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PARTE 1
MATEMÁTICA FINANCEIRA E ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
1 PROGRESSÕES............................................................................................. 01
1.1 FÓRMULAS BÁSICAS.................................................................................. 01
1.1.1 Progressões aritméticas............................................................................. 01
1.1.2 Progressões geométricas........................................................................... 02
1.2 EXERCÍCIOS SUGERIDOS.......................................................................... 02
2 CONCEITOS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA............................................... 03
2.1 CONCEITOS REFERENTES A JUROS........................................................ 03
2.2 EXERCÍCIOS SUGERIDOS........................................................................... 06
3 O CONCEITO DE EQUIVALÊNCIA................................................................. 07
4 FLUXOS DE CAIXA......................................................................................... 08
5 CÁLCULO DE VALORES EQUIVALENTES................................................... 10
5.1 VALORES EQUIVALENTES A UM VALOR ÚNICO....................................... 10
5.2 VALORES EQUIVALENTES A UMA SÉRIE DE VALORES.......................... 10
5.3 VALORES EQUIVALENTES A UMA SÉRIE UNIFORME DE VALORES...... 10
5.4 VALORES EQUIVALENTES A UMA SÉRIE GRADIENTE DE VALORES.... 11
5.5 EXERCÍCIOS SUGERIDOS.......................................................................... 13
6 FÓRMULAS, TABELAS E PLANILHAS.......................................................... 14
7 AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS................................................................ 15
7.1 O CONCEITO DE CUSTO DE OPORTUNIDADE......................................... 15
7.2 A RELAÇÃO BENEFÍCIO/CUSTO................................................................ 16
7.3 O VALOR ATUAL......................................................................................... 17
7.4 A TAXA INTERNA DE RETORNO................................................................ 18
7.5 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE RENTABILIDADE............ 18
7.6 COMPARAÇÕES ENTRE DUAS ALTERNATIVAS....................................... 20
7.7 ESCOLHAS DENTRE PACOTES DE ALTERNATIVAS................................ 21
8 FUNÇÕES DO EXCEL COMUMENTE EMPREGADAS EM MATEMÁTICA
FINANCEIRA................................................................................................... 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 27
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - FLUXO DE CAIXA DE RECEITAS E DISPÊNDIOS.......................... 08
TABELA 2 - FATORES E RESPECTIVAS FÓRMULAS....................................... 14
TABELA 3 - DADOS P/ ANÁLISE DE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS... 23
TABELA 4 - PACOTES DE ALTERNATIVAS ...................................................... 23
i
1
1 PROGRESSÕES
a1 + aN
a N +1 = [2]
2 2
Soma dos termos:
a1 + aN
SN = ⋅N [3]
2
1.1.2 Progressões geométricas
Nas progressões geométricas podem ser também definidas as mesmas
relações fundamentais:
Termo geral:
a n = a 1 ⋅ q n −1 [4]
Termo intermediário:
a N +1 = a 1 ⋅ a N [5]
2
a) Definição:
"Juros são a remuneração do capital empregado em atividades
produtivas".
A um capital (Principal) empregado durante um certo tempo (Período de
Capitalização), é acrescido (Capitalizado) o valor correspondente aos Juros,
formando o Montante.
Os Juros estão sempre associados a um período de referência: por
exemplo, juros de 10 % ao ano (10 %a.a.), juros de 0,5 % ao mês (0,5 % a.m.), juros
de 0,01 % ao dia (0,01 %a.d.).
Observe-se que, neste último caso, uma taxa de juros nominal de 12,00 %
a.a. foi equivalente a uma taxa efetiva de juros de 12,36 % a.a..
Chamando:
iN = taxa nominal de juros, referida ao período N;
im = taxa de juros referida ao período m, sendo
m = número de períodos de capitalização no tempo N
ief = taxa efetiva de juros,
podemos escrever:
i m = iN / m
e:
(1 + im)m = (1 + ief )
assim, a relação entre a taxa efetiva e a taxa nominal de juros pode ser expressa
por:
m
logo,
ief = 0,1236 ≡ 12,36 % a.a.
d) Capitalização contínua:
Numa extensão do conceito de taxa efetiva de juros versus taxa nominal
de juros, podemos introduzir o conceito de Capitalização Contínua, que ocorre
quando os períodos de capitalização são muito pequenos.
Matematicamente, podemos representar essa situação a partir da equação
[7], onde agora admitimos que o período N é muito grande em relação ao período
de capitalização, resultando, portanto em valor de m muito grande (tendendo ao
infinito).
A equação [7] pode ser transformada em:
m
⋅iN
iN
(1+ i con ) = 1+ m1
iN
chamando:
m
=k
iN
6
temos:
k⋅iN
3 O CONCEITO DE EQUIVALÊNCIA
4 FLUXOS DE CAIXA
A consideração de valores ocorrentes em épocas diferentes e, portanto, a
consideração de juros, de períodos e demais elementos que devem ser
considerados nas comparações e/ou para os cálculos de valores equivalentes, fica
facilitada se os representarmos em forma tabular ou em forma gráfica, constituindo
os denominados Fluxos de Caixa.
Na representação dos fluxos de caixa em forma gráfica, são empregados
diagramas, tais como o da figura abaixo, que consideram:
- em escala horizontal: os tempos, assinalando-se os períodos (inteiros) de
capitalização;
-em escala vertical: os valores financeiros, simbolizados por setas, com a
convenção:
. para cima (+) : entradas de dinheiro, ou recebimentos;
. para baixo (-) : saídas de dinheiro, ou pagamentos.
100
15
10
0 1 2 3 n tempo
10
i = 6,00 % a.a.
100
Representação gráfica de um Fluxo de Caixa
0 1 2 k n-1 n
i % a.p.
Vk Vk
V0 (= P) =
(1+ i) k
Vn (= S) = Vk ⋅ (1+ i) n − k
0 1 2 k n-1 n
V1 V2 Vk Vn-1 Vn
V1 V2 Vk Vn−1 Vn
V0 ( = P) = + 2 + .........+ k + .........+ n− 1 +
(1 + i) (1+ i) (1 + i) (1 + i) (1 + i) n
0 1 2 k n-1 n
R R R R R
11
[
Vn ( = S) = R ⋅ (1 + i) n −1 + 1+ i) n − 2 +.......+(1 + i) n − k +.......+(1 + i) + 1 ]
e, aplicando a fórmula [6]:
(1+ i) n − 1
S = R⋅
i
O valor presente (valor atual) equivalente à série uniforme, na data zero,
pode ser calculado simplesmente por:
S
P=
(1+ i) n
ou:
(1 + i) n − 1 1
P = R⋅ ⋅
i (1 + i) n
0 1 2 3 n-1 n
G
2G
(n-2)G
(n-1)G
0 1 2 3 n-1 n
G G G G
(1+ i) n − 1 − 1
S1 = G ⋅
i
12
0 1 2 3 n-1 n
(1 + i) n − 2 − 1 G G G
S2 = G⋅
i
0 1 2 3 n-1 n
(1 + i) 1 − 1 G
S n−1 = G ⋅
i
A soma dessas (n-1) séries será dada por:
n− 1
S = ∑ Sk
k= 1
(1 + i) n −1 − 1 (1 + i) n − 2 − 1 (1+ i) 1 − 1
S = G⋅ + + ......+
i i i
G
S= ⋅ [ (1+ i) n − 1 + (1+ i) n− 2 + ..........+ (1+ i) − (n − 1)]
i
S=
G
i
{[ ] }
⋅ (1+ i) n − 1 + (1 + i) n − 2 +..........+1 − n
O valor presente ou valor atual da série gradiente, na data zero, será dado
por:
S
P=
(1+ i) n
ou:
(1+ i) n − 1 n 1
P = G⋅ − ⋅
i
2
i (1 + i) n
FPS(i, n) = (1+ i)
n
Dado P achar S S = P . FPS(i,n)
1 Foi adotada, para fins de referência, a notação utilizada por PUCCINI (1973); essa notação não é padronizada, havendo outras, igualmente práticas, tais
como a sugerida por FLEISHER (1973). Independentemente da notação, tais fatores são absolutamente equivalentes.
15
7 AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
2 São exemplos de cuidados peculiares à natureza de cada estudo, a consideração de preços e valores econômicos (excluídos os impostos) nos casos de
avaliações econômicas de investimentos em obras rodoviárias a cargo do poder público, e a consideração de preços e valores financeiros (incluídos os
impostos) nos casos de estudos de análise e dimensionamento de concessões de rodovias ou de empreendimentos executados pela iniciativa privada.
16
Mas, para que se possa trabalhar com os valores desse fluxo de caixa,
calculando os valores equivalentes para fins de comparações, é necessário
conhecer qual a taxa de juros a ser considerada nos cálculos.
Essa taxa de juros, quando se procede a avaliações por critérios de
rentabilidade, é o que se denomina de Custo de Oportunidade do Capital (COC), e
o entendimento do seu significado é fundamental para a compreensão da
inteligência que existe por trás desses processos de avaliação, e que valida a
aplicação dos respectivos indicadores resultantes.
Talvez a forma mais simples e abrangente de definir o custo de
oportunidade do capital seja dizer que ele representa o rendimento que se obteria
no melhor investimento alternativo.
Considerando o caso de se estar analisando o interesse em se investir
num determinado empreendimento, o fluxo de caixa correspondente deverá
considerar, como custo de oportunidade do capital, uma taxa de juros equivalente à
do rendimento que esse capital teria se não fosse aplicado no empreendimento sob
análise, caso em que deveria ser logicamente aplicado num investimento
alternativo, onde propiciasse o melhor resultado financeiro.
