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CENTRO TÉCNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
AMBIENTAL
FLORIANÓPOLIS
2013
magnun.vieira@ufsc.br
Magnun Maciel Vieira
Florianópolis
2013
V658a Vieira, Magnun Maciel
Abordagem de procedimentos legais para o controle de incômodos
olfativos [dissertação] / Magnun Maciel Vieira ; orientador, Henrique
de Melo Lisboa. – Florianópolis, SC, 2013.
191p.
195
Inclui referências
Aprovado por:
_________________________________ _________________________________
Prof. Andreas Friedrich Grauer, Dr. Prof. Paulo Belli Filho, Dr.
Edubras Universidade Federal de Santa Catarina
_________________________________ _________________________________
Prof.ª Cátia Regina de Carvalho Pinto, Drª. Eng. Murilo Xavier Flores, Dr.
Universidade Federal de Santa Catarina Secretaria de Estado do Planejamento
_________________________________ __________________________________
Prof. Henrique de Melo Lisboa, Dr. Prof. William Gerson Matias, Dr.
(Orientador) Coordenador do Curso
FLORIANÓPOLIS, SC – BRASIL
ABRIL/2013
Este trabalho é dedicado a todos os
brasileiros que, de alguma forma,
sofrem com incômodos olfativos
devido à falta de políticas de controle
que estabeleçam metodologias e
critérios objetivos de avaliação de
impacto ambiental de emissões
odorantes.
AGRADECIMENTOS
(Michelangelo, 1475-1564)
RESUMO
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 29
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA ............................................................ 29
1.2 JUSTIFICATIVA.................................................................................. 32
1.3 OBJETIVOS ......................................................................................... 34
1.4 METODOLOGIA DO ESTUDO .......................................................... 34
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO .......................................................... 35
CAPÍTULO II
ESTADO DA ARTE SOBRE OS FUNDAMENTOS DA
PROBLEMÁTICA AMBIENTAL DOS ODORES ............................... 37
2.1 ODORES............................................................................................... 37
2.2 PERCEPÇÃO ODORANTE................................................................. 38
2.3 ODORES E SEUS IMPACTOS NA SAÚDE HUMANA.................... 39
2.4 FONTES DE ODOR E PRINCIPAIS COMPOSTOS ODORÍFEROS 40
2.5 CARACTERÍSTICAS DOS ODORES ................................................ 43
2.5.1 Caráter...........................................................................................43
2.5.2 Hedonicidade ............................................................................... 45
2.5.3 Concentração ............................................................................... 47
2.5.4 Intensidade ................................................................................... 48
2.5.5 Persistência .................................................................................. 51
2.6 FATORES QUE AFETAM O IMPACTO ODORANTE ..................... 52
2.6.1 Frequência .................................................................................... 54
2.6.2 Intensidade ................................................................................... 54
2.6.3 Duração ........................................................................................ 55
2.6.4 Ofensividade ................................................................................ 55
2.6.5 Localização .................................................................................. 55
2.7 METROLOGIA DOS ODORES .......................................................... 56
2.7.1 Métodos analíticos ....................................................................... 57
2.7.2 Métodos sensoriais ....................................................................... 59
2.7.3 Métodos senso-instrumentais (nariz eletrônico) .......................... 67
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVOS
Objetivo geral:
Objetivos específicos:
CAPÍTULO II
2.1 ODORES
2.5.1 Caráter
2.5.2 Hedonicidade
-10---------------------------------------0---------------------------------------+ 10
Desagradável Neutro Agradável
–4 –3 –2 –1 0 +1 +2 +3 +4
Neutro
Extremamente Extremamente
desagradável agradável
Fonte: Adaptado de VDI 3882 – Parte 2 (VDI, 1994).
2.5.3 Concentração
2.5.4 Intensidade
1
Do inglês Standard Practice for Referencing Suprathreshold Odor Intensity.
49
Lei de Weber-Fechner:
I = a log C + b (1)
Lei de Stevens:
I = k Cn (2)
Onde:
I = intensidade;
C = concentração odorante;
a, b, k, n = constantes.
2.5.5 Persistência
F - Frequência de ocorrência;
I - Intensidade (e, portanto, concentração);
D - Duração da exposição;
O - Ofensividade;
L - Localização.
2.6.1 Frequência
2.6.2 Intensidade
2.6.3 Duração
2.6.4 Ofensividade
2.6.5 Localização
Análises físico-químicas
çã = = (3)
Limites olfatométricos
Limite de detecção:
Limite de discriminação:
2
Do inglês Just Noticeable Difference.
65
Limite de reconhecimento:
Limite de incômodo:
Olfatômetro de campo
3
Do inglês United States Public Health Service.
66
= (4)
Uma RPO pode ser útil para coletar dados sobre a frequência e a
magnitude dos impactos odorantes, em diversos locais, sobre um
determinado período de tempo. Os resultados podem ser utilizados para
calcular a percentagem do tempo (horas/ano) que as pessoas estão
expostas a uma determinada fonte de odor, assim como a intensidade e a
natureza dos impactos (NEW ZEALAND MINISTRY FOR THE
ENVIRONMENT, 2003). Isso permite a comparação com resultados de
estudos de modelagem de dispersão de odores.
CAPÍTULO III
Constituição Federal
Município de Vitória
Município de Ipatinga
Município de Uberlândia
Distrito Federal
Estado de Goiás
5
Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Estado de Goiás – atualmente Secretaria
Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).
99
Município de Goiânia
Estado do Acre
Estado do Amapá
Estado do Amazonas
Município de Manaus
Estado do Pará
Estado de Rondônia
6
Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Amazonas.
104
Estado de Roraima
Estado do Tocantins
Estado da Bahia
8
Conselho Estadual do Meio Ambiente do Estado da Bahia.
108
Estado do Ceará
9
Instituto do Meio Ambiente do Estado da Bahia.
10
Conselho Municipal do Meio Ambiente de Vitória da Conquista.
109
Estado do Maranhão
Estado de Pernambuco
Município de Recife
Estado do Piauí
Estado de Sergipe
Município de Natal
Estado de Alagoas
Município de Maceió
Estado da Paraíba
Município de Patos
Estado do Paraná
Passados mais de dois anos desde a sanção da Lei, ainda não foram
regulamentados os dispositivos relacionados ao controle de incômodos
12
Do inglês Maximum Odour Dispersion Distance.
116
CAPÍTULO IV
Mesa
olfatométrica
Computador Vaso
pressurizado
Central de
diluições
Intensidade Odorante
Hedonicidade Odorante
Caráter Odorante
UO m 3 UO
T = C 3 × Q = (5)
m h h
Onde:
+4
+3
+2
+1
0
-1
-2
-3
-4
128
Tabela 12 – Síntese dos resultados – olfatometria estática.
3 2,67 -0,67 2/6 Fumaça; 1/6 Erva/Erva mate; 1/6 Fumo/Tabaco; 1/6 Naftalina; 1/6 Plástico
8 2,83 -2,00 1/6 Queimado; 1/6 Cinzas; 1/6 Borracha; 1/6 Azeitona; 1/6 Fumo/Tabaco; 1/6 Fumaça
25 2,17 -0,83 2/6 Fumaça; 1/6 Cinzas; 1/6 Madeira; 1/6 Borracha; 1/6 Fumo/Tabaco
27 1,50 -0,50 2/6 Plástico; 1/6 Turfa; 1/6 Madeira; 1/6 Mofo; 1/6 Borracha
CAPÍTULO V
13
Best Available Techniques.
136
Sim
PME ou MTD + DMS
Não
Modelagem da dispersão
Aperfeiçoar a
proposta e.g., reduzir Não Sim
Não
a emissão odorante; Licença pode ser
PMIm respeitado?
alteração chaminé; concedida
tecnologia avançada
de redução de odores
Não
Condições e
A proposta possui o potencial critérios de
de causar impacto substancial desempenho
e não deve ser aprovada, a
menos que circunstâncias
específicas como consultas
públicas e a aquisição de
propriedades afetadas
justifiquem a aprovação
Fonte potencial de
incômodo odorante
Licença pode ser
renovada
Sim
Nenhuma avaliação
Licença pode ser
adicional de odor
renovada
necessária
CAPÍTULO VI
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
6.1 CONCLUSÕES
6.2 RECOMENDAÇÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Objetivo da ação
2. Síntese fática
A empresa requerida – Farol Indústria e Comércio Ltda. –
tem por atividade a industrialização de farinhas e óleos de origem
animal. Resumidamente, a empresa recolhe vísceras, penas e sangue
de animais abatidos em frigoríficos da região e os transporta em
caminhões sem refrigeração até seu pátio. O material é cozido com
vapor d´água ou mediante fervura e, após processado, é secado para
transformação da farinha de carne. A farinha produzida é utilizada
em rações animais.
dos mais fortes, já que em outros dias se parece muito a “ovo podre
e pena queimada” (relatório anexo). Relatou também que os odores
ocorrem inclusive à noite e em finais de semana. Em outras palavras,
o cheiro que chocou este Promotor de Justiça não é nem considerado
“forte” para os vizinhos, diante do que costumeiramente se sente na
região.
No dia 5 de junho de 2008, o mesmo dia em que o
Ministério Público visitou a vizinha do empreendimento, a Rádio
Belos Montes recebeu diversos telefonemas dando conta do mau
cheiro. Frisou o locutor: “é uma vergonha o Município de Seara, as
pessoas, os moradores, conviverem com um cheiro como esse [...] os
professores falaram que é impossível você dar aulas certos dias no
colégio” (CD anexo; transcrição nos autos).
Diante de tantas irregularidades e da constante
reclamação da vizinhança dos fortes cheiros, mesmo numa região
acostumada com a produção de suínos, e também diante da
evidente falta de investimentos da empresa na qualidade ambiental,
entende o Ministério Público seja momento de adotar-se postura
enérgica.
Sim, porque, em que pese os inúmeros contatos e apelos
da Promotoria de Justiça, verifica-se claramente que nem mesmo as
adequações exigidas pelo Ministério da Agricultura, que implicam
inclusive na qualidade do produto final, nem mesmo estas
exigências vêm sendo cumpridas a tempo (o programa de
adequação de fl. 410 e seguintes está totalmente atrasado).
A população da região afetada não pode, portanto, ficar à
mercê da boa vontade dos sócios da empresa que, ao tempo em que
auferem grandes lucros em sua atividade (veja-se relações de
181
1
Direito Ambiental Constitucional. Malheiros, 1997, p. 221
182
2
Direito Ambiental Constitucional. Malheiros, 1997, p. 221
184
ambiental no Direito Brasileiro. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2004, p. 209.
4 LEITE, José Rubens Morato. Dano ambiental: do individual ao coletivo extrapatrimonial. São
4. Necessidade de liminar
6. Conclusão e pedidos
e) ao final:
8 A placa indicativa tem por finalidade tornar pública a decisão judicial e minorar o
dano extra patrimonial experimentado pela população; tem também nítido caráter
de prevenção geral.
190
Vistos, etc...
E Prossegue: