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Revista Eletrônica da Faculdade Metodista Granbery

http://re.granbery.edu.br - ISSN 1981 0377

Curso de Educação Física - N.

ESPORTE NO CONTEXTO ESCOLAR


GUSTAVO TAVARES DA COSTA1

THIAGO LESTER SENNA DE SOUZA2

HELDER BARRA DE MOURA3

RESUMO

O esporte escolar pode ser apresentado de inúmeras maneiras e em diferentes situações e


contextos. Buscou-se, através desta pesquisa, encontrar informações sobre a Educação
Física Escolar, o esporte e o esporte escolar. O presente estudo teve por objetivo identificar
e demonstrar as diferentes concepções da prática do esporte na escola. Para a realização
desse estudo, foi feita uma revisão de literatura, examinando obras dos principais autores do
tema Esporte no Ambiente Escolar, como Valter Bracht, Elenor Kunz, Sávio Assis, Tarcísio
Mauro Vago, entre outros. Livros, revistas, artigos, teses e legislações foram utilizados no
estudo como fonte de pesquisa. Através da realização deste trabalho, chegamos à
conclusão de que deve haver uma conscientização maior do profissional para a aplicação do
conteúdo esporte nas aulas de Educação Física, que deve ser trabalhado no ambiente
escolar de forma inclusiva e educacional, já que sua função vai além de ensinar, agregando
valores e princípios à vida social dos alunos.

Palavras-chave: Educação Física. Esporte. Escola.

ABSTRACT

The school sports can be filed in numerous ways, situations and contexts . Sought through
the search, to find information on physical education, sport and school sport. The present
study aimed to analyze and discuss the different conceptions of sport practiced at school. To
achieve the same we made a literature review examining the works of the principal authors
of the theme Sport Environment School, as Valter Bracht, Elenor Kunz, Savio Assis, Mauro
Tarcisio Vago, among others . Books, journals, articles , theses and laws were used in the
study as a means of research. By conducting this study, we concluded that there must be an
awareness of the professional application of sports content in physical education classes. It
should be working in an inclusive school environment and educational, since its function
goes beyond teaching, he adds values and principles to the social life of the students.

Keywords: Physical Education. Sport. School.

