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Salvador
Dezembro / 2013
BRUNO DE MENEZES SACRAMENTO
JADSON CAVALCANTE
Trabalho apresentado ao
curso de graduação em Engenharia
de Produção Civil, na disciplina
Física II, ministrada pelo Prof. Ms.
Paulo Augusto Oliveira Ramos.
Salvador
Dezembro / 2013
1. INTRODUÇÃO
O som está tão presente no cotidiano das pessoas, que muitos não se perguntam qual a
verdadeira razão para determinados acontecimentos a ele relacionados. A acústica é definida
como a área da física que estuda o som, nomeadamente as ondas sonoras e os fenômenos
ondulatórios derivados da propagação dessas ondas.
Primeiramente, para estudar a acústica, é necessário saber informações básicas acerca
das ondas e do som (que é uma delas). No estudo da física, onda é uma perturbação que se
propaga no espaço ou em qualquer outro meio, como por exemplo, na água. É importante
salientar que uma onda pode transportar energia, mas não o faz com a matéria. Ela pode ser
classificada de acordo com sua direção de propagação, com a natureza pela qual se propaga e
com a sua forma.
Quanto à natureza, as ondas podem ser mecânicas ou eletromagnéticas. As ondas
classificadas como mecânicas têm por característica propagar-se necessariamente em um
meio material. Estas ondas não se propagam no vácuo. Ex.: som e ondas em cordas. As ondas
eletromagnéticas, por sua vez, não dependem do meio material para a sua propagação, elas
existirão tanto no vácuo, quanto no meio material, pois são geradas por cargas elétricas
oscilantes. Ex.: Ondas de rádio, televisão, luz, raios-X, lasers e radares.
Quanto à forma, as ondas podem ser longitudinais ou transversais, sendo que as
longitudinais são as que se propagam na direção do movimento, ou seja, a vibração coincide
com a direção de propagação, diferentemente das ondas transversais, as quais possuem
vibrações perpendiculares à direção de propagação. Ondas em cordas e molas são
transversais e longitudinais, respectivamente.
A terceira classificação das ondas é quanto à direção do movimento. Elas podem ser
unidimensionais, bidimensionais ou tridimensionais. A onda em uma corda se propaga em
uma direção apenas, portanto, unidimensional. Uma onda em um lago se propaga pela
superfície do lago, logo bidimensional. O som, no ar atmosférico e no metal, se propaga em
todas as direções, logo tridimensional. Além dessa característica, o som também é mecânico e
longitudinal.
Podemos considerar como origem da percepção do som, o momento em que a
evolução das espécies criou o primeiro ser vivo com receptores auditivos. Desse momento em
diante, o som passa a ser elemento preponderante na vida dos seres, enquanto instinto de
sobrevivência, até a contemporaneidade, inserindo-se como conector social e estimulante
perceptivo.
O som é produzido através da interação das oscilações (vibração) de um material com
as moléculas do meio onde está inserido. Tomando o ar como meio, uma lâmina como
produtor sonoro e analisando o momento no qual esta começa a oscilar, pode-se dizer que ela
realiza trabalho nas moléculas de ar, transferindo energia. O movimento da esquerda para
direita (e vice-versa) da lâmina produz ondas longitudinais, nas quais as moléculas de ar se
movimentam, recebendo e transmitindo energia das mais próximas para as mais afastadas, até
chegar ao ouvido. O tímpano passa a vibrar com a mesma frequência que a onda e gera
impulsos elétricos para o cérebro, produzindo assim a sensação que denominamos som.
2. DESENVOLVIMENTO
Os seres humanos captam ondas sonoras em vibrações que variam entre 20 e 20 mil
hertz. As vibrações abaixo desse patamar são chamadas de infrassom, já as acima são
denominadas ultrassons.
2.3 – Altura
A altura de um som musical corresponde à sensação que permite a distinção entre
sons mais agudos e mais graves. Quanto maior for a frequência, mais agudo é o som; quanto
menor, mais grave. Robert Hooke (1635 - 1703) comprovou experimentalmente as relações
supracitadas, em 1681, ao apertar um cartão contra os dentes de uma roda dentada em
rotação: quanto maior a velocidade da rotação, mais agudo era o som produzido.
2.4 - Timbre
Dois sons musicais que possuem mesmas intensidade e altura ainda podem ser
diferentes, e o responsável é o timbre. Por causa dele, um ouvido humano é capaz de
distinguir uma mesma nota musical, emitida por diferentes fontes. Exemplo: uma nota ―Ré‖
emitida por um piano e a mesma emitida por uma corda do violão possuem iguais alturas e
intensidades, entretanto, o timbre é diferente.
2.5 – Reforço, reverberação e eco
Geralmente, ao se propagar, o som encontra barreiras. Quando isso ocorre, podem
resultar um (ou mais) desses fenômenos: reflexão, refração e absorção. No caso da reflexão,
ainda podem acontecer outros três fenômenos: reforço, reverberação e eco. Basicamente, o
reforço ocorre quando o intervalo de tempo entre a chegada do som direto e o refletido é
praticamente nulo, a reverberação acontece quando o intervalo de tempo entre achegada do
som direto e a do refletido é pouco inferior a 0,1s e, por fim, o eco ocorre quando o intervalo
de tempo entre a chegada do som direto e do som refletido é superior a 0,1 s. Este segmento
do estudo relacionado aos obstáculos submetidos ao som é muito importante para o
conhecimento acerca de isolamento acústico.
É possível determinar uma fórmula geral para calcular a frequência percebida pelo
observador, ou seja, a frequência aparente, além de analisar o comportamento desta, de
acordo com o movimento relativo entre a fonte sonora e o observador.
Supondo que o observador esteja em repouso e a fonte se movimente:
1) Para o caso onde a fonte se aproxima do observador, há um encurtamento do
comprimento da onda, relacionado à velocidade relativa, e a frequência real será menor que a
observada, ou seja:
Mas como a fonte se movimenta, sua velocidade também deve ser considerada, de
modo que, substituindo no cálculo da frequência observada:
Ou seja:
Para o caso onde a fonte se afasta do observador ocorre o inverso, ou seja, há um
alongamento aparente do comprimento de onda, e analogamente ao primeiro caso, conclui-se: