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BRENA MOREIRA FONTENELE DE OLIVEIRA

A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NA ATENÇÃO BÁSICA À


SAÚDE: ARTIGO DE REVISÃO

Artigo apresentado ao curso de Nutrição


do Centro Universitário UniFanor | Wyden,
como requisito parcial para obtenção do
grau de Bacharel em Nutrição.
Orientadora: Me. Bárbara Regina da
Costa de Oliveira Pinheiro Coutinho

FORTALEZA
2019
A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NA ATENÇÃO BÁSICA À
SAÚDE: ARTIGO DE REVISÃO

The importance of the nutritionist's action in basic health care

RESUMO

A Atenção Primária à Saúde (APS) compreende o conjunto de ações de saúde organizadas


de forma regionalizada e próxima aos indivíduos, às famílias e às comunidades, conside-
rando singularidades e inserção sociocultural, para desenvolver uma atenção integral e hu-
manizada. O nutricionista, inserido na equipe multiprofissional na Atenção Primária à Saúde,
possui competências e atribuições para atuar em diferentes frentes de ação, de caráter uni-
versal e específico. Este trabalho tem por objetivo ressaltar a presente revisão tem como
objetivo ressaltar a importância da atuação do profissional Nutricionista dentro do âmbito
da atenção básica à saúde. Trata-se de uma revisão integrativa-narrativa, no qual foram
utilizado 6 artigos, que foram pesquisados nas bases de dados da Scielo, Lilacs e OUP.
Foram selecionadas publicações que estão entre os anos de 2014 e 2018. Por fim, desta-
cam-se como principais contribuições deste estudo a reflexão sobre a importância do nutri-
cionista na Atenção Primária à Saúde e a identificação dos obstáculos enfrentados por esse
profissional para a integração, a continuidade e o aperfeiçoamento de suas ações. Portanto,
são necessárias ações, em âmbito político-institucional, para a sensibilização de tomadores
de decisão no município, de modo a garantir adequação de recursos, materiais, estruturais e
de profissionais, que viabilizem o trabalho em equipe e a organização da atenção nutricional
na Atenção Primária à Saúde.

Palavras-chave: Nutricionista. Atenção Primária à Saúde. Saúde Coletiva. Prática profissio-


nal.

ABSTRACT

Primary Health Care (PHC) comprises the set of health actions organized regionally and
closely to individuals, families and communities, considering singularities and socio-cultural
insertion, to develop comprehensive and humanized care. The nutritionist, inserted in the
multiprofessional team in Primary Health Care, has skills and attributions to act in different
fronts of action, of universal and specific character. This paper aims to highlight the present
review aims to highlight the importance of the performance of the Nutritionist professional
within the scope of primary health care. This is an integrative-narrative review, in which 6
articles were used, which were searched in Scielo, Lilacs and OUP databases. We selected
publications that are between 2014 and 2018. Finally, the main contributions of this study are
the reflection on the importance of nutritionists in Primary Health Care and the identification
of obstacles faced by this professional for integration. , the continuity and improvement of its
actions. Therefore, political-institutional actions are needed to sensitize decision-makers in
the municipality, to ensure the adequacy of resources, materials, structures and profession-
als, enabling teamwork and the organization of nutritional care in the community. Primary
Health Care.

Keywords: Nutritionist. Primary Health Care. Collective Health. Professional practice.

