORMAL

A reforma da instrução publica de 1854 ocupou-se seriamente da


formação do professorado primario e. para isso, creou, anexo ao Liceu.
um curso normal. Esse curso, porém, só teve regulamento em 1869, quan-
do passou a funcionar. •
I I
-
-193-
O cur so de professor es era dado em dois anos, sendo as materias
-do ensino distrjbuidas por duas cadeiras para cada ano. Os professores
eram os m esmos no Liceu. Os alunos faziam uma pratica. no segundo
ano, em uma das escolas publicas da capital.
O mag isterio. porém, não seduzia. As aspirações dos moços. prin-
-cipalmente dos abastados, volta vam-sc de preferencia para os cw·so3
juridicos.
1\lais ou menos com a mes ma organização, encontramos a cscol:t
normal em plena Republka.
O r egulamento que baixou com o Decreto n. 601. de 11 ele novem-
bro de l!JU c' foi o melhor. do poato rlc vista pedagogko. amnliou o cur-
so para quatro anos, tendo em ,·ista. o melhor pr eparo intelectual, mo-
r a l e tecn ico dos candidatos ao magister io .
O curso normal fo i desanexaclo do Liceu, dando o go\·crno casa.
propria á Escola l'\ormal .
Outras r eformas têm havido c:om o fim louva\·cl de melhorar sem-
pre o preparo do profe~sor .
O DecretO n. 1.4:?9. de r de dezembro ele 1930. c·rc>ou o cu r!'o ru ral.
anexo a cada um elos g rupos escola1·es do interior. O fim dc~s-P ('Urso foi
('Vilar a continuação d" nom t.'aç:õ<'s de peS$oas in<'doncas para. o pro-
fessOI·ado cxtranum era r io.
E!:'sc c·nrso. fí'ito em dtlis ~nos. f'Xige pnra maíric·ula o exam<' elo
4'' ano dos g rupo!' escolares, e c·onsta, no primeiro a no, rlo desenYolvi-
ruento do ensin o de português. arimctica, geografia geral e corografia. •
-do Brasil. ele·.. c no segundo, al ém da r PY isã.o do primeiro ano, pedago-
gia, didat ira elementar c pratir·a de or~anizac;ão csc·olar.
T1·es ci esses <·ttr"o~ já funcionaram em 1H31. um em Penedo . outro
em Capela c outro a inda em Pilar .
1'\o re ferido ano, ma trku l aram-~e na CsC'ola .t':orrual I O a lunos,
11 uo sexo masculino c 1m> do fc>mi nin o, lendo ~i <lo ·rt'~ist rada uma frP-
quencia média de 8 do sexo masculino c 1~ 0 do femi nino .
No mesmo ano concluíram o c-urso no rmal, no estabelecimento
o ficial do Éstado, J 1 alunos.
Nos tres r eferidos cursos r urais mat1·icularam -sc 42 a lunos, sen-
do- 25 em Capela, 10 em P e nedo e 7 em "Pilar .
Com a Escola 1'\ormal dispendeu o Estado em 1931 a import anria
ile Rs. 112:955$088 ou 632$113 por aluno matriculado .

ENSU\0 PROFISSIO:'\AL

O ensino profissional é ministrado em Alagoas em um estabele-


eimento federal, a E scola de Aprendizes Artífi ces, um estadual, o Apren-
dizado ~gricola de Satuba, e diversos estabelecimentos partic ulares, dos
'flUais dois largamente subsidiados pelo Estado - o Asilo de Nossa Se-
nhora do Bom Conselho, para m eninas e o Orfanato São Domingos, pa-
ra meninos.
O movimento desse ramo de e nsino nos diferentes estabelecimen-
tos e respectivos cursos foi o seguinte:

Comercial .... . ... . .. . 92 alunos
:vt:usica .... . . ... . ... . 124
Pintura . ... .... ~ ..... . .
,"
96
Artístico-industrial . . . . . . . . 468 .,
Desenho . . . . ....... . . 143 ..
,
Datilografia . . . . . .. 97
-

-194 -
,.
Sacerdotal . . . . . . . . . . . . . . 54
Agricola . . . . . . . . . . . . . . . 50 ,
E scultura . . . . . . . . . . . . . . 1

Total . . . . . . . . . . . . . 1 .125 "

E XSI~O S"CPERIOR

Xo f'Orrcr do sPgu ndo s<•mestre do ano de 1 931 , fo i cr eada uma


E::cola Li\TP de Di r eito na capital do Estado. :1 qual está func iona ndo.
l\ã.o th·cmos. porém, iniormaçõcs elo seu movimento naquele ano.

Qundr(l de <'' o lu~ão tio cn"'in o p rh n a rio mantido pe lo E tndo

Anos P~pu lação Numer o de Alunos nHt - Alunos por Porcent a -


b"'sC'ola r Esc: o las tri<:ulados escola gem sobre a
popul. esc .

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'
Ano Receita arrecadada Despesa paga Despesa com Porcentagem
o e nsi no em r elação á
1~7-i t. HI ' - 1
receita

Hl -~ 5 . f; ()7 : 1 ·1;)~000 5.~G~:5ROSO'l'J 816:2~1$180 1 ;),


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1Q!!3 7 .G 1 D:234~000 7. J 00:400~00() 793:911$!160 10,3
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19~5 10.1"1:30~$000 lO.RGO:G-!3$000 095:620~000 rs r•I
19~fj 9 . 24G : 294$000 10.355:726SOOO 1. 259 : sso.;ooo 13,5 I •
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lfl27 10. SH>: 177~000 11. OlS: 7-Hi~IJOO 1 . 546: 4·l0$00fJ 1·~ ,O
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1. as-t : 9SO~ooo 10,9 ( 'f
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,..,-,(,

l!':n 10. OG 1:122$000 7. 70:9HUSOOO 1. 332: .J97$01)(1 13.~


,..
' oi
- 1!)3-

Quuclro dns de~pesu: cum o J.Jiceu .-\.Jugoa.uo

Ano A l unos matri culados I


Despesas . Despesa por a 1uno
anun.1s

1924 4 109 : 400SOOO 2:379$000


1925 55 tOl:000$000 1: oosooo
1926 80 1 24:220~000 ]: 552$000
1927 93 173:060$000 1:860$000
1928 100 171:060$000 1 :710$000
192!) 9-! 171: 0(:i00::000 1 : " 19~000
1930 112 183:680. 000 1: 640$000
1931 187 157:109~000 933$170

Qundr o demo n ~ trnt h·o da d e~p<'~l <'nm u ensl nn normal no dcc<'nl o de


19:!:! - 1931

A no 1\'Ia l r icu la A l unos di plomados Despesa com o Despesa por


Ensino 1\or mal al uno

1922 19S 4~ 52:400~000 ~64$(; . 10


1923 234 46 46:200$0()0 197$410
1~24 214 15 46 : 200$000 217$700
1925 225 15 53:000$000 235$500
1926 6!~ 19 69:S00$000 1:107S800
1927 53 16 122:180$000 2:353SOOO
1928 51 12 117:580$000 2:305$500
1929 45 2 119: 980.~000 2:666$600
1930 61 8 133:400$000 2:186$800
1931 180 11 112:955$000 627$500
-

.A_pai_.clllanl nt(> Ecol101llico


./

VL-\ÇAO FERREA

As estradas de fe rro que servem ao Estado pertencem ao grupo


arrendado pela (~ rcnt \r(•stcr·n ut' Hrn,il Hnilway Limit t•d e são as duas
antigas ,·i\·as ferreas P aulo Aionso c Ala~oas TI<!ilwa" .
.\. primeira é a mais antiga do Estado. Te \·e a sua construção au-
tori zada em 1878, pertencendo a ini c·iativa dessa ohra ao grande esta-
dista a lagoa no Viseondc do Sinimbú.
Es~a estrfldn. h'' e em vi~t'l P:-t·tlwiPter a li~:-e ) _o SO"ial e c:mre r-
cial entre o baixo e o a lto ão Fra n<'is<·o, na conformidade dos est ndo:;
e planos <lo en;c:-thr-in nonc-amcrit·'ll'O \\·. :\1. H.ob<'lt.S.
Os trabalhos foram iniciados naquele ano. fic·anclo a exp lm ac;ão
do terreno a c.argo do engenheiro al' mão .!leinalrlo 1 o 1 K~·uc~er, ~ e !Hl,
contratante do assentamento da ,·ia JH'rma n ente e ela <·onstrução das
obra~ de arte c edifícios o engenhe iro Jean Guillaum e :\lonthier.
Em 25 de fevereiro de 1 ' 1 foram f'nt rcgtH's ao trafego pro\'i::-orio
28 quilometros e, em julho do ano seguinte, foram abertos ao trafe~o
publico f>.J- qnil ometros. Em 2 de agosto de 1 1 3, fo i in auguratla a esta-
ção term inal em Jatobá, no Estado de Pcrnamlm<.:o .
A estrada corre em geral na direc:ão t\0, tendo sC'n J>Onto ink ial
na vila de Piranhas, neste Estado, á margem esquerda do rio São F'r:m-
cisco e a 230 quilometros de sua foz. Em Piranhas a altitude é de -!G,SO
metr os, aumentando as quotas na i por dca n te: ~·1 2 metro~ em Cmhu~ei­
ro, 250 em Olhos d'Agua, 254 em Pedra, :Hl!} em :::;inimhú. at i ngi11~l 1 o
seu pontO <'Ulmiuan te do qui lometro 7-1, na serra elo Fogo - 35 . Em
J atobâ, ponto term in al, a altitud e é de 2H, metros.
A estrada serve, em Alagoas. os municípios de Piranhas c .\~u a
Branca, desenvolvendo um percurso de ~a quilomctros, do ponto ini<· ial
á fromcira pernambucana, no ri o :\loxotó .
Do ponto de vista fil12.nceiro. a estl"lda semprC' viveu vida p1 ef':l-
ria. a braços com dcfi<·it:o:; anuais. Essa situação não depende da ge. tão
da estrada, mas do seu pessimo t rac:ado, como está praticamente verifi-
cado, h a muitos anos.
Visando ligar comercialmente o alto ao baixo São Fran<'isco, nã()
hom·c no t raçado a preocupação da situação economico-Onanceira da
estrada, que seria a da propria r egião por e la servida. Os estudos rl"all-
zados para essa li gação limitaram-se, preferentemente, ao en c urtamento
da diHancia, por isso deixou a. linha. fcrrca. <le atravessar uma zona ri<'·t
e fcr til, qual seria a dos vales dos municípios de Pão de Assucar, de c: uja
sede devia ela partir, :\Iata Grande e Agua Branca. Em atenção a l'~"c
encurtamento de traçado a estrada teve o seu pon to inicial em Piranha ~.
onde termina a navegação do baixo São Francisco, dai seguindo por um
terreno acidentado, cstcril e de população escassa, com uma prollut:ão
limitada ás exigencias regionais, sem sobras para. exporcaç-ão.
O ilustre engenhei r o. Dr. :\leio ~ eto. quando diretor da Pnulo
Afonso, sugeri u ao ~fwerno a icléa da conslru<:>ão de um ramal, de bitol:.L
reduzida, partindo da cslac;ão da. Pedra, no quilometro 3-!, que fosse ter
-200-

ao (:ora'.:ão dos dois mais Yigorosos municqJIOS daquelas paragens ser-


tanejas, Agua B]·an ca e :\Iata Grande, .. donde viria infalive lmen te o ne-
ces,·ario sangue ve noso para essa !>Obre e desalen tada ,, ia ferrea de jun-
ção··.
Ess;a estrada foi incluída no nume ro das arrendadas á Grcat Wcs-
tcrn oi Hrnsll Rnilwny LimH~tl. continua ndo. sob a gerencia ingleza, a
m esma existe nc ia precaria dos tempos em que estava sob a admin istra-
ção federal .
A digtribniç-ão quilometrica da Paulo Afonso no Estado é a se-
guinte:

De Piranha~ a Olhos d'.\gua . . . . . . . . . . . 27 ,846 kms.


,.
nc Olho~ c1'.\ gua a Talha do . . . . . . . . . .. l~.l)S4
,.
De Talhado a Pedra . . . . . . . . . . . . . . 1:3,703
15,404
De Pedra a Sin imbú ...
De Sinirnbú á fr onteira 1:3,063
..
,
T ota l .. . S3,000

\ :.tnti~;.l .\l,u!·u:a-. Huit"a~· ( '~ •mpan) l.imilt•tl fni a conrcssiona-


ri a da c·onstru<_:'iv ela <.•strada que . }nrt indo de :\Jac·t>ió, marginando o rio
.\tundaú . fo~se á tidaclt• de L:niào. então Tm}Je ratr iz .
.\ fslor~os elo inoh· iclavel ala~oano, <·or on<>l Pedro Paulino da
Fonc:pca. quando gnn~rnador do m~taclo. f<'7-~C a li gação <Jessa estrada.
com a Cemral de Pemambu<·o. Embora o entroncamento não se tivesse
<·fcruado na eRt rada de fC'tTo do Redf(' ao ão I•'ranc·is<·o ,a 1:! quilorne-
tr0s ahnixo da esta<;ão ele Canhotinho, no lugar denomin~alo Pacavira,
<:omo P Pdro Paulino julgava mais l'onvr nicnrc am:; hneresses de Ala-
~oas. torltwia a l i~ação preferi ta reprt>~enla um melhoramento com~i­
d c ra ,.e;
J·~~~a C'~Lrada. que fa:t. pari(• da r t.?d(> (•xplorada , por ar r endamento.
pela (;n~ u t \\'(•:-;tf>rn. tem no E~ta<lo um desenvolvinH•nto de 129,736 kms .•
assim d isrr ibuiclo por est.ac:õcs:

De J araguá a :\lareió . . . . . . . . . . . . . .. 2,608 kms.


De :\laceió a Bebedouro . . . . . . . . . . .. 5,901
.,
.,
De Bebedouro a Fernão Yelho . . . . . . . . 5,050
De F ernão Velho á Satuba . . . . . . . . . . . 6,969 "
De Satuba á Uti nga . . . . . . . . . . . . .. 5,410 .,
De Utinga á Cachoeira . . . . . . . . . . . . . 1,950 ".,
De Cachoeira a Rio Largo . . . . . . . . . . .. 0,962
De Rio Largo a Lourenço de Albuquer que 9,698
,
De Lourenço de Albuquerque a Bom Jardim 9,020
De Bom Jardim a Ita maracá . . . . . . . .. 10,719 ,."
De Itamaracá a :\luricí . . . . . . . . . . . . . 6,460 ..
De ~Iur i c í a ::'llicho . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,201
De Nicho á Branquinha . . . . . . . . . . .. 12,711
.,
De Branquinha á União . . . . . . . . . . .. 9,877 !'
,
De Un ião a Barra do Canhoto . . . . . . . . 15,866 ,
De Barra do Canhoto a São José da Lage
De São José da Lage á Serra Grande
Do Serra Grande á fronteira . ..
5,988
9.355
7,000
-"
,.

Total . . . . ...•• ... 129,736


.,
-202-
para Estados limilrofes, se encaminharia para a capital, aumen tando o
comercio c tornando maior o volume da nossa exportaç:ão .
Conta m-se ainda no Estado cerca de 200 quilom etros de linha~
fe rreas particulares. de bitola inferior a um m<>tro. que sen em ás usi-
nas Br:t!'>ilt.'iro, .\}wlinariu, S<>rra Hrnutl<', Espc ranc:n, Centrul Leão, Paíu
Am;uclo. Phufohn c f'onlri}>t', com :n locot.notiYas e 508 carros.

\"J.\Ç'ÃO HODOV JA RlA

A aclministnu;ão elo dr . .José Pcrnan d<'s de Barros Lima deu inicio


a <'oust ruc;ão de estradas de roda~em, fazendo a li gação da capital com
as sédcs de· quasi todos os muni<'ipios. Ao fim dessa .adm inistra.c:ão esta-
Yam construidos <'Cl'(·a ele :~00 quilometros, ao norte, ao s ul e ao centro
do Estado.
As administraç-ões qu(' S(' lhe seguiram con tinuaram essa orie n-
t aç-ão. dotamlo alguns munic·ipios d e boas E>stradas. Por sua vez, os muni-
cípios têm c·on~truido ccntC'nas de qui lometr os, procurando liga~ão ra-
pida ('0111 os munic·ipios limítrofes e a capital .
gxistem atunlmeulc as e!:;tradas segu intes. na sua ordem de clas-
sifiração:

De
:\Iaceió á Barra 1le Santo Antonio . . . . . . . . . .
D <'
Barra de Santo Antonio a Siio Luiz do Quitundc
49
4 ..
kms.

DE>:\fa<'c>i6 á Jtamaracá . . . . . . . . . . .. 43 .,
,.
De :\Iacció a Pilar . . . . . . . . . . .. 33
D~ Pila1· a São :\1iguel dos Campos .. . 37
Dê Pilar a Ata laia . . . . . . . . . . . . . . . 20 .."
De Palmeira elos In dios á Santa Cruz . . . . . . . . 30 211!

De narra 1le Santo Antonio a C'ama1·agibc . . . . . . . . . •)•) kms.


- ..J

1)e Pessoa a Porto de Pedras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 "


De Porto de Pedras a Porto Calvo . . . . . . . . . . . . . .. :30 ..
De ão :\Jiguel dos Campos a Coruripe . . . . . . . . . . .. 88
De Sinimbú a Junqueiro ..... . ..... . . . . . . . . . . . . 50 ",
De Junque iro a Penedo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . 54
De São ~li guei dos Campos á Anadia . . . . . . . . . . . . . . ·10 .,
..
De Anadia á Cana Brava . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
De An ad ia a Tanque d'.l.,..rca . .. ....... . . . .... . 9 ..
De Limoeiro a Arapiraca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 "
De Atalaia á Capela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. '28 ..
De Capela á Viçosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 11
De Viçosa a Limoeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 20 ..
De Vicosa a Paulo Jacinto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 ",
De Pa.~lo Jacinto a Quebra ngulo . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
De Quebrangulo a ')far Vermelho . . . . . . . . . . . . . . . 25 "
De Quebrangulo á fronteira de Bom Conselho . . . . .. 25 , .
De :\Ieirús a Pão de Assucar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 ,.
De Santana do Ipanema a PO\O das Trincheiras . . . . .. 10
De Santana do Ipanema á Pedra . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 :1
De Pedra á Cachoeira de Paulo Afonso . . . . . . . . . . . . 26 )J
- 20!3-
• De ~rata Grande á estrada de Santa na . . . . . . . . . . . . :"?:) "
De
De
Agua Branca á estrada de Santana . . . . . . . . . . . . 10
'i\lata Grande a Capiá ......... . . . ..... . . . . . . 40 ..
"

De Poço das Trincheiras á ~Iaravilha . . . . . . . . . . . . 15 "


.De Maravilha á fronteira de Aguas Belas . . . . . . . . . . . lS "
De Santa Cruz á fronteira de Bom Conselho . . . . ... 10 " 781

3•. (' lasse

De São Luiz do Quitunde a ::\lurid . .... . 7n lm1s.


De Porto de Pedras a i\laragogi . . . . . . . ..
De Maragogí a Queimadas . . . . . . . . . . . .
~o
..
De t: nião a São José da Lage . . . . . . . . .
De l\Iarca~ão a :\Iosquito . . . . . . . . . . .. ..
De Sinimbú a Limoeiro . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
De Furado a Mosquito . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . ..
De Penedo a Piassabussú . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . ..
..
De Igreja ~ova a Colcgio ....... ... ..... . ... .
De Arapiraca á Palmeira do~ lndios . . . . . . . . . . . . . . ..{ () ..
De Arapiraca á Lagoa da Canoa ..... . . . . ... . ... . ~o
ne lAgoa da Canoa a Traipú . . . . . . . . . Hl
..
De Quel>rangulo á Palmeira dos Jndios .. . =~~
l>e Quebrangulo a 1\lar Yemt~lho 45
De Scrtãozinbo a Cadml>inhas .. . :{o
De SPrtãozinho á Batalha ..... . ~!)
..
De Batalha a Belo .i\lontt' . . . .. :~ 3
ne Batalha a Cacimbinhas . . . . . . . . . . . :>'
De Batalha a l\leirús . . . . . . ... ... ... ... ... ..
.,
De Piranhas a Olhos d'.-\~ua . . . . . . . . . ..
De 01hos tL\gua á es trada ele ~\~ml Branca ..... . .. . .. 721

Total . . . . ] . 7]8

São 1.71S quilomct r os de estra das de rodagem em trafego no E s-


tado. Estão em constnt<;ão, que r por conta do governo <In Egtaclo, quer
por conta dos governos municipais, muitas outr:ts ligações <·om as li-
nhas troncos e com os diversos povoados e stides de munkipios, de acor·
do com o plano rodovia rio em vigor.
Ultimamente a constru~ão de estradas na zona sertaneja se t em
intensificado grandemente, proporrionando ocupação aos sem trabalho,
vitimas da seca.

VIAÇAO AEREA

O serviço de yiação ae rea, para condução de malas post-ais e trans-


porte de passageiros,.foi iniciado no Estado em 1928 pela Com}mniE' Gé-
nérn1e Aéropostale, antiga J.Jatecoere, que montou nos arredores da ca-
pital um dos melhores aeroportos do Brasil. com oficinas completas pa-
ra reparos de aviões e uma instalação radio-telegrafica de primeira
ordem.
No ano seguinte a eontlor Symliknt. de Berlim, entrou a explorar
o mes mo serviço, logo seguid-a pela Pnnnir.
A cargo destas trcs C'tn!>rezas está a tualm ente o ~e;:viço nér(?O
em Alagoas .

..
-204-

A .\.érO}lO. tal~ faz serviço de l'\atal ao Chile, em com unicação com
Dakar, fazendo escalas regulares em Maceió, aos sabados, linba do nor-
te, e aos domingos, linha do sul.
A Condor tem linhas norte e sul. de Natal a Porto Alegre. esca-
lando em l\1gceió e Penedo, ás quartas-feiras, nas viagens do norte, e ás
sextas-feiras, nas do sul .
A Pnn:1ir, que explora o serviço dn A1·gentina a America do Xorte,
tem escalas em l\Taceió aos domingos, nas viagens do sul, e ás sextas-
feiras, nas do norte.
YlAÇÃO :\L\IUTL\1.\
O clf'scnvo1vimcnto sempre ('rcsccnl e do comercio tio Estado tem
determinado a expansão do sen-i<'o de comunicacão marítima, entre os
portog do paiz e o~ principais p01:tos cstranr;ciros .
Es~c scn·ic:o. no Estado, está a car~o das seguintes cmprezas:
; : Ntl Uuyc! nc•lg-a. (·om n~encia na capit.al;
T. to~·c! H•·a.,.ii('Í ·n. CClt!l a?;enC'ia na c·apital e em Penedo;
Llo}·<! ~n!'innal. C'Cl11 a~cnC'ia. na capital:
f'hmJumhin ~uc·ionnl cl~ ~an~~a,:ãu ('osteirn, idem;
('tlm~umhia ('omf'rcin e 'XnH'!!a<:üo. idem;
('nmJt:mlt:a d<.• Xal('f!ll~Ün llaintw. com agencia na capital e em
Penedo:
J,unl}wrf & Hnnlt, C'Om ag~nria na capital;
Rnra; . fail !'tf'um l'ndH't Ldf. idem;
('hlH'g-('ur:-. H•;nnh:, idem;
Hnr.t h-IJint'. idem:
Hm·t·i~oJI I,ilw. idem .
l'm Hl:n rC'~ ic:lt 'lram-f.P 1.:-í:l~ entr;•d:~~ tlf' emharr"<:'·:·;~s bi'?.si1ei-
1'a!-=. no porto da capital, !;:Fndo 4GO a Yapor c> l.H9 á ,,t,la, de pe1t:r-::1 t "1-
hotn gcPl. ,.om <\2R.36-! tcncl:-tclas: 3'i in~!"::;~c;. a vapor. com 102.523 to-
neladas; 1:~ alemã~. a vapor, <'Om 20.3fJ5 toneladas; 10 a.mcricn.nas. a
vnpor, (Olll 3í.f)Q~ toneladas: 6 sueca.s. a ''apor. c·om G.7~0 toneladas : :)
l>elgas, a \'apor, c·om 13.292 to11eladas; 1 norueguesa, a vapor, com 2.11:!
toneladas. SPja un' total de 1.670 cmbarrac:ões e de 1.010.041 tonC'Jadac:.
O movi!llc>nf o cJC' i.la~~a~eiros foi de fi.~03 entradas. 4.712 sai dos e
24.2li9 em transito.
O mo,·imenlo do comercio enu·e o J)Orto da capital e os dPmais.
do paiz c do c~trangciro, foi ele 14-1.853 toneladas, no valor de ... .... .
131.520: 000$000.
Para a sua Yiac:-ão marítima possue o Estado. a!ém do porto rl:t
c.~i)ital, Olh.ros pOi'l0h c ancoradouros.
Os outros portos do Estado não fayo r cce.ill á ua,·egação dP longo
curso; gâo eles os segui ntes:
B:1rrn Orn ntl c. na enseada dos riachos dos Pli.o-=, )farn~o!!·í c fl;aJ -
g-:Hlo, constitu ido })OI' tres interrupções proximas em seus arrecifes - a.
barrela do Canindé ao norte, a narra Gra nde, ao centro, c a barrcta do
. \lag-atJn, ao sul, das quais a segunda é a princip"al e mede 170 metros
de largura, tendo um.:t profundidade suficiente para navios de grande
calado. Ao tempo colonial, era o principal porto de Alagoas;
Porto de PNlrn~, formado pela interrupção dos arr~cifes frontei-
ros ao rio .:llangunbn, menor que o precedente devido a exislencia de duas
lages isolg,das entre os pic-5'es de norte e sul;
Dnrra ue Cum:rrnooihe, constitui do por uma interrupção nos a rre-
C'ifcs de coral que o guarnecem, com cerca de 45 metros de largura, al-
guma profundidade e correspondendo á atual foz do respet.ivo rio. Ao sul
-205-
desta e na primith-a direcão do mesmo rio fica a Barra dos )forros 1lc
(' mun•gih.-, com perto dé 350 metros de largura sobre 1 O de profundi-
dade e magn ifico abrigo interno;
}'rnneê~. correspondente ao extremo sul da r estinga de l\Iassa-
gueira e constituído por uma interrup~,ão de 25 metros de largura nos
respetivos arrecifes. Este porto, hoje abandonado, serYiu :'t lagoa do sul,
no pcriodo colonial;
Siio Jfi~ucl , formado por trcs barretas - a do su l, a do meio c a
do norte, sendo a do meio a mais frequenta da. A do norte, que é a me-
lhor, torna-se de difícil acesso , pela existencia de uma pedra denomina-
d a ('nclaimhtio, que se atra'\"'cssa em sua entrada.;
Pitnhn, na foz elo rio Po:dm. ra so e de pequena amplitude;
Batel. em frente ao rio (' nrorip<'. numa ens~a.da reentrante e guar-
necida ror divcr!-:as 1ages isoladas. Porto regular· para embarcações de
pequeno calado;
Peha. fronteira á direc:ão normal do r!acho JiurH uhn. dc~ab!·igado
e a~ualmente seco pelas areias arrastadas do litoral e o c·oroal do srro
Francisco;
Pcnr<lo. com acesso pela barra do São Fra.nci~<'O. que ~ ampla.
mas pou<'o funda e de areias moved iças. Atualmente intra nsponível.
Estas informa~ões são devidas ao M.udoso ala~oano Dr. \1m·,..ir.t
e Sih·a . c extraiàas de sua intere!-!saute monografia - 1-'isio!!·rnfin ele
A ht c-oa~.
Além destes portos. servem á nav<'gac_:ão in tcr-t.l'lllicipal as ~P­
~uint<'s ba.rretas:
Quintn~, na ensenda do mesmo nome e fron tPira á dire\ão normal
do r io 1,:rtt::!lltltilha. bom abrigo, eom 2-J.O metro~ d e largura e G de pro-
fundidade;
'l'ntunmunltn, na atual foz do mesmo rio e fronteira á precedente;
Santo .\nt on io (~rareie•, frontcim á direc_:ã.o normal do rio elo mes-
mo nome. hoje qua~i obstuid3. pelos recifes de coral;
~atm<·oí, em frente ao rio dest e nome. intcrrupc:ão de quasi 240
melros de largura nos arrec·ifes;
Suntt• .\ntoniu Jfirim, penetH~"'nte ao mesmo rio:
.Jinuiai, na dire~ão da lagoa do mes mo nome. hoje dificilmente
praticavel.

1'\AYEGAÇ'.:\0 FLL;YI.\L

A navegação i lm·ial é feita no Estado no~ rioç São l~':·anris('o, de


sua foz á vila de Piranhas, por vapores adaptados ás rondic_:ões do rio
Penedo é o porto principal e o maior emporio comerrial do baixo São
Francisco e o segundo do Estado. O movimento diario de pequenas em-
barcaç:ões entre Penedo c os demais portos é bastantb vultoso;
Santo .Antonio, por barcaças. até a cidade de Sã~ Luiz do Quitun-
de;
Siio Jii~uel, por mbarcações á vela, até a cidade de São ~liguei
dos Campos;
Coruripc, tambem por barcaç.as, até a cidade do mesmo nome.
Os demais rios que banham o Estado são inavegave!s.

VIAÇÃO LACUSTRE

As duas gr2 -, des lagoas - Xortc e Mnngoalm - elll plena fase


de entulho, já foraw amplamente navegadas e por meio de sua navega-
-206-

ção fazia-se largo comercio en tr e a capilal, as cidades de Alagoas e Pi-


lar e povoações intermediarias. •
Em 1925, o governo do Estado mandou fazer o levantam<mto topo-
hidr9grafico dos canais de navegação que ligam as duas lagoas e. con-
ctuido este, deu começo a um serviço de dragagem. pretendcnuc- o resur-
gimento da ua ,·egação a vapor de calado medio, para ca rgas e passagei-
ros, o que. de certo, fac ili taria o t1ansporte dos produtos da região la-
C'ustre e traria o l>arateamento da vida. na <:apitai. IDsse serviço, porém,
foi posto de lado. logo depois de ini<'iado .
A ligac:ão da <'idade do Pi lar com a capital por estrada de roda-
gem. tirou a esse meio de comunicação as suas me lhores vantagtms. A
navegação lacustre está limitada á cidade de Alagoas e é feit.a em pe-
qu<"nas lanchas a vapor, sendo utilizada somente por passageiros P. pe-
quena carga .

COh.RE IO

O scrvic:o po!1tat. a cargo do Oovemo Federal. é feito no Esla.Jo


por uma Administração rom s~de na capital e 89 agencias. sendo 2 de J&
c·lasse (Jaraguá e Penedo) , 39 de 3• classe e 48 de 4" c·tasse, assim loca-
1i7.adas nos mnnidpios:
A!!'tut Rrttll<'a, 2. na séde e em Pedra;
Aln~ous. 1 na séde;
.\naclin. :~na séde, em ~1ar Yermelho e em T anque d'Arca;
Atnlnin, fi. n a séde. em Bitencourt. Saput:a ia. Urupema e Usina
Bras i Jeiro :
A'rUJIÍmf'n. 1. na st'cte:
BE>Ju Jlunf1•. :!. na :-;c~üe l' t'lll fhlal1Hl:
('amill'nt!'ilw, :~. na sédc>, <•m :\!atr iz <k Camaragibe e Urucú;
( ';LJwln. :!. na st'de e em C'ajueiro:
( 'oru r ipt•. :!. na st;de e em Poxim:
l!.!'rE>,ht ~o,•a, L na séde;
.Tnntrueiru. 1. na séde;
LeoJIOidi na. 1. na séde:
Limoeiro, :!. na ~éde e em C'ana Brava:
'ilfacció, tl. em Jaraguá, Bebedou ro. Cenlral, Fernão Velho, Ja-
<·utinga. PO\O. LeYada. Pioca. Riacho Doce, Trapi che da Barra e Pa-
jussara;
:i\f nrn~otrí. 1. na sé de:
..lUnta Hrnuclc, 1, na séde:
]Uuricí, 4, na séde, em Bom Jardim, Branquinha e ~icho;
· Palmeira do~ Judiol', 2, na séde e em Cacirubinhas;
Pão tle Assu<'nr, 1, na séde:
Penedo, 1, na séde;
Pfassahossú, 1, na séde;
Pilar, 1, na séde;
Piranhas, 1, na séde;
I•nno CuJyo, 2, na séde e em Campestre;

Porto fi e l,e1lrns, 1, na séde;
Porto R~nl do ('o legio, 1, na séde;
Quehrangulo. 2. na séde e em Lourenço:
Snntana clu l]mncma, 4, na séde e em Olhos d'Agua das Flores.
Poço das Trinch eiras e Sertãozinbo;
• anta Luzia do Kort.e, 6, na séde e em Cachoeira, Coqueiro Seco,
Saluba, Utinga e Rio Largo; -· . '.
-207-
Siio Rrnz. 1, na séde:
São .lo!'é dit lAta:te. -!. na séde e em Canastra, Piquete e Serra
Grande;
Sãn Luiz du Quiturult', 3. na sécle e em Barra de Sanlo Antonio e
Flexeiras;
Silo ~ligu('l 1lo~ fnm}>O:o:, 6, na séde e em Barra de São l\Iigu{'l,
Boca da :\Ia la, Campo Alegre c Jiquiá da Praia;
'l'rnipú, 2, na sédc e em Lagoa da Canoa;
rniün, 3, na sédc c em :\fundaú-mirim e Barra do Canhoto;
Vic:mm, 4, na sé>dc e em Pindoha Grande, Anel e Ga.meleira..

