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Índice
1. PORTAS E JANELAS ...................................................................................... 3
1.1. Tipos de esquadrias.......................................................................................................... 3
1.1.1. Esquadrias de madeira................................................................................................. 4
1.1.2. Esquadrias metálicas.................................................................................................... 4
1.1.3. Esquadrias de PVC....................................................................................................... 4
1.1.4. Esquadrias de alumínio................................................................................................ 5
1.2. Tipos de portas e janelas ................................................................................................. 5
1.2.1. Portas e janelas de correr ............................................................................................ 6
1.2.2. Portas e janelas de abrir .............................................................................................. 6
1.2.3. Janela maxim ar ou projetante deslizante.................................................................. 6
1.2.4. Janela projetante .......................................................................................................... 7
1.2.5. Janela gilhotina ............................................................................................................. 7
1.2.6. Janela basculante.......................................................................................................... 7
1.2.7. Janela pivotante (horizontal ou vertical).................................................................... 8
1.2.8. Janela de tombar .......................................................................................................... 8
2. VIDROS.............................................................................................................. 9
2.1. Vidros especiais .............................................................................................................. 10
2.2. Vidros fantasia ou impressos ........................................................................................ 10
2.3. Vidros de segurança....................................................................................................... 11
2.3.1. Vidro temperado.........................................................................................................11
2.3.2. Vidro laminado ........................................................................................................... 12
2.3.3. Vidro aramado............................................................................................................ 13
3. GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS (extraído do Manual Técnico de
caixilhos / janelas).................................................................................................. 15
4. QUESTÕES DE CONCURSOS..................................................................... 16
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 18
1. PORTAS E JANELAS
Em complemento ao fechamento de uma edificação, é fundamental a existência de aberturas
cujas funções são das mais diversas: permitir o acesso às áreas externas das edificações;
promover contato visual com o ambiente exterior; facilitar a entrada de iluminação natural, a fim
de reduzir o consumo energético do ambiente; propiciar a ventilação ou troca de ar com o
ambiente externo, aumentando, com isso, o conforto térmico, além de tornar o ambiente mais
higienizado.
As aberturas podem ocorrer por meio de portas, janelas, vãos vazados, ou qualquer tipo de
elemento que permita o cumprimento das funções anteriormente relacionadas. O uso de portas e
janelas tem o objetivo de proporcionar maior segurança ao usuário, além de permitir o controle
adequado de contato com o ambiente externo (ventilação, iluminação).
Com base nas funções a serem exercidas pelas aberturas em uma edificação, pode-se listar os
requisitos de desempenho aos quais as portas e janelas devem atender:
• Segurança: está relacionada com o comportamento mecânico do elemento, isto é, sua
susceptibilidade à ocorrência de quebras ou arrombamentos, e também o seu comportamento ou
resistência ao fogo. Alguns das avaliações relacionadas com esse requisito são: resistência aos
esforços de uso, resistência a cargas de vento, manutenção;
• Habitabilidade: trata-se de um conceito bastante amplo, que aborda aspectos referentes à
funcionalidade do elemento associados com o seu comportamento em uso. Algumas das
avaliações importantes relacionadas são: facilidade de manuseio, estanqueidade à água de chuva,
ar, insetos e poeiras, iluminação, ventilação, isolação térmica e sonora (muito atrelados ao vidro,
especialmente à forma de fixação);
• Durabilidade: revela a conservação das características e propriedades originais e de
manutenção do componente mesmo após tempo prolongado em uso.
Os componentes presentes em portas e janelas são as esquadrias, os acessórios e os vidros. As
características de cada tipo de abertura depende basicamente das propriedades relacionadas com
estes elementos, especialmente as esquadrias e os vidros, os quais estão abordados em detalhe
nos itens seguintes. Quanto aos acessórios, no item 4.0 é apresentado um glossário extraído do
Manual Técnico de Caixilhos e janelas, da ABCI (Associação Brasileira de Construção
Industrializada), o qual pode servir de referência para conhecimento dos diversos termos técnicos
utilizados neste sistema da edificação.
