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AS CONTRIBUIÇÕES DA BNCC PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Com o objetivo de garantir uma aprendizagem comum, Base Nacional abre


possibilidades para ampliar cultura de inclusão na escola
Por Silvia Ferraresi
O ano termina e, com ele, começa o planejamento escolar para 2019. O próximo ano
será repleto de novidades na área da educação e uma delas, em especial, provocará
mudanças significativas em todo o país. Trata-se da chegada, na prática, da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) à grande parte das escolas brasileiras.
A BNCC estabelece os conteúdos essenciais e as competências que os estudantes
deverão desenvolver ao longo de toda a educação básica. Durante 2018, o documento
orientou a elaboração do currículo nas redes estaduais e municipais do país. Para os
próximo ano, as equipes docentes deverão começar a implementar estratégias
pedagógicas orientadas pela Base Nacional.
E como determina a legislação, as escolas particulares também deverão se alinhar à
BNCC. Como seu objetivo é garantir uma aprendizagem comum a todos os estudantes,
ela abre possibilidades de construção de uma educação cada vez ainda mais inclusiva
também na rede privada. Se a Base não está em pauta em sua unidade, ainda dá tempo
de se informar e garantir estratégias e recursos pedagógicos para que todos aprendam.

Diferenças entre BNCC e currículo


Embora digam respeito ao que crianças e adolescentes aprenderão em sala de aula, a
Base Nacional Comum Curricular e o currículo são documentos distintos.
• O currículo são as ações voltadas para o projeto pedagógico da unidade escolar
• Já a Base Nacional indica direitos e objetivos para a aprendizagem, mas não
define o formato como o processo de ensino-aprendizagem será desenvolvido
Ou seja, a BNCC apresenta o conjunto de conhecimentos e habilidades que os
estudantes devem aprender e desenvolver ao longo de cada ano. Já o currículo é o
“caminho” que as escolas seguirão para garantir esses direitos. Ela, portanto, não é um
currículo em si, mas parte dele.
O que a Base Nacional diz
O documento atual trata da educação infantil e do ensino fundamental e é constituído
por 10 competências gerais que todas as crianças e adolescentes devem aprender e
expandir, sendo elas:

O desenvolvimento dessas competências ao longo da escolarização dos estudantes


constituirá pessoas com atitudes, valores e ações tão necessários em tempos de tanta
intolerância.

A BNCC e a educação inclusiva


A Base Nacional Comum Curricular é um grande avanço para a educação brasileira,
pois abre oportunidades para uma educação mais inclusiva, que parta do olhar para o
aluno e suas singularidades. Ela amplia as possibilidades para que as escolas busquem
novas alternativas para ensinar a todos. Sendo assim, dialoga com os princípios do
Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA), que são:
• Proporcionar diversos meios para a aprendizagem
• Proporcionar diferentes formas para expressão do que foi aprendido
• Manter a motivação e permanência dos estudantes
Por tudo isso, elaborar o plano pedagógico 2019 de sua escola será um desafio diferente.
Muitos paradigmas deverão ser quebrados para entrarmos em um novo tempo da
educação. E essa mudança precisa começar com o professor rompendo seu próprio
padrão de funcionamento e se abrindo para enxergar a educação além do desempenho
no boletim.
Precisa de ajuda nesse caminho?
Nós do Inclusão na Escola podemos caminhar com você no processo de construção de
um currículo alinhado com a BNCC — e em outras demandas relacionadas à inclusão
de alunos com deficiência, autismo ou dificuldades de aprendizagem. Nossos principais
serviços são:
• Formação de capacitação de professores, equipe gestora e demais envolvidos com
o processo ensino e aprendizagem
• Mentoria para a implementação do processo
• Assessoria para o desenvolvimento do plano e currículo
Entre em contato pelo site ou envie um e-mail
para silvia@inclusaonaescola.com.br para mais informações. Vamos juntos fazer sua
escola ser cada vez mais inclusiva!

Minha escola precisa?

A presença cada vez maior de alunos público-alvo da educação especial nas escolas
regulares ainda gera muitas dúvidas e dificuldades pelas escolas Brasil afora.

Abaixo listamos várias questões recorrentes, que podem ser trabalhadas através de
nosso apoio.
Questões comuns para professores
 
Meu aluno tem deficiência intelectual, não se comunica, não lê e não escreve. O que
faço com ele em sala de aula?
 
Tenho muitos alunos e um deles não acompanha o grupo. Como posso atender sua
necessidade educativa específica no contexto da turma?
 
Meu aluno não para dentro da sala de aula. Sua indisciplina atrapalha o rendimento dos
demais. O que fazer?
 
Tenho um aluno com Síndrome de Down e ele não consegue avançar em matemática.
Que estratégia posso utilizar para ajudar nesse processo?
 
Como avalio o meu aluno autista? Eles devem usar o mesmo currículo que os demais?
 
Tenho um aluno com deficiência intelectual e não sei me comunicar com ele. O que
fazer?
 
Meu aluno com deficiência intelectual pode fazer prova? Ela deve ser a mesma dos
demais alunos? Como o avalio, se não sei o que fazer com ele em sala de aula?
 
Dou aula para uma sala de alfabetização e não sei como proceder com meu aluno com
deficiência intelectual. Como saber se ele tem potencial para aprender a ler e escrever?
 
Não escolhi essa sala com aluno de inclusão, não estou preparada.
 
Minha rotina em sala já me ocupa por inteiro. Não tenho tempo para elaborar
adaptações. Como fazer neste cenário para pensar na necessidade individual de
determinados alunos?
Para coordenadores e gestores
 
Tenho professores que não estão satisfeitos com o processo de inclusão de alguns
alunos.
 
Professores me questionam se podem adaptar e como fazer no caso de um aluno com
deficiência intelectual.
 
Professores me pedem sugestões de tarefas para alunos com dificuldade de
aprendizagem. Como defini-las levando em conta que cada necessidade especial é
individual?
 
Professores me pedem ajuda para o registro do processo de aprendizagem do aluno.
Existe algum padrão para esse processo?
 
Existem leis ou regras para adaptação curricular?
 
A lei me obrigou a aceitar alunos de inclusão, mas minha escola não está preparada por
completo. Qual deve ser minha primeira ação para começar este processo?
 
Tenho uma psico-pedagoga e/ou psicóloga na equipe, mas meus professores ainda têm
muitas dificuldades para uma inclusão efetiva.
 
Estou sofrendo pressão de pais que cobram a aprendizagem do filho com deficiência
intelectual.
 
O aluno com deficiência está na escola para socializar ou para aprender?
 
Como adequar minha escola à Lei Brasileira de Inclusão?
 
Além da escola pública, a lei também exige que a escola privada tenha o Atendimento
educacional especializado (AEE)?

Inclusão para todos


A palavra inclusão é associada à pessoa com deficiência, mas ela é ampla, abrangendo
minorias étnicas, alunos com dificuldades emocionais pontuais, dificuldades de
aprendizagem específicas, estrangeiros, déficit de atenção, hiperatividade, dentre outros.
Esses são quadros frequentes que desafiam os professores no cotidiano da sala de aula.

A escola mudou. É necessário identificar as dificuldades dos alunos para elaborar novas
possibilidades que orientem o processo de ensino e aprendizagem, a partir da
individualidade de cada aluno.

Educar é um processo complexo e encantador.

Somos desafiados a refletir e rever questões o tempo todo. Quebrar paradigmas e olhar
o educando com empatia fazem parte desse desenvolvimento.

Educar pessoas com necessidades educativas especiais também envolve um processo


contínuo. O aluno precisa ser olhado a partir da sua necessidade.
BNCC E DESENHO UNIVERSAL PARA A APRENDIZAGEM:
CRIANDO ATIVIDADES PARA TODOS OS ALUNOS

Saiba como desenvolver atividades que atendam às competências da Base Nacional


Comum Curricular e que sejam efetivas para a aprendizagem de todos, incluindo
estudantes público-alvo da educação especial
 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) chegou de vez às salas de aula, mas
muitos professores ainda não sabem como elaborar atividades que contemplem as
competências definidas pelo documento e que, de quebra, ainda trabalhem o conteúdo e
sejam inclusivas. Parece impossível, não é? Trata-se de uma tarefa desafiadora, sim,
mas possível.
Primeiro, vamos retomar o que já falei neste artigo sobre a Base e seus objetivos:
 
• O objetivo da BNCC é orientar o que será ensinado nas salas de aula do Brasil;
• Ela direciona a elaboração do currículo específico de cada escola, considerando as
particularidades de cada uma;
• Sua finalidade é garantir a educação com equidade, através do estabelecimento das
competências essenciais para a formação do cidadão;
• As competências essenciais serão trabalhadas de acordo com idade e segmento
escolar.
Nesse sentido, a Base colabora com o processo de educação inclusiva, uma vez que visa
a formação humana integral para a construção de uma sociedade mais justa,
democrática e inclusiva.
Todos têm direito ao currículo
 
Um dos princípios da educação inclusiva é o de que todos têm direito à aprendizagem.
Isso significa que todos os estudantes, sejam eles público-alvo da educação especial ou
não, têm direito a aprender e ter acesso ao mesmo currículo.
Uma ideia simples de entender, mas nem sempre fácil de ser colocada em prática. Mas
há metodologias que podem ajudar os professores a ensinar os conteúdos para todos e
para cada um dos alunos em sala de aula. Um desses métodos é o Desenho universal
para a aprendizagem (DUA).
Relembre o que é DUA no artigo Como criar estratégias pedagógicas inclusivas
seguindo a BNCC.
Atividade inclusiva desenvolvida com DUA
 
Ao planejar uma aula sobre a fotossíntese contemplando a Base e o Desenho universal
para a aprendizagem, por exemplo, eu:
1. Parto da necessidade de fomentar nos meus alunos a curiosidade, o pensamento
científico, crítico e criativo, apresentando um conteúdo relevante;
 
2. Elaboro estratégias que contemplem o maior número de estudantes em suas
singularidades. Dessa forma, usar somente o livro e apostila estão fora de cogitação!
Posso planejar uma experiência em sala, plantar um broto de feijão etc. Os estudantes
podem acompanhar as etapas, investigando, registrando;
 
3. Avalio a aprendizagem dos meus alunos a partir da aprendizagem concreta. Para isso,
as possibilidades são muitas: registro, fotografia das etapas do desenvolvimento do
feijão, pesquisa, vídeos produzidos pelos alunos etc.;
 
4. Torno essa aula inesquecível, mantendo o interesse dos meus estudantes para as
próximas atividades.
No exemplo acima, a aula foi elaborada considerando a BNCC, o DUA e, assim, a
educação inclusiva! Infelizmente, não existe uma receita que diga, passo a passo, de
como ensinar e garantir que todos aprendem. Entretanto, as possibilidades para novas
práticas de ensino são infinitas!
BNCC e a Educação Inclusiva: o papel das habilidades e competências
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é focada no desenvolvimento de
habilidades e competências e tem como objetivo garantir uma aprendizagem comum, o
que pode gerar uma oportunidade de inserir e/ou expandir a inclusão no ambiente
escolar.
Pontos que estão presentes na BNCC e podem auxiliar no desenvolvimento da criança
com deficiência.

1. O entendimento de habilidades e competências na BNCC


Ao aluno da Educação Básica deve ter garantido os direitos de aprendizagem e
desenvolvimento presente nas dez competências gerais. Sendo que a Base, compreende
o desenvolvimento das habilidades e permite aos estudantes explicitarem o processo
cognitivo envolvido, ou seja, deve ser capaz de declarar as aprendizagens nas diferentes
áreas do conhecimento tanto em ambiente escolar, na sua vida social ou mesmo na vida
cotidiana.
Pela Base, a definição de competência é a mobilização de conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno
exercício da cidadania e do mundo de trabalho. Isto é, o aluno deve conseguir ao longo
e ao final da sua escolarização resolver problemas nos diferentes âmbitos pessoais,
profissionais e sociais, assim como, ser protagonista da sua própria história. 