O descnvolvinwn to do scrvi~o posta 1 no Es~aclo l em sido ronsidP-


ravel. Em 1901 exisliam 5() a~enrias; o numere' de mais recebidas foi
de 11.364, expedidas 11.322 e em transito fi5; a conespondenria com
valor montou a 161:176$000 e a importancia de vales emit idos foi .. ...
169:885 464 .
O movimento postal no ultimo quinquenio comproYa esse dese•l-
volvimento.
)lu r i mt•n to dt- llhtlas
Anos Expedida R ec·ebi<la Em transito Total
1927 73 . 3 () 75. 75:~ 12.532 161.671
192. 62.2]0
,..,
71.6:>3 17 . 957 151.820
1U2H I . 1!).J. R-! .9 63 J6 . 73G 179.9:!2
Hl30 Sii . 111 ' 7 .173 1 . !l51 191.23!)
1931 86 . 'Ci-1 ' 6 .182 17 . 4G6 194.512

• { ' UJ'iC!·'!HIU den rin si llll•lrs


Anos Expedida R ec·ebida Em transito Total
1927 4 . 5 3 . 7. 1 9 ..J-5:>. 956 2.375.670 16.415.407
1928 5.168.304 .!l74 . 227 3 . 290 . 491 17.433.022
1929 5.927.231 10 . 074 . 672 ·L 090 . 111) 20.092.019
1930 7.214.816 12 . 451.043 5 . 118 .117 24 . 783.476
1931 7 . 4G8 . 243 13.HH . 26S 5.435 .806 26.098.317
Cor r(' :o' Jtond('ncin r('g-istrndn

Anos Expedida Recebida Em transito Total


1927 147.016 323.504 80 . 527 551.047
1928 257 . 846 273.627 101.594 633.067
1929 110.076 118.832 114.608 443.516
1930 291.902 297.797 104.855 694.554
1931 240.988 258.938 86.600 586.526
('orrc. }tondencfn expressa
Anos Ordinaria R~gistrada Total
1927 23 . 794 J . 084 24.878
1928
1929
.. 15.120
16.853
583
165
15.703
17.018
1930
1931 .. 18.155
18.535 . (
34
51 -
18.189
18.686 "
-208-
Encomendns

Anos Quantidade Valor


1927 4. 34 485:592$371
1928 12.087 1.127:120$067
1929 15.128 2.417:310$081
1930 14.017 1.918:576$195
1931 10.369 1.142 :312$653

\'al(>l'- Xatiun:li~

Anos Emitidos Pagos Reembolsados


Qua 111. \ ':tlur Qu:tut. Yalor

1927 2.1G4 2. -1: 66<)5700 :? .l:W :H9: 805$900 4 115$000


1928 1. 791 :?55:660$600 1. 748 24~: t:3 7S700 5 209$000
1929 1 . ~101 2 6:330$500 1.4!>5 245:652~-!00 1 100~000
1 ~30 l. 774 2~-1: l i6S300 1 .Wi7 3:? ·1: 3:?7SOOO 3 176SOOO
1931 1. 619 289:489$800 1.5:n ~19:530S700 3 üü5SOOO

Co li.:- P·•...:tu n-x

Anos Receb i do~ EntrPgucs Expedidos


]!1~7 477 .J .:~ 3
1928 Gí rn n ....(
1 C}~<) 76~ (HHl •
1!)30 517 4H 14
1 !)31 ~o o 1.2 30

Anos Expedida. rtcccbida Em transito


1927 23.8~7 3.ü45:0G~S t:l.~17 4.937:906$ 1~.364 1 .006 :5 3
1928 22.657 5.339:025$ 24.4~9 1.711:498$ 19.847 1.953:596$
1929 ~1.G63 6.902:684$ 3~.143 5.007:837S 23.118 2.335:357$
1930 36.404 5.782:618$ 34.307 8.696:317$ 18.604 1.610:369S
1931 49.473 7.190:951S 34.~00 5.868:055$ 20.360 1.168:523$

l iO\ imento financeiro

Anos Receita Despesa


1927 239:655~335 694:162$880
1928 33G:157$!l95 690:744S860
1929 359:593$210 703:118$950
1930 289:058$094 728:277.569
1931 423:246$025 807:540$132


-209-

TELEGRAFOS
O serviço tetegrafico é feito no Estado pelo Telegrafo Kadomd.
(!Uja réde tem o desem-olvimento de 1.9 1.068 quilometros e serve a 27
municípios, mantendo 30 estações. das quais 3 são telefonicas (Arapi-
Taca, Limoeiro e Pontal da Barra) e 1 balcão de taxas (Jaraguá); pe!a
Gl"(lat )Yt'. tern. que serve os muniripios c·ortados pela sua rêde f •rro-
viaria. e pela w.- tern 'J'(>lt'~l·nph . que explora o serviço u~Iegrélfic-o ex-
terno, via submarina.
Os unic·rn; muni<'ipios que não possuem c·omunicaç·Õ"~s telegrafi<-as
são Jnnqueiro e Leopoldina.
O Telegrafo r\ac·ional faz a liga\.àO teleg1·afic-a de Agua Bran<'a,
<.-om estações na Sl~de do munkipio c no povoado Pedra: .Alagoas. Ana-
dia. Arapiraca. Belo :\fonte, Camara~ihe . Coruripc. Porto Real do Colf'-
gío, Igreja Nova, Limoeiro. :\lara~ogí i\lacció, onde est~i a s~<le do Dis-
trito e estações em Jaraguá e Pontal da Barra: :\lata Grande. Piranh<.~s.
Pilar, Fiassahussll, Pão de Asstwnr, Porto de Pedras, Porto C'aln>. PaI-
meira dos lndios. Penedo. Quebraugulo. São Luiz do Quilunde. São ~H­
gne1 dos Campos. Santana do lpancma, São Braz e Traipú .
O mo,·imento do Telegrafo ~ac·ional no~ dois ultimos anos f(\i
~ segttinle :

1!l:~n I ~l:{ I
:-\1.11. ·h· .:-.; 1110 . ·h· 1•11 - .:-\t:ut ti l• ~ 1 1111. '"' JY.l-
tl f',O J):l.-lill' l:t \'1":1 " tlt•-<JI:II'hti'- 1.1 \'l'll '

'l'f>lf'g-rnnut!' ('XJI<'d itln..; :


ParticulaTes .. . .
~.,

-!!' .<1 1 :í $ 4 1:.!4 l•l ~~I !t:; l.() l:í


Estaduais .. . . . . :l . :>:~t) ~):~ . 7 -H) 7 . lil ' :!~:!. 17:-í
Imprensa . . . . . . . . 1 :)7() 1:~3 2 -H =~ ' I)
Ofiriais . . . . .. . . 4 . 39~ :!IHi . :~ t;o ().
.,•) .
~I)S 274. 3:~ 2
l."rbanos . . . . . . . . ·t . () lj -l 71). ~71) ·H> lil. 007
Avigos de ser\'iço . 1 . :;:~ 2 •'
l i -t~x 1. 4 ~H 2:-l . • ~H
Trafego mutuo .. . . •I
104 :!7 . . _ 41 2.5..:0 :!.7.830

Total .. ü, . ~a 1 1 . 1:!:> . 6:!;) 95.:!t5 l. 60!) . ~)1)9


1'\ac:ionail-i .. ()li . ~!l!l J • I :!::! . 197 ~3.S O G 1. :JSO. OI il
Estrangeiros . . . . .. ~ 9, 10
,..,,
1-

Total . . . . . . . G6. 907 1.123. 295 93. 815 1.5 O.H7


'Tclc~-ramns reeehldo · :
Particulares . . . . .. 76 . 303 1 . 017 . 771 75.387 1. 223 .1~7
Estaduais . . . . .. 3 . 670 111. 71~ 5.331 1-H . U:>~
1m prensa . . . . .. . . 830 G . 384 128 10 . 303
Oficiais . . .. . . . . ~.9 • 101.271 4.6. ô 131 . • 01
Urbanos . . . . . . . . . 3 . 405 54.653 . ~.2 7 64.2~7
Avisos de serviço . :.W . 73 826.084 27.438 1 . 004 . 07!)
Trafego mutuo . . . . 932 13 . 551 942 20.057

Total .. 114 . 806 2 . 193.425 117.199 2.597.675


Nacionais .. 8 . 06 1. 367 . 341 89 . 761 1 . 5!>3 . n~H>
Estrangeiros 15 227 12 3~4

Total . . . . .. 8S . 083 1. 367 . 568 89. 7i3 1. 593 . 914


'
-210-

O movimento financeiro do Distrito Telegrafico fo i o seguinte, nos


dois anos citados:

1930 1931
Receita:
Renda ordinaria. . . . . . . . .. 337:039$662 289:363$311
Renda do servi\O oficial . . . . 20:757$750 27: 951$75()
Total 357:797$412 317:315$061
Despe~m:

Pessoal 787:287$061 721: 568$40()


Material ... 73:698~624 38:225$740
Total . . . . . . . . . . . . 860:985$685 75~:794$23(}

O patrimonio do Distrito está representado pelos seguin tes valores,


segundo o balanço de 1931:
Proprios nadonais . . . . . . . . . . . . . . . . . 4:620$000
Rêdes telegrafi<:a e telefonira . . . . . . . . . 808:974$900
Aparelhos e instalações ......... . ... . 67:305$015
Ferramentas e materiais diversos . . . . . . lu0:067S4 45
:\loveis ........... . ... .. . 32:317$548
Tota l ...•............ . . ... 1.093:2 4$908
O movim ento da )restern 'l'<'lf'!!l'llJ•h foi o que se segue. nos dois
ultirnos anos:
1980 1931

Xmn. dt• Xmu. tlt• Jlll· Xnm. \ir Xttru. <le pa-
tl'l<~nt m:ts 1:1\T:l" tt•h•;::r:u u:l~ lavras

Particulares . . 41. S59 410.118 32.598 251.985


Oficiais . . . . . . . . 136 7.505 68 5 . 994:

Total .. 41.995 417.623 32.666 257.979


Nacionais . . •.. 40.126 392.203 31.529 241.547
Estrangeiros . . 1.869 25.420 1 . 137 16.432

Total .. .. . . • •
41.995 417 .623 32.666 257.979
Telegrnmas recebido~;:

Particulares ... . 39.201 407.401 33 . 102 312.841


Oficiais .. . . . . . . . 45 1.699 4 326

Nacionais .... .. . . 37.589 391.401 32 .023 299.502


Estrangeiros 1.657 17 . 699 1.083 13.66á
. Total .. 39 .246 409.100 33.106 313 . 167

-211-

Da Grt'nf \re~tern só obtivemos o movimen to de telegramas ex-


pedidos em 1931, que foi de 5.666 com 84.181 pala nas.
Resumindo, o movimento de telegramas foi o seguinte, em 193j:

Expedidos por:
Despac·hos Palavras
• Telegrafo i\a<'ional 93. 15 1.580.147
Western T elegraph 3~ . 6(;6 257.979
Great \Yestern ... 5.666 84.181

Total · ... 132 . J47 1.922.307


Recebidos por:
Telegrafo l';acional SH.773 1 . 5fJ:L !)1 -l
Western 'l'elegraph 33 . 10li 313.167

Total . . . . . . . .. 122 .9S9 ].907.181

• •
Divisão Atlininistrativa
Dl\"IS.:\.0 AD:\IIXISTRATIVA DO EST.\DO

U1STUI'IOS l'OLICI.\IS
:\lLSH.'IPlOS 1---------
1 Hcnonü ll!l!:Üt' s Categoria:.

1 .\ gua Br:mca
0 ll'l'ritoriu ljlll' ÍÍII'III:l l'-,11.' IU\liiÍd·
I ~\;;ua .U r:t uc-.t l'ldadc
p io foi dt\:>Ull'mln·aclo 1lo atuul luuntci- l'cll r:.t l'O\ OtHlO
IIÍO de .1f:tl.l t:I'U il. (t• l' l' l'l;l\lu IIIUIIÍci·!
11iu J ~t•la I Ã'Í n. ti!'\ I. tlt· :! I lll· :tloril ilc 1
J, 7:). Pl'!a 1-t•i u. NJ:í. tlt• :! tl1• jnulw de I •
1U1U fui ll \' ílu th· .\gua 1\l':nwa dl·\·.t·
da (t t•:tll·t:urla th.• chladt•. I
i
::! .\lagoas 1
I
('n.•adu \'il3 t·utu o uomt• de í-'<tnta j .\ l:lfjO:l~ t'illade
1\laria. ~ladttl<'ll!luu Lagoa do Sul em Ta tll' rn ~n:í l'tJ\' 11ado
12 ll•• :1 h til d1• Hi:~ti. l~ll'\ :t•la :'t dtl:tth.• :\l:t~'-': l ;.:il•'ira "
)X'I:l Lt•i Ih• s lll· lll.:trt;l• dt• ·~:!:!. jú 1:1'11., Xaut:t H it:.t "
dt~it• 1 17. I:WIIl ~~ ,a ,_j t llõll;[lu ti C c:t h<•· 1
c;n da nni<-a t'lllll:trt-:l. c ;lJiittll tl.t pro-1
\ ' ÍIId:t, Sll(ll'f'll\:tl'i:t t!IIC [1\•l'lh•tt Clll lb:~ !). I
I

3 Anauia I
I
l·'oi cn•u da \'ila <'111 J ' th• ""''l'nthru I .\ nntli:l C'ltladc
ch• lN)] l' ill"'l:lllltlst l'lll :!li 1!1' ti"~Wnthl'•l l )lar \'c•mwlho
..
L'oro:Hto
tln m-.mu auct. ~uh n th•nomitutc;.1•J dt: I
S<'io ,João de :\na tli:l, tlt•sm,·luhr:tmll.-sl'
d o jlll·lsdit;ii'' ndminbtratl\ a tlc· !'iíl)
I l'illllllh:l
T:UHJUC' 11'.\ n·a "
:\li;nwl do'-~ t':tllt]lo.". •\ Ld 11. SG, d e :!:í
cll' julho clf' t~ll:l t.•h•,·on a -.(•clt• elo mu-I
nic·ipw ii l'idn.cl~. 1
.'\r:1piraca

:'\lmúdplo <'rl'nclo tK'la LPI 11. l .OO!l. I Arnplrn<'8


I j
!
VIla
tl t> :~o clt> mulo d<> lH~ ''<•m tt•rrltorlo" \
cl<>snH•mhrados d~ mlmkipio:'4 de Pal
II
rnf'lrn duo.: Jmli o:~, l'e>rlll H<•n l !lo Colr-1 I
;!'lo. ~ii o BNIZ, 'l't-nUll1 e do nnl igo (11~­
trlto ul' .\rnpi r il<':l. parteuccmtc ít ju-
r
ril"dl<:lo do mmtldpio dE> L lm0t'1ro. f
5 i\falaia

Xão ~ snl~e uo <-erto a


I
data da cr<'!l.· \
•.,io cln \' lltt de .\ htlnia . qne •r omaz ER-

AtOL'lln
~:tpU<-:1 i R
I
I
I
C'Wnde
Povondo
,
plndoln <:OIOC'U entre l íG2 c liOõ. ~\ tn- 'I Pornn1-"11ba
Jn~ nze1rn
I
..
I
lnin te"<' dh·<'rs~.s denomin:rc;ÚE'~ - Vi-
la Real dts Brapn~ Nossa Senhora I
•las BrolaB o Arraial dos Palmares.!
D eereto n. S.~. de- 5 ile mnrco de I
'l 'P()l'
1~1 fot el~,·ndn. ;, ,·ntegorht de dd:\.dE'.) I

-216-

I UISTRITOS l'OLIClAIS
1\IU:\1.-('IPIOS
1----------------------------
Ot'nom inntõcs ( :tttegorias

li Hrlo )lonte

.\ ~~~ ' do lllttiÚI.'Í llÍO dllliiiOU·lo.C (lll· j llt•lu ;\I Uill\: Vi lu


t mra Lagoa Ftmda t· ltl.'t't.t:Jtl'iu no utu· l Ha I a llaa Pun.:1 rlo
uh·ipio cll' 'l't·u ipl1. A\ J ,ei u. ur<;, dl! !I Hiadtu clt• ~t·t ·liio
dt· j un hc• 1~. lu.....Utulndo n. vila. c·r~ul
o tUHIIIdpill, I JUl' foi :.uprimido c•tu lt-i!l:~ j
,. t'E'"laua-.wo pda Ll'i n. :!, de :>O I uc
julhu de 1."-!l:í . I
1 ( ':uunrar;ihe

.\ J111Hia•.iw !lu JHIH>.t du cJIIC' ch•u nrl· l':t""Cl f'icladc•


;.rc•Jn :w atual mttuil'ipic. dal.;l cln -.c't·llh• I ;\!atriz l'on·nnelo
X\'1 1 l' (ui u ninai l'H\"t'I:Hlo ;\latri;-. llc l H:tt'l'll
,"
;\J(,rrm:
C':t l ll:ll'õlt::iht•. AIIIÍ;!:Illlt'll!t• l>l'Ml'lll't'll Íl
juri::dic;i'a~ • dc• l'ut'ltl l :Ot ln •, julltnllclo-.:c•
til J111Í' a I 'orln fi<' Pc>tlru:<. c·m dl'llltk•l
Suh·u:H\\l II
• •h· \h :cr:í de• :i clc· clc•;W1nhr" ele· 1~1:-, , I

l!
plll';l' c·un..:l.i tuit· 11111:1 ... ,·, l'ÍI'l'IIIJ.,c·ril;iio. I
l'c•l:t Lc•i 11. 1!11. oll' :!X dt' j1111ll11 ele· 1<,::.1
fl·i" t•Hiu:uln l'u:--...11 ele l ':am:ar:t::iht• c•lt•- 1
nHiu Ít 1 i la. ~ub :1 jul'i::lllt;i'lll clt• .\IH· '
c•t·lu. ~c\ :uw :-c·;mi t\1l•. I"''' fur<;:l cl:t
Hc· . 11. :!:!11. clt~ !I ch• jnllw. foi illt·III'[IV-,
!I
l'lltlc• a I'OI'W l'al\·o. .\ )('j 11 . >-ri:!. clt' H I
ele· j unho tlt· lS..'-0 l'lt-1 VIl l'a"''" de I ':t·
111'11' e:til••· ;1 c i.tadt·. II
( ) ' u if 'ol 1111 fl"I'CilHlo :':IJU'i:l c'• :l lllc~ '
r
I ',IJII'I:l It Ci tl:tdf'
I'Íctl' :t l:O.:!fl. llltO t'lll 1Jlll' j(l t•.'.ÍSIÍ:t t•O· 1 'ajtlt·ÍI'Il l'ol\' llltdO
Jllll clblrill) )>CI'Il•llt'l' Jil(' ;, Awlnl a. o I Hi:u·hiio I "
J)c•c·. 11, ::í:! 1lt• J(i de• •>lllllhr•• ch, 1 !11)
c•II'YIIIt o (111\0:ttlo i't 1 il:c. t·n-.Pttl" " um:
llldpln. t~llll 11 IIOIIIl' t lt • l':t!'.ttlm . •\ J.~·l
I
S:lllt a 1-;fi~cnia. j,
~
11. J::í. li•• 111 til· jnnh" ch· 1!1111 1 ran:-fc·-1 I
t·iu :t ..(-.k• cl11 lllllllil'ipiu 1'111':1 ( ':tjm•it'c> I
d:~11• l11 ;t 1':-.k pu\'O;t~~~· u 11111111' ~lc· Ew
diut•s :\1altn, eJU<· tu·nu c·~tc·n .. , ,.., HO
I
Jtllrttil'ipin. I'cio I )t>t·. 11. ;-,'j'J, dt• ::o de ; I
jullw tlt· 1!11:!, u :-C:.>tlc elu llllntil'Íl•iü H•l- 1 {
t ou :"c ('.:1 Pt'ltl , J'C'$1 a 11 r:IIHlo-st• :1 dt·nt.'·l I
tuiu:11'iin Pnt-:.fh:l . I) Lilnln d<' <·idndc 1
foi OOJtf<'l'iuo :1 CüpC'I:t JX'la I.t'i n. ~O:i,
tlt• :! ch• jullw de• Hll!l. .\ T.t•i n . l .lH,
I
cll' :!:i dt• ua:ti.o ele 1!1:!!'1 l't'.•i!llltt•h"t't'll 1\ f •
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Ytth' ÍJU('nlo. pc.w~m. d:llu dCI l'{"<:Ulo XIX.,
A H t~. 11. -t. ' 1. clt> 2!{ cli• junhn clt' 1-J.\{j j
(')pnm o :tlll i;!o 110\'ll:td!l ;, <·•tlc•;:nri.;t de· I
.i
Yil:1. exliuguinclo a elo Poxim. <'~ •rm·i{ll' ·
fui r·l{'l'ntLl :í f•Írl n c)(' p r•l:a 1.\'1 11. 1 i. 11•· 1 í
1c; c.Ie ut:t i o Uc 1 '!l2. ' J f

,
-217-

Olt)'f RlTOS I'OLlCii\.IS


MDJ.H'JPIO .
Ot-nominatôes (;ategoria:;

lO I g reja ~O\'& I
A m tu;,"tt~ Ll d.'l lago:! Hmtl·íeu
I
ftH"roou- , 1;!t"l•ju :\o,·u \ "ll:t
1:11' a povou<:il•> Oitixeiro, tl tH· llt•JIOi.; ,,us- 1 ~:t-loUtê l'o' o:t<lo
sou a chnnutr- ' l' llúJllllaruu,·rrtt· Jgr·t>jll;
Nont. l'cr-urwih ft jurí:>Uh;iio uc l'eut'-1
r)O. 0 1)('(·. lf. ::$!l, de 11 tll' "('t<'lllhN) dl'
lb90 croou <1 nrunh:lpio t·uot o uollle ue I
' l'rluufo. O munldJIÍO fvi ~,•pritmído I
I
('Jll lS,(}.) 1:" l'l""lllUJ'iHIO Nn lt:!li. A Lei 1 •
:1. lle :io dt> junlro rlt• 1!1~~ r<'~>t<l- •
1.1:~!).
IJCil'("CU a_ <ll•mlmlua<:;1<t •I<' 1;rda .:\or· 1
tr.rru 1\ xt.•llt• e o rnunit-ir•iH.
Jl Junquciro I
I
O tnllllidJ)iu f•1l c·rl>:tclo !•t•la L1.'1 n. ,J IIIHJUI'i ro \'ila
3í~. de Hí fi<' j1111l10 rl t' l!lll;t 1·t,m u tcr- 1
rilorio tlo ;tutJ"o clistrilu jwliC'i:trio, J
JWrluwc•uH• :w nnutfc·ipitt tlt • .\n:tdin. 1
Foi íu:-tnlndo <·m :H dt• jutl!'íru tll· 1004..1 I
12 LroJ,oldina
l-'1•:t 1c·rrlturit) )lt'rt\•uda ll t> Ul ll llÍt'ip!o l.t•trpohllna
1 \"i In
dt· Porte> t':tl\•u. tNJtlo Héh• 11 (:t~H•rnu :-:. !: ~manJo 1'\l\"CI:lUO
J Ol)ll·ri:t I (·nmclo uma c-colonia miUtnr I
<·11111 11 uunll' atual. Nlt l'....ill. ."- t·oluui:t 1
r11i cxtinl:t t·m 1SU7. Ehwntlu :i dia '
tH:I:l Lt•i n. :tn, dt• W dl• juuhn <lc 1!l01, ;
•1uc tmuucm creou o mnoidpi(l l'élm o
fúro <-1\"il e jmll•·ia1·iu.
'
I
i
I
I
1~ Limoeiro 1
I
I1
I
Os !UlldamPnt~ dn pon•:u;iio qne (> !.ímot•iro I
Yiln
!tlunlm(.•ulc st'<lt• elo 11\llllidpin foram 1 cnna 1: rn Yll l'ovoado
l;tm;tlf~ llilll flt ~ cio l»!t'i·ttln XIX. Eml
Yi rtud<' da Lt'l u. GG. dt• :H t)(' mn i o tlc •
1 ,, foi crenclo ( I mnnic·itlio e elcYado I
o ]>OVOIHlo tlo r .imociro Íl 1•:1i ~orin Ól' I
,·lln. d<·~ml'm hrfarulo-. t• :o;<•u 1<>r ri 1orio do 1
muuitlpío <lc An:\(li:l. 1
I

14. Maceió i
I C'idad<'
~o mciudo do ~ulo X\" til )Jn<·<>itl )(fl.('('ió
era ai.ndu nm modc:4tO povoado JlCrl:en- 1 .lnrn~rít
I
f ....
S\thnrhiC).
cente fL jurisdição .de AlnJ:o:ts. Foi ele-- J.cvncla
T"ndo l\ vila pclo A.l>n.rít ele G de dezc.Jn-. Fnról
hro de 1 15, 1:enclo o(itiulnwntc ím·<>s-1
I \

tido dns preroj::ativns munkipnis em 1 1


1 17. PelaRes. n. ll. fle !l de d~embrol I
de 189:1 rol elevado 1'1 clilil.de c CllPitnl l
dn Pro'\"inc.ia. I II
l 'J' l\laragogi I
0 nntigo povoado Gamela foi el&vn- 1 :\1nra~ogt
tlo fl <'ate::orlu tle '·iln. <·nm o nome de I TI:1rrn Grande
Vila lzabeJ. 1~la Lei n. Co 1. de '2-L ele I .Jnpnratnba
' '
I
I
C"ldncl('
Po,·oado
n

nbl'il de l í!t. A Lei n. í33. fle 3 de ju- I


lho cte 187(i mmlou n cl~c•l!Omin:t~ão \·i-~
la lzahel para 1\laragogi, qu<' ficou ex- I
-218-

I lHSl'tU'fOS l'OLl<:I.-\lS
~~U~"ltCIPIOS 1 - - - - - - - - - - -- - -
1 Drnonünu~õe:o; (.'atcgodas

I
ll•n:>inl no municil»i<'· :uu. ...Jt;ogf ioi ele- J
ntllt• ~ dthUll' JICIU Ll'i u. 1~ de JU L ue
ma iu tlt• 1 :)~ . I
I

lli )[ata. Grande /


1
.
~l ula GnllHh.• rui 11 nome flrimil i\'O 1
da pn,·o:lt;ftcl CJIW St' fo1·nwu na ~t•rra d<•l
~~~\11) (;I'UIItlC
lnhul)í
! Cid:td c
\ l'o' ou do
lllt'~·mw IIOIIIl'. Jl<'l'll'll(."t:llll• i'l jurl:;<li<;à•' l
til· l 't•nuJ<,, JIIJ~..:a nthl dt•tml<;, t.•m 1~~.
.,
:1 Tmitní. elo ctual :-t• dt.·~,m·murou ('lnl
] :--:{7, j)OI' run;H citt u •i 11. lb. ti1• 11131'1;11 l
clv lllt•>~m u anu, qu<.• t•l<.•vnu o :wti~o pu-,
I
vnatlll ú ,·if~l. I·~""' pt·rro~n iÍ\"<t foi Hl-
JII'i u•itla c•m 1. lti c• r~tanr:ula <.'111 1'(i2 I
l'<•lu Ll'i 11, :t1U. tlt• :~o (!(• nuril ch• 1~í0 I
1~t .. '-un :t ,-I ta l' o llllllliC'itlill 11 dl:IJn:t r- I
M' Paul o .\fo11so• •\ Lc•i 11. :{:.! •. de ã d•·1
jt.n lw th• 1!1!1:! l'h nm a l't.'<ll' dn munlti-
t•in !'1 t·illlH it•. t;;m ,-lrt nele· tla Lt.•i Jt.
L l-H. clf' :!:i ciC' maio tlt• 1{):?11. : 1 c·itl:ldf•!
t• 11 munll'ipío J);t~~ll'<llll 11 d('IIOJnin:rr-1
!-t' ~l.!ta (;rnsult.•. I
I
I
]j !\lu ri I'Í

O tl•s·ritoriu do munic·itlin ele :\lurid


I ~lurid f'lclnd C'
Jlt.'l'l NH·t•tt 1111 11t• I 'niiio c·omo cli~t rit 11 lll'nnqui nha l'U\"O:tdO
jud ic-íal'ir). l'l'lll Lr í n. (i:!<i, tlt- Hi ti<• ' ('urralinho
ma rc·o ele- 1 1:! foi c•lt'\'ll tiO !l \"il:l l'. ~anft) .\h•ixo ..
JK•I:t l oi·i 11. l!í. clt• lli flt.• mnic) clc JS!':.! , i'
!'I t"itl:tdl·. i I
.. I I
l~ P:Ymei ...tt elo!> lndio I I
.\uti~" ah lt•ianwntn tio' inllio-. chu-1
rurÚ'- f••i c•l••,·:ttlo :l ,·iJ:l {)('la L t.•i u. lO
th• 10 tlt• 1\hl'il ch• 1:--:~:í. Extint o mu-'l
Paluwira
Olhu-. tl'A~t.n
.\<·iolí
do II Povoado
nidr•io t•m J ~G. f11i r·c-~wur:ttlo ('a hh•i riit>~ cll• C'ÍIII'l 1
1R.-,:t r-:w :!O de• n~osto clP 1~~!) rol aJ
<'m
Cadmhin ha!-1 ..
R'<lé dtl IOUIIÍC'Íjliu t•h'\':l d(l ÍÍ c·itJ:td<', i
t)('l:r r;('i "· 1.107. I I
I
I
1 !l J>ão ele .hsurar
O pm·c\.'Hio qnc ~C' rormou :í mn r!!'f'lU • Piiu clt.•
'
.\~<:tJ< •Il r
l Cld:ldC
•lo R. l<'rnnri::co clt'sc-n\'OI\'t~ll-l't' í'Xtrn- 1
ordlnnsinmcmtc li<wirlo ao <;e"U lnt('n!lo 1 • I
<'IIIIU'I'C'io c-om o l't'rl ii 11 <' P<'n Nlõ. Foi I
<'lP\':lcln ít \'iht tlt'b L<-í o. 2:l:.t d<> !l ele I
twtrt:n tll• 1, ."'.4 <' !'1 cltl:ulr peln TA'i 11. I
II
í :i!l, dt• l d1• j ulllo elE' 1R7i. I I
l I

l
I
20 Penedo I
P Nl('dO (•lJj:l r unct a ciío ela ta dos pri- f Pelll'llO f'ldnclc
mf'irc'~ dfnc; cln c'flpit:nt ln dt> Pt'rnnm-1
hut·o. roi ('lf'\' llclo í\ \' iln em 12 clt' n hrlll
flr· l<'O:{(l, c·om o tito lo ct<> Vila de São I
Fmurisro ffo Pl'nl.'do. F.m 1R!2. <'m Ylr- 1
furlr> fht TA•i n. :l, d ... '18 ()(' :thrll roi <'lf'-1
,-mto ;, C'illn flc. I
219

UISTRITOS I'OLl CIAlS


:'\tU~H.: lPIO
Denomin::~ões Cattgorias

21 Pia ·sabussú
l>cSJnt-mh)'llRH'l\(1) dr) territ.oriu clt• 1'1:1:-t..:l hu~tí I \'i lu
Pc•uiJ!lc,, a J)(),·oac;ilo de Pht.•;:-a hu·~''"· \ I
CJIH' !Iam d<.' IGíO, foi t'lev:tda ú V"ila
pl'ltt lA•i n. ~i(;, <h.• :n <I<• m:ti~> cl<· J -..2., 1 \
I
22 Pir.tnhas ,' i
I I
('rt>nHu J)(' ltt I ki n. !l!lG. de :l de ju- l'i m nhns \ "iln
lho dl' 1, Hí c'<lm u•t·rlturios dt'~ill<:l)r])()--1 Entre llont ('S \ l't>,·o:Hlo
melo:-; de l'zio dc· .\SSIII'll r <' .\g11~1 Brau-! I
I
(11. I I

1 I.
Priuwir:lm<'lll<' ~lmpl t•'> alrlt·i:l dt• J)(••- 1 L' i illl' I ('itl:ttll'
c::UICirt"• c·rt•c·t'u c• Jln~~t·ro u o )111\' 0:trl 1 ( ' h à tln l'i lu r I 1'0\' II:HIO
1 ('hà 1!1) T:t IIJ.,'il
(t ma r:.:c•m tia la ~un ~rn n~un ha, dll'!m n-
du n ~·r 11111 J:r.tnch• c•mporlc1 c~mwrda : J I "
tlc• Aht:.:o111s. \'11:1 tll'l:\ 1.<'1 11. !l:!l. tl<' t " l
<h: 111n i••
ch• 1s:ii. foi <'il·,·udo (t C'l<l:tcl<'
un 1Si2. c•111 ,·irtnrh• rht l.~l•i 11. 1120. clt•
I II
Hi <h• mn rc;o. I
•t I
I I
2·1 Porlo Calvo !
I
.\~ t'l'lllillh-t•twino: hi'llorl<:m~ Po1rtn C'nh·o
1lo tull· 'I <'hl :uh•
nit'iplu IC\"!IIn ""a" ui'Í~!'Il~ au:- pricul'i .Jnurlizl l'U\':tllllO
rn~ :1\'lliH;n~ ,,,. nu:ti'J(' ('t)t'lho Jll'lll Íll· • .JU l'U[J>C
t..ric•t· tia c·apihlnia. Foi c·r<•:ulo Yih <•m j
,.I
1:! ut• nhrit cl<' 16an <' t•ll'\'ll!ln :·, dtl:ull·
pnr 1 ~'1·. 11. 10. llc• lO dl.' :1lwil ch• 1~!)1). 1
1
I
25 Porto cll' Pr drds
!
I
I
0 flO\'O:HlO l!lll' \'I•Í\1 :1 <;(OJ'YÍI' 11<' !<Í>- Purt 11 de• Pc•ll ra"' I t'ld:ule
dl' do mllnit'iplll ela tu clu tlotniuiu lwl:cu- ' l'nt llllnlllllhll I
dt:o: Por .\I m rií ele· :. ele rl!•z('cnhw clt• l
h ,;. rol l'h1 \':1U(I :l vil:t. l'iupl'lmi<lo o I
munlí•lpio <'111 J$1 rui r!'"lt\llr:uto <'llll
tSG . r<'ln l.c•i 11. ;;o;;, etc' :!11 ck> no\'<'m- ,
II
hrC'I. Tl'''<' f6ru~ d<> C'hlndc• pl'ln I~i u. •
ooa. (}(• !) de jlmllo de 1!)21. iI I I
26 Porto Re!ll do ('olrgio • .,
Fnn<lnc,'!lo d o~ pndr<'" j<>sunns nos • Col<>gio r, ma
m<'lnclol'l do ~cuJo xvn I. Ell'vodo li I
vlltr em virtmle dft TÃ'i n. i:l1. d<' 7 ele
~unho 1!<' 1. 7G. uprimido o municinlo
I I
t>m ISS!) e ant'xnrlo o territl"t'lo no ele 1 I
~i(o Bra7.. foi r (>Stnurndo no r<>glnwn I I
t<'tmhliNl no. ' · ,
I 1
2i Quebrnngulo
. V"lln ~Jn TA'i n·. 624. d<' 16 de 1
C'lrco{ldo
I

' Qnl'hrnngulo
II Cldado
mnrro de 1 72. ~uprlmldo o municlplo I r...ouren<:o II PO\'O!ldO
"
por Til'<'. o. 4 de 2 d e fevercoiro de 18.t')() 1 C's ldt?i rõt?S
roi rco~tnur:ulo pelo 1)('('. n. 47. ele 27
ele scotcomhro 11~ mcol'm!o nno. com o no-· •I f

m<' rl<' V ITORI.I\. Foi l'll'\'lHio ft ddnrfc


peln T..<'i n. !l!l:l.~d<' G tll' junho dt' 1~~.
A Lei n. 1.13-'l, til' 20 de junho ctc l{):as, l
. ,I
-220-

·I DISTRITOS I'OLICLo\JS
)1 t;~ lClPIOS 1- - - - - - --Cntegorias
De.nornioa!Oi~t•..
1
----
I
re:11 u u•·o u
u denoml n:tç:ilo truiliclonnJ
~u t>hraugulo Jm ra a cicl ude c o uumi-
ciplo.

28 Sanlamt do l )lanema I
I
I
l
I
Auli)!'u lll'rai:ll tlc indio" com o noou.• i :->ll ntana ' ithtde
cJ(• Sautunu du Ribeiro do l tlanema. ft·l l
(•1{'\':ICIO lÍ Yil:t J)l)l' rorc:n tiO Lei 11. 6.'\J.''
'l'rludtt'i rn ~ I l'oYoado
ll a I'R" 111m I "
dl· :!·1 til· allril tl c l~T!í, unu cm fJlll' fui !'l'rtã oziohc:- I
c •·t•:tdo o mtmll'ipio. A L<•l 11. !1:{, d e- :a !
dt• maiu ele> l!l:!l d l'll 1í ~··d e cl1l muni- i
01 hn~ tl' A~n a
}'lorl'~
<la:: J
I ..
l'ipin c1s t\lros flt• ddadl.'. em Yi ·tn tlo
~<1'11 tlt-:<t•u , .,., vlmento.

29 San(a Luzi~ do :>ht'te

.\ nuti~n Jlt'\'CI:II;i'in tlt• l'uut:l Luún •lo


Xm·ft· foi C'll'\':td:l n Yiln ('[IJ lO de 11<'-
I l!lo Largo
<'oqnc•i ro l:ic ··o
t'idude
P o \·ondo
:wmt.;-o tiC' 1~111. ('mn tJ clt'"'<'ll'I'Oh·imr'rlto' s n n ta Luz i :t n
clt• Hi ll J.:t r;w clN'llÍII o Y<'lhn hur~n. ,· i n- ~ Apolnn i:l n
tllt a Jlt•n h•r 11 :-na ca l t')::'Orln 1lt• :-'\'1lt• do l l lJn~a "
mnui<·ipio Jlt.!l:t Ld 11. ti!l:i, dl' 1:3 llt' ju- ; C:wlwt•i•·u
11ho dt• 101:1. CJUt' s t ransferiu para Hiul ::;atuha r
"
I
J,ur:::c• c• clt•u 11 P"-." l' ln;.:a r 11 fnral th• d- 1
tl:ulc .
f

30 São Braz I
.\nfi~::u pcn-o:Hlo JWrt<'ll<'l'ntc n P ono ' ~iiu Hr·uz Yila
R c•:tl tlO Col~io. foi l'lt'nulu ií ,·i la e>m: o lllll d. :\.r,.'llil I'oYoaclo
~ ~~!>. por fo rc:a ela L<>i n . l.O:i!l, 11c 2S I :\I lll'<Hill r() n
tiP junho.

31 São .Jo •é ela Lage

.-\nt i;:n poYO.:l~:"to p ert enl'<.'lltc lto mn- 1 ~il<'l Ju~-~~ ela l.n~c i ('Jdatlt>
nlt·ipicl tll' l'niiío. '-'011\ o nnm<' clí' L:J.gc !
do {':mboto foi l'l<'\'Hc1:r :1 'l'il:t pel n ~i I
C'nnn);l r:~
f":truarm:lnho
I I'O\'OildO

u. í~i. dP 7 de Ju.H•o de 1879 e 1\ cl<1ndc I


I.t•i n. 861. de 16 de' junbo de 1!120. 1
P!CJI1('It1
~C'rr:t r. ra nclt>
I! "
JlPl:l "
I
32 São Luiz do Quitunclt' j
F.' um deiS mni noços nucleos de! Suo Luia
(
pcwonr,iio do E stado, pois eomec:ou n I 'Rn iz I
St'r edlflc:tdo em 1 70. Yllu pela Lei n. l Jo'le-<:l!t>i r a~ I "
~:n. clP 2.1 <iP junho dt.> l87fl e clda ile 1 Borrtt
Pm Yirh1õc dn resolU<:ão legt:.Jntinl n. l
ele
Antonio
Snntd
I ..
l!í, d e 16 de maio de 1892. I

O poçondo que deu o nome do munl- Silo l\1 ignE'l Oldad~


clpio é contemporarteo tla! cidade de I Bnnn. de S. :\llguel , Povoado
AJn~Ms. Em 1832. por delfberac,:l1o do I C'runno All'~e I "
C'om•elho Gernl da ProTlncla, fol ~e,·a-1 J Jquh\ da Prnla I'
do A Yila. outorgando-se-lhe, dt>sde cn-1 Slnimb\í "
-;
tlio, a Ylda mwlfciJ)1ll. Teve o titulo del
c·l<l11de em virh1d~ da Lei n. 423, de lS I
., de jnnho de lS(U • f

221-

DISTR1T9. POLICIAIS
Mt:NlClPIOS
Categori:li

3<1 Trn.ipú
Cmu 11 dL•uoutitW(,'l10 de Porto da F\l· ;
I Tnlitlú
I
I Cidade
lha t·em t'ÇQ\l floret-c t· fL m n t·~•·m d•>j
11
Silo J:t' ruuclsco. 14 le;,'lt:l8 ndma de l'c· .
Melo lloril;ontt'
l,ugon tla canon
lI J'0\'03dCt

UN JO, H POVOOI.;iiO IJ\IC. l'lll h j (j, J)ll ~"'~lll ' ~lumhac;a


a dtn ulttt'·!':e 'l'l'll i pú t• rc-t-cb~u o 1ilulo 1 <·apinna
I
..
dl! Yllu JWI:! U<·~ohu;iin u. 10, de :.!8 J •:
abril rh· l ';i.'}. Pela Lt•i n. :n H. rlc 10
.abril cl~ 1Jo..76 :1 ,· ita ,, o muni<:ipio lO·
uuH·nm. o f lc:iolmc•u l(', u nomC' atual .
I
\

35
l'~m l$!12. c:m l"irtude dn L<' i n. H. dt>}
1G d<' maio . ohtt•Ye ns n•galla8 11<' d·
tl:ult•.

UniãQ I
I
Varl os os nom l:'~ dnclo.~ no p On)tHlc> t•uiiio f'iuudc
qÜc. unos d e J)Oi8 f oi t•lc,·:ldo Ct ciduclc I Darra fln C:m huto
.
l'OYOUdO
tlc Uul~u. l't·i uwirnutclll<' :\lacnf'OS, dc· l )f Ulllln tí·!\l i rim
pois Santa :\1aria Jlndal~na. on ahn•- 1 )funhruhn ,
vhtd:tmrnll· S:mfa Maria. p<rtte.-íor I -='
~~~ I
tli('Ut(' rmpt'rntriz. Xna fnnt111(;ào <la t:r I I
''''~ fin~ rln -:pc·nltl X \'111. 1'1'1:! L~·i th•l
13 tlc 011 1 uhro th• 1, ~, foi •·renda \ ' tl!l r
c•om o nom<' til:' \ ' ila ~o,·a da lmiJ('r:l·;
triz . . \ L <'i n. 1.107, cll' 20 de a~o~to d<' I
1S'>!l 1•lPnm a Yila i• dcln d<' ~ o n ec•. I
n . ·Ui. clC' 2:1 111' nm·l'mhm t.lt• 1 ~!l<l. dl'lt- I
lhr n tlt•llomin:u;iín ntnnl. I
36 Vi~J:a
I~
C'om n llcnominnc:ãn dc \'ila N(l~a ela i Yi r:o~n f'ic1nde
Asstmblén. o ('on!':t' liiO r. f"r n l dn Prn· i Pimlc1h:1 Gr11 n<l «.> I l'0\'1111110
,.
,·ln't in. C'm 1:l rl<' outuhro •Ir 1. :n.
nt.'T:t· i Bom &l~:sr;:o I ,.
c•ion o floroo-nte poYo::ulo que se tor- 1 An~l I
mar:l. }('D(larlamcntc. n m:lr;:<'m do I J .u~r elo Cnltll'ir:k I "
rhr<'ho cio ~(elo, rom ns rc>!!:t l!ns mnni-l
<'iplli l'l. () D~. n. -1G, de 2.í llr ~t>h•mbro •
(1<' 1R'l0 dE'n·lhe o nome dc:> \'Hn \ ' itosa I
II
e a T..ei n . 14 cle JR cH~ mnio d<' 1892 l'l€'- (
von·a :1 ro f f';!Orln d" C'ldadf'. I I
Di v i são J1]_dicia1·ia
DIVISÃO J UDI CIARIA DO ESTADO