São vários os tipos de materiais utilizados para a composição das esquadrias, tais como madeira,
ferro, alumínio, PVC, entre outros.
A madeira representa o primeiro tipo de material utilizado como componente para a fabricação
das esquadrias, sendo, portanto, muito observada nas edificações históricas mais antigas. Com o
decorrer do tempo e o surgimento de materiais alternativos, a madeira perdeu parcela
significativa de mercado, o que vem sendo retomado atualmente devido à evolução no seu
processo de produção, possibilitando a disponibilidade de grande variedade de modelos com
desempenho compatível com as exigências do mercado. Algumas das madeiras normalmente
utilizadas são a imbuia, o mogno, o angico, a jatobá, entre outras.
Normalmente, as esquadrias de madeira são entregues na obra já montadas, com travamentos de
proteção entre as folhas e fechos, devendo ser chumbadas às alvenarias por meio de pregos ou
grapas, ou ainda fixados em contramarcos previamente colocados na parede.
Dentre as vantagens relacionadas com este tipo de esquadria em relação às demais pode-se citar
o custo mais acessível, facilidade de execução e de montagem, e como desvantagens encontra-se
a durabilidade e a segurança.
Trata-se de uma tecnologia moderna utilizada para a fabricação das esquadrias. Conforme ilustra
a figura 1.1., o composto de PVC (policloreto de vinila) utilizado para esta finalidade deve ser
obtido a partir de uma mistura íntima entre o etileno, cuja matéria prima é o petróleo, e o cloro.
A resina de PVC formada nesta mistura recebe uma incorporação de aditivos especiais
necessários para o atendimento de requisitos de desempenho importantes para o produto, tais
como resistência ao intemperismo, rigidez e resistência mecânica.
gasolina
destilação craqueamento
Petróleo nafta ETILENO
(separação de (separação
líquidos) gás térmica)
aditivos
Composto de PVC PVC
Propriedades especiais:
res.a radiações solares
eletrólise
Sal (NaCl) + água CLORO
corrente elétrica
Algumas das características intrínsecas das esquadrias de PVC são: apresentam facilidade de
manutenção e limpeza; são resistentes a agentes biológicos; são autoextinguíveis, isto é, não
propagam chamas em caso de incêndio; têm maior capacidade de manutenção da temperatura
interna dos ambientes, devido ao seu baixo coeficiente de transmissão do calor, entre outros.
Uma das grandes vantagens quanto ao uso deste tipo de esquadria está relacionada com a
moldagem dos perfis, a qual, neste caso, é realizada por meio de soldagem a quente, de modo
que não há aberturas nas ligações entre os perfis, proporcionando excelente desempenho desta
esquadria quanto à estanqueidade. O seu alto custo, por enquanto, representa a sua maior
desvantagem, aliado ao pouco uso ainda nas condições ambientais nacionais.
A depender da geometria e distribuição das aberturas, existem diversos tipos de janelas e portas
cujas vantagens e desvantagens devem ser consideradas de acordo com as características
específicas de cada projeto. Os tipos mais comumente utilizados estão a seguir descritos,
inclusive com as respectivas representações utilizadas para identificação em projetos.
• Características: É formada por uma ou mais folhas que se movimentam mediante rotação em
torno de eixo verticais fixos, coincidentes com as laterais das folhas;
• Vantagens: Quando aberta, libera 100% do vão para ventilação; fácil limpeza da área
externa;
• Desvantagens. Ocupa espaço interno quando abre para dentro; não permite regulagem ou
direcionamento do fluxo de ar; deve ser mantida fechada em caso de chuva; não permite tela ou
grade, se abrir para fora, ou cortina, se abrir para dentro.
