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Aula 1
Uma comunicação terá atingido os seus objetivos se a troca de dados à qual nos referimos acima
tiver sido bem -
sucedida. Tal resultado depende de uma série tarefas, procedimentos e requisitos, dentre os quais
destacamos os
seguintes:
Entrega > Precisão > Sincronização > Jitter
Entrega: Os dados devem ser entregues no destino correto. Você já imaginou se enviarmos dados
confidenciais para
alguém que não está autorizado a acessá-los?
Precisão: Apenas os dados que não contêm erros devem ser efetivamente processados no destino.
Ao realizarmos
uma transação bancária pela internet, se apenas um dígito de um valor a ser pago ou transferido for
transmitido errado,
poderemos ter sérios problemas.
Sincronização: O sistema deve entregar dados no momento certo. Se, numa conversa telefônica,
falarmos “alô”, mas
esta palavra só chegar ao assinante com quem conversamos depois de cinco minutos, a conversação
não vai ser nada
confortável.
Jitter: Este é um fenômeno que se refere à variação no retardo que os dados sofrem ao longo do
percurso entre dois
dispositivos que se comunicam. Há diversos cenários em que o jitter não é tolerado.
Componentes básicos da comunicação de dados:
Os requisitos que descrevemos são de suma importância. Todavia, uma comunicação de dados
acontece efetivamente
a partir da presença e da interação entre alguns componentes básicos. Tais componentes são os
seguintes:
Emissor: É o componente que envia a mensagem, podendo ser representado por um rádio, um
computador, um
aparelho telefônico e outros dispositivos.
Meio de transmissão: Corresponde ao caminho físico utilizado pela mensagem, desde o emissor até
o receptor. Este
meio pode ser guiado (cabos) ou não guiado (ondas eletromagnéticas “carregam” a mensagem)
Mensagem: É a informação a ser transmitida, podendo estar associada a textos, números, áudios,
vídeos etc.
Protocolo: É um conjunto de regras que controla a comunicação entre os dispositivos. Corresponde
à “língua”
empregada pelos dispositivos, a fim de que eles possam se compreender e executar as tarefas
corretamente.
Receptor: É o componente que recebe a mensagem.
Esquema de blocos de um sistema genérico de comunicação de dados
O esquema de blocos de um sistema genérico de comunicação de dados é apresentado na fi gura
abaixo. Naturalmente,
dependendo do sistema prático que se esteja considerando, cada componente recebe um nome
específico. Além disso,
dispositivos complementares podem estar presentes, a fim de que a rede esteja completa.
Formas de comunicação:
Há algumas décadas, as informações que se podiam transmitir assumiam formas relativamente
restritas; o que se
transmitia era, basicamente, voz ou texto.
Atualmente, os dados podem assumir a forma de:
Codificações:
Quando lidamos com texto, por exemplo, é necessário empregar um tipo de codificação para
representar cada
caractere. A codificação mais famosa é a ASCII, que usa 32 bits (0s ou 1s) para representar cada
símbolo. Se
desejarmos lidar com imagens, outras codificações serão necessárias. Primeiro, se estivermos nos
referindo a imagens
digitais, precisamos entender uma imagem como uma matriz de pixels. Os pixels, por sua vez, serão
também
representados por blocos de bits. As escolhas feitas ao longo deste processo fazem com que uma
imagem possua
resolução baixa ou alta, e admita determinado número de cores. Procedimentos semelhantes são
necessários para
codificar áudio,vídeo e outros tipos de dados.
Definidos os tipos de dados a serem trocados numa comunicação, é necessário que se saiba em que
sentido o tráfego
acontecerá. Neste contexto, podem-se considerar três tipos básicos de fluxos de dados.
Fluxo simplex: Os dados fluem durante todo o tempo num único sentido (é como se houvesse um
dispositivo emissor
e um transmissor).
Half-duplex: Os dados podem fluir, em determinado momento, num sentido, e, noutro momento, no
sentido contrário
(é como se os dois dispositivos pudessem assumir o papel de emissor e de receptor, mas não de
forma simultânea).
Full-duplex: Ambos os dispositivos podem transmitir e receber simultaneamente.
Quando nos referimos a uma rede de comunicação, consideramos um conjunto de dispositivos
interligados por enlaces
de comunicação. Neste âmbito, precisamos levar em conta critérios como desempenho,
confiabilidade e segurança.