CO~tAR('.\S Tenuos Distritos

I
Agna Branca

A <'Om:t rC'a rlc A~· •.l Br:1nca knf <•t'<'H•lnl


I ~{'<i c
~ l a t~1 Grande
rw tn L ei n. 33. ele :~o • i ~ 111Jio ·lc l"!l:~. l'ir:lnbns )lalu Grande
fi<'nuclo-the ancxndo o h'l'llt.• o!c l'ir:•·i j Piranh:1s
11h n~. A refo;·o•:• rlt• :! <1•• m :~l > Jt• 1!õ;jl
ex ring uiu a tom:1rca •1...' ~lai n (;mma<'. l
.antil,\'a Pnuto .\fon~r. <111<' f,jr 1 ,·;a•atla
!'''""• >fontes

<'111 lS.í.j, nm•xnuclo-lhc o H•rrslllri,, d"l-l:t I


comarca. I 't

~u pc•rfit'it•
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Pupnl:ll;ão . . . . . . . . . 107.101 : II
Dt·u~iJndc . . . . . . . . . 70.0;) 1
A riqueza petrolifera do Estado
Os estudos e observaçõas dos }Hofessores Orville Dcrby, J. C.
Branner e Charles Hartl sobre a geologia do ter r itorio alagoano, desen-
volvidos, em 1919, pela comissão do Serviço Geologico e :\lineralogico
do Brasil chefiada pelo Dr. Eusebio Paulo de Ol in?üa, que se encon-
tram resmnidos na interessante monografia deste ilustre gcologo, ãe-
nominada Hocltas l,~trolifems 110 Brn"'il, inserla no Boletim n. 1 do re-
fer ido SPrvi~o. defin em trC'~ fei~ões wpograficas distintas, das quais já
nos ocupamos no capitulo .bvcdos Fil- i<'u~ deste trabalho.
Sendo, porém, este livro wna noticia ampla e circunstanciada so-
bre o Est:tdo de Alagoas. quanlo ás suas realizações e ás !~uas poss ibili-
dades. resolvcmog c·onsagrar um capitulo espcc·ial á sua riq ueza petrolí-
fera, que está sendo alUalmentc explorada com rue;;<.odo e tOdls as pro-
babilidad cr-; de exilo pela CO:\IPAI\lllr\ PETROLEO NAC'IO~-.iAL, ; .\.
Xaquela not.a.vcl monografia o Dr. Euscbio de Olh·cira dá•o CJUa-
dro sinotico das formaç.õles gcologicas do solo alagoanu. at(· agora re-
conhec idas. conforme os estudos dàqucles lres eminente· profl.:'l'>~or..,s e
os que o geologo bra~ilciro realizou, in lO<'() quando chefitl\'a n <.·omis-
süu HH'Ulllbi<ia de estudar c IO(:alizar as roc:has petrolíferas do JJrasil.
Esse quadro classiiic:a as formações geologicas de Al:!goas na
ordem dçscenc1ente das series. islo é, das mais um·as para a~ m~is ve-
lhas, c é o que se segue:

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Era f"i t.t.'ma. I :\:tlnrt 7a d:ts Hodt'1S

1.\111 \'Ílil•:; 1.\ll•i:t'. nr;:iJa,.: l: ,-;.:)-


1 t·alhu"'
P~ it·c,,,.,ft•n rlt•lstoc~nlc·o ,,;,.,.ir.... l.üt·uitu ,. ,.....ut
1'!-il··•"•lit-:l l'ii•J ,; Lu~·t•lllcO I t ':• JJwtla" l'tllll ma"to· .\r<'ias c• ar;:il:ts
I dnutt·" I
C<'llCilWÍl'll ? I i 'e•r111.t:;iin tln"' h:ttT<•i- .\rtnill's. :lr!!ilal' c
I t•a-; I t•un;:lnhh'l': tl t"
l~OI'('DÍCO 1.\ l:t~ua"' 1.\rt•nitu"'. ft•l!t•·l! ns hi-
l • tnmilw.:us. ,. 11 ·t:·"o
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MI':IO?.OÍ('!l I Crctacco I S. l'ralld,.,·o ·' rt•ultn-<. un:ilas e cal-
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1 c-:tru1-.:
Eo7.nic·a !' tPrN•nmhrinno I ('(•m))!I'XO t·rist:Jiino (:ra nitn. "h•ni! o.~'lH'is
I llra-:il<'lro I c·nlc:tfl'~l c• dti-:ros
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,I <·ri~tallno~

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O sistema eocenico. no Estado. acusando roch:ts de arenitos, fo-
lhelhos bituminosos. calcarco e conglorncrato. manifesta-se na re~ião
litoranea e apresenta camadas representativas ex.posU!s df'sronlinua-
damente em toda a ex tensa costa alagoana, especialmente da foz do
riacho Garc;.a T orta, a 14 lrms. da capital, á emboradura do rio !\laragogí.
a 30 kms. da ba rra do ribeirão Persinunga, que limita o Estado de Ala-
goas com o de PPrnambuco. Em outros lugares tem s ido Yc rificacla :t
existencia de aflo~·amentos obscuros dessa serie, notadamente no sitio
-232-
Leo}>olis e suas circunvisinhanças, ao sul de Maceió, nas margens rio
canal que liga as duas grandes lagoas, a do Xorte e a 1\Jn.n guahn.
Branner é de opinião que todos esses afloramentos pertencem a
camadas da ida.de eocenica e que a "sedimentação foi iniciada pela des-
nudação das rochas cristalinas que forneceram os materiais da massa.
e os blocos de conglomerato que afloram em Riacho Doce, l\lorros de
Camaragibe e ~1aragogí ·· .
Os folhelhos, segundo o Dr. El1sebio de Oliveira, que os exam i-
nou detidamente e estudou toda a região. alternam com calcareo c con- ·
tem com frequencia nodulos de pirites de ferro. Nesses folhelhos "exis-
te uma substancia preta com aspecto de madeira carbonizada, ardendo
com chama fuliginosa, disposta em massas concordantes com os estra-
tos, indicando que sua formação é contemporanea da sedimentação dos
folhelbos ... Submetida á analise química essa substancia, deu a seguinte
composição:

Agua hidroructrica . . . . . . . . . . .. 6,37


~laterias Yolateis . . . . . . . . . . . . . 51,73
Carbono fixo .... .. . . . . . . . . . . . 35,60
Cinzas .... . . . . . . . . . . . ..... . 6,30

100,00

Enxofre .. . 2.52 ~é

Outra substancia, frequentemente. é encontrada, enchendo as


juntas do3 folhclhos c c:alcarcos. princ·ipalmente em H.iacho Doce, cem
um aS!)Ccto de azeyiche. mais brilhante (1ue o precedente, da qual ta m-
bem difere por iundir e arder sob a a(,"âo <lo calor ela chama de uma veta,
que, pela composic:ão abaixo. determinada no laboratot io do Sen·ic;o
Geolog:ico ~ ottti·as provricdatlcs. deve sl'r ti ela como uma variedade de
asfalto:
Agua h igromctrica . . . . . . . . . . .• 1,02
).laterias 'olateis . . . . . . . . . . . .. 58,50
Carbono fixo . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 ,63
Cinzas ...... ... ....... .... . 1,85

100,00

Enxofre ............ ... . .... . 2,1 '11

Precisamente essas substancias despertaram o interesse de al-


guns curiosos. Primeiramente as pesquizas, superficialmente realizadas
c sem nem uma base científica, deram a impressão da existencia de uma
vasta riqueza a explorar. O primeiro a fazer essas investigações foi Cae-
tano l\Iesquita, que possuía na capital uma pequena oficina metalurgica.
As perquirições do engenheiro José Bach. pelo fundo cientifico
que elas apresentavam, autorid&.d~ tecnica. do perquiridor c resultados
mais ou menos posilivos obtidos, despertaram grand~ interesse não só
110 Estado, como em todo o paiz. Fundou-se uma empreza para a explo-
ração do petroleo, a qual fracassou com a morte do engenheiro e tam-
bem devido a falta de recursos para uma exploração em regra.
Firmou-se, por<.;m, o. convicção da existencia do pctroleo em Ala-
goas. O Serviço Geologico e i\lineralogico do Brasil, mandou ao Estado
-233-

ttma comissão para estudar demoradamente toda a região petrolifera.


sendo essa comissão chefiada pelo Dr. Eusebio Paulo de Oliveira.
Os estudos abrangeram todo o Estado, especialmente a sua fren-
te atlantica, na qual se apresentavam Yeementes indícios de uma imensa
riqueza petrolífera. Essa frente foi diviclida em quatro distritos: o de
'Riacho Doce, onde se encontram os primeiros aflorameutos, entre a~
embocaduras dos riachos Garça Torta e Doce, a 14 kms. a N. E. da capi-
tal; o de Morros de CamaragllJc; o de )fnrug·ogí, e o de Bkn da Pedra.
Estudadas as propriedades físicas e químicas dos folhelhos que
abundam em toda a região litoranea, ficou constatada a exislencia dP
tres tipos bem caracterizados pelo aspecto: folhelho papiraceo, folhelho
negro laminado e folhelho neg1·o compacto. Dos tres o mais pobre em
snbstancia bituminosa, é o negro compac:lo e o mais rico em oleo {• o
preto laminado de Riacho Doce. O negro compacto é o tipo predomi-
nante nos distritos de Camaragibe e :\faragogí. Todos eles, porém.
"quando submetidos á dislilação destrutiva dão origem a oleos pesados
Ge petroleo, aguas amoniacais, gazes permanentes, ficando na retorta
um resíduo composto de materia Jnineral e de uma parte de carbono fixo,
que é conhecido por coque de folhelbo ·· .
Tratando da ocorrent'ia de lençócs de petroleo em Alagoas, aquele
geologo diz que "é muito n1lgar a idéa de que a ocorrencia de J'OCh!\S
bituminosas implica a de lençóes de petroleo, especialmente quando,
eom aquelas, se encont1·am associados resíduos de petroleo, como sejam
as diversas variedades de asfalto. E' o (fUC ncCtufeN• na rN!"ião u1ngnnnn;
1l opinião corrt-ntc (- (fU<' uma ~nncht!!'Cm ]lrofuutln encontraní lüli ÇÓE'~ de
petr:oleo .. .
}l'J como a cxistenria de lenc:óc!' de pelroleo '·originais ou origina-
dos por ações metamorfi<.•a.s do <-alor proprio da terra !';Obre a materia
hidrorarbonacca. dos folbelbos ... só se podia. verificar por meio de son-
dagens, estas foram mandadas fazer pelo Governo Federal, sendo esco-
lhida a zona de Riacho Doce romo a mais apropriada, não só por ser a
mais perturbada, como lambem pela menor despesa que a exploração
acarretaria.
As sondagens qne se fizeram, por conta do Governo Federal, não
.-leram resultado pratico. em virtude da insuficiencia dos aparelhos de
perfuração, ela penuria de veriJas postas á disposição do serviço, de nu-
merosas outras dificuldades. de~sas que sempre assaltam os serviços a
~rgo do Governo F-ederal e acabam inutilizando-os . . .
Isto, porém, não desfez a opinião da ciencia sobre a existencia
de lençóes de petroleo no Estado.
Em todos os paizes em que se explora esse precioso minerio, tem
sido ele encontrado em terrenos de todas as eras; no entanto a sua pr~-
1renç:a tem predominado nos de formação terciaria. Cientificamente, a
grande faixa terciaria do litoral alagoano não difere, a não ser na vege-
tação, das semelhantes situadas em paizes que são atualmente grandes
produtores de petroleo. Os indicios que levaram o homem â descoberta
-do petroleo nesses paizes são os mesmos q ne se encontram abundante- .
mente na costa a lagoa na, especialmc;nte no distrito de Riacho Doce.
A pratica tem demonstrado que· o descobrimento de lençóes f.Je
petroleo comercial tem sido semp!_:e acompanhado de dificuldades ex-
traordinarias que só a persistencia do homem, amparado pela ciencia
e armado de recursos financeiros, tem podido vencer.
Foi assim, por exemplo, no ::\Iexico: E. R. Doheney, ali considera-
«lo o grande percursor da lndustria mexicana do petroleo. teve de en-
-234-
frentar e resistir heroicamente á descrença, á desconfiança, ao dcrt-otis-
mo indígena e estrangeiro; soube, porém, persistir na sua fé, no seu·
grande sonho patriotico, vencendo, por fim, todas as vicissitudes, em
muitas das quais teve a dolorosa sensação do completo naufragio. A sua.
admiravel capacidade de resistencia moral se ficou devendo o prouigio
da organização da Hunstccn Petrolcwn Compuuy, considerada modelar
no )lexico. E o maior impeoilho que, em todas as partes do mundo, se
depara aos ~rganizadores da induslria do petroleo, é o formidavel tru 't
constituído pela J:oynl Duch Shell, que representa o grupo industrial
in glcz, e a Stnndnrt OH Cont]ltllly, representante do grupo norte-ameri-
cano, "yerdadeiros poh•os que têm os seus Lentaculos distendidos sobre
todos os pontos do globo onde desconfiam da existencia do petroleo".
(.\ Iadustria d(l I>ct role<•· pelo engenheiro Gerson de Faria A.lvim, pag. 8).
A iudustria do petroleo data do aparecimento do motor de com-
bustão interna, 1870; todavia o petrol<'o sempre foi utilizado desde tem-
pos imemoriais. ~\..tualmentc, apezar de organizada es~a industria, a.
pe!;quiza c a exploração pela sondagem ainda constituem fases muilo
dificcis. ,\ pcsquiza do terreno pertence principalmente ao geologo R~;?
conhecidos os indícios denunciadores dit ex.istencia do precioso odncr;o,
segue-se a exploração pela perfura<?ão do solo á descoberta do le nçol.
Tudo i!;SO demanda de estudo~ a realizar, de dificulàades a v~nccr, J~
capital a imobilizar.
RC'lativanH'nte ao pctrolco f'm Alagoas. a geologia já se promm-
ciou ra,·oraYclmente á sua existcncia pela afirma<:ão dos ma is a.uto-:-i-
za<los cientistas nacionais e cstrant;<'iros. Está vencida, pois, a })}'inteira
etapJ. A segnudu está auspiriosamente iniciada. li::t, sem duvida, grandes
di fi( ulciad ~s a Ycncer. E' as~im <'tn toc1a parte.
l ·o~ EHa<los Gniclos, no :\ie.·ir·o e antros paizes, registra-se a mé-

dia de um poço para trescntn~ p<'rfuraçõcs, w1s í:onas em que o pr>tro! "O
não ('Stá gcolo~icamenle determinado; nas zonas. p01 ém, preYhm1erle
e~t uuadas. c·omo é a do Hiacho Do ~e . a média tun sido de um poço vivo
para c· i nc·o poços secos.
l"Jrimamnnte o engenheiro alagoaPO Edson ele Carvalho. com
estudos especiais sobre o ?ssun 1o c obs ~rvaçõcs praticas nos r~ izcs pc-
trolifE-i'OR, e<>pe<'ialmente nos Estado~ unidos e no Mexico, tomou a seu·
carr,o a <'Xplornc:ão elo l'f'lrolco em .\l~ ~o:J~ . f'oi para i'4~0, por iniciafi-
Ya sua. or;:-nizada a C'O~IP \:\'ITL\ PETROLEO NACIONAL. S A, com
sédc no Rio de Janeiro. lle' ida mente autorizada pelo Governo Brasilei-
ro f' com r~,·ores <lo Estado de Alagorc;. ·contidos na lei n . 1.195, de iO
de junho de 1930. Patrioticamente, o sr. Interventor Tasso de Oliveirs. •
Tinoro, P<,trocinou essa benemerila iniciativa, concedendo-lhe omros
favores para maior facilidade da exploração.
Amparada tambem pelo publico. que está dis putando as su·l.s..
acões. a C'O:'IIPANIIIA PETROLEO NACIONAL, S/A, montou em Rh-·
cho Doce duas perfuratrizes de sondagem, uma de percussão com capaci-
dade para 1.650 metros de alcance, e outra, rotativa, capaz de atingir a
800 metros de profundidade.
Essas duas sondas estio trabalhando diariamente, dispondo a
Companhia de pessoal tecnieo pro\ e to para esse genero ele exploração~.
O que já está feito representa um esforço fonuidavel e cada vez..
• mais se arraiga no espirito I>ttblico a convicção de -que em breve o pc-
troleo em Alagoas será uma esplendida realidade. Para isso a COl\IPA-
NHIA PETROLEO NACIONAL tem posto em ação todas as suas ener-
gias e está aparelhada de material e r ecursos financeiros suficientes pa-
ra levar a sua patriotica tentativa á vitoria.

Sinopse rstatistica dat sitnaeão gel'ttl tlo Alagôas, em 1931 .

• •
TERRITORIO E P OPULAÇÃO

1890 1900 1920 1931


População ... . . . . . . . 312.268 511 .473 978.748 1. 240.072
Superfície, kms.z . . . . . 30 . 000 30.000 30 .000 30 . 000
Habitantes, por kms.2 . . 17,04 21,64 32,55 41,33
Kms. 2 Sup. relativa
T erritorio em ·relação ás zonas topografi cas:
Zona marítima . . . . . . . . . . . . . . . . .. 6 . 773 22,57
Zona montanhosa ou da mata .............. . 6.506 21,68
Zona sa.nfranciscana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7. 091 23,63
Zona sertaneja . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.630 32,13
Popula~ão em r elação ãs zonas
topograficas:
ITomrn~ Mulheres Total
Zona maritima ... .. . . . . . .. 169 .692 J S5. 523 35fi.215
Zona montanhosa ou d::t mata . . . . 235.207 231.737 466.944
Zona sanfrancistana . . . . . . .. . . 73.074 80.077 153.151
Zona sertaneja .. . 129.303 135 .459 . 264.762
Total . .. 607.276 632.796 1.240.072
I
Kms. 2 %
População relativa ao territorio das zonas :
Zona marítima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 6.773 52,44
Zona montanhosa ou da mata . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.506 21,77
Zona sanfranciscana . . . . . . . . . . . . . .. 7.091 21,59
Zona sertaneja . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 9 . 630 27,49
População do município de Maceió:

Recenseamento de 1890. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 31.498


Recenseamento de 1900 ... ... ...... ......... .. . 36.642
Reecenseamento de 1920 .. . .... ... . .... ... .. . 74.166
.E stimativa federal em 1931 . . . . . . . . . . . .,. . . . . . .. 103.930
I
Natalidade na capital, segundo o registro oi vil:

Ano Nascidos vivos Nascidos mortos Total

1927 . •• 1.170 193 1.363 '


1928 .. 1.162 175 1.337
19.29 . . . • . . . . . . . . . . . . 1.044 178 1.223
-238-
Ano Nascidos vivos Nascidos mortos Total
1930 l.OS3 177 1.260
1931 .. 1 . 182 223 1.405

6.641 946 6.587

Mortalidade e média dia ria na capital, segundo o registro civil:


Anos I\T ortalidade Média diaria
1927 1. 754 4,87
1928 1. 916 5,32
1929 1 .692 4,70
L!)30 1.90li 5,29
1931 2.009 5,57

9 .277 5,15

Movimento de entrada c saída ela população pelo porto de Jaraguá :'


Anos Entrada Saída

192 5 .309 6.86


1!>29 5 . 5% 5.690
HJ;~I) f). 999 4 .361
1D31 5 .:!U3 4.712

23.701 ~ 1 .631

i
~~ PRINCIPAIS FATORES ECOXOl\IICOS E FI:-\Al~CEIROS

In . . tt·tu)io primaria, }Hshiit•n e pnrHcnial·, em 1931

População escolar .. .. ......... . . ..... . 124.000


Alunos matriculados . . . . . . . . . . . . . . . . .. 25.187
Po1· 1.000, em idade escolar . . . . .. 206
Numero de escolas e cUI·sos . . . . . . . . . . . . . . 632
Numero de professores . . . . . . . . . . . . . . . . . 67S
Frequencia média .......... .... ...... . 18.528
Percentagens sobre a matricula . . . . . . . .. 6~
Alunos que concluiram o curso .......... . 1.356
Percentagem sob1:e a frcquencia . . . . . . . .. 7
D espesa do Estado com a Instrução Primaria . 965 :421$900

In tru~ão ~ecunõaria, pnbHca e r>arti.culnr, em 1931


J
Alunos matriculP.clos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 523
.1\Io t.riculados no Liceu Alagoano . . . . . . . .. 187
1\1ntriculadoS' em outros cursos . . . . . . . . . . . 336
l'.F dia da rrequeu<.I!l. . . . . . . . . . . . . . . . . .. 459
Alunos qt c· co'1cluiram o CtllSO . . . 3G
Despesa do Estado com o Liceu . . . . . . . . . . 157:109$426

'
-239-

En ino Xonnnl em l!J31


Alunos matriculados . . . . . . . . . . . . . . . . .. 222
Alunos que concluiram o curso . . . . . . . . . . . 11
Despesa do Estado com o ensino normal ... 112:955$088

En~inn jn·oiissionnl em 1931

Matrirulados no curso comercial 92


ldem no curso de mnsica . . . . . . 124
Idem no curso ele pi.ltura . . . . . . 96
Idem no curso an.istico-industrial . . . 468
Idem no curso de desenho . . . . . . 143
Idem no curso de datilografia . . . . . . 97
Idem no curso sacerdotal . . . . . . . . . 54
Idem no cur::;o agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Idem no curso de escultura . . . . . . . . . . . . . . . 1
.. Total ... 1.12G

Ensino :-.l!pcri'lr em l !l:n

Matriculados na Escola Li\TC de Direito . . . . í~

Producão a~ricola Quantid~(lc> Vaior Total

Cultura do Algodão:
Al~otlào Plll ::1m~ .... r. , J;IO lnn. 1~.520;M~~
C'<! ~~ o r}p algodã ) . . . . lti .G:!O 1 . Gi;l· !r=7:5
Sub- )lrOdl'tos d ivci·soo;:. . :;:>O : OOlt$
C'ultura da c~mo ~
Assucar . . . . . . . .. . . 92.:il9 30.SOS:8~í~
.Alcool e :tguardentc . . 3.027 . 768 lit. ~.9f\8:!>20~
A lcool-motor. . . . . . . . 2.0G0.037 J .'170:00CS
Cana não industrio lizada 100.00) ton. 1. ·1oo: ooc~
Cultura da DHll,<lioca: .,
Farinha . . . . . . . . . .. 4G.6J8 10.16~:000$
Polvilho . . . . . . .... . 2.722 816: 5tl0$
Raizes não industriali-
zadas . . . . . . . . . . 61.842 1.229:640$
Feijão . . . . . . . . . . . . 11 . 370 . 5.571:300$
Arroz . . . . . . . . . ... . 10.020 4.519:020:$
tt

Milho . . . . . . . . . . . . 43.73:) H 8.757 : 120$


Mamona . . . . . . . . . . . 2.19(; 1. 537:200$
F'umo . . . . . . . . . . . . . 1. 13=> " 2.272:800$
Batatas doces . . . . . . . 11.896 ,. 708:300$
Côc:os . . . . . . . . . . . . . 22.521.560 coe. 2.252:156$
Frutas . . . . . . . . . . . . 250. 000 cent. 1.250:000$
Outras culturas .. 500:000$
caré ....... . ..... . 5.050 ton. 2.525:000$ 92.910:780$
-240-
Produf;ão indusl11"ial:

lnduslria textil .. ....... .. ... . 33.905:000$


lndustria de couros e peles . . . . .. 3.000:000$
Industria de madeiras ........ . 3.500:000$
lndustria mctalurgica ..... .. . 800:000$
Industria ceramica . . . . . . . . . . . . . .. 2 . 000:000~
Industria da a lhne-ntação . ...... . .... . 6.500:000$
Industria do mobiliario . . . . . . . . . . . . . . 663:310$
Industria do ,·estuario . . . . . . . . . . . . . . . 3.142:000$
Industria ela edificação . . . . . . . . . . . . . . .. 500:000$
Industria do ti"ansporte . . , . . . . . . . . . . . 200:000$
Industria de transmissão de força s fisicas. 82:100$
Industria relativa á ciencia, letras e artes . 150:000$
Industria da pesca . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1. 500:000
Indust1~a de produtos qui mi cos e a nalogos 2 . 600:000$ 58.542:410$
Total ........ ... . 151.453:190$

População pcc·ua r·ia <·a lc nla da <:'m 1H20:

Quantidade Valor
Bo\"ina . . . . . . . .. 8 8 . 371 48 . 127: HHSOO\l
Er1uina . . . . . . .. 84 .!)98 12.378:955$000
A~i nina (' mua r .. . 14.105 ~. 8 76: 2 00$000
0Yina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164 . 210 2 . 208 : 433$000
Caprina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219.081 4.521:458$000
Suina ..... . 86. 869 5.844:352 000
'"I' o t a l 957 . 634 75. 965:556$000

Relativa mente ú.s zon as topograficas:

P op. pecuaria Yalor Densidade


%
Zona marítima . . . . . . . . . .. 124. 331 11.615:996$000 18,06
Zona da mata. . . . . . . . . . . .. 2-!8.866 22.985:474$000 38,25
Zona sanfranciscana .. 162. 595 13.606:8285000 39,94
Zona sertaneja ... 421 .841 27 . 748:061$000 43,79

Total . . . 957.634 75 . 956:359$000 31,90

Produ~iio da pecunrla em 1931

Bovinos ..... . ....... . . . . . . . 26.384


Equinos .... ........ . . .. . .... . 2 . 232
Asininos e muares . . . . . . . . . . .. 504
Ovinos . ........ . .. .. . . ... . 9 . 159
Caprinos ..... . .. . . .... . 13 . 459
Total .. . .. . .. . . 51 . 738
-241-
.Valor <la propriedade rnral
(Calculo de 1920)

Numero de propriedade .. .. 8.840


Area das propriedades .. 1. 348.241
Valor das terras . . . . .. 95.977:785$000
Valor das benfeitorias .. 28.530:0725000
Valor dos maquin ismos .. 8 . 442:305$000

1\IOVIl\IENTO CO ~TERCIAL

Comercio de cnbotngem
NacionaiR ~ac i onalizadas Total
Ex.porlação:

1929 .. 120.096:000$ 961:000$ 121.057:000$


1930 . . . . . . .. . . 82.550:000$ 1.139:000$ 83.689:000$
1931 . . . . . . . . . . 83.756:000$ 1. 632: ooos 83.288:000$

lmporlação:

1929 ... . 42.764:000$ 11.719:000$ 64.483:000$


1930 .. 33.352 :000$ .096:000$ 41. 4.·1 : 000$
1931 . ... 36.232:0005 S.G3~:000$ 4-t. G4:000$>

('om<'rdo Extcrio l"

Toneladas Va lor
Exportação:

1929 .. . 6.314 3 .133:799$


1930 .... . . .716 3.946:847$
1931 . .... . 1.500 1. ~3: ~~,9~

Importação:

1929 . ... . . 5.842 5.372:000$


1930 . . . 7.954 6 .019:000$
1931 .. . 8.770 7.827:000$

)lo-rimento marltimo

Embarcações enLradas em Hl29 1930 1931

a vapor .. . . . . . . . . .. 575 563 531


á vela . . . . . . . . . . . . ... 1.'426 1.050 1 .139

Total . . . . . . . . . .. 2.001 1.603 1.670


Tonelagem ... o o o o o o •• o 1. 097.819 1. 063 550
o 1. 010004!
- 2·! 2 -

~lo' imcnto bnutnrio


:\lovime nto 19:?9 1930 Hl31
Tota l do movim ento .. 101 10:!:000$ 87. 55!):1)00$ 8-L 51;3: 2G7$
Emprestimos . . . . . . . . . ·J')
·~-.J. s·>·>
-.J.· ooos. 30. 14-k llOO~ 30.138:000$
Dcposilos diversos .. _' }'l "'nt• · 000$
t), { ; J ) . ~O.n O:OOOS 2!l.39i:OOO$
Enc.:aix c . . . . . . . .. t.i. 5 79: ooos G. 5 ·! ' : 000!) 6 . !5 1: 000$
H iru <'onwrt·in1 <'m J !}!lJ

Numero de cP,merciantP!; P~tahcl t'l'idoR c ambulantes. õ.ll52


Total do gi I' O l'Olllel'dà I <'111 1 !)31 . . . . . . . . . . . . .. 2h·~. 333: 963$0tJ0
fnJ•itnlrt·!.d:-tr:Hlu uté 19:n

Firmns soc:ia is ... 254 41 . 3. 'lj : 143$0()1)


lí'irmas individuai s 3Sl ~.260:339$000

635 50.64G : 4S~SOO~

Yias fcncas da C:r<•al \\'eH <1 n ........ . . . . . . . :J:3l!,3S5 kms.


Yias ftJTC·a~ das u~illas . . .... . . . . . . . . . . . .... . 1 fi5.000 ,
Estraclis de rodagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1. 718.000
Receitá da da Gn~~u \\"t'<,lPrn t'lll 1931 . . . . . . . . . 4.034 : 316':)5()

RC'C·<'it:t o1·c:ada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 10.0CS:OOOSOOO


H.ecei a arrecadada .. ............... ..... .. 10.07-l:GlS$000
De!'pr~~ fixada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.725 : 5i8$000
DPspcsa paga . . ..... .... .... . . . . . . . . . . . . 7.~70:9!JüSOOO

FiumH,'ll"' mnui<'iJllli" em 1931

Receitas <HTcc·adadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.709:091$000


Sinopse da situação dos municipios
AGUA BRAi'lCA

Município cr eado em virtude da Lei n. 681, de 24 de abril de 1875.


Comarca desde 1893, a qual pertencem os municípios de Mata Grande e
Piranhas, com os distTitos judiciarios de Agua Branca, Mata Grande,
Piranhas e Entre Montes.
Altitude- 350 metros na séde do município, 300 em Sinimbú e
254 no povoado Pedra.
Cllmn- muito saudavel em todo o município. A t'=:mperatura mé-
dia anual é de 26 gráos.
Minerais - Está constatada a existencia de marm01·e, ferro e
grande abundancia de pedra calcarea.
Energia hidraulica - Está situada neste município a cachoeira
de Paulo Afonso, a maior força hidraulica do norte do Brasil, utilizada,
em parte minima, pela Companhia Agro Fabril l\1ercantil, com uma fa-
brica de fiação no povoado Pedra.
V ia~iio- Além da estrada de ferro Paulo Afonso, que atravessa
uma parte do territorio do rnunidpio, Agua Branca é servido por boas
estradas de rodagem em direção aos seus povoados pri ncipais, munici-
pios limítrofes e capital do Estado, da qual está distante 318 quilome-
tros. Possue serviço teleg-rafico fornecido pela linha ela E. ~- Paulo Afon .
.so e pelo Telegrafo ~ac.ional. Tem servi~o postal, com agencias na séde
e no povoado Pedra.
l'ot>u1a~i!o - Conta atualmente :!j.í$)7 habilantcs, sendo 12.200
homens e 13.577 mulheres. A população relativa é de l9,H9 por l<m.:!.
Instrução - A população escolar está calcul~da em :!.570 crianças
c existem no muuidpio lti escolas de primeiras lct!·as, da~ qnais 13 man-
tidas pelo Estado, 2 pelo município e 1 particular. 1'\essas t'!'i('Olas mau·i-
cuJa:ram-se no ultimo ano lcth·o 626 aluno~. ou 24 1 ;. da população cs-
~olar.
Religião- O territorio do município c:mstitue uma frc;ue:d::t sob
a invocação de N. S. da Coucei\âO, com uma bela e vasta matrii:. 7 cape-
las filiais, 5 associações pias, 5 irmaudaue;:;, registrando-se no ultimo
ano o seguinte movimento religio~o: 659 batizados e ll:! casamentos.
Não se exercita no município outra religião além ela catolica .
Comercio - O movimento comercial declarado, em 1931, pelos
16~ contribuintes do imposto de industria e profissão, para o respectivo
lançamento, fo i de rs. 1.154: 500$000. A export:tção processada pela Co-
letoria Estadual montou a rs. ~52: 489$000 e a importação a 52:779$000 .
.Mantem a população ati\'O comercio com os municípios limit~·ofcs, ala-
goanos e pernambucanos .
.1g·ricnlturn- E' um <los municípios mais produ tores da zona ser-
taneja. Em 1931 foram arroladas para o lan~.amento do imposto territo-
rial 1.520 propriedades rurais, representando um Yalor apro:x!ma.do de
2.389: 648$000. No ultimo ano agrícola a sua produção teve a estimati-
va seguinte: 1.117 toneladas de milho, 741 de feijão, 1~ de arroz, 1.200
de farinha de mandioca ,260 de batatas, 32 de café, 113 de ~lgodão em
rama, 340 de carC':O de algodão, 100 de rapadura além de outras repre-
sentando um valor de 2.000:000$000. As suas principais culturas, em
-246-

1920, O('upa,·aru uma arca ele 1.896 hectares, estando atualmente muito
aumentada.
l udustrin- A fabric·a de fia<:ão da Companhia Agro Fabril, esta-
lJelec·ida no povoado Pedra, vossue uru palrimonio no valor de .... . .
8.113: :!87"000 representado em maquinismos, predios, vila operaria e
ou! ras 1>eufeitorias. Foi produtora de linha de algodão em carritel, estan-
<lo hoje limitada á fabricação d(' varios tipos de fios c r edes de dormir.
Sua pr0du~ão, em 1!)31, foi d<' l!i0.Ci75 quilo~ no valor dl:' 1.::!52: 892$000.
Além de outras pequenas industrias, contam-se a do beneficiamento de
c·ouros e da fabrka~ão de sola. IIouve no município uma produção de
8.000 quilos de sola, 1.000 quilos de rouros cortidos, 10.000 de toucinho,
G.OOO de queijo. Sua produ~ão industrial pode ser calculada em . .... .
2.!)00: 000$000.
l,<•(·unria - O município é c.:riador por excelcncia. Sua população
pe,·uaria, em l!l31, era a scguinll', <>egundo avaliac;ão loral:
Bo,·ino . . . . . . . . . . . . 15.000
l~quino ..... .... . . . .. . . . . 8.000
Asinino . . . . .... . . . .. .... . 5.000
Caprino . . . . ... . ... . ... . . . . . . . . . . . . 30.000
0\·ino .. . . . . . . . ..... . . .. . . . . . . . . . . . . 15.000
Suíno . . . . . . . . . . . ... . . . . .. . . . . . . . . . . . 2.000
O valor <los rebanho::- ('ra avaliado em -LOOO: 000$000. Tomadas
e111 C'Onsideração as isenc:ões fi~ca i s para o lanç~amcnto elo imposto sobre
a proch1<;ão do gado. ('Til 1 !)31. os reba nhos elo mun icípio forneceram ao
> 1.1pv~t o ~.:!00 c·ria:.-. bo\ iuo 1.2~7. equino 218. asi-
<l f.:~ im cli ~crimiJ.adag :
nino (' muar 7:2. oYino 317, caprino l.:~I;G. A pecuaria produziu 10.000
quil os de eouros c peles. Silo em numLJ·o de 500 os criadores no muni-
cípio .
.\1 L-uif:lm F.m l!l2 fl cx b tiam no município 8 estabelecimentos
de npif" J, n i'<t c·c m ~3 r·olmeias , qw• ti\·f'ram uma produç:ão ele 82 quilos
de tll(') e 11 de c·cra. Jl:sscs num eros. <l t \'Cm estar atualmente muito au-
mentados.
J\yi<·ultum - O recenseamento fed eral de 1920 contou no ruuni-
C'ipio 17.501 aves clomes tirai'. sendo J 5.6Sl galinha~, 1.740 pcrús c RO
patos .
J'cnoatlt•" J•rin<'ipni" - .\~u11 Uraurn, séde do muniripio e da co-
marr::t, cidade cles tle HH9. E' uma das mais pitoresc-as cidades sertanejas,
<·om 350 preclios. muitos elos quais de elegante constru\ão moderna, e
uma população de 5.000 almas, aproximadamente. E' iluminada á luz
e letrica. l,()dru. á margem da estrada de ferro Paulo Afonso, o maior cen-
tro indust rial do sertão, com cerca de -1.000 habitantes. Vnrzca do Pico,
situado em terras fertilissimas, ~in imhti, lambem á margem da Paulo
.Aionso, Pariconha e outros.
}' in an~as - Em 1D31 o município produziu as r endas seguintes:.
Federais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15:313$000
Estaduais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31:671$000
Municipais . . . . . . . . . . . . . . . . : . . . . . . . 49:118$000
O ruunicipio encerrou o ultimo exercício com saldo.

ALAGOAS

Antigo po\·oado Sanla :\laria :\Iad:1.lena da Lagoa do Sul, creado


-247-

vi la em 24 de abril de 1636. Judi<:iariamcntc pertence á comarca de São


:\1igucl dos Campos.
Su}wrf!<'ie - 2G8 kms.:!.
('Jim n - Em geral agrada,·el; huruido no inverno e sujeito a fe-
bres intcnn ilentes, nas partes baixas do vale ào Sumauma.
R ios - Cortam o município o Sumauma, o "Clinga, o :\Tequim c o
R iacho Branco.
Illtns - Santa U ita, Frades, Bois, ~Iaranhão, Assobio e outras,
todas mu ito fcrleis C' povoadas, espec·ialruent e a primeira.
JUncrnis - Folhelhos hituminosos, acusando a c~istcncia do pP -
trolco, afloram em ,·arios lugares, prindp:ilmente no si li o Leopolis.
Pupuht<:àn - Conta o municipio 2~.838 habitant es, sendo 11.811
homen ~ c 1~.02 1 mulheres. A população relati\·a é de :!8.86 ', por km.!!.
Yhu;iio - A princ·ipal é a lacustre, fcila na grande lagoa ~Ian ­
guaba. com navegac:ão diaria. em land1a a ''apor, canoas e barc:1ças, a.t~
a capital, a cidade do Pilar c povoados principais do gTandP lago. I1n.
estradas para automoYel para t:ào :\liguei de Campos <' outros munici-
pios. Dista da c·apital Hl quilomclro.-... O seu porto marítimo. distante 6
leguas cb C'idadc, chamado do Vraur<'z. muito freq uentado no período
colonial, é atualmente quasi inacccs!'in.l dc,·ido a obslrnr:ão que ~ofrcu.
T em ~pn·ic•o tclegrafiro c posta l.
lul'tntc:iio - .\ população C':3co1ar é de 2.3. O ('l'i.mc:as, aproxima-
dam ente. C'ontando o muui cipio 1 grupo esrolar c 12 C~"o las isoladas
mamitla~; pelo Estado,:! pela arhnini~ raç-ão municipal c~ por particula-
res, nas quais estiveram matri culado~ . no ultimo ano leti\·o, 620 alunos,
ou 30 '1 ~ da população escolar. Funciona na cidade ele . .\la~oas uma su-
cursal elo Asilo das Orfãg, com sédC' na capital, u~u!to froqucntsdo, que
fornece óc; educandas eduoac:ão domestica. litcraria c profiss ional. .\ Co-
lon ia de Pe~cadores Z <.i "São Pedro" mantem 4 esc·olas, :3 primarias e 1
de COSl.'tré.tS, sendo 3 <.liuri!as e 1 uolurna.
C<~uwrcio - O movimento <:OlllCrcial, em Ul:1l. segundo dcc·lara-
ções de 11S cont1 ibuintcs do impos o de> industria c profissão, foi d(~
1.0! 1· ~U J., v·J.i. O ~t · u i ntLrc .•L1l>io ('ulll.cl..:tal é feito cxclu~i,·a.mcntc com
a captlal c munkipios limitrofes .
.\ ~!Ti<'ulfurn - Fm Jü31 f01am arroladas pa!·a o 11agamento dd
impo~lo territor ial ()40 propriedades rur=t.is. c·om uma arcn de 22.000 hc-
darcs, aproximadamente e um Yalor. lambem aproximado, de .... . .
4.783:000$000 . Conta. o município 7 engenhos de assu<·ar lodos funcio-
nando. Grande produtor de ('Ôcos, conlam-se no município 7G.075 co-
queiros noYos fr•Itificando c cerca de 12.000 no\·os. • ·o ul' imo ano agrí-
cola i sua produção foi a seguinte: :::5 toneladas de milho, 70 de feijão.
190 de arroz. 250 de b:l.tatas, 139 de café, 7 de mamona, 382 de assucar,
161 de fa!'Í !lha de m3.ndioca, 16 de polYilho, tendo produzido 3.0 43.000
côcos c 13.GOO litros de aguardente. Sua. produç5.o agrkola pode ser aYa-
liada em 1.500: 000$000.
Jnclu~trin . - Além da indnstria da pes~"1, exercida por grande
n umero de pessoas na lagoa ~1an guaba, excessivamente piscosa, as de-
mais são carecedora.s de import2.ncia.
~>ec!lnria - O calculo federal em 19~0 apresenta os tota.is se-
guintes:

Bovino . . . ..... . 2.683


Equjno . . . . . . . . . 631
Asin ino e uuar .. . 396
Ovino . . . . . . . . . . . . ..... . 584
-· 248-

Caprino ... . ........... .. ... . 301


Suíno . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . 253

O valor dos rebanhos era de 527: 016$000 . A produção pecuaria


arrolada para o pagament o do respectivo imposto, em 1931, a cusou 2943
bovinos, 30 equinos, 8 asininos, 80 ovinos, 10 caprinos, no total de 417
crias .
R~ligião - Freguezia de fundação imemorial. sob a invocação de
N. S. da Conceição, conta 6 t empl os. 5 capelas filiais, 5 associações pias
e a irmandades. Em 1931 teve o seguinte movimento : 464 batizados e 47
casamentos. E ntr e os seus templos. destaca-se pela sua ancianidade e
r ecordações histori c:as o conven to de São Francisco, a t ualme nte ocupa-
do pela s ucursal do As ilo das Orfãs.
J>o,·on<:Õ{'S })rincipni!- - Alagoas, situada á margem da lagoa :vran-
guaha, capital de Alagoas aLé 1839. E' uma das mais a nt igas povoações
a lagoanas. Con la ma is de 1.000 predios, quasi Lodos colonia is. Possue
uma usina de eletricidade que forncre a ilum inação publi ca c particular.
S n 11tn Hitn, gra nde ilha for ma da pelo ca nal da Seri ba ao or iente c dos
R t'medios ao ocidente, m uito poYoada c culth·ada, e outr os .
F in n n~ns - Em Ul31, a população contribuiu:

Pa ra o GoYerno F edera l . . . . . . . . . . . . . .. 21: 806$000


Pnra o Govern o Estadua l .. . . ..... . .... . 49 : 870SOOO
P a ra o Govern o l\Iun icipal . . . . .... . . . . . . 35 : 062$000
.\N.\DIA

) ,li Hieinio c:reado em l S d ' uo\·cml>ro de lbOl. sob a denom inação


d t• São .J vão d e .Ana dia, dcsm<'mbra ndo-se da jurisdição aclmin istrath·a
d e São :\figucl <los Campos. ComarNt crcada em 1S3S, inc·orpora os m u-
Jlkipios <..: •• r:q)i r:Ic.a e Li moeiro c conta ü distr itos judiciarios, a saber:
""\l'atlia . . I:!r crm elho. Tanque d'Arca. Arapiraca . L imoeiro e Cana
Brant.
S tq:crt'ici~ - 1.115 qnilom ct ros .
•'dtitude - 1:30 m etr os na séde c 505 em Mar Ver melho .
Po~i (:fto n~t ro nomirn - !>~ 41' oo·· de latitude e 36•• 15' 02" de
l ongitude \\'. Grw.
( Hma - Em geral muito saudavel. :\'l ar Vermelho é consider ado
um sa 'J~to rio para tuberculosos. T emperaturas méd ias em 1931: ruaxima
:10,1; minima 19,:l g ráos. Ilumidade r elativa 82,6. T ot2.l das chuvas
l .OSt>, S m m. registra ndo a estação m cteoro logica 145 dias de chuvas.
1\linr rais - Está constatada a existencia de fer ro, em Tanque
d 'Arca e em l\Iar Vermelho, na serra Pirangussú; aguas marinhas , mar-
mm·c !uferior e cobre.
Y.!. ,~ão - Comunica-se com a capital, da qual fica distante 107
q uilometros, com os municípios limitrofcs e seus principais povoados
por est.r.,das de rodagem. Tem serviço telegrafico e postal.
Pop ula~iio - 64.806 habitantes, sendo 32.176 homens e 32.730
mulht, , c: ,·._ topulat'ão r elativa é de 58.10 por km.:!.
Instru~üo - A população escolar orça por 6.440 crianças, para as
q uais conta o mun icípio 8 escolas estaduais, 3 municipa is e 1 particula r.
~o ultimo ano essas escolas foram frequen t adas por 412 crianças, ou.
6 jó da população escolar .
{' • <1cin - O movimm.to comer cial em 1931 fo i de 3.384 : 000$000,
seé)uudo as declarações de ~O ! contri buintes do imposto de industria e
-249-
])rofissão. A importação e exportação são feitas por intermedio da capi-
tal e dos municípios circunvisinhos, com os quais mantem ativo comer-
cio. Funciona na séde do municjpio um banco de credito agrícola e po-
'pular, recentemente fundado, com o capital de 51: 250 000 e um movi-
mento, no ultimo ano, de 213: 065$000.
AgrJculturn - O lançamento do imposto territorial em 1931 a r-
rolou 1.482 propriedades rurais, com uma. area excedente de 80.000 he-
ctar es e um valor aproximado de 6.000: 000$000. Rico municipio agrí-
cola, com 32 engenhos de assucar e 410 estabelecimentos produtores de
!arinha de mandioca, a sua produção no ultimo ano foi a seguinte: 5.871
toneladas de milho, 1.331 de feijão, 190 de arroz, 600 de batatas, 608 de
algodão em rama, 1.800 de caroço de algodão, 74 de fumo em corda, 318
de mamona, •151 de café, contando 150..!00 cafeeiros, 500 de rapadura,
1.346 de assucar, 3.540 de farinha de mandioca, 187 de polvilho e 20.000
litros de aguardente, podendo ser a sua produção avaliada em . ..... .
6.000:000 000. As suas culturas principais ocupam uma area de 8.2í4
llectares aproximadamente.
Industrla - Funcionam no município 5 descaroç:adores de algo-
dão, 9 fabricas de calçados. 1 de artefatos ele couro, 4 de moveis, 9 cor tu-
;mes e outros pequenos estabelecimentos. O município é grande produtor
de couros e peles. A sua produ~ão industrial pode ser estimada em .... . .
1.000: 000$000.
Pccuuria- Calculo federal de 1920:

Bo,~ino .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16.1 ~2
Equino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . 5.58!'1
Asinino e muar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7-19
0Yino . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .... . 5.nGs
Caprino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . 8.051
Suino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.476

O gado eslava a va 1iado em 3.502: 000$000. A produção dos seus


rebanhos, em 1931, deduzidas as isen<:ões fiscais, foi a seguinte : 1.446
bovinos, 217 equinos. 73 asininos c muares, 151 ovinos, 76 c.aprinos, no
total de 1.966 cabeças.
Aplculturu - Em 19~0 existiam 191 estabelecimentos produtores
com 1.540 colmeias, uma produção de ::>.189 litros de mel e 589 quilos de
cera.
Al iculturn- No mesmo ano foram contados no município 105.407
aves domesticas, sendo 88.377 galinhas, 12.786 perús e 4.244 patos .
Religião - Freguezia sob a invocação de ~- S. da Piedade. O mo-
vimento religioso em 1931, foi o seguinte: 2.411 batizados c 346 casa-
~entos.
Povondo princlpnis - Anadia, cidade, séde do município e da
eomarca, pelo seu aspecto tristonho não dá a idéa da expansão agt·icola
e norecencia do seu territorio. Possue cerca de 350 predios antigos, des-
tacando-se um ou outro de aparencia mais agradaxel. Tem uma usina de
eletricidade que fornece a iluminação publica e particular. Mar Verme-
lho, muito saudavel e futuroso; Pindooa Grande e outros.
Finnn~n - Para as rendas publicas, em ~931, o município cou-
~orreu:

Rendas federais . . . . . . . . . . . . . .. 24 : 921$000


Rendas estaduais . . . . . . . . . . . . . .. 58:697$000
Rendas municipais . . . . . . . . . . .. 38:314$000
-250-
ARAPIRACA.

:uunicipio creado em 1926, judiciariamente pertencente á comar-


ca de A nadia.
Superlidt' - 365 1ims..!.
Potml~iio - 11.800 habitantes, sendo 5. 700 homens e 6.100 nm-
lh crcs, ou 33,15 habitantes por kru.:!.
C'Jimu - Seco e temperado .
. \ltitud<'- 290 metros na séde.
Yinçiio - Estrada de rodagem entre a séde e a capital, numa dis-
tancia de 184 quilometros, os povoados c os municípios limitrofes. Tem
serviço telegrafico c serviço postal.
fn sfrn-:ão - A popula~ão e!'rolar está calculada em 1.180 crian-
ças para as quais existem 5 escolas estaduais c 1 municipal. Em 1931
mat.ric· nlantnH~e ~34 alunos. ou 19 '; da popula<?ão escolar.
Com creio - Giro comer cial aproximado de 750: 000$000. Seu co-
nlerdo bastante ativo faz-se e:om os municípios visinhos.
Ae-rieulturn - Estimativa da lJrodução agricola em 1931, segundo
informações locais e elementos ele investigação da Diretoria de Estatís-
tica: 1~0 toneladas de milho, 47 de feijão, 147 de arroz, 200 de batatas
doces. 25 de al~odão em rama 73 de caroç-o <.!c algodão, 5 de fumo em
<~onla, 30 de mamona, G~O <lc farinha ele mandioca, 46 de polvilho, uo va-
lor aproximado de 700: OOOSOOO.
Tndu!'tria Conta o município ~ henc>fieiadores de algodão. di-
vC'rsos cortumcs e ,·arios peq uenos estabelecimentos inctustriais. Produ-
ziu: 3.120 quilos de tom:inbo, l.:iOO de banha de porco, 300 de queijo,
4.1 t;o de sola. 1.~30 de cou:os c~rlidos .
Pr<·narin - 1-J:dnrm no m mic·ipio: -1.:-;oo boYinus, 650 cquinos.
220 asininos c muare:-;, :!.l~fiO c1.pri 10~. 2.400 o\·inos t' 600 ~;u in os, no va-
lor ayn·uximaclo clc rs. 7:i0: 000~000 ..\ produção de couros foi de 10.000
quilos .
Pcnnaclu-. priuri,:,li;- Arapiraca. súlc do mnnicipio com a C:ltc-
goria rlc vila, ri ~onha novoa.cfio com cerca de 300 cnsas, iluminada a luz
clctrkn, a HO quilomctro~~ do rio ~ão Fr.uJcisco, para onde se escôa gran-
dL pane da. produção do município. Ve~dos. Ria.cllão, Caraibas e outros.
Finau~n~ - :\o ul imo ano a popula~·ão contribuiu:

Para o e;overno Ec:tarlual . . . . . . .. 23:209$000


Para o governo municipal .............. . 17:694~000

A contribui~ão federal figura na renda das coletorias de Atladia


e Limoeiro.
ATALAIA

E' um dos mais antigos municipios do Estado e dos mais prospe-


ros e futurosos. Comarc'!. desde 1832, á qual, pela reforma de 1931, f~i
anexado o município ele Pilar. Tem 2 distritos judiciarios.
SuJlCrHrie - 880 kms. 2 •
Altihule - 58 met,.os na parte baixa da cidade, 65 em Estrada
Branca, 109 em Urupema. e 1·18 em Bitcncourt.
Climn- Em geral bastante saudavel.
Ponularfio - 76.i9í3 ht:.bitontes, sendo 38.419 homens e 38.377
,mulheres: ou 79,31 por ltm.2.
..

-252-

Finanças- A contribuição da população em 1931 foi a seguinte:


Federal ... .. . . . . . . . . . . . . . 300:582$000
Estadual .. ...... ......... ... ·. .. . 66:504$000
Municipal .... . n • • • • • • • • • • • • • • • . • 27:000$000
BELO MONTE
l\Iunicipio creado em 1886, judiciariamente subordinado á comar-
ca de Pão de Assucar.
Sn}>erfieie - 858 kms.!!.
Poputariio - 10.283 habitantes, sendo 4.984 homens e 5.219 mu-
lheres, ou 11,98 por km.2.
<'lima - Temperado e em geral sauda.vel .
)'la~iio - Dista da capital 184 kms. e com ela se comunica por
estrada de rodagem. Tem comunicação fluvial, pelo rio São Francisco.
alé á sua foz. Scniço telegrafico e postal .
Instrução - A população em idade escolar está avaliada em 1.030
crean,as, para as quais existem 5 escolas primarias mantidas pelo Es-
tado. Em 1931 estiveram matriculados 141 a lunos, ou 13 % da população-
escolar.
Comen·to - O giro comercial declarado em 1931 roi de 489: 000$.
a impol'laç-ão montou a 12:591$000 e a exportação a 10:649,.000. O co-
mercio P feito principalmente com a praça de Penedo.
A~riculturn - O lançamento do imposto territorial, em 1931, al-
cançou 27 J propriedades rurais, representando um Yalor de 500:000$.
Sua produção na. ultima snfra foi calculada em: 205 toneladas de milho.
82 de feijão. 30G de arroz. 100 de batatas, 81 ele algodão em rama, 240 de
,caroço de algodão, 3 de fumo, 7 ·15 ele farinha ele mandioca e 15 de polvi-
lho. Em 19~0 sua arca cultivada, atualmente muilo maior, era de 530 he-
cta.res. O valor ela sua produção agrícola excede de GOO : 000~000.
Intln~tria - Além do bencfi(•iamento elo algodão, feito em 3 des-
caro('adorcs, da. exploração de couros e peles, as demais carecem de im-
portancia.
l'ec·unrin - Calculo do recenseamento federal de 1920: bovinos
10. HG, cquinos 52·1, asinbos e muares 259, oYin os 3.215, caprinos 3.977~
suínos 290, no valor de 1.()15: 500$000 .
Ueligiiio - Freguezia sob o padroado de N. S. do Bom Cons(,}ho~
com J templo, 5 capelas filiais e 2 associações pias. ~Iovimento religioso
em 1931: batisados 310 e casamentos 40.
l'uvondos {)riuciJ>ai~ - Belo 1\lonte, ,·ila, séde do município, an-
tigo po,·oado da Lagoa Fuuda, á margem esquerda do São Francisco, nn.s
proximidades da coufluencia do rio Pancma. T em cerca de 300 predios
c nma. população de 3.000 almas, aproximadamente. Batalha, centro al-
godoeiro, Riacho do Sertão e outros.
}t,innn~ns- A população contribuiu em 1931 com 25:207$000 pa-
ra as rendas estaduais e 11: 4.65$000 para as municipais. A contribuição
federal incorpora-se á renda arrecadada pela coletoria de Pão de As-
sucar .
C.\MARAGffiE
A fundação do município data de 1853. Para. os efeitos judic!a-
rios. pela reforma de 1931, foi incorporado á comarca de Sã•) Luiz do
Quitunde .
• upcrficie- 578 kms.2 .


,
-253-
,
Popula~ão- 31.366 habitantes, sendo 16.097 homens e 16.279 mu-
lheres, ou 54,25 por quilometro quadrado.
Clima - Quente e bumido; alguns casos de impaludismo nas
partes baixas do município.
Po. ição ostronomfca - 9° 14' 48" de latitude e 35° 29' 58" de lon-
gitude W. Grw.
.llinerais - Afirma-se existir uma jazida de carvão nos Morros
de Camaragibe, que foi objeto de estudos do dr. Fernandes Barros, ba
mais de 60 anos. Afirma-se igualmente a existencia de outros minerais.
Os folhelhos betuminosos afloram no seu litoral, denunciando o petroleo.
Energia hidraulic.a- A 30 kms. da cidade do Passo, o rio C:lma-
ragibe forma uma linda cachoeira, com força potencial de 7.425 H. P.
Vlnção - O município comunica-se com a capital, da qual está.
distante 62 quilometros, por estrada de roda-gem, havendo tambem co-
municação marítima e fluvial. Os seus portos principais são de Barra de
Camaragibe, com cerca de 45 metros de largura e regular profundidade,
con·espondendo a atual foz do rio que lhe dá o nome. Ao sul deste fica a
primith·a barra do mesmo rio, nos ::\Iorros de Camaragibe, excelente
abrigo interno, com perto de 350 metros de largura sobre 10 de profun-
didade. Por esses portos mantem o município regular navegação até a ca-
pital e Recife, por meio de pequenos veleiros. Por estrada de rodagem
eslã ligado aos municípios circunvizinhos. Tem seniço tclegrafico e pos-
tal.
In~tru~iio - .\ população escolar é avali:lda em 3.130 almas.
Existem no município 1 grupo escolar, denominado ":\tcssias ue G us-
mão ., , e 10 escolas isoladas mantidas pelo Estado. A municipalidade
mantem uma. Em 1931 estin'ram matriculados 1:33 alunos. ou 13 r·ú
da população em idade escolar.
CoH:c•rcin - O movimento comercial, no ultimo ano, acusou um
giro de 2.753:000$000. Sua exportação direta foi ue G3: 072~ 000 e a E=ua
importação montou apenas em 3: 228~000. O C'omerC'io é feito com a ca-
pital, para onde é exportada a sua produção e onde a população se abas-
tece.
.Atrriculturn - O imposto territorial, em 1931, alcançou 169 pro-
priedados rurais, cem uma area de 53.000 hectares e un'l \'alor aproxima-
do de 5.106:000 000. O município é essencialmente assucareiro, pos-
suindo excelentes terras para a cultura da cana, contando para es~a in-
dustria 3 usinas com um capital iJl\•ertido na exploração de 5. 100: UOO$.
c Gl engenhos banguês em pleno funcionamento. ~o litoral cuhiv<'.-sc
intensivamente o coqueiro, existindo atualmente 23.723 pós frutificanrlo
e cerca de 8.000 novos. Seus coqueirais produsiram, na ultima safra,
1.142.920 côcos. Sua produção agrícola foi assim calculada, em l9;n:
3.100 toneladas de farinha de mandioca, 150 de polvilho, 150 <lP rapa-
dura, 5.604 de assucar, 45.000 litros de aguardente. 10.000 de a!c:ool,
20.000 de alcool-motor, 30 de fumo, 10 de mamona, 140 de milho, 100 de
feijão, 11 de arroz, 310 de batatas, além de outras produções. O valor de
sua pprodução excede de 3.000: 000$000.
Indu ·trin - Existem no município, além dos estabelecimentos
assucareiros, 250 pequenas fabricas de !arinha de mandioca, 10 alambi-
ques, 2 fabricas de vinagre, 2 de artefatos de couro, e outros de menor
importancia. Sua produção industrial pode ser calculada em 500: 000$000.
l,ccunria - Calculas autorizados dão a seguinte população pe-
cuaria no munici pio: bovinos, 6.000; equinos, 1.800; asininos e mua-
r es, 300; caprinos, 500; ovinos, 2.000; suinos, 1.500, sendo o ,·alor des-
ses rebanhos estimado em 1.500:000$000. A produção de couros foi de
- :?5-l-

5.000 quilos. A produção dos rebanhos. dcdusidas as numerosas isenções


fiscais, ctn 1931, foi de 409 crias.
Atliculturn - Em 1D20 existiam 13 estabelecimentos de apicullu-
ra com 417 colmeias e uma produção de 9~1 litros de mel e 142 de cera.
Jh i<·uHura - No mesmo ano foram contadas no município 20.071
aves domesticas.
R<'ligião - A padroeira da fregnczia é K S. da Conceição, tendo
ha\'ido, no ultimo ano, G:.s batisados c 57 c-asamentos. Tem a frcguezia 7
templos, ü capelas filiais e 2 a~sociaçõcs pias.
PoYoados r•rindpai ~- Passo de Camaragibc. cidade, séde do mu-
nic:ipio, á margem do rio Camaratiibc 612 prc<lios tcrrcos e 6 assobrada-
dos. muitos ele moderna c bonita arquilcwra. A cidade. cuja fundação
data do srculo .XYII. t r.m c~sa categoria desde l SSO. Iluminada a luz ele-
tricu. ~olam-~c o r>elifir.io do t,rupo escolar ":\lcssias de Gusmão", o
lna•ro. a mrtriz, a polll" c1 ' <'i•ncnto armado sobr" o rio Cama-
I'agibc, o cais do porto. o Prefeitura c boas habitações particulares. Ma-
triz de Camara.gibc, :.1nti;a ,·ila. ~éde do :!" distrito judiciario, com 200
predios aproximadamente, quasi todos coloniais. Barra de Camaragibe,
Solcdade, rrucú.
}'irtan<:as Em Hl31 a contribui~ão da população foi a seguinte :
. .

Rendas l'edcra i c; • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 39:902~000


H.endas estaduais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 49:375~000
H.cndas munic·ipais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40:950$000

CAPEL_\

)fnni<:ipio <:rt•ado em j sno. Judic-iariamcnte incorporado á romar-


c·a de \· i~osa.
Su}tt'riid(• 5i~ lnus.z .
.Aititu1lt' - i ' metros t'lll C'a[Wla c lú em Cajueiro.
('l:ma C:crulmcnte saudaYel.
Jlic.Jro~rnfiu - O município é banhado pelo Paraíba, o mais im-
portante ao terriLorio. P pelos Satuba c Riachão.
Orograiia - Serras elo Bananal. Sobrado, P eriperi, Tronco e ou-
t ras.
I>o}mla<::io- 36.436 habitantes, sendo 1 .247 bomens e 18.189 mu-
lherr·s. ou 63,0 :~ habitantes por quilomctro quadrado.
Yinçü() - O município é servido pela Grcat. 'Veslern , com estações
em Capela, Cajueiro e Gameleira. Possue boas estradas de rodagem em
d ireção da capital, da qual fica distante 60 kms., municipio~ limítrofes
e poYoados principais. Diariamente, além das comunicaç-ões pela estra-
da de fer ro, ha serviço de auto-onmibus entre a capital e a séde do mu-
uicip!o, mantendo concorrt-ncia com a Great \Vestern. e serviço postal
com agencias em Ca.pela e Cajueiro.
Instru!:ão - A população escola r está calculada em 3.640 almas.
Além do grupo escolar "Torquato Cabral ··, instalado em belo edificio
proprio. o governo mantem 6 escolas primarias isoladas. lia uma escola
particular de primeiras letras. Em 1931 a matricula foi de 511 creanças,
ou 14 % da população escolar.
Comercio - O movimento comercial. em 1931, foi de 2.753: 000$.
A importação processada pela Coletoria Estadual, procedente de out ros
Estados, montou a 35: 55SSOOO, sendo de 4: 940$000 o movimento de ex-
portação direta. Seu comercio é feito com a capital e municipios circun-
vizinhos.
-~55-

.\gri<·ulturn - O imposto territOrial, em 1931, acusou a existencia


de 129 propriedades rurais, com uma area excedente de 45.000 hectares
e um valor aproximado de 6.665: 000$000. Município assucareiro, situa-
do na zona da mata e banhado pelo rio Paraíba, possue terras magni!i-
mas para todas as culturas especialmente a cana de assucar. Conta 2
grandes usinas, com um valor patrimonial de 3. 750 : OOOSOOO e 50 enge-
nhos banguês. Sua ultima safra foi assim calculada: 630 toneladas de
milho, 337 de feijão, 27 de arroz, 316 de batatas, 96 de algodão em rama,
227 de caroço de algodão, 15 de fumo, 9 de mamona, 6.363 de assuc::tr,
80.000 litros de aguardente, 30.000 de akool, 328 toneladas de farinha de
mandioca, 14 de polvilho, sendo consideravel a sua produção de fl'utas,
inllame, etc., de consumo local. O \'alor de sua produção excedeu de
4.000: 000$000.
Industrin - Conta o muni cípio 5 beneficiadores de algodão, 13
fabricas de bebidas, 3 de calçados, 1 de artefatos de couro, 1 de Yinagre,
20 a lambiques e outros estabelecimentos de menor importaneia para a
vida industrial do município. :\1cnc:ionam as estatísticas uma produção
de 1.500 quilos de toucinho, 30.000 de banha, 35.000 de couros diYersos.
Pecunrin - A popula~ão pecuaria do mun icipio está calculada,
em 1931, em 5.000 bovinos, 1.3:>0 equinos, 150 muares, 1.200 caprinos,
400 ovinos, 1.500 suínos, no valor ele 1.100:000$000 .
•b irultura - Em 19:?0 fora1u contadas no município 28.111 aves
domesticas .
.\piculturu - ~o mesmo ano existiam 123 rolmeias que produzi-
ram 33G litros de mel c 31 quilos de cera.
1t<'Iig·iuo - Freguczia sob a im·ocação d<> N. S. da Conceição.
J>m onclos print'ipnis - Capela, cidade, sédc do município, situada
á marg<.'m direita do rio Paraíba. com 610 predios tciTeos, muitos de mo-
derna arquitetura, um belo edifi.:io c~colar. matriz, Prefeitura, ~Iercado
Publico, eom scrYiço de ilumina~~o ektri(·a publka c particular. Cajuei-
ro, ex-séde do município, com cerca de •100 predios, i margem da linha
fcrrea, comercio muito desem·oJvido, iluminação elet1 ica. Riacbão, cen-
tro ~~i'icola muho im 1lOll<.~.n t~ . S:mta Efi 0 enia e outros
Finan~ns - A contribui~ão da popula~ão, em 1931, para as ren-
das publicas foi a seguinte:

Federal . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . .. . 1~ ~: 03~~000


Estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42:G00$000
Municipal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 41:3~lSOOO

CORURIPE
.
Município creado em lSGG, atualmente anexado, judiciariamente,
á comarca de São :\liguei dos C'3mpos.
Huperiicie- 1.038 kms.:t .
.\ltitutle - 10 metros na ~éde do município.
Posi~ão a tronomica - 10" OS' 00" de latitude e 36• 12' 21" de
longitude W. Grw.
('lima - Quente e humiào. A estação metcorologica da. séde do
município, em 1931, registrou HS médias seguintes: temperatura média
das maximas, 29,4; méma. das mínimas, 20.5; maior maxima, 33,0; me-
nor mínima 1:3,9; hum idade relativa, 82,9; direção predominante tlo
vento SE; nebulosidade, 5,1; chuvas: numero de dias 195; maior chuva
em 24 horas, 39,í m i m.
IIidt·og·ra!iu- O territorio é. banhado pelos rios Coruripe e Fran-

...
-256 -··

cisco Ah~es, o primeiro navegavel da foz até a cidade. Contam-se no mu-


n icípio as lagoas Jiquiá, Poxim, Guaxuma, Santa Luzia, Pescoço e ou-
tras.
Populn~ão - 20.566 habitantes, sendo 9.669 homens e 10.879 mu-
lheres, ou 19,94 habitantes por quiloonetro quadrado.
Vin{'ÜO - Conta o municipio dous pequenos portos marítimos, o
Pituba, na foz do rio Poxim e o Batel, em frente ao rio Coruripe, numa
enseada (!ue oferece ancoradouro regular a embarcações de pequeno ca-
lado, que fazem a navegação até a capital e até Penedo, regularmente. O
rio Coruripe oferece ainda viação fluvial. A viação terrestre é fei-
ta em estradas de rodagem, na direção da capital, da qual a séde do mu-
nicípio está distante 152 kms. c dos municípios circunvizinhos. Tem ser-
viço telegrafico e postal.
Jnstru~üo - A população escolar está. calculada em 2.050 crian-
ças. Poss~te o município 9 escolas de primeiras letras mantidas pelo Es-
tado, 1 municipal c 1 particular. :-\o ultimo -ano letivo matricularam-se
377 alunos, ou 18 r; da população escolar .
fl('ligiüo - Freguezia sob a im·ocação de N. S. d:l Conceição, su-
bordinada ao bispado de Penedo. Em 1931 teve o seguinte movimento:
544 bati~ados c 104 casamentos. Conta 1 templo, 13 capelas filiais e 3
as~oc:iações pias.
Ctlmerciu - Em 1931 o mot'imenlo comercial montou a ..... .
2.-1!17: 000~000. O seu comercio é feito com a capital do Estado, por via
marítima, principalmente, quer para a exportação, quer para a impor-
ta\ãO .
.\.g-rirultura - O territorio do nmnie:ipio está no vale fert ilissimo
do rio Coruri pc, onde existem as melhon•s terras do Estado para a cul-
tura da cana. O imposto territorial, no ult imo ano, contou 88! proprie-
dades rurais, com uma arca a.}H'oximada de 20.000 hectares e um valor
de 3.000: OOOSOOO. G1·andc produtor de assucar c cana, conta o município
53.9:50 COJUci!·os frutíferos. Po~sue uma usina de assucar com um valor
pa lrirnrmial de 2.GGO: 000~000 e H engenhos uanguês em pleno funcio-
namento. A sua ultima safra agrícola foi assim calculada: 7.530 tonela-
Ja.s de assucar, 23 ele rapadura, 106.155 litros de aguardente, ~6.f>07 de
alcool pota,·el, 15.50 de alcool-motor, 32 toneladas de algodão em rama,
100 de caroço de algodão, 30 de fumo em corda, a74 de milho, 60 de feijão,
!!55 de arroz, lfiO de l>atalas, 380 •lc farinha ele mandioca, 12 de polvilho.
383 de café, 2.158.000 cOcos, além de grande produção de frutas e outra3
cultut·as, no Yalor aproximado de 3.500:000$000.
Iudu!-!fria - Conta o município 190 pequenas fabricas de farinha
de mandioca, 10 de bebidas, 3 salinas, 2 fabricas de artefatos de couro,
2 de oleos, 4 de moveis. A industria de pesca é das mais importantes no
município, praticada pelas colonias de pescadores Z 9 e Z 10, denomina-
das, respectivamente, "Homero Galvão"' e '"Castro Azevedo''. O valor
da produção industrial excede de 800: 000$000.
Pecnal'la - Existem no município 94 criadores e a seguinte po-
pulação pecuaria, aiTolada pelos recenseadores federais de 1920: 16.839
bovinos, 4.572 equinos, 233 asininos e muares, 3.952 ovinos, 2.102 ca-
prinos, 3.515 suinos, no valor de 5.079: 000$000. Em 1931 a produção de
banha fo_i de 3.000 quilos, a de toucinho 15.000 quilos, a de couros 2.260
quilos e a de peles 173 quilos. O arrolamento da produção do gado, para o
lançamento do respectivo imposto, em 1931, deduzidas as isenções fis-
cais, registrou 411 crias.
A.v!culturn- Em 1920 existiam no municipio 29.113 aves domes-
ticas.
-25í-

Apirultura - A criação de abelhas, naquele ano, era feita em 64-


eslabclccimentos com 813 colmeias, registrando-se uma produção de
2.í07 li tros de mel e 288 quilGs de cera.
Religião- Freguczia sob a invocação de~- S. da Conceição, pcr-
tc.JJccnte á. diocese de Penedo, com 1 templo, 13 capelas filiais e 3 asso-
ciações pias. O moYimento religioso do ultimq ano registrou 5-14 batisa-
dos c 104 casam entos.
Pontn~õf\:o: I,rint'i}mis - Coru ripe, cidade desde 1892. séde do mu-
nic-ipio, á margem esquerda do rio Coruripe, distante do porto marítimo
cerc·a de G kms. E' uma linda cidade, com 626 predios, a lguns de bom as-
J>Cf'l o e solida construção, iluminada a luz eletrica. Poxim, an liga vila,
decadente; Camaçari. rom uma importante usina assucareira, muito
Í"! ·1rcso; Agua de ~Icni nos c outros.
Finnn<:n~ - Em JH:n a c·ontribuiç.:ão da popul a~ão para as ren d ~ s
publicas foi a que se segue :

Federais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . íG:l 00$000


Estaduais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . :~-k 3~!)$000
1\lunicipais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :1-1: 3(j, ~000

IGllEJA XOYA

'f\Iuni cipio creado cru 1 90 c judiciariamente 11ertc>ncentc á ('Otnar-


ca de P enedo.
SUJ)f\,ffiri(' - '36 l\Jll 5.:!.
Alfituci(' - 35 metros.
Po}nt1u~ãu - ~1.4 G habitantes, :cndo 10.~93 hoDH·ltS e l J .l!t1 mu-
lheres, ou 25,70. habit a n tes por J;;ru.!!.
In. tru~iio - A populaçã o escolar cslú. calcu lada ('In ~.170 crean-
<:as. Contam-se 12 PRC'Ola~ primarias nas quais se mat:-irularmn no ulti-
mo ano 2í2 alunos. o u 1~ '; da !)Opulat;ão escolar .
Yin<:iiH - Comunica-Re com a capital , via Pen<>tlo. pelo rio São
Franeisco, l1avendo tnmbcm e~trada de r odagem. Di~ta da. capital 187
quilomctros. T em sen·iço telegrafiro e postal.
RcJi;.dão- Frc~uczia pertencente ao bispado de Penedo. sob a in-
voc·tH.;ão de ão João Hati~ta. c·om uma Ordem 3", 1 templo e :!0 capelas
filiais. O movimento r eligioso do ultimo ano foi o !-'Cguime : 691 batiR'l.-
dos e 101 casamentos.
fom<'r<'io - O gi ro comercial do nllimo ano montou, se~undo as
rrspectivas deC'larat·Õcs, em 65(1: 000Sfl00. A exporta<-ÜO direta foi de
42:351$000. O comercio l- quasi todo feito com a pra~a clP PC11 eclo .
.A!rriculturu - Estão arroladas no município l.~~ í p1·opriedades
rurais com um valor de 1.802 : 000$000. No ultimo ano a~ricola a sua sa-
fra foi assim calc·ulacla: 9 toneladas de café, 150 de farin ha de mandioca,
~ de polvilho, 289 de milho, 1-17 de feijão, 1.995 de arroz. ~10 de ba tatas,
72 d e algodão em ra ma , 210 de c·aroço de algodão, 16 de fumo, 22 de ra-
paõura, 3.000 litros de aguardente. no Yalor aproximado de 1.800: OOOS.
Indul'trin - Existem no municipio 2 alambique:; para a.~u::trden­
tc, J pequenos engenhos de assucar. 25ü pequenas fn.br ic?s de farinha de
Eandioca, 1 descaroçador de algodão, 6 fabricas de bebidas, ~ de ca lça-
dos. 2 de artefatos de couro. Registrou uma produc;ão de íOO quilos de
sola c 580 de couros cortidos .
Pt>cuuriu - Existem no município. aproximadam"nte. 11.000 bo-
vi nos, 2.000 equinos, 3.000 muares e asininos, 4.000 caprinos, 3.000 ovi-
nos, 2.000 suinos no Yalor de 1.900:000$000. A prod ·1~ão elos r ebanhos
-258 -

apurada em 1931, dedusidas as isenções, foi a seguinte: l.lSS bovinos....


16ü eqninos, 19 muares, 623 caprinos e 529 oYinos.
I )oyoados pr indpais - I~rej3. NO\'a, antiga povoa~ão do Oitizei-
ro, Yi1a, sédc do município, situada ~ margem da lagoa Doacica, a 30.
l{ms., da cidade de Penedo, com 3 O predios; Salomé, centro agrícola e
criador .
l~in~n<:as - A populaç-ão contribuiu, em 1931, para as despesas.
publicas com as seguintes verbas:

Rendas federais . . . . . . . .. 7:0002000


ncndas estaduais . . . . . . . .. ~5:~31$000
Uendas municipais 13: S5~.'000

J"CXQ\;EIRO

::\hni ipio crC''ldo pela Lei n. 37!>, de 13 de junho de 1903, judi-


ciarimnente pertencente á com:1rca de Coruripe.
:o;tqH':O! ic•it' - 4, 7 kms.:!.
Hh!ro.:mi'i:: -O tcrritorio é banhado pelos rios Coruripe e Piauí.
Clima - Excelente.
Populn~·ão - 12.787 habitantes, sendo G.1S•1 home:ns e 6.603 mu-
l hrrcc;. ou 26.~5 habitantes por km.:!.
Yi:'<:fro - C~munica-sc com a C"'rital, da qual C3ti distante 14~
Jm1s., pnr c~.tracln de rodn.~em, com a <i(~:ule d~ PcnLuo e outros mun i~"i­
pios. X:'o tem scrYigo tclc~r<tfico. Tem !-'cn·:<;'o postal .
fn,tn::•·i n - ·\ POl>ul:tcão c~co1ar é de 1.1!>0 dmns. Rxistem 6 cs-
col'l~ ck p1 in. ei ra!; I !~ras maytti(!as pc!o ~ovcr;to cl') Est~do, nas nT''is
c~tiV"'1 r 111 matrirul:ldcs no ultimo ano lcti\·o Hll crcr.nç::~.s, ou 1G í·ó da
popula\ÜO c~colar. ..
J~c·F:.: ;fio- Frcguczia ~ob o p:ttronato da Di\'ina Pa~tora, pert"'n-
cr~ltc 7i (ii\r·C'~~ ele Pencc1o, com 1 templo, 5 cnpelr.s fili:1is c 5 associ3.-
rõr~ ph<:. \Iovimenro re!igio::o: ~1'\3 batisadoc; c 4! rar.:uucntos.
l'•ntH'r<·!n - O giro comcrcirl, em 1931, moatou a 300:000$000.
feito c ·n " pr<>.ga de I\~n~do c m n (·i pio~ circum i:..inhfJr. .
.\t!;rlc1Ilturn - Estio arr... laclas 'tO município 7GS propriedades
rurL1 is l'O vale r de 86!1: 000$000. A prodn':ão p1 incipal é algoc5o. _~a nl-
fim:t ~afra a produção L1gric:ola ~cn~n. os totais seguintes : 200 toneladas
d<' rnp::dm"'. · O de assuea r. -~ <lc "1godão. 200 de carO':O de algodão, ô
c~ c fumo, :10S ele milho, 1 ~·1 d~ feijão, 16 df' arroz, 11!) de batnta5:, 2·!0
de farinha uc mandiora, 11 de polvilho. 35 <lc café, no v2.lor de 850: 000~-
Pc(·ttni"in - Cakulo do reccnsearncnto federal d" 1920: boYi!lOS
5.571, equinos 611, asin inos c muares 103, ovinos 1.351, caprinos SS7.
suínos 511, no valor de SOO : OOOSOOO.
I1 da~trin- Carecem de importnncia as cxi -;..entes no município.
Povor.do::; 1 rindpais- Junqu"'iro, vila, séde do mu-:1icipio, 5· ~~.::- ­
elo á margem esquerda do rio Piauí, com 250 predios todos terreos c cer-
C:l d..! 1.500 babitantes.
l'in:n~ns - A arrecada~ão dns rendas publicas, em 1031, acusa os
totais seguintes:
Rend::t fede;:·al ...... . . . . . . . . . . . . . . . .. . 7:000$000
Renda estadual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10:683SOOO
Rench municipal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11: ·197$000
-259-

LEOPOLDIXA

Jlunicipio cre!ldo em 1901 e judiciariamente pertencente á comar-


ca de Porto Calvo.
SuJ)Crficie - 460 1\ms.!!.
_\Ifitude - 155 metros na séde do muuicipio.
('limo - Jiuito salubre.
Ilitlro{!rnfin - Banham o territorio os rios Taquara, Jacuípe,
Manguaba e J!anguabinha.
Orografiu - Serras principais: Teixeira, Gavião, l\lo~as e São
3oão. •
Populnçãu - 31.G04 habitantes, sendo 15.467 homens e 16.137
mulheres, 68,69 habitantes por kms.:!.
Yinc:üo - A séde do municipio dista da capital 136 kms. e com
ela se comunica por estrada de rodagem. A estação da estrada de ferro
t}ue lhe fica mais proxima para a capital é a de São José da Lage, com a
qual se comunica por estrada de rodagem. Não tem seniço telegrafico.
Tem serviço postal.
Iu~tnt~iio - A população escolar eslá calculada em ~.142 crean-
9l-S, para as quais, no ultimo ano letivo, existiam apenas 3 escolas r.e
})rimciras letras. Esth·cram matriculados 99 alunos, ou 3 '; da popula-
dio escolar. E' o municipio onde a instrtt<:ão está menos dissiminada.
Comercio - Em 1!>31 o movimento comercial, segundo o giro de
dnrado ás exatorias, foi ele 69;;: 000~000 . A importa~ào montou n.
2~G: 679$000 c a P:xporta<::ão a 265: 71·1$000. () comercio é quasi todo feito
com a praça do Recife c municípios limitrofcs.
Agri('ultura - 1\Iunicipio assucareiro, situado na zona da mata.
possnt? as melhores terras para a cultura da cana de assucar e outras la-
"V01Irag. Conta 1 usina de as:sur·ar, 13 engenhos, 4 alambiques para a fa-
bricação de aguardente. Em 1931 a coletoria estadual anolou 190 pro-
priedades rurais no valor ele 3.435: OOOSOOO. ~o ultimo ano agrícola as
suas safras acusaram, aproximadamente. os totais seguintes: G59 tone-
ladas de café, sendo a cxislcncia de cafeeiros, em 19~0, avaliada em
21G. ~;;o pés, 1.200 de farinha de mandioca, 160 de goma de mandioca. 183
de milho, 487 de feijão, 52 de arroz, 31~ de batatas, 20 de algodão, GO de
caroço de algodão, 12 de fumo em corda, 31 de mamona, 166 de rapadu-
:ra. 4.200 de assucar, 5.000 litros de aguardente. O valor da sua produção
excede de 2.500:000$000. O município é riquissimo em malas.
Inclustrin - Além da induslria assucareira, as demais carecem
-de importancia.
Peruarin- O recenseamento federal de 1920 contou no município
4.733 bovinos, 2.461 equinos, J .322 asininos e muares, 2.189 ovinos,
2.202 caprinos e 1.320 suínos. no valor de 1.146:000$000.
Aviculhn·n- Em 1920 existiam no município 19.906 aves domes-
ticas .
.Apicultura - Os recenseadores federais de 1920 contaram 20 es-
ta.:. lccimentos de apicultura com 42G colmeias, que produsiram 653 li- I
'tros de mel e 67 quilos de cera.
Povoados principais - Leopoldina, vila, séde do município, anti-
ga colonia militar, junto ao rio Jacuípe, com cerca de 250 predios; Ja-
cuipe, Taquara e Munguba.
Finnnc;ns - A população concorreu para as de!)pesas publicas~
em 1931, com 52: 664$000 para o Estado e 25: 417$000 para o municipio .


-260-

LIMOEIRO

Municipio fundado em 18 '2, pertencente, judiciariamente, á co-


marca de Anadia.
Superlicie- 1.032 kms.z.
Altitude - 46 metros na séde.
flirnu - Geralmente muito saudavel.
}Iiueruis- Está mais ou menos constatada a exlstencia de ferro
na ser ra dos Veados e depositos de hematite magnetico em varios pontos.
l,otmla ~ iio - 28.582 habitantes, sendo 13.184 homens e 14.741 mu-
lheres, ou 27,69 habi tantes por km. 2 • •
Vi:u:üo - A séde do município dista da capital 151 kms. e com
ela se comunica por estrada de rodagem, existentes tambem na direção·
de seus povoados principais e muni<:ipios circunvizinhos. Tem serviço
t elegrafico e postal .
Jn~tnu;»o - A população escolar é de 2.850 crianças, existindo 9
escolas primarias, nas qua is estiveram matriculadas no ultimo ano leti-
vo 291, ou 10 ( ( da população em idade escola r .
]{('Jj g ião - Freguezia sob o patr onato de ~. S. da Conceição, per-
tencente á. diocese de Penedo, com 1 templo, 13 capelas filiais e 2 asso-
ciações pias. O movimento religioso, em l 931, fo i o seguinte: 1.111 ba-
lisados c ~36 casamentos .
('omE'rciu - O g iro comer cial, segundo as declarações feitas pe-
rante a re~pecliYa coletoria estadual, foi de 671 : 000$000. Seu comercio
é feito com os munic:ipios limítrofes .
.\::;ricultum - Estão arroladas no município 950 propriedades ru-
r ais. no Yalor aproximado de 3.2i7 : 000$000. A sua produção agrícola
foi a seguinte: 5 toneladas de rapaduras, 6 de assucar. 6.000 lit ros de
aguardente, 297 toneladas de algoàão em rama, 700 de car oço de algodão~
18 de fumo, 39 de mamona, 1.177 de milho, 2 de feijão, 202 de arroz, 275
de batata~ . ~.:lí)O de farinha de mandioca, 20 de poh·ilho, 39 de café, no
yalor aproximado de 1.500 : OOOSOOO.
J;ulusiria - A induslria principal do mtmicipio é o benefic-iamen-
to do al;•tulão. i~ara o que exi~tem 3 estabcl<:>ciutentos. Contam-se mais
~ alamh iftHC!-'. :~:!fi pcqu('nas fabricrrs de fa rin ha de mandioca, 17 peque-
nos cu~<~n ll o!-', :: l ~!bricas de lpblda5. 4 de c:llcadol", etc. O mun icípio ex-
plora .{-inclmnria de couros e peles, sendo a st~a ult ima produção calcula-
da em 1 O.SO:l qnill'S, ~.000 de soh e 1.000 de couros cox'tidos. Sua produ-
ção inclm·tl'ial excede de 500:000$000.
J>E•r·t::n:a - Ern 19:.?0 contaram-se no municipio: 17.231 boYinos.
4.506 t·qn inos. ·l li- a;;.inino!-i c muares, 1i.464 ovinos, 2·1.476 caprinos,
9.132 sn i no~ uo v,,lor de 4.234 : 000.'000. A industria pastorial produsitt
~ . 000 quilo.~ clf' 1 ,ucinho e 4.000 de b:mha de porco .
.b i(·u lt unl - Em l!l20 existiam 6ü.106 aYcs tlomcsticas, sendo
5.J..28í galinh:1s. H.i50 perús e 2.069 patos .
• v lrnli ura - ~os J 30 estabelecimentos exi:;tcntes em 19~0 cou-
tar~nH;e l. Gül1 cnliueias que produsirnm 4.999 litros de mel e 952 qtúlos
de cera.
l' cn tHHlll ..; vrindp:' is - Limoeiro, Yila, séde do município, funda-
da no 111eiado do ~ ·'Clllo XIX. situada á. margem esquerda do rio Coruripe.
muit o sandavel. ('C\111 cerca tle 2~0 predios. A povoaç:ão não dá uma idéa
da riq11 cza do município. Cana Dl a\·a. centro algodoei ro ue mui ta impor-
tancia. etc .
F il~t• •":;: .. - Em ln31 registraram-se os totais seguintes:
n en<laS f.;rlPraiS .. , , , . • . , 10:000$000
-261-

Rendas estaduais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20:647$000


Rendas municipais . . . . . . . . . . . . . . . . .. 12:815$000

MACEió

Município creado em 1815 e inaugurado em 1817. Comarca desde


1833, atualmente com 3 Yaras de direito e 6 distritos judiciarios.
Soperfieie - 366 kms.2 .
Altitude - 4,50 metros acima. do nivel do mar, na parte baixa
mais proxima da. orla marítima e 47,80 metros no planalto do Jacutinga,
onde está edificada a cidade alta.
Posi~ão nstronomlcn - 9• 39' ~O" de latitude e 35• 42' 30" de lon-
gitude ~v. Grw.
CHmn - Quente e humido. As observações meteorologicas em
1931 apresentaram as médias anuais seguin tes: temperatura centigrac!a
á sombra- maior maxima, 32,õ ; menor mínima, 18,6; média das maxi-
mas, 30,5; média das mini mas, 24,3. Hum idade do ar- tensão do vapor,
média anual, 18,9 ; h umidade relativa, média anual, 76,7. Chuva em m / m,
média anual 107,3; maxima em 24 horas, 71,3.
Hidrografia - O município é banhado pelos rios :\Iunda.ú, :\Iaceió,
que divide a cidade em dois bairros, Jacarecica, Doce, e outros. A lagoa
do Norte constitue um dos seus mãis importantes acidentes geografico!=l.
)Iinernis - lia muitos anos que se vem falando da existencia.
de jazidas petrolifcras em ~lagoas , e desde o Imperio que geologos es-
trangei ros por aqui passaram c fizeram estudos no litoral alagoano, no-
tadamente em Riacho Doce. a 13 quilomctros da capital. Tratando-se
porém de um minerio de dificil exploração, deYiclo á maquinaria e ;is
grandes despesas C'Om as suas pcsquizas, e~se problema tem firaclo retar-
dado, como cifra em branco na economia de Alagoas. As explorações do
engenheiro r omaico J osé Baeh foram. de certo modo, co nvincentes .
Não dispondo entretanto de capitais para montagem do aparelhamento
n eccs~ar i o ás pe~quizas mais profundas. o malogrado engenheiro fez co-
piosa xtração de chisto betuminoso e di~tilo u- o, obtendo um excelente
combustível. Mais tarde o Serviço Geologico c :\fineralogico do Brasil,
despertado por essns mesmas pesquizas, fez estudos mais demorados e
procedeu a sondagens, as quais, por não serem, talvez, bastante profun-
das, não deram resultado. Picou contudo constatada a e:--istencia de as-
falto e outrr.s materias denunciadoras de lençóes petrolíferos . ..-\s aflo-
raç.:.-es estendem-se por todo o litoral. principahllente no município rl:'t
capital, nas margens <lo riacho Doce. Para exploração mctodi,.~ c inten-
sh·a dessa rique7.!1 está organizada a CO:\!P_\~HIA PETROLEO XáCIO-
NAL, S A. Os terrenos onde se enc·ontram O!=\ Yeementes indícios super-
ficiais do pelroleo, no município da capital são de formação terciaria.
justamente como os em que atualmente existem os poços explorados d:t
California, :\Iexico, Yenc::ue!a, Rumania. Persia, etc.
l'opLh:<:i'iu - L' de 10:1.93' 1 \abi anv~s a populac:ão do municipio,
segundo os calculos do Depart'lmento ).Iacional do Comercio recent()-
mente divu l ~ados. Desse total ·l8.9GS indi\·iduos ~ão do sexo masrulino
e 54.932 do feminino. A população da zona propriamente urbana é esti-
mada em 80.000 almas. A população relativa apresenta um coeficiente
de 283.96 habitantes por km.::!.
H{'lip:iüo - ~o município, como em todo o Estado, predomina a
Religião Catolica. :\Iacció ú séde do arcebispado de Alagoas, crendo !)Or
derreto consislo1: ll de 3 de fevereiro de 1920, compreendendo os bispa-
dos de Penedo e Sergipe. O município está. dividido em quatro freguezias:
-262-

a de :\. S. dos Prazere~. a ele !'\. S. das Gr~ç:as, a de Santo An tonio e a de


N. S. l\Iãe do Povo. Essas freguezias contam 27 t emplos, sendo deles os
mais nota v eis, a Catedral e a ig reja do Dom Jesus dos :\lartirios, ambos
pertP.nce ntcs á freguezia de ~- S. dos Prazeres, 23 cape1as filiais, 28 as-
sociaç·õcs pias c 5 irmandades. Ko ultimo ano o movimento relig ioso das
quatro frcguczias, sem contar com o das capelas filiais, registrou
2.031 batisados c ~54 casamentos. O protestantismo, que muito se tem
<•'- •. ·;r,>·f.:o n" "'~I' i <11. (O•ttn 2 i~r"jas c numerosas filiai s .
.\ :• <>dn!.:i'j<·~ - O movimento associativo na capital compreende
associa_ç-ões cic, tificas, lil,-rarias, beneficentes, cooperativistas, filantro-
]Jiras. mac;onicas, cc::portivas, de auxilio mutuo, de classes. etc. O Insti-
1uto Hi-.torie!t d(' AJngon~ l' a 3.ssociação ·C"icntifica mais antiga e impor-
tante do Estado. Data de 1SG!l, funciona em prcdio proprio, mantendo
um=t ma:.ç:i•'icr- billio 1 cr·a., t m ~xC'elcntc museu ~tno~i·afi co c de historia
natural, nmncro:as c importantes documcnta~õcs historicas, ctr. A ~ o­
<"i C'Iln tle de )IccUci:m e ('irurgin, embora de fundação recente, se tem afir-
m ado á considcra~ão do mundo cientifico pelos seus trabalh os. A Acn-
' !(•r i·• \ lq:n:w~ fi(• Lf·1rn~•• c·olll or~aniza<,:ão semelhante á. sun. congenere
Drasilcira. é a mais importante agrePliaç-ão litcrarin. do Estado e r eune
os espocn cs d lS !Jose:~~ lt.!tras c da nossa erm1icão. A Jssori11~iio {'om4'r-
d a t de )tllc.r ic). po~~uc o mais magcrto~o edifício do Estado, senão do
norte. A Sn<'h:d;ule i>er;o;P~ erun~n e .\ uxili•l do-. Em!Jreg-n l os no Come't"-
c·iu, fnnr·ionn t[lirbem em lincl0 p:tl<H'::>fC' proprio, c possue excelente bi-
uliote<·a, ma.gnifi<.o museu. al ·m dP manter a Ac:-t.demia de Cienrias Co-
m erciai:, ele Alagoas . . \ Pr('\" i !rneh1 .\Ingo:mr. . sociedade de n.uxilios mu-
tuo~. tPm um p::urimouio de 2 t 7. i·:. no c jü distribuiu auxilias a os seu c;
as~od:Hlos no 'alor de ~ . S1: OlS:~!lOO . O tm:tHutu c1): Ordt'm c~n~ .\.fho-
~nd n,, fund:Hh em lJ l :). clfJ:>tin"'-St? ao cstmlo do di reito em gcr~l e das
n:fon!1:1 ; que c1 n;cm ser introtlt~idDs na ln_~i~1ac;~o brasilci1 a, particu-
larrn ~ulc nn. do Estado, con~nnclo ~~ c;o<"ios em :n de dezembro. , oc·icàa-
,•e c;!! :~~!-i, :: •• · . ,, \ ln_ :.LL•, fuiHbd·) em 1901, trata dos interesaes dos
pr~.: i~s:~:-. ::, (::l n._g •·ic:ul; U!':t c industrias rurais em s ua mais ampla acc-
P\J.O c conta 1G7 ussocit!clos, mantendo o Sindicato Agricola de Ala.gon.c;
<omo um dos se ns or_;!üos. pcrticularmcnte sob o ponto de Yista comer-
c-ia l. ~Jontc1:in flo-. .\rtbt.a.....\.hlg-o:! ~H>:.:. ftmtiado em 1883, tem um patri-
lllonio de 80 : coo~-:ooo . difml(JC a inslruç:ão entre artistas ~ oper:nios, con-
tando em 31 de de?.cmbro SO:> ~oc-ios efet h os, 15 bcnemeritos, 65 hono-
rarios c 7 correspondentes. :!'Iontc11io flo~ Scrv!dol'c~ tlo Estnclo, funda-
elo em 1 ~7!) para socor ro ás fami!ias dos funC'ionarios estaduais, quando
<'Stcs falecerem, com um patrimonio de 420: 850')000 c 1.103 :tssociados.
S ão numerosas as as!;ociações de todos os generos que funcionam na
capital, proporciona ndo beneficios aos seus associados e á coletiYidade
em geral.
Jmjlrcn sn- Circulam diariamente na capital 4 jornais, 2 Yesper-
tinos e 2 matutinos. Periodicamente circulam diversos.
Instru~ão - A população escolar está avaliada em 10.390 crean-
~as. O ensino primario é dado em estabelecimentos mantidos pelo Estar
do e em escolas e cursos particulares. Funcionam na capital 6 grupos
escolares e 125 escolas e cursos de primeiras letras, dos quais 33 manti-
dos pelo Governo estadual. No ultimo ano letivo estiveram matriculados
nessas escolas e cursos 9.273 alunos, ou 98 % da população em idade es-
colar, o que r epresenta uma porcentagem talvez sem exemplo no paiz.
O ensino secundaria é ministrado no Liceu Alagoano, instituto mantido
pelo Est~do, equiparado ao Colcgio Pedro II, na Escola Normal c em
numerosos estabelecimentos particulares, dos quais o mais importante
é o Colegio Diocesano. O en&ino profissional é dado na Escola de Apren...
-263-·