Essa é a idéia sempre embutida nos processos de avaliação: um
empreendimento ou investimento nunca é considerado de forma isolada, mas
sempre de forma comparativa, seja com outros empreendimentos ou com
investimentos hipotéticos representados pela consideração do custo de
oportunidade do capital.
É claro que o valor dos benefícios (B) a ser considerado deve ser o valor
equivalente de todos os benefícios que figuram no fluxo de caixa, referido a uma
certa data (data ou período de referência), em geral a data 0 (zero), ao qual deve
ser também referido o valor dos custos (C), que deve ser, por sua vez, equivalente
às diversas parcelas de custos que figuram no fluxo de caixa.
17
B0
b1
b3 bn
b2
0 1 2 3 n ≡ 0 1 n
c3 cn i = COC
c2 i = COC
c1
C0
3 Esse é o motivo pelo qual, para o cálculo da TIR através de planilhas eletrônicas, os comandos demandam a indicação de um valor inicial ou "semente".
19
0 1 2 3 4 5
$ 10 $ 10 $ 10 $ 10 $ 10
COC = 12 % a.a.
$ 300
$ 90 $ 90 $ 90 $ 90 $ 90
0 1 2 3 4 5
COC = 12 % a.a.
$ 300
Investimento A Investimento B
$ 1.120 $ 690
0 1 0 1
0 1 – 0
1 = 0
1
- VAA = B0 - C0 = $ 56,60;
- VAB = B0 - C0 = $ 50,94;
VP ( t ; n ; R ; F ; Tipo )
Valor Presente (data 0) equivalente a um fluxo uniforme de n pagamentos de valor R,
considerando a taxa de desconto t;
Opcional: existência de um valor futuro F, na data n, equivalente a um pagamento ou a um saldo
remanescente;
Opcional: consideração de Tipo = 0 (défault) para fluxos postecipados; e
Tipo = 1 para fluxos antecipados.
VP
0 1 2 3 4 5 VP ( 12% ; 5 ; - 60 ) = 216,29
60 60 60 60 60
t = 12 %
a.p.
VP
100
60 60 60 60 60
t = 12 %
a.p.
VF ( t ; n ; R ; P ; Tipo )
Valor Futuro (data n) equivalente a um fluxo uniforme de n pagamentos de valor R,
considerando a taxa de desconto t;
Opcional: existência de um valor presente P, na data 0, equivalente a um valor ou saldo inicial ou
a um pagamento inicial;
Opcional: consideração de Tipo = 0 (défault) para fluxos postecipados; e
Tipo = 1 para fluxos antecipados.
VF
0 1 2 3 4 5 VF ( 0,12 ; 5 ; - 60 ) = 381,17
60 60 60 60 60
t = 12 %
a.p.
25
VF
60 60 60 60 60
100 t = 12 %
a.p.
A B
VPL(12%;A2:A6) = - 280,26
2 - 60 0 1 2 3 4 5
3 - 70 VPL(0,12;A2:A3;-80;A5:A6)= - 280,26
60
4 - 80 70
80
5 - 90 90
100
6 - 100 t = 12 %
a.p.
50
B C D 40
30
20
TIR ( C5:C9 ; 10% ) = 12,826%
5 - 100 0 1 2 3 4
VA
80 80 80 80
A B C D
=(B + C)
0 1 2 3 4 5
11 0 - 100 0 - 100
C.O.C. = 10 %
12 1 - 100 0 - 100 a.p.
13 2 80 80 100 100
14 3 80 80
15 4 80 80 TIR (B11:C16 ; 10%) = 17,46 %
16 5 80 80 (VA ) = - 100 + VPL(0,1;D12:D16) = 39,63
FONTE: Casarotto Filho (1994)
Taxa Interna de Retorno Modificada: equivale a considerar um fluxo em que os dispêndios são
atualizados ao Custo de Oportunidade do Capital (taxa de segurança, no caso = 10 % a.p.), ao
passo que os recebimentos são aplicados a uma taxa de risco, por exemplo, de 12 % a.p..
Nesse caso, o fluxo de caixa da figura acima pode se representado pelos respectivos valores
equivalentes de dispêndios, atualizados para a data 0 mediante a aplicação da taxa de
segurança, e de recebimentos, capitalizados para a data 5 mediante a aplicação da taxa de
risco, resultando na configuração representada abaixo.
1,12^5*VPL(0,12;C12:C16) = 382,35
0 1 2 3 4 5
Este fluxo equivale a um investimento com taxa interna de retorno ( i ) que pode ser calculada por:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARTE 1
MATEMÁTICA FINANCEIRA E ANÁLISE DE INVESTIMENTOS