1
1. INTRODUÇÃO

De acordo com o Ministério de Saúde (BRASIL, 2019), o Sistema Único de


Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do
mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arte-
rial, por meio da Atenção Básica, até o transplante de órgãos, garantindo acesso
integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com a sua criação, o
SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discrimi-
nação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais,
passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vi-
da, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção
da saúde.
No âmbito deste nível de atenção, a Estratégia Saúde da Família (ESF), que
iniciou suas atividades em 1994, pretende desenvolver ações de promoção e prote-
ção do indivíduo, da família e da comunidade, na unidade de saúde (HENRIQUE;
CALVO; 2009).
A ESF é, atualmente, a principal estratégia de APS (Atenção Primária à Saú-
de) no Brasil e é até mesmo vista como alavanca de uma transformação do sistema
como um todo, o que vem permitindo uma inversão da lógica, que sempre privilegiou
o tratamento da doença nos hospitais. Ao contrário, promove a saúde da população
por meio de ações básicas, para evitar que as pessoas fiquem doentes. Configura,
também, uma nova concepção de trabalho, uma nova forma de vínculo entre os
membros de uma equipe, diferentemente do modelo biomédico tradicional, permitin-
do maior diversidade das ações e busca permanente do consenso. Sob essa pers-
pectiva, o papel do profissional de saúde é aliar-se à família no cumprimento de sua
missão, fortalecendo-a e proporcionando o apoio necessário ao desempenho de su-
as responsabilidades, jamais tentando substituí-la (RONZANI; STRALEN; 2003)
(BRASIL, 2000).
O surgimento da ESF reflete a tendência de valorização da família na agenda
das políticas sociais brasileiras. A inclusão da família como foco de atenção básica
de saúde pode ser ressaltado como um dos avanços, como contribuição do ESF pa-
ra modificar o modelo biomédico de cuidado em saúde. Ultrapassa o cuidado indivi-
dualizado, focado na doença; elege-se aquele que contextualiza a saúde, produzida

2
num espaço físico, social, relacional, resgatando as múltiplas dimensões da saúde
(RIBEIRO, 2004).
A inclusão do nutricionista na ESF tem sido discutida por profissionais da á-
rea, amparada pelos órgãos de classe, sendo respaldada pelas demandas pela a-
tenção nutricional, considerando também o perfil epidemiológico da população
(SANTOS, BATISTA e DEVINCENZI, 2015). Cavalieri (2006) justifica a inserção do
nutricionista na equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) pela sua formação a-
cadêmica, que o capacita a realizar o diagnóstico nutricional da população de manei-
ra a propor orientações dietéticas necessárias e adequadas aos hábitos da unidade
familiar, ao meio cultural e levando em conta a disponibilidade de alimentos.
O nutricionista exerce um papel muito importante na vida das pessoas na co-
munidade, pois proporciona uma reeducação alimentar das pessoas assumindo
bons hábitos alimentares. Hoje, convivemos com problemas de saúde pública típicas
de países desenvolvidos, como a obesidade infantil, advindas da longevidade da
população mundial, e ainda não resolvemos problemas básicos de nações subde-
senvolvidas, ou emergentes, como a fome, desnutrição e as carências nutricionais
(GOULART, 2010).
Buscando definir o campo de atuação do profissional de Nutrição, o Conselho
Federal de Nutricionistas, em sua resolução 380/2005 (CFN, 2005), estabeleceu
como campo da Saúde Coletiva as atividades de alimentação e nutrição realizadas
em políticas e programas institucionais, de atenção básica e de vigilância sanitária.
De acordo com a mesma resolução,

(...) Compete ao Nutricionista, no exercício de suas atribuições na á-


rea de Saúde Coletiva, prestar assistência e educação nutricional a
coletividades ou indivíduos sadios, ou enfermos, em instituições pú-
blicas ou privadas e em consultório de nutrição e dietética, através de
ações, programas, pesquisas e eventos, direta ou indiretamente rela-
cionados à alimentação e nutrição, visando à prevenção de doenças,
promoção, manutenção e recuperação da saúde. (Resolução CFN
380 de 2005).

De acordo com Lang e Ribas (2011), as orientações da PNAN imprimiram


reforço à importância da alimentação como componente de saúde, bem como à ne-
cessidade de se analisar e prestar assistência integral, na esfera da política e do
sistema de saúde, aos distúrbios decorrentes do impacto do consumo alimentar so-
bre a nutrição humana. Segundo estas autoras, a inserção das ações de alimenta-

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ção e nutrição nas equipes de saúde da atenção primária favorece a discussão da
PNAN, potencializa a prática de promoção de uma alimentação saudável junto aos
profissionais e à comunidade e situa a alimentação e a nutrição na perspectiva do
Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), possibilitando uma visão amplia-
da do processo de saúde e doença, a partir do processo de trabalho multidisciplinar,
interdisciplinar e, muito fortemente, intersetorial.

A ação do nutricionista na atenção primária à saúde deve-se pautar


pelo compromisso e pelo conhecimento técnico da realidade epidemi-
ológica e das estratégias e das ferramentas de ação em saúde coleti-
va. Sua atual inserção nesse nível de atenção à saúde ainda está
longe do recomendado e do necessário para lidar com a realidade e-
pidemiológica nacional. (CFN, 2008).

Pelos fatos apresentados, a presente revisão tem como objetivo ressaltar


a importância da atuação do profissional Nutricionista dentro do âmbito da aten-
ção básica à saúde, tendo em vista que nem toda a população possui uma renda
acessível para dispor de um acompanhamento nutricional particular, consideran-
do também o desenvolvimento de competências e habilidades, além de permitir a
visualização do campo de atuação em nutrição como forma de desenvolvimento
também de uma identidade profissional.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente trabalho consiste em uma revisão integrativa-narrativa, realizada


por meio de uma pesquisa bibliográfica em artigos científicos publicados no período
de 2014 a 2018, nos idiomas português e inglês, encontrados nas bases de dados:
Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saú-
de), Scielo (Scientific Eletronic Library Online) e OUP (Oxford University Press). Tam-
bém fora utilizada a cartilha do Conselho Federal de Nutricionistas. Utilizou-se como
descritores: Nutricionista. Atenção à Saúde Básica. Saúde Coletiva.
Como critério de inclusão, utilizou-se publicações originais de artigos científi-
cos dos anos de 2014 até 2018. Foram excluídas as publicações artigos de opinião
(n=1), artigos incompletos (n=3) e artigos com várias temáticas (n=9) e revisões de
artigo.

4
Encontrou-se 45 artigos científicos, dos quais foram selecionados seis traba-
lhos para a composição da presente pesquisa de acordo com os critérios de inclusão
estabelecidos. Os trabalhos foram descritos conforme o quadro 1. Os estudos deve-
riam apresentar algum dado relacionado ao atendimento básico com nutricionistas,
importância do mesmo dentro da atenção primária e as habilidades nutricionais em
todos os aspectos da saúde.
Figura 1: Diagrama de fluxo acerca das etapas de identificação, seleção, elegibilidade e in-
clusão das referências.

BASE DE DADOS
Lilacs, Scielo, OUP e Google Scholar
IDENTIFICAÇÃO

DESCRITORES DO ASSUNTO
Nutricionista. Atenção Primária à Saúde.
Saúde Coletiva. Saúde Pública. Prática Pro-
fissional.

1° TRIAGEM: TÍTULOS

45 referências indicadas
SELEÇÃO

2° TRIAGEM: RESUMOS

25 artigos excluídos por


20 artigos selecionados estarem foram da faixa
de ano (2014-2018)
ELEGIBILIDADE

3° TRIAGEM: TEXTO COMPLETO

13 artigos foram excluídos


Artigo de opinião (n=1)
6 artigos elegíveis
Artigos incompletos (n=3)
Artigos com várias temáticas (n=9)
INCLUSÃO

6 referências elegíveis
Referências nacionais (n=5)
Referências internacionais (n=1)

Fonte: Elaborado pelo próprio autor

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3. RESULTADOS

Após o levantamento de dados, foram selecionadas seis publicações nacio-


nais e uma estrangeira em quatro bases de dados, no qual serão apresentadas no
Quadro 1.

Quadro 1. Resumo das publicações de 2014 até o ano de 2018 sobre a importância do Nutricionista
na Atenção Básica Primária.

NOME DO AUTOR E RESULTADOS/


OBJETIVO METODOLOGIA
DATA DA PUBLICAÇÃO CONCLUSÕES
A compreensão e
Este artigo discute as aplicação de conhe-
lacunas na educação cimentos e habilida-
nutricional e formação des nutricionais em
Entender e aplicar os
dentro de profissões todos os aspectos da
conhecimentos e habi-
de saúde individuais e assistência médica
lidades nutricionais em
oferece sugestões são extremamente
todos os aspectos dos
para educadores, clí- importantes, e todas
DIMARIA-GHALILI et al; cuidados de saúde,
nicos, pesquisadores e as profissões preci-
(2014) não somente com a
principais interessados sam de treinamento
área da nutrição, mas
sobre como construir básico para avaliar
sim, também, como
mais capacidade den- efetivamente o con-
nas outras áreas da
tro das profissões sumo alimentar e
saúde.
individuais para básica fornecer orientação,
e educação nutricional aconselhamento e
aplicada. tratamento adequa-
dos a seus pacientes.
Conhecer a percepção Foram realizadas en-
dos usuários do SUS trevistas semiestrutu- O nutricionista foi
sobre a atuação dos radas individualmente corretamente associ-
nutricionistas em aten- com usuários de Uni- ado a alimento, ali-
PACHECO; RAMOS ção primária, identifi- dades Básicas de mentação e nutrição;
(2014) car se o usuário reco- Saúde, atendidos ou entretanto, os limites
nhece este trabalho não pela nutricionista de sua atuação são
como importante para da unidade. As entre- tênues, apontando
sua saúde e quais são vistas foram transcri- para uma fraca iden-
suas expectativas em tas e realizou-se análi- tidade profissional.
relação ao mesmo. se textual discursiva.
O trabalho foi desen-
volvido em uma UBS e
dividido em Ciclo I, a
Este trabalho aplicou
partir das entrevistas
algumas formas de
com famílias de crian-
desenvolver assis-
Desenvolver uma pro- ças de 0 a 6 anos para
tência nutricional a
posta de ações matri- compor o reconheci-
partir da clínica am-
BORELLI et al; ciais de nutrição dirigi- mento do território; e
pliada e reconheci-
(2015) das à mulher e à cri- Ciclos II e III, a partir
mento do território,
ança na Estratégia de do desenvolvimento
visando aprimorar a
Saúde da Família. de atividades interse-
atuação do nutri-
toriais de campo para
cionista como educa-
promover a segurança
dor em saúde.
alimentar e nutricional
com base no apoio
matricial.

6
Os nutricionistas dos
Trata-se de estudo Núcleos possuem
descritivo e explorató- pouca experiência
rio, de corte transver- profissional, sentem-
sal, realizado com se pouco qualificados
Analisar a formação nutricionistas atuantes para atuar em saúde
acadêmica e a atua- naqueles Núcleos. da família e apresen-
ção profissional de Para coleta de dados tam dificuldades de
AGUIAR; COSTA
nutricionistas dos Nú- foi utilizado um questi- compreensão da
(2015)
cleos de Apoio à Saú- onário autoaplicável, realidade social, pois
de da Família de Goi- com questões abertas a formação acadêmi-
ás. e fechadas, elabora- ca não proporcionou
das para caracterizar segurança para atua-
os nutricionistas, sua ção na área, assim
formação acadêmica e como é precário o
atuação profissional. conhecimento sobre
os Núcleos.
Foi realizado atrás de O resultado do pre-
Demonstrar qual o entrevista com 82 sente estudo mostra
papel da nutrição no indivíduos que se en- que as atividades de
âmbito da Atenção contravam no interior educação nutricional
DIAS; SOARES Básica visam a ampli- da referida UBS. Foi acontecem, sejam na
(2017) ação da qualidade dos elaborado um questio- UBS ou em outro
planos de intervenção nário estruturado con- equipamento da co-
além de promover tendo 5 perguntas munidade, mas, per-
práticas alimentares objetivas referentes à cebe-se uma falta de
saudáveis nutrição em saúde interesse da popula-
pública. ção em participar
Conclui-se que o
Trata-se de estudo município não possui
Analisar a inserção de
qualitativo, de caráter um número adequa-
nutricionistas na Aten-
descritivo, utilizando do de nutricionistas
ção Primária à Saúde
entrevistas e análise na APS, especial-
no município de San-
SPINA et al; de conteúdo. Realiza- mente em áreas de
tos, SP, identificando
(2018) ram-se entrevistas maior vulnerabilidade
suas práticas na ges-
com as nutricionistas social, prejudicando
tão do cuidado nutri-
(três) que dividiam sua os processos de tra-
cional na rede de a-
atuação nos 28 servi- balho e a efetivação
tenção à saúde.
ços. da integralidade da
atenção à saúde.
Fonte: Desenvolvida pelo próprio autor

4. DISCUSSÃO

No estudo feito por Pacheco e Ramos (2014), foram realizada entrevistas com
nove pessoas, das quais, três delas não recebe nenhum tipo de atendimento nutri-
cional nos últimos três meses. As entrevistas foram divididas em cinco categorias. A
primeira parte da entrevista, “O nutricionista e suas interfaces na perspectiva do u-
suário do SUS”, caracteriza-se por saber quem é, como é e quais as atividades que
os nutricionistas desenvolvem dentro do atendimento primário.

7
Na busca pela descoberta das respostas, pode-se entender que os entrevis-
tados associavam um nutricionista como um funcionário da saúde no qual é respon-
sável pela correção da alimentação, tanto individual, como alimentação coletiva.
Também foi reconhecido que o nutricionista é responsável pela saúde dos usuários
do posto. Para os entrevistados, o nutricionista ainda é considerado um médico, po-
rém, sempre associado à alimentação do paciente. A confusão entre as profissões
de nutricionista e de médico deve-se possivelmente ao fato de o termo médico ser
utilizado como referência para o que se denomina como profissional de saúde. Sen-
do a identidade do nutricionista pouco clara, as confusões surgem (PACHECO; RA-
MOS; 2014).
O nutricionista também fora associado como um psicólogo e um profissional
educador físico. Na segunda parte da entrevista, é abordado o tema “Importância do
nutricionista em atenção primária”, no qual os entrevistados afirmam que o nutricio-
nista tem total importância dentro do posto de saúde, mesmo que não saibam expli-
car o motivo. De acordo com Pacheco e Ramos (2014), foi afirmado que o fato de
não realizar atendimento com a nutricionista não representou fator impeditivo para
que o usuário emitisse sua opinião sobre a importância do profissional na unidade.
Uma das funções que foram apontas pelos entrevistados, é que o nutricionista
seria responsável por dar um suporte, uma orientação diferenciada e específicas.
Foi entendido com a leitura do trabalho que os entrevistados afirmam que receberam
informações nutricionais que não obtiveram por outros meios, e que a ausência do
nutricionista nos postos seriam uma grande perda para a comunidade. O profissional
nutricionista também fora relacionado como um especialista na prevenção e trata-
mento de doenças. A parte número três da entrevista, intitulada como “Expectativas
da prática social do nutricionista”, é descrito como é a atuação do nutricionista em
relação às ações a serem desenvolvidas e às formas de conduta no cuidado nutri-
cional.
Alguns entrevistados afirmam que é de grande importância a cobrança e a
“rigidez” do nutricionista com os pacientes, já que os mesmos querem resultados.
Também foi levado em consideração a competência técnica do nutricionista como
agente de transformação através da educação, no caso, tudo que seria de fácil en-
tendimento para o ouvinte, o nutricionista faria o repasse de informações, mas tam-
bém foi observado o lado “técnico” da situação, que foi visto que alguns dos entre-

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vistados afirmam que o modo como o nutricionista o tratou durante o atendimento
também seria um ponto crítico para a aceitação do mesmo.
Outro ponto que foi levado em consideração, foi a motivação do nutricionista
para com o paciente, no qual, um bom atendimento possa gerar um retorno com
maiores resultados e uma boa relação entre profissional e paciente. Os entrevista-
dos apontaram também, de modo unânime, que seria de grande importância o traba-
lho com crianças, tanto nos postos como em escolas e também com idosos, princi-
palmente em casa de reabilitação.
Em conclusão, pode-se perceber que existe um reconhecimento do nutricio-
nista da atenção básica primária como um atuante na área da nutrição e alimenta-
ção, mas a sua identidade profissional não é tão clara, pois os mesmos são confun-
didos com os médicos, sendo necessário conhecer e pensar em como desenvolver o
processo de profissionalização, colocando em favor para o reconhecimento profis-
sional do nutricionista.
O estudo apresentado por Junqueira e Cotta (2014), foi feio a partir de uma
revisão bibliográfica no qual teve como pergunta norteadora “Como a matriz de a-
ções de alimentação e nutrição na atenção básica de saúde pode contribuir para a
formação do nutricionista no contexto da educação por competências no mundo con-
temporâneo?”. Como o estudo em questão aborda vários temas, foi escolhido a ses-
são de “A Atenção Primaria à Saúde e a atuação do nutricionista” para a análise.
Os autores afirmam que o trabalho do nutricionista em nesta área, não se re-
sume somente a assistência a alguma patologia que o paciente apresenta, mas sim,
numa promoção e qualidade de vida e na intervenção dos fatores que colocam em
risco a saúde do paciente.
O autor Santos (2005), em contrapartida, confirma o pensamento de Junquei-
ra e Cotta, afirmando que o papel do nutricionista na promoção de reeducação dos
hábitos alimentares da população fazendo a prevenção de doenças e a promoção
da saúde por meio do estimulo à mudança de estilo de vida e da incorporação de
hábitos de vida saudáveis com consecutiva melhoria da qualidade de vida.
Foi percebido que a inserção do profissional nutricionista em uma UBS é con-
siderado uma necessidade político-social relevante, tendo em vista que, o Brasil ain-
da é marcado pela convivência das infecciosas e transmissíveis, desnutrição e ca-

9
rências nutricionais específicas e de Doença Crônicas Não transmissíveis (DCNT),
sendo mais presentes em famílias de baixo poder aquisitivo.
O NASF vem pôr em prática o compromisso da integração de alimentação e
nutrição com o setor saúde em relação aos componentes de Segurança Alimentar e
Nutricional visando o direito humano à alimentação adequada, através da inserção
do nutricionista na APS. Com a atuação do nutricionista, a comunidade local é bene-
ficiada por um profissional capacitado para apoiar a realização de ações educativas
sobre a alimentação e a nutrição. Além do nutricionista auxiliar na prevenção e tra-
tamento de doenças na comunidade, ainda pode-se afirmar que o profissional deve
incentivar a produção agrícola na região, gerando rendas próprias e mais empregos.
No estudo realizado por Borelli et al (2015) foi definido que o atendimento nu-
tricional matricial presume em ações diferentes e adequadas pra quaisquer tipos de
indivíduo, família ou comunidade. Foi observado que as atuações do nutricionista
em uma UBS podem ser: A realização do diagnóstico nutricional e identificação da
rede de apoio; Avaliar a Segurança Alimentar e Nutricional, de forma a identificar
precocemente riscos e dificuldades relacionados ao estado nutricional e à condição
alimentar das famílias; Desenvolver a educação alimentar a partir dos riscos identifi-
cados e privilegiar o consumo de alimentos regionais, bem como práticas de agricul-
tura familiar; Participar dos programas de educação em saúde já instalados e de-
senvolvidos pelas Equipes de SF, de forma a contribuir com a promoção de práticas
de alimentação saudável para todas as fases da vida e também instrumentalizar as
equipes para esta formação; Desenvolver os protocolos de atenção nutricional,
quando aplicáveis, juntamente com a equipe de saúde, organizando o sistema de
referência e contra referência; Capacitar as equipes de saúde sobre alimentação e
nutrição, de forma continuada, especialmente os agentes comunitários de saúde
que estão em contato com as famílias da área de cobertura das UBS; Desenvolver
ações intersetoriais juntamente com as equipes de Saúde Familiar e os Núcleo de
Apoio à Saúde da Família, envolvendo os setores de educação, assistência social,
esporte, cultura e as redes de apoio da própria comunidade.
De acordo com o estudo realizado por Aguiar e Costa (2015), Participaram da
pesquisa 22 nutricionistas do sexo feminino, representando 88,0% do total. Destas,
59,1% possuíam menos de três anos de formadas; 13,6% fizeram especialização
em Saúde da Família e apenas 27,3% sentiam-se capacitadas para a atuação pro-

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fissional mediante reflexão sobre a realidade socioeconômica, política e cultural do
território.
Em relação à atuação, 80,0% foram contratadas em caráter temporário, o que
pode comprometer o vínculo entre o profissional e a população. Ainda, 36,4% atua-
vam há menos de 1 ano; 18,2% foram capacitadas antes do início das atividades; e
59,1% sentiam-se pouco capacitadas para trabalhar nos núcleos. Apenas 9,1% das
participantes discutiam sobre matriciamento nas reuniões e utilizavam referências
sobre a ferramenta.
O trabalho em equipe foi apontado como facilitador das ações realizadas, e o
não conhecimento do papel dos Núcleos como um fator que dificulta.
Os nutricionistas dos Núcleos possuem pouca experiência profissional, sen-
tem-se pouco qualificados para atuar em saúde da família e apresentam dificuldades
de compreensão da realidade social, pois a formação acadêmica não proporcionou
segurança para atuação na área, assim como é precário o conhecimento sobre os
Núcleos.
No estudo apresentado por Dias e Soares (2017), é possível reafirmar que,
após realizado a pesquisa, pode-se confirmar que, apesar dos usuários da UBS lo-
cal, os entrevistados sabem que existe uma importância no atendimento nutricional,
mas não existe uma quantidade significativa dos pacientes para o atendimento nutri-
cional no posto.
Na entrevista realizada pela autora do projeto, obteve os seguintes resulta-
dos: em relação a pergunta número 1 “Você já procurou atendimento de um nutricio-
nista alguma vez?”, obteve resultados de 81,70% que afirmaram que “não” e 18,30%
afirmaram que “sim”. Pergunta número 2 “Por qual motivo você acha que seria im-
portante o atendimento com o profissional de nutrição?”, obteve resultados de que
65,85% dos entrevistados afirmam que procuraram atendimento nutricional para
prevenção de doenças. Na pergunta número 3 “Você acha importante a presença de
um profissional de nutrição na UBS?”, obteve um resultado unânime de que existe
importância no atendimento nutricional dentro de posto. Na pergunta número 4 “Vo-
cê sabe que existe atendimento nutricional nesta UBS?”, obteve a resposta de que
82% dos entrevistados não sabiam que existia setor nutricional no posto, mostrando
assim a escassez da divulgação do atendimento, tendo em consideração que não é
de costume a equipe de uma UBS ser constituída por um profissional nutricionista.

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E, por último, a questão número 5 “Você já participou de alguma atividade de educa-
ção nutricional na UBS ou na comunidade?”, o resultado mostra que 84% dos fre-
quentadores do posto nunca participaram de uma ação nutricional.
De acordo com o público entrevistado, a importância do nutricionista no âmbi-
to de saúde pública é a prevenção e a promoção à saúde. A grande maioria dos fre-
quentadores da Unidade Básica afirmou que existe uma ausência de divulgação do
serviço dos nutricionistas, tendo em consideração que este serviço não possui em
outras unidades básica, dificultando, assim, o atendimento.
De acordo com o estudo realizado por Spina et al (2018), foi realizado uma
entrevista com três nutricionistas que se graduaram em épocas divergentes. Todas
trabalham há mais de três anos na Atenção Básica Primária. Verificou-se que a
quantidade de profissional atuantes na região é menor que o recomentado. De acor-
do com o Conselho Federal de Nutricionistas (2005), é necessário um profissional
para cada 30 mil habitantes em todas as regiões.
A precariedade da infraestrutura das unidades e dos limites físicos, materiais
e de profissionais, prejudicam a ação do nutricionista. Foi relatado por uma das en-
trevistadas que é frustrante ter tanto para oferecer para os pacientes, mas não existe
recursos ou profissionais à mais para as outras unidade básicas, sendo assim, o pa-
ciente nem sempre possui o atendimento completo.
Foi percebido que a ausência de mais profissionais da nutrição, causa um
declínio no atendimento à comunidade. A sobrecarga de atendimento para as três
nutricionistas prejudica o retorno dos cliente, pois as mesma devem atender todos
os encaminhamentos antes de fazerem os retornos.
Com um número de profissionais abaixo do estipulado, os pacientes, as ve-
zes, caem em desistência por questão de longos prazos de espera, desta forma, a
falta tempo para o planejamento com enfoque coletivo na prevenção de doenças e
promoção à saúde, prejudicando os processos de trabalho e a efetivação da integra-
lidade da atenção à saúde.
O estudo realizado por DiMaria-Ghalili (2014) mostra a importância de enten-
der e aplicar os conhecimento nutricionais em todos os aspectos da saúde. Tendo
em consideração que embora a nutrição seja um componente crítico do manejo de
doenças agudas e crônicas, bem como de prevenção de doenças e promoção à sa-

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úde, cada profissão da área da saúde deve reavaliar suas competências profissio-
nais relacionadas à nutrição antes de aplicar sua função em específico.
O autor do artigo mostra que a educação nutricional partindo de outros profis-
sionais da saúde, podem afetar positivamente o atendimento ao cliente, reforçando a
ideia de que a nutrição é muito mais que uma alimentação saudável.
De acordo com a cartilha “O Papel do Nutricionista na Atenção Primária à Sa-
úde” feita pelo Conselho Federal de Nutricionistas (2015), é considerado o papel da
alimentação como fator de proteção -ou de risco- para ocorrência de grande parte
das doenças e das causas de morte atuais, considera-se que a inserção universal,
sistemática e qualificada de ações de alimentação e nutrição na atenção primária à
saúde, integrada às demais ações já garantidas pelo SUS, poderá ter um importante
impacto na saúde de pessoas, famílias e comunidades. Sendo esse nível de aten-
ção o primeiro contato da população dentro do sistema de saúde, os profissionais
devem incorporar uma visão ampla que considere as próprias condições de vida dos
sujeitos e comunidades e, ainda, o contexto social de manifestação do processo sa-
úde-doença.

5. CONCLUSÃO

O maior objetivo deste trabalho foi ressaltar a importância da inserção do pro-


fissional da nutrição dentro da Atenção Básica Primária. Nem todos os indivíduos
possuem condições econômicas de optar por um atendimento particular com um
nutricionista, recorrendo então às unidades básicas para suprir a necessidade. As
Unidades Básicas de Saúde são consideradas como uma das únicas vias de acesso
para indivíduos com baixo custo de vida.
Foi averiguado que nem todos os frequentantes da Unidades Básicas possu-
em conhecimento sobre a atuação do profissional nutricionista e que muito possuem
um certo entendimento (de um modo bem mais básico) qual a função do nutricionis-
tas, mas não possuem interesse em se consultar com o mesmo, já que esta profis-
são é “escondida” nesse tipo de âmbito. Foi apresentado que a nutrição não é rela-
cionada somente com o cuidado com a alimentação do paciente, mas também, para
com o paciente como um todo, levando em consideração que o público alvo dos a-

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tendimentos básicos é representado pela comunidade com um custo de vida mais
reduzido, sendo assim, mais carentes e sendo necessário cuidados à mais.
Os estudo utilizados em questão abordam que a importância do profissional
nutricionista dentro da atenção pública primária não é somente cuidar da alimenta-
ção do próximo, mas sim, também ajudar na prevenção e no tratamento de outras
doenças e na promoção à saúde, tanto individualmente como coletivamente.
A grande maioria dos pacientes atendidos nas Unidades Básicas não sabem
que também pode existir um profissional nutricionista incluído na equipe multidisci-
plinar, tendo que vista que este não é um serviço oferecido em todos os meios de
atendimento primário, o que dificulta a execução do trabalho do profissional.
Há muito tempo que a área da nutrição passou de singelos cuidados alimentí-
cios para um cuidado em geral para com o paciente. O nutricionista não somente
guia um indivíduo sobre o é “certo” e o que é “errado” na alimentação, mas sim um
trabalho com o indivíduo como um todo, desde a alimentação até processos de hu-
manização.

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