dizes ..\rtifices, na. Acn.ucruia de Cienciac:; Come·r ciais de .\lagoas, no Se-


minaria Diocesano, na Sucursal da Ec:cola de Comercio do Rio de Janei-
ro. no Orfanato de S. Dom ingos, no Asilo das Orfãs, no Aprendizado
A~icola de Satuba e muitos outros estabelecimentos particular es . Fun-
ciona na capital umu. Escola LiYre de Direito. de reccnle funda~ão.
:.'tfu~cu~- Conta a capital 2, um mantido pelo Instituto IIistorico
de Alagoas c outro pela Sociedade Perseverança e Auxilio dos Empre-
gados no Comerc io.
llihHot<~c~s - As duas citadas associações mantem bibliotecas
franqueadas ao publico .
•hsi.,.fNl<·!n - Alim dos serYiços oficin.is do Departamento de
S..1.nde Publica, mantido pelo E~tado. e da Comissão Rochcflellcr, exis-
t em os seguintes : Hospital de Caridade, :\Iaternidnde Sampaio !'llarques
e A~:ilo ele :\ícndicidacle, mantidos pela Irmandade de São Vicente de
Paula e la.rgamen tc suhYcncionado pelo po,·o; A~ilo de Santa Leopol-
dina, para loucos, instituto estadual; Orfanato de S. Domingos, instala-
do em grande c s untuoso edifício proprio, com capacidade para du:!entos
cdtt"'<''l~o:o. n.nntt'Jf'o clh''l"'"!' 01ic;l~l~ • u·I.i=-tr<:ndo ~~o:-:; int·rn'llos
cducac;f~o intclectn'll c mo .. 1; Tn~titnto ele " s~is~enc~a e Prot"c;f.o i In-
fanci<l, co:n tres dispens~rios frcqu"ntados diari~mC'nlc por ccute!lns de
crin.nr.:s c st"rvi~os completos de as~istcncia ini~mil; A~ilo cb"' Orfis
D cs;·alichs, bencmerila instituic;!io fJile recolhe at.m lmC''ltc mais de ~00
mcn!n::?s. com uma su ursal na cicladc de Alago~s: .\silo do Dom P~::r•or
d estinado á rel5encra<:io moral de mulheres; Escola Domestica. Im1cu-
lach Conceição para a ecluc~c_:ão dome::-tica de menin~s pobres; .:\::sistC!l-
cin aos 0:cce~~it:::.dos · C'ol0:1 ia. de :\Icn<ligos, etc.
('<'mí'r<'.io - Em l!l:il o 1110\'Ílll'!lltO cm~~crci: 1 <!.., C=''"'i· ;I p1ontou,
se.~undo o lat~c;amcnto do i lllilO~to de in<lusti'i:l c p1·ofir..são, a ..... .
124. 0-!S: 000$000. Foram ; rnportallas ~5.SII5 ton0l:ldas de morc"H]orias
diversas c cxporta~.l:ls SG. n J. no Yllor ele 11:!.:?.3-!: OOC•$0'\0. runc:on'l.lll
na c:1pit"l sc>•c bancos, que fizeram um movimen._o rlc R0.120 : 000$000 .
Dunutc o ultimo ano entraram no porto de Jaragu:i ;)31 emh<'rca~ões a
va ro!·, das quai:; í: cstruni;<'iras, c 1.139 :i YC1a, com um~ tonclat;"'m ele
re::;istro de 1.010.041 lOn"'l •elas ..'\ ren la lo. AliatHlc;;a t!e :\Iacció foi de
2A23 : 17u~OOO, pap"l, c 1~1:917:'000, ouro.
At;"r·iculturn - O ultimo lançamento do imposto ter~·itori"l ar--n-
l ou ·HG propriedades rura!~ no valor de 3 . 5SS : GnO~OOO. Co~lt:l o l'!tP1i~i­
pio S engen!to5 de as~ucar.• ·? ultimn ~:..! 1 ·n. ., protlu:;ão foi r sc ...~uinl~ :
1.4:>2.6-!0 côcos. colhidos em ;)G.S·!l <'O'J'l' iros. r.endo o numero de r~­
queiras noYos d e l:>.or !.' ; ~! tm.H~Ia.das d"' cnf \ 530 d' fa!·inbo. de 1:l:ll1i.lio-
ca, 20 de Jl01Yilho, 5 ele milho, ~7 de f"ijão, 21 O de batatas, 1.612 de n.ssu-
car c 3.COO li ros de aguar l·"ntc, no ,-alar a.pro.·imado de l.Ot' : OOC')OOO.
Jr.•!::..,•··in - Existem no município : 3G fabricas ele bebidas, 32 ele
ca!('::tclos, lS de artefato~ de couro, 1 de o',ietos ele adorno, 1 de mo~o.ico,
2 dé confeitos, 1 de ci;arros c charutos, 4 c!c sabão, 4 de gelo, 8 de perfu-
fcs, 3 ele massas alimenticias, 4 de consen·as di\·ersas, ~O de ' 'innõrc, 13
de café, 17 de moveis, ~ ele sabonetes, 3 ele tecidos, 7 de cha peos, 5 de es-
pecialü.In.des fo.rma.ceuticas, 1 de bcngal~s. 2 de oleos, 5 de colchões, 2
de vassoura!', 1 de artigos de cimento armado, etc. A produç2.o indus-
trial do município excede dn 30.000: 000~000.
Pc('un~in - O recenseamento federal do gado, em 1~20, apurou :
3.578 bovinos, 910 equinos, 159 asininos e muares, 850 ovinos, 3~1 ca-
prinos c 719 suínos, no valor de 678: íOJ~OOO. O serviço de al>=tstccim~n­
to de carnes Yen: s á popula~Iío está a cargo do :\1atadouro 1\Iodclo, cs-
tabclec:mcnto part icular, ir.~t:.t.lado com a u ecessaria aparelha~el.!l I!lO-
- 26-!-

dcrna para o fim a que se destina. Tenninado o praso do contrato para


a explora~·ão particular de::se SPrviç-o o Matadouro )1oclelo passará a per-
tencer ao município. O gado abatido na capital é todo ele procedente do
interior do Estado. No ultimo ano foram abatidos para o consumo da
c·apital 4.785 bovinos, 2.G55 suínos, 1.342 o,·inos .
Yi:1~ão - A capital c·omunica-sc com o paiz c o estrangeiro por
'ia marítima, pelo excelente ancoradouro de Jaraguá, e por via aerea.
Aindn por Yia maritima comunita-sc <·om os mnnieipios de :\{ara~og í,
Porto de Pedras, Camaragibc, São Luiz <lo Quilunde, Alagoas, Coruripc,
São :\Jigtwl do~ Camr1os c Prnerlo. Tem comunicaç-ão direta com todos
os munic:ipios por estradas de rodagem. ror Yia lacustre comunica-se,
pela lagoa l\languaba, com os municípios ele Alagoas c Pilar, e pela la-
goa do ~o!'te c·om o de Santa Luzia do ~orte. Pelas linhas de ferro rla
Great ,\.eslern comunica-se diariamente com os munidpios de Santa
Luzia do ;\orle, :\[urkí, "C'nião, São .José da Lagc, Atrlain, Capela, Yiç-osa.
e Quebrangulo. A Greal \Ycstcrn tem estações. no munidpio, em Jara-
guá (estação ma.ritima) :\Inttiú (e::;tac:ão Central) . D ... bedouro e Fernão
Yclho. A <'ilpilal c·entralizt~ rt rf>·lc rodm·t:.tria do Estcalo num:1 c~~tcnsão
ele 1.71 '\ quilomctros, havendo diariamente ;;erdço <le a'ILO-omnibus pa-
ra diver:-o~ municipio~. O scni<:o ''crco é feito pclac:; companhias f'on -
dcu· ~ynàikat, l'~m:1ir c Al-!"OJIU'\!n!<. n,n.ntcndo esta um magnífico aero-
pono na C'4Pil:!l, t'Om sc,TiC:o r::tdio:;rafico c ap::l1'Clh·l~~m eompleta para
l'CP~l'()~ d' :.1>- ÍÕC~ . .-\ Yi~(io l!l'i'~U~é~ (·~;lá L~ c::.rgo d~ em:lJiaUil!a Fnr('ll ~
J,u;o; Xortlt'"''t' d'l Br:, ..;i), qnc lll?.'!lcm r--~nl:lr scn·iço de bondec:; clclricos
t' ~uto-omnilms, sC'nuo grande o num<'ro de amomovcic;, caminhôes e
mtdtos outros YC'Ícnlo::; fle Yari:::.:.; ll'<~f.;t '<> no scn·iço urbano diario.
l)O\ mtdn .... {H'hteil)ilÍS - :\Iac·ció. vila e-m 18 l:J. <:idade e c·~pilal em
1 39. ú t·rla <lo .\liantko. tompr "eiHlc os haiiTos de .T ll'aó·t.'i. Lr>Yad::t,
I,oço. Dcl;;,•clot.r<,, T1·apic-hc cl:t Ban!l. MJ.nt;alJCiias e Po11tal <h Barra,
Com:1 12.7:>0 11n c!!m; \en ·o~ 1311 ~::-:~·:bradallus ç 300 ele mais de um an-
dar. E1d.:·\,; c .. Lul! ...; cd !fi :o.: <l.t c!uatle destacam-se: o palaC'io da
.\~ .•c·ü•.·:~ L' c•:m 1C'i.d, 1 o imirro d~ .Tanlguá, o mai<; suntuoso edi-
fieio da c·apil:tl, o Palacio do Cu;:crno, a Cat<..dn:.l, o Paço da
Prefeitura :\Iunicii ai, o To1t1·o l);:•r,c!Pro, o Tribunal Superior d~
.Jusliça. o Cr,1po E:srolar "Diég nes .TU!tior", m; palacete:. da So-
C'il'daue Pcrse\L'<.mt;a c AuxiUo c <:o it slituto J[i!=lt0r·co ele Alagoas,
a Hct(\bcdoria C't'ntral, os q nane i~ da li'orc;a Policial :.\Iililar c da 11'orça
Fc•kral, a "\lf~nclc~a. o Bela\ lsw, o .C~tnco do Brac;:I, o BarC'o de .\lago:ls,
o 'fcfo;ouro elo Est:!do, o l'alatio Evisl'opnl, o Sem i na rio Diocesano, ele.
Xotam-se os sc~uinlc·::; mouumcntos: c~i.atua ('qucstre de Deodoro da
Fonsrca, nc; estatuas ele F'loriano Peixoto, Yisconclc de Sinimbú c D . Pe-
dro r 1. !lS Ll1'~1l:l.S tl~ D. ltO:-'a ela Fonseca c nraulio Ca Yalc:lllti. .r\ <.;idade
possue st:'n-iços tclefonicos autcm:.tlicos sendo a se~uncla cidâde do Br'l-
sil que adotou e~te mclllor:uncuto, iluminação eletric:a. nul>lica c parti-
cular, for ça e luz clclt'icas diur11n.s, abastecimento d~gua., rede de esgoto
em alguns poutos, boas praças e logradouros publico!';, no,·e cinemas.
ltm l\Iercado Publico. qu,ttro cemitcrios, etc. A cultura fh;ira tem tido
grande desenvolvimento no Estado, princ·ipalmcnte nu capital, onde,
além da educação fisica ministrada oficialmente em lodos os estabeleci-
mentos de ensino. praticam-c.:e todos os esportes, atlclicos ou não, ha-
Ycndo para isso inumeras associações c bons campos esportivos. Entre
os estabelecimentos induc:triais localizados no perímetro urbano, des-
tac·~-se a importante f~brica de tecidos _\lcxanrl&·in, de 2\1. Lobo & Cin .•
sociedade em comandita por ações, com um capital social de ..... .
2.000:000$000. sendo 9 seu patrimonio de 5.287: 159Snoo. Trabalha esta
-~G5-

fabrit;a com 227 te:..res c GGO opcrarios, possuindo uma vila com 20i prc-
iHos perfeitamente higienizados. A produção dessa fabrica em 1931 foi
a SPguinte: 58.940 metros de tecidos crús, 2.335.830 de tecidos tintos,
217.410 de tecidos brancos, 378.030 toalhas para rosto e banho, no va-
Joi de 3.405: 08~000. Ft'rniío Y<•JJ10, situado á margem da lagoa elo :-.Jor-
te, scn·ido pela Grcat "·esler por eslracla de rodagem, ó um grande
centro industrial e um dos mais pitorescos suburbios da capital. I\cstc
povoado esta localizada a fabrica de tecidos da ('<11111 anhiu rutilo )[t'r-
CJmtil, a primeira que se fundou no Estado, com um capital de ..... .
3.000:000$000 c um patrimonio superior a 13.000: 000~000. Trabalha essa
fabrica com 1.205 operarios, 845 teares, 17.580 [u'5os, utilizando forÇ3.
rnolrlz de 1.10 li. P. Po~sue uma vila operaria com 553 casas. Sua l)rodu-
~::b em Hl:H foi a ~cguinlc: 320.300 melros de tecidos crús, G.0~7.082 de
te idos alvejados, 1.653.762 de tecidos tintos, no valor de 7.734:979$000.
• f!ão afamnclos os seus morins e bramantes. O povoado possue escolas
JIL.'lntidas pela fabrica e pelo Estado, cinema, uma lincla igreja consa-
: rarla a São .José, bela pruç:u. etc. ('rt!7. t1<' .Alma~, a 12 qnilometros da.
<•'rln.de, com comunica~2o por esll·ada de rodagem. notavel pela sua sa-
h~h!·iclade. O imponente cd!ficio elo Orfanato São Domingos foi aí cons-
truido, precisamente pcias excelentes condições sanitarias desMe pitores-
co povoado. J>io(•n. onde e~t'l loealizada a fabricâ de tecidos 'X(lrh• .\.ln-
p;om•, uma das mais importantes do Estado, á margem do rio Santo An-
tonio :\!irim. A companhia propriet~1ria desse con~ideravel nuclco indus-
trial tem um capital ele ~.200: 000$000 c o valor dns s1ws propricdadC's
ern. em 1931, de G.Hl:D75~000. ~o ultimo ano a fabrica trabalhou com
2-o l()ares e 383 opera-rios, produsindo 350.000 metros de tcc·idc,::; C'l'ÚS e
2.400.000 de tecidos brancos, no valor de 2.0,01:3 ~7~000 . .\ sua vila opcra-
l'ia é de 173 predios. Hiarho DoN•, sen·ido por estrada de rodagem, ex-
ct'lenle praia de banhos, onde se estão fazendo as explorações do pc-
troleo.
l•'innn<_:ns - J~m J !>:n o município da c·apital concorreu para as
despesas publicas com os totais seguintes :

Renda federal . . . . . . . . . . .. 5.835:608$000


nenda estaclun.l . Cl.6l:;:D6~SOOO
Renda municipal ..... . .. . 1.102:2S3St00

:\TARAGOGí

1\Iunicipio crcado com o nome de Vila Isabel em 1875. Termo


judiciario da comarca de Porto Calvo.
Superficic - 578 ltms. 2
rosi~üo nstronomirn- 9" o~· 24 .. de latitude e 35° 13' 30" de lon-
gitude ,V. Grw.
Climn- Quente e humido, sujeito, no inYeruo, nas partes baixas,
a febres intermitentes.
Popula<:üo - 21.022 habi tantes, sendo 10.125 homens e 10.897
muJ!1eres, ou 36,37 habitantes por kms.!!.
1\[Jnerais - São numerosos os afloramentos betuminosos no li-
toral, denunciando a existencia do petroleo.
Vindio - Dista da capital 110 kms. e com ela se comunica por
estrada de. rodagem e ·y ia marítima. Tambem .por estrada de rodagem
está em comunicação com o Estado de Pernambuco. Tem ser\iço tele-
grafico e postal.
Instru~ão - A população escolar está avaliada em 2.120 crean-

-~GG-

• ça~. para as quais o Estado mantem S escolas ue primeiras letras. X o


ultimo rno letivo esJveram matriculados 209 alunos, ou 9 jé da popu-
la\ãO escolar.
(''mlCi"<'io - O movimento comercial, em 1931. montou a . . ... _
1.14 7:000$000, tendo si elo arrolados para. o pagamento do im}lOS(o de
industria c profissão 75 contribuintes. A importa~ão de outros E~t:.tdos
foi de ~09 : 23GSOOO e a. cxporla\ãO cliret montou a 714: 075SOOO. Faz o
S<'u comerc-io quasi que exclusi\·amcnte com Pernambuco, com cujo Es-
tado se limita.
-~tr,.:rnltnm -O valor chs suas propricdadec: r~rais cr~ em 1920
d ~? 5.290: 000~000. A cnlturn t>rinc·ipal é a da cuna. de as~uc~r. contando
um a usina. e 23 engenhos. Grande produtor de côcos. conta 10::?.5 05 co-
queiroR frutificando c ~0.000 ncvos. A sua ultima safra de côcos fo i ele
4.100.200 fl·utos. As demais cultura~. na ultima !;a!ra. proclusiram : 2.:375
1on~lad<. ~ de a~snca r, 3.000 litros de f.lóll~rdcnte, 3 toneladas de fumor
20 de milho. 371 de feijão, 59 de arro7., 200 de buhta~. 1-1~ de farinha.~
G de po!Yilho, 1 de r a f·!, no ;·alor de 1.0!10: OO:J:>OOO, apro;:imadamente_
indti..;(-i;!- C'~rcrcm de importancia as cxistcnh.. s .
l'rt'unria- Em 1920 a cxlst~ncia de :;<..do era a sc:;uinté: 3.t 55
ho-.·inoc:; 7~4 Ci!ninos, 9:l asininos c muares, 1.11-1 ovin os, 702 cap:·inos.
533 SUÍ!l05, no yalor d 5Gt) : nG0$000 .
p,,,~adu.;; JlritH"<l His -l\Tar:1~o~f antig:o povoado ela Gamel~. vila.
em 1~7fí C' dd: llc em J ~fl2. ~ilvacla ·'t margem do rio :\T:u·;·~o!vf ~ n·t orla.
c1'l At l:ml •co tem i 11 prerllos c cerca ele 1.000 habií~ntC's. E' ilmninnda á
l u~ ~lctrk:•. rn.tT'l Granclc, rom l'om JlOrto maritimo, SJo rcnto, J apa-
r atnba c Peroba.
Jo'i:::nH:as - A conlribuiç::io para :'S despesas .Pablic:ls em. 1!)~1
foi a scguinle:

ncnc•as fed<>rais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. :~7: 50~1:'000


nendas estaduais . . . . . . . . . . . . . .. Hl: S27$000
nen ~ :.'HI icipais ~~: 1';:i~OOO

~1.\TA CTIAXDE

:\Iun!C'ipio cr~ado em 1 S37. Termo judiciario da comarca de J . gua


D:·:mca.
:-:t'}IC•rfit· i ~·- 1.íi7S 1\ms.::: .
J :':! l't~ •• - 635 metros. ponlo culminante do Estado.
(';im.t - ~Iuito gaudnYcl.
p, Iuh~~t:n - ~7 . :.GO habitantes. se.Hlo 13.392 homens c 13.SG..,
mulheres, ou J 6,30 hD 'Jit:ntcs por quilomctro quadrado.
!'Tine~nis - Afirma-se a cxislcncia de jazi,h:.s de ferro.
Yi!l.\l'..o - .\ séclc <lo município dista d:t- capital 300 !;:me;. e com
ela ~c comunica por estrarb. de rodagem. Tem scn·iço tc1cgtafko c pos-
tal.
In::-trn~iit> - A população escolar está C:l.lculnda em 2.751) c·r( an-
c:ns, uas quais ge matricula~·a11, em 1!131, nas 13 cs!!ol:ls p~·im:lrias exis-
tentes 347. cu 12 t;; d:l. popu l.. ão escolar.
Canwrdo - O ruo\·imento comercial em l 931 montou a ..... .
1.500: 000$000, sendo de 12G: ~ 7,.:000 a sua exportação para outros Es-
tados.
Al!ricttlturn - Estão arroladas G:>O propriedades rurais no volor
de 2.121 : G20.,000. A safra do ullimo ano foi n~sim calculada : 1.~00 tone-
ladas <.lc farinha de mandioca. 10 ele polYilho, 1.05·1 de milho, 371 de

-267~

feijão, 59 de arroz, 200 de batatas. 92 de algodão em rama, 270 de caroço


de algodão, 6 de fumo em corda, GOO de rapaduras, 19-1 de assucar, 2.000
liLros de aguardente 176 toneladas de café, colhidas em 40.508 pés. O
Tvlor. dessa produção excede de 1.000:000$000.
Inclu~trin- A principal é a de couros c peles; as demais carecem
de importa.ncia. • •
Pccunrin - O recenseamento f~dcral do gado em 1920, registrou
os totais seguintes: 11.961 boYinos, 1.173 equiuos, 33-1 asininos e mua-
res, 4.100 OYino~ 10.787 caprinos, 1.210 suinos, no valor de ....... .
:2.071:000$000.
Rrli~ilin - Preguezia sob a · vocação de ?\. S., da Conceição,
com 1 templo, 3 capelas filiais e ~ ass ações pias. O movimento religio-
so c.:m 1931 foi o seguinte: 55:! batisados c ·12 cas~mcn tos.
. Po' ondos JH"in<'ipais - :\Ia ta Grn.ndc, antiga Paulo Afonso, cida-
de. séde do município, á margem esquerda do rio Cabaças, conta 282
:preuios e possue iluminação publica e particular elctrica. E' uma das
mais ri nllas e saudavcis cidades sertanejas. Exú, i\Iariana, Santa Cruz
e Dcser o.
Finnn<_>ns - neiPdas em 1931:

Federais .... · ~ .. . . . . . . . . . . 12:288$000


Estaduais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59:58SSOOO
~Iunicipais ......... . 31:10;)$000

~ICRICí

• ::\Iunicipio crcado em 1872. Termo judiciario da c-omarca de Santa


Luzia do Norte.
Sup('rfiric - G92 1\ms.:!.
~U itudt• - 71 me(ros em Itamaracá, 83 na séde, 89 em 1\icho e
105 em Branquinha
Posi('o n!-\tronomicn - !)ll 19' 0-1'" de latitude e 3G" GS' ·11" de lon-
gitude W. Grw.
('Jimn - Temperado c muito salubre.
I>opuln~iio - 48.725 habitantes, sendo 24.54G homens e 24.179
nmlheres. ou 70, 11 habitantes por l{ms.:! .
Yin<:iio - O munici}lio é scnido pela Great. \Yestern, com esta-
<Ões na séde, Dranquinha. Bom Jardim, Itamaracá c Kicho. Possue boas
estradns de rodagem na direção ela capital. dos municipios limilrofes e
seus principais povoados. Disca. da ra ital 53 kms. O scn·i\O tclegrafico
é feita....pela Great \Yestcrn. Tem agen 1as postais em Murici (séde). Ni-
cho, Bom Jardim c Branquinha.
Instru<:iin - A população escolar é de 4.~120 creanças aproxima-
damente das quais se matricularam, em 1931, nas 15 escolas primarhs
existentes. 426, ou 9 <;; da população em idade escobr.
Comercio - O movimento comercial no ultimo ano foi de ..... .
2.796: OOOSOOO, tendo sido arrolados 138 contribuintes do imposto de in-
dustria e profissão. O seu movimento de importação de outros Estados
montou a 120: 584$000. A exportação é feita por intermedio da. capital.
' . .\.~riculturn- O município é essencialmente assucareiro, contan-
rlo 5 usinas com um capital de 9.188: 507SOOO, com uma produção média
·rle 11.500 toneladas, 42 engenhos, 12 dos quais de fogo morto, 16 alam-
bi{lucs para a fabricação de aguardente. Estão arroladas 255 proprieda-
rlcs rurais que declararam um valor de 8.279:200$000, ocupando a cul-
t:ura da cana cerca de 13.000 hectares. E' o maior produtor de cana de



.. . ~68-

assucar. _\ l"Ua ultima safra foi assim cnlculada: 2-:17 toneladas de café,.
9.GOO de cana, 72.000 litros de aguardente, 9 toneladas de algodão em-
rama, 27 de caro~o de algodão, 117 de fumo em corda, GO ele mamon~
1.:3!>:1 de milho. 879 de feijão, 12G de anoz, 275 de batatas, 3..!00 de fari-
nha de mandioca, 25 de polYilho, num valor de 5.200:000$000 aprcr..c.ima-
damente. E' elos m:Iis importantes n~uni 'pios agricolas do Estado, pos-
suindo excelentes terras para :ts mais vari::tdas culturas.
Industrin - Alóm das suas fabricas de assucar, funcionam no
nmnicipio 19 estabelecimentos produtores de bebidas 2 de calçados, a-
ele artefatos de couro. 4 de Yinagre. ·l de moveis, 2 de ladrilhos, 1 de con-
servas, 1 de a1·tefatos de tecidos, 1 de queijo.
J>f'cnariu - Em Hl:~l a p la<:ão pecuaria do municipio, se~un-
do informações da Prefeitura :\ uni<:ipal, era a seguinte. aproximada-
mente: 8.;;oo vac·as e novilhas. 3.200 touros c novilhos, -1.100 bois, 4.00()
bezerros, no total de 19.800 boYino~. O maior rebanho existente é o da. •
propriedade "Dois Braços", ele José :\Iai:l Gomes. Equiuos: cgua.s 190,
cavnlos 3.500, potros 00. potramas 110, no totnl de 4.600. O maior re-
bttnho est:í na propriedade "Ale~ria ··.de Pedro Cansanção. Asin os 950,
ovinos 6.500, caprinos 3.050, suíno~ 5.200. O vttlor elos rebanhos é de
4.000:0003000. Exic;t em no município GS cri~Hlorcs. Durante o ano fo-
ram abatiuos: bo,·iuos 650, ovinos 350, c.aprínos 00, suínos 250. A pro-
cluriio di! IC'ite frec:co foi de 20.0 O litros ]Jara o consumo local. Regis-
trou o município uma produção de 1.~05 peles <lc cabra e 1.300 de car-
neiro.
U<•!igião- Frc>guezia soh a invocar:ão de K R das Grac::a!;, com 3
templo::: 2 C'~pel~s filiris c :~ associações })ias. O movimento rêli aios~
em 1!131 foi o seguinte: 1.273 batisadoc; e 1:íl casamentos.
_h :ci'Ih.!rn- Os recenseadores federais de 1!>~0 conlarf)m no mu-
nic:ipio :>::.231 aves domesticas.
P•n·<'lhlos Jl.rin<·ipais - :\!m icí, séd~ elo muniripio, cidade, situa-
da i m:11gcm c~querdn. do rio )!nnd3.ú, sen·ida pela Grea.t \V€stcrn e
boas e~trada.s de rod:.> gcm. Cmlta cerca de S.OOO habitante·:;, 1.010 pre-
dios, dos qu~is 2 nssobradados e possue servi~os ele força c luí: eletricas.
E' rma da~ lornli<lacl<'R mais florecentcs do Estado. BranquinlHl.. á mar-
gem da linha ferrea. com uma impm tante usina de assucar. Xicho, Cur-
r alinho, Samo Aleixo, Itamaracá, Bom Jardim, nucleos agri~olas de
primeira ordem.
}'inn n~as - As rendas arrecadadas no município em 1931 foram
as seguintes:
Feuerais ... . . . . . . . . . .• . . . . . . . . . .... 57:58~$000
Est1.duais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -n : 9~5Sooo
)Jun!cipais ... 56:324$000

P AL~IEIR..\ DOS I~DIOS

:\Iunicipio creado pela Lei n. 10, de 10 de abril de 1835. Comarca


abrangendo o município de Quebraugulo.
Su}Jerficic - l.õ08 lm1s. 2 •
Altitude- 290 metros na séde e 260 em Anun.
Climn - Quente e seco; em geral muito saudavel.
Po~i~iio nstronomica - 9o 22' 39, de latitude e 36° 32' 51 ' de lon-
gitude \V. Grw.
)Hnerni - Tem sido verificada a existenci~ no municipio dê di-
versos minerios, principalmente o ferro. Constata-se a presença do ile-
- ~()!)-

nito, na propriedade ele José Bclem, de calcito na serra do Bonifacio,


marmore inferior, cobre e chistos betuminosos em Olhos d'Agua do
Acioli.
Po]mla~ün - 45.734 habitantes, sendo 22.402 homens e 23.3=>2
mulhere!i, ou 30,35 babilantes por kms.::.
Yin<:lio - O município é rvi~o até Anun pela linha. ferrea da
Great "\Vestern, ainda em construção, cerca de 16 kms. da cidade para
onde a estrada de ferro se dirige. devendo dai prolongar-se até Porto
R eal do Colegio. Possue boas estradas de rodagem em direç:io da capi-
tal. municípios circunvizinhos c principais povoados. Dista da capital
150 kms. T em serviço tclegrafico e postal, este com a:;cncias na séde
e em Cacimbinhas. •
Rcli~h1o - Freg uezi:l sob a invocação de )1. S. do Amparo per-
tencC!lte :i diocese de Penedo. êom 1 templo, 20 capelas filiais e 9 asso-
cia,õcs pias. Em 1931 r egistrou o segui nte movimento religioso: 1.G08
batisados c 157 ca~amentos.
In'\frnçfro - A popula<:ão escol:lr é de 4.GGO crcan<:as. C"onta 1
grupo escolar e 12 escolas i ~oladas dP primeiras let1·as. :\latri cularam-
se no ultimo ano letivo 419 alunos ou 9 t; da popub.<_:ffo escolar.
Comercio - Centro comercial de grande importancin. e de enor-
m e futuro pela excepdo !lJidade de su~t situação geografica, destinado
a ser o cmporio de vaslissima região ~crtaneja na qual se incluem diver-
sos municipios pernambucanos. Em 1931 o moYimento comercial mon-
t ou 3.24·!: OOOSOOO. A importaÇ'ão el e outros E~tados foi de 183 : 300$000
c ::t exportação de 131:907$000. Possu(' boas e solidas casns comerciais.
• Funciona na séde do município um instituto IJanrario, sob o !'e!?;imcn dos
bauc·os LuzzaUi, que teYe no ultimo ano um IDO\ lmento <le 5<;3 : 872;)000,
tcllclo montado seus cmprestimos a 178:465$000 e os depositas a ..... .
190 :234$000.
_\.A·rieultura - Apczar de ser um município essencialmente cria-
dor, a sua produÇ'ão agricola, entretanto, é vultosa. Conra 1.350 proprie-
dades rurais no \alar de 2.G5G: 000Sfl00 e em todas elas se pratica a la _.
vour:1, t;rincipalmeitte tlo a1f,otlociro . ..:\ sua ullima safra foi assim ava-
liada: 28 toneladas de café, G~4 de algodão em ram'l, 1.!>00 de caroço de
algodão. 14 de fumo em corda, 321 de mamona, 8.57G de milho, 2!::5 de
feijão, 44 de arroz, 422 de batatas, 3.590 de farinha de mandioca, !l8 de
polvilho, num Yalor excedente de 4.000: 000$000.
Iudustria - Funcionam no município, além de outros !Je<mcnos
estabelecimentos, 9 descaro~adores de algodão, 1 fabr ica de bebidas, 2
de artefatos de couro, 2 de calçados, 1 de vinagre, 1 de moveis, 1 cm1:u-
me, 2 engenhos para rapaduras, 2G2 casede farinha. A maior industria
é a de couros e peles. O Yalor da sua produção industrial excede de .. ..
1.000: 000$000.
Pccunl·ia - Segundo o recensea mento federal de 1920 existiam:
36.592 bovinos, 6.115 equinos, 1.165 asininos e muares, 30.583 o\inos,
42.587 caprinos e 8.132 suinos, no \alor aproximado de 7.516:000$000.
Descontadas as isenções fiscais para o lançamento do imposto sobre a
• produção do gado em 1931, os lançadores contaram 1.324 crias de bovi-
nos, 287 de equinos, 63 de asininos e muares, 518 de ovinos, 312 de ca-
prinos, no total de 2.501. Existem no município 972 criadores .
.Â.\icultura - Foram contadas em 1920 120.448 aves domesticas,
sendo 102.079 galinhas, 16.560 perús e 1.809 patos.
J .piculturn - Em 102 estabelecimentos existiam em 1920, segun-
do o recenseame: t o federal desse ano, 850 colmeias que produsiram
1.7011ib·os de mel e 293 quilos de cera.