1
Licenciado em Educação Física – FMG.
2
Licenciado em Educação Física – FMG.
3
Doutorando em Educação Física – Professor Faculdade Educação Física – FMG.
INTRODUÇÃO
A Educação Física é uma prática que envolve um amplo processo de
ações, sejam educacionais ou não. Ela ocorre no ambiente escolar e tem função de
promover aspectos motores, psicossociais e culturais (TENROLLER, MERINO,
2006).
Com a obrigatoriedade regulamentada por lei, a Educação Física passou
a ser questionada. Segundo Darido et al (2003), ela é um meio de Educação, que
agrega valores educativos, sociais e culturais, além de conhecimento sobre o próprio
corpo e seus limites, para quem a pratica.
Os aspectos a serem considerados neste estudo referem-se
especialmente ao esporte, levando-se em conta as condições e a forma que deve
ser trabalhado no ambiente escolar. É relevante que todos os alunos tenham a
oportunidade de vivenciar experiências esportivas (KUNZ, 2001).
Como estudantes do curso de Licenciatura em Educação Física,
percebemos, durante a vivência acadêmica, o descaso de alguns profissionais na
aplicação do esporte como conteúdo de ensino. Acreditamos que é necessário ir
além do “rola bola”. Nesse sentido, este estudo pretende oferecer novas
contribuições aos profissionais que atuam na área da Educação Física Escolar.
Diante desse quadro, o estudo levantou o seguinte questionamento:
Como o esporte pode ser introduzido no âmbito escolar? E, de acordo com a
questão proposta, o objetivo consiste em identificar e demonstrar as diferentes
concepções da prática do esporte na escola. Através da revisão de literatura,
verificaram-se artigos, livros e publicações de autores como Valter Bracht, Elenor
Kunz, Sávio Assis, Tarcísio Mauro Vago, entre outros.
A introdução do esporte nas aulas de Educação Física é um tema a ser
debatido. Serão apresentadas, no decorrer do texto as principais concepções
presentes no século XX, bem como algumas abordagens atuais. Será uma breve
história do esporte desde a Antiguidade até sua chegada ao Brasil, suas definições,
leis nacionais e sua apresentação, e os métodos desporto-performance, desporto-
participação e desporto-educação.
Por último, será abordada a característica do esporte na escola e do
esporte da escola, sob o olhar sob de diferentes considerações dos principais
autores da área, visando a aplicabilidade e a promoção da inclusão e da
socialização.
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Atualmente, o que tem impulsionado as pesquisas no campo da
Educação Física e áreas afins são os estudos que buscam compreender as
atividades corporais, o corpo e todas as suas possibilidades. “Ocasionado
modificações nas chamadas “tendências tradicionais” do pensamento cartesiano e
da Educação Física” (ZAGO e GALANTE, 2008, p. 376).
No contexto escolar a atividade física não está limitada apenas ao
desenvolvimento de suas ações seja de forma prática ou teórica, pois ambas se
complementam e estão diretamente envolvidas. Dentro do conteúdo, a dimensão
histórica, a técnica, as habilidades motoras, quando levadas à prática, contribuem
positivamente para a vida do aluno. Além dessa contribuição, a prática da Educação
Física permite a vivência de inúmeras práticas corporais e de integração social e
cultural (DARIDO, 2003).
A história da Educação Física no Brasil esteve ou está ligada à
representação de vários papeis e estes servindo aos interesses da classe
dominante. Por isso, a Educação Física Escolar acabou assumindo funções de
acordo com as tendências: higienista, militarista, pedagogicista, biologicista e etc.
Estas questionadas pela separação corpo e mente/espírito, ou seja, visão dualista
do homem e com objetivos voltados somente para o aspecto corporal. Já com o
pensamento filosófico total de homem, as concepções atuais (Construtivista,
Desenvolvimentista, Sistêmica, Crítico-Superadora), apesar de muitas vezes
antagônicas entre si, preocupam com o ser humano e o indivíduo como uma
unidade (ZAGO & GALANTE, 2008).
A Educação Física começou a figurar nos currículos escolares como uma
atividade complementar, com uma diretriz diferente da que conhecemos e vivemos
hoje, na qual a presença curricular da Educação Física é obrigatória por lei (BETTI,
ZULIANI, 2002).
De acordo com esses autores, a partir do século XX, surgiu uma
concepção da Educação Física Higienista, cuja preocupação central era com os
hábitos de higiene e saúde, tanto física quanto mental, capazes de formar homens e
mulheres fortes e sadios. Segundo Ghiraldelli Júnior (2007), nesse mesmo período,
surgiu também a concepção da Educação Física Militarista, na qual era vigente a
preparação pré-militar e de atletas.
Darido (2003, p.2) afirma:

Ambas as concepções, higienistas e militaristas da Educação Física,


consideravam a Educação Física como disciplina essencialmente
prática, não necessitando, portanto, de uma fundamentação teórica
que lhe desse suporte. Por isso, não havia distinção evidente entre a
Educação Física e a instrução militar.

Nesse período, segundo Coletivo de Autores (1992, p. 53), “as aulas de


Educação Física na escola eram ministradas por instrutores físicos do exército, que
traziam para essas instituições os rígidos métodos militares da disciplina e
hierarquia”.
Em 1939 foi decretada a criação da Escola Nacional de Educação Física
e Desporto, onde se fez necessária a formação de pessoas aptas ao ensino,
imprimindo parte teórica e prática, incentivando a realização de pesquisas para
indicar os métodos mais adequados para sua prática em território nacional (BRASIL,
1939).
A Educação Física brasileira sofreu influência dos métodos europeus,
cujas primeiras expressões exibidas foram movimentos e exercícios ginásticos. As
aulas que hoje conhecemos como “aulas de Educação Física” eram denominadas
“aula de ginástica” (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
Em 1961, a Educação Física passou a figurar nas leis nacionais, na Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, número 4.024, decretada pelo
presidente da República, em 20 de dezembro de 1961. Consta, no artigo 22, a
obrigatoriedade de sua prática em todos os níveis e ramos de escolarização. “A
Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente
curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da
população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”. Regulamentada segundo
a LDB n. 4.024/1961 (BRASIL, 1961), essa lei foi revogada 35 anos depois, em 20
de dezembro de 1996.
Nos anos 80, demandava-se a contextualização da Educação Física
escolar, definindo seu papel. Para muitos, a falta de uma definição era a raiz do não
reconhecimento por parte da sociedade. (CASTELLANI FILHO, 1998).
Partindo da afirmação de Darido (2003,p.2) “A Educação Física é um
meio de educação”. Percebe-se que, houve uma mudança da valorização do
biológico, para a valorização do sócio-cultural.
A Educação Física, em qualquer dimensão social, pode ser considerada
uma Ciência da Educação. Ela utiliza como fonte de conhecimento outras influências
das ciências humanas e precisa de uma instituição para dialogar sobre os campos
de reflexão, capacitação e atuação profissional. Essa prática é eficaz para que
possa ser alcançada uma compreensão de sentidos e significados distintos
atribuídos a essa modalidade (PALAFOX, ET AL., 2006).
Além de desenvolver capacidades físicas e motoras, a Educação Física
deve assumir a tarefa de agregar e incorporar o aluno na cultura corporal do
movimento, tornando-o capaz de compreender os aspectos técnicos e táticos. No
caso de um esporte coletivo, deve-se saber como praticar, aplicar as regras básicas
e saber conviver com o adversário, pois, sem ele, a prática do desporto não seria
possível (BETTI, ZULIANI, 2002).
Para Darido e Souza Jr. (2007), o preparo dos profissionais de Educação
Física é fundamental para garantir qualidade na aprendizagem dos alunos. Cabe a
eles estarem atentos a assuntos ligados ao esporte, temas emergentes, atividade e
lazer, hábitos de alimentação, saúde corporal e trabalharem da melhor maneira,
agregando conhecimento a seus alunos. Marco (2006) ressalta a importância e a
necessidade de uma educação permanente, que só poderá ser passada pelo
professor caso este seja habituado à forma de educação e consciente de seu valor.
Não é possível convencer o aluno daquilo que o professor não está convencido.
Conforme o Coletivo de Autores (1992, p.50), a Educação Física é
classificada provisoriamente como:

[...] uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza formas


de atividades expressivas corporais como: jogo, esporte, dança
ginástica, formas estas que configuram uma área do conhecimento
que podemos chamar de cultura corporal.

A nova etapa da Educação Física Escolar contribuiu para a elaboração de


conteúdos, surgindo novas abordagens de ensino, com objetivo de expandir as
atividades e considerações, mesmo que cada uma tenha suas particularidades. As
principais abordagens dessa nova etapa foram denominadas construtivista-
interacionista, desenvolvimentista, sistêmica e critico-superadora, além de outras
abordagens complementares.
A abordagem construtivista interacionista tem por finalidade a construção
do conhecimento a partir do convívio do cidadão com o mundo enriquecendo as
experiências, conhecimentos e cultura de cada aluno (AZEVEDO, SHIGUNOV,
2006).
A abordagem desenvolvimentista não se aprofunda em aspectos culturais
e sociais, mas sim na essência do movimento, frisando a importância da Educação
Física em proporcionar experiências motoras adequadas para a criança, podendo
ser realizada em diferentes níveis de análise (Tani ET AL., 1988). A Educação Física
desenvolvimentista reconhece que existe uma relação entre a parte biológica, o
ambiente e os objetivos da aprendizagem. (GALLAHEU, 1996).
A abordagem sistêmica procura, no contexto da prática corporal, o
movimento de agregar o aluno aos conteúdos proporcionados pela escola. Sua
essência está situada no entendimento de um sistema aberto que sofre e interage
com a sociedade (AZEVEDO, SHIGUNOV, 2006).
Segundo Coletivo de Autores (1992), a abordagem crítico-superadora
busca um processo que enfatize, dentro da sala de aula, a prática do aluno em
assimilar a realidade, em que a aula é um espaço de interação, permitindo ao aluno
a percepção da totalidade, associando o que faz, o que pensa e o que sente.
Ao longo dos anos, a Educação Física passou por diversas alterações.
Atualmente o conteúdo mais trabalhado nas escolas é o esporte, que se faz
presente no cotidiano da maioria dos alunos.

ESPORTE

O esporte, desde sempre, acompanha o ser humano, que, por


necessidade de sobrevivência, aprendeu a lutar, nadar e caçar (DUARTE, 2003).
O conteúdo de uma palavra e/ou conceito passa a fazer sentido quando
está dentro de um contexto. Acredita-se que, a partir dos gregos, houve uma
organização de competições para medir as habilidades físicas, já que, além disso,
valorizavam o culto ao corpo. Os gregos constituíram e organizaram um conteúdo,
mas sua contextualização foi concretizada pela sociedade contemporânea como
esporte. (LESSA, 2008).
Segundo Tubino (2010), o desporto pode ser dividido historicamente
entre: antigo, moderno e contemporâneo. O conceito de antigo se faz presente na
Antiguidade, cuja finalidade era de sobrevivência. Já o conceito de moderno surgiu
na Inglaterra, com a criação de clubes esportivos. O conceito contemporâneo se
estende do final da década de 1980 até os dias atuais.
A palavra esporte é originada do inglês sport, que faz referência a
exercícios físicos, distração, prazer, brincadeira e descanso corporal. Como
sinônimo, há a palavra de origem francesa desport, traduzida para a língua
portuguesa como desporto. (BARBIERI, 2001).
Tubino (2006) relata que a prática e o desenvolvimento do esporte, em
meados do século XIX, estabeleceu-se a partir de uma construção cultural, seguindo
os moldes e características da época, herdando a busca pelo rendimento presença
de regulamentos, a competitividade e os aspectos de contexto político, cultural e
social vividos pela sociedade no período da Revolução Industrial. Sua proliferação
para outras camadas sociais se deu nesse período, já que anteriormente sua prática
era tipicamente aristocrata. Por volta de 1870, tornou-se acessível aos
trabalhadores, que anteriormente conquistaram o direito da redução da jornada de
trabalho.
Os exercícios físicos passaram a ser compreendidos como “remédio”
entendia-se que, através dele era possível adquirir um corpo saudável, eficiente e
disciplinado, compatível com o que era exigido pela sociedade capitalista
(COLETIVO DE AUTORES, 1992).
De acordo com esses autores, o esporte é um fenômeno sócio-cultural.
Sua prática é direito de todos. Tem-se no jogo, o vínculo cultural, e na competição, a
manifestação da aptidão. O esporte tem também o papel de agregar na formação e
interação dos seres humanos, desenvolvendo valores como ética, moral e
cooperação.
Para Faria Junior (2006), o esporte realiza na sociedade três tipos de
expansão: espacial, temporal e social. Expansão espacial, pois chega, cada dia
mais, a diversos lugares do mundo. Uma expansão temporal, pois é passada de
geração em geração. E uma expansão social, uma vez que relaciona os grupos
sociais.
Segundo Bracht (1986, p.64), o termo esporte:
[...] refere-se a uma atividade corporal de movimento com caráter
competitivo surgida no âmbito da cultura européia por volta do século
XVIII, e que com esta, expandiu-se para todos os cantos do planeta.
No seu desenvolvimento conseqüente no interior desta cultura,
assumiu o esporte suas características básicas, que podem ser
sumariamente resumidas em: competição, rendimento físico-técnico,
record, racionalização e cientifização do treinamento.

Após a Segunda Guerra a influência do esporte na Educação Física


alavancou. No Brasil, pode ser situado no fim do Estado Novo, com os avanços no
processo de urbanização e desenvolvimento industrial. (ASSIS, 2001).
De acordo com as bases de organização dos desportos em todo o país,
decreto número 3.199, de 14 de abril de 1941, em seu capítulo I, artigo primeiro:
“Fica instituído, no Ministério da Educação e Saúde, o Conselho Nacional de
Desportos, destinado a orientar, fiscalizar e incentivar a prática dos desportos em
todo o país” (BRASIL, 1941). Os governos de 1964 em diante incentivaram o
crescimento do esporte.

Rial (1997) acredita que o esporte proporciona uma descarga de energia


prazerosa, diverte, ensina obediência a regras, fortalece e condiciona o corpo,
contribui para a construção da identidade seja ela pessoal ou de um determinado
local.
Embora exista a influência do esporte espetáculo, que motiva a prática do
esporte com base no alto rendimento e profissionalização, vale ressaltar que o
esporte contemporâneo é altamente flexível, podendo ser adaptado às necessidades
e objetivos de quem o pratica. (MARQUES; GUTIERREZ; MONTAGNER, 2010)
Para Almeida e Rose Júnior (2010), o desporto possui vários aspectos,
estando relacionado ao seu papel histórico; a dimensão científica; à industrialização
e atuação profissional; à mídia, às políticas públicas ao preconceito e à violência,
demonstrando que o esporte está vinculado à cultura, e, além disso, transmite
valores.
Em 1985, no mandato do presidente José Sarney, surgiu o conceito de
esporte em três expressões: o desporto-performance, desporto-participação e
desporto-educação. Nos dias atuais, duas manifestações são vigentes: o esporte de
alto rendimento ou espetáculo e o esporte enquanto atividade de lazer. O esporte
praticado em âmbito escolar se encaixa nas duas manifestações. Foi a ligação do
esporte ao ideal da educação e da saúde que permitiu torná-lo o conteúdo central da
Educação Física Escolar (BRACHT, 2005).
Segundo Cambraia (2010), de acordo com a Lei de Incentivo ao Esporte,
do ano de 2007, o esporte passou a ter algumas classificações: o desporto
rendimento, seguindo regras, com intuito de obter resultados, é o esporte
profissional; no desporto de participação, a prática é voluntária, contribuindo para a
vida social, saúde, bem estar e lazer; o desporto educacional tem foco no aluno
regulamentado na escola, incentivando a prática esportiva, a formação do cidadão e
o lazer, seguindo os princípios sócio-educativos.
O esporte de alto rendimento é a forma mais comercial dele. Copa do
Mundo de Futebol, Jogos Olímpicos, competições estaduais e nacionais de vôlei,
basquete, futebol figuram nas televisões dos brasileiros. Essas competições
influenciam diretamente a vida do cidadão, até mesmo aqueles que não se
interessam pelo evento esportivo. A valorização das cidades/país sede mobiliza de
forma direta ou indireta as pessoas, seja de forma social ou econômica.
Kunz (2001) acredita que o desporto de alto rendimento deve ser
questionado. O treinamento precoce, quando realizado antes da fase da puberdade4,
pode trazer malefícios à criança, como a formação escolar deficiente, já que o
esporte exigirá grande dedicação, perda de atividades e entretenimento ligados ao
mundo infantil.
O desporto, além de ser conteúdo curricular, pode se apresentar na
escola como extracurricular, quando é apresentado de forma específica ao aluno,
através de determinada modalidade, suas regras e conteúdos técnicos e táticos. Sua
exigência é diferente de um clube esportivo, onde são selecionados os mais hábeis,
seja por sua capacidade física ou técnica, cujo objetivo final é a formação de atletas
profissionais. (CAMBRAIA, 2010).
O esporte no sistema de educação é tão forte e presente que não é o
esporte da escola e sim o esporte na escola, que é o alvo e o conteúdo da Educação
Física Escolar (DARIDO, 2003).
A prática do esporte nas aulas de Educação Física tem grande
importância na formação do aluno. Sua função deve ser oposta ao alto rendimento e

4
A puberdade é um período da adolescência que se caracteriza pelas mudanças biológicas,
com duração de dois a quatro anos, onde ocorre crescimento esquelético linear, alteração
da forma e composição corporal (LOURENÇO; QUEIROZ, 2010).
ao desempenho. Deve focar na aprendizagem, que contribui para o desenvolvimento
dos aspectos físicos e mentais, bem como inclusão e socialização.