• Características: possui uma ou mais folhas que podem ser movimentadas em torno de um
eixo horizontal, com translação simultânea deste eixo;
• Características: possui uma ou mais folhas que podem ser movimentadas em rotação em
torno de um eixo horizontal fixo, situado na extremidade superior da folha;
• Vantagens: apresenta as mesmas vantagens da janela projetante deslizante, com exceção da
abertura até 90º;
• Desvantagens. Limpeza difícil pela face externa; não permite uso de grades ou telas pela face
exterior; libera o vão parcialmente; não direciona bem o fluxo de ar, podendo causar desconforto
pela canalização do vento na altura das pessoas.
• Características: é formada por uma ou mais folhas que se movimentam por deslizamento
vertical no plano da janela;
• Vantagens: possui vantagens similares às da janela de correr, especialmente se as folhas
possuírem sistemas de travas e balanceamento. Caso contrário, as folhas devem possuir
retentores para permitir o controle de movimentos;
• Desvantagens. Além das desvantagens descritas na janela de correr, exige rigorosa
manutenção para regular a tensão das travas e retentores; apresenta risco de queda.
• Características: possui uma ou várias folhas que podem ser movimentadas mediante rotação
em torno de um eixo horizontal vertical não coincidente com as laterais e extremidades da folha;
• Vantagens: facilidade de limpeza da face externa; permite o direcionamento do fluxo de ar
para cima ou para baixo (horizontal), direita ou esquerda (vertical);
• Desvantagens. Dificuldade para instalação da tela, grade, cortina ou persiana.
• Características: possui uma ou mais folhas que podem ser movimentadas mediante rotação
de um eixo horizontal fixo, situado na extremidade inferior da folha;
• Vantagens: ocupa pouco espaço interno; propicia abertura gradual;
• Desvantagens: utilização restrita a pequenos vãos.
O vidro apresenta ainda uma importante variante ambiental a ser discutida, quando da sua
avaliação para emprego em se comparado com outros materiais: trata-se de um material
totalmente reciclável, uma vez que pode ser utilizado como matéria prima para a produção de
novos tipos de vidro; é retornável, ou seja, pode ser reutilizado sem comprometimento do seu
desempenho após lavagem com detergente ou em temperaturas elevadas; e é reutilizável, isto é,
após a aplicação inicial pode ser empregado para usos diversos daqueles para os quais foram
originalmente produzidos.
No tocante a aspectos conceituais a respeito dos vidros utilizados em construção civil, é
importante discutir as diferenças entre as seguintes terminologias: vidro comum (ou recozido) é
aquele que pode apresentar leves ondulações superficiais responsáveis pelo surgimento de
distorções visuais de imagem; os vidros float, largamente utilizados em todo o mundo, em cujo
processo de fabricação o material corre para um banho de flutuação (daí o nome float) em
“mesa” de estanho fundido, o que garante perfeita planimetria das faces; e os cristais, que
apresentam notável característica de brilho e transparência, obtidos pela inclusão de chumbo na
composição (indicado para a fabricação de taças, vasos e enfeites em geral).
A partir destes conceitos, pode-se fazer uma classificação geral dos tipos de vidro utilizados para
construção civil conforme se segue, e cujas características serão melhor abordadas adiante:
• Vidros especiais: termorefletores e coloridos (termoabsorventes)
• Superfície de acabamento: Vidro liso e impresso (vidro fantasia)
Como se pode perceber, o calor incidente pode ser refletido, transmitido para o interior, ou
absorvido pelo elemento (para em seguida ser reirradiado para o interior ou para o exterior). As
quantidades percentuais correspondentes a cada uma destas parcelas vai depender do ângulo de
incidência do sol e da refletividade do vidro.
Os vidros classificados como coloridos, ou termoabsorventes, podem ser obtidos por meio da
adição de óxidos metálicos à composição, a fim de se obter a coloração desejada (azul, verde,
cinza), reduzindo a transmissão solar e, com isso, aumentando a absorção do vidro. A coloração
do vidro também pode ser conseguida por meio da laminação com película plástica colorida.
No caso dos termorefletores aplica-se na superfície uma camada de metal ou óxido metálico com
espessura fina o suficiente para manter o componente transparente. Esta película também pode
ser adicionada durante a laminação do vidro, ou ainda a partir da deposição de átomos de metal
sobre uma chapa de vidro situada numa câmara mantida sob vácuo. Trata-se do vidro mais
conhecido como espelhado, o qual apresenta excelente desempenho energético (permite apenas a
passagem de luz, enquanto o calor é refletido para o ambiente externo pela face do vidro),
devendo-se cuidar para que a instalação seja feita na forma laminada, a fim de proteger o metal
utilizado quanto à ação de agentes agressivos.
Trata-se de vidro com a mesma composição química do vidro comum ou float, translúcido, com
uma ou ambas as faces impressas com desenhos das mais diversas origens. São normalmente
Os vidros de segurança recebem esta denominação devido à sua propriedade de, quando
fraturados, produzir fragmentos menos susceptíveis a cortes ou danos ao usuário.
Este tipo de vidro é de uso obrigatório em diversas situações, tais como: vidraças externas sem
proteção adequada, vitrines, sacadas e parapeitos, vidraças não verticais sobre passagens. Os
principais vidros de segurança são: temperado, laminado e aramado.
Este vidro recebe um tratamento especial durante a fabricação, chamado de têmpera, cujo
objetivo é incrementar as suas propriedades mecânicas e, com isso, reduzir o risco de quebras ou
trincas. Outro efeito interessante observado neste tipo de vidro é que, após a ruptura, são
formados pequenos fragmentos de vidro sem arestas cortantes ou lascas pontiagudas (figura 2.4).
Figura 2.4. Aspecto da ruptura ocorrida em vidro tipo temperado (esquerda) e não temperado
(direita).
l l
espessura
Estas tensões de compressão na superfície são responsáveis pela formação dos pequenos
fragmentos quando ocorre uma ruptura em qualquer ponto da chapa. Por conta deste motivo, não
se admite nenhum tipo de ajuste, tais como cortes e perfurações, na obra, após a fabricação.
Apenas polimentos leves podem ser realizados na superfície do vidro temperado, quando se
necessita utilizar este tipo de componente em vidros do tipo fantasia, por exemplo.
Um processo alternativo com o mesmo propósito é o de têmpera química, que consiste na troca
iônica de sais de sódio presentes no vidro por sais de potássio encontrados em solução pré
misturada. Uma vez que o raio atômico dos íons de potássio é bastante superior ao dos íons de
sódio (1,33⊕ e 0,95⊕, respectivamente), e o volume ocupado é o mesmo, ocorre uma
compressão na superfície onde ocorreu a troca, causando efeito similar ao da têmpera térmica.
Possui a vantagem de permitir temperar espessuras de vidro de até 1mm, ao contrário dos 3mm
mínimos exigidos na outra situação, além de uma grande uniformidade, apresentando, por outro
lado, alto custo. Este processo não é utilizado no Brasil.
Consiste em uma ou mais lâminas de vidro interpostas por camadas de polivinil butiral (PVB)
(resina resistente e flexível), ou outra resina adequada, fortemente ligadas entre si sob pressão e
calor, podendo-se apresentar em diferentes cores, a depender da película utilizada e do próprio
vidro, e espessuras simples (duas camadas) ou múltiplas (três ou mais lâminas de vidro),
conforme identificado na figura 2.5.
Figura 2.5. Camadas presentes num vidro laminado simples
Trata-se de um vidro comum, que pode ser impresso, translúcido, no meio do qual é incorporada
uma rede metálica de malha quadrada (1/2”) cuja função é segurar os estilhaços de vidro após o
Neste caso também não se recomendam cortes na obra, e as suas principais aplicações são em
portas corta fogo, passagens para saída de incêndio, portas de segurança.
FALCÃO BAUER, L.A. Materiais de construção. São Paulo, LTC, v.2, 1979.
PETRUCCI, E.G.R.. Materiais de construção. São Paulo, Ed. Globo, 9ªed., 1993