-270-

Povoados rrinC'ir·nh - Palmeira dos Indios, antigo aldeiamenlo


dos in lios <·hl!Ct!rú~, cidade desde 1S 9, séde do município. Linth <:idade
sertaneja, com 950 111edios terreos, G assobradados c 3 de mais de um
andar. notando-se alguns de bonita a,rquitetura e solida construção. Pos-
sue agua encanada, bom serviço de ilmn i na~ão publica c particular, ci-
nema, varias associaç.{)es, ativü;si.mo omercio e nola\·cl ativ idade so-
cütl. Cacimbinhas, centro algodoeiro de muita vida comercial; Olhos
d'/•...,n:' do Acioli, poYoa<lo de grande futuro pela r iqueza mincralogica
que tem em seu solo; Caldeirõe!'; ele Cima; Palmeira de Fóra, etc.
Fi nnn~llS - A arrecadnç-ã.o das rendas publicas em 1931 fo i a se·
guinte:

Federais . . . . . . . . . . ............. . 30:493~000


Estaduais . . . . . . . . . . . . . . . ... • . . . . . . . . 89:147,:'000
:\Iunicipais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 53:203$000

P.\0 DE .ASSCCAR

l\lunicipio creado em 183·1. Comarca fundada em 1876. a qual per,


tenccm os municipios de Santana do Ipanema c Belo 1\loute.
Su Jifrfidc - 1.-138 lnns.:!. •
f'l iwa - 'rcmpcrado.
Populnc:üo - 27.634 habitantes, sendo 13.195 homens e 14.439
mulhcrc~ . ou 19,21 hnbit<l.nlcs por l~m.::.
Yinc;iio - 'l'em comunicação flm·ial, pelo São Francisco. al~ a
fóz ele~~" rio. com Penedo c ~úh.s do~ municípios sanfra.ncisca.nos. Pos-
sue c~tr:1das para automoYcig na direção de seus povoado~. municípios
interiores c da capital do Estado, da qual digta 282 kms. Tem serviços
tell·;~l atit'o c postal.
UPli !~iii n - Freguezia ~oh a invocarão do Coração de Jesus, per-
tenrent~ ~t dic,c·cse de Penedo, rom 1 templo, 9 capelas filiais e 4 asso-
•ci~.c:õcs pias. :\o ultimo ano registrou o seguinte movimento : 1.006 ba.-
tisaclos c 157 casamentos.
I n. t ru<:üu - A população escolar é de 2.790 crcanças. T em 12
esc·olas de primeiras letras, na:; quais se matricularam no ultimo ano
leti,·o 320 aluno~. ou 11 ~é da população escolar.
('onwrciu - O giro comercial em 1! 31, segundo decla ra~ões dos
<·omrib~tint~s arrolados para o pagamento do imposto r espectivo, mon-
tou a l.G47: OOOSOOO. A importocão de outros Estados foi de 120 : 542$000
c a exportaç-ão atingiu a 1G7: 2.J!.l!'-'OOO. :\íantcm grande comercio com a
praça de Penedo. •
.\griruJtnra- O lanc_:amcnto do imposto territorial em 1931 arro-
lou G.f6 propriedades rurais no valor de 1.580 : 000~000. A estimativa da.
sua ultima produção agrícola foi a seguinte : !?GO toneladas ele farinha
de m~ndioca. 20 de pol•;ili!O, 33G de milho, 43 de feijão, 420 de arroz, 446
de batatas, 138 de algodão em rama, 350 de caroço de algodão, 3 de fu-
mo, num ,·ator aproximado de 1.000 : 000$000.
Pecunrin - Em 1920 o gado existente era o seguinte : 18.390 bo-
vinos, 1.206 equinos, 202 asininos e muar es, 5.882 ovinos, 10.781 capri-
nos, 735 s uínos, no Yalor de 2.831 : 000$000.
J nclustrln - F uncionam no municipio: 6 estal>elE'cimentos l>ene-
f iciador es de algodão, 1 de.~rroz, 1 fabrica de bebidas, 8 de calçados, 5
de mo,•eis, 3 de queijos, etc. !Ia grande pr oduçã o de couros e pele$ .
P o·r m!dos pr in ripni"- Pão de Assucar, cidade, sédc do município,
s ituada á. ma rgem esquerda do rio S. Francisco, com uma população de
- 271 -

1 0.000 almas, DDG prcdios, dos quais G assobradados, scrTiço de a gua e n-


canada, l u~ e força eletricas, r egular moYimento social. L imoeiro, 2°
dir.tr ito judiciario, centro al;ocloeiro de muita im portancia ; Cam po Al e-
gre, J a,car é. Agreste, etc.
~'i n an ~n s - A arrecadação das r endas publicas em 1931 f oi a se-
guinte:

Fe<lcrai~ 2!): 21 ''!~0.()1)


E~tacltw is ... ... ... ... ... ... ... ... ... 67 : 3G.!SOOO
.:.ltfnicipa is . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4:! : ú5!)~000

PE:'\EDO

:\h::li~"ioio crc"do em lfll/3. qua! do fo i cleYado á ' ila o antir-o po-


voado que existia sobr e o outeiro qur deu o nome a cirh,1~>. Xota,cl l,C'lo
papel que desempenhou nos n1·imciros tlias da co!oniza~ão c daran t' a.
inYasão, p~rm:tncncia c cxrul~fio de~ 11olan<~"~es. Comarca crcada em
1 833, a cna l N'l'lClW~'> o nn:nicipio de Igreja ~ova.
S t!JI€'rfidc - GOS limg. 2 •
i>Mid!o Hstrnncun i<•n - 10p 17' 24 ·· de latitude e ~G" 51' 21" d~
l ongiturle \V. Grw.
( ' lim:t - Em geral bastante ~audavc>l .
r ··!ro~rnfb- Alc'm do São F'1 ancisco, o tcrritori,) é b::m1l::clo pc-
l os rios Do:u~sica c l'.Iaritubn..
J>cri:uJnc,:i!,, - 2!). 7<;~ hn.bitnntcs, sendo 1 :t 71 S hcml'ns c 1ü.OOl
nllllhcrcs, o·t ·18,93 habitantes J)Ol' Jons.2 •
Yinf'i'o - Penedo com'll'icn.-sc com o OC<'...'lno Ati~ntico J)f"lO rio
B5o ?raucis..;o, de cuja cmbocadm~t fica distante 4~ lm1s. !\Jantem ativa
naYcgnção fltP:ial Ut',~c r io por Yapo!·cs, 1~ncha~ c t:ra .. r'rs c~noas, <lcs-
d(' a foz nt•; a Yi!a de Pir<'.ll h:."!s, ponto inicial UI:! c~crada de ferro Pau lo
Afonso, que liga o alto 20 haixo Silo Francisc·o, estando em comunica\:Í.O
dinria cr:n · odo·· O"' po oado~ marginais, n!agoaacs c !:=C1':;.il' !!lOS. Co-
l'!1'1'1ica-!'l' c·t')nl n. c-:n it"ll c!o r.~• 'l'1 o, <'tual!lH'nte, somente 110r via t~r­
r c. u·c, por se ac!u:1· ha muito obstruida n han:t <lo Siio Franciscc, ha-
Yet.<!o cstrat!ar.. pnra nutomnn•is num percurso de 1!10 lmv··., di:··,· i~'. a
qne fic;.·t d~! c·a pital. Essas estradas JlÕcm a c· idade d<' Penedo em c nm-
nicação l'alli 1<: com os mtmicipics cin.:unvi~inhos. Ponto de csttlciona.-
menlo dos nviõcs da. Sywli!wt Cnnclor. Tem scn·ir,o tclcgr!lfit'o c um!t
agencia. IlOSt"l de 1 n cbssl'.
HeEe;Hio - Sé de .do bisp:1do de Penedo, que compreende 17 frr -
gnezias. Cont~ a frc~uezia ele Penedo 6 mplos, 1 con-YC'HO (11. O:·d m.
ele Sfio Franr·i~co, :> irmandades c 7 asso ia~ões :pias. E:..1 1931 rc::liza.-
l'a::n-sc G5!l h!!t!zaCos c 112 casamento.
In~tru!::!o - .'\. popula~..áo e~colnr está calcul~d" em ~.n:o crc:1.n-
<;!!s. Co!lta 1 grt!p0 I"Scolar e 22 csc:olas primar!as, nac; C}l!!lis se matri-
ru l~ram no ultimo ano letivo, 1 .326 alunos, ou 41 r; da populuclio em
i dade esf'o!~r. Anexo no grupo esc9Iar funciona um curso normal r ural
c um curr.o profissional. Exi2tem na cidade numerosos estabelecimentos
• de ensino particu lar, prim aria c secundar io .
_:_ ,s;~tcJtCh - )Iunti\~os pela gcnerosida~ie d,! Jl0imlaç~.:> (. Sll!i-
vencionn.do:; r elo _çoverno estadual, ilmcio·1am na. sé de elo nnnici11io um
b o~rit:J 1 c um :1siio de mendicidade, com excelente scrvi~o hospita!ar c de
r ecolhiD!C'IltO ele i nci~cntcs. o hospi~1. l é da irmandade d~ Sa"lta c~c:1.
ele )Iis"!:-icord in c1 " São Gor.çalo Gnrcia, fundada em 1837. T em um pa.-
trimo!l:o de 117 : l. 0$000, 154 sodos contribuintes e mantem í5 leitos .
-27~-

No ano de 1931 recolheu 8-13 enfermos. O Asilo pert~nce á mesma asso-
ciação c m~nleYe ·16 velhos inYalidos .
.Associa«:õl\s - Existem as seguintes: Sociedade do Montepio dos
Artistas com um patrimonio de 35 : 000$000 e 150 associados; Pia l-uião
<lo Pão de S~Pllo Antonio, (•om ::wo nssoci:l.dos; Loja :.\!açonica Luz do
São Francisco, com -:16 membros e um patrimonio de 20:000$000; Pene-
<l<"' Tennis Club, com 50 soei os c patrimonio de 50: OOOSOOO; Sociedade
Filarmonica Sete de Setembro, fundada em 1856, com um patrimouio ele
100: <'~0$000 e 99 soei os; Associação Comercial e outras, cspe<:ialmente
rec:rcé:!íi,·as e csportiYas.
('c,mt'r<'io - E' o maior centro comercial do vale do São Francis-
<'O. Seu moYimenl o em 1931 montou a ~5.267: 000$000. A importa<;ão fo i
de 2.069 toneladas no Y~lor de 7.431:267$000 e a exporla<:ão montou a.
2.112: Hi G~OOO . Possue o município solida.s casas comerciais, uma agen. ·
cia do .CatH:o do Brasil, nm banco regional de credito ngricoh, agencias
de segnro~ e de companhias de naYegação .
.\ wrkuH lira - Ec-tão arroLulas 480 propriedades rurais no Yalor
aproximado ele 1.71~: (lOQ~I)CO. A ec:.;timativa da ultima safra. foi ~ se-
guinte: 10 toneladas de t~amon::?.. S·IO de <::!.i!:l de assucar, 104 de milho,
(i ele feij}í.o, ~.:-:!G c1 r· ~rroz. ~~11 l'C bat.a.t~s doces, 1.G{l0 de farinha de
mandioca, 5 de polvilho, S'lO d e inhame. 60 ele aboboras, etc. Es~a pro-
durão tc,·e um valer aproxh11~do de 1.~00: OOOSOOO.
P<·ru•uia - O calc·ulo ll::l. popnlnção pccn~ria do munidpio é a
seguinte: 12.000 bovilws, :1.01)0 OYinos, G.OfiO caprinos, 5.00fl Sllin9"· não
h~n·cn'lo criatorio de asininos, muares e eqninos. Os rebanhos tem um
Yalor de l.~.WO: 000:<:000. IIouYc llll1:l produção 11c 40.000 quilos de touci-
nho e J.OOO c10 banlla. de pct·co.
h!ih;~tri:l - FnnC'i o!W na s•*dc do mm,idpio uma importante fa-
brica de tecidos. de propriedn.dc da Companhia Industrial Pcncdcusc,
<.:om um valor tlatrimon ial <lc 2.91 (): 000$000. ~o ultimo ano U•ve uma
proclucfw .:e ~.5:.:0 .000 metros de tecidos diversos no valor de 3.500:000$.
• ;~ 1 • i '~ ... ·.~ .' l!·"r -; ;·l·~-lliwdos para o bcnefki~mento ele ar-
roz, 1 fabrica de confeitos. 5 de bebidas, 7 de calçados, 5 de artefatos de
couros, 1 de objetos de adorno, 5 de vinagre, 3 de artefatos de tecidos, 6
de moveis, 1 de chapcos, 1 de mosako, 1 de sabão, 1 de oleos, além de
outros pequenos estabelecimentos industriais. A produ\ãO industrial é
cakulada em mais de 5.000: OOOSOOO.
J.>oTOIHlos }lrinci]}Uis - Penedo, fundada em 1560 por Duarte Coe-
lho de Albuquerque, á margem esquerda do São Francisco, na eminencia
de um:t pcncdia, que 1\Iauririo de Nassau fortifict>u solluamcnte. E' a se-
gunda cidade do Estado, c-om-.111 predios terreos, 85 assobradados e
J 5 cte mais de um anda r, notando-se muitos palacetes elegantes de cons-
trução moderna, 1 teatro, 1 cinema, 1 bela c lüstorica catedral, 1 conven-
to da Ordem de São Francisco com importantes obras de arte, boas pra-
ças e logradouros publicas, um cais, 1 monumento ao comendaclor Pei-
xoto, grande benfeitor da cidade, serviço de agua encanada, de bondes,
de luz e força clctricas, etc. Os povoados mais importantes do municipio,
depois da. cidade, sd.o: Doassica, Ilha Grande, ~1arituba, Ponta ~Tofina, •
Taboleiro, etc.
Flno.n('ns - Durante o ultimo ano deu ás rendas publicas a con-
tribuição seguinte:
Federal ........... ... . . ... ....... . 420:592$500
Estadual ....................... . .. . 609:848$000
Municipal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158:785$000
-2í3-

PIASSABUSSú
1\:lunicipio creado em 1670.
Superrtcie- 528 kms.2.
Clima- Regular, havendo algum impaludismo.
Hidrografia- São Francisco e 1\Iarltuba.
Populn~iio - 9.266 habitantes, sendo 4.284 homens e 4.982 mu-
lheres, ou 17,66 habitantes por km.2.
Situn~ão judielnrin - Termo da comarca de Coruripe.
Religião- Freguezia sob o patronato de São Francisco de Borja.
com 1 irmandade, 2 associações pias e 5 capelas filiais. O movimento re-
ligioso no ultimo ano foi o seguinte: 272 batisados e 42 ca!'amentos.
In .· tru~iio - A população em idade escolar está calculada em 930
creanças, existindo 10 escolas primarias, nas quais estiveram matricu-
ladas no ultimo ano letivo 321, ou 35 7o da população escolar.
Comercio - O giro comercial, no ultimo ano, montou a 700: 000$,
tendo sido co1etados para o pagamento do imposto de industria e profis-
são 60 contribuintes. A importação foi de 17: 886$000 e a exportação ele
187: 412$000. O maior comercio é feito com a praça de Penedo.
Agricultura - Estão arroladas no município 412 propriedades
TUrais, no valor aproximado de 1.378:000$000. O município é grande
produtor de côcos, contando 66.684 coqueiros frutificando e mais de
20.000 novos. No ultimo ano a produção de côcos foi de 2.266.000 frutos
no valor de 266:000$000. A e~timaiiva das demais produções agricolas
foi a seguinte: 115 toneladas de assucar, 10 de rapadura, 69 de farinha
de mandioca, 3 de poh~ilho, 8 de café, 15 de milho, 10 de feijão, 659 de
arroz, 6 de mamona, 12 de cebolas, 1 de alhos, etc., no Yalor de ..... .
800: 000$000.
Indo trin -Carecem de importancia as existentes no município.
Pecuarin - Existem no município: 5: 800 bovinos, 500 equinos..
400 asininos e muares, 1.500 caprinos, 3.000 oYinos, 1.200 suinos, no va-
lor de 700:000$000, aproximadamente. A produção de couros foi de 7.600
quilos.
Povoados principal~ - Piassabussú, vila desde 1860, á m31rgem
esquerda do rio São Francisco, com cerca de 600 casas e uma população
aproximada de 4.000 almas; Pont al da Barra, Potengí, Antas e outros.
Finnn~ns - No ultimo ano a Prefeitura l\Iunicipal arrecadou
33: 666$000, o Estado 51: 396$000 e a União 8 : 076$000.

PILAR

Municipio creado em 1857.


Superiicie - 289 kms. 2.
Clima- Ameno.
Hidrografia- Paraíba, P edras, Salgado e Jacaré.
Lagoa - Manguaba, em cuja margem fica a séde do município.
Popnln~üo - 21.198 habitantes, sendo 10.498 homens e 10.705
mulheres, ou 73,36 habitantes por 1rm.2 •
Vin~ão- Dista da capital 33 k:ms. e com ela se comunica por ex-
celente estrada de rodagem, havendo tambem comunicação lacustre,
diaria, por lanchas a vapor, barcaças e canoas. Por estrada para auto-
movei comunica-se com os seus povoados principais e municipios cir-
cunvizinhos. Tem serviço telegrafico e postal .
Instrução - A população escolar está. calculada em 2.145 crean-
~s, das quais se matricularam nas 7 escolas primaria§ existente~ 485, ou

-274-

22 % da população escolar. Possue um grupo escolar maguificamente-


instalado e estabelecimentos particulares de ensino secundaria.
Comercio - Em 1931, o movimento comercial foi de 3.503$000,
tendo sido arrolados 124 contribuintes do imposto de industria e profis-
são. Seu comercio é feito e:xclusintmcnte com a capital e municípios li-
mítrofes. Foi outrora um dos maiores emporios comerciais de Alagoas.
Agricultura - Estão arroladas 77 propr iedades rurais no valor
de 3.456 : 600~000. Centro assucareiro de alguma importancia, conta. 2G
engcu h os moentes c 3 de fogo morto. A estimativa de sua produção agri-
cola no ultimo ano, foi a seguinte 2.082 toneladas de assucar, 700 de fa-
rinha de mandioca, 17.000 litros de aguardente, 700 quilos de rapaduras,
3.000 quilos de goma de mandioca. 40 toneladas de feijão, 20 toneladas de
café, 31 toneladas <.le milho, 500 quilos de fumo, 30.000 côcos.
Inclustrit!~ - Existe na séde do município uma grande fabrica de
tecidos de algodão, ela Companhia Pilarense de Fiação e Tecidos, com
um capital de 1.000:000$000 e um patrimonio de 2.132 : 527$000. Em 19!ll
produsiu 236.016 metros de tecidos crús e 1.767:950 m(!tros de tecidos
tintos, no Yalor de 2.151: 099~000. Conta a fabrica 180 teares, 40~ ope-
rarias e 75 casas. Existem mais 6 fabricas de bebidas, 3 ele calçados, 4 de
pentes, 3 de artefatos de couros e outros pequenos estabelecimentos in ·
dustriais. A industria da pesca é bastante desenvolvida na séde do mu-
nicípio. Sua produção industrial é calculada em 4.000:000$000.
Pc<'uariil - A quantidade dos rebanhos no município está assim
avaliada: 2.500 ho\·inos, SOO equinos, 1.~ 00 muares, 200 caprinos, 2.00()
ovinos, 500 suínos, 50 asininos, no valor de 500:000$000, aproximada-
mente. A prodU<:ão de couros e peles foi de 3.000.
•\s~bt<'ncin- O serviço de assistencia é feito principalmente pelo
Hospital I\. S. de Lourdes, fundado em 1926. :\lantem, além do serviço de
enfermaria, o serviço da sala do banco, onde são distribuídos remedios
e r eceitas a doentes a\-ulsos. O rmtrimonio da institui\ão é de 300:000$.
A~socia~õcs- S. Fraternidade e Instrução dos Caixeiros do Pilar~
fundada em 1884, tem um patrimonio de 30:000$000, 50 socios, biblio-
teca com 5.000 YOlumes e mantem uma aula primaria. noturna, para as
creanças pobres. Possue séde propria; S. C. Paladinos da Democracia,
fundada em 1929, tem um patrimonio de 20:000$000, 56 associados; Co-
lonia de Pescadores Z S, :\firian Lima e outras.
Pc,-;ondos principnis - Pilar, st>de do município, cidade desde
1872, situada á margem da lagoa 1\Ianguaba, cor.ta l.946 predios terreos,..
14 assobradados e 1 de mais de um andar e uma popula\ão de 13.000 ha-
bitantes. Possue servic:o de agua encanada e força e luz eletrica. E' uma
das mais lindas cidades do interior, com bom calçamento, excelentes
logradouros publicos, uma bela matriz e bons predios particulares, mer-
cado, etc.
}~innn~n - A Prefeitura )1unicipa1, no ultimo ano, arrecadou
67 : 820$000, o Estado 72: 042$000 e a União 170 : 87 4$000 .

PIRA.'iHAS

A séde do município tem a categoria de vila. Termo judif!iario


pertencente á comarca de Agua Branca.
SuperlJcfe - 935 kms.!!.
Altitude - 46,50 metros.
Posi~iío nstronomica - 9° 37' 33 .. de latitude e 37° 42' 22" de lon-·
gitude W . Grw.
·- Clima - Quente, mas saudavel.
n- -
-- - I.J -

Fopula~ão - 4.403, ou 4,70 habitantes por km.2.


:U:eios ile conmnicn~ão- Ponto inicial da E. F . Pa.ulo Afonso. que
liga o alto ao baixo São Francisco, com estações em Talhado e Olhos
~'Agua. Por estrada de automoveis liga-se com os municípios vizinhos.
Dbta da capital 360 kms. Tem serviç:o telegrafico e postal.
lnstn1~iio-Sua popula~ão escolar está calculada em 440 creanças,
das quais se matricularam, no ultimo ano letivo, nas 5 e~colas primarias
existentes, 131, ou 29 }'( da população escolar.
Comercio - Seu movimento comercial, em J 931, foi de 263 : 000~,
.tendo sido arrolados 36 contribuintes do imposto de industria e profis-
são. Sua importação de outros Estados foi de 214:777$000, montando a
sua exportação a 9: 133: 000 .
•\.gricnltura - Estão arroladas no município 61 propriedades
TH1'ais no valor de 802:200$000. A agricultura, devido a natureza do solo,
não tem desem·olvimento.
In <lustria~- A principal, que se pratica no município, é a do cor-
tume e a da explora<::ão de couros e peles. Possue um excelente benefi-
ciador de couros, montado com aparelhos modernos e outras pequenas
industrias.
Pecuarin -Em 1920 existiam no município : 7.196 bovinos, 2S5
equinos, 214 asininos e muares, 1.9-1-0 ovinos, 4.004 caprinos e 205 suí-
nos, no Ya1or de 1.106: 000!)000.
Yiln - A séde do municipio fica á margem esquerda do rio São
Francisco e conta cerca de 300 predios.
Finan~ns: - No ultimo ano a arrecada~ão das rendas municipais
foi 18: 237~000 e do Estado 22: 930$000.
PORTO CALVO
A séde do município tem a categoria de cidade e é tambem séde
c:la comarca do mesmo nome, a qual pertencem os municípios de :\Tarago-
gí e Leopoldina. A comarca tem 9 distritos jmliciarios, 1.780 kms.2 c uma
:população de 82.045 habilantes.
Surerfi<'iC do munici))io - 742 l~ms. 2 .
AHH ode - 255 metros na cidade.
Clima - Muito saudaT"el.
PoYondos pdncipois- Campestre, Jacuipc, Jundiá. Caxangá e Pc-
riperi.
)feios ile comunica~ão - A sédc do município dista da capital 110
kms. percorridos em estradas transitaveis por automoveis. IIa no muni-
cipio serviço telegrafico e postal.
Po}m1n<:$!o- 29.419, ou 39,G5 habitantes por km. 2 •
In stru~ão - A população em idade escolar está a \'aliada em 2.970
creancas das quais, no ultimo ano letivo, se matricularam nas 11 esco-
las pi1marias existentes 257, ou 9 ~'<> da população escolar. Ha na séde
do município um grupo escolar.
Comercio- Em 1931, o movimento comercial acusou um giro de
2.23q: 200$000, tendo sido coletados 74 contribuintes do imposto de in-
dustria e profissão. A importação de outros Estados foi de 239 :762$000
~ a exportação de 590: 399$000.
Agriculturn - Centro assucareiro, conta 180 propriedacles rurais
e pastoris, no valor de 3.761 : 225$000, 45 engenhos moentes e 13 de fogo
morto. A estimati'\"a de sua ultima safra fo i a seguinte: 110.000 tonela-
das de assucar, 85.760 côco~. 297 toneladas de batatas doces, 102 de mi-
lbo, 60 de arroz, 14 de feijão, 15 de polvilho, 20.000 de cana de assucar
-276-

não industrializada, 272 toneladas de farinha de mandioca, e outras pro-


dcçõ'es, no valor aproximado de 2.400: 000$000.
lndustrin - Funcionam no município, 14 fabricas de bebidas.
2 de calçados, 2 de artefatos de couro, e outros pequenos estabelecimen-
tos.
Pecnnria - Em 1920 existiam: 4.425 bovinos, 1.163 equinos, 95
asininos e muares, 1.926 oYinos, 552 caprinos e 806 suiúOS, no valor de-
829: ooosooo.
Cidade- Situada sobre uma colina a 25 kms. do rio 1\-languaba.
é celebre por ter sido teatro de grandes lutas contra o domínio holandez.
Conta 990 predios terreos, 6 assobradados e 3 de mais de um andar. E~
ilumiuada a luz eletrica.
l'iunn~as - A arrecadação das rendas municipais no ultimo ano
acusou !9: 631$000, tendo Estado arrecadado 34: 922$000 e a União ..• •
38:485$000.

PORTO DE PEDRAS
A séde do município tem a categoria de cidade. Termo judiciario
da comarca de São Luiz do Quitunde.
Supcrficie - 261 kms.:!.
Pos.i~üo nstronomica- 9• 11' 04" de latitude e 35° 23' 21" de lon-
gitude W. Grw.
Clirpn - Regular, haYendo impaludismo em alguns pontos.
Hidrogrniia - :\Ianguaba e Tatuamunha.
PoToat1os prJncipais - Patacho, Tatuamunba, Porto da Rua e-
São Miguel dos :\Iilagres.
)feios tle comunicn<:iio - Comunica-se com a capital por estrada
de rodagem, num percur~o de 90 kms., havendo tambem comunica~ãD
marítima. Tem serviço lelcgrafico e postal.
Po}mhu;üo - 23.151, ou 88,62 habitantes por lrm. 2 •
In ~1l'U<;üo - A população escolar orça por 2.400 creanças. N"o ul-
timo ano letivo matricularam-se nas 9 escolas prima·rias existentes 334.
ou 12 j; da população escolar.
Comercio -O movimento comercial declarado por 81 contribuin-
tes do imposto de industria e profissão foi de 1.537:000$000, em 1931.
A import!lção de outros E~tados atingiu a ·12: 402$000 c a exportação a
343:274$000 .
.A'~ricnltul'n - Estão al'roladas no município 635 propriedades
rurais no valor de 2.326: 980~000. O município é o maior produtor de
côcos no Estado, contando 144.368 coqueiros frutificando e 25.600 co-
queirqs novos. A produção do ultimo ano foi de 5.774.720 côcos no valor
rle 577: 000. 000. O município tambem produz assucar, sendo avaliada a
sua produção em 2.127 toneladas, no valor de 600: 000$000. Produz tam-
hem feijão, milho, café, frutas, etc., para o consumo da população e co-
mercio com os municípios visinhos.
IndostrJns - A não ser uma fabrica de oleo de côco, bem apare-
lhada, as demais industrias carecem de importancia.
Pecunrfa - Em 1920, existiam: 2.507 bovinos, 391 equinos, 35
asininos e muares, 1.183 ovinos, 248 caprinos e 395 suinos, no valor de
843: 000$000.
Cirlnde - A séde do município fica á orla do Atlantico e conta 55S
predios e cerca de 8.000 habitantes.
Finnn~as- No ultimo ano a arrecadação das rendas foi a seguin..
te: município 20:751$000 e o Estado 110: 098$000.
-277-

PORTO REAL DO COLEGIO


A séde do município tem a categoria de vila. Termo judiciario da
comarca de Traipú.
Superifcie- 535 kms.2.
Po i~ão astronomica - 10° 22' 00" de latitude e 36° 51' 21" de
longitude W. Grw.
Povoados principais- Barra do Itauba, Boa Vista, M:arabá, Cur-
·r alinho, etc.
OrnCTnün- Serra Maraba e Olho d'Agua.
)!cios de comunfca~ão - Dista da capital 219 kms. e comunica-se
com a cidade de Penedo por via fluvial, pelo São Francisco. A comunica-
~ão com a capital é feita por intermedio de Penedo, por estrada de roda-
gem. Tem serviço telegrafico e postal.
Populn~iio - 16.169 ou 30,22 habitantes por km. 2 •
Instru~ão- A população escolar é calculada em 1.610 creanças .
Tem o município 8 escolas primarias nas quais estiveram matriculadas,
no ultimo ano letivo, 248 alunos, ou 16 % da população escolar.
Comercio - O movimento comercial, em 1931, apurou um giro de
858:700$000, tendo sido coletados 93 contribuintes do imposto de indus-
tria e profissão. A importação de outros Estados foi de 20: 479~000 e a
exportação atingiu a 208: 982$000.
Agricultura - Contam-se no município 156 propriedades rurais
no valor de 1.071: 900$000. Existem no município 2 engenhos para fa-
bricação de rapaduras, com uma produção de 15 toneladas e 180 casas
•ae farinha de mandioca, com uma produção média de 235 toneladas. O
município é grande produtor de arroz e algodão, havendo tambem regu-
lar produção de outras culturas. O valor de sua produção ag1 i cola é
aproximadamente 800:000$000. O Estado mantem no município uma fa-
zenda de sementes de algodão, com campos de demonstração pratica
dessa e outras culturas por processos mecanicos. Além do beneficiamen-
to do algodão e do arroz, as demais industrias carecem de importancia.
Pecunrin - Em 1920, existiam: 6.511 bovinos, 871 equinos, 109
asininos e muares. 1.808 ovinos, 1.929 caprinos, 505 suinos, no valor de
1.056:000$000.
Vila- Situada á margem esquerda do rio São F1·ancisco, conta
530 predios e uma popula~ão de cerca de 5.000 almas.
Finnnças - No ultimo ano a arrecadação õas rendas municipaic.;
foi 15:507$000, tendo o Estado arrecadado 35: 883$000 e a União .....
8:000$000.
..
QUEBRAXGULO
~~m a categoria de cidade a séde do município. Termo Judici~rio
da comarca de Palmeira dos Indios.
Superilcie- 535 kms. 2 •
.Altitude - 342 metros
Clima - Quente, no verão, temperado no inverno. i\Iuito eauda.-
vel.
Hidrografia - Rio Pax·aíba com seus afluentes Balsamo, Ria-
chão, Agua Branca e outros.
Po,·ondos principais- Lourenço e Caldeirões.
:Meios de comunicn~üo - O município é servido pela Great Wes ..
tern, com estaçõPs na cidade e Lourenço, tendo aí a e~tação o nome de
' Paulo Jacinto. Cl-munica-se tambcm com a capital, da qual dista 117
-278-

kms., por estrada para automovel e serve-se de suas estradas de roda-


gem para comunicaç-ão e comercio com os municípios limitrofes. Tem
serviç-o tclegrafico da Great \Vestern e Telegrafo Nacional e serviço
postal cop.1 agencias na séde e em Lourenço.
Instru~ão - Sua populaç-ão escolar orça por 4.340 creanç:as. Con-
ta 18 escolas primarias, que, no ultimo ano letivo, matricularam 763 alu-
nos, ou 17 ~- h da populaç-ão escolar.
r>oltnh~üo- 43.478 ou 81,26 habitantes por km. 2 •
~ Comcr<>io - O movimento comercial, segundo o giro declarado
por 201 contribuintes do imposto de industria e profissão, em 1931, foi
ue ::>.202: 000$000. Seu movimento de importação de outros Estados atin-
giu a S2S : 361$000 e a sua exportação direta para outros Estados foi de
l19 ::33nooo .
~\.!;I.ien!turn - Estão arrolnclas pelo imposto territorial 450 pro-
priedades rurais, no valor ele 2.065 : 000$000. Sua produc:ão agrícola, na
ultima safra, teve a estimativa seguinte: algodão, 462 toneladas; fumo,
3GS; feijão, 457; maC'lona. :!19; milho, 2.577; café, 3D O; batatas doces,
439; farinha de mandioca. 9-10; polvilho, 41; assucar, 250; rapadurn,
7'2. al'm de outras produÇ'ões a;ricolas no valor aproximado de ... .. .
5.000: 000~000.
Indu!'trius - Funcionam no municipio: 3 fabricas de bebidas, 8
de calçados, 2 de artefatos de tecidos, 1 de moveis, 2 de queijos, 1 ele vi-
nagre, 5 beneficiadores de algodão 1 ele especialidades farmaceuticas,
além clC' outros pcqul'no~ estabrl,"cimcntos industrias .
Pt•CtHll'in - Sua população pecuaria . em 1920, era a seguintP.:
11.7 44 bovinos no Ynlor de 1.4!)4: 512SI100, 4.204 cquinos no valor de
600:580$000. 489 asininos c muares no valor de 99 :756$000, 4.117 ovinos
no valm· de 53 : 5:!1$000, 5.889 caprinos no -valor de 127:780$000, 5.0!J9
suínos no 'alor ele 338:!>53~000.
( idudC' - Qut>bmn;vnlo, que se chama,·a Vitoria, é uma linda e
prospt'ra ddat1c, á mart;em elo rio Paraíba, com 1.179 predios t.erreos e
4 :- ._,.:obr2d::. do·~. notando-se di\•C'rsos de moderna arquitetura. E' .ilumi-
na•.!:l ::t lnz eletrica, tem ruas calçadas, boa edificaç-ão .
· Finan~n" - No ultimo ano a Prefeitura municipal arrecadou
51: G-15$000, o Estado 83 : 5-i6SOOO c a linião 46:697$000.

SA:\TANA DO IPA..'\EL\IA

A séde do município tem a categoria de cidade. Judiciariamente o


mun icipio pertence a comarca de Pão de As~ucar.
Superiicie- 2.162 kms.2.
Altitutle - 205 metros, na cidade, e 340 no povoado :\!arayilha.
Climu - Quente, no verão, temperado, no inverno. l\1uito sauda-
v el .
HMrogrnfin - Rios Ipanema, Dois Riachos, Cabaças, Camuxiuga,
Gravatá e outros, todos tcmporarios.
Orograi!n - Serras Gravatá, Caiçara. Serrinha, Bois e outras, to-
das muito ferteis.
Povoados J)rincl}>ai - Trincheiras, Sertãosinho, :Maravilha,
Olhos d'Agua das Flores.
1\!clos de comunica~ão- Tem boas estradas transitaveis por au-
tomoveis em direção da capital, da qunl dista 221 kms., dos seus povoa-
dos e dos municípios circunvizinhos. Tem serviço telegrafico e postal,
este couí agencias nos poYoados principais.
Populn~iio - 47.976 ou 22,19 habitantes por km. 2 •

-
-279-

In. trnção - Sua população escolar está calculada em 4.790 cre-


anças. 'rem o município 19 escolas primarias das quais 7 estaduais, 9
municipais e 3 particulares. l\Iatricularam-se no ultimo ano letivo 724
creanças, ou 14 ';(, da população em idade escolar.
Comercio - Grande centro comercial sertanejo. Em 1931 foram
arrolados 160 contribuintes do imposto de industria e profissão, que de-
clararam um giro co!nercial de 4.202:000$000. Sua importação de outros
Estados montou a 60: 064$000 e sua exportação direta a 298: 267$000.
Agricultura - Estão arroladas para o pagamento do imposto ter-
ritorial 1.005 propriedades rurais no valor aproximado de 3.046: OOOSOOO.
Sua produção agrícola, na ultima safra, foi estimada em 3.950 toneladas
de farinha de mandioca, contando-se no município cerca de 500 peque-
nas fabricas desse genero, 50 de goma de mandioca, 257 de algodão
em rama, 700 de carC>ço de algodão, G5 de feijão, 2.979 de milho, 75 de
fumo, 151 de m2Jmona, além de outras produções agrícolas, no valor
aproximado de 3.500: 000$000.
In(lustrias - Conta o município 2 fabricas de bebidas, 5 de cal-
~ados, 3 de artefatos de couro, 7 beneficiadorcs de algodão e ou tros pe-
quenos estabelecimentos industrias. Produsiu, no ultimo ano, 4.500 qui-
los de toucinho, 1.500 quilos de queijo, 4.900 quilos de couros cortidos,
etc.
Pccnnriu - Em 1920, sua população pecuaria <:ra a seguinte:
2~.2 02 bovinos, no valor de 2.8!!: 8-H.k"'OOO; 2.932 equinos. no valor dP
425:140SOOO; 939 asininos c muares. no valor de 201:556SOOO; 16.356
o\·inos, Po Yalor de 222: 628$000; 35.518 caprinos, no valor de .. . .. .
720: 360$000; 5.116 suinos, no valor de 342: í72SOOO. O municipio é
grande produtor de peles c couros.
Citlnclc - Santana é uma bela e florcc~nte cidade sertaneja, ilu-
minada a luz eletrica, com ruas bem alinhadas e boa construção.
Finnnçn~ - A Prefeitura l\Iunicipnl no ultimo ano arrecadou ....
57: 158 000, o Estado 88: 594$000 e a União 25: 763$000.

SA~TA LUZL\ DO XOUTE


A séde do município, Rio Largo, tem a categoria de cidade e é
tambem séde da comarca de Santa Luzia do N'orte, a qual pertence o mu-
nicípio de ~Iuricí. A comarca tem 4 distritos judiciarios, uma superfic1e
de 1.028 kms.!! e uma população de 78.358 habitantes.
Superi'icie do mnnicipio - 336 kms. 2 •
AlHtu,le- 13 metros em Cachoeira, 46 em Lourenço de Albuquer-
que, 5,50 em Satuba, 12 em "Ctinga.
PoToa<lo~ principni~- Santa. Luzia do Norte, antiga séde do mu-
nicípio, Coqueiro Seco, á margem da lagoa do Xorte, Utinga, Cachoeira,
Satuba, Apolonia.
Clima - Regular, havendo em alguns pontos casos de impaltt-.
disruo.
Jfeios de comuni<'nçüo - O nmnicipio é servido pela Great Wes-
tern, com estações em Rio Largo, Cachoeira, Lourenço de Albuquerque,
Satuba, Utinga. A séde dista da capital 28 kms., havendo diariamente
ser\"iço de auto-omnibus para outros pontos. Possue excelentes estradas
de rodagem. O serviço telegrafico é feito pela Great Western. Existem
agencias postais na séde e nos povoados mais importantes. •
Popalnçüo - 29.663 ou 88,20 habitantes por km.2 •
Instru~ão - A população em idade escolar é de 2.960 creanças.
;Ha no município 28 escolas primarias, sendo 14 estaduais, 2 municipais
-280-

~ 8 particulares. No ultimo ano letivo matricularam-se 1.135 creanças,


ou 40 ~~ da população escolar.
Comercio - Bastante ativo o comercio, principalmente na cidade
de Rio Largo. Em 1931 foram arrolados 210 contribuintes do imposto
de industria e profissão, que declararam um giro comercial de Rs..... . .
10.627: 500$000. Sua importação de outros Estados foi de 147:445$000 e
a exportação direta de 32: 945SOOO. A capital é o principal abasíecedor
<lo muuicipio.
Agricultura - 1\Iunicipio assucareiro por excelencia, possuindo
tenas magníficas para a cultura da cana. O imposto territorial arrolou
130 propriedades rurais, no valor de 5.129: 000$000. Conta o município
2 usinas de assucar e 29 engenhos banguês. As usinas declararam um ca-
pila.l de 13.732: 643$000 invertido na industria e uma produção média
de 20.000 toneladas de assucar. O município proditz cô~os, feijão, fari-
nha de mandioca, milho, frutas, batatas, sendo um grande fornecedor
da capital e municípios limítrofes. Sua produção agrícola pode ser ava-
liada em 8.000: 000$000.
Indu~trin~ - Existem no município: 1 fabrica de fumo, 7 de bebi-
das, 2 de calçados, 1 de artefatos de couro, 5 de vinagre, 3 de café, 2 gran-
des fabricas de tecidos de algodão, 2 de artefatos de tecidos, 2 de man-
teiga, 5 de ladrilhos, 1 de sabão, 1 cortume e outros pequenos estabeleci-
mentos industriais. Sua produção industrial pode ser calculada em ....
22.000 : 000~000.
Pt-cnaria - Calculo de 1920: bovinos, 5.009, no valor de ..... .
616: 107$000; equinos, 1.046, no valor de 151:670, 000; asininos e mua-
res 436, no valor de 85: 944~000; O\' inos, 1.391, no valor de 18: 083$000;
caprinos, 58, no valor de 1: 16SSOOO; suínos, 164, no valor de ..... .
11: 377~000.
Cichule - Rio Largo, bela e prospera cidade, á margem do rio
Mundaú, com 1.905 preclios terrcos c 19 assobradados. Possue serviço
de forç:a c luz el~tricas, runs bem calçadas. Os principais povoados, Ca-
choe1ra e Utinga. são grandes centros industriais servidos por linha fer-
rea e luz eletrica. Em Satuba está instalado um Aprendizado Agrícola de
primeira ordem. Na sédc do município, o comercio é intenso. A Compa-
nha Alagoana de Fiação e Tecidos, que possue no municipio 2 grandes
fabricas, mantem um magnífico grupo escolar, um serviço de assisten-
cia aos seus operarios, modelar, com creche, salas de operações, enfer-
maria, etc.
F.iunn~a · - A Prefeitura Municipal, no ultimo ano, arrecadou
101: 730$000, o Estado 177: 314$000 e a União 713: 969$000.

SÃO BRAZ

A séde do município tem a categoria de vila. Judiciariamente per-


tence á comarca de Traipú.
Superficie - 536 kms. 2 •
PoYon.dos J>rincipni~ - Olho d'Agua e Mucambo.
Meios de comunlcnçiio - Comunica-se com a cidade de Penedo
por via fluvial. Dista da capital 227 kms. Tem serviço telegrafico e postal.
Popnlaçii.o- 17.638, ou 32,92 habitantes por 1mn.2.
lnstruçii.o- Sua população escolar está calculada em 1.760 crean-
§as. Possue o município 6 escolas. Matricularam-se no ultimo ano letivo
206 alunos, ou 11 % de sua popalação em idade escolar.
Comercio- Foram arrolados, em 1931, para o pagamento do im-
posto de industria e profissão, 40 contribuintes, que declararam um giro
-2Sl-

comercial de 539: 800$000. Seu movimento comercial é feito com a pra-


ça de Penedo e municípios vizinhos. Importou de outros Estados .... . .
28: 445SOOO e exportou diretamente 7: 233$000 .
.Agricultura - Para o pagamento do imposto territorial foram
arroladas 190 propriedades rurais no valor de 7 42: 000$000. Produz
principalmente .arroz e algodão. Estes dois produtos fazem o comercio
local. Produz tambem para o consumo interno milho, feijão, farinha
de mandioca, etc. Sua produção agrícola pode ser avaliada em ..... .
õ00:000$000.
Ind ustrlas - Carece de importancia as existentes no município.
recuaria- Calculo de 1920: bovinos, 7.042 no valor de 866: OOOS;
1.160 equinos, no valor de 168: 200$000; 126 asininos e muares, no valor
de 25: 700$000; 4.807 ovinos, no valor de 62: 491$000; 4.358, caprinos,
no valor de 87': 160$000; 1.981 sul nos, no valor de 132:727$000. O mu-
nicípio é produtor de couros e peles.
A Tfla- Fica situada á margem esquerda do rio S. Francisco, tem
cerca de 250 predios e 4.000 habitantes.
Finan~as - A Prefeitura Municipal no ultimo ano arrecadou
'J: 775$000 e o Estado 45: 650$000.

SÃO JOSÉ DA LAGE

A séde do municipio tem a categoria de cidade. Judiciariamente


pertence á comarca de União.
Snperficie- 622 kms.2.
Altitude - 254 metros.
Posiçiio nstronomicn - 9• 09' 37" de latitude e 36° 00' 57" de lon-
gitude W. Grw.
Clima- Muito saudavel.
Hidrografia - Rios: Canhoto, Anhumas e Jacuípe.
Orogrniia- Serras: Canastra e Maria Maior.
PoYondos principal~- Piquete, Serra Grande, Carurusinho c Ca-
nastra.
ltfelos de comnnicn~iio - O município é servido pela Great Wes-
tern, com estações na séde e em Serra Grande, grande centro assucarei-
ro. Dista da capital 111 kms. e com ela comunica-se diariamente por
estrada de ferro. Possue boas estradas para automoveis em direção a
outros municípios e seus principais povoados. Tem serviço telegrafico
da Great Western e serviço postal.
Popula-:ão - 58.471, ou 32,000 habitantes por km. 2 •
, Instrução -Sua população escolar é de 5.600 creanças. Tem o mu-
nicipio 10 escolas primarias, nas quais se matricularam, no ultimo ano
escolar, 359 alunos, ou 6 % de sua população em idade de instrução.
Comercio - O imposto de industria e profissão, em 1931, arrolou
210 contribuintes, que declararam um giro comercial de 3.798: 707$001).
Sua importação de outros Estados atingiu a 676: 302$000 e a exportação
"(]freta a 203: 406$000.
Agricultura - O municipio é assencialmente assucareiro, con-
tando 2 grandes usinas, que declararam ter um capital invertido na in-
dustria de 14.574:000$000. Conta 8 engenhos moentes e 3 de fogo morto e
102 casas de farinha de mandioca. A estimativa de sua produção, na ulti-
ma safra foi a seguinte: 10.980 toneladas de assucar, 600 de rapaduras,
2.100 de farinha de mandioca, 200.ooo-utros de aguardente, 1.680.000
ele alcool-motor (Usga) , 60 toneladas de goma de mandioca, além de
-282-
grande produção de algodão em rama, café, milho, feijão. Sua produção
pode sP.r avaliada em 12.000:000$000.
Industrins- Existem no município: 5 fabricas de bebidas, 4 de
calçados, 3 de Yinagre, 3 de queijos, com uma produção de 15.000 quilos,.
2 de artefatos de couro, 1 beneficiador de algodão, além de outros estabe-
lecimentos industriais de menor importancia.
Peeunrin - Calculo de 1920: bovinos 12.140 no valor de ..... .
J .493:220$000; 4.222 equinos no valor de 612:190$000; 694 asininos e
muares no valor de 141:576$000; 2.742 ovinos no valor de 35:750$000;.
4.4 88 caprinos no valor de 89:760$000; 2.770 suínos no valor de . . .. . ;
173: 590$000 .
CJdnde- Das mais importantes do Estado, situada á margem da,
linha ferrea, com 556 predios terrcos e 8 assobradados, boa edificação.,
uma igreja matriz notavel pela sua beleza arquitetonica, excelente ser-
viço de força e luz clctricas, etc.
FJnan~n - A Prefeitura Municipal no ultimo ano arrecadou
70: 768$000, o Estado 153: 850$000 c a União 86 : 448$000.
SÃO LuiZ DO Ql:ITUNDE
.•
A séde do município tem a categoria de cidade e é tambem séde
da comarca do mesmo nome, a qual per tencem os municípios de Camara-
gibe e Porto de Pedras. A comarca tem 8 distritos judiciarios, 1.942 kms.2
c 87.555 habitantes.
• U)Jerficie - 805 kms.!!.
Altitude - 15 metros na cidade e 90 em Flexeiras.
Clima - Regular. l\Ianifesta-se o impaludismo nos pontos mai~
baixos e pantanosos.
Hidroe-rnfia- Rios: Santo Antonio Grande, e afluentes .
l,ovondos }lrincipai. - Flcxeiras, Barra de Santo Antonio, Pari~
poeira, etc. ·
Jffins de comunirn~üo - Fluvial, pelo Santo Antonio Grande,.
em barcaças, até o povoado Santo Antonio; marítima e terrestre, por
estra~s para automoYel, em direção da capital e dos municípios vizi-
nh os. Servido pelo Telegrafo Nacional e tem servi<;o postal. Dista da
capital 65 kms.
POJH!!n~fio - 33 .038, ou •11,0 1 habitantes por 1\:m. 2 .
Jnstrnc:iio- A popu!ação em idade escolar está calculada em 3.300
creanc;as. Sécle do gntpo escolar ":.\Iessias de Gusmão ··. Além desse es-
tabelecimento conta 8 escolas primarias. No ultimo ano letivo estiveram,_
matriculados 437 alunos, ou 13 r; da população escola r.
romcreio - Em 1931 foram arrolados 148 contribuintes do im-'
posto de industria e profissão, que declaram um giro comercial de ... .. .
2.630:200$000. Suas operações de compra e venda são feitas quasi que.
exclusivamente com a capital.
At:rriculturn- O município basca a c;ua Yida economica no assu- '
c ar, mantendo 3 usinas, com um patrimonio de cerca de 4.000: 000$000 e.
uma produção de 4.200 toneladas de assucar, em m~dia anual, e 56 enge-
nhos banguês. Sua produção no ultimo ano agrícola foi assim calculada:
9.980 toneladas de assucar, 5·1 de rapaduras, 28.92·! litros de as,ruardente,.
6~.440 litros de alcool, 4.318 litros de alcool-motor, produzindo a inda
feijão, côcos, milho, arroz e outros generos, inclusi'\"'e farinha de man-
d ioca, para cuja fabrica<:ão mantem cerca de 300 pequenas fabricas_
Sua safra pode ser calculada em 4.000:000$000. E>:istem no município~
arroladas para o pagamento do iillposto territorial, 222 propriedades ru-.
rais no valor de 6.285:380$000.
-2S3-

Industria -Existem no mun icípio : 11 fabricas de bebidas, 1 de


calçados, 1 de Yinagre, 1 de artefatos de couros, 6 de mo\·eis e outros es-
tab~lecimentos industriais de menor imporlancia .
Pccuurin - Resenceamento de 1920: bovinos 7.~62 no valor de
94:;: 226$000 ; eq ui nos 1.990 no Ya1or de 288 : 550$000; asininos e mua-
r es 200 no valor de 40 : 800~000; 3.~80 m·inos no valor de 42: 640SOOO ;
caprinos 453 no val or de 9 : 060SOOO; suinos 1.134 DO valor de ... .. .
';5:978$000.
('ithHlc -Bonita e flo recentc cidade, á mar gem do rio Santo An-
tonio, com ·!50 predios terreos e 3 assobradados, boas ruas e edificação
regular. E' iluminada por luz elctrica.
l"innu~n ~ - A Prefeitura Municipal no ultimo ano a rrecadadou
4G :-157$000, o Estado 5S: 868$000 c a 1:nio GO: 553$000.

A sédc do município tem a categoria de cidade c é tamhem séde


da comare3. do mesmo nome, a cuja jurisdição pertence o munici pio de
Alagoas. A comarca t em 5 distritos judicia.rios, 1JJC9 kms.:! e uma popula-
ção de 62.025 almas.
SmH•rfidc - 1A2<: lnns.!!.
Altitutle- IJ.O metros.
l'o"i(•:in a -.h·unomka - 9c 4()' 52·· de latitude e 3G" 35' 06" de lon-
gitude W . Grw.
('Iimn- Saudavel.
Pcn 0111ln~ l)rinrii,ni · - B:nra de São Miguel. Campo Alegre, J i-
quiá da Praia, Sinimbú.
1Uci•>s c!t• ('Omunitu<:ãn - Comunica( ão marilima e t errestre com
a capital do Estado. da qual está distante 70 kms. Po-,sue hoas estradas
de 1·odagem para ligação com a t'lpital, poYoados prinri})ais c mun ici-
Iios cir cunvizinhos. Tem sen·ic:o lclegrafiro e })O~ta.l .
I,opuln~uo - 38.187, ou 26,71 habitantes por km.:!.
Jnstru~iio - A população escolar é aproximadamente de 3.810
cre3.ncas. Ccllta o municipio 17 escolas primarias, n as quais se matricu-
laram, em 1931, 704 crean~as, ou 19 c;., da população escolar.
· Comercio - Em 1931 for am incluíd os na lista dos contribui ntC's
do imposto de industria e profissão 154 pessoas, qne decla raram mn giro
comercial de 4.'143: 100SOOO. Seu comercio de compra ~ venda é fei to
quasi que exclusin\mcnte com a capital c municípios limítr ofes. Sn::t
~xportação , direta montou a 420: 501$000 .
Agricult.ura - Foram arroladas para o pagamento do imposto
territorial 504 propriedades rurais no Yalor de 6.285 : 3SO."'OOO. Conta o
município 1 grande usina de assucar e 34 engenhos banguês moentes,
8.815 coqueiros frutificando, senclo a sua produção agricola avaliada as-
sim: 55 toneladas de a noz, 79 de a lgodão, 180 de feijão, 370 de milho, 360
de batatas, 352.600 côcos, 2.000 toneladas de mandioca não industriali-
zada, 550 de farinha de mandioca, 2.470 toneladas de assucar, 200 de ra-
J>aduras, podendo essa produção ser avaliada em 3.000:000$000.
Industrias - Existem no município: 2 fabricas de bebidas, 8 de
calçados, 4 de vinagre, 2 grandes fabricas de tecidos de algodão com uru
patrimonio de 4.350: 000$000 e uma produção, em 1931, de 5.489.209 me-
fios de tecidos diversos DO valor de 3.350: 000$000, 5 fabr icas de moveis,
2 de artefatos de couro, 1 de sabão, 2 c!frtumes, 1 fabrica de especialida-
des farmaceuticas, e outros estabelecimentos industriais. Sua produção
industrial é calculada em 4.000: 000$000.
-~84-

Pecunrin - Resenceamento de 1920: bovinos 5. 787, no valor de


711: 801$000; equinos 1.936, no valor de 280: 720$000; asininos e mua-
res 493, no valor de 100:572$000; ovinos 2.810 no valor de 36: 530$000;'
caprinos 3.258, no valor de 59:160$000, suínos 924 no valor de 66:908$ .
{'idade - E ' uma das mais bonitas cidades do interior, contando
908 predios terreos e 18 assobradados, alguns de moderna construção.
E' iluminada a luz eletrica.
Finnn~as - A Prefeitura l\Iunicipal, no ultimo ano, arrecadou
84:446$000, o Estado 195:325$000 e a União 350:995$000.

TRAIPú
A séde do município tem a categoria de cidade e é tambem séde
da coma rca do mesmo n ome, á qual pertencem os municípios de Porto
R eal do Colegio e São Braz. Tem a comar ca 5 distritos judiciarios, uma
superiicie de 2.416 km s.2 e uma população de 59.596 almas.
Superflcie elo município - 1.386 kms. 2 •
('lima- Geralmente saudasel.
I>oyontlos principnis - Belo Horisonte, Capivara, Caraibas, La-
gôa da Canôa, Priaca, Santa Cruz, etc.
)[cios de comunirn~iio - Comunica-se com a cidade de Penede>
pelo rio São Francisco. Dista da capita l 246 kms. e tem estrada de roda-
gem em direção da capital, seus povoados e municípios limítrofes. T e m
serviço telegrafico e postal.
Populn<:iio - 25.789, ou 18,67 habitantes por km. 2 •
ln !-itru~ão- A popula~ão escolar orça por 2.580 cr eanç:.as. Existem
no município 9 escolas primarias. No ultimo ano letivo a matricula foi
de 310. ou l2 '; da população escolar.
('omerdo - Em 1931 foram arrolados 112 contr ibuinees do im-
posto de industria. e profissão, que declaram um giro comercial de . ... . .
1. 966 : OOOSOPO. O seu comercio de imporlação é feito por Penedo. A ex-
portação direta do município foi de 59: 387$000. :VIantem atiYO comercio
com os municípios 1imitro'fes .
.A~rkultura - O imposto territorial arrolou, em 1931, 641) pro-
priedades rurais, no Ya1or aproximado de 1.052 : 250SOOO. Produz prin-
cipalmente arroz e algodão, produsinclo tambem farinha de mandioca,
milho, fe ijão, etc. Sua produção agrícola pode ser avaliada em .... . .
l.OOC: 000$000 .
lndustriu~ - As mais importantes são a do beneficiamento do
arroz c do algodão e a de couros e peles.
Pel'uaría - Resenceamento de 1920: bovinos 15.132, no valor de
1.901: 211SOOO; equi nos 1.378, uo Yalor de 241:895$000 ; asininos e mua-
r es 221, no valor de 45: O 4$000; OT"inos 3..!35, no valor de 44 . 655$000;
caprinos 7.149, no valor de 152:980$000; suínos 1.050, no valor de .. ..
70:350SOOO.
Cidade - Situada á margem esquerda do rio São Francisco, conta
329 prNlios terreos e 5 assobradados. E' iluminada a luz eletrica.
]" innn~n s - ~o ultimo ano a Prefe itura :\Iunicipal arrecadou
29: 29:?SOOO, o Estado 40 :036$000 e a t;uião 12:238$000.

U:\IÃO
A séde do município tem a categoria de cidade e é tambem séde
na comarca do mesmo nome, á f!Ual pertence o município de São José
da Lage. A comarca tem 6 distritos judiciarios, uma superfície de 1.671
kms.2 e uma população de 133.821 habitantes.
-285-

Superiíeie do municJpio - 1.094 kms.2.


Altitude - 155 metros na cidade e 110 em Barra do Canhoto.
Posição nstronomcin - 9• 09' 37" de latitude e 35 59' 34 ., de lon-
gitude Vv. Grw.
Clima - Dos mais saudaveis do Estado.
Po,·oudos principni - Bana do Canhoto, 1\Iundaú-:\lirim e l\Iun-
guba.
)feios de comunicn~iio - O município é servido pela Great 'Ves-
tern, com estações na cidade e em Barra do Canhoto. Possue boas estra-
das de rodagem na direção dos municípios limít rofes e seus principais
povoados . Dista da capital 89 kms. T em serviço telegrafico da Great
Westeru e postal.
OrogTnfin - Serras: Imbira, Macaco, Barriga e outras.
Hidrografia - Rios: Mundaú e afluentes.
Populn~iio - 71.350, ou 68,01 habitantes por kms.:!.
lostni~ão - A população em idade escolar está calculada em
7.130 almas. Conta o município 1 grupo escolar e 11 escolas primarias
isoladas, que, no ultimo ano letivo, receberam 576 alunos, ou 9 íó da
população escolar.
Comercio - O giro comercial, em 1931, declarado por 156 contri-
buintes do imposto de industria e profissão foi de G.425: 100$000. Sua
importação ele outros Estados montou a 500 :769$000 e a exportação di-
r eta a 268:763$000 .
. \ !{riculturn - Foram arroladas pelo im posto territoria l 380 pro-
priedades rurais, no valor aproximado de 7.783:000$000. A produção
agrícola, em 1931, teve a seguinte estimativa: assucar 2.050 toneladls,
1.150 de rapaduras, 283 de algodão, 860 ue feijão, 5.066 de milho, í5 de
café, 23 de arroz, 16 de fumo, 480 de mamona, 670 de batatas, 822 de
mandioca não industrializada, 192 de farinha de mandioca. Essa produ-
ção pode ser calculada em 4.000: OOOSOOO. O município é ainda grande
produtor de frutas, principalmente abacaxis e laranjas.
Iudustrins - Funcionam no municipio: 10 fabricas de bebidas, ·1
de calçados, 3 de artefatos de couros, 2 de vinagre, 2 de moveis, 1 de
queijo, 1 de sabão, 5 cortumes, 3 ben~ficiadores de algodão, 1 usina Je
assucar, com fabricaç:ão de alcool e aguardente, 42 engenhos lHlllf?,'oê. •
Pecnarin - Resenceamcnto de 1920: bovinos 21.075, no Yalor de
2.592:225$000; cquinos 5.096, no valor de 738:920$000; asininos c mua-
res 350, no Yalor de 71:400$000; ovinos 2.750, no valor de 35 :750$000;
caprinos 1.477, no valor de 29:760$000; suínos 4.206, no ,·alor de ....
281:802$000.
Cidade - Situada á margem do rio l\Iundaú, no dorso de uma co-
lina, é uma das mais adeantadas e bonitas cidades do Estado. Conta 1.291
predios terrcos e 4 assobradados, ativo comercio, um magnífico predio
escolar, cinema, bons hote is, boas ruas calçadas e excelente iluminação
eletrica. •'·
Finnnç:a~ - A Prefeitura :.\Iunicipal arrecadou no ultimo ano
113: 180$000, o Estado 138: 455SOOO e a União 63: 687$000.

VIÇOSA
A séde do município tem a categoria de cidade e é tambem séde
da comarca do mesmo nome, a qual pertence o município de Capela . A
comarca tem 4 distritos judiciarios, uma superficie de 1.526 kms. 2 e uma
população de 107.101 almas.
Superficie elo muniel},io - 948 kms. 2 •
.-286-

J.Jtitudc - 190 metros na cidade c 247 em Anel.


( 'lima- Dos mais saudavcis do Estado.
liidrO"'rnfia - Tiios : Paraíba, Caçamba, Limoeiro e Riachão.
Orob'Tafju - Serras do Bananal, Dois Irmãos, Cavaleiro, Olhos
d'Agua.
I>o"'ondo~ principais - Pindoba Grande, Bom Sossego, Anel e
Lagc do Caldeirão.
1ft•ios d e c·omuniC!l('ão - O município é servido diariamente pela
Great \Veslcrn. com estações na cidade c em Anel. Possue boas cstrad:ts
<lc rodagem em. direção <la capital do Estado, da qual está distante 84·
l\ms., d" seus po,·oados c dos municípios limítrofes. T em serYiço telcgra-
fico c~ a (, rc::.l \Yestcrn c scn·ic;o postal.
J'( puln<:fio- 70.665, ou 74,;>3 habitantes por li:m.!!.
I~;~.trn~::w - .\. população cs~oll r orça por 7.060 a lmas. Conta o
munic-ipio 2G escola~ primari:l.s, das quais uma é grupo escolar. Dessas
escolas. 12 são mm~liclas pelo Estado, 5 pelo município c 7 são particu-
lares. :\o ultimo ano lctiYo csti\·cram matriculados 1.01 aluno!;. ou 14
d.t 1 J;;.lb'.~ > e, t.llL .\ · dHu~ão do cns:no pt·imario r. soc.:iedade Ins-
tr utora ':içofi"n~c JH'esla t,J anrlr.s Fcn·iços.
('om(•rrio - O giro corucl'c:ial apurado em l !l31 peJa Col<?toria Es-
tadual fo i de 10.4G;;: 000~000, h<"!.Ycnclo c:;iflo arrolados 3·16 conlrlhuintcs
t' o ilJljlo::>to d'- indnstrla c profis~ilo. Sua impor-taçã<> de outros Estados
montou a GJ 6: 284:~000 e a c:~portaç5o a G02: 077$000. O movimento ban-
ca rio pelo Danco Agricola ele Viçosa foi <lc 1.677: 777SOCO, havendo de-
}IOSitos no valor de 701: 000$(100 c tenrlo montado os emprestimos, inclu-
si;·c tit nlos dcsc·ontado~. a í7fi: 000:)0 tO.
-~ :!ric~llt!H't! -Em J fl;jl foram ar1·oln.clac:; pPlo imposto territorial
fi ·~ n Jll'Oln·i~'1acl es ru1 •· ~. I' O ,.a lo r aprox imado de 12.283: 150$000. A esti-
müti'.·a ele sua vro lucão agrieola foi a scbuinte : assucar 2.640 toneladas,
rapnclnra 1 21'0 <"'W~rdentc •15.Ct00 litros, rnrinha de mandior;:~ 2J340 to-
1lelac1as. d lt;nrF 0 Pm rama 2.000, arroz beneficiado 15, mandioca não in-
du~lrializacla 13. c.afé 744. milho 5.000, feijão 2.838, batatas doces 714,
mamona 439. caroc.o ele alg-odão ·1.000. inhame 200, fun:o 268, podendo
a sua 1 rotlucão se:· est im ada em Hí.OO(J: COC'$000.
Intlu~tria::; - Existem no município: 1 cor tu me aparelhado com
os melhores maq uini<5mos para Loda e~pec i e de preparo do couro c peles,
23 fabricas de bebidas. 8 de calçados, 3 de artefatos de couro, 2 de ladri-
lh os. 1 de moveis. 1 de sabão. 2 bcneficiadores de algodão, 10 cn~enboc;
de af'sucar, além de outros estabelecimentos industriais. Sua produção
i ndu~trial pode ser avaliada em 2.000: OOOSOOO.
Pccunria - Calculo de 1920: bovinos 25.209, no valor de .... . •
3.100 :707$000 ; equinos 8.334, no valor de 1.211:330$000; asininos e
muares 409, no valor de 81:430$000 ; 0\'inos 1.212, no va lor de 15: 756$;
caprinos 3.622, no Yalor de 70: 440$000, suinos 10.904, no valor de . .. .
730:568$000.
CidtHle - Situada á margem esq uerda do rio Paraíba, entre duas
colinas, é uma das mais formosas cidades do interior. Conta 1.500 pre-
dios, aproximadamente, numerosos de construção moderna. Tem um
110spital particular, diversas associações !iterarias, esportivas, recreati-
vas e beneficentes, cinema, teatro , ruas bem alinl1adas e com calçamen-
to a paralelepidos, boa iluminação eletrica.
Finnn~ns- No ultimo ano a Prefeitura Municipal arrecadou .. .•
108: 560$000, o Estado 146: 150$000 e a União 76 : 878$000.
i\ssuntol:i ~ngs.

A Rl'E('TOR I•'J~I('O~ ....... . . 7


Pu~ir;i1o a~t rnnnn1i<-:1 . . . • . . • . . . . • . • • • . •. • . • . • • . . . • . • . •• . . . . . . :)
LimiH-s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . !)
~1111\ rrkh• lC'rriturial . . • . . . . . . . • . . • . . . . . • . • . . . . . • . . . . . . . . • .. 1(l
Zunas t<1pog;a rtc··•·" . . . . . . • . . . . . . . • ... .... ... ... ... ... .. 11
Rn<·r~in hidrnull<-:t . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . ..... };j
Oro!.n·ar!:t . . . . . . . . • . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . l(j
lllur"'grafin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
C'lhn:t . . . . . . . . . . . . . .. 1~
Snluhricl:l<l<' <' <·olonl7.nd'i.o . . . . . . . .• 2\)
'Y<'~c·tnc;ào ...... ... . . . . . . . . . . . . :!1
lU ll<'l'lllS • . • • • • • • • • • • • • • . • . . •• :! I
R1•sunw <·limatolo~ico . . . . • . . . . . .. :!0 ,...
Llmllt"S c ar<'~· der; munidplo.o: . . . . . . . . . • . • • . • . . . :;o
..,,,
Qruulro dl' nltilndt•.s .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,,_
Quadro de <·oordC'n:Hlns ~l·O~rafie•s . . . . . . . . . • . . . . . • . . . . . ;{:1
Qunclro <In~ distnndu:-. cmr-n• n c·llJIItal t• a:: ~···!l~ 1k,, mnnit:lpio~ . . . . . . . .
Qwulro elas distan<·i;ls t•Jün• :1s ~-<lt·~ d ')S munldpl"' • u-; (lrhtt·ipai:-: Jlll\'u:ttlc •s
··-:\7
•J•)

POPt L.\CJ.\0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 45
t•m .\lu~o:t~ . . . . . . . . . . . . •. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ilt'<:l'll..Sl':llllC'llf.Os H
Popul:tt,i.o dc' nHUiit·ipiu d;l t':llli 1:11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . .• rm
n(~~nlfin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. li()
AGRICI' LTt ' fiA . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. (:,';
Rituaç;1o n,ln'i<•ola . • . . . . . . • . • • • . . . . . . . . . . . . . . . . . • .. ('..3
Cnna de OS.'itl<'õlr • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . . • • • • • • • •• (jj
.\ J:{CM)ilO • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • , , • • • • , , • • , • S1
Fc•ijilo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. R-!
~llll~l . . . . • . . . . . . . . . . . -. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .• Sj
:\ln'rncma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. f\8
C'a!(• . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . • f;!)
(.'i.cos . . . . . • • • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... • ...• . .......•..•.. !)ti
~In.nd loca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . !U
na t:l t:ls dcw·c·.s . . . . . . . . . . . . . . . . . • • . . . . . . .. !)3
Outra,:; t·ulturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. !M
Fruticultura .. . .. . .. . . .. . .. .. . . .. .. . .. . !H
A r<'a ngri<'()l:t . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . .. n;;
Credito tt;..rric-ol.n .. . . .. . .. .. . .. . .. . .. . .. . !)!)
Quadro produt;iw 'clt• Jll:tnlts alim •nlki~lr.:; . . . . . . . . . . . .
cln 100
Quadro )lrotluc;iiu <In c:nltur:t clt• Jll.tul:t' Hrhusth·a~ C.' :trltor<'Cc.ntc.•s ....
du ]()1
Qun.clro procltu;ilo <la cultu!'a lll' plomt·L~ ilulustrlal.s
da 10:!
Quadro produc;ilo d (\ dcri,·:l!lJ>s tln c·ana tl • :t~nc·;tr
da 10:~
Qnadro prvdtu;i'i.o dt' dc'.l'lntdl'' da 111:111 lioca
ela 101
An·:t cultl\'ad~l no..' 1.'-inhc.•lt'<'itn<'ntc~, r uruls .... . . ] (};j
Qutulro du JH'OI.Inc;~1o <li! nlrlas c·ult tn·as . . . . . . . . . ](l{i
Qn:ulro clu tnlturu <le nhc:Um:.- no I·~...tud1• . . . . . . . . . .•. llll
Qrw.cl rcvda c.·ri:1~ilo de a \ 'CS doull'~11t:ns . . . . . . . . • lOS
~Dl'~Tltl.\ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ]()!)
Iuclu~trln tC'xtil . • . . . • • . . . . . . . . • . . . . . • . • . . . . . . . . . . . • • . . . . . • .. 111
I ndtt4rl:t <I<' madei.r,'lS .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1 ](j
IndtLc.rtria mot:llurgic.'l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 116
Ccrrnnic:t . . . . . . . . . • . . . . • • . • • . . . . . . . • . . . . . . . .• Jl(j
Pmclutos l')nimico~ proprl:mwntc.• dlm" <' produtos nnnlo;;ox 117
Ioumm·la da allmcntnc;ão . . . . . . • . . . . . . . . . . . • . . . .. 117 •
l lHl~it'ill c.to mobiliurio . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . .. lJO
,\c;suntos Pa g:-;.

Indu~ ria llo Yc:-:1 u:nio • . . • • • . • . • • . • • • • • . . • • . • . • • • . • • • • . . • • . ..


Iudust ria cln Nllfl<·:u;iío .. . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . .. . . . . . . .
,.,,.....,
"1~0

Indust ria do t r:lll~<]ltll'll' . . . . . . • . . .. . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . • . . .


ltulnslrill cll' t~·m•m ni~..:ão ti~ fon;.t" th•kn..- . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. I:!:'
lndu!'trin t"\•lnth·n fls <:il'IH'Í!I", h'h·ns l' :11'1 " . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 ·•
J mht<,1 rln cln pe...:ca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ]..!:!
C'O:\It·: rt<'IO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . _,
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:\l ci\'ÍIIH'IItO ('()IIIC'rt'Í:Ij .. . . .. . .. .. . .. . .. • .. . .. • .. . .. . .. . .. . .. . .. ] !~~
('apil:t l c·c>JUC•n·i:JI •••••••••••••••••••• • •••.•...•••••••••••.• 1:l!l
ltt•1ulas da .\lf:liUl('l!a . • . . . . . . • • • . • • . . • . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1:l!l
H-.J,.lrtuc;iiu ~l· r:ll elo r:st:uln . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . 1·11)
PBC'l'.\ UI.\ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. ]l:í
.\ l't'<·na ria nn l':..:I:Hin . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . .. ] li
ltc'<·•·n,.;r•:lllll'l ll o cio ~nclo . . . . . . . • . • . . . • . . • . . . . . • • • .. 1t"
l'mdut;iio do ~:H lo c•m 1 !l:ll . . . . . . . . . . . . . . • . . • . .. J;;S
ln•lll."ltri:l Jl:lsim·il . . . . . . · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ]f;t)
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