O ESPORTE ESCOLAR

Quando se apresenta o esporte no ambiente escolar, existem duas


vertentes opostas, uma relacionada ao esporte praticado na escola, e outra que
defende o esporte da escola. Essa diferenciação foi mostrada em meados de 1990,
por autores que apresentaram uma ponderação mais ampla sobre o esporte no
ambiente escolar.
A primeira segue princípios de uma instituição esportiva, em que existe a
busca por novos talentos. Esse método é exercido de forma excludente. Bracht
(1992) acredita que a escola é uma extensão de uma instituição esportiva, onde
podem ser resumidos como principais objetivos, o rendimento, a competição, a
disciplina, a percepção de sucesso e vitória. Ainda segundo o autor, é necessário
expressar argumentos para manter o esporte como foco da Educação Física para
ele. Isso tem a ver com a dimensão com que o fenômeno esportivo se fez/faz
presente na sociedade.
Já o esporte da escola é voltado para a instituição educacional, com
valores educativos, visando à interação do aluno com o esporte. Essa vertente vai
na contra mão da exclusão, adotando meios que valorizam a participação e o
coletivo. Acredita que a escola é capaz de produzir sua cultura escolar do esporte, e
esta, poderá participar da cultura social (Vago, 1996).
Coletivo de Autores (1992, p.54) demonstra a visão sobre as duas
vertentes citadas acima:

Essa influência do esporte no sistema escolar é de tal magnitude que


temos, então, (não o Esporte da escola, mas sim o Esporte na
escola). Isso indica a subordinação da educação física aos
códigos/sentidos da instituição esportiva, caracterizando-se o esporte
na escola como um prolongamento da instituição esportiva: esporte
olímpico, sistema desportivo nacional e internacional. Esses códigos
podem ser resumidos em: princípios de rendimento
atlético/desportivo, competição, comparação de rendimento e
recordes, regulamentação rígida, sucesso no esporte como sinônimo
de vida, racionalização de meio e técnicas, etc.
Conforme relatado por Assis (2001), o esporte na escola não obterá
sucesso, visto que pode ocorrer uma confusão entre a escola e um clube desportivo.
A prática do esporte deve ter a participação do aluno e sua satisfação.
Ainda segundo o autor, o esporte na Educação Física Escolar sofre com
as críticas. A primeira é a relação de exclusividade, não havendo espaço para outros
temas, e a prioridade de tempo e espaço, nas aulas. E outra diz respeito à função do
esporte no ambiente escolar; críticos apontam que, por meio da Educação Física, a
escola estaria assumindo papel de uma instituição esportiva.
Para Kunz (2001), a crítica principal é ao processo de aprendizagem do
esporte e de suas modalidades para crianças nas séries iniciais. Essa crítica
coincide com a implantação da obrigatoriedade de um profissional de Educação
Física para ministrar as aulas, o que não era exigido de primeira a quarta série.
Segundo a legislação do Ministério da Educação (1980), era proibida a inserção do
aluno no aprendizado dos esportes antes da quinta série.
Outra crítica realizada a respeito do esporte nas aulas é que devem ser
analisados, nos seus valores, aspectos para determinar a forma de abordagem
pedagógica como esporte “da” escola e não como o esporte “na” escola (COLETIVO
DE AUTORES, 1992).
Os autores acima sugerem que, para o desporto escolar, é preciso
resgatar os valores que privilegiam o coletivo e o companheirismo sobre o individual.
Esse conhecimento deve promover e despertar a visão crítica do aluno para
diversos temas que o esporte abrange.
Segundo Kunz et al. (2003, p.9):

Ser crítico é ser capaz de questionar, de dialogar e oferecer


diferentes respostas ao próprio questionamento, e só se pode
realmente questionar e responder sobre aquilo em que se está
corporalmente envolvido.

Bracht (2001) menciona que é um equívoco afirmar que quem critica o


esporte é contra ele. Criticar não é sinônimo de ter aversão. O autor ainda completa
que criticar o esporte nas aulas de Educação Física não significa ser contra sua
aplicação.
Betti (1997) explicita que o esporte está presente em tudo, não só nos
programas voltado a ele, mas nos filmes, desenhos animados, novelas e anúncios.
O esporte por meio da mídia, interfere diretamente na maneira como ele é percebido
e praticado, devendo provocar impacto na Educação Física, já que os alunos que
assistem a grandes esportistas na televisão são os mesmos que praticam as aulas
na escola.
Algumas abordagens sobre o esporte na escola devem ser levadas em
conta; são elas:
1) A leitura crítica do esporte:

O esporte subordina-se aos códigos e significados que lhe imprime a


sociedade capitalista e, por isso não pode ser afastado das
condições a ela inerentes, especialmente no momento em que se lhe
atribuem valores educativos para justificá-lo no currículo escolar
(Coletivo de Autores, 1992, p. 48).

2) A impossibilidade de não considerá-lo como tema ou como conteúdo da


educação física:

Para o programa do esporte, se apresenta a exigência de


“desmistificá-lo” através da oferta, na escola, do conhecimento que
permita aos alunos criticá-lo dentro de um determinado contexto
socio-econômico-político-cultural (Coletivo de Autores, 1992, p. 49).

3) A necessidade de transformá-lo na escola:

Na escola, é preciso resgatar os valores que verdadeiramente


socializam, privilegiam o coletivo sobre o individual, garantem a
solidariedade e o respeito humano e levam a compreensão de que o
jogo se faz com o outro e não contra o outro (ASSIS, 2001, p. 28).

Bracht (1986), defensor do esporte nas aulas de Educação Física, relata


que é preciso entender que normas, valores e atitudes que o indivíduo assume
durante o processo de socialização advindo do esporte estão relacionados com
valores mais extensos, não só na situação do esporte. O esporte tem a função
educacional, em que o indivíduo aprende valores e comportamentos que viabilizarão
sua vivência na sociedade.
A Educação Física é uma prática política desprovida de qualquer tipo de
neutralidade científica e ideológica. Reflete, conscientemente ou não, moldes que
foram criados para um determinado modelo de sociedade. Esse modelo favorece a
presença de inúmeras práticas existentes na atualidade, como o fato de professores
entregarem a bola aos alunos e aguardarem o final da aula, sem ministrar, sequer, a
aula em si (PALAFOX, TERRA, PIROLO, AMARAL, 2006).
A prática desportiva na escola ensina ao praticante a conviver com a
vitória/derrota, a aprender a vencer pelo esforço pessoal, a adquirir a partir do
esporte, independência e confiança em si mesmo, a essência de responsabilidade
(BRACHT, 1986).
Com embasamento no Coletivo de Autores (1992, p. 36):

A perspectiva da Educação Física escolar, que tem como objeto de


estudo o desenvolvimento da aptidão física do homem, tem
contribuído historicamente para defesa dos interesses da classe no
poder, mantendo a estrutura da sociedade capitalista [...].

Kunz (2001) argumenta que é preciso compreender o desporto além do


ato de praticar. É conveniente estudá-lo na Educação Física, como se estudam
outras matérias. Além da visão crítica, é necessário oferecer ao aluno diferentes
formas de apresentação do esporte, fazendo com que o aprendizado não fique
voltado exclusivamente para a parte teórica e nem para a parte prática, pois a
junção destas, enriquece o conhecimento.
Incorporar o esporte de competições no ambiente escolar não é exigir que
a escola forme atletas de dimensão nacional e nem excluir essa possibilidade, mas
sim expandir as atividades. Implementar o esporte na escola, agregado às
tecnologias, é unir-se ao seu tempo (BETTI, 1997 apud BELBENOIT, 1976).
O primeiro passo para uma maior participação dos alunos nas aulas de
Educação Física é a dedicação do professor. O planejamento de suas aulas é de
extrema importância nesse processo. Tenroller e Merino (2006) apresentam meios
para que o planejamento das aulas envolvendo o esporte sejam bem-elaborados:

Conhecimento da realidade, das suas exigências,


necessidades e tendências;
Definição dos objetivos, que devem ser claros e significativos;
Determinação de meios e recursos possíveis, viáveis e
disponíveis;
Estabelecimento de créditos e princípios de avaliação do
processo de ensino e aprendizagem;
Revisão constante, possibilitando o acompanhamento dos
agentes envolvidos;
Sentimento de coletividade, porque todos os envolvidos devem
participar ativamente das propostas a serem realizadas e de seu
redimensionamento permanente.

Para Rangel Betti (1999), há uma resistência por partes dos professores
em implementar novos meio de chamar a atenção do aluno. Relata que o ano letivo,
é na maioria das vezes, divido em bimestres, em que cada bimestre é apresentado
um esporte, na maioria das vezes, futebol/futsal, handebol, basquete e vôlei. Isso
quando se consegue cumprir essa programação. O problema é quando ela é
repetida para todos os alunos, independente da faixa etária, e durante anos.
A autora ainda destaca que esse fato ocorre ou por medo de
apresentarem uma modalidade que não dominam, ou por acreditarem que a escola
não tem espaço e material, ou por acharem que os alunos não têm interesse em
aprender outro conteúdo.
De acordo com Tenroller e Merino (2006), existem inúmeros métodos
para a aplicação do esporte. O Método parcial ou analítico, que consiste em ensinar
uma destreza motora por partes e ao final uni-las. O método global em forma de jogo
no qual é necessário que haja a prática do desporto, envolvendo todos os
elementos; o método misto que é a junção do método parcial e global, o movimento
parcial é apresentado e logo em seguida, o gesto como um todo.
De acordo com Voser e Giusti (2002) apresentam algumas dicas que
consideram importantes para o sucesso na aplicação do conteúdo esporte nas aulas
de Educação Física. Estabelecer certo vínculo afetivo com os alunos, estimular a
motivação, garantir a participação de todos, permitir a criação e reformulação de
regras, destacar as capacidades motoras, promover a união entre alunos do sexo
masculino e feminino.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho demonstra a visão de diversos autores sobre a


presença do esporte no ambiente escolar. Esse estudo partiu da necessidade de
investigar o esporte e sua aplicação na escola.
Conforme pesquisa sobre a origem da Educação Física e do esporte, no
Brasil pôde ser percebida a influência que o esporte exerce sobre as pessoas no
mundo capitalista, sendo refletida no ambiente escolar, como, por exemplo, a forma
de jogar e de vestir, seguindo estilo e tendências de atletas profissionais
Ao professor de Educação Física, cabe trabalhar, além do esporte, outros
fundamentos da cultura corporal do movimento, como: jogos, lutas, dança e
ginástica, visto que o esporte é apenas um dos conteúdos a ser aplicado em suas
aulas. É destinada a ele a função de descaracterizar o ponto de vista de que vencer
é o que importa, já que a escola é um meio de educar, e não de promover a
competição de forma exagerada, a exclusão, a seleção dos mais habilidosos e a
rivalidade entre os praticantes.
A presença do esporte nas aulas de Educação Física é indispensável, já
que sua função vai além de ensinamentos exclusivos para serem aplicados dentro
da escola. Agrega valores e princípios para a vivência social, sendo que ela tem a
função de educar para a vida. Devemos ter, como professores, a função de
promover a construção de conhecimento, evitando trabalhar apenas com o físico do
aluno, considerando-o um ser integral.
Pode-se concluir, no presente estudo, que o esporte, como conteúdo
principal das aulas, deve ser analisado e adaptado, levando em consideração a
idade e as condições onde será realizado. Este deve ser trabalhado de forma
educacional e inclusiva, buscando desenvolver aspectos motores, cognitivos,
afetivos e sociais.

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