São esses critérios que permitirão assegurar que o papel da comunicação de dados está sendo
realizado de forma
correta neste sistema. Para caracterizar uma rede e avaliar o seu comportamento, é possível recorrer
a classificações
sob diferentes aspectos. Sob o quesito estruturas físicas, as redes podem ser classificadas como
ponto a ponto ou
multiponto.
Numa rede ponto a ponto, um enlace (Link) dedicado entre dois dispositivos é fornecido. Isto se
verifica, por
exemplo, nas comunicações via satélite.
Numa rede multiponto, diversos dispositivos podem compartilhar um mesmo enlace.
Categoria das redes:
Acerca da topologia física, as redes podem ser categorizadas como malha, estrela, barramento ou
anel. As formas
como os dispositivos estão interligados em cada uma dessas categorias são apresentadas na figura
que você verá a seguir.
Redes:
Em termos de abrangência geográfica, as redes podem ser LANs (Local Area Networks), WANs
(Wide Area
Networks) ou MANs (Metropolitan Area Networks). As LANs, ou redes locais, são privadas e se
caracterizam por
interligar dispositivos numa empresa, prédio ou campus. Uma grande utilidade de uma rede local é
o
compartilhamento de recursos de hardware e de software. Por meio de uma rede local, pode-se
disponibilizar uma
impressora, por exemplo, para realizar impressões de documentos provenientes de diferentes
computadores que estão
numa mesma sala. As MANs, ou redes metropolitanas, como a própria terminologia sugere, possui
o tamanho típico
de uma cidade. As WANs são redes de abrangência maior (do tamanho de um continente, por
exemplo) e servem,
tipicamente, para interligar redes menores e periféricas.
Além das redes que mencionamos, há dois tipos mais recentes de redes: as PANs (Personal Area
Networks), ou redes
pessoais, possuem a abrangência de alguns metros e servem para interligar dispositivos sem fio,
como aqueles que
empregam a tecnologia Bluetooth; as HANs (Home Area Networks), ou redes domésticas, são
compostas por
computadores e dispositivos que se encontram numa mesma residência e que compartilham,
normalmente, uma
conexão banda larga à internet. Atualmente, na maioria dos cenários, é complicado categorizar uma
rede de forma
rigorosa. Normalmente, redes pequenas se interligam a redes maiores e terminam compondo uma
topologia mais
complexa e com características híbridas. É com esta ideia em mente que estudaremos, na próxima
seção, a internet.
Internet:
Quando empregamos o termo internet, estamos nos referindo a um aglomerado de centenas de
milhares de redes, às
quais têm acesso os usuários domésticos, as empreas, os órgão do governo, etc. Esta rede teve
origem na década de
1960, nos Estados Unidos, com o aparecimento do Arpanet.
A Arpanet era uma agência norte-americana de projetos de pesquisa, que, unindo-se aqos órgãos
governamentais e,
posteriormente, a universidades, criou uma estrutura de comunicação para compartilhar
informações e resultados de
pesquisas. Uma década depois foram concebidos os protocolos TCP (Transmission Control
Protocol) e IP (Internet
Protocol), que colaboraram para a expansão da rede recém-criada e que são utilizados até os dias
atuais.
Hoje, após a sua abertura para finalidades diferentes daquelas para as quais foi originalmente criada,
enquanto ainda se
chamava Arpanet, pode-se afirmar que a internet é “sustentada”, do ponto de vista técnico, pelos
grandes provedores
de serviços (ISP – Internet Services Providers).
Os provedores são empresas prorietárias dos equipamentos por meio dos quais usuários domésticos
e redes menores se
ligam a outras resdes. Para isso, são necessários grandes backbones (espinhas dorsais) a partis dos
quais computadores
e servidores em qualquer lugar do mundo podem ser acessadas.
Depois de conhecermos um pouco da história e da atual estrutura da internet, podemos perguntar:
Você passaria um dia sem internet?
Hoje, utilizamos a grande rede para realizar transações bancárias, enviar
e-mails, falar com amigos, acessar páginas com conteúdos do nosso interesse, realizar compras,
baixar programas,
encontrar lugares... Poderíamos listar diversas outras utilidades para a internet, mas será que
conseguiríamos explicar
como cada uma delas é implementada? Por meio de um estudo sistemático de cada pedaço
deste grande
complexo, saberemos como as coisas funcionam. Neste contexto, mais dois conceitos que
apresentaremos na