2. Como o desenvolvimento de habilidades podem auxiliar na aprendizagem dos


alunos com deficiência
O planejamento por meio das habilidades, permite ao professor acompanhar ao longo da
vida escolar do aluno com deficiência como este está se desenvolvendo e como pode
intervir para potencializar a sua aprendizagem.
A Base prevê também o uso de tecnologias ao longo da Educação Básica, o que pode
beneficiar o aprendizado dos estudantes por meio da utilização das tecnologias
assistivas. 

3. As Competências Gerais e a inclusão


As Competências Gerais articulando-se na construção de conhecimentos, no
desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores, nos termos da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). 
Há várias dessas competências que podem ser trabalhadas para a inclusão escolar,
dentre elas podemos citar a competência 4 (quatro) que prevê utilizar diferentes
linguagens - verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual,
sonora e digital -, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e
científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos
em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo e a
competência 9 (nove), que cita a questão de exercitar a empatia, o diálogo, a
resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de
indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza. Pontos inclusivos importantes do documento. 

4. As competências socioemocionais e o desenvolvimento das habilidades inclusivas


A inserção das habilidades socioemocionais na BNCC são fundamentais para o trabalho
com todos os estudantes e a comunidade escolar sobre como desenvolver empatia,
solidariedade, relações sociais positivas, tomar decisões de maneira responsável,
controlar as emoções e etc. 
A inclusão de fato só ocorre quando a escola e o grupo como um todo, aprende a
conviver com as diferenças e sabe respeitar as dificuldades do próximo. É importante
lembrar que são habilidades que não são inatas e por isso, devemos ensinar, para que o
aluno aprenda e pratique, pois sabemos que uma aprendizagem significativa deve se
internalizar a partir de ações concretas tanto por parte do professor como do aluno. 

5. As competências cognitivas e socioemocionais na inclusão


As competências cognitivas como interpretar, compreender, analisar, pensar
abstratamente, entre outras são fundamentais para o desenvolvimento do ser humano,
no entanto, para o aluno com deficiência as habilidades socioemocionais podem ser
uma importante ponte para que consigam se expressar como se sentem, pensam e se
colocam na sociedade e em sua vida, vivenciando situações de alteridade,
solidariedade e empatia.   

6. BNCC e a educação brasileira


O desenvolvimento de uma Base Comum para a educação brasileira é sem dúvida é um
grande avanço, pois pode possibilitar uma educação mais inclusiva que olha para o
estudante com deficiência e suas singularidades. O documento amplia as possibilidades
para que as escolas procurem soluções e inovações para ensinar a todos, pois somente
assim, estaremos de fato construindo uma sociedade realmente inclusiva, que trabalha
as potencialidades dos indivíduos. Para que ocorra uma educação inclusiva é preciso
pensar no aluno como um todo e nesse ponto, a garantia da aprendizagem das
competências cognitivas e socioemocionais podem ser um ganho importante para o
estudante com deficiência. 

CURRÍCULO ADAPTADO PARA ALUNOS COM NECESSIDADES

EDUCATIVAS ESPECIAIS
O currículo adaptado para alunos com necessidades educativas especiais, ao
contrário de um currículo funcional, é aquele que visa adaptar o currículo
acadêmico para os alunos que, por suas condições cognitivas, físicas e
sensoriais, não demonstram condições de acompanhar o currículo regular.

Na maioria das vezes, ele se preocupa em adaptar as habilidades relacionadas


a leitura, escrita, cálculo, habilidades sociais e de vida diária.

Os componentes de um currículo adaptado se preocupam com a:

LINGUAGEM: leitura e escrita;

SISTEMA DE CALENDÁRIO: prevê habilidades e competências que devem ser


adquiridos em cada etapa;

ESTRATÉGIAS DE ENSINO: uso de metodologias diferentes de acordo com


as necessidades dos alunos, como atividades em grupo e sistema de avaliação
diferenciado;

NÍVEL APROPRIADO DE CURRÍCULO: o que deve ser cobrado em cada


etapa;

ESTILO DE APRENDIZAGEM: tipos de atividades que mais favorecem a


aprendizagem do aluno;

EMOCIONAL: que seja emocionante e significativo para o aluno;

CENTRADO NA CRIANÇA: parte de uma avaliação diagnóstica para a sua


elaboração e traça um plano individualizado para o aluno;

APROPRIADO: que respeite a idade cronológica do aluno tanto nas atividades


como no grupo de convivência.
Para elaborar este currículo se parte de uma avaliação diagnóstica que leva em
conta o nível cognitivo do aluno, a avaliação da linguagem e a adequação ao
que é esperado para cada idade cronológica.

Os conceitos envolvidos, neste currículo, levam em conta combinações,


classificações, sequenciações, habilidades organizacionais, habilidades
motoras finas, socialização, leitura, escrita, matemática, ciências e estudos.

CURRÍCULO FUNCIONAL PARA ALUNOS QUE APRESENTAM


NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

O currículo escolar, muitas vezes, não atende as necessidades dos alunos que
apresentam necessidades educativas especiais pois não são currículos
funcionais.

Um currículo funcional, muitas vezes chamado de currículo funcional ecológico,


pode ser definido como um meio que favorece a cada aluno o desenvolvimento
de oportunidades para uma vida independente, com dignidade e baseado no
ambiente natural do aluno.

Ele visa identificar e desenvolver habilidades visando aumentar as


possibilidades da pessoa para participar na vida cotidiana seja na escola, no
trabalho, nas atividades recreativas e na sociedade como um todo.

Ele deve ser apropriado a idade cronológica do aluno e ter como referência a
sua realidade social e um futuro orientado. Sua filosofia está em proporcionar a
todos os alunos, e não somente aos que apresentam necessidades educativas
especiais, o desenvolvimento de habilidades que podem beneficiá-los agora e
no futuro e a interação, deste aluno, com colegas da mesma idade cronológica.

Desta forma, ele é centrado nas necessidades atuais e futuras do aluno e, as


suas potencialidades e necessidades são avaliadas em termos de uma “análise
discrepante”, ou seja, a comparação é feita entre as habilidades listadas no
processo de execução das tarefas e a performance do indivíduo nestas
habilidades.

As adaptações são realizadas a fim de promover e aumentar a participação das


pessoas om deficiência em todas as atividades. As instruções, tarefas e
materiais são escolhidos de acordo com a idade cronológica e considerando o
ambiente escolar, familiar e social em que este indivíduo está inserido.

Um currículo funcional engloba atividades de vida diária, trabalho/vocacional,


recreação/lazer, atividades da comunidade e educação escolar regular.

Sua criação usa informações obtidas do estudante e da família. O objetivo é


criar um currículo altamente individualizado onde a pessoa seja capaz de
transferir e generalizar o aprendizado de uma situação para outra em uma
sequência natural.
O conteúdo do currículo não é pré-determinado pois ele preza uma instrução
individualizada que leva em conta as diferentes performances, do indivíduo, em
várias atividades diferenciadas.

As atividades são desenvolvidas em sequências integradas respeitando os


níveis de dificuldades e dá ênfase a um ensino relevante e funcional. Ele visa
desenvolver atividade funcionais, que neste caso, são definidas como aquelas
que envolvem habilidades utilizadas imediatamente pelos alunos após a
aprendizagem e são úteis para o dia a dia do indivíduo.

Pelas suas características, este tipo de currículo leva mais tempo para ser
elaborado, requer uma programação complexa, disponibilidade do envolvidos e
escolha de habilidades que frequentemente aconteçam no ambiente natural, ou
seja, que aconteçam em casa, na escola, no lazer e no trabalho.

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